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PM-AM - História e Geografia do
Amazonas - 2021 (Pós-Edital)
Autor:
Sergio Henrique
17 de Dezembro de 2021
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O Estado do Amazonas está situado em uma ampla depressão, com cerca de 600km de
extensão no sentido sudeste-noroeste. Mais da metade do estado do Amazonas e parte de Roraima
são constituídos por superfície de cobertura sedimentar de idade quaternária. Cabe destacar que
entre a cadeia de montanhas dos Andes e o escudo das guianas, há cerca de 15 a 20 milhões de anos,
formou-se uma bacia estrutural sedimentar, onde é a bacia amazônica.
A Bacia sedimentar Amazônica é uma vasta área sedimentar de cerca de 2 milhões de
quilómetros quadrados, situada entre os escudos Guiâtiia e Brasilia e limitada a W pelos Andes e a
E, pelo Atlântico. Estende-se, dêsse modo, até o Perú, constituindo ali parte do que se designa Região
Subandina ou ‘‘Montana”.
Podemos dividí-la, para comodidade de descrição, na sua extensão brasileira, em três regiões:
a região ocidental, a região central e a região oriental. A região ocidental abrange o Território do
Acre e a porção Centro-Oeste do Estado do Amazonas. A região central estende-se desde a parte
Este do Estado do Amazonas até as alturas da desembocadura do Xingu; nela afloram os terrenos
paleozoicos ao Norte e ao Sul do rio Amazonas, assimetricamente em relação a esse curso. A região
oriental ou marajoara abrange a região da foz do Amazonas; ilha Marajó e outras, além das margens.
A geologia do seu subsolo, demonstrada pelas sondagens, é tão diversa da da região central da bacia
que talvez mereça ser considerada uma bacia independente. Possivelmente esteve exondada
durante o Paleozoico e quase todo o Mesozoico, se tivermos em consideração a coluna geológica da
sondagem do Cururu, na ilha de Marajó. (Mendes. 1957)
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✓ Terrenos sedimentares (de origem pelítica), onde a água é armazenada no espaço entre
os grãos das rochas sedimentares.
De forma geral, os terrenos sedimentares apresentam os melhores aquíferos, e no caso
brasileiro ocupam cerca de 4.130.000 km2, o que corresponde a aproximadamente 48% do território
nacional. Os demais terrenos ocupam os 52% restantes, correspondentes a cerca de 4.380.000 km2,
do território do País.
No Peru, é um rio de planalto chamado Maranõn e seu regime de abastecimento nas
nascentes é predominantemente nival, ou seja, a partir do derretimento das neves na cordilheira
dos Andes. Ao entrar no território brasileiro passa a se chamar rio Solimões. No território brasileiro
é totalmente de planície com um pequeno desnível altimétrico de uma ponta até a outra. O rio
Solimões se encontra com o Rio Negro formando o rio Amazonas. É um belo fenômeno: O encontro
das águas. Observe na tabela a seguir o complexo de rios que forma a bacia amazônica. A maior
parte deles possui potencial hidrelétrico, devido aos planaltos residuais. Como a bacia do rio
amazonas é o maior potencial hidrelétrico disponível do país, está ocorrendo a instalação de várias
usinas. E com o aumento da demanda energética do país serão projetadas e construídas outras
usinas, ao que tudo indica. Os impactos são sempre profundos para os indígenas, ribeirinhos e alguns
ecossistemas endêmicos (que só existem ali).
Vista no contexto da América do Sul, a Região Hidrográfica Amazônica, encontra-se
estruturada segundo quatro unidades morfológicas: ao norte, o cráton ou escudo das Guianas
(Bacias dos rios Trombetas e Branco); ao sul, o escudo Brasileiro (Bacias dos rios Tapajós e Xingu); a
oeste, a Cadeia Andina (nascentes do Solimões/Amazonas); e entre essas unidades anteriores, a
grande planície fluvial cujos limites a leste são dados pelo Oceano Atlântico.
Em termos geológicos, o substrato da Bacia provavelmente é constituído por rochas antigas
(pré-cambrianas, ou seja, com mais de 500 milhões de anos de formação) cobertas por sedimentos
marinhos e continentais de idades que variam desde o Paleozoico, período Siluriano-Ordoviciano (a
partir de 500 milhões de anos), até o Mesozóico, períodos Terciário-Cretáceo (aproximadamente 65
milhões de anos). Sendo que o sistema de drenagem transcontinental da Bacia Amazônica, tal qual
o conhecemos hoje, teria se formado há aproximadamente 10 milhões de anos, no Mioceno.
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A Região Hidrográfica Amazônica, com seus mais de três milhões de km², apresenta, em mais
da metade de seu território, depósitos sedimentares de litologia variável. Nesses terrenos, ocorrem
horizontes de elevada permeabilidade e frequentes condições de artesianismo. Portanto, dadas as
dimensões da região, a mesma pode ser vista como bastante promissora, em termos
hidrogeológicos.
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Além dos depósitos sedimentares, tem-se na Região Hidrográfica Amazônica o domínio dos
sistemas aquíferos fissurados. Em geral, são sistemas de baixa produtividade quando aflorantes. No
entanto, podem ter suas características melhoradas pela presença, em superfície, de sedimentos
inconsolidados, com espessuras, que por vezes ultrapassam os 40 metros. Estas áreas das coberturas
constituem reservatórios hídricos de boa potencialidade. Constituem, também, um meio permeável
que permite a recarga contínua do sistema fissurado subjacente.
Aqueles dois domínios hidrogeológicos, regionalmente explorados de forma diferenciada,
estão concentrados predominantemente em três grandes áreas; duas representadas pelos sistemas
aquíferos fissurados das províncias hidrogeológicas do escudo Setentrional, ocupando a faixa norte
da região (maior parte dos Estados do Amapá e Roraima e algumas áreas nos Estados do Amazonas
e Pará) e do Escudo Central, correspondente, especialmente, a grandes superfícies de Rondônia; e
porções ao norte de Mato Grosso. Esses sistemas têm recarga facilitada pelo elevado índice
pluviométrico dessas áreas, pela presença de coberturas cenozoicas e pela abundância de água
superficial.
Apesar de toda a sua riqueza de vida selvagem e da exuberância das florestas, o Bioma
Amazônico apresenta condições peculiares para a sua manutenção. Estas condições estão aliadas à
sua geologia, ao seu relevo e a existência de solos diferenciados. Estes elementos, por sua vez, estão
sob a influência de temperaturas e grandes taxas de precipitação, num ambiente de clima equatorial
quente úmido a super-úmido. (Ministério do Meio Ambiente. 2006).
✓ Os rios de águas barrentas, como o Madeira e o próprio Amazonas, têm essa cor por causa
dos sedimentos, ricos em nutrientes, carreados rio abaixo desde as montanhas andinas.
✓ Perene.
✓ Foz mista: Observe a imagem: ao norte da ilha de Marajó temos um delta ao norte e ao sul
um estuário.
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O que é um aquífero? São águas subterrâneas, em lençóis d’agua que se formam em meio as
rochas sedimentares da crosta. O maior aquífero do planeta é o amazônico, que até 2013 era
chamado de aquífero Alter do Chão, ou aquífero amazônico. Os pesquisadores da UFPA
(Universidade federal do PA) o rebatizaram por ser um sistema maior e mais complexo do que
sabíamos. São recentes os estudos sobre o aquífero, e há poucos anos temos a clareza de ser a maior
reserva de água do planeta, muito maior que o volume da Bacia amazônica. É assim: rios perenes
sempre possuem grandes lençóis abaixo deles, é o que faz com que permaneçam sempre cheios. É
como um iceberg: Quando olhamos as grandes quantidades de água da bacia amazônica, estamos
observando uma pequena porcentagem do total hídrico. Para termos uma ideia, a reserva do SAGA,
considerando o uso atual, seria suficiente para abastecer as necessidades humanas por 250 anos.
162.520 km³ até 500m. É possível que seja maior ainda. Possui três principais núcleos: Marajó, no
estado do Pará; Solimões, Amazonas, AM, e no Acre. Para termos uma ideia, o aquífero guarani era
considerado o maior do planeta. É uma enorme quantidade de água: 39.000 km 3, suficiente para
abastecer o planeta por mais de 40 anos. Desde que identificaram o volume inicial, era uma
estimativa de ser o dobro do Guarani. Hoje sabemos ser bem mais que o triplo. O aquífero guarani
é transnacional, pois alcança os territórios do Paraguai, Uruguai e argentina. É parcialmente
renovável e está bastante contaminado, principalmente no Brasil, no nordeste de SP, região de
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Ribeirão Preto, o principal centro do agronegócio da cana do país. É muito grande o uso de
agrotóxicos e fertilizantes.
