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Estudante: 1061924 Ismael Domingos Cuave

Livro Resumido: Norman Geisler, Enciclopédia Apologética

O livro é um dos mais esplêndidos tratados apologéticos de forma cristã acadêmica em defesa da
fé cristã, refutando as ideias heréticas contra a mesma fé. Neste livro a fé cristã é uma plena
confiança inteligente em Cristo e na Palavra de Deus.

A ideia principal do livro:

O apologista Geisler busca apresentar que é inteligente crer em Deus através de vários argumentos
teo-filosoficos através de toda historia da humanidade e que a morte e ressurreição de Cristo tem
implicações para toda humanidade, desde pio (Céu) a impio (Inferno).

As ideias centrais do livro:

A relação da Palavra Viva (Jesus Cristo) e a Palavra Escrita (Bíblia) – Cristo Jesus, como nos
apresenta o NT, Ele aceitava a autoridade divina (Mt 4.4,7,10), a validade eterna (Mt 5.17,18), a
inspiração divina (Mt 22.43), a imutabilidade (Jo 10.35), a supremacia (Mt 15.3,6), a inerrância
(Mt 22.29; Jo 17.17), a confiabilidade histórica (Mt 12.40; 24.37,38) e a precisão científica (Mt
19.4,5) das Escrituras.

Jesus e a acomodação no contexto judaico – Cristo Jesus se acomodou ou adaptou à limitações


humanas na sua encarnação e em concordar com as crenças judaicas que condiziam com a vontade
de Deus mas nunca se acomodou com tudo o que era contradizente à Bíblia, no exemplo da tradição
Judaica que era herética à Bíblia, dizendo “e por que vocês transgredem o mandamento de Deus
por causa da tradição de vocês” (Mt 15.3,6b).

Deus e a criação do mundo – Deus é antes de toda existência, e Pai da eternidade, isto é, antes da
eternidade Deus é, e Ele criou no mundo do nada (ex-nihilo) e implantou nele as leis naturais que
são meramente descritivas aos acontecimentos normais e frequentes da natureza e não prescritiva.
Deus intervém na sua criação de forma que Ele quer pois é dono e criador da natureza, essa
intervenção chama-se milagre, de acordo com Dr Stiven Rock isso é feito através das leis físicas
estranhas e desconhecidas, essa intervenção de Deus é duradouro, é coerente com a sua natureza,
vontade e palavra e é para a gloria de Deus, exaltação de Cristo Jesus por meio do seu Espirito
Santo.
Argumentação da existência de Deus – várias são as maneiras que o autor apresenta para evidenciar
a existência de Deus, desde: o argumento cosmológico, teleológico, de desígnio, fim necessário,
causalidade, moralidade, o mal apela na existência de um bem supremo (Deus), o argumento
harmónico.

O aniquilacionismo e a morte eterna – o aniquilacionismo advoga a eterna inexistência dos ímpios


mas: 1. a separação eterna de Deus com o ímpio não implica na extinção do ímpio, a morte
espiritual é a separação de Deus, a fonte da vida com o homem, mas este continua consciente da
existência de Deus mas é incapaz de alcança-lo, enquanto a extinção é deixar de existir. 2. A
destruição eterna do ímpio não implica na inexistência do ímpio, o que é destruído eternamente
continua existindo pela eternidade mas no estado de ruina, enquanto a inexistência é não ter
existido.

O destino do impio, inferno – Não há bases bíblicas seriamente estudadas que apoiam o
aniquilacionismo mas sim um castigo eterno, uma vida eterna na morte pois Deus é a vida. Por
Ex: O rico no Hades estava consciente e em tormentos Lc15:22-28. Esse lugar é chamado de lugar
de choro e ranger de dentes (Mt 8.12; cf. 22.13; 24.51; 25.30), lugar onde o fogo não se apaga
(Mc 9.4348), Um lugar de tormento eterno (Ap 20:10), O lugar para a besta e o falso profeta (Ap
19:20; 20:2), O lugar de castigo consciente (2T 1:9) e lugar com mesma duração que o Céu, eterno
(Mt 25:41).

O canon é uma invenção divina – o AT não possui várias discussões quanto á sua aceitação,
excepto a posição católica romana, o NT possui varias discussões mas na verdade nenhum homem
inventou o canon (vara de medir), visto que o Espírito Santo foi o inspirador da inscrição da
Escrituras, Ele mesmo guiou ou homens a descobrir e reconhecer o Canon da Bíblia.

A historicidade e veracidade do Livro de Atos dos Apóstolos e dos evangelhos – apesar as


negações da alta crítica da bíblia a historicidade do livro de Atos dos apóstolos é confirmada por
evidências incontáveis. Não há nada igual à quantidade de provas detalhadas em qualquer outro
livro da antiguidade, visto que o mesmo autor escreveu o livro de Lucas, então o mesmo argumento
valida a veracidade de todos os evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João).

