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Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo

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Gestão 2012-2013

Autoestudo A reprodução total ou parcial,


bem como a reprodução de
apostilas a partir desta obra
intelectual, de qualquer forma
ou por qualquer meio eletrônico
ou mecânico, inclusive através
de processos xerográficos, de
fotocópias e de gravação,
ITG 1000 somente poderá ocorrer com a
permissão expressa do seu
Autor (Lei n. 9610)

Modelo Simplificado TODOS OS DIREITOS


RESERVADOS:
É PROIBIDA A REPRODUÇÃO
TOTAL OU PARCIAL DESTA
para Microempresas APOSTILA, DE QUALQUER
FORMA OU POR QUALQUER
MEIO.
CÓDIGO PENAL BRASILEIRO
e Empresas de ARTIGO 184.

Pequeno Porte
2013

Acesso gratuito pelo portal do CRC SP www.crcsp.org.br


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O que é EMPRESA?
O que é EMPRESÁRIO?
O que é ADMINISTRADOR?
O que é CONTABILIDADE?
O que são RELATÓRIOS CONTÁBEIS?
O que são RELATÓRIOS GERENCIAIS?
Quem são os USUÁRIOS DA CONTABILIDADE?
O que são DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS?
O que são DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS?
Quem são os USUÁRIOS DAS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS?
1

O que é EMPRESA?

Definição: qualquer atividade organizada para a


produção e circulação de bens e serviços.

A empresa é uma atividade que poderá ser


realizada por um empresário individual (pessoa
física) ou por uma sociedade empresária
(pessoa jurídica).

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O que é EMPRESÁRIO?

Código Civil Brasileiro Artigo 966:


Considera-se empresário quem exerce profissionalmente
atividade econômica organizada para a produção ou a
circulação de bens ou de serviços.

• Empresário individual (pessoa física) ou


• Sociedade empresária (pessoa jurídica).

Os sócios da sociedade empresária não são empresários,


são empreendedores ou investidores. Empresária é a
sociedade.
3

O que é ADMINISTRADOR?

Responsável pela Administração da empresa.

Administrador é o individuo responsável pela atuação da


empresa, aquele que pratica os atos fundamentais para
que ela se desenvolva e consiga realizar o objeto social.

Administrador pode ser sócio ou não sócio.

ADMINISTRAÇÃO X PROPRIEDADE

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O QUE É CONTABILIDADE?

Contabilidade é a CIÊNCIA SOCIAL APLICADA que tem como objeto de estudo


o patrimônio das entidades.

Fato Contábil → Ato administrativo, mensurável


economicamente, que altera o patrimônio da entidade em Regime de Competência
Lançamento Contábil → Partidas dobradas
Registro Contábil → Diário Geral
Relatórios Contábeis → Resumo dos Fatos Contábeis

CFC – Conselho Federal de Contabilidade


NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE
ITG 2000 – ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL

O QUE SÃO RELATÓRIOS CONTÁBEIS?


Relatórios contábeis são a exposição resumida e ordenada de dados
colhidos e escriturados pela Contabilidade.
Objetivam relatar aos usuários da contabilidade, os principais fatos
registrados em um determinado período.
São estruturados e elaborados de acordo com a necessidade de
informação da administração. Exemplos:

• Diário Geral
• Razão Geral
• Balancetes
• Balanço Patrimonial
• Demonstração do Resultado
• Demonstração dos Fluxos de Caixa
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O QUE SÃO RELATÓRIOS GERENCIAIS?


Documentos elaborados a partir da transformação dos dados
constantes nos relatórios contábeis combinados com informações
operacionais e não contábeis, de forma estruturada, em informações
úteis para a tomada de decisões. Exemplos:

• Custo por produto


• Lucro bruto por produto
• Comparativo mensal de despesas
• Comparativo de dados orçados e dados realizados
• Receita por produto
• Indicadores de liquidez
• Indicadores de rentabilidade
• Indicadores de lucratividade
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USUÁRIOS DA CONTABILIDADE
DECISÃO
ADMINISTRADOR RELATÓRIOS CONTÁBEIS
E GERENCIAIS
Responsável pela
gestão dos recursos

DECISÃO E
CONTROLE CONTABILIDADE
CLASSIFICAÇÃO E REGISTRO

CONTROLE
ORGANIZAÇÃO INFORMAÇÃO

INDUSTRIAL COMERCIAL FINANCEIRO ADMINISTRATIVO


OPERAÇÕES OPERAÇÕES OPERAÇÕES OPERAÇÕES

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DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
São uma representação da posição patrimonial e financeira e do desempenho da
entidade, em determinada data, elaborada a partir dos Relatórios Contábeis.
São estruturadas de acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade.

