Você está na página 1de 10

Programa de Pós-Graduação em História

Aluno: Vinícius Lima Figueiredo


História Social
Professor: Frederico de Castro Neves

A Necropolítica e a Soberania enquanto possíveis engrenagens do mecanismo dos


hospitais psiquiátricos brasileiros durante a ditadura civil-militar (1964-1978)

O presente ensaio tem por objetivo suscitar reflexões acerca da Necropolítica,


buscando compreender de que modo esta se relaciona com o conceito de Soberania no
século XX para, a partir disso, propor a seguinte questão: essas duas dimensões podem
ser encontradas em funcionamento no mecanismo dos hospitais psiquiátricos brasileiros
durante a ditadura militar?

Portanto, para obter algum tipo de resposta satisfatória em nossa análise,


precisamos, primeiramente, estabelecer aquilo que entendemos enquanto Necropolítica
e, consequentemente, demonstrar de que forma a Soberania se comporta em relação com
este outro conceito. Diante disso, utilizaremos enquanto sustentáculo teórico principal, o
brilhante ensaio denominado Necropolítica (2016), de autoria do filósofo camaronês
Achille Mbembe.

Contudo, para compreender plenamente como se configura a Necropolítica,


precisamos, a priori, analisar o conceito de Biopoder desenvolvido por Michel Foucault.
Ou seja, é necessário, primeiramente, compreender como o poder opera sobre a vida,
para que assim, possamos conceber como este poder se apropria do fenômeno da morte.
O conceito de Biopoder e a Soberania

Compreendemos o poder enquanto o conjunto de práticas sociais que se


estabelecem nas mais diversas instâncias da malha social (Foucault, 1999). Portanto,
dentre os diversos caminhos que compõem essa rede de micropoderes atuantes sobre as
variadas dimensões da sociedade, encontra-se aquele que Michel Foucault denominou de
Biopoder como sendo “o conjunto dos mecanismos pelos quais aquilo que, na espécie
humana, constitui suas características biológicas fundamentais, vai poder entrar numa
política, numa estratégia política, numa estratégia geral do poder” (FOUCAULT,
2008a, p. 3).

Desse modo, para além da própria definição do conceito supracitado, seguindo o


pensamento elaborado por Achille Mbembe, é fundamental que analisemos como se dá a
relação do Biopoder com a Soberania na Modernidade. Diante disso, ao encararmos a
Soberania enquanto dotada de diversas formas de expressão ao longo da história,
destacamos enquanto característica mais impactante (para a nossa reflexão), o direito de
retirar a natureza humana do indivíduo e, a partir disso, sentenciar a sua morte. Para além
disso, a Soberania, ou melhor, o soberano, é o ser da transgressão, ou seja, para o soberano
não existe nenhum tipo de limite que não possa ser violado. (MBEMBE, 2016).

Portanto, durante o século XX, vislumbramos que a Soberania fora exercida de


forma mais violenta e inquestionável em regimes totalitários, sobretudo, nos campos de
concentração nazistas, justamente pelo potencial gigantesco de desumanização em massa
que esses espaços obtiveram. É possível visualizar, através da definição de Hannah
Arendt, a característica fundamental dos campos de concentração aos quais nos referimos:

Ao limbo correspondem aquelas formas relativamente


benignas, que já foram populares mesmo em países não
totalitários, destinados a afastar da sociedade todo tipo de
elementos indesejáveis – os refugiados, os apátridas, os
marginais e os desempregados; os campos de pessoas
deslocadas, por exemplo, que continuaram a existir mesmo
depois da guerra, nada mais são do que campos para os que se
tornaram supérfluos e importunos. O purgatório é representado
pelos campos de trabalho da União Soviética, onde o abandono
alia-se ao trabalho forçado e desordenado. O inferno, no
sentido mais liberal, é representado por aquele tipo de campo
que os nazistas aperfeiçoaram e onde toda a vida era
organizada, completa e sistematicamente, de modo a causar o
maior tormento possível. (ARENDT, 1989, p. 496)
Tal fato se dava justamente por se configurarem enquanto uma engrenagem
fundamental de todo um projeto político governamental que visava o extermínio daqueles
considerados inferiores segundo os preceitos científicos da Eugenia, que por sua vez, de
um lado; enquanto teoria científica, buscava justificar a supremacia da raça ariana e, por
outro lado, atrelada à política estatal, almejava constituir a Soberania do Nazismo
(MBEMBE, 2016; AZEVEDO e KOEHLER, 2021).