A geologia amazônica analisada sob o ponto de vista hidrogeológico, particularmente sob o
foco de integração de unidades permo-porosas no âmbito das diferentes bacias (Acre, Solimões,
Amazonas e Marajó) que compõem uma área de 1.305.000 km², resulta na proposição da integração
das unidades do Quaternário ao Cretáceo que recobrem a Amazônia, em diferentes cenários e
profundidades, sob a denominação de Sistema Aquífero Grande Amazônia – SAGA, que possui
reservas hídricas estimadas preliminarmente em 162.520 km³, caracterizando-o como um dos
maiores da Terra.
O volume é 3,5 vezes maior do que o do Aquífero Guarani. Este depósito de água doce
subterrânea abrange os territórios do Uruguai, Argentina, Paraguai e Brasil. Ele tem 1,2 milhão de
quilômetros quadrados (km2) de extensão.
De acordo com a equipe, a reserva subterrânea representa mais de 80% do total da água da
Amazônia. A água dos rios amazônicos, por exemplo, representa somente 8% do sistema hidrológico
do bioma. As águas atmosféricas têm esse mesmo percentual de participação.
✓ Está numa estrutura totalmente sedimentar, o que torna muito mais fácil sua exploração, pois
são rochas de fácil perfuração.
✓ A água está quase intacta, pois está numa área pouco povoada.
As águas do aquífero são subutilizadas, pois estão localizadas numa região muito pouco
povoada. A distribuição dos recursos hídricos é muito irregular: Na Amazônia temos 5% da
população do Brasil e concentra mais da metade da nossa água doce. Dificilmente esta água toda
poderia ser aproveitada para combater problemas como a seca no semiárido, pois seriam
necessárias obras faraônicas, inviáveis em termos econômicos, técnicos e ambientais. A principal
forma de aproveitamento apontada é a utilização do aquífero para a agricultura irrigada.
Os melhores aquíferos conhecidos são os depósitos arenosos correspondentes às Formações
Solimões, Içá e Alter do Chão, que apresentam bons índices de produtividade em diversas áreas,
como Belém, Ilha de Marajó, Santarém e Manaus (Alter do Chão), além de Rio Branco e Porto Velho
(Solimões).
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O Aquífero Guarani é considerado uma das principais reservas subterrâneas de água doce da
América do Sul e um dos maiores sistemas aquíferos do mundo, ocupando uma área total de 1,2
milhões de km² na Bacia do Paraná e parte da Bacia do Chaco-Paraná. Estende-se pelo Brasil
(840.000 km²), Paraguai (58.500 km²), Uruguai (58.500 km²) e Argentina, (255.000 km²), área
equivalente aos territórios de Inglaterra, França e Espanha juntas. Sua maior ocorrência se dá em
território brasileiro (2/3 da área total) abrangendo os Estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas
Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
O Aquífero Guarani, denominação do geólogo uruguaio Danilo Anton em memória do povo
indígena da região, tem uma área de recarga de 150.000 km² e é constituído pelos sedimentos
arenosos da Formação Pirambóia na Base (Formação Buena Vista na Argentina e Uruguai) e arenitos
Botucatu no topo (Missiones no Paraguai, Tacuarembó no Uruguai e na Argentina).
As reservas que têm sido mencionadas, pela comunidade técnico-científica, para o Aquífero
Guarani estão em torno de 45 000 km3 de água de boa qualidade.
Nesse contexto é que se situa o SAGA como volumetricamente a parte mais expressiva do
Ciclo hidrológico já que representa mais de 80% do total das águas da região (os rios amazônicos são
cerca de 8% e as águas atmosféricas aproximadamente esse mesmo valor). Essa transferência é a
origem das chuvas que sustentam o agronegócio brasileiro em grande medida e o enchimento em
aproximadamente 70% dos reservatórios que geram energia elétrica nessas regiões. O SAGA chama
a atenção como mais uma curiosidade amazônica, grandiosa na sua dimensão física, mas mais
importante na sua perspectiva sócio-econômica-ambiental e pelo colossal serviço ambiental que ele,
juntamente com todos os demais elementos desse complexo sistema prestam ao Brasil e a
humanidade como um todo.
Uma sequência arenosa ou de cascalhos, resulta de processos sedimentares específicos os
quais criam as condições necessárias para que esses materiais possuam boa porosidade e
permeabilidade. Entretanto, se a precipitação pluviométrica é desprezível na região, além da
inexistência de cursos de água superficiais, essa sequência torna-se praticamente inútil em termos
de água subterrânea quando, em circunstâncias diversas, poderia constituir um excelente aquífero.
As águas subterrâneas ocorrem em rochas de todas as idades, desde as mais antigas (do Pré-
Cambriano), até as do Quaternário. Essas últimas normalmente são aquíferos melhores que aquelas,
em função da redução da porosidade e da permeabilidade, pela compactação, cimentação, etc.
comum nas rochas mais antigas. Os calcários, geralmente de origem marinha, podem apresentar
grandes extensões. Suas propriedades como aquíferos variam muito, normalmente estão associadas
à existência de fraturas e o alargamento e interconexão destas por dissolução. Nas rochas ígneas e
metamórficas, tais como o granito, o gnaisse, o quartzito, etc. a água ocorre nas fraturas. O
metamorfismo reduz a porosidade e permeabilidade das rochas. O fraturamento aumenta essa
porosidade e permeabilidade de forma secundária. (Matta. 2002).
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As águas subterrâneas, de uma maneira geral, contêm alguns sólidos dissolvidos e possuem
características físicas tais como odor, gosto e, algumas vezes, organismos biológicos de ocorrência
natural como bactérias.
A qualidade natural das águas subterrâneas depende do ambiente físico e da origem e
movimento das águas. Ao se mover ao longo do ciclo hidrológico, a água passa por vários processos
físicos, químicos e biológicos que modificam sua qualidade original através de interações com solos,
rochas e matéria orgânica.
As transformações na qualidade das águas são causadas, direta ou indiretamente, por
processos naturais e atividades humanas. Essas qualidades são consideradas degradadas, quando
seus parâmetros são modificados além das variações naturais, pela introdução ou remoção de certas
substâncias.
O tipo, extensão e duração das transformações da qualidade das águas são controladas pelo
tipo de influência humana e pelos processos geoquímicos, físicos e biológicos que ocorrem no solo
e as condições hidrogeológicas reinantes.
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Indicação: http://riosvoadores.com.br/o-projeto/fenomeno-dos-rios-voadores/#
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Entre esses dois fatores tem-se ingerência direta no que se refere à carga contaminante, que
pode ser modificada, controlada e atenuada, por meio de 53 procedimentos diversos sobre as
atividades humanas no meio físico. Porém a vulnerabilidade do sistema aquífero é uma propriedade
relativa às condições hidrogeológicas reinantes na área.
Nesse processo de risco de contaminação das águas subterrâneas a zona não saturada tem
uma importância muito grande. Ela funciona como um primeiro anteparo às cargas contaminantes
antes que alcancem às águas subterrâneas. Podem filtrar os elementos contaminantes ou até
mesmo eliminá-los através de um conjunto de processos e reações que ocorrem na zona não
saturada.
A zona não saturada é entendida como a região situada entre a superfície do terreno e o nível
hidrostático e lá coexistem três fases: o material sólido poroso de origem litológica; a fase líquida
com a água e seus solutos; e a fase gasosa constituída pelo ar, vapor d'água, N2, CO2, O2, entre
outros.
A água pluvial atravessa a zona não saturada em movimento lento e contínuo para alimentar
a zona saturada. Durante os movimentos descendentes e ascendentes a água se enriquece em
elementos lixiviados das rochas e dos produtos da superfície do solo, modificando sua composição
química.
De um modo geral os processos que ocorrem na interação das águas subterrâneas com as
possíveis cargas contaminantes são função de um conjunto de fatores:
✓ Composição e volume da água que abastece o aquífero;
✓ Tipo de ambiente geológico de superfície e subsuperfície;
✓ Características hidrogeológicas do aquífero como: porosidade, permeabilidade, volume
armazenado, velocidade de fluxo etc.;
✓ Características inerentes a água tais como: pH, solubilidade, agressividade etc.;
✓ Reações químicas e biológicas que acontecem dentro do próprio sistema de fluxo;
✓ Características climáticas: pluviometria, evaporação, evapotranspiração, variação de
temperatura.
