Você está na página 1de 20

Introdução

Bem-vindo e obrigado por selecionar a mais recente edição do Aprenda SAP em


24 Horas. No decorrer destas páginas, encontrará seis partes renovadas sobre o
SAP e 24 horas de ensinamentos revisados, para melhor ensinar o novato em
SAP. Meus colegas e eu investimos uma quantidade significativa de tempo, ali-
nhando o conteúdo deste livro com aquilo que uma pessoa novata em SAP preci-
sa saber de início, considerando diversas perspectivas: a do especialista em tecno-
logia; a do usuário final; a do gerente de projetos; a do candidato a programador
SAP; e a do profissional de negócios.

Nós organizamos cada hora (ou capítulo) com base em vários temas comuns,
começando naturalmente com um conteúdo introdutório, útil para ajudar a pra-
ticamente todos os leitores a entender a tecnologia básica por trás do SAP, alguns
conceitos de negócio e vários roteiros de implantação do SAP.

Em seguida, abordamos em detalhes os produtos e componentes do SAP, preparando


o terreno para a próxima parte do livro, que trata da implantação do SAP.

Ao abordar a implantação do SAP, considerando os aspectos de gestão do projeto,


negócio e tecnologia, nós nos esforçamos para dar ao leitor uma visão abrangente,
profunda e realista, de modo que este livro seja, de fato, um guia de valor.

Considerações técnicas adicionais ajudam a reforçar a abrangência e profun-


didade do conteúdo, seguidas por uma sessão dedicada ao usuário final: como
acessar o sistema, como usar e personalizar as várias interfaces do SAP e como
executar funções básicas como relatórios e consultas.

A parte final do livro fecha o conteúdo com informações destinadas a ajudar o


leitor a obter um emprego relacionado ao SAP, incluindo indicações de material
disponível na Internet e em outros recursos.

Embora justificadamente ampla, esta nova abordagem leva a duas coisas. Pri-
meiro, dá ao leitor a oportunidade de entender o que o mundo SAP representa,
principalmente com relação às muitas mudanças que presenciamos desde 2005.
Em segundo lugar, a terceira edição tem menos sobressaltos entre os capítulos e,
portanto, é mais fácil de ler.

Se sua empresa acabou de anunciar que vai implantar o SAP, ou você acabou de
entrar em uma empresa que usa o SAP, você vai achar fácil pesquisar no livro e
encontrar o que deseja rapidamente. Por exemplo, os usuários finais podem que-
rer ler as partes I e IV, antes de se concentrar na parte V, enquanto especialistas
em TI podem direcionar sua atenção totalmente nas partes II e IV. Por outro lado,
profissionais responsáveis pelas decisões e gerentes de projetos podem achar as
partes II e III mais úteis, enquanto aspirantes a profissionais SAP podem ir direto
para a parte VI, buscando orientação sobre como se juntar ao mercado de profis-
sionais do mundo SAP.
2 Aprenda SAP em 24 horas

Para você, leitor, a escolha deste livro representa um interessante passo à frente.
Você está se aproximando de um produto um líder de mercado, um modelo de
solidez e um concorrente destacado em soluções empresariais, sempre à frente em
termos de tecnologia.

Após 24 horas de leitura, terá uma base sólida sobre a qual poderá desenvolver
melhores habilidades ou mesmo uma carreira no mercado de SAP. Certamente,
sua base de conhecimentos será ampla e precisará evoluir para você se tornar
um especialista no real sentido da palavra. Mas a grande coisa em sua decisão
é que você terá uma idéia melhor do que você sabe e uma indicação do que
ainda precisará aprender. Você saberá aonde quer chegar e estará atento para
trilhar um caminho em uma carreira que você escolheu. Este bom senso por si
só será suficiente para colocá-lo em um novo rumo para sua carreira, ou mes-
mo para a sua vida.

E, de qualquer forma, essas 24 horas de leitura podem lhe ser útil também em
seu trabalho atual. Dotado de visão, habilidade, discernimento e uma idéia mais
próxima da realidade que a maioria das empresas vive atualmente, você olhará
para as aplicações de negócio e as soluções tecnológicas que as suportam de uma
maneira diferente. Estará apto a contribuir de uma forma mais efetiva do que
antes sob diversos pontos de vista, graças a um entendimento melhor do negócio
e das aplicações, ao conhecimento tecnológico e de gestão de projetos e a uma
familiaridade com o dia-a-dia do usuário final.

Ao final deste livro, você estará bastante consciente dos diversos aspectos do
mundo SAP.

A Jornada do SAP
O SAP trilhou um longo caminho desde que a primeira edição deste livro foi pu-
blicada no auge do R/3. Nos últimos anos, nós presenciamos uma grande evolu-
ção tanto em termos de tecnologia quanto de aplicações de negócio, sendo que,
sem dúvida nenhuma, a SAP puxou o avanço das fronteiras do mercado como
nenhuma outra empresa de software. Certamente, os concorrentes e parceiros da
SAP deram grande incentivo aos técnicos e executivos em Walldorf, na Alema-
nha. Com um renovado conjunto de produtos, suportado por novas tecnologias
e produtos subjacentes, a oferta de soluções para negócios da SAP não tem pa-
ralelo no mercado. E a empresa permanece como um modelo tanto de evolução
quanto de revolução.

