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1 INTRODUÇÃO

O transporte duto viário surgiu entre os povos antigos, inicialmente no meados do


século XIX, para o suprimento de abastecimento de água. Com o passar do tempo e a
descoberta de petróleo, este modal passou a transportar também mineral, de grande
importância na economia mundial, aparecendo então os chamados oleodutos e gasodutos. Em
1865 foi construído o primeiro oleoduto para transporte de hidrocarbonetos, com 2”, de ferro
fundido ligando um campo de produção a uma estação de carregamento de vagões, com uma
extensão de 8 km na Pensilvânia (EUA).

A primeira operação com “pig” aconteceu por volta do ano de 1870. Após
transportar petróleo por um ou dois anos, a vazão das linhas começava a decrescer e a pressão
nas bombas a aumentar, indicando que depósitos estariam se formando na parede dos dutos.
Muitos artifícios foram testados para remover a parafina, mas por um longo tempo eles não
surtiram efeito. Surgiu a idéia de se bombear algo por dentro do duto, como um feixe de
trapos, e o resultado foram positivos. Mais tarde, os trapos foram substituídos por couro.
Outro relato sobre a utilização de “pig” aconteceu em 1904. Em 1930 teve início o transporte
de produtos refinados entre a refinaria de Bayway, próximo à Nova York e a cidade de
Pittsburgh (EUA).

No Brasil, o transporte dutoviário, teve seu início no ano de 1942, mais


precisamente no estado da Bahia, forte na exploração de petróleo, ligando a refinaria
experimental de Aratu ao porto de Santa Luzia. A malha dutoviária é formada, atualmente,
por 400 dutos que somam 20.000 km de extensão. Desses, 241 dutos ou aproximadamente
7.500 km, são utilizados para transportar petróleo e derivados. Em sua maioria são dutos
terrestres e subterrâneos, com profundidades que variam de 90 centímetros a 1,5 metros.

Como a cada dia vem crescendo nas empresas a conscientização com o meio
ambiente, elas investem cada vez mais em tecnologias avançadas buscando melhorias no
monitoramento das suas tubulações e dutos.

A preocupação com pontos de corrosão e os conseqüentes furos nos dutos, pigs


cada vez melhores são desenvolvidos, em áreas industriais nas linhas de tubulações.
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Não apenas para remoção de detritos depositados nos dutos, mas também capazes
de fornecer informações sobre as condições da linha como: pontos de corrosão, localização de
amassamentos e ovalizações, detecção de vazamentos ou pontos onde há redução da espessura
da parede do duto.

Considerando-se as características da tecnologia dos tipos de pigs, necessitando


de comprovação experimental, uma possível aplicação de campo, demonstrando suas
conexões de válvulas de bloqueio, conexões flangeadas, indicadores de passagem de pigs,
aplicações de limpezas e descontinuidades, com um relatório indicando cada qual a sua
especificação, para avaliações baseadas unicamente na inspeção por pigs, é necessário seguir
critério para os quais sejam desnecessárias mais informações.

Este conhecimento é necessário para diminuir as incertezas relacionadas aos


resultados do uso da referida tecnologia, e assim tornar mais seguras as possíveis avaliações
da integridade dos dutos. Convém ressaltar que os pigs possibilitam tanto na inspeção em
dutos não inspecionáveis ou dificilmente inspecionáveis por outros pigs, bem como as
medições de dimensões volumétricas.

As condições exigidas para o planejamento e execução dos serviços de


lançamento, acompanhamento e recebimento de pigs são estabelecidos os critérios para
definição da rotina da passagem de pigs em dutos rígidos e flexíveis. Os dutos podem obter
falhas, por uma ação de uma combinação de mecanismo de falha de matérias, resultando uma
inspeção periódica nas linhas de dutos. Esta pesquisa é qualitativa e se restringe a fatores que
influenciam nas normas técnicas, manuais de fabricações, entrevistas em campo com pessoas
qualificadas na área, visando à apreensão de conceitos, formas de operação do sistema e
aplicabilidade de materiais utilizados, seus dimensionamentos e construções.

