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Economia Política

Aula 6

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6ª Quinzena

Macroeconomia – Conceitos Introdutórios


A Macroeconomia estuda o comportamento do sistema econômico por um reduzido número de
fatores, como a produção ou produto total de uma economia, o nível de emprego e poupança, o
investimento, o consumo, o nível geral dos preços. Seus principais objetivos estão no rápido crescimento do
produto e do consumo, no aumento da oferta de empregos, na inflação reduzida e no comércio internacional
vantajoso.

A contabilidade Nacional:
Contabilidade nacional é a técnica que tem como objetivo principal representar e quantificar a
atividade econômica de um país (território econômico 1 ), durante determinado período de tempo, neste
sentido, ela foca no cálculo dos agregados macroeconômicos.

Os principais agregados econômicos são:


 Valor Bruto de Produção (VBP): expressão monetária da soma de todos os bens e serviços
produzidos em determinado território econômico, num dado período de tempo. Incorre no
chamado erro de "dupla contagem", pois soma os produtos finais com os insumos usados em
sua elaboração.
 Valor Agregado Bruto (VAB): é o valor da "produção sem duplicações". Obtém-se,
descontando-se do VBP o valor dos insumos utilizados no processo de produtivo.
 Produto Bruto (PB): produção de bens e serviços finais realizados pela economia, durante um
período de tempo.
 Renda Bruta (RB): somatório das remunerações brutas dos fatores de produção empregados
na economia, durante um período de tempo.
 Produto Interno Bruto (PIB): expressão monetária dos bens e serviços finais produzidos
dentro dos limites territoriais econômicos, independentemente da origem dos fatores de
produção.
 Produto Nacional Bruto (PNB): expressão monetária dos bens e serviços produzidos por
fatores de produção nacionais, independentemente do território econômico.
 Renda Nacional (RN): é a renda líquida gerada no período, e que se dirige aos proprietários
nacionais de fatores de produção.

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Sandroni (1999) descreve que o conceito de território econômico não corresponde, necessariamente, às bases físicas
delimitadas pelas fronteiras geopolíticas de um país. É mais abrangente e engloba em seu territó rio : 1- o território terrestre
aduaneiro, incorporando as ―zonas francas‖; 2- o espaço aéreo e as águas territoriais do país; 3- as jazidas e as explorações sobre
as quais o país possui direitos exclusivos, situadas em águas internacionais; as jazidas e as explorações que estão nas plataformas
ligadas ao território de outro país, desde que sejam exclusivamente explo radas, sob concessão, por residentes; 4- os ―enclaves
territoriais‖, ou seja, as partes de território que se encontram além das fronteiras do pa ís, utilizadas por ele em decorrência de
acordos internacionais ou de acordo entre Estados.
Ao contrário, não pertencem ao território econômico : 1- os ―enclaves territoriais‖, ou seja, as porções do território
aduaneiro utilizadas por organizações estrangeiras; 2- os equipamentos móveis (barcos de pesca, navios, plataformas flutuantes),
parte do território econô mico do qual seus proprietários são residentes.
O conceito de território econômico é basicamente utilizado para a conceituação e cálculo do PIB e de outros agregados
macroeconômicos.
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Produto agregado - PIB
(SANDRONI, 1999)
O produto agregado de uma economia é igual ao Produto Interno Bruto (PIB). Possuindo três
definições equivalentes: 1- Valor dos bens e serviços finais produzidos durante dado período; 2- Somatório
do valor adicionado durante dado período; & 3- Somatório das rendas provenientes do trabalho e do capital,
mais impostos indiretos.
Partindo da primeira definição, o PIB nominal é calculado a preços correntes. O PIB real é o
produto calculado a preços constantes. Se a economia produzisse apenas um bem – digamos, automóveis – e
esses bens permanecessem inalterados ao longo do tempo, seria possível medir o PIB real simplesmente
pela contagem do número de automóveis produzidos a cada ano; ou, se pode multiplicar o número de
automóveis por algum preço constante – digamos, o preço em algum ano-base, assim, no ano-base, o PIB
real e o nominal seriam idênticos.
Na prática, a construção do PIB real envolve duas implicações. Primeira, como a economia produz
muitos bens, é preciso decidir como ponderar o valor das quantidades produzidas de cada bem para chegar
ao PIB real agregado. Segunda, o leque de bens produzidos muda ao longo do tempo bem como a
qualidade dos bens. Os economistas que calculam o PIB tentam se dar conta da mudança na qualidade dos
bens por meio da determinação hedônica dos preços, uma técnica econométrica que estima o valor de
mercado das características de um bem – velocidade, durabilidade e assim por diante.
A taxa de crescimento do PIB real (nominal) é a taxa de variação do PIB real (nominal). Os
períodos de crescimento positivo do PIB são chamados expansão; os períodos de taxas negativas são as
recessões.
De maneira geral, podemos dizer que o PIB, refere-se ao valor agregado de todos os bens e serviços
finais produzidos dentro do território econômico de um país, independentemente da nacionalidade dos
proprietários das unidades produtoras desses bens e serviços, excluem-se as transações intermediárias, é
medido a preços de mercado ou a custo de fatores e pode ser calculado sob três aspectos.
Pela ótica da produção, o PIB corresponde à soma dos valores agregados líquidos dos setores
primário, secundário e terciário da economia, mais os impostos indiretos, mais a depreciação do capital,
menos os subsídios governamentais.
Pela ótica da renda, é calculado a partir das remunerações pagas dentro do território econômico de
um país, sob a forma de salários, juros, aluguéis e lucros distribuídos; somam-se a isso os lucros não
distribuídos, os impostos indiretos e a depreciação do capital e, finalmente, subtraem-se os subsídios.
Pela ótica do dispêndio, resulta da soma dos dispêndios em consumo das unidades familiares e do
governo, mais as variações de estoques, menos as importações de mercadorias e serviços e mais as
exportações. Sob essa ótica, o PIB é também denominado Despesa Interna Bruta.