Nesse sentido, é inegável que o princípio fundamental que culminou com a


constituição dos campos de concentração e a política de extermínio nazista, reside na
ideia da supremacia de uma raça com relação às demais. Desse modo, é necessário
ressaltar que o processo de higienização proposto pelos nazistas, em determinados casos,
para além da perspectiva racial enquanto fator central, reunia também outras dimensões,
como por exemplo, a da doença mental enquanto problemática que deveria ser
exterminada da sociedade alemã, conforme podemos constatar através do Programa
Aktion T41 (AZEVEDO e KOEHLER, 2021).

A partir disso, ao mesmo tempo em que vislumbramos os campos de concentração


enquanto espaços em que a Soberania fora exercida de forma plena, percebemos que a
política de extermínio desenvolvida pelos nazistas trata, em sua essência, da execução
absoluta do Biopoder enquanto o mecanismo responsável por determinar aqueles que
deveriam ser aprisionados nos campos de concentração segundo as determinações
propostas pelo soberano (o estado totalitário nazista) .

Portanto, percebemos os campos de concentração enquanto um espaço de


encontro entre o Biopoder e a Soberania, sendo que, o produto desta união acabou por
constituir um mecanismo de extermínio que cumpria, da maneira mais cruel possível,
todas as etapas de um processo violento de desumanização: captura dos corpos –
aprisionamento – perca da identidade – disciplinarização – tortura e castigos punitivos –
morte (ARENDT, 1989; MBEMBE, 2016).

1
Esse programa fora iniciado em 1939, com o claro objetivo de propor a purificação da sociedade
alemã, tendo como ponto principal o extermínio de indivíduos que apresentassem qualquer tipo de
deficiência física ou mental considerada irrecuperável segundo a determinação de psiquiatras e médicos
que trabalhavam para o governo nazista. Contudo, devido ao trabalho de alguns autores acerca desse
programa, é possível verificar que, em muitos dos casos, os indivíduos eram levados para câmaras de
gás mesmo sem constar em seu diagnóstico a comprovação de que a situação era irrecuperável,
denotando, portanto, o caráter extremamente ideológico do programa (AZEVEDO e KOEHLER, 2021).
Diante disso, é justamente pensando no momento final desse processo descrito
anteriormente, ou seja, a morte, que Achille Mbembe busca constituir um conceito capaz
de apreender esse fenômeno tão complexo, estabelecendo, por sua vez, a necessidade de
trazer à tona um conceito que ultrapassasse a noção de Biopoder. É através dessa
necessidade, portanto, que surge o conceito de Necropolítica.

A Necropolítica e seus mecanismos propulsores


Diante disso, é da relação da Soberania com a morte que nasce a indagação
proposta por Achille Mbembe acerca da necessidade de se buscar um conceito que seja
mais apropriado a tratar sobre a morte. É fundamental ressaltar, que o significado de
morte ao qual o autor se refere, diz respeito à morte enquanto fenômeno vinculado ao
exercício da Soberania (MBEMBE, 2016).

Nesse sentido, vislumbramos a morte enquanto um projeto constituído pela


Soberania, que se configura em sua forma mais eficiente a partir do momento em que
essas ações, aparentemente absurdas, se confundem com o próprio funcionamento natural
daquela sociedade. É a partir disso, portanto, que Achille Mbembe evoca o Estado de
exceção2 enquanto espaço primordial de exercício da soberania ao longo da história.

Para além disso, outro aspecto fundamental evocado pela Necropolítica é o terror
enquanto elemento primordial desse projeto desenvolvido pela Soberania. Desse modo,
compreendemos o terror enquanto um instrumento que deixa de ser visualizado
diretamente – a morte enquanto espetáculo passa por um processo de ocultamento em
espaços como os campos de concentração e os hospitais psiquiátricos, por exemplo –,
mas deve, acima de tudo, ser sentido por aqueles que estão sujeitos ao exercício da
soberania (MBEMBE, 2016; FOUCAULT, 2010)

Portanto, o terror passa a ser um instrumento de dominação que se perpetua de


forma naturalizada no Estado de exceção. Percebemos, dessa maneira, um conjunto de
características marcantes que se relacionam com a Soberania – Biopoder, Estado de
exceção e terror – com o intuito de garantir da forma mais eficiente possível o direito

2
Entre as diversas definições acerca desse conceito bastante complexo, decidimos optar pela evocada
por Giorgio Agamben (2004, p. 13): ´´O totalitarismo moderno pode ser definido, nesse sentido, como a
instauração, por meio do estado de exceção, de uma guerra civil legal que permite a eliminação física
não só dos adversários políticos, mas também de categorias inteiras de cidadãos que, por qualquer
razão, pareçam não integráveis ao sistema político.``.
irrestrito de desumanizar e exterminar da maneira mais transgressora aqueles que devem
ser excluídos do meio social.

