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As consequências

econômicas da paz -
Keynes
Conheça a obra de John Maynard Keynes, um dos economistas mais
influentes do século XX, e entenda o impacto dela no campo de
pensamento da economia e das relações internacionais.
Quem foi John Maynard Keynes
John Maynard Keynes foi um renomado economista britânico, nascido em 1883. Ele se destacou por
seu trabalho nas áreas de macroeconomia e teoria monetária. Além disso, Keynes desempenhou um
papel importante como conselheiro econômico durante a Segunda Guerra Mundial.
O que foi o Keynesianismo
O Keynesianismo é uma teoria econômica desenvolvida por John Maynard Keynes, que defende a
intervenção do governo na economia para combater recessões e estimular o crescimento. O
Keynesianismo propõe a manipulação de variáveis como gastos públicos, taxa de juros e oferta de
moeda para estabilizar a economia.
Livro "Consequências econômicas da
paz"
Uma das obras mais conhecidas de John Maynard Keynes é "Consequências Econômicas da Paz".
Nesse livro, publicado em 1919, Keynes analisa os efeitos econômicos do Tratado de Versalhes após
a Primeira Guerra Mundial. Ele critica duramente as reparações impostas à Alemanha, alertando
para as consequências desastrosas que isso poderia trazer para a economia global.
Contexto histórico
O pensamento de Keynes surgiu em um período marcado pela Grande Depressão, que atingiu
duramente a economia global na década de 1930. Diante dessa crise, Keynes propôs uma
abordagem econômica que rompia com as ideias predominantes na época, enfatizando a
importância do governo na intervenção econômica.
Impacto do Keynesianismo na economia
O Keynesianismo teve um impacto significativo na economia ao longo do século XX. Sua abordagem
influenciou o surgimento do Estado de Bem-Estar Social em diversos países, bem como a adoção de
políticas econômicas expansionistas durante períodos de recessão.
Capítulo 1

Adaptação

Instabilidade Econômica

Europa Ocidental

Guerra

Paz de Paris
Capítulo 1
Europa continental

Inglaterra

Conferência de Paris

Pesadelo
Capítulo 2
Europa

Primeira guerra mundial

Autossuficiente

Aumento populacional
Capítulo 2
Produção de alimentos

Indústria

Poder de compra

Preços dos cereais


Capítulo 2
África tropical

Comércio das oleaginosas

Prosperidade econômica

Frágil
Capítulo 2
Acumulação de capital

Novo mundo

Recursos

Investimentos
Capítulos 3 e 4
Georges Benjamin Clemenceau

• Formado em medicina.

• Trocou a medicina pelas ciências políticas.

• Defendia os ideais republicanos e anticlericais de extrema-


esquerda.

• Fundador do jornal La Justice.


Capítulos 3 e 4
Clemenceau era o membro mais eminente do conselho dos Quatro - possuía uma ideia central e
havia considerado todas as consequências.

Sua filosofia das relações internacionais não guardava espaço para qualquer sentimentalismo.

Clemenceau defendia que as nações eram coisas reais “uma delas é o nosso objeto de amor e as
outras merecem nossa indiferença ou ódio.

A política francesa consistia em limitar a população alemã e debilitar o sistema econômico.


Capítulos 3 e 4
Guerra Franco-alemã

Antes, a população dos dois países eram semelhantes e a França era muito mais rica.

Alemanha se sobressai nas indústrias de carvão e ferro.

1914: Alemanha cresceu muito, virou uma das potências industriais e sua população cresceu
mais de 70%; França permaneceu estagnada.
Capítulos 3 e 4
Estados Unidos

Thomas Woodrow Wilson

• PHD em ciências políticas pela Universidade Johns Hopkins.

• Serviu como professor e acadêmico em várias instituições.

• Presidente da Universidade de Princeton.

• 28° presidente dos Estados Unidos.


Capítulos 3 e 4
Estados Unidos

Europa dependia financeiramente.

USA em seu auge militar.

Presidente ovacionado na Europa: desilusão após a descobertas dos acordos.

Presidente Wilson não era herói e nem profeta, era um homem com interesses generosos que
foi pego no jogo de interesse por pessoas que possuíam mais experiência que ele; era
estudioso e obstinado.
Capítulos 3 e 4
Estados Unidos

O presidente estava desinformado e não sabia o estado em que a Europa se encontrava, foi
pego de surpresa, e não soube como adaptar suas propostas.

O presidente era muito fechado socialmente e começou a ser apresentado como defensor da
Alemanha, por não concordar com propostas do grupo.

Diplomacia secreta entre os membros.


Capítulos 3 e 4
Estados Unidos

Desintegração da posição moral do presidente Wilson após concordar.

A população europeia estava decepcionada.