O trabalho esta dividido em capítulos, os primeiros abordam os principais


referenciais teóricos que nortearam a nossa pesquisa e que enriqueceram os nossos
conhecimentos sobre o lançador e recebedor de pigs, como também as suas limpezas e
descontinuidades encontradas. Os últimos capítulos relatam a visita feita a empresa Petrobrás
no dia 07 de Fevereiro de 2014, às 14h30min, demonstrados através de entrevista.
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2 LANÇADOR E RECEBEDOR DE PIG

Os lançadores e recebedores de pig são instalados no gasoduto com a finalidade


de efetuar a inspeção e limpeza. Esses dispositivos proporcionarão o lançamento de pigs
instrumentados, os quais possibilitarão a monitoramento de dados de vazão, temperatura e
pressão.

2.1 LANÇADORES E RECEBEDORES AUTOMÁTICOS

Equipamentos projetados de forma a possibilitar o lançamento e recebimento


automático de pigs. Tais equipamentos possuem características e arranjos de tubulação
próprios de acordo com o tipo de aplicação ou fabricante.

2.2 CONDIÇÕES GERAIS

A elevação da linha de centro da câmara deve ser de 1m em relação ao piso de


operação. Deve ser prevista uma área completamente livre atrás das câmaras, de acordo com
as dimensões mínimas indicadas na TABELA 1, as quais se referem às instalações para
operação com pigs instrumentados. Para uso exclusivo de pigs convencionais, a área livre
pode ser reduzida conforme indicação na TABELA 2.

Diâmetro Área Livre


Nominal
φΑ X Y
(in) (mm) (mm)
4 a 14 5000 1000
16 a 30 6000 1400
32 a 42 6500 1750
Tabela 1 – Área Livre Lançadores e Recebedores de Pigs Instrumentados
Fonte: N-505 Petrobras
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Diâmetro Área Livre


Nominal
φΑ X Y
(in) (mm) (mm)
4 a 14 2000 1000
16 a 30 3000 1400
32 a 42 4000 1750
Tabela 2 – Área Livre Lançadores e Recebedores de Pigs Convencionais
Fonte: N-505 Petrobras

Figura 01: Lançador de Pig Convencional


Fonte: Rio Pipeline. (Introdução a Tecnologia de pig )

2.3 BACIA DE DRENAGEM

Deve ser prevista uma bacia de drenagem com capacidade de 1,2 vezes o volume
total do lançador ou recebedor para dreno em circuito aberto; para circuito fechado adotar 0,6
vezes o mesmo volume. A bacia deve ser posicionada sob a câmara e coberta com grande
removível. A profundidade da bacia deve ser no mínimo de 150 mm.

2.3.1 Drenos

Utilizado para drenagem da câmara.


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2.4 CONEXÃO FLANGEADA

Em lançadores de pig instrumentado deve ser instalado um bocal flangeado com


diâmetro de 2”, para auxiliar a introdução do pig no interior da câmara utilizando cabo de aço.
Este bocal deve ser inclinado a 45º, não interferindo com a válvula de bloqueio da câmara.

2.5 CESTA PARA RECEBIMENTO DE PIGS (GAIOLA)

Acessório em forma de cesta cilíndrica removível, utilizado nos recebedores, para


manter o pig retido na câmara e facilitar a sua remoção. A sua utilização é obrigatória quando
se opera com pigs de espuma de poliuretano.

Figura 02: Gaiola para Pigs


Fonte: Rio Pipeline. (Introdução a Tecnologia de pig )

2.6 TAMPÃO DE FECHAMENTO RÁPIDO

Os tampões devem ser do tipo abertura e fechamento rápido, devem possuir


dobradiças ou outro elemento capaz de sustentar e manter alinhada a parte móvel do mesmo e
serem equipados com dispositivos de segurança que impeça a abertura na existência de
pressão no interior da câmara.
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Figura 03: Tampão de Fechamento Rápido


Fonte: Rio Pipeline. (Introdução a Tecnologia de pig )

2.7 INDICADORES DE PRESSÃO

Devem ser instalados dois indicadores de pressão sendo um na câmara, próximo


ao tampão, e outro no duto, junto à válvula de bloqueio da câmara.

2.8 CÂMARA DE LANÇAMENTO OU RECEBIMENTO DE PIG

Local onde é recebido e fica alojado um pig lançado de outro ponto de uma
tubulação.