• Balanço Patrimonial ao final do período;


• Demonstração do Resultado do período;
• Demonstração do Resultado Abrangente do período;
• Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido do período;
• Demonstração dos Fluxos de Caixa do período;
• Demonstração do Valor Adicionado do período
• Notas Explicativas demonstrando a composição dos saldos constantes nas
demonstrações contábeis e outras informações extraídas da contabilidade
consideradas necessárias para a adequada interpretação das demonstrações
contábeis
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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
RELATÓRIO CONTÁBIL FINANCEIRO
Conjunto de informações contábeis e não contábeis, estruturado de acordo com
as Normas Brasileiras de Contabilidade representando o documento por meio do
qual a Administração da entidade presta contas aos proprietários, investidores e
financiadores da entidade.

Compostas de todas Demonstrações Contábeis complementadas por Notas


Explicativas contendo informações não extraídas da contabilidade, mas
consideradas úteis para o perfeito entendimento da posição patrimonial e financeira
e desempenho da entidade.

Exemplos:

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
NOTAS EXPLICATIVAS COM INFORMAÇÕES NÃO
CONTÁBEIS:
Informações Gerais sobre a entidade
 Aprovação das Demonstrações Financeiras
Principais Políticas Contábeis
Principais Julgamentos Contábeis
Fontes de Incertezas nas Estimativas
Informação por segmentos de negócios
Classificação e Gerenciamento de riscos sobre instrumentos financeiros
Custos, prazos e garantias de empréstimos e financiamentos
Contratos de Arrendamento Operacional e Financeiro
Passivos Contingentes e Ativos Contingentes
Eventos Subsequentes
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USUÁRIOS DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As demonstrações financeiras para fins gerais


são dirigidas às necessidades comuns de
usuários externos à entidade:

Sócios, acionistas e empresários


Credores e o público em geral.

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Empreendedores / Investidores: Sócios (Ltda), Acionistas (SA) e Empresários (EIRL)


Fornecedores, Clientes, Financiadores, Reguladores, Governo, Sociedade
Recursos

EMPRESA Demonstrações Financeiras


Gestão de Recursos ITG 1000
Obrigações acessórias

Prestação de
ADMINISTRADOR
contas
Relatórios contábeis e
gerenciais

ORGANOGRAMA Demonstrações
Comerciais Contábeis
Produtivas CONTABILIDADE
Financeiras ITG 2000 ITG 1000
Administrativas
OPERAÇÕES

Informação
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Código Civil Brasileiro - Lei 10.406/2002:

Seção III
Da Administração

Art. 1.020. Os administradores são obrigados a prestar aos sócios


contas justificadas de sua administração, e apresentar-lhes o
inventário anualmente, bem como o balanço patrimonial e o de
resultado econômico.

Art. 1.065. Ao término de cada exercício social, proceder-se-á à


elaboração do inventário, do balanço patrimonial e do balanço de
resultado econômico.

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Código Civil Brasileiro - Lei 10.406/2002:

Art. 1.179. O empresário e a sociedade


empresária são obrigados a seguir um sistema
de contabilidade, mecanizado ou não, com base
na escrituração uniforme de seus livros, em
correspondência com a documentação
respectiva, e
a levantar anualmente o balanço patrimonial e o
de resultado econômico.
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CFC – Conselho Federal de Contabilidade


NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE
ITG 2000 – ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL

Objetivo
Estabelece critérios e procedimentos a serem adotados pela
entidade para a escrituração contábil de seus fatos
patrimoniais, por meio de qualquer processo, bem como a
guarda e a manutenção da documentação e de arquivos
contábeis e a responsabilidade do profissional da
contabilidade.

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ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL
A escrituração contábil, além de registrar os fatos e permitir o controle e a tomada de decisões pela
administração, também serve de base para:

1. Elaborar as demonstrações contábeis;


2. Distribuir lucros;
3. Não pagar imposto de renda se apurar prejuízo fiscal;
4. Compensar prejuízos contábeis e fiscais;
5. Comprovar, em juízo, fatos cujas provas dependam de perícia contábil;
6. Contestar reclamações trabalhistas, quando as provas a serem apresentadas dependam de
perícia contábil;
7. Provar, em juízo, sua situação patrimonial, em questões que possam existir com herdeiros e
sucessores do sócio falecido;
8. Requerer recuperação judicial, por insolvência financeira;
9. Evitar que sejam consideradas fraudulentas as próprias falências, sujeitando-se seus sócios a
penalidades da Lei;
10. Provar, a sócios que se retiram da sociedade, a verdadeira situação patrimonial da empresa, para
fins de restituição de capital ou venda de participação societária; e
11. Comprovar a legitimidade dos créditos, em caso de impugnação de habilitações feitas em
recuperação judicial ou falência de devedores.