O governo de Berlim abaixou as armas com algumas garantias para aceitar o tratado, mas não
foram cumpridas.

Wilson acreditava em sua contemplação solitária e nas preces dirigidas a Deus que ele nada
fizera que não fosse justo ou correto.
Capítulos 3 e 4
14 pontos de Wilson

1: fim dos acordos secretos

2: liberdade de navegação nos mares

3: livre comércio
Capítulos 3 e 4
14 pontos de Wilson

4: a redução dos armamentos

5: direito dos povos colonizados à autodeterminação

6, 7,8,11: defendiam a evacuação das tropas alemães da Rússia, da Bélgica, dos Balcãs e da
França (incluindo a região contestada da Alsácia-Lorena).
Capítulos 3 e 4
14 pontos de Wilson

9: reajuste das fronteiras italianas dentro dos limites nacionais.

10, 12,13: reconheciam a autonomia e independência da Áustria-Hungria, da Turquia e da


Polônia.

14: criação de uma Liga das Nações com o objetivo de dar garantias mútuas de independência
política e integridade territorial aos Estados.
Capítulos 3 e 4
Conferência de Paris

Fronteiras.
Nacionalidades.

Equilíbrio de poder.

Expansão imperialista.

Enfraquecimento do inimigo forte e poderoso.


Capítulos 3 e 4
Conferência de Paris

Vingança.

Carga financeira insuportável para os vencidos.

“Paz de Cartago” e “14 pontos de Wilson” dois esquemas rivais e somente um seria adotado.
5 de outubro de 1918: governo alemão envia uma nota ao presidente Wilson aceitando os 14
pontos e pedindo a abertura das negociações da paz.
Capítulos 3 e 4
Conferência de Paris

Governo estadunidense mandou os alemães desocuparem os territórios invadidos.

Militares dos estados unidos e dos países aliados deveria, prevenir que a Alemanha
conseguisse reestabelecer as hostilidades.
As guerras submarinas deveriam acabar para que as negociações prosseguissem.

Embora o discurso de Wilson exiba preocupação com o espírito, propósito e intenção, não
eram soluções concretas e que muitas questões não foram tratadas.
Capítulos 3 e 4
Conferência de Paris

Tratado de insinceridade.
Soberania, influência, status, seguram legal e possessões extirpadas.

Alsácia-Lorena: empreendimento econômico importante do Império Alemão; propriedade dos


alemães ali residentes ou ué investiram nas indústrias - ficou inteiramente nas mãos do
Império Francês sem nenhum tipo de compensação.
Capítulos 3 e 4
Conferência de Paris

O governo Francês tem o direito de expropriar sem compensação a propriedade privada de


cidadãos alemães
As províncias retomam a soberania Francesa livres da sua parte da dívida alemã e nenhum
crédito é dado a Alemanha na conta de reparações.

A expropriação da propriedade alemã não se limita às ex-colônias e a Alsácia-Lorena, essa


expropriação acontece em todas as partes do mundo onde poderiam se tronar propriedade
dos aliados de caráter permanente.
Capítulos 3 e 4
Conferência de Paris

Delegados alemães afirmam que o precedente criado representa um golpe imoral e perigoso
contra a segurança da propriedade privada em qualquer situação.

“Pagamento das quantias devida com relação ás reclamações dos cidadãos”.


Entrega de escrituras, títulos e informações.

Contratos que favoreciam a Alemanha podiam ser cancelados e os que eram desvantajosos a
Alemanha precisariam ser cumpridos.
Capítulos 3 e 4
Conferência de Paris

Influência da Alemanha é eliminada e seu capital confiscado em todos os países vizinhos


onde ela poderia buscar sua futura sustentação, assim como um canal de escoamento para a
sua energia, competência técnica ou espírito empreendedor.

O governo alemão devia enviar em seis meses uma lista de todos os direitos e interesses em
questão “já concedidos, contingentes ou ainda não concedidos”.
Capítulos 3 e 4
Conferência de Paris

1 de maio de 1921: a comissão aliada tem o poder de exigir um milhão de libras esterlinas em
ouro, produtos, navios, títulos e úteros valores - dando poderes ditatoriais a comissão sobre a
propriedade alemã - podendo exigir cessão de empresas, negócios ou propriedade, dentro e
fora do território alemão.

Um exemplo do tópico anterior é a empresa alemã conhecida como DUEG, que funciona na
América do Sul, transferindo-a em benefício dos interesses dos aliados.
Capítulos 3 e 4
Conferência de Paris

O efeito acumulativo dessas decisões foi a retirada da Alemanha de tudo que ela possuía fora
de suas fronteiras: retirando seus investimentos ultramarinos e suas vinculações terminadas.

