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Dimitrius Oliveira, CEO da Atento Brasil: “Já passei por momentos difíceis na vida profissional, mas nunca vi uma
companhia parar 100%. É algo duríssimo” — Foto: Silvia Zamboni/Valor
O isolamento da rede também foi adotado por Ailton Brandão, diretor de tecnologia
do Hospital Sírio-Libanês, ao identificar que a instituição perdera o acesso a um
servidor. “Foi uma primeira medida básica, mas não indolor”, recorda-se. À época, a
instituição passava pela primeira onda do combate à pandemia.
“Quando você fecha tudo, nenhum médico ou paciente consegue acessar os dados
no hospital”, explica. “Você cria um domo para entender o que está acontecendo e
tomar as providências.”
O cenário vivido por Oliveira e Brandão se repetiu muitas vezes desde o início da
pandemia entre grandes instituições no país.
Braskem, Cosan, CVC, Embraer, Grupo Fleury, JBS, Lojas Renner, Natura & Co., Porto
Seguro, Superior Tribunal de Justiça, Tesouro Nacional, Westwing e, mais
recentemente, o Ministério da Saúde -+ que não recuperou o fluxo de informações
desde 7 de dezembro - também estão entre as vítimas de grupos cibercriminosos no
país. Na maioria dos casos, os hackers injetam programas maliciosos que invadem
silenciosamente as redes corporativas, criptografam servidores e paralisam suas
operações. Para liberar os servidores e não divulgar dados, os grupos pedem
resgates em criptomoedas.
Pagamento de resgate não foi uma opção considerada pela Atento ou pelo Sírio-
Libanês. “Desde o princípio decidimos não pagar resgate porque é um caminho no
qual não acreditamos”, diz Oliveira. Após ameaças, os cibercriminosos divulgaram
dados internos. “Houve vazamento de informações como estrutura comercial,
tesouraria e propostas, que nos interessam internamente, mas não afetam nossos
clientes”, afirma o executivo.
Desconectar uma das maiores empresas de call center do país gerou impacto no
atendimento de empresas como Azul Linhas Aéreas, Bradesco, Itaú Unibanco, iFood,
Unimed Rio e Vivo. “Fomos transparentes com os clientes porque a pressão é
grande sobre nós e eles”, diz o executivo. “O nível de colaboração e respeito com a
gente foi enorme”.
Na ‘sala de guerra’ montada na sede do Sírio-Libanês, em São Paulo, no dia do
ataque, a equipe de tecnologia, os principais gerentes e diretores organizaram o
fluxo do hospital sem o sistema e se preocuparam em alertar médicos e o público.
“Ao contrário de muitas empresas, demos transparência ao problema”, ressalta
Brandão.
Oliveira informa que a análise forense do incidente na Atento ainda está em curso,
mas a suspeita também é de acesso por um fornecedor terceirizado. “Interromper a
estrutura como um todo nos fez repensar toda a arquitetura de conexão”, diz o
presidente da Atento. Elevar o nível de proteção e monitoramento em todo o
perímetro da empresa, incluindo acessos remotos, foi uma medida tomada após o
incidente.
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