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PUBLICIDADES DO TABAGISMO

Durante anos fumar representava, acima de tudo, um estilo refinado de vida. A


indústria do tabaco faturou biliões de dólares durante boa parte do século XX
ao promover uma imagem positiva do tabaco.

Fumar era o mesmo que se afastar do conservadorismo, era ter estilo próprio e
independência. Esse discurso pretendia atingir principalmente o público mais
jovem. O apelo para emagrecer também estava entre as estratégias: “Em vez
de comer demais, fume um cigarro”.

Quando os malefícios do tabaco começaram a ganhar destaque a indústria do


tabaco passou a não poder vender maços de tabaco a menores de 18 anos.

Já que o esclarecimento dos malefícios do tabaco pouco fez para que a


população parasse de fumar, estes passaram a estar nos maços de tabaco,
como forma de alertar as pessoas que os quisessem comprar dos seus
malefícios.

Devido ao aparecimento das leis antitabagistas, a indústria do tabaco procurou


fugir á Mídea, sendo os videojogos, as publicidades que aparecem na internet
alternativas encontradas para se continuarem a comunicar com seu público-
alvo (jovens).

Em 14 de agosto de 2007 entrou em vigor a Lei n.º 37/2007, que aprova


normas para a proteção dos cidadãos da exposição involuntária ao fumo do
tabaco e medidas de redução da procura relacionadas com a dependência e a
cessação do seu consumo.

No Capítulo VI (Publicidade, promoção e patrocínio de tabaco e de produtos do


tabaco) que engloba os artigos 16.º,17,º e 18.º enuncia que todas as formas de
publicidade e promoção ao tabaco e aos produtos do tabaco, incluindo
publicidade oculta, são proibidas.

De acordo com um estudo desenvolvido na Faculdade de Medicina de


Dartmouth, nos Estados Unidos, publicado na revista Pediatrics, cenas de fumo
no cinema deixam os adolescentes mais propensos ao tabagismo,
independentemente da classificação do filme ou do seu conteúdo.
Essas cenas de fumo são, então uma publicidade oculta ou indireta ao
consumo de tabaco, que influencia os adolescentes.

O cinema induzia esta prática, exibindo atores a fumar, os quais recebiam


quantias milionárias para executarem essas cenas. Os fãs queriam imitar os
seus ídolos e, muitas vezes começavam também a fumar.

1. “Mais médicos fumam Camel do que qualquer outro cigarro”.

A frase, que hoje faria tremer qualquer associação de medicina, está


estampada num anúncio de tabaco da marca Camel criado em 1946, já que
nesse mesmo ano, a marca Camel distribuiu maços de tabaco na entrada de
convenções médicas.

Antes pensava-se que o hábito de fumar, além de elegante, fazia bem à saúde.
Essa era a pretensão de uma poderosa indústria tabagista que, em busca de
consumidores, recrutou médicos, dentistas e até bebês a seu favor.

2. "Poxa, mãe, gostas mesmo dos teus Marlboros!"

Diz outro anúncio polêmico que estampa a foto de uma criança. Essas
propagandas, criadas entre os anos 1927 e 1954, fazem parte de uma
exposição organizada pela Biblioteca Pública de Nova York. O uso de crianças
na propaganda atingia principalmente o público feminino, e fazia parte dos
esforços da indústria tabagista para ampliar a base de consumidores.

3. "Como teu dentista, recomendo Viceroys!"

Sim, esta frase apareceu mesmo num anúncio!

As causas de cancro bucal eram lentamente associadas ao fumo, pois os


cigarros Viceroys exibiam dentistas a defender a sua marca. De acordo com
estatísticas da empresa, mais de 38 mil dentistas aprovavam Viceroys.
4. “O importante é levar vantagem em tudo, certo?”

As marcas de tabaco escolhiam, muitas vezes, famosos para divulgar o seu


produto- o tabaco. E nos anos 70, em 1976, o ex-jogador Gerson, craque da
Seleção Brasileira de Futebol ficou marcado pelo seu infeliz slogan da marca
de tabaco Vila Real.

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