ARTIGO 258: Alemanha renuncia seu direito a participar de qualquer organização financeira ou
econômica de caráter internacional “funcionando em qualquer um dos Estados Aliados ou
Associados: Áustria, Hungria, Bulgária, Turquia, ou nas dependências desses Estados, assim
como no antigo Império Russo”.
Capítulos 3 e 4
Carvão e ferro

Proporcionaram a Alemanha um desenvolvimento das indústrias siderúrgicas, químicas e


elétricas que fizeram a mesma se tornar a primeira nação industrial da Europa Continental.

Alemanha cede a França com posse plena e absoluta os seus direitos exclusivos de
exploração sem tarifa e dívidas atribuídas como reparação da destruição das minas do norte
da França - ato considerado de exploração e insinceridade no julgamento mundial.
Capítulos 3 e 4
Carvão e ferro

Alemanha perde a Alta Silésia e sare que compunham dois terços do carvão que o país era
dependente.

Alemanha não consegue retomar suas atividades pois os equipamentos estavam em más
condições de conservação, devido à falta de insumos devido ao bloqueio, e a eficiência dos
trabalhares foi muito afetada pela desnutrição que não poderia ser remediada devido as
reparações do tratado que fizeram com que o padrão de vida caísse e as baixas da guerra
diminuíssem os números de mineiros.
Capítulos 3 e 4
Carvão e ferro

Se a Alemanha continuasse sendo uma nação industrial não poderia exportar carvão em um
futuro próximo.

Cada milhão que fosse exportado terá como consequência o fechamento de uma indústria - a
situação será apresentada como as indústrias alemãs de um lado e as industrias inglesas e
italianas de outro, naturalmente os interesses dos vitoriosos da guerra serão prevalecidos.

A Áustria-Hungria dependia do carvão alemão e sem ele as indústrias entrariam decadência.


Capítulos 3 e 4
Carvão e ferro

A desordem monetária levou a prática do comércio de escambio internacional.

Os chamados “turnos da manteiga” de Ruhr mostram como a Europa retrocedeu ao utilizar o


escambo, ilustrando a baixa organização econômica, levando a acreditar que esta seria a
única maneira de garantir o superdimensionado de carvão.
Capítulos 3 e 4
Carvão e ferro

O futuro da economia Europeia estaria em apuros se dependessem de suprir o carvão a


França, Itália e depois para os vizinhos que forneciam seus alimentos - a revolução estaria em
sua porta.

Perda da Alsácia-Lorena ocasiona a perda de 75% do rendimento alemão em minério.

Tratado limitou ainda mais a riqueza de toda a comunidade, separando o carvão e o ferro de
lados diferentes da fronteira - faz com que trabalhadores tenham que deslocar inutilmente
ferro e carvão por muitas milhas para satisfazer os mandatos dos tratados políticos.
Capítulos 3 e 4
Carvão e ferro

França queria que a margem esquerda do rio Reno se rebelasse e separasse da Alemanha.

A perda ferroviária foi grande, mas seria corrigida com o tempo, apesar da falta de óleos
lubrificantes e os desgastes dos prodigiosos causados pela guerra, que não foram
compensados com reparos regulares, e havia diminuído o sistema ferroviário alemão a um
baixo nível de eficiência.
Capítulos 3 e 4
Carvão e ferro

Perda do controle do sistema fluvial devido a reorganização das fronteiras.

França com direitos exclusivos sobre o rio Reno para a irrigação e geração de energia e as
pontes, tirando da Alemanha todos os direitos sobre o rio.
Capítulos 5 e 6
"As Reparações" e "A Europa Depois do Tratado"

Reparações:

Compromissos anteriores às negociações de paz baseados nos 14 Pontos de Wilson.

Discussão sobre os danos causados pela guerra e as reparações exigidas dos inimigos.

Keynes propôs uma soma única para os aliados, em vez de valores individuais por país.
A Alemanha sofreu grandes perdas, tornando difícil atribuir todas as reparações a ela.
Capítulos 5 e 6
Reparações:

Keynes previu que as reparações empobreceriam a Alemanha, representando uma ameaça à


Europa.

Três formas de pagamento das reparações: bens transferíveis, propriedades em território


cedido, prestações anuais.

Argumento de que a Alemanha precisava se reabilitar como Estado antes de cumprir as


reparações.
Capítulos 5 e 6
Comissão de Reparações:

Um órgão influente que definia a quantia e a forma de pagamento das reparações.


Poderes e composição estabelecidos pelos Artigos 233 a 241.

Representantes dos principais aliados na comissão.

Sede em Paris, com influência sobre a Europa Central.

Discussão sobre os paradoxos das reparações, incluindo a destruição da base produtiva.


Capítulos 5 e 6
Europa Depois do Tratado:

Análise pessimista do futuro da Europa após o tratado de paz.