Atualmente, existe uma tendência na avaliação dos riscos de contaminação/poluição das
águas subterrâneas de se associar a abordagem essencialmente tecnológica do problema - onde se
associa a vulnerabilidade do sistema com as cargas contaminantes ou mesmo as reservas/qualidade
com o uso – com uma visão de gerenciamento dos riscos frente à saúde pública. (Matta. 2002)
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Pororoca é o encontro das águas fluviais com águas marinhas. A maré alta invade o rio,
invertendo a correnteza e provocando uma onda gigante. A onda percorre mais de 10
Km. Era a maior pororoca do mundo. Alguns atletas praticam o surf de pororoca.
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O fenômeno da Pororoca que ocorre na região Amazônica, principalmente na foz do seu
grandioso e mais imponente rio, o Amazonas, é formado pela elevação súbita das águas junto à foz,
provocada pelo encontro das marés ou de correntes contrárias, como se estas encontrassem um
obstáculo que impedisse seu percurso natural. Quando ultrapassa esse obstáculo, as águas correm
rio a dentro com uma velocidade de 10 a 15 milhas por hora, subindo uma altura de 3 a 6 metros.
A pororoca não acontece somente no estuário do Amazonas. Existe em alguns estuários e
trechos finais de rios do litoral amazônico, que deságuam direto ou indiretamente no Atlântico. Na
costa do Amapá, o fenômeno ocorre em quase todos os rios que ali desembocam e, de forma bem
violenta, no estuário do rio Araguarí, no município de Cutias. Mais ao sul da foz do Araguari, nos rios
e canais das ilhas de bailique, Curuá, Caviana, Janauaçu, Juruparí e Mexiana, o fenômeno se
manifesta igualmente destruidor. O mesmo acontece nos trechos finais dos rios que deságuam nas
costas norte e leste da Ilha de Marajó. Apesar de muitos comentários, o fenômeno não existe na
baia de Marajó, no rio Pará e no estuário do rio Tocantins. A “pororoca” é antes de tudo um agente
destruidor. A baixa costa do Amapá, de formação flúvio-marinha recente, está em longos trechos
recuando constantemente devido ao ataque periódico das vagas das marés de lançantes à ação da
pororoca nos estuários; correndo as margens destes últimos, o fenômeno vai alargando-se
progressivamente, tornando-os cada vez mais raso.
O termo pororoca é derivado do Tupi que designa “estrondo”, corresponde a um fenômeno
natural onde acontece o encontro das águas de um rio com o oceano.
Em nenhum lugar do mundo, no entanto, o fenômeno é tão intenso como no litoral do Amapá
e do Pará, uma área influenciada pelas águas do maior rio do mundo, o Amazonas. A cada meio
minuto, o Amazonas despeja cerca de 6 bilhões de litros d’água no Atlântico, ou litro para cada
habitante do planeta. O litoral amazônico, por outro lado, registra as maiores marés do país (na Ilha
de Maracá, Amapá, já ocorreu uma elevação de 7 metros do nível do mar) e é constantemente
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açoitado por fortes ventos alísios (que sopram de leste, no sentido mar-terra). Na conjunção desses
fatores, quando o mar sobe, suas águas acabam invadindo o estuário de outros rios que
desembocam na zona de influência do Amazonas (caso do Araguari), provocando uma colisão
espetacular com a massa de água doce vinda na direção contrária. Este fenômeno intensifica-se nas
noites de Lua Cheia e Nova.
No Estado do Amapá, ela ocorre na ilha do Bailique, na “Boca” do Araguari, no Canal do
inferno da Ilha de Maracá em diversas partes insulares e com maior intensidade nos meses de janeiro
a maio. A Pororoca também já virou atração para os praticantes do surf.
O fenômeno se torna mais evidente nas mudanças de fase da lua, especialmente na lua cheia
e nova. O processo ocorre quando os níveis das águas oceânicas se elevam e essas invadem a foz do
rio, o confronto dessas águas promove o surgimento de grandes ondas que podem atingir até dez
metros de largura e cinco de altura, podendo 2chegar a uma velocidade que oscila entre 30 e 35
quilômetros por hora.
A pororoca é resultado da atração simultânea da Terra com o sol e a lua, o fenômeno
apresentado nos meses de janeiro, fevereiro, março e abril possui características particulares, três
grandes ondas adentram nos canais dos rios, provocando o fenômeno “terras caídas” que consiste
no desmoronamento de grandes quantidades de terras emersas, ocasionando a morte de animais,
plantas e a destruição de casas.
A pororoca acabou, de acordo com o Instituto Chico Mendes, principalmente devido a criação
de búfalos que acelerou a erosão das margens, abrindo valas que drenam a vazão do rio. Podem ser
considerados também a instalação de usinas hidrelétricas no rio. Durante parte do ano, o leito fica
exposto. Isso dificulta profundamente o transporte dos ribeirinhos, inclusive escolas tiveram de
serem fechadas devido à dificuldade do acesso. Um exemplo de cidade afetada é Cotias do Araguari.
A diminuição da vazão torna a água muito barrenta e diminui drasticamente a quantidade de peixes.
O ministério público do Amapá recorre em ação que responsabiliza os pecuaristas pelo dano e o
Estado pela omissão, de acordo com a mídia local.
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5. ESCASSEZ HÍDRICA
A ideia de abundância ou escassez hídrica está ligada ao acesso à água potável, não
necessariamente a quantidade de água disponível. Então a população ribeirinha que vive ao longo
do curso dos vários rios da bacia amazônica tem dificuldade de acesso à água potável.
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Em nível global, o desafio é conter o aumento da temperatura do clima, fator que gera ondas
de calor e extremos de seca que afetam a disponibilidade de água. O relatório especial do Painel
Intergovernamental das Mudanças Climáticas, das Nações Unidas, divulgado recentemente, mostra
que, se a temperatura global subir acima de 1,5°C, em todo o mundo mais de 350 milhões de pessoas
ficarão expostas até 2050 a períodos severos de seca.
Cerca de 19% da floresta amazônica foram destruídos nos últimos 40 anos. Os impactos do
desmatamento já podem ser sentidos para muito além das fronteiras da floresta. Mais e mais
estudos apontam para a relação entre floresta e a produção de chuva. Só a Amazônia transpira,
diariamente, 20 bilhões de toneladas de vapor de água para a atmosfera – volume superior à vazão
do rio Amazonas. Toda essa umidade forma os “rios voadores” que são levados, com o vento, para
outras regiões do País, irrigando plantações e enchendo reservatórios de água. Ao desmatar a
Amazônia, interfere-se de forma extremamente5negativa no ciclo da água.
Na floresta amazônica, a capacidade de evapotranspiração é tão elevada que uma única
árvore emite para a atmosfera cerca de 300 litros de água por dia, mais do que o dobro do necessário
para uma pessoa realizar as suas atividades diárias. O termo “rios voadores” deve-se às estimativas
da quantidade de água que circula por esse sistema, que apresenta uma vazão de aproximadamente
200.000 m³ por segundo, superior até mesmo à vazão do Rio Amazonas.
Graças a essa dinâmica, evidencia-se que a preservação dos recursos hídricos no Brasil
depende, necessariamente, de uma política de conservação da vegetação dessa floresta e também
de outras áreas do país a fim de se manter a renovação dos recursos hídricos para as gerações
futuras.
Nos últimos anos, o aumento de conflitos na área rural é reflexo das políticas de
desenvolvimento social que visam a apropriação dos recursos naturais, ou seja, consumir o meio
ambiente – fazendo aparecer novos conflitos pelo acesso a água, em especial as Usinas
Hidroelétricas e as Hidrovias, que são os vetores institucionais que acirram a tensão no uso da água.
(Tozi, Mascarenhas, Pólen. 2018)
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✓ A região da Amazônia possui um bioma que chega a ocupar uma área de 4.196.943 Km², que
corresponde mais de 40% do território nacional e é constituída principalmente por uma
floresta tropical. As florestas equatoriais e tropicais úmidas são uma grande reserva de
biodiversidade, aglutinando cerca de um terço das espécies de seres vivos do planeta. Das
áreas que ainda restam, a Amazônia é a de maior extensão, distribuídos por diversos países
sul-americanos, sendo que 60% localizando-se em território brasileiro. A Amazônia
corresponde a 74% da área denominada Amazônia Legal, que inclui a região Norte e partes do
Maranhão e Mato Grosso.
✓ Por estar localizada em baixas latitudes, ou seja, próxima à linha do Equador, o clima na
Amazônia é quente e bastante úmido, com elevada precipitação pluviométrica (chuva) em
virtude da intensa evapotranspiração. A maior parte do solo da região apresenta baixa
fertilidade, sendo que apenas as planícies inundáveis são ricas em nutrientes. A rede
hidrográfica é muito complexa, formada pela maior bacia hidrográfica do mundo, a bacia
Amazônica.