O SAP pode ser encontrado em 46.000 empresas ao redor do mundo, de corpo-


rações multinacionais a organizações governamentais, incluindo pequenas e
médias empresas e tudo o mais no meio do caminho. A SAP entrou de forma
bem sucedida no chamado “mid market”. Ou seja, o SAP não é mais apenas a
melhor solução para grandes empresas, mas também a melhor solução para
todo resto da indústria. Oferecendo as mais modernas ferramentas para desen-
volvimento e realizando, de verdade, as promessas do modelo SOA com o desejo
de reinventar o jeito de se fazer negócios, a SAP está tornando cada vez mais
fácil “rodar” o SAP.
Introdução 3

O Que Há de Novidade e Quem


Deveria Ler Este Livro?
Como seus antecessores, este livro é dividido em 24 capítulos, ou “horas”, que
podem ser lidos em aproximadamente uma hora. Este livro aborda tudo que você
precisa para se familiarizar com os principais produtos e componentes da SAP
que são normalmente chamados, em conjunto, de SAP.

O livro é organizado de forma a esclarecer aspectos importantes da terminologia,


utilização, configuração, implantação e administração do SAP, dentre outros.
Assim, ele é mais abrangente do que detalhado em alguns pontos, embora apre-
sente alguma profundidade em muitos assuntos considerados importantes para o
entendimento do assunto.

O livro também serve como um conjunto de roteiros interligados. Nesta estrutura


está o principal valor do livro: o seu conteúdo é amplo o suficiente para mostrar
uma visão que a maioria poderá entender, mas mesmo assim profundo a ponto
de ser mais que uma simples introdução para assuntos em diferentes áreas.

O fluxo de apresentação do conteúdo segue a mesma idéia: do geral para o espe-


cífico; dos produtos e componentes SAP até o suporte e operação pós-implanta-
ção; e do planejamento e preparação do projeto até a sua execução.

O Aprenda SAP em 24 Horas começa com os conceitos básicos e a terminologia


associados ao SAP, ao SAP NetWeaver e a respeito do que é um projeto SAP. Dali
parte para um cuidadoso processo de construção do seu novo conhecimento para
montar a visão do complexo mundo do SAP. O ritmo do livro foi pensado para
dar uma base sólida, de forma que você consiga assimilar os tópicos mais avan-
çados encontrados mais tarde no livro.

Assim, o iniciante pode perceber rapidamente o que significa planejar, implantar


e usar o SAP e, no decorrer do processo, deslanchar todas as possibilidades que
vêm do entendimento de como as peças do quebra-cabeça se encaixam para re-
solver problemas de negócio.

Junto com esse entendimento vem também um reconhecimento do papel que


os vários parceiros da SAP realizam em um projeto de implantação — como a
liderança executiva, a gestão do projeto, as aplicações de negócio, a implantação
técnica, sistemas e usuários se unem para criar e usar o SAP de maneira integral.

Organização do Livro
A Parte I, “Introdução ao SAP”, fornece as informações fundamentais, desde o bási-
co sobre o que o SAP compreende e a tecnologia por baixo até o entendimento e o
desenvolvimento do plano de negócios e de tecnologia para uma implantação.

A Parte II , “Produtos e Componentes SAP”, gira em torno dos produtos e compo-


nentes do SAP, desde aqueles que fornecem a base como o SAP NetWeaver até o
SAP ERP, as opções para pequenas e médias empresas e, finalmente, até o com-
pleto SAP Business Suite.
4 Aprenda SAP em 24 horas

A Parte III, “Implantando SAP”, volta-se para questões da implantação, forne-


cendo roteiros de gerenciamento de projetos, de negócio e tecnológico, depois de
apresentar as ferramentas de desenvolvimento e mostrar como a SAP torna viá-
vel o modelo SOA no mundo real.

As considerações técnicas da Parte IV, “Considerações Técnicas Sobre o SAP”,


são uma reunião de tudo o que ouvimos várias vezes de novos especialistas que
buscam um livro introdutório em SAP: como instalar o SAP, como integrá-lo
com as ferramentas Office da Microsoft, como manter e gerenciar o sistema e,
finalmente, o que significa atualizar e melhorar o SAP quando em produção.

A Parte V, “Usando o SAP”, nos leva pelo caminho de como usar o sistema, desde
como acessá-lo até como personalizar suas telas, imprimir, criar relatórios e exe-
cutar consultas.

Finalmente, a Parte VI, “Desenvolvendo Uma Carreira no Mercado SAP”, conclui,


como informado anteriormente, o que é necessário para desenvolver uma carrei-
ra neste mercado.

Todos nós esperamos que você aproveite e tire o máximo da terceira edição do
Aprenda SAP em 24 Horas.

Convenções Usadas no Livro


Cada hora começa com uma nota “O Que Você Aprenderá Nesta Hora”, com
uma lista destacando alguns pontos do conteúdo. Um resumo ao final de cada
hora mostra uma lista similar, porém mais detalhada, indicando com que baga-
gem o leitor deveria sair da leitura daquela hora.

Ao longo do livro, qualquer texto que deveria ser digitado por você aparece como
bold monospace, enquanto o texto que aparece em sua tela, ao usar o SAP, é
escrito em fonte monospace.

Este texto imita a maneira como o texto aparece na tela.