Tal processo extremamente complexo evoca a Necropolítica enquanto conceito


que busca apreender a relação da soberania com a morte enquanto projeto político.
Portanto, se vislumbramos no Biopoder o mecanismo responsável garantir o
aprisionamento dos indivíduos indesejáveis no meio social, a Necropolítica se
encarregaria da segunda parte desse processo, ou seja, de analisar o conjunto de violências
e transgressões sofridas por esses indivíduos que os levariam à desumanização e,
consequentemente, até a morte.

Ademais, Achille Mbembe identifica no fenômeno da colonização, a síntese do


ponto principal desenvolvido por esse conceito e, apesar de não ser o foco exato de nosso
ensaio, utilizando-se de uma passagem presente em seu ensaio sobre Hannah Arendt,
podemos vislumbrar, de certo modo, uma relação entre as reflexões sobre a colonização
e o exercício da soberania em espaços aonde o Estado de exceção torna-se permanente,
tendo como exemplo os campos de concentração:

Segundo ela, a conquista colonial revelou um potencial de


violência até então desconhecido. O que se testemunha na
Segunda Guerra Mundial é a extensão dos métodos
anteriormente reservados aos ´´selvagens`` pelos povos
´´civilizados`` da Europa. (MBEMBE, 2016, p. 132)

A partir disso, apesar de não ser um objetivo deste trabalho realizar uma análise
referente aos aspectos coloniais evocados por Achille Mbembe, é fundamental
compreender as implicações que o fenômeno da colonização ocasionou em eventos mais
recentes e que, em alguns casos, a lógica de extermínio aplicada nas colônias ainda
reverbera, de certo modo, em alguns espaços da modernidade. . Nesse sentido, tendo em
mente, mesmo que de forma breve, os mecanismos propulsores do funcionamento da
Necropolítica em sua relação com a Soberania, buscaremos visualizar a aplicação desse
sistema no Hospital de Saúde Mental de Messejana num contexto em que o Brasil vivia
um período em que a ditadura militar buscava afirmar o exercício de sua Soberania
através do Estado de exceção.
A ditadura civil-militar3 e o caos dos hospitais psiquiátricos no Brasil

O golpe realizado pelos militares em 1964 acarretou diversas consequências para


os mais variados âmbitos da sociedade brasileira no período, sendo que, o corte abrupto
no breve percurso democrático vivenciado pelo país desde o final do Estado Novo,
mergulhou novamente o Brasil em mais um tenebroso período de prevalência do Estado
de exceção. Portanto, percebemos que após a chegada dos militares ao poder, houve a
construção de um mecanismo que legitimasse os abusos que o governo cometeria desde
então:

Conforme prolongou-se o regime militar, percebeu-se a


coexistência entre o constitucionalismo autoritário e os Atos
Institucionais (AI´s), que invocaram o poder constituinte
popular como legitimação da ditadura e supressão de direitos
sucessivamente. Assim, estruturou-se uma espécie de
´´circularidade`` entre os AI´s, pois um necessitava do outro,
produzindo-se uma narrativa em cadeia para garantir
juridicamente a legalização do autoritarismo... (ARAÚJO et
al, 2021).

A partir disso, podemos perceber a afirmação e consolidação desse processo de


legalização da autoridade, por exemplo, observando algumas das determinações presentes
no próprio texto do AI-5, no qual foram decretadas as seguintes imposições por parte do
poder Executivo: a suspensão dos direitos políticos de quaisquer cidadãos, suspensão das
garantias constitucionais, liberdade para decretar o estado de sítio, suspensão do habeas
corpus, dentre outros (BRASIL, 1968). Portanto, o AI-5 pode ser visto enquanto a
consolidação de todo esse processo supracitado, culminando com a constituição de um
poder Soberano evocado pela ditadura civil-militar através da implementação do Estado
de exceção e um conjunto de mecanismos presentes nos atos institucionais com o intuito
de garantir o exercício dessa Soberania de forma plena.