PIL — Produto Interno Líquido


(SANDRONI, 1999)
Refere-se ao valor agregado de todos os bens e serviços finais, produzidos dentro do território
econômico de um país, deduzida a depreciação do capital. São sempre as depreciações que explicam as
diferenças conceituais entre os valores agregados brutos e os líquidos. Os valores brutos incluem a
depreciação do capital; os valores líquidos a excluem.

Produto Nacional Bruto – PNB


(SANDRONI, 1999)

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É o valor agregado de todos os bens e serviços resultantes da mobilização de recursos nacionais
(pertencentes a residentes no país), independente do território econômico em que esses recursos foram
produzidos.
Incluem-se nele o valor da depreciação e o resultado, positivo ou negativo, da conta de rendimentos
do capital do balanço de pagamentos. Ou seja, os rendimentos recebidos em decorrência de investimentos no
exterior são agregados ao PNB; paralelamente, deduzem-se os rendimentos remetidos para o exterior em
virtude de inversões do capital estrangeiro no país.
Por outro lado, o PNB resulta do valor bruto da produção, deduzidas as transações intermediárias.
Deveria coincidir com o conceito de valor agregado bruto, que e ngloba todos os pagamentos e fatores de
produção, mais os impostos indiretos e as reservas para depreciação. Isso não acontece basicamente em
virtude dos subsídios governamentais às empresas. Assim, para o cálculo do PNB a preços de mercado,
parte-se do valor agregado bruto e deduzem-se esses subsídios.
Ao considerar uma economia fechada e interligada ao aparelho do Estado, o PNB a preços de
mercado pode ser calculado sob três óticas.
Pela ótica da produção, corresponde à soma dos valores agregados líquidos dos três setores da
economia (primário, secundário e terciário), acrescida dos impostos indiretos e da depreciação do capital.
Dessa soma subtraem-se os subsídios governamentais.
Sob a ótica da renda, é calculado a partir das remunerações pagas às unidades familiares, sob a
forma de salários, juros, aluguéis e lucros (o que corresponde à soma do valor agregado líquido pelas
empresas); ao montante dessas remunerações adicionam-se os impostos indiretos e a depreciação do capital,
subtraindo-se os subsídios.
Pela ótica do dispêndio, o PNB a preços de mercado resulta da soma dos dispêndios em consumo
das unidades familiares e dos governos, mais os investimentos em formação bruta de capital fixo (realizados
pelas empresas e governo), mais as variações de estoque. Esse dispêndio também pode ser denominado
Despesa Nacional Bruta, que apresenta valor contábil igual ao do PNB a preços de mercado.
Em uma economia aberta, o PNB exclui a parcela da produção de bens e serviços que, mesmo tendo
sido gerada dentro do território econômico do país, resultou do emprego de recursos não-residentes. Por
outro lado, inclui a parcela dos bens e serviços que, mesmo produzida em território econômico de outros
países, resultou da utilização de recursos de propriedade de residentes no país.
A diferença entre o PNB e o PIB corresponde à renda líquida enviada ou recebida do exterior.
Quando o PNB é inferior ao PIB, o país em questão remete para o exterior mais renda do que recebe.
Assim, quando o PNB é inferior ao PIB, seu valor pode ser obtido excluindo-se do valor deste último o
montante das rendas líquidas enviadas ao exterior.
No cálculo do PNB a preços de mercado, é incluída uma parcela — reservas para depreciação — que
não apresenta nenhuma adição de riquezas à economia naciona l. Sua incorporação aos custos de produção e,
consequentemente, aos preços de mercado, tem como finalidade cobrir os desgastes e a obsolescência dos
meios físicos de produção de capital.
Modelo Keynesiano Básico:
Os economistas dos séculos XVIII e XIX, apoiando-se na Lei de ‘Say’ ou Lei dos mercados (toda
oferta cria sua própria demanda), acreditavam que o nível de produtos não sofreria grandes alterações, e
todos os fatores de produção estariam ocupados na produção de bens e serviços que formam a renda. Isto
formaria o chamado estado de "pleno emprego" dos fatores de produção. Assim, acreditavam que toda renda
distribuída no ato da produção se dirigiria ao mercado para adquirir bens e serviços.
Keynes desenvolve sua teoria baseada no pressuposto de que é necessária a intervenção do estado na
economia, pois o mercado, devido a vazamentos como a formação de estoques e redução de produção, não
seria capaz de coordená- la.