✓ Os levantamentos de solos da Amazônia constataram que apenas 14% da área é ocupada por
solos de boa fertilidade. O restante da área (86%) é constituído por solos de baixa fertilidade,
ou seja, com reduzida quantidade de nutrientes para as plantas. Se isso é verdadeiro como é
possível existir uma floresta tão exuberante? O que ocorre é um equilíbrio solo-floresta-solo,
onde as plantas vivem da ciclagem de nutrientes. O ciclo de nutrientes entre a floresta e o solo
é quase fechado e contínuo, com a maior parte dos nutrientes localizados na própria biomassa.
É importante considerar, ainda, que fatores como intensa radiação solar e água em
abundância, favorecem a fotossíntese, o que contribui para a formação e manutenção da
floresta.
✓ O Domínio Amazônico corresponde a uma superfície que engloba tanto a planície do rio
Amazonas como as depressões e os baixos planaltos sobre os quais ela está encaixada. Com
tanta variedade, esse domínio é uma das principais reservas de biodiversidade do mundo. A
Floresta Amazônica costuma ser dividida em três tipos de mata, de acordo com sua
proximidade em relação aos rios: 1) mata de igapó, 2) mata de várzea e 3) mata de terra firme
✓ Mata igapó compreende uma cobertura vegetal que ocorre nas áreas de relevo suave
(planícies) que se encontram às margens de rios, portanto, sofre inundações frequentes. As
várzeas amazônicas são inundadas sazonalmente, isto é, são ocorrências temporárias, que
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ocorrem em certa época do ano, especificamente no período das cheias. As matas ou florestas
de terra firme são florestas situadas em uma região mais alta do relevo amazônico, onde não
há alagamentos como na floresta de igapó ou a de várzea. Sua vegetação pode atingir cerca de
60 metros de altura.
✓ A maioria dos igarapés tem águas escuras semelhantes às do rio Negro, um dos principais
afluentes do rio Amazonas, transportando poucos sedimentos. São navegáveis por pequenas
embarcações e canoas e desempenham um importante papel como vias de transporte e
comunicação. Já os manguezais da costa amazônica, distribuídos por Amapá, Pará e Maranhão,
com árvores de grande porte, são situadas no litoral atlântico e recortadas por rios e canais de
águas escuras e tranquilas o ano todo. Os manguezais são um grupo de árvores e arbustos que
vivem em zonas costeiras intertidais tropicais. Existem cerca de 80 espécies diferentes de
árvores de mangue. Todas essas árvores crescem em áreas de solos encharcados, onde águas
lentas permitem que sedimentos finos se acumulem. Nesses ambientes, os manguezais
sequestram quantidades significativas de carbono, armazenadas por séculos.
✓ A região amazônica está predominantemente na zona da linha do equador, de modo que as
faixas climáticas de altas latitudes ocorrem a incidência de raios solares de maneira
extremamente inclinada. O clima da Amazônia é equatorial, caracterizado por elevadas
temperaturas e grande índice pluviométrico.
✓ A Bacia Sedimentar Amazônica é uma vasta área sedimentar de cerca de 2 milhões de
quilómetros quadrados, situada entre os escudos Guiâtiia e Brasilia e limitada a W pelos Andes
e a E, pelo Atlântico. Estende-se, desse modo, até o Peru, constituindo ali parte do que se
designa Região Subandina ou ‘‘Montana”.
✓ Ocupando uma área total de 6.925.674 km², desde as nascentes do rio Amazonas nos Andes
Peruanos até sua foz no Oceano Atlântico, a Região Hidrográfica Amazônica, tem no Brasil
63,88% do seu território. Nos demais países que a compõem, numa visão continental, portanto,
além do mostrado na Figura 3, a região tem respectivamente: 16,14% na Colômbia, 15,61% na
Bolívia, 2,31 % no Equador, 1,35 % na Guiana, 0,60 % no Peru e 0,11% na Venezuela, de
participação em sua área total.
✓ A Bacia do Rio amazonas é um grande complexo de águas transnacionais. É uma bacia
predominante brasileira, mas drena outros países da América do Sul. Vamos destacar o rio
Solimões. Sua nascente é no Peru, no altiplano da cordilheira dos Andes.
✓ Vista no contexto da América do Sul, a Região Hidrográfica Amazônica, encontra-se estruturada
segundo quatro unidades morfológicas: ao norte, o cráton ou escudo das Guianas (Bacias dos
rios Trombetas e Branco); ao sul, o escudo Brasileiro (Bacias dos rios Tapajós e Xingu); a oeste,
a Cadeia Andina (nascentes do Solimões/Amazonas); e entre essas unidades anteriores, a
grande planície fluvial cujos limites a leste são dados pelo Oceano Atlântico.
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✓ Apesar de toda a sua riqueza de vida selvagem e da exuberância das florestas, o Bioma
Amazônico apresenta condições peculiares para a sua manutenção. Estas condições estão
aliadas à sua geologia, ao seu relevo e a existência de solos diferenciados. Estes elementos, por
sua vez, estão sob a influência de temperaturas e grandes taxas de precipitação, num ambiente
de clima equatorial quente úmido a super-úmido.
✓ É responsável por 20% da água doce despejada anualmente nos oceanos; possui drenagem
exorreica (corre em direção ao mar); possui baixa declividade; foz mista.
✓ O maior aquífero do planeta é o amazônico, que até 2013 era chamado de aquífero Alter do
Chão, ou aquífero amazônico. Os pesquisadores da UFPA (Universidade federal do PA) o
rebatizaram por ser um sistema maior e mais complexo do que sabíamos. São recentes os
estudos sobre o aquífero, e há poucos anos temos a clareza de ser a maior reserva de água do
planeta, muito maior que o volume da Bacia amazônica. É assim: rios perenes sempre possuem
grandes lençóis abaixo deles, é o que faz com que permaneçam sempre cheios. É como um
iceberg: Quando olhamos as grandes quantidades de água da bacia amazônica, estamos
observando uma pequena porcentagem do total hídrico. Para termos uma ideia, a reserva do
SAGA, considerando o uso atual, seria suficiente para abastecer as necessidades humanas por
250 anos. 162.520 km³ até 500m.
✓ A geologia amazônica analisada sob o ponto de vista hidrogeológico, particularmente sob o
foco de integração de unidades permo-porosas no âmbito das diferentes bacias (Acre,
Solimões, Amazonas e Marajó) que compõem uma área de 1.305.000 km², resulta na
proposição da integração das unidades do Quaternário ao Cretáceo que recobrem a Amazônia,
em diferentes cenários e profundidades, sob a denominação de Sistema Aquífero Grande
Amazônia – SAGA, que possui reservas hídricas estimadas preliminarmente em 162.520 km³,
caracterizando-o como um dos maiores da Terra.
✓ O volume é 3,5 vezes maior do que o do Aquífero Guarani. Este depósito de água doce
subterrânea abrange os territórios do Uruguai, Argentina, Paraguai e Brasil. Ele tem 1,2 milhão
de quilômetros quadrados (km2) de extensão.
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✓ A vulnerabilidade das águas subterrâneas frente aos principais agentes contaminantes é uma
propriedade relativa, adimensional e não mensurável. O grau de precisão na caracterização da
vulnerabilidade depende, acima de tudo, da quantidade, qualidade e representatividade dos
dados disponíveis. O conceito de vulnerabilidade pode ser expresso em função da
susceptibilidade do sistema aquífero vir a ser atingido por cargas contaminantes provindas de
atividades antrópicas e pode não estar somente relacionado à contaminação ou a aspectos de
qualidade das águas subterrâneas. Ele pode, também, incluir aspectos de quantidade de água,
principalmente à perda de volumes relacionada a estiagens ou mesmo a superexploração.
✓ O que deve ser perseguido é o mapeamento do grau de vulnerabilidade natural do sistema
aquífero através da associação das características hidrogeológicas com os aspectos hidro-
ambientais e socioeconômicos e utilizando-se as condições de uso e importância da água de
forma sistêmica. Essa abordagem é mais indicada aos processos de planejamento e gestão dos
recursos hídricos.
✓ O risco potencial de contaminação/poluição das águas subterrâneas normalmente está
relacionado à interação entre dois fatores: a carga contaminante disponível no meio físico,
associada a diferentes atividades antrópicas e o grau de vulnerabilidade natural dos sistemas
aquíferos. Entre esses dois fatores tem-se ingerência direta no que se refere à carga
contaminante, que pode ser modificada, controlada e atenuada, por meio de 53
procedimentos diversos sobre as atividades humanas no meio físico. Porém a vulnerabilidade
do sistema aquífero é uma propriedade relativa às condições hidrogeológicas reinantes na
área.
