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Técnico em Segurança do Trabalho
Legislação CLT, Contrato de Trabalho Temporário
Professora: Ana Luísa Vieira
Contrato de Trabalho
Características Básicas
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Sujeitos do Contrato Individual de Trabalho
Empregado Empregador
Empregado
“Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não
eventual empregador, sob dependência deste e mediante salário (CLT, art 3º), isto é
quando presentes os quatro pressupostos da relação de emprego – pessoa
física,habitualidade, subordinação e onerosidade - , o trabalhador é considerado um
empregado.
Não empregados
Formas mais comuns de prestação de serviços que não se constituem relações de
emprego: trabalhadores autônomos, eventuais, avulsos, temporários e estagiários.
Empregadores
Empregador é a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade
econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. §1º Equiparam-se
ao empregador, para efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais,
as instituições beneficência, as associações recreativas ou outras instituições se fins
lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados (CLT, art 2º).
Liberdade Contratual
Os contratos de trabalho estão de tal forma normatizados pelo Estado que quase não se
pode classifica-los como contratos no sentido absoluto de termo. As clausulas do
contrato de trabalho, em sua quase totalidade, são rígidas, pétreas, inalteráveis pelas
partes. Logo, a presumida livre vontade das partes, que deve estar presente ao
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celebrarem um contrato comum, está limitada no contrato de trabalho, o qual é tutelado
de muito perto pelo Estado, no exercício da sua responsabilidade pelos interesses
coletivos de justiça e paz social, em primazia sobre os interesses individuais.
Tipos de Clausulas
Jornada de Trabalho
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Trabalhando continuamente, sem descanso, aumenta o risco de acidentes. O estudo da
jornada de trabalho compreende a duração do trabalho, os horários, o intervalo, entre
outros aspectos.
Origem e Evolução
A jornada de trabalho está regulada nos incisos XIII, XIV, XVI do art. 7º da CF e também nos
arts. 57 a 75 da CLT.
A CLT regulamenta, ainda, nos arts. 224 a 320, situações sobre as condições especiais de
duração de trabalho para algumas atividades profissionais:
a) Para os bancários, jornada de 6 horas diárias e 30 semanais;
b) Para empregados da telefonia e assemelhados, o limite é de 6 horas diárias e 36
semanais;
c) Para operadores cinematográficos, o limite é de 6 horas diárias, sem determinar o
número de horas semanais;
d) Para os jornalistas profissionais, o limite é de 5 horas diárias;
e) Para os professores, o limite é de 4 aulas consecutivas ou 6 intercaladas.
A CLT, art. 62, com redação dada pela Lei nº 8.966/94, exclui dos limites de jornada de jornada
de trabalho os empregados que exercem atividade externa, devido à impossibilidade de
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estabelecer um horário verificável. Também os gerentes, chefes e diretores, em virtude de
ocuparem o chamado cargo de gestão ou de confiança nas empresas.
A duração normal do trabalho pode ser acrescida de, no máximo 2 horas, desde que
previamente acordado por escrito com empregado ou mediante acordo coletivo (artigo 59 da
Consolidação das Leis do Trabalho), esta extensão da jornada é também chamada de horas
extras.
Este acréscimo de jornada deve ser remunerado em, no mínimo 50% (artigo 7º XVI da
Constituição Federal) em relação ao horário normal.
Banco de Horas
Desde que firmado acordo coletivo de trabalho, podem as horas extras serem dispensadas do
pagamento adicional se compensadas pelo período correspondente em outro dia, e desde que
não ultrapasse o período de 1 ano. É o chamado "banco de horas", onde o empregado trabalha
algumas horas a mais e folga o período correspondente.
O banco de horas não pode ultrapassar a duração de uma semana de trabalho, e nem pode o
empregado trabalhar mais que 10 horas diárias.
No caso de rescisão do contrato de trabalho, havendo saldo positivo de banco de horas não
compensadas, estas horas devem ser pagas com o adicional de, no mínimo 50% sobre o
salário no mês da rescisão. Havendo saldo negativo a empresa não pode descontar as horas
faltantes por falta de dispositivo legal.
Turnos Ininterruptos
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Repousos
Os seres humanos necessitam de descanso após atividade intensiva, seja ela de lazer ou de
trabalho, para que os sistemas metabólicos redirecionem para os órgãos e músculo as
substâncias exauridas durantes o esforço. A fadiga é exatamente esta falta de nutrientes
esgotados, que só voltam a estar disponíveis com o repouso por um certo tempo. O repouso,
portanto, faz parte do trabalho.
Repouso Intrajornada
O intervalo intrajornada corresponde ao período direcionado à alimentação ou ao
repouso no decorrer da jornada de trabalho.
Assim, de acordo com a CLT, em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de
seis horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o
qual será, no mínimo, de uma hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em
contrário, não poderá exceder de duas horas.
No entanto, não excedendo de seis horas o trabalho, será obrigatório um intervalo de 15
minutos quando a duração do trabalho ultrapassar 4 horas.
Dessa forma, a regra é o intervalo intrajornada de, ao menos, uma hora, e, no máximo, 2
horas, para todo emprego cuja duração seja maior que 6 horas. Em se tratando de
jornadas de mais de 4 horas e menores ou iguais a 6 horas, é de 15 minutos o intervalo
intrajornada habitual.
Ressalte-se que é admitida, excepcionalmente, por ato do Ministro do Trabalho, a
redução do intervalo intrajornada mínimo de uma hora conforme dispõe o artigo 71, § 3°,
da CLT.
Repouso Interjornada
O intervalo interjornada, por sua vez, refere-se ao período em que o colaborador tem de
repousar entre duas jornadas de trabalho seguidas.
A partir disso, com o intuito de não só assegurar saúde física e mental como também
certo grau de convivência familiar e social ao empregado fora do tempo voltado à
atividade profissional, o artigo 66 da CLT dispõe que entre duas jornadas de trabalho
haverá um período mínimo de 11 horas consecutivas para descanso.
Repouso Semanal
O repouso semanal está determinado pela CF, art. 7º, XV, e pela Lei nº 605/49. Ao
período de trabalho de uma semana corresponde um período de repouso, determinado
repouso ou descanso semanal.
A origem deste repouso é bíblica, pois o Antigo Testamento prevê que o homem deve
descansar no sétimo dia da semana.
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A natureza jurídica do repouso semanal remunerado é salarial. Embora o empregado
não preste trabalho nesse intervalo, recebe salário por injunção legal. Repouso semanal
Remunerado (RSR) é a denominação mais comum para esse tipo de período de
descanso, também conhecido como descanso Semanal Remunerado.