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Responsabilidade do contador

Profissional: CFC - Lei 12.249/10 Art. 76. Os arts. 2o,


6o, 12, 21, 22, 23 e 27 do Decreto-Lei no 9.295/46

Civil: Código Civil – Art. 1.177, trata da


responsabilidade civil do contador

Criminal: Código Penal, Lei 8.137/90 (crimes fiscais)


Lei 11.101/2005 (Lei de Falências)
Lei 7.492 (crimes contra sistema financeiro).
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Total segregação entre


contabilidade e fisco
Não importa forma de tributação

Lucro Real, Presumido Simples


Nacional
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CONSELHO FEDERAL
DE CONTABILIDADE

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CPC - Comitê de Pronunciamentos Contábeis

 CPC emite Pronunciamentos, Interpretações e Orientações sempre em


convergência com as IFRS emitidas pelo IASB.

 CFC – Conselho Federal de Contabilidade homologa os


pronunciamentos do CPC por meio de Resolução aprovando a
respectiva NBC TG – Norma Brasileira de Contabilidade – Técnica
Geral. Cada CPC gera uma NBC TG com o mesmo número.

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CLASSIFICAÇÃO DAS EMPRESAS PARA FINS DE


ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS / FINANCEIRAS

 GRANDE PORTE E OU OBRIGAÇÃO PÚBLICA


DE PRESTAÇÃO DE CONTAS
 PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS - PME
– PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
– MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO
PORTE
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GRANDE PORTE E OU OBRIGAÇÃO PÚBLICA DE PRESTAÇÃO DE CONTAS

GRANDE PORTE: Lei 11638/07 - Art. 3 - Parágrafo único. Considera-se de grande porte:
ativo total superior a R$240 milhões ou receita bruta anual superior a R$300 milhões.

OBRIGAÇÃO PÚBLICA DE PRESTAÇÃO DE CONTAS


 companhias abertas – CVM
 as sociedades reguladas pelo Banco Central do Brasil, Susep, ANS, ANEEL, ANATEL, e outros
órgãos reguladores.

Contabilidade de acordo com:


 ITG 2000 – ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL

Demonstrações contábeis / financeiras de acordo com:


 Normas Brasileiras de Contabilidade – Técnica Geral
NBC TG 1 a 46 emitidas pelo CFC em consonância com os Pronunciamentos emitidos pelo CPC

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PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS – PME

 Ativo total inferior a R$240 milhões e receita bruta anual inferior a R$300 milhões (Lei
11638/07)
 não têm obrigação pública de prestação de contas (SA ou LTDA); e
 elaboram demonstrações financeiras para fins gerais para usuários externos:
– proprietários que não estão envolvidos na administração do negócio,
– credores existentes e potenciais

Contabilidade de acordo com:


 ITG 2000 – ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL

Demonstrações contábeis / financeiras de acordo com:


 NBC TG 1000 - Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas

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MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE

A sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de


responsabilidade limitada ou o empresário a que se refere o Art. 966 da Lei n.º
10.406/02, que tenha auferido, no ano calendário anterior, receita bruta anual até os limites
previstos nos incisos I e II do Art. 3º da Lei Complementar n.º 123/06:
I - microempresa, receita bruta anual igual ou inferior a R$ 360.000 e
II - empresa de pequeno porte receita bruta anual superior a R$ 360.000 e igual ou
inferior a R$ 3.600.000.

Contabilidade de acordo com:


• ITG 2000 – ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL

Demonstrações contábeis / financeiras de acordo com:


• ITG 1000 – Modelo Contábil para Microempresa e Empresa de Pequeno Porte.

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CONTABILIDADE DE TODAS EMPRESAS


CFC – Conselho Federal de Contabilidade

ITG 2000 – ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL


PRINCÍPIOS CONTÁBEIS
REGIME DE COMPETÊNCIA
PARTIDAS DOBRADAS
DIÁRIO GERAL
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DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS / FINANCEIRAS

Empresas de PME Pequenas e Micro e Empresas


Grande porte Médias Empresas de Pequeno Porte

NBC TG 1 a 46 NBC TG 1000 ITG 1000

Normas contábeis 35 seções Versão


completas Versão simplificada simplificada da
das normas completas NBC TG 1000
+ - 3.000 páginas + - 250 páginas + - 13 páginas

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ITG 1000
Modelo Contábil para
Microempresa e
Empresa de Pequeno
Porte.
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ITG 1000 – Modelo Contábil para Microempresa


e Empresa de Pequeno Porte.