Finalmente, os seguintes ícones são utilizados para destacar informações impor-


tantes.
A
Propósito Os quadros “A Propósito” apresentam informações interessantes a respeito do
assunto sendo tratado.

Você
Sabia? Os quadros com o título “Você Sabia?” apresentam sugestões ou ensinam uma
maneira mais simples de se fazer alguma coisa.

Preste
Atenção Quadros com o título “Preste Atenção!” destacam alerta sobre problemas
em potencial e o ajudam a ficar longe de desastres.
Introdução 5

Cada hora termina com um estudo de caso apropriado para o assunto apresenta-
do. O estudo envolve situações vividas por uma empresa fictícia chamada MNC
Global Inc., com questões, cujas respostas são apresentadas
no Apêndice A, provendo ao leitor um reforço baseado em situações reais.
Parte 1
Introdução ao SAP

Hora 1 O que é o SAP? 9

Hora 2 Básico sobre SAP: Do Que Se Trata? 21

Hora 3 Básico sobre Negócios: Desenvolvendo um Plano de


Negócio para Implantar SAP. 29

Hora 4 Básico sobre Infraestrutura Tecnológica: Hardware,


Sistemas Operacionais e Bancos de Dados. 39

Hora 5 Desenvolvendo um Plano Tecnológico para Implantar SAP. 53


HORA 1
O Que é SAP?

O Que Você Aprenderá Nesta Hora:


► Uma introdução à história da SAP
► Uma apresentação dos aplicativos de negócios da SAP mais relevantes
► Uma visão geral da arquitetura técnica da SAP

Bem vindo à Hora 1 da terceira edição, atualizada e bastante ampliada, do Sams Aprenda
SAP em 24 horas. Esta primeira hora apresenta uma introdução ao mundo SAP, numa
combinação de história, negócios e tecnologia, de forma que possamos falar a mesma
linguagem. Mas não se preocupe com essa abrangência de assuntos. Vamos devagar, jun-
tos, para não deixar nenhum leitor para trás. Se você considera que já conhece SAP, pode
pular esta parte. Bem vindo a bordo.

Visão Geral Sobre SAP


Antes de continuar, um rápido olhar sobre a história e a situação atual da SAP se faz ne-
cessário. SAP (pronuncia-se s-a-p) é uma empresa com sede em Walldorf, na Alemanha, e
está entre as maiores empresas de software do mundo.

A SAP e suas principais concorrentes, Oracle e Microsoft, apresentam diferenças signifi-


cativas entre si, mas curiosamente apresentam várias características comuns. Todas for-
necem softwares empresariais de alta confiabilidade para grandes corporações, soluções
para pequenas e médias empresas, plataformas para desenvolvimento de aplicativos ou
websites, soluções para integração de sistemas, dentre outros produtos.

Na verdade, uma depende da outra em diversos cenários: a maioria das instalações de


sistemas SAP utiliza o banco de dados da Oracle, enquanto o Microsoft Windows é o sis-
tema operacional mais utilizado pelos usuários de SAP, tanto nos servidores, quanto nos
computadores desktops e laptops.

É importante notar que, no mundo empresarial, o termo SAP acaba sendo usado como
uma referência tanto ao software quanto à empresa.

A SAP foi fundada em 1972, em Mannheim, na Alemanha, por um grupo de ex-en-


genheiros da IBM com base numa boa idéia: desenvolver um software que integrasse e
combinasse as muitas funções de um negócio, de uma maneira a refletir as melhores
práticas de um setor ou indústria. Assim, uma empresa poderia substituir um grande
10 │  Capítulo 1:  O que é o SAP

número de sistemas diferentes, voltados para diversas funções como finanças,


gestão de estoques, planejamento de produção, e assim por diante, por um úni-
co software integrado, aproveitando a sinergia e os benefícios de comunicação
decorrentes de se manter o registro das atividades da empresa em um único
sistema. Desta idéia nasceu a SAP, uma sigla que, em inglês, significa Systems,
Applications and Products (em alemão, Systemanalyse und Programmentwicklung).

Desde o primeiro momento, o objetivo da SAP era “mudar o mundo” ou pelo me-
nos a maneira como os negócios eram conduzidos em todo o globo.

Os cinco ex-engenheiros da IBM buscaram realizar a visão de uma plataforma


multilíngüe e multinacional, fácil de ser alterada tanto em termos de processos
(para atender à flexibilidade de processos de negócios) bem como do ponto de
vista de tecnologia. Ou seja, a SAP propositadamente rompeu com o modelo de
arquitetura de sistemas “monolítica” que dominava o mundo dos aplicativos ba-
seados nos mainframes de então, com o objetivo de que seu software rodasse sobre
uma variedade de computadores, sistemas operacionais e bancos de dados do
mercado. Graças a esta flexibilidade e abertura, a SAP poderia dar a seus clientes
uma maior liberdade de escolha.

Essa abordagem revolucionária no desenvolvimento e implantação de software


empresarial, descolada do padrão então vigente, lançou a SAP à linha de frente
dos negócios de tecnologia da informação no início dos anos 1990. Atualmente,
o SAP funciona em mais de 40 idiomas, suporta mais de 50 moedas nacionais,
cerca de 30 setores de negócios (no jargão SAP, soluções industriais) e roda em
mais de 20 combinações das mais conhecidas plataformas de servidores, sistemas
operacionais e bancos de dados.