2.9 JUNTA DE ISOLAMENTO ELÉTRICO

Dispositivo de um sistema de proteção catódica destinado a isolar eletricamente o


trecho de duto enterrado, ou imerso em água, de suas estações terminais. Visa limitar o fluxo
de corrente elétrica somente ao trecho a ser protegido contra corrosão.
Figura 04: Esquema de Instalação de uma Junta de Isolamento Elétrico

Fonte: N-464 Petrobras


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3 CONTROLE DE CORROSÃO E APLICAÇÃO DE


REVESTIMENTOS NO DUTO

Durante a fase de manutenção é possível tratar o interior de dutos executando


limpeza química, aplicando inibidores de corrosão ou revestimentos como epoxy. A aplicação
desses produtos é feita em forma de colchões deslocados entre pigs.

Figura 05 : Esquema de Operações de Controle de Corrosão Utilizando Colchões entre Pigs


Fonte: . Rio Pipeline.(Introdução a Tecnologia de pig)

4 VÁLVULA DE BLOQUEIO DA CÂMARA

4.1 VÁLVULAS UTILIZADAS

São dispositivos destinados a estabelecer, controlar e interromper o fluxo em uma


tubulação. Todas as válvulas utilizadas nas partes das tubulações por onde o pig terá de fluir,
deverão possuir um diâmetro interno igual ao diâmetro interno da tubulação para permitir uma
passagem suave. Também não deverão existir pontos de descontinuidade de superfícies para
evitar que o pig possa travar em algum ressalto ou depressão existentes nos pontos de união
dos componentes do sistema nem nos assentos das válvulas.

Os tipos de válvulas mais utilizados nestes sistemas são as de esfera de passagem


plena, onde o diâmetro do furo da esfera coincide exatamente com o diâmetro interno da
tubulação ou válvulas especiais com tecnologia desenvolvida especificamente para atender as
necessidades de passagem de pigs sem interferências. Dentre este tipo existem as válvulas que
possuem um obturador interno de funcionamento semelhante às válvulas de esfera, porém,
tem a forma de uma seção circular excêntrica em forma de arco que bloqueia ou libera a
passagem do pig.
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4.2 IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES DE UMA VÁLVULA DE ESFERA

Figura 06: Identificação das Partes de uma Válvula de Esfera


Fonte: Rio Pipeline. (Introdução a Tecnologia de pig )

4.3 ACIONAMENTOS DAS VÁLVULAS

4.3.1 Alavanca

Sistema usado para válvulas de pequenos e médios diâmetros.

4.3.2 Volante

Usado em válvulas de pequeno diâmetro, recomendado até o diâmetro de 1”.

4.3.3 Volante com Redutor de Engrenagens

Sistema usado para se reduzir toque de operação em serviços de grandes


diâmetros e alta pressão, para reduzir o toque na operação. Pode ser usado, para altas
pressões, a partir do diâmetro de 3”.
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5 MATERIAIS CONSTRUTIVOS DAS VÁLVULAS

5.1 BRONZE FUNDIDO – ASTM B62

O bronze fundido é empregado na construção do corpo e tampa válvulas de


pequenos diâmetros para serviços de pequena responsabilidade (WOG). Os meios de ligação
empregados nas válvulas de bronze são as roscas. As roscas são conforme as normas NBR
6414 (BSP) ou ASME/ANSI B1. 20.1 (NPT).

5.2 LATÃO LAMINADO

O Latão laminado ASTM B14 é empregado na construção da esfera e haste das


válvulas de corpo e tampa de bronze.

5.3 AÇO CARBONO FUNDIDO

O aço carbono fundido ASTM A216/WCB é empregado na construção do corpo e


tampa.

5.4 AÇO INOX FUNDIDO

O aço inox fundido ASTM A351/CF8 ou ASTM A351/CF8M é empregado na


construção do corpo e tampa.

5.5 AÇO INOX FORJADO

O aço inox forjado ASTM A182/F304 ou ASTM A182/F316 é empregado na


construção da esfera e haste.
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6 O QUE É UM PIG

O pig é um dispositivo cilíndrico ou esférico utilizado inicialmente com a


finalidade de limpar e detectar descontinuidades no interior do duto. Pode ser desde um
simples cilindro em espuma até mesmo um dispositivo mais complexo como uma estrutura
metálica de forma cilíndrica, que utiliza disco transversal como guia para vedação.