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atingir até dez metros de largura e cinco de altura, podendo chegar a uma velocidade que oscila
entre 30 e 35 quilômetros por hora.
✓ A pororoca acabou, de acordo com o Instituto Chico Mendes, principalmente devido a criação
de búfalos que acelerou a erosão das margens, abrindo valas que drenam a vazão do rio.
Podem ser considerados também a instalação de usinas hidrelétricas no rio. Durante parte do
ano, o leito fica exposto. Isso dificulta profundamente o transporte dos ribeirinhos, inclusive
escolas tiveram de serem fechadas devido à dificuldade do acesso. Um exemplo de cidade
afetada é Cotias do Araguari. A diminuição da vazão torna a água muito barrenta e diminui
drasticamente a quantidade de peixes. O ministério público do Amapá recorre em ação que
responsabiliza os pecuaristas pelo dano e o Estado pela omissão, de acordo com a mídia local.
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7. QUESTIONÁRIO DE REVISÃO
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representa mais de 80% do total das águas da região (os rios amazônicos são cerca de 8% e as
águas atmosféricas aproximadamente esse mesmo valor). Essa transferência é a origem das
chuvas que sustentam o agronegócio brasileiro em grande medida e o enchimento em
aproximadamente 70% dos reservatórios que geram energia elétrica nessas regiões. O SAGA
chama a atenção como mais uma curiosidade amazônica, grandiosa na sua dimensão física,
mas mais importante na sua perspectiva sócio-econômica-ambiental e pelo colossal serviço
ambiental que ele, juntamente com todos os demais elementos desse complexo sistema
prestam ao Brasil e a humanidade como um todo. Estudos recentes têm sugerido que o Guarani
tem partes compartimentadas (compartimentação em blocos) e levantado dúvidas acerca de
seus limites reais, especialmente na porção oriental.
11) Quais os problemas que se dão no bioma amazônico?
A qualidade natural das águas subterrâneas depende do ambiente físico e da origem e
movimento das águas. Ao se mover ao longo do ciclo hidrológico, a água passa por vários
processos físicos, químicos e biológicos que modificam sua qualidade original através de
interações com solos, rochas e matéria orgânica. As transformações na qualidade das águas
são causadas, direta ou indiretamente, por processos naturais e atividades humanas. Essas
qualidades são consideradas degradadas, quando seus parâmetros são modificados além das
variações naturais, pela introdução ou remoção de certas substâncias. Em função do atual
crescimento das demandas de água subterrânea, torna-se essencial à proteção dos aquíferos
contra as principais cargas contaminantes, principalmente aquela resultante das atividades
humanas. A vulnerabilidade das águas subterrâneas frente aos principais agentes
contaminantes é uma propriedade relativa, adimensional e não mensurável. O grau de precisão
na caracterização da vulnerabilidade depende, acima de tudo, da quantidade, qualidade e
representatividade dos dados disponíveis. Alguns aquíferos se encontram muito bem
protegidos pela natureza, principalmente aqueles cobertos por espessas e contínuas camadas
rochosas impermeáveis. Outros, porém, estão em posições extremamente vulneráveis.
12) Como é o risco de contaminação das águas subterrâneas no bioma amazônico?
O risco potencial de contaminação/poluição das águas subterrâneas normalmente está
relacionado à interação entre dois fatores: a carga contaminante disponível no meio físico,
associada a diferentes atividades antrópicas e o grau de vulnerabilidade natural dos sistemas
aquíferos. Entre esses dois fatores tem-se ingerência direta no que se refere à carga
contaminante, que pode ser modificada, controlada e atenuada, por meio de 53
procedimentos diversos sobre as atividades humanas no meio físico. Porém a vulnerabilidade
do sistema aquífero é uma propriedade relativa às condições hidrogeológicas reinantes na
área. Nesse processo de risco de contaminação das águas subterrâneas a zona não saturada
tem uma importância muito grande. Ela funciona como um primeiro anteparo às cargas
contaminantes antes que alcancem às águas subterrâneas. Podem filtrar os elementos
contaminantes ou até mesmo eliminá-los através de um conjunto de processos e reações que
ocorrem na zona não saturada.
13) O que é a pororoca? Como é formada?
Pororoca é o encontro das águas fluviais com águas marinhas. A maré alta invade o rio,
invertendo a correnteza e provocando uma onda gigante. A onda percorre mais de 10 Km. Era
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7. EXERCÍCIOS
1. (Ufg 2014)
Leia o texto a seguir.
Com uma população de quase 1.8 milhão de habitantes, a capital do estado, Manaus, hoje uma
das maiores capitais do país, é abastecida por águas superficiais (75%) provenientes do rio
Negro e por águas subterrâneas (25%) oriundas do aquífero Alter do Chão. Isto devido à
localização da estação de tratamento e das características da rede de distribuição, que não
suportam maiores pressões, inviabilizando o alcance da água em todos os bairros,
especialmente nas zonas Leste e Norte da cidade.
O aquífero Alter do Chão representa um dos maiores reservatórios de água subterrânea do
planeta. Apesar da abundância de recursos hídricos superficiais, em Manaus destaca- se o fato
da ocorrência expressiva de abastecimento por águas subterrâneas, advindas desse aquífero,
causando o seu rebaixamento em determinados locais da cidade. No bairro Jorge Teixeira, por
exemplo, o nível das águas subterrâneas já foi rebaixado em mais de 100 metros, desde 1980,
quando tudo começou.
Revista Água e Meio Ambiente Subterrâneo. São Paulo, ano 3. n. 18, out./nov., 2010. p. 16-
22. (Adaptado).
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Comentários
O reflorestamento permite maior retenção de água pelo aumento da infiltração no solo e redução
do escoamento superficial. Assim, permite-se abastecer o lençol freático evitando seu
rebaixamento. Também ocorre maior infiltração nas zonas de recarga dos aquíferos.
Gabarito: E
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Como mencionado corretamente na alternativa [D], embora o centro-sul seja a área mais povoada
do país, a maior concentração de recursos hídricos se dá na região norte.
Estão incorretas as alternativas:
[A], porque o crescimento populacional pressiona a demanda pela água;
[B], porque a maior concentração de recursos hídricos ocorre na região norte;
[C], porque as regiões sul e sudeste não têm carência de recursos hídricos e o carvão mineral não é
renovável;
[E], porque embora o país seja privilegiado em termos de recursos hídricos, sua distribuição não é
uniforme.
Gabarito: D
3. (Acafe 2015)
A água é um recurso renovável, porém limitado. O seu uso vem aumentando
consideravelmente, trazendo junto enorme preocupação. A cidade de São Paulo vem sentindo
neste segundo semestre a falta desse líquido precioso.
4. (Ufrgs 2013)
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5. (Udesc 2011)
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), existem no Brasil oito Bacias
Hidrográficas.
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D) A Bacia do Rio Tocantins recebe seus dois principais afluentes: o Araguaia e o Tietê. Possui
a segunda maior usina do país, mas seu potencial hidrelétrico é o menor de todas as bacias
hidrográficas brasileiras.
E) A Bacia do Atlântico Norte/Nordeste é a terceira maior bacia hidrográfica do Brasil, seus rios
principais são o Madeira e o Juruá.
Comentários
Como mencionado corretamente na alternativa [C], a maior bacia hidrográfica do Brasil é a
Amazônica, representada pelo maior rio do mundo em extensão e débito fluvial.
Estão incorretas as alternativas: [A], porque a Bacia Platina é formada pelas bacias do rio Paraná,
Uruguai e Paraguai e a Bacia do Rio Uruguai drena somente 2% da área do país;
[B], porque a Bacia do São Francisco é a quarta maior bacia brasileira e seu rio principal apresenta
trechos navegáveis apenas no médio curso;
[D], porque o Tietê é afluente do Rio Paraná, e a bacia apresenta elevado potencial hidroenergético,
inclusive com a presença da usina de Tucuruí, a segunda maior do país até o momento (2013);
[E], porque os rios Madeira e Juruá pertencem à Bacia Amazônica, e a Bacia de Tocantins-Araguaia
é a terceira maior do país.
Gabarito: C
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Comentários
A bacia Amazônica é a maior do mundo e a maior parte de sua área encontra-se em território
brasileiro. Seu regime pode ser denominado complexo, recebendo águas dos dois hemisférios
desaguando em números significativos, como: maior vazão hídrica com mais de 100000 m 2/seg na
foz; mais de 1100 rios, uma área total em torno de 7 milhões de km2.
A alternativa [A] é falsa, trata-se de uma bacia de terras baixas, planaltos residuais e planícies fluviais.
Seu potencial hidráulico energético está nos afluentes do rio Amazonas que tem seu curso em todo
o território brasileiro praticamente em planícies.