Menos de 20 anos após sua criação, a SAP não somente tornara-se a maior em-
presa alemã de software, como trazia um desafio para IBM e outras empresas do
mercado. Novos concorrentes de grande porte apareceram com produtos simila-
res no mercado de software empresarial nesse período, dentre eles BAAN, Oracle,
Peoplesoft e JD Edwards. Logo em seguida, pequenas empresas também começa-
ram a ganhar terreno, como a Great Plains e Navision1.

Mesmo sendo ainda bastante utilizados, os mainframes estavam ficando muito


caros e complexos para implantar e operar, mesmo para grandes organizações.
Em contrapartida, as organizações de TI começaram a perceber que plataformas
menores, baseadas no sistema operacional Unix, eram mais eficientes e geravam
mais valor para o negócio, ao mesmo tempo em que fornecedores de bancos de
dados, como Oracle e Informix, passavam a oferecer alternativas interessantes
aos produtos para mainframes.

Em meados da década de 1990, quando a SAP começava a rodar em Microsoft


Windows e MS SQL Server, e logo na seqüência, em Linux, a posição da SAP no
mercado estava fortemente estabelecida.

A visão de seus fundadores, de uma solução multinacional, multilíngüe, capaz


de ser utilizada em uma variedade de plataformas e de ser operada por uma di-
versidade de organizações de TI, havia se concretizado. A SAP tinha conseguido
“mudar o mundo”.

1 No Brasil, na década de 1990, começaram a se destacar as primeiras empresas fornecendo sistemas similares.
Dentre as mais conhecidas, encontram-se a Datasul, Logocenter, Microsiga, dentre outras.
Aplicativos ou Componentes de Negócio SAP  │ 11

Aplicativos ou Componentes
de Negócio SAP
Do ponto de vista de aplicativos de negócio, pode-se dizer que os produtos SAP
podem atender a quase todas as necessidades para quase qualquer tipo de
organização.

A base dos aplicativos da SAP é o conceito de especialização e integração. Ou


seja, cada componente da família de produtos e serviços da SAP atende a uma
determinada necessidade ou objetivo, tais como, prover acesso web a outros sis-
temas SAP (SAP NetWeaver Portal), facilitar o dia-a-dia da gestão financeira e
de recursos empresariais (SAP ERP, ou Enterprise Resource Planning2), atender a
requisitos de planejamento do ciclo de vida de produtos (SAP PLM – Product Li-
fecycle Management), suportar os processos de compra e gestão de fornecedores
(SAP SRM – Supplier Relationship Management), prover recursos para diminuir
a complexidade de integração de sistemas distintos (SAP NetWeaver Process Inte-
gration) e assim por diante.

Os produtos da família SAP, agrupados em SAP Business Suite (que engloba os


aplicativos de suporte ao negócio) e SAP NetWeaver (que são componentes que
visam suportar o funcionamento dos aplicativos de negócio), serão explicados
nas horas seguintes deste livro. Por ora é suficiente dizer que existem muitos com-
ponentes, muitos produtos e, portanto, muitas possíveis soluções baseadas nos
produtos SAP.

Olhando de outra forma, a combinação de módulos do SAP forma um compo-


nente, aplicação ou produto SAP. Processos de negócio inteiros, como por exem-
plo, todas as etapas de um processo “order-to-cash”3, desde o registro da ordem
de venda, gestão das requisições e ordens de compra de matéria-prima, retirada
do estoque, produção do produto e emissão do faturamento, são configurados
dentro de um módulo ou componente do SAP.

O SAP é reconhecido por implantar as melhores práticas dos diversos processos


necessários para operar uma organização. Ao adotar tais melhores práticas, as
empresas podem crescer de forma mais eficiente, atendendo às necessidades de
seus clientes, colaboradores, acionistas e demais envolvidos. Esta é um das razões
do sucesso do SAP: ao se posicionar no topo em muitas diferentes indústrias ou
setores, torna-se mais fácil para uma empresa adotar o software da SAP.

Suas soluções específicas para alguns setores (chamados de soluções industriais4)


atualmente são divididas em três principais áreas: Manufatura, Serviços (em
geral) e Serviços Financeiros e Públicos. Estes, por sua vez, dividem-se em setores
mais especializados, como Setor de Defesa e Aeroespacial, Indústria Automotiva,
Bancos, Indústria Química, Bens de Consumo, Engenharia e Construção, Saúde,
Tecnologia, Seguros, Mídia, Indústria Petrolífera, Indústria Farmacêutica, Ad-
ministração Pública, Varejo, Telecomunicações, Serviços Públicos, dentre outros,
conforme mostra a figura 1.1.

