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Colégio

Zampieri

Sociologia Brasileira – Contexto Histórico II

Nome: Ana Caroline


Nome: Kauã Silva Chagas
Nome: Mayara Reis
Nome: Vinícius Oliveira
Nome: Ingrid Magalhães

São Paulo – SP
2021
INDÍCE
Introdução Página 1
Décadas de 1920-1930 Página 2
Décadas de 1940-1960 Página 3
Décadas de 1960-1980 Página 4-5
Da Década de 1980 à Atualidade Página 5
Conclusão Página 6, 7 e 8
Bibliografia Página 9
INTRODUÇÃO
A Sociologia no Brasil, teve seu início a partir das décadas de
1920 e 1930. Os sociólogos da área disseram que iriam se dedicar a realizar
pesquisas que procuravam construir uma compreensão a respeito da formação
da sociedade brasileira.
Os principais temas analisados pelos sociólogos dessa época
foram:
 A escravatura e abolição;
 Índios e negros, bem como o êxodo dessas
populações;
 O processo de colonização.
A análise desses temas foi importante para que os estudiosos
da época compreendessem como a sociedade brasileira se eu início. Para
entender a relação entre trabalho, a consciência, a cidadania e a formação da
sociedade.

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Décadas de 1920-1930
Entre as décadas de 1920 e 1930 nasceu a sociologia
brasileira, que ganhou mais força após a criação da USP em 1934. Os
sociólogos em seus primeiros momentos de estudos buscaram entender a
formação da sociedade brasileira, a influência desta formação no
funcionamento da sociedade da época e, além de tudo, a formação do próprio
Brasil.

Os autores buscavam perceber a forma de pensar do


brasileiro como descendente de portugueses que carregava em si um modelo
social e religioso europeu. Os principais autores dessa época foram:

 Francisco José de Oliveira Vianna (1883-1951)


 Caio Prado Junior (1907-1990)
 Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982)
 Gilberto Freyre (1900-1987)

São exemplos de autores em que se preocuparam a entender


e compreender como o Brasil se formou quanto à sua população e as
influências que recaíram sobre os brasileiros.

Francisco José de Oliveira nascido em Saquarema, Niterói,


em 1883, estudou direito na UFRJ. Sua obra, além de relacionada ao Direito,
está baseada na questão racial no Brasil. Foi contrário à imigração de algumas
etnias no Brasil. Dizia que somente alguns grupos de imigrantes viessem para
o país, na intenção de embranquecer a população.

Foi um dos mais influentes pensadores da década de 1920 e


1930, suas teorias racialistas ainda eram dominantes na sociedade brasileira.

Suas obras de maior destaque foram:

 Populações Meridionais do Brasil (1918)


 Evolução do povo brasileiro (1923)

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A revista Sociologia, da Escola Livre de Sociologia e Política (criada em 1939 e
publicada até 1981), foi um exemplo da produção sociológica da época.

Décadas de 1940 a 1960


O pensamento sociológico brasileiro da década de 40,
enquanto forma de pensar a realidade social do nosso país e de desenvolver
uma consciência crítica sobre ela, ganhou uma importância muito grande a
partir de diversos temas relevantes como, por exemplo, as desigualdades
sociais, os regionalismos, as políticas indigenistas, tradições, preconceito,
mobilidade social e assim por diante.

As principais contribuições de três grandes sociólogos desta


época, foram eles:

 Octavio Ianni (1906-2004)


 Florestan Fernandes (1920-1995)
 Darcy Ribeiro (1922-1997)

Nesse período, a Sociologia passou a fazer parte obrigatória


do currículo de vários cursos universitários.

A pesquisa social, nesse período, tratou de questões


relacionadas à teoria de método em Ciências Sociais, folclore, mobilidade
social, literatura e arte e, destacadamente, o tema das relações étnico-raciais
envolvendo a questão dos afrodescendentes no Brasil.

Nesse período Florestan Fernandes se destaca como mentor


de uma “tradição” em Sociologia tornando-se fundador e principal
representante da sociologia crítica no Brasil. Esse pensador buscou, sob a luz
da teoria crítica, refletir a respeito da desigualdade social e suas casualidades.