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.418/12

Art. 1º Aprovar a ITG 1000 – Modelo Contábil para Microempresa e


Empresa de Pequeno Porte.

Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação,


aplicando-se aos exercícios iniciados a partir de 1º de janeiro de 2012.

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ITG 1000 – Modelo Contábil para Microempresa e Empresa de


Pequeno Porte.

1. Esta Interpretação estabelece critérios e procedimentos simplificados a serem observados


pelas entidades definidas e abrangidas pela NBC TG 1000 – Contabilidade para Pequenas e
Médias Empresas, que optarem pela adoção desta Interpretação, conforme estabelecido no
item 2.

2. Esta Interpretação é aplicável somente às entidades definidas como “Microempresa e


Empresa de Pequeno Porte”, conforme definido no item 3.

3. “Microempresa e Empresa de Pequeno Porte” a sociedade empresária, a sociedade


simples, a empresa individual de responsabilidade limitada ou o empresário receita bruta
anual até os limites previstos nos incisos I e II do Art. 3º da Lei Complementar n.º 123/06.
I – microempresa: receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000; e
II - empresa de pequeno porte: receita bruta superior a R$ 360.000 e inferior a R$ 3.600.000

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Escrituração
8. A escrituração contábil deve ser realizada com
observância aos Princípios de Contabilidade.

9. As receitas, as despesas e os custos do


período da entidade devem ser escriturados
contabilmente, de acordo com o regime de
competência.

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Escrituração
10. Os lançamentos contábeis no Livro Diário devem ser feitos
diariamente. É permitido, contudo, que os lançamentos sejam feitos ao
final de cada mês, ... em conformidade com a ITG 2000 – Escrituração
Contábil.

11. Para transações ou eventos materiais que não estejam cobertos por
esta Interpretação, a entidade deve utilizar como referência os
requisitos apropriados estabelecidos na ITG 2000 – Escrituração
Contábil e na NBC TG 1000 – Contabilidade para Pequenas e Médias
Empresas.

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Escrituração

12. Para salvaguardar a sua responsabilidade, o profissional da Contabilidade deve


obter Carta de Responsabilidade da administração da entidade para a qual presta
serviços, podendo, para tanto, seguir o modelo sugerido no Anexo 1 desta
Interpretação.

13. A Carta de Responsabilidade deve ser obtida conjuntamente com o contrato de


prestação de serviços contábeis de que trata a Resolução CFC n.º 987/03 e renovada ao
término de cada exercício social.

14. A Carta de Responsabilidade tem por objetivo salvaguardar o profissional da


Contabilidade no que se refere a sua responsabilidade pela realização da escrituração
contábil do período-base encerrado, segregando-a e distinguindo-a das
responsabilidades da administração da entidade, sobretudo no que se refere à
manutenção dos controles internos e ao acesso às informações.

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CARTA DE RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO

Local e data
À
EMPRESA DE SERVIÇOS CONTÁBEIS XYZ
CRC n.º XX:
Endereço:
Cidade e Estado CEP

Prezados Senhores:

Declaramos para os devidos fins, como administrador e responsável legal da empresa


<<EMPRESA ABC>>, CNPJ xxxxxxx, que as informações relativas ao período base
<<xx.xx.xx>>, fornecidas a Vossas Senhorias para escrituração e elaboração das
demonstrações contábeis, obrigações acessórias, apuração de impostos e arquivos
eletrônicos exigidos pela fiscalização federal, estadual, municipal, trabalhista e
previdenciária são fidedignas.

Segue...

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CARTA DE RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO

Também declaramos:
(a) que os controles internos adotados pela nossa empresa são de responsabilidade da
administração e estão adequados ao tipo de atividade e volume de transações;
(b) que não realizamos nenhum tipo de operação que possa ser considerada ilegal, frente
à legislação vigente;
(c) que todos os documentos que geramos e recebemos de nossos fornecedores estão
revestidos de total idoneidade;
(d) que os estoques registrados em conta própria foram por nós avaliados, contados e
levantados fisicamente e perfazem a realidade do período encerrado em 31 de dezembro
de 2012;
(e) que as informações registradas no sistema de gestão e controle interno, denominado
<<SAP, LOGIX, SEM, ETC>>, são controladas e validadas com documentação suporte
adequada, sendo de nossa inteira responsabilidade todo o conteúdo do banco de
dados e arquivos eletrônicos gerados. Segue...