2 O termo ERP (Enterprise Resource Planning) não foi cunhado pela SAP, embora haja uma forte associação entre
aquele e o software SAP.
3 A expressão order-to-cash designa uma seqüência de atividades de um processo de negócio, desde a entrada de
uma ordem de venda até o faturamento do produto, compreendendo todas as etapas intermediárias.
4 O termo industry solution é usado de forma normal no ambiente empresarial. Assim, o tradutor opta por manter
o termo no idioma original, visando facilitar a leitura.
12 │  Capítulo 1:  O que é o SAP

Figura 1.1
A SAP provê Financeiro e Setor Manufatura Serviços
uma grande Público
variedade de Automotiva
soluções es- Aeroespacial e
pecíficas para Seguradoras Defesa Mídia
diversos setores Maquinários e
Componentes Varejo
da economia.
Bancos
Química
Telecomunicações
Bens de
Administração Pública Consumo
Viagens e
Ciência da Vida Serviços
Logísticos
Defesa e Segurança Engenharia e
Construção Serviços de Utilidades
Tecnologia Públicas
Educação Atacado
Siderurgia, Papel e (Distribuição)
Celulose, Têxtil
Serviços
Saúde Petrolífera Profissionais

Mineradora

O mais interessante das soluções industriais é que elas são simplesmente “instala-
das sobre” os componentes principais do SAP, como o ERP. Uma indústria farma-
cêutica, por exemplo, pode escolher implantar o SAP ERP padrão para desenhar
e customizar seu próprio processo de negócio ou implantar a industry solution
farmacêutica sobre o SAP ERP e tirar proveito de melhores práticas do setor já
contidas na solução.

Outro benefício do SAP é que os componentes podem ser combinados para for-
mar soluções mais abrangentes. Desta forma, ao permitir a extensão dos pro-
cessos de negócio em várias direções, o SAP oferece às empresas a possibilidade
de obter maior visibilidade das tendências de vendas e fabricação, de alterar e
acompanhar tais tendências (maximizando receitas e lucros).

Um exemplo interessante é um processo desde a entrada de uma ordem de


venda até o faturamento (order-to-cash), que tradicionalmente é visto como
um processo de backoffice (que ocorre totalmente dentro de uma empresa).
Através da combinação de vários aplicativos da SAP, a empresa pode criar
um processo de negócio estendido ou um processo cross-application. Estes pro-
cessos cross-application podem, por exemplo, iniciar-se no SAP Enterprise Por-
tal, de forma a permitir que uma base maior de usuários da empresa, ou mes-
mo parceiros, clientes e fornecedores acessem o sistema SAP da empresa. Uma
vez que esteja utilizando o aplicativo no portal, um cliente pode, por exemplo,
colocar uma ordem diretamente no SAP. Utilizando a lógica de negócio con-
figurada, o controle pode ser passado para o aplicativo SAP CRM (Customer
Relationship Management) para determinar o histórico ou as preferências do
cliente. Assim, as regras de negócio do CRM podem direcionar ou influenciar
o processo de uma maneira a tentar obter maior margem da negociação ou
aumentar o valor da ordem. Em seguida, o sistema SAP SCM (Supply Chain
Management) pode ser utilizado para se fazer uma reavaliação do processo de
planejamento, para otimizar os recursos disponíveis, levando-se em conta as
ordens e necessidades de todos os clientes. Por fim, o SAP NetWeaver BI pode-
ria ser usado para extrair dados históricos do cliente, como o seu histórico de
crédito, suas condições de pagamento ou seu padrão de compra dentro de um
determinado período ou em uma determinada área geográfica. Após esses de-
Aplicativos ou Componentes de Negócio SAP  │ 13

talhes terem sido avaliados, o controle do processo pode retornar ao SAP ERP
ou SAP NetWeaver Portal para acompanhamento e controle do processo desde
a retirada do estoque até a expedição do material, culminando na geração
dos registros para o processo de contas a receber.

Módulos e Transações de
Negócio do SAP
Como deve ter percebido, aplicativos e componentes SAP podem ser subdivididos
em vários módulos. De fato, nós já os mencionamos indiretamente nos exemplos
até aqui. Os módulos são subdivisões dos componentes ou aplicativos, destina-
das a executar uma determinada função do negócio, que, por sua vez, pode ser
composta de diversas transações. A título de ilustração, o SAP ERP é composto dos
módulos Financeiro, Vendas e Distribuição, de funções Logísticas, Gestão de Capi-
tal Humano, dentre outros.

Cada um desses módulos destina-se a gerenciar uma área de negócio ou funcio-


nal, tipicamente de responsabilidade de um departamento. Por exemplo, antes
de ampliar uma linha de crédito, a equipe de Contas a Receber pode executar
uma transação dentro do módulo Financeiro do SAP ERP para verificar o crédito
do cliente ou seu histórico de pagamentos. De forma análoga, a área de expe-
dição pode rodar periodicamente uma transação para verificar os estoques em
um determinado depósito. Outros departamentos podem ser os responsáveis por
gerir contas a pagar, imóveis, estimativas de vendas, orçamentos e assim por
diante. Juntos, os diversos departamentos trabalham de maneira coordenada
para rodar o negócio da empresa, utilizando o SAP para obter um alto grau
de consistência e integração através das fronteiras departamentais, ao mesmo
tempo dando à alta administração da empresa a visibilidade necessária para
suportar as decisões estratégicas e garantir os resultados desejados pela empresa
e pelos colaboradores.

Dá para perceber um objetivo principal?

Os produtos da SAP são usados para atender às necessidades de empresa, gran-


des ou pequenas, liberando a empresa para se concentrar na execução do seu
negócio. Diferentemente de ferramentas de produtividade, como Microsoft Excel
e Adobe Acrobat, os produtos da SAP atuam sobre a empresa como um todo:
destinam-se a auxiliar a condução dos negócios através da integração de pesso-
as, recursos e processos ao redor do mundo. No final das contas, toda empresa
precisa gerenciar estoques, realizar e acompanhar vendas, executar serviços,
maximizar receita, otimizar a cadeia de abastecimento e assim por diante. A
SAP e os outros concorrentes do mercado de aplicativos empresariais, dentre eles
Oracle, Microsoft e vários concorrentes menores em nichos de mercado, supor-
tam esta necessidade de maneira abrangente, integrando funções distintas sob
um único “guarda-chuva”.

