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Quais as principais críticas presentes no artigo referentes ao tema da Sexualidade

nos PCNs e na BNCC?

O texto afirma que: “A temática sexualidade, quando abordada em aula, é a que mais
prende a atenção dos estudantes, pois abrange múltiplos aspectos que são de sua
curiosidade. Assim, essa perspectiva transversal proposta pelos PCNs tem por
finalidade atribuir ao professor a responsabilidade de desenvolver nos estudantes
uma discussão que o faça compreender sua sexualidade de forma prazerosa e
consciente”. (BRASIL, 1998b; SHIMAMOTO, 2004). Entretanto, inicia realizando uma
crítica acerca do perído em que esse tema é levado em sala de aula, isso por que, a
escola se preocupa em falar do assunto com “os alunos mais velhos”, isto é, alunos
a partir do ensino fundamental ll, e, portanto, o artigo levanta a questão ao PCN
afirmando que ele se abstem de tratar das questões relacionadas a Orientação sexual
às crianças do fundamental l. Afirma o texto que essas questões passam por toda
vida do ser humano – uma vez que em cada fase da nossa vida, descobrimos,
sentimos e fazemos diferentes coisas relacionados a nossa própria sexualidade –,
assim, o artigo frisa a importância de falar sobre o assunto com as crianças, já que
essas possuem curiosidade desde muito cedo sobre questões do próprio corpo e
questões externas, como por exemplo: “Como foi que eu nasci?”, e visto que as
crianças possuem tais questionamentos, os educadores devem responder essas
questões de forma clara e objetiva. Afirma o texto que: “O diálogo contribui para que
a criança tenha liberdade para perguntar, favorecendo, assim, a formação de um
indivíduo autônomo (BRASIL, 1998b; MAIA; MAIA, 2005)”.
Outra crítica referente ao PCN e a BNCC é que muitas vezes os educadores de áreas
que não se relacionam diretamente com esse tema possuem resistênicia em começar
a tratar sobre, uma vez que acreditam que assuntos relacionados a sexo devem ser
tratados somente por professores de Ciências biólogicas, e ainda, o artigo cita o fato
de que até mesmo nos livros de ciências biólogicas o tema ainda possue suas
limitações, já que falam muito mais da sexulidade feminina do que da masculina. O
artigo ainda trata sobre o fato de que a escola ainda relaciona o tema sexualidade,
só, e somente só, com questões físicas, biológicas e tangíveis, esquecendo-se assim,
que a sexuliadade possue muitas questões afetivas, emocionais e pscicológicas; essa
limitação do assunto vem muitas vezes devido a um tabu que a família do estudante
criou no próprio ambiente em que ele vive, muitas vezes por falta de informação
acerca do benefício que o assunto gera nos educandos quando o tema é tratado sem
sala de aula. . “Quando a escola é convocada a intervir, ela busca intervir na vida do
corpo e na vida da espécie, na saúde individual e coletiva, na vida das/os jovens, bem
como na regulação e organização da população” (ALTMANN, 2007, p. 294). O artigo
complementa a crítica, complementando que: “Até então, os PCNs acabam, às vezes,
por contradizer algumas propostas. De um lado, estimula o debate para assuntos
reflexivos no que diz respeito à comportamentos, de outro previne quanto à invasão
da intimidade do sujeito. Ao considerar a sexualidade na BNCC, verifica-se um
retrocesso ao que foi proposto pelos PCNs, uma vez que a temática sexualidade se
encontra na seção de Ciências da Natureza, mais precisamente no componente
curricular Ciências, sendo ausente nas demais áreas do conhecimento. O documento
oficial associa a sexualidade a conceitos relacionados à saúde e à qualidade de vida
(SILVA et al., 2019), reservados ao oitavo ano do Ensino Fundamental (MONTEIRO;
RIBEIRO, 2020)A sexualidade é referida pela BNCC tão somente em seu aspecto
biológico, na qual são aludidos conteúdos vinculados à anatomia e à fisiologia da
reprodução humana”.
Portanto, além das críticas descritas acima, o artigo trata também sobre a importância
de falar de fato sobre as questões internas da sexualidade, como por exemplo: a
homofobia, violência/abuso sexual, lésbicas, bissexuais, gays,
cisgênero,transgêneros,queer,intersexuais, hermafroditas, pansexuais, assexuados,
andróginos, dentre outros (SOUZA et al., 2020). Todos “em busca de uma maior
visibilidade política e social” (SILVA JÚNIOR, 2008, p. 55). Assim, a sexualidade não
está restritamente relacionada a prevenção de gravidez na adolescência e DSTS,
mas sim, a questões que abrangem toda formação do indivíduo. BNCC é um
documento que não favorece a discussão sobre diversidade sexual e de
gênero na escola, sendo que a BNCC apresenta retrocessos na discussão de tal
temática,
principalmente quando comparada àquelas apresentadas pelos PCNs (SILVA et al.,
2019).

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