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Aluna: Maria Clara Fernandes Nunes

Turma: 20.2
Resenha sobre a medicalização do comportamento
Pela primeira vez na história nós temos uma epidemia de doenças mentais e que vem se
tornando absolutamente paralela ao aumento de medicamentos; E essa deterioração vem
se tornando um problema cada vez maior porque, no ramo da psiquiatria, os
medicamentos estão produzindo doentes... Ou seja, estamos procurando pessoas que se
adequem a medicamentos e não ao contrário...
A poucas décadas uma criança que não parava quieta em sala de aula, por exemplo, era
considerada levada ou até esperta... Hoje é comum que essa criança seja encaminhada
para um neurologista para tratar de uma hiperatividade e pode até ser que o tratamento
indicado inclua um medicamento modelador de comportamento...
Quando falamos desse assunto é de total importância analisarmos o contexto que nossas
crianças estão inseridas... E se queremos promover a saúde de uma criança (não tratar
doenças) temos que levar em conta que criança é essa... que família ela pertence... a
cidade onde vive... como é a casa dela... qual a classe social e cultura que a família está
inserida... que padrão de consumo eles tem... Temos que realizar um série de
questionamentos.
Dessa forma, quando falamos sobre a intervenção medicamentosa precisamos de um
participação familiar para discutir sobre as questões que são realmente importantes para
criança em sua fase de crescimento, tendo sempre um viés preventivo.
É indispensável para o tratamento, analisamos se temos realmente que levar em
consideração, dar antibióticos, anti-inflamatórios e etc, e se sim, nos momentos de real
necessidade... E será dessa maneira que conseguiremos abrir um “arco” de novas opções
e utilizar terapias alternativas reconhecidas, como a homeopatia, acupuntura, e o
trabalho de profissionais como psiconutricionistas, psicólogos, fonoaudiólogos e etc...
Métodos que não necessariamente utilizem da terapia medicamentosa.
Na formação dos profissionais de saúde, todos possuem uma influência enorme da
indústria farmacêutica; E sim, o medicamento é um elemento fundamental da relação
médico-paciente e do processo saúde-doença, mas ele nos tempos atuais tem se tornado
o único tipo de alternativa de cuidado... deixando de lado a ausculta, o olhar passivo que
os profissionais deveriam ter, o diálogo e as novas propostas de tratamentos
comportamentais questionadores da família, da cultura e da sociedade principalmente!!
Podemos discutir também o fato de que todo profissional e a sociedade em si, deveria
amadurecer a ideia e a pesquisa sobre a capacidade que o organismo humano tem de,
por si só, se restabelecer e até se fortalecer; E com a medicamentalização, essa
possibilidade de auto cura do organismo se esvai...
Qualquer terapia alternativa (que saia do padrões de medicamentalização
convencionais) trabalha como o olhar de favorecer a criança com a sua capacidade de
auto cura e recuperação natural da saúde em sua melhor fase de restabelecimento da
saúde, que é a infância... Nossas crianças são incrivelmente fortes, e não frágeis como
muitas vezes nós as enxergamos!! Sua energia vital é maior do que a de qualquer adulto
e sua capacidade de recuperação é muitas vezes surpreendente.
Quando a gente permite que uma criança saia de um quadro febril sem impor a ela
antibióticos na maioria das vezes desnecessariamente, e deixando que ela se recupere
por conta própria, ela pode, sem correr maiores riscos, evoluir sua autonomia de
recuperação.
O grande problema da sociedade atual nesse quesito é que ninguém percebeu que, o
mundo começou a decair a partir do momento que começamos a criar remédios pra
pessoas saudáveis e tratar emoções e sensações como ser fossem enfermidades...

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