A alternativa [C] é falsa, o regime do rio Amazonas é complexo com águas nivais e pluviais.
A alternativa [D] é falsa, a hidroelétrica de Balbina localiza-se no rio Uatumã e fornece energia
elétrica para Manaus.
A alternativa [E] é falsa, a bacia amazônica ainda não é o maior potencial hidroelétrico instalado no
país. Este fica na bacia do Paraná.
Gabarito: B
7. (Ibmecsp)
"O estudo aponta que o animal (peixe-boi) deixa os lagos de várzea de Mamirauá, na planície
de inundação do rio Solimões, quando as águas começam a baixar. E se refugia durante o
período de seca nas águas pretas e mais profundas do lago Amanã. Com a chegada da enchente
o bicho viaja de volta aos lagos de origem."
Folha de São Paulo, 07 de setembro de 2008.
8. (Enem)
Em 2003, deu-se início às discussões do Plano Amazônia Sustentável, que rebatiza o Arco do
Desmatamento, uma extensa faixa que vai de Rondônia ao Maranhão, como Arco do
Povoamento Adensado, a fim de reconhecer as demandas da população que vive na região. A
Amazônia Ocidental, em contraste, é considerada nesse plano como uma área ainda
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amplamente preservada, na qual se pretende encontrar alternativas para tirar mais renda da
floresta em pé do que por meio do desmatamento. O quadro apresenta as três macrorregiões
e três estratégias que constam do Plano.
Estratégias:
I. Pavimentação de rodovias para levar a soja até o rio Amazonas, por onde será escoada.
II. Apoio à produção de fármacos, extratos e couros vegetais.
III. Orientação para a expansão do plantio de soja, atraindo os produtores para áreas já
desmatadas e atualmente abandonadas.
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9. (Ufpr 2015)
O Brasil apresenta uma situação confortável, em termos globais, quanto aos recursos hídricos.
A disponibilidade hídrica per capita, determinada a partir de valores totalizados para o País,
indica uma situação satisfatória [...]. Entretanto, apesar desse aparente conforto, existe uma
distribuição espacial desigual dos recursos hídricos no território brasileiro. [...] O conhecimento
da distribuição espacial da precipitação e, consequentemente, o da oferta de água, é de
fundamental importância para determinar o balanço hídrico nas bacias brasileiras.
http://arquivos.ana.gov.br/institucional/spr/conjuntura/webSite_relatorioConjuntura/projet
o/index.hml., p.37. Acesso em 09 set. 2014
Sobre o uso, gestão e disponibilidade dos recursos hídricos no país, assinale a alternativa
INCORRETA.
A) A disponibilidade espacial dos recursos hídricos pode variar em função da sazonalidade, haja
vista a diferença da precipitação, segundo os meses do ano e as regiões brasileiras.
B) A região hidrográfica do rio São Francisco tem como característica os menores índices de
precipitação do Brasil, enquanto na região hidrográfica da Amazônia são observados os
maiores índices de precipitação.
C) Uma das características do sistema de abastecimento de água para consumo humano no
Brasil é a preponderância do uso dos mananciais superficiais.
D) Há uma forte relação entre cobertura vegetal e água, pois o desmatamento pode provocar
aumento do escoamento superficial e redução da infiltração, o que pode alterar o ciclo
hidrológico.
E) Os problemas de abastecimento de água observados no Brasil são consequências de
alterações da sazonalidade das chuvas causadas pelas mudanças climáticas globais, e do
aumento da demanda.
Comentários
A alternativa [E] está incorreta porque a alteração da sazonalidade das chuvas não é consequência
do aquecimento global.
Estão corretas as alternativas:
[A], porque a disponibilidade de recursos hídricos apresenta variação no país em razão das
diferenças climáticas regionais;
[B], porque enquanto parte da bacia do São Francisco corta parte do sertão semiárido com chuvas
escassas, a bacia do Amazonas corta uma área cujo clima equatorial é marcado por chuvas
abundantes e bem distribuídas durante o ano;
[C], porque predominantemente, os mananciais no Brasil são cursos de água e não lençóis freáticos;
[D], porque a manutenção da vegetação amplia a umidade da área contribuindo para os elevados
níveis dos cursos de água.
Gabarito: E
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mundo inteiro. A biodiversidade da maior floresta tropical do planeta é tida como uma fonte
inestimável de possibilidades econômicas à espera de estudos e descobertas. E é nesse cenário
que se localiza o Aquífero Alter do Chão, uma reserva com cerca de 88,4 quatrilhões de litros
de água subterrânea, suficiente para abastecer a população mundial em cerca de 100 vezes.
Disponível em: http://www.cemig.ufpa.br/index.php?option=com_content&view=
article&id=242&Itemid=22. Acesso em: 9 set. 2013. Adaptado.
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A alternativa [D] é falsa, não há erosão eólica na região, devido ao regime de ventos, constantes e
moderados, e o relevo de terras baixas.
A alternativa [E] é falsa, não há relação de efeitos de curto prazo entre queimadas e baixa no volume
de água dos rios regionais.
Gabarito: A
Centro-
62,4 58,1 63,3 35,2
Oeste
Centro-
25,5 20,8 29,0 28,5 23,4
Oeste
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18. (Unesp)
Segundo o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o desmatamento em regiões na
fronteira Brasil-Bolívia formou um grande arco ao longo de dois importantes rios. Observe os
mapas.
Assinale a alternativa que contém o estado da Região Norte onde esse fato está ocorrendo, os
rios mencionados e três causas do desmatamento naquela área.
A) Roraima; Mamoré e Negro; fronteira agrícola, especulação imobiliária e criação de gado
leiteiro.
B) Acre; Tapajós e Xingu; invasões de terra, formação de pastagens e de campos de soja.
C) Rondônia; Madeira e Mamoré; especulação imobiliária, corte de madeiras nobres, formação
de pastagens.
D) Amazonas; Solimões e Madeira; especulação imobiliária, corte de madeiras de lei, criação
de gado estabulado.
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E) Pará; Solimões e Negro; assentamentos rurais, corte de madeiras nobres, criação extensiva
de bovinos.
Comentários
O desmatamento no estado de Rondônia é maior nas proximidades dos rios Madeira e Mamoré. As
causas são a expansão do agronegócio, valorização das terras, exploração de madeira e a construção
das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio no rio Madeira. Quando totalmente concluídas as novas
hidrelétricas poderão atrair empreendimentos econômicos, inclusive de mineração, que causariam
mais desflorestamento.
Gabarito: C
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A) cada vez mais, a floresta é substituída por agricultura ou pastagem, procedimento que
promove o desenvolvimento econômico, sem influenciar, significativamente, o clima na
América do Sul.
B) os recursos hídricos são abundantes e os regimes fluviais não serão alterados, apesar das
mudanças climáticas que ameaçam modificar o regime de chuvas na América do Sul.
C) o atual desenvolvimento da Amazônia não afeta o sistema hidrológico, devido à aplicação
de medidas rigorosas contra o desmatamento e danos à biodiversidade da floresta.
D) os mecanismos climatológicos devem ser considerados na avaliação dos riscos decorrentes
de ações como o desmatamento, as queimadas, a abertura de novas fronteiras agrícolas e a
liberação dos gases do efeito estufa.
E) a circulação atmosférica é dominada por massas de ar carregadas de umidade que,
encontrando a barreira natural formada pelos Andes, precipitam-se na encosta leste,
alimentando as bacias hidrográficas do país.
Comentários
Na Amazônia, predominam duas massas de ar, a MEA (Massa Equatorial Atlântica) e a MEC (Massa
Equatorial Continental). A MEC é quente e muito úmida, uma vez que 50% de sua umidade é
proveniente do processo de evapotranspiração da floresta amazônica. Essa massa de ar influencia a
Amazônia ocidental e no verão atinge o Centro-Oeste, o Sudeste e o Nordeste. Portanto, os
desmatamentos e as queimadas na Amazônia podem interferir na evapotranspiração e causar
diminuição do aporte de umidade que chega a várias porções do território nacional.
Gabarito: D
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1. (Ufg 2014)
Leia o texto a seguir.
Com uma população de quase 1.8 milhão de habitantes, a capital do estado, Manaus, hoje uma
das maiores capitais do país, é abastecida por águas superficiais (75%) provenientes do rio
Negro e por águas subterrâneas (25%) oriundas do aquífero Alter do Chão. Isto devido à
localização da estação de tratamento e das características da rede de distribuição, que não
suportam maiores pressões, inviabilizando o alcance da água em todos os bairros,
especialmente nas zonas Leste e Norte da cidade.