A origem da palavra pig vem do idioma inglês que significa porco. O nome se
deve à semelhança comportamental com porcos que entram limpos na tubulação, mas saem
todo surjos ao final do trabalho de limpeza. Outra semelhança é que o som que alguns tipos de
pigs fazem ao passarem pelo interior da tubulação parece o de porcos rosnando. Atualmente
os pigs são utilizados tanto para limpar como para inspecionar o interior do duto. Neste último
caso são chamados de pigs instrumentados.

A utilização de qualquer tipo de pig é realizada em tubulações já em operação


com a utilização de equipamentos específicos para verificação e desobstrução dos dutos. Esse
processo deve ser feito periodicamente para verificar possíveis pontos de corrosão, podendo
ocorrer possíveis furos, rompimentos, etc. Após essa verificação são determinadas as
manutenções, podendo haver troca de tubos danificados, minimizando os riscos de acidentes.
De acordo com a pressão de operação, são tomadas as decisões específicas para cada duto.

Entre as opções existentes para remoção de depósitos de parafinas no interior de


dutos, a utilização de pigs tem sido reconhecida como a eficiente e economicamente viável.

Os pigs são dispositivos deslocados no interior do duto, impulsionados pelo


próprio fluido, tendo por finalidades básicas:
- Remoção de líquidos,
- Separação de produtos dissimilares,
- Inspeção interna (pigs instrumentados),
- Prevenir a formação de depósitos orgânicos e inorgânicos,
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- Limpeza interna e remoção de sólidos.

A origem do nome pig possui algumas versões, sendo as mais aceitas as que
relacionam o dispositivo ao animal de mesmo nome, tanto pela semelhança entre o grunhido
dos porcos e o som emitido pelo dispositivo ao se deslocar na linha, como pela estreita
relação entre pig e detritos.

6.1 INDICADOR DE PASSAGEM DE PIG

É o equipamento que tem por finalidade acusar o momento em que o pig passa
por um determinado ponto da linha.

6.2 TIPOS DE PIGS

6.2.1 Pig de Espuma

O pig mais simples e de larga utilização. Fabricado em espuma de poliuretano


com capacidade de passagem por restrições severas existentes no duto, é utilizado para a
remoção de detritos oriundos da obra de montagem do duto.

6.2.2 Pig Instrumentado

É um equipamento dotado de sensores e dispositivos para armazenamento dos


dados coletados pelos sensores que destinar-se a medir e registrar determinado(s)
parâmetro(s) ao longo do duto. Eles fornecem informações sobre as condições da linha, como
por exemplo: localização de amassamentos, detecção de vazamentos, pontos onde há redução
da espessura da parede do duto, pontos de corrosão, localizar trincas, medir a perda de
material dentre outras.
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Figura 07: Pig Instrumentado


Fonte: . Rio Pipeline.(Introdução a Tecnologia de pig)
6.2.3 Pig Ultra-Sônico

É um pig que pode medir a espessura das paredes do duto através da emissão e
recepção de ondas de ultra-som. Através dessas medidas é possível descobrir pontos que
possam apresentar corrosão, e uma manutenção preventiva poderá entrar em ação.

Figura 08: Pig Ultra-Sônico


Fonte: . Rio Pipeline.(Introdução a Tecnologia de pig)

6.2.4 Pig Geométrico

Introduzido na tubulação, deslocada pela vazão do fluido conduzido e capaz de


coletar dados referentes à geometria do duto. Pig instrumentado compostos por vários
sensores, distribuídos pelo perímetro do duto. Possui um sistema computadorizado interno
que permite o registro em alta velocidade dos ângulos dos sensores, a posição longitudinal no
duto e a posição horária das anomalias detectadas. São muito utilizados nas ultimas etapas da
montagem de um duto novo, para controlar a qualidade final da montagem.
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Figura 09: Pig Geométrico


Fonte: .Operações com Pigs Gás Natural

6.2.5 Pig Magnético

Utilizado na inspeção de dutos. Pig composto de diversos módulos, unidos por


juntas mecânicas. O primeiro módulo contém as baterias que suprem eletricamente todo o
equipamento. O segundo módulo acondiciona o sistema eletrônico de controle e registro. No
terceiro módulo está o sistema de medição magnético. No quarto e último módulo,
encontra-se uma segunda seqüência de sensores, os sensores discriminadores, que identificam
o ponto de origem do defeito, seja na superfície interna, seja na parede externa do duto.
Utiliza o método magnético de campo de fuga para detectar e quantificar a corrosão.