Desse modo, como é possível observar em diversas passagens, por exemplo, do


Relatório da Comissão Nacional da Verdade (2014), o governo ditatorial realizou uma
quantidade inestimável de prisões cujo objetivo residia na ideia de eliminar os inimigos

3
A escolha dessa denominação se baseia nos pressupostos teóricos de Daniel Aarão Reis Filho (2014)
com o intuito de demonstrar que determinadas categorias civis da sociedade brasileira (principalmente
as pertencentes à Elite) fizeram parte do governo ditatorial e que foram importantes sustentáculos das
medidas tomadas pela ditadura no país.
políticos do governo que eram ´´vendidos`` para a sociedade enquanto uma ameaça
constante à nação4 (REIS FILHO et al, 2014).

Nesse sentido, dentre as diversas dimensões da sociedade brasileira que foram


diretamente influenciadas pelas medidas autoritárias do governo ditatorial, destacaremos,
portanto, o campo da psiquiatria, tendo enquanto principal enfoque, a utilização dos
hospitais psiquiátricos enquanto espaços de violência/tortura. Contudo, é fundamental
ressaltar, que o caráter autoritário e violento dos hospitais psiquiátricos brasileiros é algo
que não fora idealizado pelo governo ditatorial, mas sim, potencializado ao máximo
enquanto estratégia política (COSTA, 2007; AMARANTE, 2010).

A partir disso, que as reflexões propostas pelo texto de Achille Mbembe


relacionadas ao Biopoder, a Soberania e a Necropolítica, no possibilitam visualizar, em
uma nova perspectiva, os abusos cometidos nos hospitais psiquiátricos brasileiros durante
este período. Portanto, não se trata aqui de colocar a ditadura civil-militar enquanto única
responsável pelo conjunto das violências produzidas nesses espaços, mas sim, chamar a
atenção para a psiquiatria enquanto uma das dimensões dessa Soberania imposta pelo
governo federal.

Nesse sentido, o ensaio de Achille Mbembe, através de suas reflexões acerca da


Soberania, nos permite compreender que a própria psiquiatria enquanto ciência evoca a
existência de uma Soberania própria que atua de forma a transgredir todos os limites
existentes no espaço do hospital psiquiátrico (GOFFMAN, 2015; MBEMBE, 2016).
Desse modo, compreendemos, neste contexto, o encontro entre essas duas Soberanias (a
da ditadura civil-militar enquanto Estado de exceção e a da Psiquiatria enquanto saber
científico) e, mais do que isso, a somatória da natureza destrutiva e violenta que ambas
evocam (FOUCAULT, 2017; MBEMBE, 2016).

Diante disso, encontramos aqui um paralelo fundamental entre os campos de


concentração na Alemanha e os hospitais psiquiátricos brasileiros do período, pois,
percebemos os dois lugares – dentro de suas particularidades políticas – enquanto espaços
de exceção (AGAMBEN, 2004; ARBEX, 2013).

4
Percebemos neste ponto, utilizando-se dos pressupostos teóricos de Mbembe (2016), uma outra
característica marcante da soberania presente vivamente no funcionamento da ditadura civil-militar
brasileira.
Ademais, o próprio Franco Basaglia 5, em visita ao Brasil no ano de 1979,
estabeleceu paralelos entre os campos de concentração nazistas e os hospitais
psiquiátricos brasileiros durante o período da ditadura civil-militar, em entrevista
realizada após visitar o Hospital Colônia de Barbacena: ´´ Estive hoje num campo de
concentração nazista. Em nenhum lugar do mundo, presenciei uma tragédia como esta. ``
(ARBEX, 2013).

Nesse sentido, a aproximação entre os campos de concentração nazistas e os


hospitais psiquiátricos brasileiros é algo que serve para sustentar dois pontos
fundamentais para as reflexões propostas: perceber o hospital psiquiátrico enquanto lócus
de exercício das Soberanias (ditatorial e psiquiátrica) e a configuração dessas instituições
enquanto espaços de exceção.

Portanto, através da reunião desses fatores e as discussões que nos trouxeram até
essas conclusões, manifesta-se o grande questionamento provocado pelas reflexões
propostas no ensaio de Achille Mbembe e dos autores com os quais ele dialoga: podemos
compreender o hospital psiquiátrico, neste período específico, enquanto um espaço de
produção da Necropolítica a partir do encontro entre essas duas expressões do poder
soberano (ditadura civil-militar e psiquiatria)?

