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1-TÍTULO DO PROJETO CULTURAL A SER TRABALHADO

- ZÉ GÓ VÉI, BOTA O REI CONGO NO CONGADO

2-DESCRIÇÃO
A congada ou congado é uma manifestação cultural e religiosa afro-brasileira. Folguedo
muito antigo, constitui-se em um bailado dramático com canto e música que recria a
coroação de um rei do Congo. Trata basicamente de três temas em seu enredo: a vida
de São Benedito; o encontro da imagem de Nossa Senhora do Rosário submergida nas
águas; e a representação da luta de Carlos Magno contra as invasões mouras. 
3-RESUMO
Em 1674, a coroação dos reis do Congo já era realizada na Igreja de Nossa Senhora do
Rosário dos Pretos do Recife, na então Capitania de Pernambuco. Em certas ocasiões a
festa alcançava esplendor pelo empréstimo de joias e adereços, cedidos pelas senhoras e
senhores do engenho. Reunidos, os escravos e mestiços iam buscar o régio casal,
levando-os à igreja onde eram coroados pelo vigário. Em Salvador, no estado da Bahia,
desde 1704 a festa acontece na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, um dos
pontos turísticos mais conhecidos da capital baiana. É nessa igreja que são celebrados
até hoje muitos cultos religiosos com características cristãs e do candomblé. O cortejo
executava coreografias, jogos de agilidade e de simulação guerreira, como a dança de
espadas. Depois da coroação havia uma festa com baile, comidas e bebidas. As
Irmandades de Nossa Senhora do Rosário ajudavam em todo o processo. Por vezes a
imagem da santa era pintada de preto. E em Juazeiro vãos homenagear ZÉ GOVEIO,
grande baluarte e grande divulgador dessa cultura do congo em nossa cidade. Para tanto,
um documentário em homenagem a esse homem será realizado

4-OBJETO DO PROJETO

O som dos pandeiros, das caixas, do coro, das batidas dos pés em uma dança
sincronizada, marcam a tradição. Pessoas em fileiras cantando e dançando vestidas semelhante
aos marinheiros seguem em procissão carregando uma bandeira de cor rosa com a imagem de
Nossa Senhora do Rosário. Na frente dos devotos vem um casal de crianças caracterizadas de
rei e rainha acompanhados pelo guia que está sempre puxando a próxima canção. Este é o ritual
dos Congos de Juazeiro na Bahia, um grupo religioso centenário que preserva o culto a Nossa
Senhora do Rosário e hoje corre o risco de acabar. No último domingo de outubro, dia da santa
homenageada, feriado de finados em 2 de novembro, e quando são convidados para visitação
nas casas do município, eles saem em cortejo pelas ruas da cidade. O congo, também chamado
de congado ou congada, é uma manifestação religiosa realizada em muitos lugares do Brasil,
mas que teve origem na África como expressão de agradecimento do povo aos seus
governantes. Vários africanos ao virem para o Brasil como escravos acabaram trazendo esta
tradição adaptando com a cultura local. A prática dos congos tem muito a ver com a prática da
escravidão que atingiu o brasil praticamente por mais de 200 anos, e que chegou até essa região.
Essa própria presença de Nossa Senhora do Rosário, é bem significativa dessa presença do
negro no contexto de escravatura como um segmento social marginal, praticamente sem espaço
para manifestar a sua religiosidade. Em Juazeiro não se sabe a data exata em que os congos
tiveram origem. Segundo relatos dos participantes mais velhos da atual formação dos congos
sabe-se apenas que o senhor José Cassiano, que morava na Ilha de Nossa Senhora, foi quem
ensinou esta dança aos primeiros componentes do grupo, formado apenas por homens. Seu
Cassiano foi portanto o 1º dirigente dos congos de Juazeiro.  Depois de sua morte em 1935, os
senhores: Berto e João Lionídio  deram continuidade a tradição, e desde 1973 até hoje o
responsável pelos ensaios é o senhor José Pereira, mais conhecido como Gó Véi. Será feito
então um documentário sobre a sua vida desse homem que dedicou sua vida aos congos.
Documentário é um gênero do cinema que tem como objetivo a apresentação de uma visão
da realidade por meio da tela. Para isso, esse gênero utiliza-se de arquivos históricos,
imagens, entrevistas com pessoas envolvidas e outros recursos, permitindo que ele seja
construído ao longo do processo de sua produção e somente seja finalizado com a edição.
Assim, apesar de possuir um roteiro, o documentário não é escrito ou planejado, e sim
construído processualmente de forma criativa e nem sempre fidedigna à realidade.