6.2.6 Pig de Limpeza

Pig destinado à remoção de resíduos aderidos as paredes internas de um duto.

6.2.7 Pig de Corrosão

Introduzido na tubulação, deslocada pela vazão do fluido conduzido e capaz de


coletar dados referentes á perda de material na parede do duto. Para os fins deste padrão,
consideram-se apenas as ferramentas que utilizam o principio de saturação magnética.

6.2.8 Pig de Placa Calibradora


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Sistema para a detecção de problemas na geometria do duto. Consiste


basicamente de um disco de diâmetro menor que o diâmetro interno do duto, no qual é fixado
no pig antes do lançamento deste último no duto. O disco é chamado de placa calibradora e
seu diâmetro pode variar de acordo com avaliação que se pretende fazer. Quanto maior e mais
próximo do diâmetro do duto, mais rigoroso é o critério de aceitação.

Figura 10: Pig de Placa Calibradora


Fonte: .Operações com Pigs Gás Natural
6.2.9 Pig de Selagem

Pig destinado à remoção de líquidos condensados ou decantados num duto ou


separação de diferentes fluidos.

6.3 Pig Localizador

É um pig utilizado com um dispositivo para definir a posição exata que o pig se
encontra travado ou perdido por algum problema em algum lugar da linha.

Figura 11: Pig Localizador


Fonte: . Rio Pipeline.(Introdução a Tecnologia de pig)
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6.4 Pig de Bloqueio

Utilizados na manutenção de dutos em operação, que permitem o isolamento de


trechos do duto, viabilizando os serviços de manutenção, como cortes de trechos, instalações
de válvulas, by passes etc.

Figura 12: Pig de Bloqueio


Fonte: . Rio Pipeline.(Introdução a Tecnologia de pig)
6.5 Pig de Limpeza Magnética

São pigs que possuem, fixados ao seu corpo, imãs de grande capacidade de
retenção de partículas ferrosas. Muito utilizados logo após a montagem, esse pig remove
todas as partículas metálicas a base de ferro, como pontas de eletrodos de solda, pedaços de
chapa, bem como pequenos tubos e varetas.

Figura 13: Pig de Limpeza Magnética


Fonte: .Operações com Pigs Gás Natural

6.6 Pig Esfera


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Fabricados em material plástico, geralmente poliuretano, podendo ser maciços ou


infláveis, são utilizados principalmente para a remoção de condensados em gasodutos,
reduzindo a perda de carga e garantindo o fluxo.

Figura 14: Pig Esfera


Fonte: .Operações com Pigs Gás Natural
6.7 Pig Flex

Pig fabricado em poliuretano de alto desempenho é utilizado para operações de


enchimento, esvaziamento e limpeza de tubulações.

Figura 15: Pig Flex 30”


Fonte: .Operações com Pigs Gás Natural

6.8 Pig Raspador


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Pigs rígidos para limpeza, geralmente com algum componente mecânico que
raspa a superfície interna do duto, o mais comum são escovas de aço sobre suportes de molas.
Realizam uma limpeza mais agressiva, removendo os detritos aderidos à superfície do duto.

Figura 16: Pig Raspador


Fonte: .Operações com Pigs Gás Natural
6.9 Pig Palito

Foi criado um sensor geométrico de alta resolução, o sensor tipo palito. Este
sensor permite a inspeção de corrosão interna no duto com uma qualidade que de outra forma
só seria possível utilizando técnicas muito mais caras e complexas como o ultra-som. Por ser
baseada em princípios simples, esta tecnologia é bastante robusta, sendo menos sujeita as
interferências elétricas e dispensando a necessidade de um líquido acoplante.
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Figura 17: Pig Palito


Fonte Rio Pipeline.(Introdução a Tecnologia de pig)

7 VISITA IN LOCO

Em uma entrevista realizada no dia 18 de OUTUBRO de 2017 no Pólo de


carmopolis (CP), com o operador I Alexandre Melgaco, que ao mesmo foram feitas algumas
perguntas com relação aos parâmetros nos lançadores e recebedores de pigs.