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CARTA DE RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO

Além disso, declaramos que não temos conhecimento de quaisquer fatos ocorridos no
período base que possam afetar as demonstrações contábeis ou que as afetam até a data
desta carta ou, ainda, que possam afetar a continuidade das operações da empresa.

Também confirmamos que não houve:


(a) fraude envolvendo administração ou empregados em cargos de responsabilidade ou
confiança;
(b) fraude envolvendo terceiros que poderiam ter efeito material nas demonstrações
contábeis;
(c) violação ou possíveis violações de leis, normas ou regulamentos cujos efeitos
deveriam ser considerados para divulgação nas demonstrações contábeis, ou mesmo dar
origem ao registro de provisão para contingências passivas.

Atenciosamente,
.........................................
Administrador da Empresa ABC
Representante Legal

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Demonstrações contábeis
26. A entidade deve elaborar o Balanço Patrimonial, a Demonstração do Resultado e as
Notas Explicativas ao final de cada exercício social.

27. A elaboração do conjunto completo das Demonstrações Contábeis, incluindo além


das previstas no item 26, a Demonstração dos Fluxos de Caixa, a Demonstração do
Resultado Abrangente e a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, apesar de
não serem obrigatórias para as entidades alcançadas por esta Interpretação, é estimulada
pelo Conselho Federal de Contabilidade.

28. As Demonstrações Contábeis devem ser identificadas, no mínimo, com as seguintes


informações:
(a) a denominação da entidade;
(b) a data de encerramento do período de divulgação e o período coberto; e
(c) a apresentação dos valores do período encerrado na primeira coluna e na segunda,
dos valores do período anterior.

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Balanço Patrimonial

29. No Balanço Patrimonial, a entidade


deve classificar os ativos como Ativo
Circulante e Não Circulante e os
passivos como Passivo Circulante e
Não Circulante.
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BALANÇO PATRIMONIAL
em 31.12.x1 e 31.12.x0 - Expresso em R$

NE 31.12.X1 31.12.X0 NE 31.12.X1 31.12.X0


ATIVO PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO
CIRCULANTE CIRCULANTE
Caixa e Equivalentes de Caixa 4 1.200 980 Fornecedores 10 15.300 12.890
Contas a Receber 5 25.700 29.780 Empréstimos e Financiamentos 11 5.700 3.500
Estoques 6 37.900 35.930 Obrigações Fiscais 12 4.300 3.980
Outros Créditos 350 290 Obrigações Trabalhistas e Sociais 13 5.900 4.200
65.150 66.980 Contas a Pagar 14 1.750 1.360
Provisões 15 1.320 980
34.270 26.910
NÃO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE
Contas a Receber 7 3.200 2.600 Financiamentos 16 5.095 2.220
Investimentos 450 380
Imobilizado 8 38.600 25.700 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 17
Intangível 9 480 320 Capital Social 67.000 65.000
42.730 29.000 Reservas de Capital 1.320 1.250
Reservas de Lucros 320 480
Resultados Acumulados (125) 120
68.515 66.850

TOTAL 107.880 95.980 TOTAL 107.880 95.980

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Demonstração do Resultado
35. No mínimo, a Demonstração do Resultado deve incluir e evidenciar os
grupos de contas apresentados no Anexo 3 desta Interpretação.

36. Itens adicionais, nomes de grupos e subtotais devem ser apresentados no


Balanço Patrimonial ou na Demonstração do Resultado se forem relevantes e
materiais para a entidade.

37. As despesas com tributos sobre o lucro devem ser evidenciadas na


Demonstração do Resultado do período.

38. Quaisquer ganhos ou perdas, quando significativos, por serem eventuais e


não decorrerem da atividade principal e acessória da entidade, devem ser
evidenciados na Demonstração do Resultado separadamente das demais
receitas, despesas e custos do período.