Embora seus competidores estejam mais fortes do que nunca, a SAP continua a
reinar como líder do mercado de aplicativos empresariais. Listada na bolsa de
valores de Nova Iorque (NYSE) sob a sigla SAP, a empresa emprega 43.000 pro-
fissionais e proporciona significativa demanda por serviços para uma base de
mais de 2000 parceiros de implantação e suporte.

A empresa possui tamanha força de trabalho e alcance, que praticamente “toca”


a maior parte do mundo de negócios que conhecemos hoje, compreendendo mais
14 │  Capítulo 1:  O que é o SAP

de um milhão de usuários, em mais de 100.000 instalações de 46.000 clientes


distintos, companhias e outros tipos de organizações que implantaram pelo me-
nos um sistema SAP.

Tal abrangência foi conseguida, em grande parte, devido à plataforma tecnológi-


ca desenvolvida pelos engenheiros da SAP ao longo de anos, a qual será apresen-
tada a seguir.

A Arquitetura Técnica do SAP


e o WebAS
Os produtos mais recentes da SAP são baseados em uma plataforma altamente
padronizada e poderosa, chamada Web Application Server ou WebAS. O WebAS
pode ser instalado sobre uma gama variada de servidores e sistemas de bancos
de dados, dando ao departamento de TI da empresa, flexibilidade para definir
o ambiente sobre o qual o SAP será instalado. O WebAS também é flexível com
relação ao seu suporte para desenvolvimento: ele suporta a maioria das lingua-
gens de programação e protocolos de comunicação mais utilizados no momento,
incluindo Web Services, XML, HTML tradicional, a linguagem ABAP/4 da SAP e
também a linguagem Java padrão.

Como você pode imaginar, levando em consideração a flexibilidade e poder que


o WebAS provê, os caminhos para implantação do SAP podem ser variados. Al-
gumas empresas podem escolher implantar o SAP de forma a emular a maneira
como a empresa faz negócios atualmente em vez de adotar novas práticas. Em
seguida, ela pode evoluir o seu modelo de negócio aos poucos. Esta abordagem,
embora não seja a mais utilizada, permite evitar uma implantação prolongada
do SAP na organização.

A maioria das companhias busca transformar seu negócio e, portanto, adota o


SAP ERP com as melhores práticas para o seu setor, através da implantação de
uma solução de industria e seus processos de negócio específicos.

Outras podem adotar um componente SAP específico, como o de Gestão da Ca-


deia de Suprimentos (SCM), para atender uma necessidade estratégica, dentro do
seu ambiente computacional particular. Esta abordagem permitiria não apenas
preencher uma lacuna nos processos de negócio, como também ajudar a empre-
sa a expandir sua base de fornecedores, a melhorar seus recursos de apresentação
de relatórios ou mesmo permitir a realização de negócios pela internet.

Por fim, outras empresas poderiam preferir implantar algumas das soluções
SAP para acesso ou integração, em vez das aplicações de negócio. Por exemplo,
uma empresa poderia aumentar as possibilidades de integração de seus clientes
através da implantação do SAP NetWeaver Portal para aqueles que necessitam
se comunicar com os sistemas da empresa usando XML, HTML ou Web Services.
Outra poderia utilizar as soluções SAP NetWeaver Process Integration e o Master
Data Management (MDM) para melhorar sua capacidade de integração entre
aplicações e gestão de dados.

Visão Geral da Arquitetura Técnica


De um modo geral, as aplicações de negócio da SAP, como o ERP, são normal-
mente pensadas (“arquitetadas”) de uma maneira bem simples e direta. Equi-
pamentos de interface com o usuário, freqüentemente chamados de clientes,
Arquitetura Técnica do SAP e o WebAS  │ 15

como PCs, laptops, estações de trabalho, dispositivos móveis e outros, rodam um


módulo de software que os permite “conversar” com as aplicações SAP instaladas
nos datacenters. Estes dispositivos de interface são também chamados de presen-
tation servers (servidores de apresentações), por serem os responsáveis por mostrar
ao usuário a interface da aplicação SAP. Tais dispositivos clientes ou servidores
de apresentação podem requerer a instalação de um módulo específico, que
apresenta a interface gráfica do SAP (SAP graphical user interface), rodando sobre
Microsoft Windows, MacOS da Apple ou diversos sabores do Linux desktop, ou
podem requerer apenas um navegador, como o Microsoft Internet Explorer. De
qualquer forma, a comunicação entre os softwares rodando nos dispositivos clien-
tes e as aplicações de back-end nos servidores de aplicação SAP (instalados nos
datacenters) se dá através de alguma forma de conexão de rede.

Essa conexão pode ser provida pela Internet, uma intranet específica da empresa,
uma rede local (LAN), uma linha discada ou por outro tipo de rede. Desta forma,
usuários podem, virtualmente, executar transações no SAP de qualquer local
no globo, dependendo apenas do grau de investimento da companhia na infra-
estrutura de rede e de dispositivos clientes.

