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INSTITUTO DE NUTRIÇÃO
DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO BÁSICA E
EXPERIMENTAL
Rio de Janeiro
2021
MATERIAL BÁSICO DE LABORATÓRIO
Utilizado como recipiente para conter líquido ou soluções, ou mesmo, fazer reações com
desprendimento de gases. Pode ser aquecido sobre o tripé com tela de amianto.
Balão volumétrico
Possui volume definido e é utilizado para o preparo de soluções com precisão em laboratório.
Béquer
É de uso geral em laboratório. Serve para fazer reações entre soluções, dissolver substâncias
sólidas, efetuar reações de precipitação e aquecer líquidos. Pode ser aquecido sobre a tela de amianto.
Erlenmeyer
Kitasato
Empregado para fazer reações em pequena escala, principalmente em testes de reação em geral.
Pode ser aquecido com movimentos circulares e com cuidado diretamente sob a chama do bico de
Bunsen.
É um tubo de vidro graduado com uma torneira num dos extremos conduzindo a um tubo de
saída mais fino. É empregada especificamente nas titulações.
Pipeta graduada
Utilizada para medir pequenos volumes. Mede volumes variáveis. Não pode ser aquecida e não
apresenta precisão na medida.
Pipeta volumétrica
Usada para medir e transferir volume de líquidos, não podendo ser aquecida, pois possui grande
precisão de medida. Medem um único volume, o que caracteriza sua precisão.
Dessecador
Condensador
Funil de separação
Usado na filtração e para retenção de partículas sólidas. Não deve ser aquecido.
Pinça metálica
Pinça de madeira
Usada para prender o condensador à haste do suporte ou outras peças como balões,
erlenmeyers etc.
Bico de Bunsen
É a fonte de aquecimento mais utilizada em laboratório. Mas atualmente tem sido substituído
pelas mantas e chapas de aquecimento. Deve-se evitar seu uso quando utilizamos substâncias
inflamáveis dentro do recipiente que se quer aquecer.
Balança analítica
É um instrumento que tem uma grande sensibilidade de pesagem, algumas chegam a 0,0001
gramas.
Suporte universal
Tripé
Peça geralmente de porcelana cuja utilidade é aquecer substâncias a seco, podendo ser usado
para fundi-las com grande intensidade de calor (acima de 500°C). Por isso pode ser levado diretamente
ao bico de Bunsen. Pode ser feito de ferro, chumbo, platina e porcelana.
Cápsula de porcelana
Peça de porcelana usada para evaporar líquidos das soluções e na secagem de substâncias.
Podem ser utilizadas em estufas desde que se respeite o limite de no máximo 500°C
Vidro de relógio
Peça de Vidro de forma côncava, é usada em análises e evaporações em pequena escala, além
de auxiliar na pesagem de substâncias não voláteis e não higroscópicas. Não pode ser aquecido
diretamente.
Tela de amianto
Anel ou Argola
Mufla
Capela
A quantidade de amostra que não for utilizada de imediato deve ser guardada em refrigeração.
A umidade corresponde a perda de peso sofrida pelo produto, quando aquecido em condições
nas quais a água é removida. Na realidade, não é somente a água que é removida, mas também outras
substâncias que se volatilizam nessas condições. O resíduo obtido no aquecimento direto é chamado de
resíduo seco ou extrato seco. O aquecimento direto da amostra a 105°C é o processo mais usual.
Amostras de alimentos que se decompõem, ou iniciam transformações a essa temperatura, devem ser
aquecidas em estufas à vácuo, onde se reduz a pressão e se mantém a temperatura de 70°C. Nos casos
em que outras substâncias voláteis estão presentes a determinação de umidade real deve ser feita por
processo de destilação com solventes não miscíveis.
1.1. Materiais
Cápsula de porcelana
Pinça metálica
Balança analítica
Estufa regulada a 105°C
Dessecador com sílica gel
1.2. Procedimento
Aquecer a cápsula de porcelana em estufa a 105C durante 1 hora;
Esfriar em dessecador por 15 minutos e pesar;
Pesar 5g de amostra;
Aquecer a cápsula em estufa a 105°C por 3 horas;
Esfriar em dessecador por 15 minutos e pesar;
Repetir a operação de aquecimento por 1 hora, esfriar e pesar até peso constante;
Calcular o teor de umidade e extrato seco total em g% de amostra.
Para a determinação da porcentagem de extrato seco desengordurado, determinar a porcentagem de
gordura na amostra.
1.3. Cálculos
Umidade
g amostra integral = (P cápsula + amostra integral) - P cápsula
x = g% umidade
2.1. Materiais
Balança analítica
Mufla regulada a 550°C
Bico de Bunsen
Cadinho de porcelana
Tripé de ferro
Triângulo de porcelana
Dessecador com sílica gel
Pinça metálica longa
2.2. Procedimento
Aquecer o cadinho de porcelana em forno mufla a 550ºC durante 1 hora;
Transferir para estufa a 105°C por 10 minutos;
Esfriar em dessecador por 15 minutos e pesar;
Pesar em balança analítica 5g de amostra diretamente no cadinho;
Iniciar a incineração em bico de Bunsen procurando aquecer de maneira uniforme todo o cadinho
até completa carbonização da amostra;
Incinerar em mufla a 550°C por 3 horas ou até obter cinzas totalmente brancas;
Levar a estufa por 15 minutos para redução da temperatura, transferir para dessecador por 15
minutos e pesar;
Repetir as operações de aquecimento em mufla a 550°C por 1 hora, levar à estufa por 10 minutos
para redução da temperatura, transferir para dessecador por 15 minutos e pesar;
Calcular o resíduo mineral fixo em g% no alimento.