41

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO NE 31.12.12 31.12.11


VENDAS DE PRODUTOS, MERCADORIAS E SERVIÇOS 175.000 128.200
(-) Deduções de Tributos, Abatimentos e Devoluções (56.000) (41.024)
RECEITA LÍQUIDA 18 119.000 87.176
Custo dos Produtos, Mercadorias e Serviços 19 (92.820) (67.997)
LUCRO BRUTO 26.180 19.179
Despesas Administrativas 20 (8.378) (6.137)
Despesas com Vendas 20 (2.094) (1.534)
Outras Despesas Gerais 20 (1.309) (959)
RESULTADO DAS OPERAÇÕES 14.399 10.548
Receitas Financeiras 325 238
(-) Despesas Financeiras 21 (2.380) (2.890)
(+/-) OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS 328 (125)
RESULTADO ANTES DOS TRIBUTOS 12.672 7.771
(-) Despesa com Contribuição Social (*) 22 (1.014) (622)
(-) Despesa com Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (*) 22 (3.168) (1.943)
LUCRO LÍQUIDO 8.490 5.207

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Notas Explicativas

39. No mínimo, as Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis devem incluir:

(a) declaração explícita e não reservada de conformidade com esta Interpretação;

Exemplo: Nota 02 – Apresentação das Demonstrações Contábeis


(a) Aprovação das demonstrações contábeis

As demonstrações contábeis inerentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 estão
sendo apresentadas em Reais (R$) e foram aprovadas pela administração no dia 10 de fevereiro de
2013.

(b) Declaração de conformidade

As demonstrações contábeis foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no


Brasil, tomando-se como base a Norma Brasileira de Contabilidade - ITG 1000 – Modelo Contábil para
Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, emitida pelo Conselho Federal de Contabilidade – CFC.

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Notas Explicativas

(b) descrição resumida das operações da entidade e suas


principais atividades;

Exemplo: Nota 01 – Contexto Operacional

A Empresa XYZ é uma sociedade empresária limitada,


com sede na cidade de Atibaia, Estado de São Paulo,
Brasil, e tem como principais operações a fabricação e
comercialização de alimentos e bebidas derivados de
morangos.
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Notas Explicativas

(c) referência às principais práticas e


políticas contábeis adotadas na
elaboração das demonstrações
contábeis;

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Nota 3 - Política / Prática Contábil

(a) Reconhecimento de Receitas e Despesas

A Empresa adota o regime de competência para o registro das


mutações patrimoniais ocorridas no exercício, assim como
reconhecimento das receitas e despesas, independentemente de seu
efetivo recebimento ou pagamento.

(b) Caixa e Equivalentes de Caixa

A Empresa classifica como Caixa o numerário em mãos e os


depósitos bancários disponíveis para saque. As aplicações a curto
prazo que possuem liquidez imediata e vencimento original em até 90
dias são consideradas como equivalentes de caixa.
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Notas Explicativas

As políticas e práticas contábeis que uma empresa poderia considerar incluem, mas
não se restringem a:

a) reconhecimento da receita;
b) reconhecimento, depreciação ou amortização de ativo tangível e intangível;
c) imobilização de custos subsequentes;
d) contratos de construção;
e) propriedades de investimento;
f) instrumentos financeiros e investimentos;
g) arrendamentos mercantis;
h) custos de pesquisa e desenvolvimento;
i) estoques;
j) impostos, incluindo impostos diferidos;
k) provisões;
l) custos de benefícios aos empregados;
m) definição de caixa e equivalentes de caixa;
n) subvenções do governo.

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Nota 04 – Caixa e Equivalentes de Caixa


2012 2011
Caixa 120 90
Depósitos Bancários 12.400 16.700
Aplicações Financeiras 3.200 4.500
Total de Caixa e
Equivalentes de Caixa 15.720 20.290
Todas as aplicações financeiras de liquidez imediata foram
efetuadas em investimento de baixo risco, com prazo de
vencimento de até 90 dias da data da aplicação

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Notas Explicativas

(e) descrição resumida de


contingências passivas,
quando houver;

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Passivo:
Obrigação presente, decorrente de evento passado, saída futura de recursos.

SIM. É CERTO QUE A OBRIGAÇÃO SERÁ NÃO É CERTO.


É CERTO PAGA? É INCERTO

PASSIVO: SIM É PROVÁVEL QUE SERÁ PAGA?


CONTA A PAGAR

NÃO
ESTIMATIVA CONFIÁVEL?

É RAZOAVELMENTE POSSÍVEL QUE SERÁ PAGA?

SIM NÃO
SIM NÃO.
PAGAMENTO É REMOTO

PASSIVO: NOTA EXPLICATIVA: NÃO É PASSIVO


PROVISÃO PASSIVO CONTINGENTE NEM NOTA EXPLICATIVA

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Notas Explicativas

(f) qualquer outra informação relevante


para a adequada compreensão das
demonstrações contábeis.

• Ameaças a continuidade
• Eventos subsequentes relevantes
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ITG 1000 - Critérios e


procedimentos contábeis
15. O custo dos estoques deve compreender
todos os custos de aquisição, transformação e
outros custos incorridos para trazer os
estoques ao seu local e condição de consumo
ou venda.