Arquitetura em Três Camadas


Normalmente, para a execução de transações de negócio, é necessário acesso
aos dados de clientes, situação de inventários, informações financeiras, e assim
por diante. Por isso, os servidores de aplicações SAP mencionados anteriormente
precisam se conectar aos servidores de bancos de dados, onde esses tipos de infor-
mações ficam armazenados.

A SAP desenvolveu seus produtos numa arquitetura tal, que as camadas de


apresentação (ou cliente), a lógica de aplicação (ou as regras de negócio) e a
camada de dados sejam separadas lógica e, às vezes, fisicamente. Desta manei-
ra, uma arquitetura flexível pode ser montada (veja Figura 1.2), permitindo que
sua capacidade possa ser facilmente aumentada, se necessário. Por exemplo,
se a aplicação SAP começa a executar de forma lenta com o passar do tempo,
os administradores de TI podem adicionar mais servidores de aplicação ou sim-
plesmente adicionar mais processadores ou memória aos servidores existentes.

Em qualquer dos casos, nenhum tipo de mudança precisará ser feito aos sof-
twares clientes (servidores de apresentação), nem nos servidores de bancos de
dados (back-end).

E se, por exemplo, o servidor de banco de dados relacionais, que armazena e


processa os dados do SAP, começar a ficar carregado, ele também pode receber
um upgrade sem que os servidores de aplicação que rodam a lógica de negócio
tenham que ser alterados.

Como deve ter ficado claro, a arquitetura em três camadas5 basicamente subdivi-
de o SAP em três partes, cada qual com suas funções:

► A camada de interface com o usuário (cliente “front-end” ou servidor de


apresentação).

5 A arquitetura em três camadas é um modelo de arquitetura de sistemas amplamente utilizada por diversos siste-
mas e empresas de software.
16 │  Capítulo 1:  O que é o SAP

Figura 1.2
A arquitetura tí- Camada de Apresentação ou Clientes de front-end
pica do SAP, em
três camadas, GUI GUI
requer um ser-
vidor de banco GUI GUI GUI
de dados, um ou
mais servidores
de aplicações
GUI GUI
e um número
qualquer de
dispositivos
clientes.

Camada de Servidor(es) de Aplicação

Camada de Armazenamento ou
de Servidores de Bancos de Dados

► A camada de lógica de negócio (a camada de aplicação onde os programas


SAP são executados de fato).

► A camada de banco de dados (o sistema de banco de dados “back-end” que


armazena os dados do SAP).

A arquitetura em três camadas facilita a resolução de problemas técnicos bastan-


te comuns e, às vezes, inevitáveis. Tais problemas normalmente são relacionados
ao desempenho, escalabilidade6, conectividade de rede, necessidade de atualização
das aplicações e necessidade de flexibilidade técnica. Com relação a este último
ponto, os engenheiros da SAP buscaram abstrair as características de sistemas
operacionais e dos bancos de dados da arquitetura de seus produtos, de forma
que diferentes combinações de tecnologias pudessem ser suportadas sem que ti-
vessem que reescrever programas já em funcionamento.
SAP e a Arquitetura Orientada a Serviços (SOA) │ 17

SAP e a Arquitetura Orientada a


Serviços (SOA)
Para facilitar a adaptação dos processos de negócio do SAP para outras áreas de
negócio ou a integração a outras fontes de dados, a SAP tornou as versões mais
recentes de suas aplicações compatíveis com um modelo de arquitetura, que vem
se tornando um padrão de mercado, conhecido pela sigla SOA (Service Oriented
Architecture) ou Arquitetura Orientada a Serviços.

SOA é complexo e importante o suficiente para merecer sua própria hora neste
livro (Hora 14, “SAP e Enterprise SOA”). Por enquanto, é suficiente dizer que SOA
provê um ambiente robusto para que as empresas projetem soluções computacio-
nais adaptáveis. Embora ela necessite de um elemento distribuidor (hub) baseado
na versão mais atual do SAP NetWeaver (veja Hora 7, “Preparando a Fundação:
SAP NetWeaver”), uma arquitetura compatível com SOA suporta também as
aplicações SAP mais antigas, como o R/3 e outras.

A idéia por trás de SOA é que as aplicações possam ter acesso umas às outras
de uma maneira similar a que nós utilizamos os serviços públicos, como gás,
eletricidade, TV a cabo ou telefone. Tais serviços, tão comuns em nosso dia-a-
dia, podem ser acessados universalmente sem que nos lembremos de todas as
conexões, fios, cabos que estão escondidos atrás das paredes. No final das con-
tas, se uma aplicação pode trocar informações através do padrão XML (Xtensi-
ble Markup Language, um padrão aberto para estruturação e compartilhamento
de dados entre diferentes computadores ou sistemas, utilizando a Internet ou
outros meios), ela pode se conectar ao SAP e utilizar um serviço reutilizável e
compartilhado. Por exemplo, tais serviços podem fornecer um cálculo de preço
de um produto ou um web applet para gerenciar dados de uma ordem ou da
conta de um cliente.