Assim, em suas publicações, palestrar e cursos desenvolveu e


aprofundou uma reflexão a respeito dos problemas brasileiros – enormes
desigualdades sociais, econômicas, políticas e culturais.

Ele é considerado um dos maiores sociólogos brasileiros. Ele


é, segunda a número 11.325, de 24 de julho de 2006, patrono da Sociologia
brasileira.

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Décadas de 1960-1980

Os movimentos sociais no Brasil passaram a intensificar-se a


partir da década de 70, com fortes movimentos de oposição ao regime militar
que então se encontrava em vigência, mantendo uma luta social e uma forte
resistência, como afirma Lise Scherer-Warren: “o movimento social mais
significativo pós-golpe militar de 1964 foi o de resistência à ditadura e ao
autoritarismo estatal”.

A população Brasileira se manteve forte para com a ditadura


que havia no país e dentro desse contexto ditatorial foi prevalecida a força e a
organização dos movimentos estudantis e da classe operária em seus
sindicatos, comunidades eclesiais de base e pastorais, que ganhou força com a
participação dos demais setores da sociedade que sofriam as consequências
desta forma de governo.

O período da Ditadura Militar no Brasil provocou um


tempo propício para a efervescência dos movimentos sociais uma vez que,
dentro das Universidades, as inserções e consolidação dos cursos de Ciências
Sociais com a reforma pedagógica dos cursos propiciaram um pensamento
mais crítico frente à interpretação de nossa realidade.

Os estudantes, com um entendimento da situação junto a


indignação dos demais indivíduos que não aceitavam esse modelo de governo
ditatorial, formaram uma massa de combate organizada. Sobre o papel dos
movimentos sociais neste contexto, Gohn pondera o quanto é inegável “que os
movimentos sociais dos anos 1970/1980, no Brasil, contribuíram
decisivamente, via demandas e pressões organizadas, para a conquista de
vários direitos sociais, que foram inscritos em leis na nova Constituição Federal
de 1988”.

O movimento de oposição e contestação ao regime militar


tinha um propósito claro: defesa dos valores do Estado democrático e crítica a
toda forma de autoritarismo estatal.

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A resposta do governo militar foi sempre dura no
sentido de reprimir tais manifestações, com violência, tortura, e alcançou seu
auge com o famoso AI-5 (Ato Institucional número 5), que vigorou de 1968 a
1979.

Um bom exemplo de organização e luta podemos encontrar


através do movimento indígena no século XX na luta pelos seus direitos e
reconhecimento de seus valores, cultura e tradição.

Da década de 1980 à Atualidade

Nesse período, os estudos sociológicos se ampliaram em


relação à sua área de estudo e, ao mesmo tempo tornaram-se mais específicos
na sua forma abordando temas como violência, gênero e sexualidade, corpo e
saúde, indústria cultural, região, consumo, a questão ambiental, globalização
etc.

Desde o fim da ditadura miliar, ampliaram-se os cursos dentro


da área das Ciências Sociais, em particular a Sociologia.

A Sociologia que havia surgido em São Paulo e Rio de Janeiro


se expande em todo o território nacional. Nomes como Roberto DaMatta
figuram como expoentes desse período. Ainda que tenha publicado um dosa
seus mais importantes livros em 1979, sua pesquisa e obra se desenvolvem
entre 1980 e a atualidade. Segundo um levantamento feito pela Universidade
de Campinas (Unicamp), DaMatta é o cientista mais citado em trabalhos
acadêmicos no país.

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Conclusão

De forma geral, a sociologia tem como seus principais objetos


de estudo temas relacionados às classes trabalhadoras e às enormes
diferenças entre burguesia e proletariado, nascidas após a Revolução
Industrial. A sociologia como um todo, estuda também temas ligados às
relações e conflitos sociais, crises ligadas ao trabalho urbano e rural, à
informação, às artes, à cultura de massa e todos os acontecimentos que, de
alguma maneira, podem afetar a vida em sociedade e a construção de relações
sociais.

No início do século XX tanto a sociologia brasileira quanto os


estudos desenvolvidos no restante da América Latina estavam ligados à
sociologia marxista. As relações identificadas por Marx foram, em grande parte,
fundamentais para o entendimento das relações trabalhistas que em toda a
América Latina são marcadas pela desigualdade.