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CUSTO DE AQUISIÇÃO DE ATIVOS $


Valor total da NF do fornecedor 12.000
Impostos recuperáveis (3.600)
8.400
Frete pago separadamente 380
Custo do estoque 8.780

LANÇAMENTO CONTÁBIL

Débito: Ativo - Estoque 8.780


Débito: Ativo - Impostos a recuperar 3.600 12.380

Crédito: Passivo - Duplicatas a pagar 12.000


Crédito: Passivo - Fretes a pagar 380 12.380

53

Estoque: Objetivo: Custo de:


Mercadorias Revenda Aquisição
Matéria prima Consumo na produção Aquisição
Material de Consumo na produção Aquisição
consumo ou administração
Produtos em Transformar matéria Transformação (material + MOD
processo prima em produto + CGF) até a fase do processo
acabado em que se encontra (custo
integrado)
Produtos Venda Transformação material + MOD +
acabados CGF) total = custo integrado

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ITG 1000 - Critérios e procedimentos contábeis

16. O custo dos estoques:

Bens de pequena quantidade e valor unitário elevado: custo individual


Ex: Estoque de veículos para venda ou revenda

Bens similares de grande quantidade, adquiridos periodicamente e valor


unitário baixo: custo médio ponderado
Ex: Produtos químicos a granel, peças e componentes similares

Bens similares adquiridos e controlados fisicamente em lotes diferenciados:


PEPS
Ex: Produtos perecíveis

55

ITG 1000 - Critérios e procedimentos


contábeis

17. Os estoques devem ser mensurados


pelo menor valor entre o custo e o valor
realizável líquido.

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PRODUTO ACABADO / MERCADORIA ALFA BETA


PREÇO BRUTO 12.000 12.000
IMPOSTOS (3.000) (3.000)
COMISSÕES (1.000) (1.000)
FRETES (500) (500)
VALOR REALIZÁVEL LÍQUIDO 7.500 7.500
CUSTO de aquisição / produção 8.000 6.000
AJUSTE AO VALOR DE REALIZAÇÃO
Conta partida: Outras despesas operacionais (500)
VALOR CONTÁBIL 7.500 6.000
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ITG 1000 - Critérios e procedimentos contábeis

18. Um item do ativo imobilizado deve ser


inicialmente mensurado pelo seu custo.

19. O valor depreciável (custo menos valor


residual) do ativo imobilizado deve ser alocado ao
resultado do período de uso, de modo uniforme ao
longo de sua vida útil.

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Vida útil:
período de tempo durante o qual a
entidade espera utilizar o ativo; ou
o número de unidades de produção
ou de unidades semelhantes que a
entidade espera obter pela utilização
do ativo.

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Valor residual de um ativo é


o valor estimado que a entidade obteria com a venda do ativo,
após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo já
tivesse a idade e a condição esperadas para o fim de sua vida
útil.

Empresa compra veículo 0 KM - 2013


Custo de aquisição $ 50.000
Vida útil estimada 2 anos
Valor de mercado de veículo similar –
2011conforme Tabela FIPE $ 35.000
Desconto para vender de 10% = $ 3.500
Valor residual estimado $ 31.500
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Valor depreciável é
o custo de um ativo menos o seu valor residual.

Depreciação é a alocação sistemática do valor depreciável de um ativo ao


longo da sua vida útil.

Compra Ano 1 Ano 2


Custo 50.000 50.000 50.000
Depreciação acumulada (9.250) (18.500)
Valor contábil 50.000 40.750 31.500

Valor residual (31.500) (31.500) (31.500)


Valor depreciável / 24 meses 18.500 9.250 0

61

ITG 1000 - Critérios e procedimentos contábeis

20. Se um item do ativo imobilizado apresentar evidências de desvalorização, passando a ser


improvável que gerará benefícios econômicos futuros ao longo de sua vida útil, o seu valor
contábil deve ser reduzido ao valor recuperável, mediante o reconhecimento de perda por
desvalorização ou por não recuperabilidade (impairment).

 Valor recuperável é o maior valor entre o valor em uso e o valor líquido


de venda de um ativo ou UGC – Unidade Geradora de Caixa (Grupo de
ativos).

 Valor em uso = o valor presente de fluxos de caixa futuros estimados,


que devem resultar do uso de um ativo ou de uma UGC.

 Valor líquido de venda é o valor de venda de um ativo ou de uma UGC


menos as despesas estimadas de venda.