Falta de disposições para a reabilitação econômica e estabilidade.

Preocupações com queda do padrão de vida, escassez de


alimentos e desemprego.

Problemas econômicos, como o desajuste entre preços internos


e internacionais e escassez de crédito externo.
Crítica à falta de atenção do Conselho dos Quatro para os
problemas da Europa.
Capítulo 7
"Soluções"

A Inglaterra precisaria de um novo sistema industrial, já que os problemas mais sérios do país
foram trazidos à superfície pela guerra.

Aumento do preço real dos alimentos.

A preservação da natureza diante do aumento populacional mundial, principalmente pelas


maiores nações industriais, já que são as que mais dependem da importação de alimentos.

Substituição dos governos europeus da época afim de evitar comportamentos como da


conferência de paris.
Capítulo 7

O autor propõe o programa que analisaria:

Revisão do tratado
A liquidação das dívidas entre os aliados.

Um empréstimo internacional e a reforma monetária.

As relações da Europa central com a Rússia.


Capítulo 7
A revisão do tratado:

Apesar dos erros do resto do tratado, a liga das nações foi recebida com uma esperança de um
futuro "mais tolerável na Europa", que ela seria "uma via de escape da ruína provocada pela
guerra".

Sem a liga das nações, "a supervisão contínua da tarefa de reparação da Alemanha poderia ser
totalmente inviabilizada", não haveria a revisão das restrições e dos arranjos administrativos
prescritos pelo tratado.
Capítulo 7
A revisão do tratado:

As restrições e os arranjos administrativos prescritos pelo tratado poderiam não ser justos e não
trazer uma vantagem duradoura, se mantidos por um longo tempo.

Ao assinar o tratado de paz, Smuts afirmou:


"Há indenizações estipuladas que não podem ser implementadas sem grave prejuízo para o
renascimento industrial da Europa, e que será do interesse de todos tornar mais toleráveis e
moderadas."
Capítulo 7
A revisão do tratado:

Havia a confiança de que os novos governos dos principais países aliados demonstrassem mais
sabedoria e maior magnanimidade do que os seus antecessores.

Três grandes mudanças que eram necessárias para a vida econômica na Europa:
Reparações, carvão e ferro, e tarifas.
Capítulo 7
As reparações

1: O pagamento total a ser feito pela Alemanha a título de reparações e de custeio dos
exércitos de ocupação poderia ser fixado em 2000 milhões de libras.
2: 500 milhões de libras para compensação de dívida pública em questão de equipamento
militar em relação aos territórios que a Alemanha reivindicou.
3: Parcelas de 50 milhões de libras por 30 anos, totalizando 1500 milhões pela Alemanha sem
juros a partir de 1923.
Capítulo 7
As reparações

4: A comissão de reparações seria dissolvida e caberia à liga das nações esses deveres, sendo
sua administração inclusiva com a Alemanha e estados neutros.
5: A Alemanha deveria poder pagar as prestações anuais do modo que escolhesse, e as
reclamações pelo não cumprimento deste deveriam ser levadas à Liga das Nações.

6: A Áustria não deveria ser responsabilizada financeiramente pelas reparações.

Fixar os pagamentos das reparações dentro da capacidade financeira da Alemanha renovaria a


esperança e espírito empreendedor da Alemanha no seu território, evitando a fricção perpétua e
oportunidade de pressões impróprias.
Capítulo 7
Carvão e ferro

Uma série de responsabilizações também seriam impostas à Alemanha em relação ao carvão


e ao ferro, já que eram os grandes pilares da economia da época, como por exemplo:

Obrigação da Alemanha compensar a perda sofrida pela França com a destruição das suas
minas de carvão.

Amenizando as cláusulas relacionadas ao carvão e pela troca de minério de ferro, permitiremos a


continuidade da vida industrial da Alemanha, limitando a perda de produtividade.
Capítulo 7
Tarifas

Proposição de uma área de livre comércio com países que se comprometeriam a não aplicar
tarifas protecionistas contra os produtos de outros membros da área, obrigatoriamente por
10 anos.

Essa área poderia compensar em parte a perda de organização e eficiência econômica resultante
das novas e numerosas fronteiras políticas, a separar Estados nacionalistas, sedentos,
ciumentos, imaturos e economicamente incompletos.
Capítulo 7
Se buscarmos deliberadamente o empobrecimento da Europa Central, nossa vingança caminhará
com passos firmes - nada poderá evitar, então, a guerra civil entre as forças da reação e as
convulsões desesperadas da revolução, hostilidades diante das quais os horrores da guerra
provocada pela Alemanha empalidecerão, e que podem destruir a civilização e o progresso da
nossa geração, qualquer que seja o seu vencedor.

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