Com o passar dos anos, e principalmente após a fundação da


Universidade de São Paulo, a USP, em 1934 e a criação do curso de Ciências
Sociais, a sociologia brasileira foi marcada pela influência dos docentes e
pensadores franceses, e os sociólogos brasileiros voltaram o foco de seus
estudos para a formação do Brasil, os conflitos econômicos, de raça e classe.

Surgimento da Sociologia Brasileira

Entre as décadas de 1920 e 1930 nasceu a sociologia


brasileira, que ganhou força após a criação da USP em 1934. Os sociólogos
precursores, em seus primeiros estudos buscaram compreender a formação da
sociedade brasileira, a influência desta formação no funcionamento da
sociedade da época e, além de tudo, a formação do próprio Brasil - questões

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ligadas ao longo período de escravidão e a participação de negros e indígenas
na formação social do país.

A primeira geração de pensadores e sociólogos brasileiros,


que produziu entre as décadas de 1920 e 1930, buscou entender a formação
do Brasil, a economia de exploração e voltada para a produção de produtos
agrícolas e pecuários destinados ao mercado externo, o longo período de
escravidão, a abolição e os desdobramentos sociais surgidos com a assinatura
da lei Áurea, que pôs fim a escravidão no país.

Nas décadas de 1950 e 1960, os principais temas das


pesquisas sociológicas estavam ligados ao trabalho no campo e nas indústrias,
as relações de desigualdade e exploração nas relações de trabalhistas, a
dependência econômica do mercado externo, a reforma agrária e o
fortalecimento de movimentos sociais.

Entre os anos de 1964 e 1985, período da ditadura militar, as


pesquisas diminuíram, diante do medo e perseguições empreendidas pelos
militares contra sociólogos e estudantes das demais ciências sociais. No
período de 1985 em diante, as pesquisas diversificaram-se e os sociólogos
estudaram desde as relações de trabalho ao surgimento de ideias neoliberais,
e deram grande destaque aos grupos esquecidos durante os períodos
anteriores. As relações entre os seres sociais, a tecnologia e as novas relações
de trabalho também tiveram destaque no período pós redemocratização.

Principais Autores

Na geração dos pioneiros que estudaram a formação do Brasil


e as relações de raça e classe, merecem destaque:

Florestan Fernandes (1920-1995) - Dedicou-se a


fundamentação da sociologia enquanto ciência, realizou importantes pesquisas
sobre o processo de industrialização brasileiro e a relação com mudanças
sociais no Brasil.

Darcy Ribeiro (1922 -1997) - Darcy Ribeiro autor da obra O


povo brasileiro, analisa a formação da sociedade brasileira e de suas formas de

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organização. Têm um trabalho de destaque voltado para o estudo dos povos
indígenas.

Gilberto Freyre (1900-1987) - Autor da obra Casa Grande e


Senzala, Freyre analisa a formação da sociedade brasileira a partir das
relações entre senhor e escravo a partir do mito da democracia racial brasileira.
A noção de uma escravidão menos segregadora que a estadunidense e a
suavização das práticas violentas adotadas pelos senhores contra os escravos
fazem com que o livro de Freyre seja alvo de diversas e duras críticas.

Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982) - Na obra Raízes do


Brasil, Sérgio Buarque analisa a cultura brasileira e os principais aspectos da
formação da sociedade, além de analisar as relações e trocas culturais que se
estabeleceram entre metrópole e colônia.

Caio Prado Jr. (1907-1990) - Na obra Formação do Brasil


Contemporâneo, Caio Prado pensa a formação da sociedade e do próprio
Brasil desde a chegada dos portugueses, o livro destaca inclusive os aspectos
econômicos da formação do país

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Bibliografia

https://beduka.com/blog/materias/sociologia/a-sociologia-no-brasil/#:~:text=A
%20Sociologia%20no%20Brasil%2C%20ou,da%20formação%20da
%20sociedade%20brasileira.

https://querobolsa.com.br/enem/sociologia/sociologia-no-brasil

http://www.sociologia.com.br/sociologia-no-brasil/

https://descomplica.com.br/d/vs/aula/sociologia-no-brasil-dec-40/

https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/sociologia-bibliografia.htm

https://www.sabedoriapolitica.com.br/products/breve-historia-dos-movimentos-
sociais-no-brasil/

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