1º) Que tipos de materiais os pigs de limpeza trazem da tubulação ?

R - Uma mistura de restos de espumas de corridas anteriores e principlamente residuos


gerados durante os teste hidrostaticos. Elas vem umedecidas em mateiral oleoso e
formam de “bolos”. É coletado tambem um pó preto oriundo do processo de corrosão
das paredes dos dutos.

2º) Por que se deve coletar o resíduo (pó preto) que vem da limpeza do duto e levado para um
laboratório ?
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R - Teoricamente deve-se coletar o material e levar a um laboratório para analises para


se identificar os agentes causadores do processo de oxidação. E, evidente, monitorar a
taxa de corrosão dos dutos. Mas, na realidade não é muito aplicado estas analises para
linhas de gás, principalmente as novas linhas existentes, isso requer contrato com
laboratórios especializados.

3º) Quantas pessoas são necessárias para fazer um lançamento de pig ?

R - O pig flex de corpo metálico para grande diâmetro exige no mínimo 3 pessoas se for
feito uso de equipamentos de movimentação de carga. Já os demais de menor diâmetro
duas pessoas já é suficiente.

4º) Qual é a pressão mínima e máxima disponível para deslocamento do pig ?

R - O pig anda através da diferença de pressão, o chamado diferencial, mas os valores de


pressão não são estimados facilmente por que depende muito da massa do pig, da
rugosidade da linha, do grau de oxidação, entre outros. Já presenciei casos de ser
necessário uma diferença de pressão de 4 kgf/cm².

5º) Qual é a velocidade do pig durante um lançamento ?

R - A velocidade é diretamente proporcional a vazão, ou seja, depende do consumo da


linha. Mas a norma exige que se obedeça a uma velocidade de 4 m/s para se evitar danos
a integridade da linha.
6º) Um pig pode ser reutilizado ?

R – O pig de espuma não, uma vez utilizado ele é descartado. Mas os demais pigs com
certeza, os de placas de poliuretano é só fazer a substituição das placas. Os tipos flex é só
efetuar uma inspeção visual e caso não seja detectado nenhuma avaria pode ser
reutilizado.

7º) Com quantos quilos de pressão um pig é lançado e recebido ?


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R – Não existe relação entre a pressão para a passagem de pig. Como dito
anteriormente, quem movimenta o pig é a diferença de pressão, então se vai haver
corrida de pig precisa-se estimar a que nível de diferencial se chega por que na parte a
jusante ocorrera um decréscimo na pressão, o que o operador têm que controlar é se
essa queda a jusante não vai afetar os consumidores, fechar algumas válvulas, etc.

8º) Quantas estações de lançamento e recebimentos temos em Sergipe e quais ?

R – Em nosso estado temos 4 gasodutos para transporte de gás. Existem outros para
óleo. Área de scrapers existem 6 localidades.

9º) Qual é o tempo que gasta em um percurso de um lançamento de um pig ?

R – A velocidade varia de acordo com a vazão, ai é só conceito de física básica e calcular


a velocidade. Para um exemplo hipotético, de uma corrida de Itaporanga ate
Carmópolis que possui uma distância de 67,5 Km, e uma velocidade média de 1,02 m/s.
calculando teríamos um tempo de aproximadamente 18h31min h.

10º) Qual é o grau de temperatura em um lançamento de pig ?

R – Nesse caso no transporte de gás natural, o fator temperatura não é relevante, pois se
trabalha a temperatura ambiente.

8 CONCLUSÃO

Este trabalho tem como objetivo tornar exposto às técnicas mais utilizadas e a
existência de vários tipos de pigs, devido ao crescente ramo petrolífero conseqüentemente a
qualidade de dutos para o transporte do petróleo, gases dentre outros fluidos, se faz necessário
cada vez mais uma conscientização maior quando se fala em preservação do meio ambiente.
Com as novas técnicas que vem sendo empregada para criar instrumentos cada vez mais
capazes de detectar pontos de corrosão e furos nos dutos vem sendo empregados pigs cada
vez mais eficientes.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Empresa - NEDL.

http://www.wikidutos.org.br

Acesso dia 07 de MAIO de 2017 às 14h30min.

http://www.prh29.ufes.br

Acesso dia 09 de MAIO de 2017 às 13h30min.

http://www.cpti.cetuc.puc-rio.br/projeto-galeria.php
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PETROBRAS N-505 - Lançador e Recebedor de “Pig” para Duto.