Em suma, o texto base responsável por suscitar tais reflexões apresenta-se


enquanto de importância crucial, na medida em que apresentou conceitos e conclusões
que apresentaram uma nova perspectiva com relação aos eventos decorridos nos hospitais
psiquiátricos brasileiros. Portanto, em relação direta com o objeto de nossa dissertação,
ou seja, o Hospital de Saúde Mental de Messejana, as reflexões propostas por Achille
Mbembe suscitam questionamentos e, ao mesmo tempo, conclusões que parecem ser de
extrema importância para contribuir com uma análise mais aprofundada e completa
acerca desse hospital e seu funcionamento.

5
Um dos mais importantes nomes da psiquiatria mundial, Franco Basaglia foi o principal expoente da
Reforma Psiquiátrica Italiana, movimento responsável por promover quebras de paradigmas seculares
no campo da psiquiatria, promovendo mudanças tanto a níveis estruturais nos hospitais psiquiátricos,
quanto na ordem das práticas terapêuticas e, sobretudo, na forma de se conceber o fenômeno da
doença mental e os indivíduos institucionalizados (AMARANTE, 2010).
Referências Bibliográficas

AGAMBEN, Giorgio. Estado de exceção / Giorgio Agamben; tradução de Iraci D.


Poleti. – São Paulo: Boitempo, 2004 (Estado de sítio).

AMARANTE, Paulo Duarte de Carvalho. O homem e a serpente: outras histórias para


a loucura e a psiquiatria. / Paulo Duarte de Carvalho Amarante. – Rio de Janeiro:
Editora Fiocruz, 2010.

ARAÚJO, Rebeca Cristina Pereira et al. Ditadura Militar, Legitimidade e Soberania.


Filosofia Arcos, 2021. Disponível em: https://filosofia.arcos.org.br/ditadura-militar-
legitimidade-e-soberania/ . Acesso em: 1 set. 2021.

ARBEX, Daniela. Holocausto brasileiro / Daniela Arbex. – 1. Ed. – São Paulo: Geração
Editorial, 2013.

ARENDT, Hannah. Origens do totalitarismo : Hannah Arendt; tradução Roberto


Raposo. – São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

AZEVEDO, Aleksandro Peixoto de; KOEHLER, Carlos Benevenuto Guisard. Eugenia


na Alemanha nazista – o racismo como política de estado. Scientiarum História, UFRJ,
Rio de Janeiro, v.1, 2020. Disponível em:
http://revistas.hcte.ufrj.br/index.php/RevistaSH/article/view/281. Acesso em: 1 set. 2021.

BAZANELLA, Sandro Luiz; CANI, Luiz Eduardo. O campo de concentração como


paradigma da contemporaneidade. Agamben Brasil, 2018. Disponível em:
https://agambenbrasil.com.br/2018/11/30/o-campo-de-concentracao-como-paradigma-
da-contemporaneidade/ . Acesso em: 27 out. 2021.

BRASIL. Ato institucional nº 5. Dispõe sobre a manutenção da Constituição Federal de


1967 e as Constituições Estaduais, com a inclusão de ações pertencentes ao Presidente da
República: intervenção nos estados e municípios, suspensão dos direitos políticos,
cassação de mandatos e outras providencias. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ait/ait-05-68.htm . Acesso em: 1 set. 2021.

BRASIL. Comissão Nacional da Verdade. Relatório / Comissão Nacional da Verdade, -


Recurso Eletrônico. – Brasília: CNV, 2014.

FOUCAULT, Michel. História da Loucura. 11ª ed. José Teixeira Coelho Neto. São
Paulo: Perspectiva, 2017.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. 38ª ed. Raquel Ramalhete.
Rio de Janeiro: Vozes, 2010.

GOFFMANN, Erving. Manicômios, prisões e conventos. 9ª ed. Dante Moreira Leite.


São Paulo: Perspectiva, 2015.

MBEMBE, Achille. A Necropolítica. Achille Mbembe, tradução Renata Santini, Revista


do ppgav/eba/ufrj, n. 32, p. 123-151, 2016.

REIS, Daniel Aarão. A ditadura faz cinquenta anos: história e cultura política nacional-
estatista. In: REIS, Daniel Aarão; RIDENTI, Marcelo; MOTTA, Rodrigo Pato Sá (org.).
A ditadura que mudou o Brasil: 50 anos do golpe de 1964. Editora Zahar, Rio de
Janeiro, 2014.

Você também pode gostar