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TRABALHO FINAL
NOVEMBRO DE 2017
RESUMO
carregana, uma vez que géis aquosos de iota carragena possuem propriedades reológicas
tixotrópica, pois uma vez quebrado o gel, o mesmo não volta a recuperar sua forma
Figura 2.1 - Representação gráfica do fluido newtoniano, sendo (a) a curva de tensão de
.......................................................................................................................................... 9
Figura 2.2 - Comparação de fluidos newtonianos: (a) água, (b) óleo e (c) glicerina. ...... 9
Figura 2.5 - Classificação dos fluidos segundo seus comportamentos reológicos. ........ 12
Figura 2.6 - Classificação da carragena de acordo com sua estrutura e propriedades físico-
químicas: (a) tipo kappa, (b) tipo iota e (c) tipo lambda. Fonte: Agargel (2003)........... 19
padrão a: (a) 0,15%, (b) 0,20%, (c) 0,25%, (d) 0,30% e (e) 0,35%. .............................. 31
Figura 4.2 - Viscosidade (cP) das Soluções da Carragena Padrão de Acordo com a
comercial a 0,35%: (a) carragena comercial 1, (b) carragena comercial 2, (c) carragena
comercial 3, (d) carragena comercial 4, (e) carragena comercial 5, (f) carragena comercial
6, (g) carragena comercial 7, (h) carragena comercial 8 e (i) carragena comercial 9. ... 35
Figura 4.4 - Valores de viscosidade (cP) da carragena padrão a 0,15% e das carragenas
comerciais a 0,35% (m/m) com as seguintes velocidades de rotação: (a) 60 rpm, (b) 70
rpm, (c) 80 rpm, (d) 90 rpm e (e) 100 rpm. Sendo que a letra “v” nos gráficos representa
Figura 4.5 - Correlação entre as viscosidades observada e prevista pelo modelo proposto
1. SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 7
2.3. CARRAGENA................................................................................................. 17
COMERCIAL ............................................................................................................. 27
5. CONCLUSÕES ....................................................................................................... 41
7
1. INTRODUÇÃO
pois auxilia na conservação, melhora a cor, textura, aroma, sabor e os tornam mais
pois tem a capacidade de tornar a solução mais viscosa ou de formar géis, sendo
não newtonianos.
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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
material provocadas pela aplicação de uma tensão ou deformação. O material pode estar
tanto no estado líquido, gasoso quanto no estado sólido. A deformação de um sólido pode
ser caracterizada por leis que descrevem a alteração do volume, tamanho ou forma,
enquanto que o escoamento de um fluido que pode estar no estado gasoso ou líquido, é
caracterizado por leis que descrevem a variação contínua da taxa ou grau de deformação
elásticos, que são sistemas que não escoam, sua deformação é reversível e o sistema
obedece à Lei de Hooke, e irreversíveis ou viscosos, que são sistemas que escoam, sua
lei de Newton, e fluidos não newtonianos, em que a relação entre a taxa de deformação e
temperatura e pressão. Entretanto, sua viscosidade não varia com o aumento da taxa ou
(a) (b)
Figura 2.1 - Representação gráfica do fluido newtoniano, sendo (a) a curva de tensão de
cisalhamento.
Figura 2.2 - Comparação de fluidos newtonianos: (a) água, (b) óleo e (c) glicerina.
• Sem tensão inicial, que são aqueles que não necessitam de uma tensão de
cisalhamento inicial para começarem a escoar, e compreendem a maior parte dos fluidos
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logo quanto maior esta força, maior será a ordenação e, consequentemente, menor será a
• Com tensão inicial, que são os que necessitam de uma tensão de cisalhamentos
inicial para começarem a escoar. Dentre os fluidos desta classe se encontram os plásticos
de Bingham, que apresentam uma relação linear entre a tensão de cisalhamento e a taxa
variam, além da tensão de cisalhamento, com o tempo de aplicação desta tensão, para
a ficar mais viscosos com quando esta cessa, e reopéticos, que apresentam um
com o tempo de aplicação da tensão, retornando à viscosidade inicial quanto esta força
cessa. A Figura 2.4 apresenta a curva de fluxo para fluidos reopéxicos e tixotrópicos.
reologia.
