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1.

A osteoartrite é uma artropatia crônica caracterizada pela ruptura e potencial


perda da cartilagem articular, juntamente a outras alterações articulares, como
hipertrofia óssea (formação de osteófitos). Os sintomas incluem o
desenvolvimento gradual da dor, a qual é agravada por atividade ou estimulada
por ela, rigidez que dura < 30 minutos ao acordar e após inatividade e edema
articular ocasional. O diagnóstico é confirmado por radiografia.

 É uma doença complexa e de etiologia multifatorial, podendo ser


considerada o produto da interação entre fatores sistêmicos e locais

 Os fatores de risco são: idade (mais importante), sexo, predisposição


genética, obesidade (fator modificável mais importante), sobrecarga
mecânica, trauma, doenças ósseas e articulares congênitas, afecção
articular inflamatória precedente (ex: artrite reumatoide), patologias
endocrinometabólicas.

2. Tratamento da Osteoartrite
A terapêutica farmacológica na OA é dividida em:

 Fármacos de ação rápida: são sintomáticos. Analgésicos simples


(paracetamol, primeira droga a ser prescrita), AINEs (por curto tempo de
duração, em casos de “crise” inflamatória, via oral ou tópica), colchicina
(usada nos casos de pseudogota associado), corticoide intra-articular (caso
de “crise” inflamatória), capsaicina tópica

 Em caso de má resposta terapêutica aos medicamentos citados


anteriormente, os analgésicos opioides, como tramadol, podem ser utilizados

 Glucosamina e sulfato de condroitina são suplementos alimentares


comumente utilizados por pessoas com osteoatrite;

 O uso de infiltração intra-articular com corticosteroides ou agentes


viscossuplementadores (ácido hialurônico) eles podem ser úteis, em
particular no joelho, para exacerbações agudas de osteoartrite ou quando os
AINEs são contraindicados ou não tolerados.

TABELAS 2:

 Contraindicações:
 Categoria de risco na gravidez (FDA): Ibuprofeno até 3º trimestre de
gravidez, naproxeno e meloxicam (1º e 2º trimestres).
 Efeitos adversos
TABELA 3: Interação medicamentosa: cetorolaco é indicado como anti-inflamatório
não hormonal, de potente ação analgésica, usado para tratamento a curto prazo, da
dor aguda moderada a severa (caso pergunte).

3. O mecanismo de ação dos AINEs é a inibição de uma enzima chamada


ciclooxigenase (COX), que possui duas formas diferentes, denominadas COX-1
e COX-2. Essas enzimas têm funções específicas no nosso organismo,
atuando, por exemplo, como mediadoras de inflamação e influenciadoras na
agregação plaquetária. Os efeitos terapêuticos e colaterais dos AINES resultam
principalmente da inibição das enzimas COX, prejudicando, assim, a
transformação final do ácido araquidônico em prostaglandinas, prostaciclina e
tromboxanos.
:
 
 Prostaglandinas – responsáveis por reações inflamatórias
 Prostaciclinas – ativas na fase de resolução da inflamação
 Tromboxanos – mediadores da vasoconstrição

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