Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
4ºano Pós-laboral
Universidade Licungo
Beira
2021
Maura Filomena Maurício
Olga Sérgio Afonso
Universidade Licungo
Beira
2021
3
Índice
RESUMO ................................................................................................................................................ 4
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 6
1.1. Objetivos ................................................................................................................................. 7
1.2. Metodologia ............................................................................................................................ 7
2. GESTÃO DE PRIORIDADES EM PROJETOS ............................................................................ 8
2.1. Conceito .................................................................................................................................. 8
2.2. Ranking de projetos (Matrizes de priorização) ....................................................................... 8
2.2.1. Matriz 4×4....................................................................................................................... 8
2.2.2. Matriz GUT ................................................................................................................... 12
2.2.3. Matriz BASICO ............................................................................................................ 13
2.2.4. Matriz RICE .................................................................................................................. 14
2.2.5. Outros critérios para priorização de projetos ................................................................ 14
2.3. Avaliação de projetos ............................................................................................................ 15
2.3.1. Período de payback. ...................................................................................................... 16
2.3.2. TIR (Taxa Interna de Retorno)...................................................................................... 17
3. CONCLUSÃO .............................................................................................................................. 20
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................. 21
4
RESUMO
Nos projetos corporativos atuais, a prática de priorização tem sido vista como fundamental na
organização das ações de uma determinada empresa. Ao tomar medidas para priorizar um
trabalho, é possível assumir uma atitude proativa em vez de reativa. Dessa forma, aumentar-
se-á a sua produtividade, cumprir-se-á os prazos e gerenciar-se-á melhor o tempo no trabalho.
Afinal, estamos diante da chamada “era das incertezas”, que é provocada por mudanças rápidas
e dinâmicas e que exige das empresas a capacidade de lidar com a imprevisibilidade,
descontinuidade e instabilidade em todos os setores de atividade. Neste contexto, as prioridades
têm representado importantes mecanismos de diferenciação, crescimento e organização das
empresas/projetos.
Abstract
In current corporate projects, the practice of prioritizing has been seen as fundamental in
organizing the actions of a given company. By taking steps to prioritize work, you can be
proactive rather than reactive. In this way, you will increase your productivity, meet deadlines
and better manage your time at work. After all, we are facing the so-called “era of
uncertainties”, which is caused by rapid and dynamic changes and which requires companies
to be able to deal with unpredictability, discontinuity and instability in all sectors of activity.
In this context, priorities have represented important mechanisms of differentiation, growth
and organization of companies/projects.
1. INTRODUÇÃO
É de senso comum que algumas ações precisam ser realizadas antes que outras (é preciso um
procedimento/passos). Porém, é fato que grande parte das pessoas usa do intuitivo para definir
as prioridades dos projetos, o que geralmente pode suceder em resultados não muito bons ou
esperados.
Qualquer gestão de projetos precisa adotar um método (ou mais) para garantir que todas as
atividades sejam realizadas no tempo certo e com o esforço certo. Isso traz mais produtividade
para as equipas e lucros para empresas.
Além disso, a competição do mercado exige, cada vez mais, a excelência do produto ou serviço
junto a agilidade e preço.
Logo, apenas “entregar” o que o cliente pediu não é mais o suficiente. Uma marca precisa
impressionar para se destacar e, um dos pilares para alcançar resultados excelentes, é a
organização.
Normalmente a prioridade está relacionada a algo importante que ocorre em primeiro lugar em
relação aos demais, seja em questão de tempo ou de ordem.
Contudo, de seguida trouxemos procedimentos, ou, prioridades a seguir para um projeto bem-
sucedido.
7
1.1.Objetivos
Os objetivos deste projeto de monografia são apresentados a seguir, estes são divididos em
Objetivos Gerais e Objetivos Específicos.
1.2.Metodologia
Para a elaboração deste trabalho, usou-se método de pesquisa de dados e dedutivo, que partiu
do geral para o específico.
8
Segundo Andreia Silva (EUAX, 2014), Priorização de projetos é o processo pelo qual as
iniciativas são identificadas, analisadas e selecionadas. Portanto, trata-se de uma prática que
tem por objetivo criar um ranking de relevância dos projetos, através do estabelecimento de
critérios claros e compartilhados na organização. Isso ajuda a trazer visibilidade para o que
deve ser feito primeiro.
Priorizar os projetos de uma forma estruturada é importante para reduzir conflitos entre as
áreas. Uma vez que você trate com transparência a seleção dos projetos, comunicando os
critérios utilizados, é natural que o estresse e a ansiedade das pessoas sejam reduzidos.