2.3. Cálculos
Resíduo mineral fixo (RMF)
g amostra = (P cadinho + amostra) - P cadinho
Este método é aplicável aos diversos produtos de frutas pela determinação da acidez, expressa em g de
ácido orgânico por cento, considerando o respectivo ácido predominante na amostra, ou conforme
determina o padrão de identidade e qualidade do produto analisado.
3.1. Materiais
Balança analítica
Mufla regulada a 550°C
Bico de Bunsen
Cadinho de porcelana
Tripé de ferro
Triângulo de porcelana
Dessecador com sílica gel
Pinça metálica longa
3.2 Procedimento
Pesar em balança analítica 2g de amostra homogeneizada em frasco Erlenmeyer;
Diluir a amostra em 50 mL de água destilada.
Adicionar 2 gotas de fenolftaleína.
Titular a mistura com solução de hidróxido de sódio 0,1 N, sob agitação constante, até a mudança
de cor para levemente róseo.
Expressar o resultado da acidez em % de ácido málico
3.3 Cálculos
Referências bibliográficas
4.1 Materiais
Refratômetro de Abbé, com escala graduada de Brix, em pelo menos 0,5%
Algodão
Espátula metálica
Bastão de vidro
Béquer de 25 mL.
4.2 Procedimento
Transfira de 3 a 4 gotas da amostra homogeneizada para o prisma do refratômetro. Leia diretamente na
escala os graus Brix. Se a determinação for realizada à temperatura ambiente, diferente de 20°C, corrija
a leitura em relação à temperatura segundo a Tabela 2. Se as partículas sólidas da amostra
prejudicarem a nitidez da leitura, filtre em papel de filtro ou em pedaço de algodão.
5. Determinação dos açúcares redutores (método de Layne-Eynon)
5.1 Materiais
5.2 Reagentes
Solução de Fehling A - sulfato de cobre
Solução de Fehling B – tartarato duplo de sódio e potássio + hidróxido de sódio
Azul de metileno 1%.
5.3 Procedimento
Pipetar 2mL de solução da amostra 20%, transferir para balão de 100mL e avolumar
Transferir a solução de mel diluída para a bureta de 25mL
Pipetar em erlenmeyer: 5mL de solução de Fehling A + 5mL de solução de Fehling B + 20mL
de água destilada.
Aquecer em placa de aquecimento até ebulição
Iniciar a titulação, gota a gota, agitando sempre até que o líquido se torne levemente azulado
Mantendo em ebulição, adicionar 1 gota de azul de metileno 1%
Continuar a titulação até descoloração do indicador
Anotar o volume de solução aquosa de mel gasto na titulação
Expressar o resultado em g de glicose por 100g da amostra
5.4 Cálculos
A = nº de mL da solução de P g da amostra
a = nº de g de glicose correspondente a 10 mL da solução de Fehling
P = massa da amostra em g
v = nº de mL da solução da amostra gasto na titulação
Referências bibliográficas
INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Métodos físico-químicos para análise de alimentos, 4ª . ed. Brasília,
2005. p.126.
CARVALHO, H.H. et al. Alimentos: métodos físicos e químicos de análise, 1ª ed. Porto Alegre, 2002.
p. 90.
6. Determinação dos açúcares totais e não redutores (método de Layne-Eynon)
Baseia-se na redução de um volume conhecido de cobre alcalino (Fehling) a óxido cuproso, após
hidrólise ácida da sacarose. O final da reação é indicado pelo azul de metileno, que é reduzido por um
pequeno excesso de açúcar, tornando-se incolor.
6.1 Materiais
6.2 Reagentes
Solução de Fehling A - sulfato de cobre
Solução de Fehling B – tartarato duplo de sódio e potássio + hidróxido de sódio
Azul de metileno 1%
Ácido clorídrico concentrado
Hidróxido de sódio 40%
6.3 Procedimento
Pipetar 2mL de solução da amostra 20% em béquer de 100mL
Adicionar 45mL de água destilada e 1mL de ácido clorídrico concentrado
Deixar em banho-maria por 30 minutos (100°C)
Esfriar, neutralizar com NaOH 40% usando fita de pH como indicador
Transferir a solução para balão de 100mL, avolumar e transferir para bureta de 50mL
Pipetar em erlenmeyer: 5mL de solução de Fehling A + 5mL de solução de Fehling B + 20mL
de água destilada
Aquecer em placa de aquecimento até ebulição
Iniciar a titulação, gota a gota, agitando sempre até que o líquido se torne levemente azulado
Mantendo em ebulição, adicionar 1 gota de azul de metileno 1%
Continuar a titulação até descoloração do indicador
Anotar o volume de solução aquosa de mel gasto na titulação
Expressar o resultado em g de glicose por 100g da amostra
6.4 Cálculos
Glicídios não-redutores em sacarose por cento (m/m)
A = nº de mL da solução de P g da amostra
a = nº de g de glicose correspondente a 10 mL da solução de Fehling
P = massa da amostra em g
v = nº de mL da solução da amostra gasto na titulação
B = nº de g de glicose por cento, obtido em açúcares redutores
Referências bibliográficas
INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Métodos físico-químicos para análise de alimentos, 4ª . ed. Brasília,
2005. p.126.
CARVALHO, H.H. et al. Alimentos: métodos físicos e químicos de análise, 1ª ed. Porto Alegre, 2002.
p. 90.