A intenção é que uma empresa possa, eventualmente, publicar uma lista de ser-
viços disponíveis para seu negócio (poderíamos dizer, um portfólio de serviços),
tornando a sua plataforma computacional mais flexível e fácil de mudar, vi-
sando atender alterações nas necessidades de negócio. O SAP NetWeaver apenas
provê o veículo para a conexão de tais serviços; ele provê a plataforma. A Figura
1.3 é uma boa ilustração de como tornar uma típica arquitetura em três camadas
compatível com o modelo SOA, de forma a aproveitar os benefícios do conceito
de serviços. Perceba que o foco é nas aplicações e não na tecnologia em si – este é
o ponto fundamental do modelo SOA.

Neste exemplo, um sistema SAP centralizado atua como um barramento, um


“centro distribuidor” (em inglês, hub) de serviços, os quais podem estar disponí-
veis em aplicações dentro do datacenter da empresa, em aplicações de terceiros
ou mesmo na web através de Web Services. Mas não se preocupe muito com estes
pontos por enquanto. Além da Hora 14, iremos explorar as diversas tecnologias
que tornam tudo isso possível na Hora 4, “Básico sobre a Infra-estrutura Tecnoló-
gica: Hardware, Sistemas Operacionais e Bancos de Dados”,
e em outros pontos do livro.

6 O termo escalabilidade, embora não conste nos dicionários de língua portuguesa, é comumente utilizado no ramo
de TI. Refere-se à capacidade de um sistema suportar aumentos significativos de volumes de transações, de dados,
de usuários ou de outros elementos, sem perda de qualidade e desempenho em seu funcionamento.
18 │  Capítulo 1:  O que é o SAP

Figura 1.3
SOA facilita a
extensão das i 60

50

40
20

15

30

funcionalidades
20
10

10

0 5

do SAP, de for-
ma a se obter Serviços de Negócios Reusáveis e Aplicações
os benefícios
da utilização
de aplicações e
utilitários basea-
dos em serviços.

Plataforma de Aplicação SAP Netweaver

Serviços de Infra-estrutura SAP

DB Services
DB Services
DB Services

Resumo
Esta primeira hora forneceu-lhe uma introdução ao “mundo SAP”. Você tomou
contato com o histórico da SAP e com alguns aspectos técnicos e de negócio.
Começou a ter contato com o jargão SAP e com algumas das siglas encontradas
nesse ambiente, as quais serão detalhadas nas próximas horas.

No final das contas, tenha em mente que o grande benefício de um sistema de


informação não é obtido pela tecnologia em si, mas pelos processos de negócio
configurados para uma empresa. Os processos de negócio são específicos de um
setor e, em muitos casos, específicos de uma companhia. Nesses processos de ne-
gócio, a operação real acontece através das transações do SAP.

A partir de agora, você está preparado para voltar sua atenção para o enten-
dimento básico do que é um projeto SAP e um sistema SAP, na Hora 2, “Básico
sobre SAP: Do Que Se Trata?”. Mas, antes, teste seus conhecimentos no estudo de
caso a seguir.

Estudo de Caso: Hora 1


Este estudo de caso percorre todas as horas do livro e foi pensado para ajudá-lo a
revisar e sintetizar seu aprendizado, assim como ajudá-lo a vislumbrar como co-
locar seu conhecimento em prática. As respostas às perguntas do estudo de caso
encontram-se no Apêndice A, “Respostas do Estudo de Caso”.

Situação
A MNC Global, Inc., ou simplesmente MNC, é uma grande multinacional do
ramo de mineração, com unidades de manufatura e distribuição em 20 países ao
redor do mundo.
Estudo de Caso: Hora 1  │ 19

Embora a MNC seja uma visão fictícia de muitas companhias do mundo real
que usam SAP, os desafios que ela enfrenta são baseados naqueles enfrentados
pelas empresas atualmente. Questões relacionadas à transparência financeira,
falta de visibilidade da cadeia de suprimentos e preocupações recentes, com
perda de vendas e oportunidades de mercado em âmbito mundial, deixaram
claro ao conselho executivo da empresa a necessidade de adoção de uma apli-
cação de negócio integrada.

O conselho tem uma preocupação particular com o atendimento à necessidade


de operar em múltiplos idiomas e moedas. Além disso, com mais de 100.000
usuários trabalhando com o Microsoft Windows, espalhados por mais de 500
escritórios e outras instalações, o conselho está preocupado também com a
necessidade de ligar toda essa comunidade de usuários a um único sistema de
transações de negócio.

Atualmente, a MNC utiliza diversas aplicações desenvolvidas internamente,


juntamente com diversos pacotes de software baseados em computadores de
grande porte (mainframes), sem nenhuma integração em tempo real entre
eles. Sua tarefa é trabalhar as questões a seguir juntamente com o conselho,
visando fazê-los entender o que é o SAP e o que a empresa deve fazer com re-
lação a seus sistemas.

Questões
1. Além do SAP, que outras empresas de softwares empresariais a MNC
deveria pesquisar?

2. Com quais componentes ou produtos da SAP o conselho deveria se


familiarizar primeiro?

3. Existe uma industry solution dentre as oferecidas pela SAP que poderia ser
aplicável à MNC?

4. Considerando o grande número de funcionários (portanto, potenciais


usuários do SAP), que considerações cruciais deveriam ser feitas com
relação à infraestrutura tecnológica desde o começo?

5. A necessidade de suportar diversos idiomas e moedas será um problema


para a SAP?

Você também pode gostar