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Movimentos Da Arte contemporânea (parte 1)-Wellington-Arte

Arte Conceitual

Para a arte conceitual, vanguarda surgida na Europa e nos Estados Unidos no


fim da década de 1960 e meados dos anos 1970, o conceito ou a atitude mental
tem prioridade em relação à aparência da obra. O termo arte conceitual é usado
pela primeira vez num texto de Henry Flynt, em 1961, entre as atividades
do Grupo Fluxus. Nesse texto, o artista defende que os conceitos são a matéria
da arte e por isso ela estaria vinculada à linguagem. O mais importante para a
arte conceitual são as idéias, a execução da obra fica em segundo plano e tem
pouca relevância. Além disso, caso o projeto venha a ser realizado, não há
exigência de que a obra seja construída pelas mãos do artista. Ele pode muitas
vezes delegar o trabalho físico a uma pessoa que tenha habilidade técnica
específica. O que importa é a invenção da obra, o conceito, que é elaborado
antes de sua materialização.

Devido à grande diversidade, muitas vezes com concepções contraditórias, não


há um consenso que possa definir os limites do que pode ou não ser
considerado como arte conceitual. Segundo Joseph Kosuth, em seu
texto Investigações, publicado em 1969, a análise lingüística marcaria o fim da
filosofia tradicional, e a obra de arte conceitual, dispensando a feitura de
objetos, seria uma proposição analítica, próxima de uma tautologia. Como, por
exemplo, em Uma e Três Cadeiras, ele apresenta o objeto cadeira, uma fotografia
dela e uma definição do dicionário de cadeira impressa sobre papel.

Apesar das diferenças pode-se dizer que a arte conceitual é uma tentativa de
revisão da noção de obra de arte arraigada na cultura ocidental. A arte deixa de
ser primordialmente visual, feita para ser olhada, e passa a ser considerada
como idéia e pensamento. Muitos trabalhos que usam a fotografia, xerox, filmes
ou vídeo como documento de ações e processos, geralmente em recusa à noção
tradicional de objeto de arte, são designados como arte conceitual. Além da
crítica ao formalismo, artistas conceituais atacam ferozmente as instituições, o
sistema de seleção de obras e o mercado de arte. George Maciunas, um dos
fundadores do Fluxus, redige em 1963 um manifesto em que diz: "Livrem o
mundo da doença burguesa, da cultura 'intelectual', profissional e
comercializada. Livrem o mundo da arte morta, da imitação, da arte artificial,
da arte abstrata... Promovam uma arte viva, uma antiarte, uma realidade não
artística, para ser compreendida por todos [...]". A contundente crítica ao
materialismo da sociedade de consumo, elemento constitutivo
das performances e ações do artista alemão Joseph Beuys, pode ser
compreendida como arte conceitual.
Repare que o objeto acima não foi alterado ( no caso trata-se de um produto
banal que todo o mundo conhece e consome em massa). O grande detalhe é que
o artista o apresentou de uma forma intrigante (garrafa cheia, garrafa pela
metade e garrafa completamente vazia). O que será que ele quis dizer? kkkk
Op Art

A palavra Op Art deriva do inglês Optical  Art e significa Arte Óptica. Esse


termo pode ter sido usado pela primeira vez pelo artista e escritor Donald Judd,
em uma revisão de uma exposição de “Pinturas Ópticas” por Julian Stanczak.
Mas tornou-se popular por seu uso em um artigo de revista Time, de 1964.
Arte Digital

Considera-se arte digital qualquer tipo de manifestação artística produzida


através de meios eletrônicos, como o uso de softwares e hardwares avançados
que permitem a criação, a edição, o redimensionamento e outras modificações
dentro do ambiente virtual. 
As artes digitais se dividem em várias categorias, entre elas, a web art, as
pinturas, modelagens, fotografias, animações e vídeos digitais. Os resultados
podem ser impressos em um suporte 2D ou objeto 3D, ou serem vistos no
próprio ambiente de criação.
A arte digital é considerada um seguimento da arte contemporânea, que passou
a ganhar forças com os adventos das guerras mundiais, a partir do momento
em que as regras e tradições dos movimentos do Modernismo foram
quebradas. 
A chegada dos primeiros computadores despertou em muitos artistas das
vanguardas a vontade de experimentar um novo espaço para criação, visto que,
com a chegada do mundo digital, haveria uma melhora na capacidade de
armazenamento e o uso de novas dimensões. 
Após alguns anos, as técnicas foram evoluindo e isso facilitou ainda mais a
expansão de novas versões da arte digital. Os artistas digitais explicam que
falar da arte virtual é explorar maneiras de usar o computador ou outros
aparelhos eletrônicos para se expressar artisticamente. 