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Sua primeira suposição foi à existência de desemprego. Os antigos economistas acreditavam apenas
no desemprego voluntário (o indivíduo só fica desempregado por vontade própria). Keynes, ao contrário,
acreditava que a economia estaria funcionando abaixo de seu potencial, deixando assim uma capacidade
ociosa.
Assim, considera a Oferta Agregada (𝑂𝐴) como o somatório da renda disponível na economia,
enquanto chama de Oferta Potencial a máxima produção da economia com pleno-emprego dos fatores de
produção. A Oferta Agregada Efetiva é aquela efetivamente colocada no mercado, o que pode ocorrer sem
a plena utilização dos fatores de produção.
A Demanda Agregada (𝐷𝐴) seria o somatório do consumo total da economia com os investimentos,
os gastos governamentais e as exportações, subtraindo-se as importações.
O que se vê é que o produto ou renda de equilíbrio (onde a oferta agregada é igual à demanda
agregada) não é o mesmo que o produto ou renda de pleno emprego.
Em resumo, pode-se dizer que a teoria Keynesiana forma um conjunto de ideias que propunham a
intervenção estatal na vida econômica com o objetivo de conduzir a um regime de pleno emprego. As
teorias de John Maynard Keynes tiveram enorme influência na renovação das teorias clássicas e na
reformulação da política de livre mercado. Acreditava que a economia seguiria o caminho do pleno
emprego, sendo o desemprego uma situação temporária que desapareceria graças às forças do mercado.
O objetivo do keynesianismo era manter o crescimento da demanda em paridade com o aumento da
capacidade produtiva da economia, de forma suficiente para garantir o pleno emprego, mas sem excesso,
pois isto provocaria um aumento da inflação. Na década de 1970 o keynesianismo sofreu severas críticas por
parte de uma nova doutrina econômica: o monetarismo. Em quase todos os países industrializados o pleno
emprego e o nível de vida crescente alcançados nos 25 anos posteriores à II Guerra Mundial foram seguidos
pela inflação. Os keynesianos admitiram que seria difícil conciliar o pleno emprego e o controle da inflação,
considerando, sobretudo, as negociações dos sindicatos com os empresários por aumentos salariais. Por esta
razão, foram tomadas medidas que evitassem o crescimento dos salários e preços, mas a partir da década de
1960 os índices de inflação foram acelerados de forma alarmante.
A partir do final da década de 1970, os economistas têm adotado argumentos monetaristas em
detrimento daqueles propostos pela doutrina keynesiana; mas as recessões, em escala mundial, das décadas
de 1980, 1990 e 2000 refletem os postulados da política econômica de John Maynard Keynes.

