Você está na página 1de 21

COMUNICAÇÃO ORAL

E ESCRITA
Prof. Moliani

As imagens utilizadas nos slides foram retiradas da internet para fins específicos desta aula. Favor não compartilhar.
A comunicação para além dos meios

Eles funcionam a partir de


Devemos compreender os
regimes próprios de
rituais comunicativos, tanto de
significados e é preciso
natureza midiática quanto
entendê-los a partir da
interpessoal ou coletivos.
cooperação interdisciplinar;

Aprimorar o uso das modalidades oral e escrita da língua


portuguesa em situações formais do meio profissional
Ementa
• Noções fundamentais sobre linguagem;

• Diferentes gêneros de comunicação: o profissional e o acadêmico;

• Fundamentos da comunicação oral e escrita;

• Apresentações em público.
Linguagem
Compreensão da
linguagem

• Teoricamente nós partimos dos


estudos marxistas que revelam ser o
nosso processo de hominização fruto
do contato do homem com o mundo
e com outros homens;
• Esses seres ancestrais estabeleceram
relações de cooperação e de
trabalho contribuindo para o
desenvolvimento do psiquismo e da
linguagem humanos.
• Homo sapiens: 1.000.000 anos
• Consideramos que o ser humano é um ser real,
concreto, histórico e que se constitui
dialeticamente ao longo de sua vida e do percurso
da humanidade.
• Foi Alexei Leontiev (2004) quem afirmou: “tal como
Ontologia do ser

a consciência, a linguagem é o produto da


coletividade, o produto da atividade humana”.
• Foi Lev Vygotsky (1987) quem afirmou: “(...) o
desenvolvimento do pensamento é determinado
pela linguagem, isto é, pelos instrumentos
linguísticos do pensamento e pela experiência sócio-
cultural”.
• Para completar, Karl Marx e Friedrich Engels (2007)
enfatizam ser a linguagem tão antiga quanto a
consciência “e a linguagem nasce, tal como a
social

consciência, do carecimento, da necessidade de


intercâmbio com outros homens”.
• Outros pensadores da (filosofia da) linguagem:
Ferdinand de Saussure, Umberto Eco, Charles
Sanders Peirce, Michel Foucault.
Funções da linguagem

Referencial, • Esta função busca comunicar sem envolver aspectos


emotivos ou subjetivos.
denotativa ou • As notícias utilizam-se dessas funções, bem como os
informativa textos didáticos e científicos.
Outras funções da linguagem

• Função emotiva/expressiva: utilizada em textos – orais/


escritos - que apelam mais à emoção e à subjetividade,
suscitando a impressão de um sentimento verdadeiro
como, p.ex., um romance ou uma preleção esportiva;
• Função conotativa/apelativa/imperativa: É o texto
publicitário, por exemplo, que busca persuadir o
receptor;
• Função fática/de contato: É o ahã!. Estabelece,
prolonga ou interrompe a comunicação entre as partes,
testando os participantes e o próprio canal.
• Função metalinguística: É a linguagem falando dela
mesma, como um dicionário.
• Função poética: característica dos textos poéticos, com
o uso das figuras de linguagem
Língua e
Comunicação
Compreensão das nuances que envolvem
o processo da comunicação humana
Língua e
sociedade
• A língua (falada ou escrita)
reflete, em boa medida, a
organização da sociedade;
• Ela mantém complexas relações
com as representações e
formações sociais;
• Não há um espelhamento, mas
uma funcionalidade, em geral,
mais visível na fala;
• É considerado que há uma certa
correlação entre variações
sociolinguísticas e variações
socioculturais.
Língua
É uma construção humana, pois também exige a capacidade de abstração.

Pode ser encarada como uma instituição social de uma comunidade/


grupo e se relaciona a práticas sócio-culturais em um tempo/espaço;

É um código que permite a comunicação por signos e combinações


e que permite organizar as mensagens;

Sistema de sons vocais ou de códigos escritos que permitem a


expressão dos pensamentos;

É um conjunto de variedades que se concretiza por atos individuais


de fala e que depende do contexto para se realizar plenamente;
Oralidade e escrita são práticas e
usos da língua (e da linguagem) com
características próprias:

Na oralidade temos gestualidades,


movimentos do corpo como mãos,
face e olhos e prosódia (acento e
Oralidade e entonação);

escrita Na escrita temos o tamanho e os


tipos de letras, cores e formatos,
elementos pictóricos etc.

Ambas as práticas permitem a


construção de textos coesos e
coerentes.
Usos da língua
• Parte-se do princípio que são os usos que fundam a
língua e não o contrário, ou seja, não é a estruturação
racional da língua (morfologia ou gramática) que deve
determinar o seu uso, mas a intenção comunicativa;

• Falar e escrever bem não é apenas ser capaz de


adequar-se às regras da norma padrão;

• Falar e escrever bem é ser capaz de usar a língua


adequadamente para produzir efeitos de sentidos
desejados em determinadas situações.
Falar e escrever
• A relação entre fala e escrita deve ser observada
dentro de um quadro mais amplo, no contexto
das práticas comunicativas e dos gêneros
textuais;
• O formato de nossas atividades linguísticas varia
muito a depender dos contextos, dos
interactantes, das necessidades e da sociedade na
qual as atividades são realizadas;
• Se lidamos com a língua por profissão, esse
aspecto é crucial e exigirá grande maleabilidade,
conhecimento e compreensão da língua.
Letramento
• Não confundir com alfabetização ou
escolarização;
• Os letramentos são sociais e se
desenvolvem à margem da escola;

• “O letramento é um processo de
aprendizagem social e histórica de
leitura e escrita em contextos
informais e para usos utilitários -é
um conjunto de práticas”
(MARCUSCHI, 2001)
Exemplos
https://br.pinterest.com/
jairobaroni/memes-bode-gaiato/
• O objetivo da aula foi apresentar a disciplina
e fazer uma introdução às questões da
linguagem;
• Aqui vão algumas referências da aula de hoje:

• LEONTIEV, A. O desenvolvimento do
psiquismo. São Paulo: Centauro, 2004.
• MARX, K.; ENGELS, F. A ideologia alemã:
crítica da mais recente filosofia alemã em
seus representantes Feuerbach, B. Bauer e
Stirner, e do socialismo alemão em seus
diferentes profetas (1845-1846). São
Paulo: Boitempo, 2007, p. 29-81.
• VYGOTSKI, L. S. Pensamento e linguagem.
3.ed. São Paulo: Martins Fontes, 1987.
• MARCUSCHI, L. A. Da fala para a escrita:
atividades de retextualização. São Paulo:
Cortez, 2001.
• h t t p s : / / w w w. f o l h a d e l o n d r i n a . c o m . b r /
opiniao/dialeto-juridico-dificulta-a-
democratizacao-da-justica-406268.html

Você também pode gostar