Desenho no tablet...tudo relacionado a arte realizado em equipamentos digitais


(computadores etc...) é arte digital.
Acima arte reproduzida por projetores.

Desenho pintado no computador (pintura digital)

Foto realismo
(abaixo algumas obras do artista Diego Fazio)
Fotorrealismo ou Hiper-Realismo pode ser considerado um estilo de arte, que
se comunica e expõe através da pintura e também da escultura. O termo mostra
a definição minuciosa dos detalhes, o que transforma a obra em algo mais
nítido e rico em características, e que se assemelham a realidade. Pela
semelhança tamanha a uma fotografia, o Fotorrealismo pode causar reações
paradoxais, tal qual de tão perfeito, não pode ser real.

O Fotorealismo pinta quadros que se parecem com fotografias. O detalhe é que


a  base da pintura é uma foto. A característica deste tipo de arte é ampliar a
foto, algo parecido com o movimento da Pop Art da década de 60, que teve
como ícone Andy Warhol e a intermitente crítica a cultura massiva. Junto com a
ampliação, havia a iluminação previamente preparada, deixando refletir luzes
naturais e raios artificiais, os quais transferem uma grandeza de detalhes e
qualidade enormes. Em resumo aos pontos relevantes do Fotorealismo,
pontuamos: a prioridade dos temas reais (como paisagens e pessoas), utilização
de fotografias e alto índice de precisão dos detalhes (textura, luz, brilho e
sombra). Além da utilização de cores e combinações, com apelo mais realista
possível.
A técnica do Fotorealismo baseia-se em Trompe-l’oeil, com a utilização da
perspectiva e ilusão de ótica, é possível acentuar formas inexistentes e precisar
mais detalhes e a Airbrush (aerografia), a qual utiliza uma ferramenta
interligada a um compressor, que produz jato de tinta e preenche a figura.

Hiper realismo

(abaixo algumas obras de Ron Mueck)


Hiper-Realismo é o nome dado ao movimento artístico que tem como objetivo
criar pinturas e esculturas com efeitos muito semelhantes ao que pode ser visto
nas fotografias em alta resolução.

Basicamente o hiper-realismo consiste na utilização de meios mecânicos para


que o artista possa reproduzir em uma tela, ou criar uma escultura, os mínimos
detalhes presentes na fotografia, que a olho nu poderiam acabar passando
despercebidos.

Os temas mais dos trabalhos que seguem essa linha são totalmente voltados
para coisas reais, como paisagens, animais, pessoas, e suas imagens são tão
perfeitamente reproduzidas que muitas vezes é difícil distinguir a pintura da
fotografia.

Arte Urbana

A Arte Urbana (street art, em inglês) é um tipo de arte encontrada nos espaços


urbanos. Manifesta-se por meio de intervenções, performances, grafite, teatro,
dentre outras.
Essas ações artísticas ocorrem em ambientes públicos e interagem diretamente
com os indivíduos. Geralmente, usam como suporte os grandes centros
urbanos, onde há intensa circulação de pessoas e diversidade cultural.

Dessa forma, os cidadãos acabam se deparando com a arte sem precisar ir até
centros culturais.

Na prática, a arte urbana representa o encontro da vida com a arte, pois essa
união se dá naturalmente enquanto o ser humano vive e se desloca pela cidade.
Body Art

A body art, ou arte do corpo, designa uma vertente da arte contemporânea que
toma o corpo como meio de expressão e/ou matéria para a realização dos
trabalhos, associando-se freqüentemente a happening e performance. Não se
trata de produzir novas representações sobre o corpo - encontráveis no decorrer
de toda a história da arte -, mas de tomar o corpo do artista como suporte para
realizar intervenções, de modo geral, associadas à violência, à dor e ao esforço
físico. Pode ser citado, por exemplo, entre muitos outros, o Rubbing Piece (1970),
encenado em Nova York, por Vito Acconci (1940-2017), em que o artista esfrega
o próprio braço até produzir uma ferida. O sangue, o suor, o esperma, a saliva e
outros fluidos corpóreos mobilizados nos trabalhos interpelam a materialidade
do corpo, que se apresenta como suporte para cenas e gestos que tomam por
vezes a forma de rituais e sacrifícios. Tatuagens, ferimentos, atos repetidos,
deformações, escarificações, travestimentos são feitos ora em local privado (e
divulgados por meio de filmes ou fotografias), ora em público, o que indica o
caráter freqüentemente teatral da arte do corpo. Bruce Nauman (1941) exprime
o espírito motivador dos trabalhos, quando afirma, em 1970: "Quero usar o meu
corpo como material e manipulá-lo".