Canonicidade da bíblia – a Igreja não criou o canon pois é divino mas sim a reconhece, e é
considerado canónico o livro que foi 1) escrito por um porta-voz de Deus; 2) que foi confirmado
por um ato de Deus; 3) disse a verdade 4) no poder de Deus; e 5) foi aceito pelo povo de Deus,
2Tm 3:16. A Bíblia foi escrita por homens de Deus, Guiados polo Espirito de Deus, foi o mesmo
Espirito que Inspirou a Inscrição, os dizeres de Deus são os dizeres da Bíblia.

A autoridade da Bíblia é a autoridade de Deus – Deus direcionou e sustentou a escrita da bíblia,


não no processo do ditado mas sim no da inspiração, portanto, toda Palavra escrita é a sua Palavra
2Tm 3:16, toda Palavra é Dele Mt 22.43; 1 Co 2.13, os tempos verbais Mt 22.32; Gl 3.16 e mesmo
as partes mínimas da Bíblia Mt 5.17,18. A Bíblia é a inerrante Palavra de Deus na linguagem dos
Homens.

A Bíblia e a ciência – a Palavra de Deus não é um livro escrito com cunho científico mas sim
revelação do amor de Deus à sua criação, mas mesmo assim apresenta factos científicos bem antes
que os cientistas descobrirem, tais como: nenhuma matéria nova é criada Gn 2:2 a energia universal
é constante 1 lei da termodinâmica, o universo está se desgastando, os seres vivos se reproduzem
conforme a sua espécie, o Homem é feito do pó da Terra Gn3:19, a H2O retorna à sua fonte Ec
1.7; Jó 37.16, a Terra é redonda e suspensa no espaço Is 40:20, Pv 8.27 e Jó 26.7, etc. portanto a
verdadeira ciência confirmará o relato Bíblico.

A relação de Karl Barth com as Escrituras e a Ressurreição de Jesus Cristo – para este teólogo a
palavra de Deus existe em 3 níveis: Palavra Viva (Jesus Cristo), Palavra Escrita (Bíblia) e Palavra
Dita (ensino e relato de Deus) mas mesmo assim ele nega o fato da bíblia ser a Palavra de Deus,
para ele é: o registro da revelação de Deus e não a própria revelação da palavra de Deus, a Bíblia
é falível, isso deve-se pelo facto de homens falhos e limitados terem feito o registro. Com tudo
Barth acredita na veracidade do relato e no facto da ressurreição de Jesus, enfatizando dois
princípios: o túmulo vazio é inegável e a aparição de Cristo é incontestável.

A relação de Deus com a criação – Deus criou todo existente no mundo físico e espiritual, ele
governa a sua criação de perto.

A relação de Jesus Cristo com a divindade – Jesus é 100% Deus e a terceira pessoa da Trindade.
Ele é igual ao Pai em natureza, essência, atributos e poder mas também é subordinado ao Pai na
sua humanidade, Ele é 100% Homem, nascida da virgem Maria pelo poder de Deus, que viveu
sem nenhum pecado, que morreu na cruz para a salvação do pecador e ressuscitou dentre os mortos
e foi visto e apalpado por muitos e isso o torna exclusivo dentre toda humanidade.
A relação do Espirito Santo com a divindade, O espirito Santo é Deus e a terceira pessoa da
trindade, pois coexiste na mesma natureza, essência, atributo e poder de Deus. Ele trava o mal no
mundo e convence o Homem do pecado para Deus por meio de Cristo Jesus.

A existência do mal – o mal não é uma existência criada por Deus, o mal é o oposto do bem, disto
despende-se que o mal não possui nenhuma originalidade porque é a corrupção do bem, do mesmo
modo se entende as trevas como a ausência da luz, o mal tornou-se real a partir do queda do anjo
da luz para satanás e de Adão e Eva. O mal não é eterno como o bem pois terá o seu fim na vinda
de Jesus.

A verdade é aquilo que corresponde à realidade – Deus é verdadeiro, então as suas alegacões são
igualmente verdadeiras, assim sendo toda a humanidade necessita de Deus pois Ele é a fonte eterna
da vida. Considerando que nos tempos do NT a verdade era sempre a absoluta pois o relativismo
ascendeu posteriormente, portanto as verdades bíblicas devem ser entendidas de forma absoluta
mas aplicada coerentemente neste mundo em que existe uma conceção relativista.

A ressurreição de Jesus é o auge do cristianismo – todo o processo da redenção do mundo ganha


sentido através da ressurreição de Cristo. Se cristo não ressuscitou então ainda estamos mortos no
nosso pecado. A ressurreição foi a audível declaração de Deus de que o sacrifício pelos nossos
pecados foi aceite e agora o pecador pode alcançar a salvação.

Em fim, a bíblia é a Palavra de inerrante de Deus na linguagem do Homem, crer nela é crer em
Deus e crer em Deus é inteligente porque Ele deu evidencias o suficiente da sua existência e que
é digno de toda confiança, visto que o Homem é caído na iniquidade, o mesmo Deus providenciou
o resgate através da morte e ressurreição de Jesus Cristo. A Ele é toda a gloria e louvor para sempre
Amem!

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