O aquífero Alter do Chão representa um dos maiores reservatórios de água subterrânea do
planeta. Apesar da abundância de recursos hídricos superficiais, em Manaus destaca- se o fato
da ocorrência expressiva de abastecimento por águas subterrâneas, advindas desse aquífero,
causando o seu rebaixamento em determinados locais da cidade. No bairro Jorge Teixeira, por
exemplo, o nível das águas subterrâneas já foi rebaixado em mais de 100 metros, desde 1980,
quando tudo começou.
Revista Água e Meio Ambiente Subterrâneo. São Paulo, ano 3. n. 18, out./nov., 2010. p. 16-
22. (Adaptado).
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3. (Acafe 2015)
A água é um recurso renovável, porém limitado. O seu uso vem aumentando
consideravelmente, trazendo junto enorme preocupação. A cidade de São Paulo vem sentindo
neste segundo semestre a falta desse líquido precioso.
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4. (Ufrgs 2013)
Considere as seguintes afirmações sobre rios e bacias hidrográficas brasileiras.
I. O rio Amazonas é considerado um rio de planície, navegável e com baixo potencial
hidroelétrico.
II. Os rios Negro, Trombetas e Jari estão entre os maiores e mais importantes afluentes do
Amazonas, pela margem direita, e dispõem de grande potencial para gerar energia
hidroelétrica.
III. Os principais afluentes da Bacia Tocantins-Araguaia têm potencial hidroelétrico, formando
a maior bacia localizada totalmente em território brasileiro.
5. (Udesc 2011)
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), existem no Brasil oito Bacias
Hidrográficas.
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A) As bacias do Paraná e do Uruguai formam a Bacia Platina. Esta última drena somente 5% do
território nacional e seu potencial hidrelétrico instalado é pequeno e inexpressivo.
B) A Bacia do Rio São Francisco é a segunda maior bacia brasileira e seu rio principal é
totalmente navegável.
C) A maior bacia é a do rio Amazonas, que recebe afluentes dos dois lados e possui o maior
volume de água do planeta.
D) A Bacia do Rio Tocantins recebe seus dois principais afluentes: o Araguaia e o Tietê. Possui
a segunda maior usina do país, mas seu potencial hidrelétrico é o menor de todas as bacias
hidrográficas brasileiras.
E) A Bacia do Atlântico Norte/Nordeste é a terceira maior bacia hidrográfica do Brasil, seus rios
principais são o Madeira e o Juruá.
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7. (Ibmecsp)
"O estudo aponta que o animal (peixe-boi) deixa os lagos de várzea de Mamirauá, na planície
de inundação do rio Solimões, quando as águas começam a baixar. E se refugia durante o
período de seca nas águas pretas e mais profundas do lago Amanã. Com a chegada da enchente
o bicho viaja de volta aos lagos de origem."
Folha de São Paulo, 07 de setembro de 2008.
8. (Enem)
Em 2003, deu-se início às discussões do Plano Amazônia Sustentável, que rebatiza o Arco do
Desmatamento, uma extensa faixa que vai de Rondônia ao Maranhão, como Arco do
Povoamento Adensado, a fim de reconhecer as demandas da população que vive na região. A
Amazônia Ocidental, em contraste, é considerada nesse plano como uma área ainda
amplamente preservada, na qual se pretende encontrar alternativas para tirar mais renda da
floresta em pé do que por meio do desmatamento. O quadro apresenta as três macrorregiões
e três estratégias que constam do Plano.
Estratégias:
I. Pavimentação de rodovias para levar a soja até o rio Amazonas, por onde será escoada.
II. Apoio à produção de fármacos, extratos e couros vegetais.
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III. Orientação para a expansão do plantio de soja, atraindo os produtores para áreas já
desmatadas e atualmente abandonadas.
9. (Ufpr 2015)
O Brasil apresenta uma situação confortável, em termos globais, quanto aos recursos hídricos.
A disponibilidade hídrica per capita, determinada a partir de valores totalizados para o País,
indica uma situação satisfatória [...]. Entretanto, apesar desse aparente conforto, existe uma
distribuição espacial desigual dos recursos hídricos no território brasileiro. [...] O conhecimento
da distribuição espacial da precipitação e, consequentemente, o da oferta de água, é de
fundamental importância para determinar o balanço hídrico nas bacias brasileiras.
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o/index.hml., p.37. Acesso em 09 set. 2014
Sobre o uso, gestão e disponibilidade dos recursos hídricos no país, assinale a alternativa
INCORRETA.
A) A disponibilidade espacial dos recursos hídricos pode variar em função da sazonalidade, haja
vista a diferença da precipitação, segundo os meses do ano e as regiões brasileiras.
B) A região hidrográfica do rio São Francisco tem como característica os menores índices de
precipitação do Brasil, enquanto na região hidrográfica da Amazônia são observados os
maiores índices de precipitação.
C) Uma das características do sistema de abastecimento de água para consumo humano no
Brasil é a preponderância do uso dos mananciais superficiais.
D) Há uma forte relação entre cobertura vegetal e água, pois o desmatamento pode provocar
aumento do escoamento superficial e redução da infiltração, o que pode alterar o ciclo
hidrológico.
E) Os problemas de abastecimento de água observados no Brasil são consequências de
alterações da sazonalidade das chuvas causadas pelas mudanças climáticas globais, e do
aumento da demanda.
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que alimentam as represas, garantindo mais água e melhor qualidade em tempos de escassez
hídrica.
http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,reflorestar-area-ampliaria-reserva-de-agua-
em-sp,156046
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D) O país é rico em rios, de drenagem endorreica, a maioria perene, porém alguns rios são
temporários. Estes estão, em sua maioria, compondo as bacias hidrográficas da região
Nordeste do Brasil.
E) O tratamento dos rios poluídos se dá também por conta do desperdício de água, pois se esse
recurso fosse utilizado de modo controlado não haveria essa necessidade, pois o ciclo da água
naturalmente elimina as impurezas.
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I. Assim como os rios, também as reservas de água subterrânea correm o risco de serem
contaminadas pela ação humana.
II. Em alguns estados do Centro-Sul, boa parte da água subterrânea abastece hospitais,
condomínios residenciais e plantas industriais.
III. O gerenciamento efetivo das bacias hidrográficas brasileiras pode auxiliar na gestão dos
recursos hídricos.
IV. A formação dos aquíferos se dá nos Escudos Cristalinos de rochas ígneas do Centro-Sul e
Norte do Brasil.
Apesar de esse número significar uma redução de 45% em relação ao ano anterior, o
desmatamento ainda origina diversos prejuízos socioambientais à Floresta Amazônica,
causando:
A) diminuição da fertilidade dos solos, comprometendo a potencialidade agrícola.
B) aumento da poluição do ar, provocando chuvas ácidas que impedem o desenvolvimento da
agricultura.
C) diminuição da fauna, prejudicando as atividades turísticas.
D) aumento da erosão eólica, comprometendo o calendário agrícola tradicional das
populações.
E) diminuição dos níveis fluviais, alterando os usos e as apropriações econômicas dos rios.
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Oeste
Centro-
25,5 20,8 29,0 28,5 23,4
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20. (Uece)
"Paraíso perdido, eldorado... inferno verde... As imagens extremadas historicamente
construídas sobre a Amazônia se reproduzem hoje com novas feições e intensidade. O rápido
movimento de apropriação desse espaço imenso e rico, um dos últimos escassamente
povoados do planeta, e a maneira clara e brutal com que aí se desenvolvem os conflitos
intrínsecos à sociedade brasileira mobilizaram o debate nacional sobre a Amazônia envolvendo
uma forte carga simbólica".
Fonte: BECKER, Bertha. "Amazônia". 5a ed. São Paulo: Ática, 1997.
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21. (Pucpr)
Leia o texto abaixo:
"Do topo do monte Gishe, a 3200 metros, Marigeta B. Tsige, um velho sacerdote da Igreja
Ortodoxa, admira a mina d'água que, para muitos etíopes é a nascente de um dos grandes rios
da África, o Nilo Azul (...)
A água brota em pequenas lagoas cercadas por um denso matagal e campos de relva. Os
etíopes contemplam o cenário com respeito ancestral. Ao redor da fonte, moradores de aldeias
vizinhas esperam a vez de encher suas cabaças, garrafas, cantis e garrafões de plástico com as
águas sagradas da fonte do Nilo."
(MOVELL, V. Nilo Azul- As águas sagradas da Etiópia in "National Geographic" - Brasil,
dezembro de 2000.)
Os rios Nilo e Amazonas são temas de diversas pesquisas e palcos de muitas expedições desde
há séculos. Em torno deles paira uma dúvida e uma mística: quem é o mais extenso? Contudo,
é certo que ambos imperam, cada um ao seu modo, em seus respectivos continentes.