Segundo Renata Freitas de Camargo (Treasy, 2018), a ferramenta para definição de prioridades
no trabalho é conhecida como Matriz de Priorização de Projetos ou Matriz de Priorização de
Processos. Basicamente, uma matriz de priorização é uma ferramenta que fornece uma maneira
de classificar um conjunto diversificado de itens em uma ordem de importância.
Matrizes são extremamente úteis para classificar projetos com base em critérios determinados
como urgente ou importante. Isso permite que um departamento veja com clareza quais
projetos devem ser focados primeiro e quais, se houver, podem ser colocados em espera ou
descontinuados.
Trata-se de uma matriz que considera dois critérios na priorização de projetos. Cada critério
deve receber uma pontuação de 1 a 4 e a combinação das pontuações entre os dois critérios vai
9
determinar qual ação deverá ser tomada sobre o projeto. Uma matriz 4×4 normalmente vai se
parecer com a figura abaixo:
Como pode se observar, cada um dos quadrantes possui uma ação diferente:
• Fazer agora: válido para os projetos que devem ser feitos imediatamente.
• Programar para fazer: válido para os projetos que são importantes, mas precisam de
um pouco mais de planejamento para serem realizados.
• Delegar ou fazer quando der: válido para os projetos que valem a pena ser feitos, mas
sobre os quais não há grande compromisso com o prazo.
• Ignorar: válido para os projetos que são tão irrelevantes que não vale a pena gastar
energia com eles.
Existem alguns critérios comuns na matriz 4X4, como custo-benefício, urgência e importância,
esforço e impacto etc. Contudo, algumas organizações podem definir critérios que sejam mais
direcionados para o modelo de gestão da organização.
O que destacamos é que, conforme o quadrante que a iniciativa se enquadrar, temos sugestões
de decisões a serem tomadas. Com isso, a seleção das iniciativas a serem atacadas se tornam
mais conscientes.
10
Matriz de custo-benefício
Leva em consideração quanto será investido no projeto e qual o retorno que o projeto irá trazer.
Esse retorno não precisa ser necessariamente financeiro. É importante considerar que:
• Projetos com o maior benefício e o menor custo devem ser feitos primeiro;
• Projetos que apresentam tanto benefício quanto custo altos devem ser programados para
fazer;
• Projetos que apresentam tanto benefício quanto custo baixos podem ser feitos quando
sobrar uma brecha na fila;
• Projetos que têm pouco benefício e custo alto não devem ser feitos, pois não há como
justificar o investimento. Caso esse tipo de projeto seja feito, ele provavelmente será
candidato à suspensão em determinado momento da gestão das demandas.
11
Leva em consideração quanto tempo há para executar o projeto e qual o impacto que o projeto
vai gerar na organização. Ao analisar a urgência você precisa se perguntar se o projeto requer
ação imediata e se há alguma ação de contorno para o problema enquanto o projeto não é
executado. Já ao analisar o impacto você precisa se perguntar se o projeto é relevante, se ele
pode afetar o facturamento e se ele está relacionado com a perda de clientes.
Considera quanto de energia será gasto no projeto e qual o efeito que o projeto vai gerar na
organização. É importante considerar que:
• Projetos que geram alto impacto e exigem pouco esforço devem ser feitos primeiro;
• Projetos que geram alto impacto e exigem muito esforço devem ser planejados;
• Projetos que trazem pouco impacto e exigem pouco esforço devem ser feitos na medida
do possível;
• Projetos que trazem pouco impacto e exigem muito esforço devem ser ignorados.
Para calcular a GUT é muito simples: basta atribuir uma nota de 1 a 5 para cada um dos critérios
de cada projeto e, no fim, multiplicar esses números para obter um score, que será utilizado
para tranquear os projetos. Então, um projeto que recebeu nota 4 para gravidade, nota 3 para
urgência e nota 5 para tendência terá um score de 60 pontos. Lembrando que na GUT a
pontuação mínima é de 1 ponto e a pontuação máxima é de 125 pontos.
A matriz BASICO é uma ferramenta de priorização de projetos que considera seis critérios na
seleção das iniciativas. São eles:
Após atribuir uma nota de 1 a 5 para cada um dos seis critérios de cada iniciativa, é preciso
somar essas notas. O resultado da soma equivale ao score do projeto, que servirá como base
para determinar a sua posição no ranking dos projetos.
Por exemplo: se um projeto recebe nota 5 para benefício, nota 2 para abrangência, nota 4 para
satisfação do cliente interno, nota 5 para investimento, nota 1 para satisfação do cliente externo
e nota 3 para operacionalidade, seu score é de 20 pontos. Ao final, é possível fazer um ranking
dessas demandas, gerando uma lista de projetos priorizados.