5-OBJETIVOS

-Mostrar, a partir do olhar da preservação, as suas perspectivas sobre e quais passos a nossa
cidade ver a nossa cultura e que medidas precisa tomar para sair dessa crise;

- Identificar a congada é um evento que faz parte do folclore brasileiro ;

-Recohecer que a congada trata-se de um desfile ou procissão que reúne elementos das tradições
tribais de Angola e do Congo, com influências ibéricas no que se refere à religiosidade;

- Identificar a Congada, como cultura híbrida que resistiu desde o período colonial até os dias de
hoje, mantendo a tradição africana, possibilita o conhecimento mais aprofundado de alguns
aspectos da vida de africanos vindos ao Brasil durante o período da escravidão;

- Identificar a importância da festa e dos adereços. Como a fé dos escravos hibridizava-se com a
instituição da Igreja Católica, tornando-se assim uma prática social e uma festividade à parte. A
presença dos santos, tão própria do catolicismo português, associadas a crença e devoção dos
africanos, marcavam toda a festividade;

6-JUSTIFICATIVA

O mini documentário reúne histórias de pessoas que vivem em realizar atividades da congada na
cidade de juazeiro nas periferias e suas angústias em relação à pandemia. O retorno da fome, o
aumento das mortes e enfermidades, o desemprego, a falta de condições adequada para os
estudos e as incertezas sobre seus futuros são algumas das principais preocupações dessas
pessoas que serão entrevistadas. Estamos vendo, de maneira dramática, uma geração inteira de
pessoas sofrendo com diferentes desigualdades, e essa situação foi ampliada pela pandemia.
Essas pessoas estão impedidas de construírem planos de futuro e sonhar. Esse cenário impactou
também influenciou quem vive de realizar essas manifestações folclóricas. As periferias sofrem
mais com a crise do coronavírus, isso é inegável. Os efeitos da crise estão sendo sentidos agora,
e serão parte da realidade do Brasil por um longo período de tempo. Realizar esse documentário
é uma reflexão sobre o distanciamento social e seu impacto nas manifestações culturais da
região. O documentário curta-metragem será produzido seguindo todos os protocolos de
segurança e sanitários para evitar o contágio por covid-19.

7-METODOLOGIA
A produção desse documentário será constituída de etapas que englobam determinadas
atitudes antes, durante e depois das filmagens . Antes das filmagens : definir o tema a ser
abordado, no nosso caso será sobre o congo de Zé Gó Véi, estabelecerei o público-alvo:
comunidade em geral e estudantes, será elaborado um pré-roteiro, especificando as cenas,
depoimentos e relatos necessários, elaborar contratos e declarações para a concessão de
imagens e direitos; agendar as gravações. Durante as filmagens gravarei as cenas nos
cenários estabelecidos de acordo com o pré-roteiro; gravar as entrevistas com as pessoas
escolhidas; gravar os depoimentos preestabelecidos; verificar se as cenas, entrevistas e
depoimentos gravados estão de acordo com o pré-roteiro e com o objetivo do documentário;
fazer as gravações que faltam para a construção do documentário.

8-METAS

-filmar 1 documentário sobre a congada em Juazeiro-Ba;

-Comprar matérias afins para a realização do documentário;

-Exibir 1 documentário sobre a congada em plataforma virtual.

9-EQUIPE ENVOLVIDA
EQUIPE DE PRODUÇÃO
EQUIPE DE DIREÇÃO
EQUIPE DE EXECUÇÃO
10-CRONOGRAMA
OUTUBRO: REUNIÃO COM AS PESSOAS QUE FAZEMA CONGADA EM
JUAZEIRO
NOVEMBRO: GRAVAÇÃO DO DOCUMENTÁRIO
DEZEMBRO: EXIBIÇÃO DO DOCUMETÁRIO NA PLATAFORMA VIRTUAL
11-ACESSIBIIDADE
O nosso projeto disponibilizará um PODCAST do documentário para as pessoas que
são cegas. Assim essas pessoas poderão ouvir quando quiser, porque entendemos que a
acessibilidade é um dos aspectos fundamentais no processo de inclusão.

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