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Impairment - Perda de valor recuperável


IMOBILIZADO / INTANGÍVEL A B C
VC = VALOR CONTÁBIL 100 100 100
(custo menos depreciação) Ajuste (20)
Valor recuperável 80
VR = VALOR RECUPERÁVEL
VEU = VALOR EM USO – Fluxo de Caixa 130 70 120
VDV = VALOR DE VENDA 90 80 90
VR = VEU ou VDV = MAIOR 130 80 120

VC ou VR = MENOR 100 80 100


IMPAIRMENT NÃO SIM NÃO
PERDA - IMPAIRMENT (20) R 20
VC = VALOR CONTÁBIL 100 80 100

63

ITG 1000 - Critérios e procedimentos contábeis

21. São exemplos de indicadores da redução do valor recuperável, que


requerem o reconhecimento de perda por desvalorização ou por não
recuperabilidade:
(a) declínio significativo no valor de mercado;
(b) obsolescência;
(c) quebra.

Administrador: Responsável pela identificação de indicadores e


execução do teste de recuperabilidade quando houver indicadores.

Contador: Deve orientar o administrador sobre a identificação de


indicadores e a execução do teste.

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ITG 1000 - Critérios e procedimentos contábeis

22. Terreno geralmente possui vida útil indefinida e, portanto, não deve ser
depreciado.
Edificação possui vida útil limitada e, portanto, deve ser depreciado.

Separar custo do imóvel em custo do terreno e custo do edifício

Exemplo:

Custo de aquisição do imóvel (terreno e prédio) 120.000


Gastos com escritura, corretagem e outros 12.000
Custo total 132.000
Custo do terreno conforme oferta de terrenos similares na região 95.000
Custo do prédio (diferença) 37.000

65

ITG 1000 - Critérios e procedimentos


contábeis

23. As receitas de venda de produtos,


mercadorias e serviços da entidade devem ser
apresentadas líquidas dos tributos sobre
produtos, mercadorias e serviços, bem como
dos abatimentos e devoluções.

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Nota Explicativa
2.012 2.011
Receita Líquida

Receita Bruta:
Revenda de Mercadorias 185.000 157.000
Venda de Produtos 37.000 52.000
Prestação de Serviços 12.800 13.000
Total da Receita Bruta 234.800 222.000

Tributos sobre a Receita:


IPI (4.440) (6.240)
ICMS (42.264) (39.960)
COFINS (4.696) (4.440)
PIS (3.522) (3.330)
ISSQN (640) (650)
Total dos Tributos sobre a Receita (55.562) (54.620)

Devoluções (5.550) (4.710)


Abatimentos comerciais (2.818) (2.664)

Receita Líquida 170.870 160.006

67

ITG 1000 - Critérios e procedimentos contábeis


24. A receita de prestação de serviço deve ser reconhecida na proporção em
que o serviço for prestado.
A proporção da prestação do serviço deve ser feita de acordo com a natureza e controles do serviço.

Exemplos: Receitas de acordo com:

Serviços de treinamento Horas de aulas apresentadas


Serviços de consultoria Horas de consultas realizadas
Serviços de construção Conclusão de fases e etapas
Serviços financeiros Pro rata tempore
Serviços de aluguel Pro rata tempore
Serviços de telefonia Medição de ligações
Serviços de transportes Fretes realizados
Serviços de difícil medição Proporção de custos incorridos
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ITG 1000 - Critérios e procedimentos


contábeis

25. Quando houver incerteza sobre o


recebimento de valor a receber de clientes,
deve ser feita uma estimativa da:

“perda com créditos de liquidação duvidosa”.

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ITG 1000 - Plano de contas simplificado

42. Uma exemplificação dos 4 (quatro) níveis descritos no item 41 é a seguinte:


Nível 1 – Ativo
Nível 2 – Ativo Circulante
Nível 3 – Caixa e Equivalentes de Caixa
Nível 4 – Bancos Conta Movimento

Sugestão:
Utilizar pelo menos mais um nível para as analíticas para facilitar registro e controle.

Nível 1 – 1. Ativo
Nível 2 – 1.1 Ativo Circulante
Nível 3 – 1.1.1 Caixa e Equivalentes de Caixa
Nível 4 – 1.1.1.1 Bancos Conta Movimento
Nível 5 – 1.1.1.1.1 Banco Itaú – Conta: 9875/23.987-2
Nível 5 – 1.1.1.1.2 Banco Bradesco – Conta 098/76543-1

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CONTATO:

desenvolvimento@crcsp.org.br

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