A matriz RICE é a mais complexa dessa lista. Ela leva em consideração quatro critérios: Reach,
Impact, Confidence e Effort.
Então, por exemplo, se um projeto vai impactar 150 pessoas, possui um grau de impacto médio,
um nível de confiança médio e um tempo de execução de 6 meses, o cálculo do RICE ficaria
assim:
150 ∗ 1 ∗ 80
𝑅𝐼𝐶𝐸 =
100 ∗ 6
𝑅𝐼𝐶𝐸 = 720
Após aplicar esse cálculo para todos os projetos, basta montar o ranking de iniciativas para
gerar a lista de projetos priorizados.
Utilizar ferramentas de priorização de projetos certamente trará mais clareza na hora de decidir
quais projetos deverão ser feitos (e em qual momento) e quais serão descartados. Mas, não
basta apenas montar o ranking e sair executando a lista de iniciativas. Em algumas situações,
15
como quando já estamos com todos os recursos alocados, é preciso olhar para outros critérios
fora dessas matrizes. Alguns exemplos desses critérios são:
• Obrigatoriedade legal: projetos que são exigidos por uma lei ou por uma política interna
da organização precisam receber pontuação máxima ou mínima, sem meio-termo.
• Alinhamento estratégico: projetos que ajudam a executar o planejamento estratégico da
organização precisam receber mais pontos na priorização de projetos.
• Probabilidade de sucesso: quanto menor a quantidade de riscos de um projeto, maior a
pontuação que ele deve receber e vice-versa.
• Prazo para gerar resultados: projetos que trazem mais resultados rapidamente devem
passar na frente de projetos que demoram a trazer resultados.
• Situação do projeto: quanto maior o percentual de realização do projeto, maior é o peso
dele na priorização de projetos.
O método consiste no cálculo do período necessário para a empresa recuperar, por intermédio
da geração de fluxos de caixa, o investimento feito no projeto.
Nesse método, você deverá estimar o fluxo de caixa líquido de sua empresa para cálculo do
payback.
Exemplo:
Projeto A
Investimento 500.000,00
Fluxos de Caixa
Projeto B
Investimentos 500.000,00
Fluxos de caixa
No presente caso, a preferência seria para o projeto B, que apresenta o menor período para
recuperação do investimento efetuado.
Para apuração do fluxo de caixa, previu-se o saldo gerado (receitas – despesas), o que
chamamos de entradas de caixa.
Exemplo:
18
Exemplo:
Exemplo:
Para ilustrar a utilização dos vários métodos de análise de investimento, usaremos o seguinte
projeto de investimento que designaremos por P:
0 -100.000,00
3. CONCLUSÃO
Saber como estabelecer prioridades no trabalho é uma preocupação natural de todos nós, afinal,
temos que fazer malabarismos para dar conta de tudo. O mesmo acontece na hora de trabalhar
com priorização de projetos ou processos, já que em tempos de mão de obra reduzida e cortes
de gastos é preciso avaliar bem os impactos e a importância de cada ação.
O presente seminário propôs uma estrutura conceitual para a gestão de prioridades em projetos.
Conforme identificado na literatura, a complexidade do desafio da priorização, seu caráter
multidimensional e o atual estágio do tema sugerem a execução de trabalhos que integrem
conhecimentos de diversas áreas (de Economia e Gestão em particular) em modelos cada vez
mais sistêmicos. Buscou-se caminhar nesta direção, com especial atenção à união de
abordagens que tratam mesmo da gestão de prioridade em projetos com pesquisas ligadas à
estrutura organizacionais.
Para terminar, esperamos que os resultados das pesquisas apresentadas neste seminário sejam
úteis para as expetativas. É vital que os modelos construídos para a gestão das prioridades em
projetos sejam postos à prova e avaliados à luz da realidade empresarial.
21
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Silva, Antonio Joaquim da. Gestão de Projetos, Maycon Cim. - Florianópolis: SENAI/SC,
2012.
https://www.euax.com.br/2014/09/priorizacao-selecao-projetos-portfolio/#ferramentas-para-
priorizacao-de-projetos
https://rockcontent.com/br/blog/priorizacao-de-projetos/
https://www.treasy.com.br/blog/metodos-de-priorizacao/
https://www.crescabrasil.com.br/pessoas/10540/material/Como%20elaborar%20e%20gerenci
ar%20projetos%20diagrama%C3%A7%C3%A3o.pdf