PETROBRAS N-2247 - Válvula Esfera de Aço - Requisitos Suplementares.

PETROBRAS N-464 – Construção, Montagem e Condicionamento de Duto Terrestre.

PETROBRAS N-2634 - Operação de Passagem de Pigs em Duto.

Rio Pipiline.(Introdução a Tecnologia)

Acesso dia 11 de MAIO de 2017 às 15h30min.

Sabino, João Marco, Avaliação por pig de perfilagem e danos superficiais nos materiais das

paredes de dutos de petróleos, Rio Grande do Norte, 2009.

Telles, Pedro C. Silva, Materiais, projeto, montagem, Ed. LTC, 10ª edição, São Paulo, 1996.

TRANSPETRO – Operações com Pigs Gás Natural – Guilherme Melo de Sá

TRANSPETRO – Operações com Pigs Gás Natural, Módulo II Práticas de Campo, Rio de

Janeiro, 1986 – Guilherme Melo de Sá.

GLOSSÁRIO

By-pass – Orifício que permite a passagem do fluido através do pig

Diâmetro – Diâmetro de referência conforme especificada no padrão internacional de tubos


para dutos de petróleo e gás natural.

Parede dos dutos – Espessura da parede do tubo conforme especificada no padrão


internacional de tubos para dutos de petróleo e gás natural.
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Pig - O pig é um dispositivo cilíndrico ou esférico utilizado inicialmente com a finalidade de


limpar e detectar descontinuidades no interior do duto. Pode ser desde um simples cilindro em
espuma até mesmo um dispositivo mais complexo como uma estrutura metálica

Pig instrumentado – Pig dotado de sensores e dispositivos para armazenamento dos dados
coletados pelos sensores que destinar-se a medir e registrar determinado(s) parâmetro(s) ao
longo do duto.

Placa calibradora – Disco metálico, deformável, instalado no corpo do “pig” cuja finalidade é
verificar a existência restrições no duto.

Proteção catódica – Existem dois métodos para aplicação de um sistema de proteção catódica
um sistema de proteção catódica: o método galvânico, ou por anodos de sacrifício, e o método
por corrente impressa. Em qualquer dos dois existe um suprimento de corrente contínua em
quantidade tal que, penetrando, por exemplo, em uma tubulação enterrada, é suficiente para
eliminar as pilhas de corrosão normalmente nela existentes.

Remoção de detritos – Remoção de resíduo de uma substância.


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ANEXOS

ANEXO 01- BACIA DE DRENAGEM


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Fonte: Pólo carmopolis

ANEXO 2 - CONEXÃO FLANGEADA

Fonte: Pólo carmopolis

ANEXO 3 - TAMPÃO DE FECHAMENTO RÁPIDO


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Fonte: Pólo carmopolis

ANEXO 4 - INDICADOR DE PRESSÃO

Fonte: Pólo carmopolis

ANEXO 5 - JUNTA DE ISOLAMENTO ELÉTRICO


38

Fonte: Pólo carmopolis

ANEXO 6 - CÂMARA DE LANÇAMENTO DE PIG

Fonte: Pólo carmopolis

ANEXO 7 - VÁLVULA DE BLOQUEIO DA CÂMARA


39

Fonte: Pólo carmopólis

ANEXO 8 – DRENO

Fonte: Pólo carmopolis

ANEXO 9 - INDICADOR DE PASSAGEM DE PIG


40

Fonte: Pólo carmopolis


ANEXO 10 - PIG DE ESPUMA

Fonte: Pólo Atalaia

ANEXO 11 - PIG INSTRUMENTADO


41

Fonte: Pólo Atalaia

ANEXO 12 - PIG MAGNÉTICO

Fonte: Empresa NEDL


42

ANEXO 13 - PIG DE LIMPEZA MAGNÉTICO

Fonte: Empresa NEDL

ANEXO 14 - PIG FLEX

Fonte: Pólo carmopolis


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ANEXO 15- RIP – REGISTRO DE INSPEÇÃO COM PIG

Fonte: Empresa NEDL


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