Na comparação entre os dois grandes rios, uma alternativa está correta. Assinale-a:
A) Enquanto o Amazonas flui em seu curso superior na direção sul-norte e depois muda seu
percurso para a direção do oriente, o Nilo tem praticamente todo o seu trajeto desenvolvido
na direção do norte.
B) O uso para abastecimento e irrigação de áreas agrícolas a centenas de quilômetros de
distância de seus leitos é a principal função econômica desses rios.
C) Esses dois rios, além de serem os mais extensos, são ainda os dois mais volumosos rios da
Terra, nutridos pelas chuvas torrenciais da região equatorial.
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D) O rio Amazonas e toda a sua bacia se localizam na porção norte da América do Sul, enquanto
o Nilo se encontra na porção ocidental do continente africano.
E) Ambos têm a maior parte de seu curso percorrido em terrenos elevados de cordilheiras e
com grandes desníveis, proporcionando muitas quedas d'água.
22. (Ufv)
O Brasil, devido à sua grande extensão territorial e à predominância de climas úmidos, tem
uma extensa rede hidrográfica. Sobre a hidrografia brasileira, assinale a afirmativa INCORRETA:
A) Todas as bacias hidrográficas são exorréicas, mesmo aquelas que têm rios que correm para
o interior.
B) As bacias hidrográficas brasileiras oferecem grande possibilidade de navegação e, em razão
disso, o transporte hidroviário é muito utilizado no país, apesar de seu alto custo.
C) Todos os rios brasileiros, com exceção do Amazonas, possuem regime pluvial. Uma pequena
quantidade de água do rio Amazonas provém do regime nival, caracterizando um regime misto.
D) Na maior parte do país os rios são perenes, contudo em áreas de clima semiárido existem
rios intermitentes.
E) Predominam rios de planalto, o que possibilita a produção de hidreletricidade.
23. (Pucsp)
Examine a tabela:
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C) Embora a Amazônia tenha 70% da água doce no país, o restante encontra-se num equilíbrio
relativo com seu quadro demográfico. Por exemplo: o Nordeste possui 5% da água doce, mas
sua população está entre as menores do país.
D) Apesar da grande disponibilidade de água na região Centro-Oeste, o índice de distribuição
de água encanada só se tornará mais elevado quando houver crescimento das atividades
agrícolas nessa região.
E) Diante da baixa densidade demográfica da Região Norte, não se justifica a baixa densidade
da rede de água tratada, já que redes de água canalizada são mais viáveis nessas condições.
24. (Ufpel)
Observe a figura a seguir.
Em 22 de março, comemora-se o dia mundial da água, data criada pela ONU em 1993, com o
objetivo de chamar a atenção para a escassez desse recurso, bem como para conscientizar as
pessoas sobre a necessidade de preservação e reaproveitamento da água de que dispomos
hoje.
Considere as alternativas adiante a respeito da água doce.
I. O aumento da população, o crescimento econômico não-sustentável e a agricultura irrigada
estão entre os principais fatores que ameaçam as fontes de água em todo o mundo.
II. O Brasil tem grande disponibilidade de água doce e, por essa razão, não enfrenta problemas
de abastecimento em nenhuma de suas metrópoles nacionais.
III. Os fertilizantes e agrotóxicos podem modificar as características dos "corpos de água",
gerando impactos em aquíferos, rios e mananciais.
IV. A impossibilidade da dessalinização de águas salgadas do planeta dificulta a solução de um
problema que, com custos pouco elevados, atenderia toda a demanda mundial.
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25. (Ufu)
Cerca de 2/3 da superfície terrestre são ocupados por água, assim distribuída: 97,5% são
salgadas e estão em oceanos e mares; 2,5% são doces e se encontram em geleiras ou regiões
subterrâneas de difícil acesso e apenas 0,007% é doce e se encontra em rios, lagos e atmosfera,
de fácil acesso ao consumo humano. A disponibilidade de água é vital para a humanidade,
porém, no final do século XX, mais de 250 milhões de pessoas no mundo sofriam com a
escassez crônica de água.
26. (Pucsp)
Observe:
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Podem-se esperar as seguintes consequências do desmatamento nas nascentes dos rios que
compõem a bacia do Xingu:
I - Os rios, inclusive o Xingu, serão assoreados devido ao aumento dos sedimentos que serão
carreados para seus leitos.
II - Na área do entorno do Parque Indígena, os rios sofrerão redução no nível d'água e na área
interna do Parque a água será recuperada.
III - Várias das nascentes dos rios situadas fora do Parque poderão secar, inviabilizando as novas
atividades agropecuárias que estão sendo ali praticadas.
IV - As atividades desenvolvidas pelos indígenas, como a pesca, não serão prejudicadas, pois
ocorrem no interior do Parque, que é área protegida.
27. (Unesp)
Níveis elevados de contaminação por mercúrio no solo, nas plantas, nas águas e nos peixes
ocorrem nas duas áreas brasileiras localizadas no mapa.
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28. (Fgv)
Assinale a alternativa que aponta, corretamente, uma dificuldade para o aproveitamento dos
rios da Bacia Amazônica, no que se refere à geração de energia elétrica.
A) A baixa declividade ao longo de seus cursos, que, ao serem represados, causam grande
impacto com o alagamento de grandes áreas florestadas.
B) A navegação, uma das principais formas de deslocamento na região amazônica, é limitada
em represas utilizadas para geração de energia elétrica.
C) A economia da região amazônica, baseada no extrativismo mineral, vegetal, na pecuária
extensiva e ainda a ausência de indústrias, não gera grande consumo de energia elétrica.
D) O clima Equatorial, predominante na região amazônica, apresenta uma estação seca no
inverno, que reduz a vazão dos rios e inviabiliza a produção de energia elétrica.
E) As entidades ambientalistas internacionais argumentam que as termoelétricas, que utilizam
carvão vegetal, causam menos impactos ambientais à Floresta Amazônica do que as
hidroelétricas.
29. (Fatec)
Observe o mapa.
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PROBLEMAS AMBIENTAIS
30. (Pucmg)
As hidrovias apresentam custos operacionais reduzidos, em comparação com outros modais,
mas sua utilização depende da regularidade, efetividade e confiabilidade. Assim, considerando
a polêmica dos inúmeros projetos de transposição das águas do rio São Francisco e o seu
conhecimento sobre a realidade desse rio, assinale a alternativa INCORRETA.
A) O rio encontra-se em estágio avançado de degradação hídrica e ambiental e não suporta
projetos expressivos de utilização e/ou transposição de suas águas sem um planejamento
efetivo de sua prévia recuperação.
B) O rio tem 70% de seu volume de água originado em Minas Gerais, exigindo que quaisquer
medidas levem em consideração esse espaço e o resgate de sua condição de rio da integração
nacional.
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31. (Pucmg)
Com base no esquema a seguir.
32. (Fgv)
Considere o mapa seguinte para assinalar a alternativa correta.
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33. (Unesp)
Assinale a alternativa que contém duas causas que prejudicam a navegação fluvial no Brasil.
A) A maior parte dos rios é de planalto e os rios de planícies situam-se longe das áreas mais
desenvolvidas.
B) Os rios não têm volume de água suficiente e as embarcações são muito deficitárias.
C) A rede de drenagem é endorrêica e os rios de planícies encontram-se fora das áreas mais
desenvolvidas.
D) O custo de transporte rodoviário é baixo e a expansão da rede ferroviária foi rápida.
E) A maioria dos rios é intermitente e as embarcações possuem pequeno calado.
34. (Unesp)
O mapa mostra a localização de uma grande usina hidrelétrica destinada a abastecer as regiões
Norte e Nordeste do Brasil. Assinalar a alternativa que contém, na seguinte ordem:
1 - o nome da hidrelétrica; 2 - o nome do rio em que se localiza.
A) 1 - Furnas; 2 - Grande.
B) 1 - Carajás; 2 - Tocantins.
C) 1 - Tocantins; 2 - Tucuruí.
D) 1 - Tucuruí; 2 - Araguaia.
E) 1 - Tucuruí; 2 - Tocantins.
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8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Muito bem, querido amigo concurseiro. Se chegou até aqui é um bom sinal: o de que tentou
praticar todos os exercícios. Não se esqueça da importância de ler a teoria completa e sempre
consultá-la. Não esqueça dos seus objetivos e dedique-se com toda a força para alcança-los. Sonhe
alto, pois “quem sente o impulso de voar, nunca mais se contentará em rastejar”. Te encontro na
nossa próxima aula.
Bons estudos, um grande abraço e foco no sucesso.
Até logo...
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