A body art, ou arte do corpo, designa uma vertente da arte contemporânea que
toma o corpo como meio de expressão e/ou matéria para a realização dos
trabalhos, associando-se freqüentemente a happening e performance. Não se
trata de produzir novas representações sobre o corpo - encontráveis no decorrer
de toda a história da arte -, mas de tomar o ...
As experiências realizadas pela body art devem ser compreendidas como uma
vertente da arte contemporânea em oposição a um mercado internacionalizado
e técnico e relacionado a novos atores sociais (negros, mulheres, homossexuais e
outros). A partir da década de 1960, sobretudo com o advento da arte pop e
do minimalismo, são questionados os enquadramentos sociais e artísticos
da arte moderna, tornando-se impossível, desde então, pensar a arte apenas
com categorias como pintura ou escultura. As novas orientações artísticas,
apesar de distintas, partilham um espírito comum - são, cada qual a seu modo,
tentativas de dirigir a arte às coisas do mundo, à natureza, à realidade urbana e
ao mundo da tecnologia. As obras articulam diferentes linguagens - dança,
música, pintura, teatro, escultura, literatura, desafiando as classificações
habituais, e colocam em questão o caráter das representações artísticas e a
própria definição de arte. As relações entre arte e vida cotidiana, o rompimento
das barreiras entre arte e não arte e a importância decisiva do espectador como
parte integrante do trabalho constituem pontos centrais para parte considerável
das vertentes contemporâneas: ambiente, arte pública, arte processual, arte
conceitual, earthwork.

Existem 5 pessoas com o corpo pintado nessa imagem do sapo


Acima jogo de luzes e pintura...

Na Europa, há uma vertente sadomasoquista do movimento entre artistas como


Rebecca Horn (1944), Gina Pane (1939-1990), o grupo de Viena, o Actionismus,
que reúne Arnulf Rainer (1929), Hermann Nitsch (1938), Günter Brus (1938) e
Rudolf Schwarzkogler (1940-1969). Este, suicida-se, aos 29 anos, diante do
público, numa performance. Queimaduras, sodomizações, ferimentos e, no
limite, a morte tomam a cena principal nessa linhagem da body art. No Brasil,
parece difícil localizar trabalhos e artistas que se acomodem com tranquilidade
sob o rótulo. De qualquer modo, é possível lembrar as obras de Lygia Clark
(1920-1988), que se debruçam sobre experiências sensoriais e táteis, como A
Casa É o Corpo (1968), e alguns trabalhos de Antonio Manuel
(1947) e Hudinilson Jr. (1957-2013).

Arte Cinética
A Arte Cinética, também conhecida como Cinetismo, é uma corrente ou escola
artística do século XX que tem a característica principal a utilização de recursos
visuais e técnicas destinadas a dar movimento à obra, ou, pelo menos, passar a
impressão de movimento.

Um dos maiores exemplos da arte cinética está o pintor e escultor


estadunidense Alexander Calder (1898-1976), muito conhecido por seus
“Móbiles” (desenho em quatro dimensões). ... Os objetos são um tipo de
escultura com peças que se movimentam, seja pela ação dos ventos ou por
motores de energia.

Arte Povera
Pertencente ao movimento da contracultura, a arte povera foi criada com o
propósito de provocar reflexão sobre a estética das obras de arte em geral. As
obras no estilo da arte povera são consideradas efêmeras e dotadas de
criatividade. 
A arte povera é também conhecida como “poor art” – termo em inglês. O nome
desse movimento foi criado por Germano Celant, um famoso historiador e
crítico artístico. O movimento se manifestou principalmente na escultura, na
instalação, na pintura e na performance.
“Povera” em português significa pobre. A arte ganhou esse nome por ser
construída com materiais orgânicos como plásticos, pedaços de corda, papel,
folhas de arvores, objetos aleatórios, pedaços de tecidos, entre outros. Este
movimento também faz forte oposição ao minimalismo, pop
art, modernismo e racionalismo científico.

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