Economia Monetária – Aspectos Introdutórios


A moeda possui as funções básicas de ser, ao mesmo tempo, um intermediário de trocas; um
denominador comum de preços (unidade de medida) e reserva de valor.
Segundo o conceito tradicional sua oferta é dada pela disponibilidade de ativos financeiros de
liquidez imediata, os chamados meios de pagamento. Esses ativos de liquidez imediata seriam: papel- moeda
em poder do público (moeda manual); depósitos a vista do público nos bancos comerciais (moeda
escritural).
Os depósitos a vista do público nos bancos comerciais geram condições, através da emissão de
cheques, que vários agentes econômicos comprem produtos e serviços com uma mesma quantidade inicial
de moeda.
Esse uso generalizado de moeda escritural é a origem do "processo multiplicador", que eleva os
meios de pagamento. A moeda injetada no sistema econômico por decisão da autoridade monetária tende a
se transformar em depósitos bancários. Enquanto parcelas de tais depósitos se tornam empréstimos dos
bancos a terceiros, que retornam tais recursos ao sistema bancário por meio de novos depósitos, que se
tornarão novos empréstimos.

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Uma parcela dos meios de pagamento será mantida sob forma de papel- moeda nas mãos do público.
Uma outra parte será levada à condição de moeda escritural, por meio de depósitos a vista nos bancos
comerciais.
Dos depósitos a vista, retiram-se dois encaixes. Um técnico ou voluntário (𝑟1) que deve satisfazer às
operações diárias dos bancos, e um compulsório (𝑟2) recolhido ao Banco Central como forma de se
controlar o efeito multiplicador.
A demanda de moeda ocorre por três motivos básicos:
 Transação – representa a guarda de moeda para se fazer face a pagamentos, dado que os
pagamentos e recebimentos não são perfeitamente sincronizados.
 Precaução – é a guarda de moeda para cobrir gastos imprevistos.
 Especulação – a moeda é considerada também como reserva de valor e não apenas meio de
troca. Por isso, não seria estranho que os agentes econômicos guardassem moeda ociosa, na
expectativa de mudanças na taxa de juros de mercado e, assim, aplicá- la melhor no futuro.

Inflação – Conceitos e Teorias:


A inflação é o aumento contínuo, persistente e generalizado dos preços. Existem quatro correntes
teóricas principais que explicam esse processo, são elas:
 Inflação de demanda: refere-se ao excesso de demanda agregada em relação à produção disponível
de bens e serviços na economia. É causada pelo crescimento dos meios de pagamento, que não é
acompanhado pelo crescimento da produção. Ocorre apenas quando a economia está próxima do
pleno-emprego, ou seja, não pode aumentar substancialmente a oferta de bens e serviços a curto
prazo.
 Inflação de custos: tem suas causas nas condições de oferta de bens e serviços na economia. O nível
da demanda permanece o mesmo, mas os custos de certos fatores importantes aumentam, levando à
retração da oferta e provocando um aumento dos preços de mercado.
 Inflação inercial: é a aquela em que a inflação presente é uma função da inflação passada. Se deve à
inércia inflacionária, que é a resistência que os preços de uma economia oferecem às políticas de
estabilização que atacam as causa primárias da inflação. Seu grande vilão é a "indexação", que é o
reajuste do valor das parcelas de contratos pela inflação do período passado.
 Inflação estrutural: a corrente estruturalista supunha que a inflação em países em vias de
desenvolvimento é essencialmente causada por pressões de custos, derivados de questões estruturais
como a agrícola e a de comércio internacional.

Na contramão da inflação, está a deflação, que pode ser definida como uma queda contínua,
persistente e generalizado dos preços.
Um índice de inflação baixo, pode estimular um aumento de produtividade, isso ocorre em função da
sensação de aumento no lucro (nominal) por parte dos produtores, ampliando a contratação de mão-de-
obra2 , e resultando em melhorias no PIB. Entretanto, quando o índice de inflação está alto, os custos de
produção normalmente se elevam e os consumidores tendem a eliminar itens de consumo considerados
supérfluos e buscar (no caso de produtos fundamentais) substitutos mais baratos, a conjunção destes fatores,
tende a estagnar a economia.

2 A curva de Phillips, representa uma relação de trade-off entre a inflação e o desemp rego, permitindo u ma análise de curto prazo
entre ambas. A teoria, desenvolvida pelo economista neozelandês William Phillips, demonstra que uma menor taxa de
desemprego leva a um aumento da inflação, e uma maior taxa de desemprego a uma menor inflação . Contudo, esta relação não é
válida no longo prazo, u ma vez que a taxa de desemprego é basicamente independente da taxa de inflação conforme outras
variáveis vão se alterando.
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O conceito de deflação pela perspectiva dos consumidores, aparentemente demonstra ser algo
positivo (os bens e serviços estão ficando mais baratos), no entanto, a deflação mostra uma estagnação da
economia, com impacto direto na ampliação do desemprego e na queda de produtividade (PIB).
Em resumo, podemos dizer que um índice pequeno de inflação, pode estimular o sistema econômico,
entretanto, índices elevados de inflação e a deflação, devem ser considerados preocupantes, pois trazem
consigo uma estagnação do sistema econômico.

Controle da inflação
O objetivo de controlar a inflação não significa manter a inflação igual a zero. Mesmo os países mais
desenvolvidos não buscam essa meta, como, por exemplo, os Estados Unidos, cujas taxas de inflação têm-se
situado entre 2% e 3% ao ano. Na realidade, o que se busca é evitar períodos de aceleração permanente no
crescimento dos preços e manter a inflação em patamares reduzidos, que podem perfeitamente atingir taxas
como menos de dois dígitos ao ano, mas desde que estáveis ou descendentes.
A preocupação em controlar a inflação justifica-se, uma vez que taxas elevadas de inflação acarretam
uma série de distorções na economia: afetam negativamente a distribuição de renda, à medida que os mais
pobres não conseguem se proteger da inflação (porque não conseguem aplicar seus recursos no mercado
financeiro); reduzem os prazos das aplicações financeiras, fazendo desaparecer os recursos para financiar os
investimentos, a aquisição de moradias etc.; dificultam, ou até mesmo impossibilitam, qualquer
planejamento empresarial que não seja de curtíssimo prazo; e, finalmente, podem levar a uma total
destruição do parque produtivo, quando se chega à hiperinflação (como ocorreu na Alemanha, no pós-
guerra, e, mais recentemente, com a Argentina, no final dos anos 80).
A experiência mundial demonstra que países que não obtiveram um razoável controle sobre as taxas
de inflação, não conseguiram promover, de forma sustentada, o crescimento da produção de bens e serviços.
O Brasil dos anos 80 é uma prova dessa situação: o país ficou praticamente estagnado durante toda a década,
e viveu um processo inflacionário agudo.
Isso faz com que o controle da inflação seja um dos objetivos primordiais da política econômica,
notadamente nos países em desenvolvimento, onde a presença do descontrole inflacionário tem sido
recorrente. Na realidade, a discussão do problema inflacionário é uma das questões mais relevantes do
debate econômico atual. Trata-se de um tema de difícil abordagem, dado que as causas da inflação diferem
entre países e, mesmo num dado país, diferem no tempo.

Referências Bibliográficas:
BLANCHARD, Olivier. Macroeconomia. São Paulo. Pearson Prentice Hall, 2004.
DORNBUSCH, Rudiger e FISCHER, Satnley. Macroeconomia. Makron Books, 5 edição.
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MANKIW, N. Gregory. Introdução à economia. São Paulo: Thompson Pioneira, 2005.
O’SULLIVAN, Arthur. Introdução à economia. São Paulo: Pearson, 2004.
PASSOS, Carlos R. M. Princípios de Economia. São Paulo: Thompson. Pioneira, 2005.
PINDYCK, Robert S. Microeconomia. São Paulo: Pearson, 2002.
ROSSETI, José Paschoal. Introdução à economia. 19.ed. São Paulo: Atlas, 2010.
SANDRONI, Paulo. Novíssimo dicionário de economia. Editora best seller, 1999.
SAMUELSON e NORDHAUS. Economia. Editora Mc Graw Hill, 12 edição.
VASCONCELLOS, Marco Antônio S. Fundamentos de economia. São Paulo: Saraiva, 2010.
VIAN, C.E de F.; PELLEGRINO, A C.G.T.; PAIVA, C.C. de. Economia: Fundame ntos e Práticas
Aplicados à Realidade Brasileira. Campinas: Editora Alínea, 2005.

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