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2.2. BIOPOLÍMEROS
número de resíduos desse material os quais se acumulam pelos aterros gerando problemas
bastante para esses problemas, pelo fato de possuírem elevada resistência a degradação
e polímeros verdes surge como mais uma alternativa, a qual, devido sua viabilidade
primas de fontes renováveis, que podem ser encontrados desde a estrutura do DNA até
responsáveis por sua síntese. Já os plásticos e outros biopolímeros sintéticos, por sua vez,
são polimerizados pelo homem, a partir de matérias primas de fontes naturais renováveis,
40 anos para se decompor, enquanto que os biopolímeros demoram no máximo 180 dias
seres vivos, como polissacarídeos, peptídios, DNA e RNA, as unidades monoméricas são,
beterraba, ou um óleo vegetal extraído de soja, girassol, palma ou outra planta oleaginosa
pois contribui para o acúmulo de lixo plástico sem destino apropriado que levará de
dezenas a centenas de anos para ser novamente assimilado pela natureza (Brito et al.,
2011).
alguns são encontrados ligados às células, como uma verdadeira cápsula. No entanto,
polissacarídeo, como a celulose (Faria, 2009). A Tabela 2.1 mostra os tipos e origens
destes polissacarídeos.
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Tabela 2.1 - Classificação das gomas industriais em função da origem. Fonte: Faria, 2009.
Biosintética pululana
semissintéticas metilcelulose,
hidroxietilcelulose
amilose, hidroxietilamido
da quitina
ácido poliacrílico,
polivinilpirrolidona,
policarboxivinil, polímeros
de óxido de etileno
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2.3. CARRAGENA
2.3.1. Definição
tanto em sistemas aquosos quanto em sistemas lácteos em virtude de uma ampla gama de
2017).
soluções viscosas com a água, controlando assim a atividade de água e conferindo textura
de alto peso molecular com conteúdo de éster sulfato de 15% a 40% formado por unidades
1,4-glicosídica.
texturas de gel à temperatura ambiente: gel firme ou elástico; transparente ou turvo; forte
fusão/gelificação. Pode ainda ser utilizado como agente de suspensão, retenção de água,
Kappa (gel rígido, quebradiço, termo-reversível, alta força de gel, apresenta sinérise), Iota
(solúvel a frio, não gelificante, produz altas viscosidades), conforme Figura 2.6, sendo
sulfato e de 28% a 35% de 3,6-AG. A carragena tipo iota contém de 28% a 35% de éster
sulfato e de 25% a 30% de 3,6-AG. A carragena tipo lambda contém de 32% a 39% de
éster sulfato e não contém 3,6-AG (Martínez et al., 2015; Yang et al., 2012; Palanisamy
et al., 2018).
opaco, com muita celulose e fibra, baixo grau de pureza) e refinada (gel claro,
(a) (b)
(c)
físico-químicas: (a) tipo kappa, (b) tipo iota e (c) tipo lambda. Fonte: Agargel (2003).
Rodophyta. O teor de carragena nas algas varia de 30% a 60% do peso seco, dependendo
carragenas de diferentes tipos: kappa, iota e lambda. Algumas espécies de algas podem
et al., 2014).
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as algas são colocadas ao sol para secagem até atingirem um nível de umidade ideal para
seu processamento.
solvente orgânico polar. O processo é formado de várias fases, sendo elas: o tratamento
inicial, a extração, filtração, clarificação, concentração, moagem e mistura. Para que não
apresente nenhuma impureza, antes de realizar o processo deve-se fazer a lavagem através
Estas gomas são elementos altamente solúveis em água, sendo esta propriedade
que deve ser utilizada no momento de extração. Após a lavagem, ocorre a etapa de
extração que é realizada por meio de moagem, onde posteriormente são aquecidas em
água a 90ºC, com potencial hidrogeniônico (pH) entre 8,0 e 9,0, no qual as carragenas
são estáveis. Nestas medições de pH é possível aumentar o rendimento, fazendo com que
realizado o processo de filtração e clarificação, onde o extrato aquoso quente passa por
um primeiro estágio de filtração mais grosseiro para que ocorra a retirada dos resíduos
das algas.
solução, que irá ser concentrado e/ou purificação por precipitação seletiva. A purificação
moléculas ou de forma mais seletiva, realizado pela adição de íons metálicos. Isto pode
ser feito com a adição de um sal quaternário de amônio ou pela adição de uma solução
Após a secagem por evaporação a vácuo, o produto deve ser moído até obter-se
Antes da comercialização, o produto passa por uma etapa na qual é diluído com a adição
espessantes oferecidas por cada marca ou produto. Obviamente, nas várias fases da
produto acabado.
As carragenas podem ser refinadas (gel claro, transparente, alto grau de pureza)
ou semi-refinadas (gel opaco, com muita celulose e fibra, baixo grau de pureza). As
centrifugação para remoção de resíduos. Para remover a água da carragena existem dois
métodos: por precipitação da carragena com álcool, ou pela gelificação com cloreto de
de lavagens.
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2.3.2.1. Gelificação
2.3.2.1.1. Mecanismo
para formar a estrutura de gel tridimensional. A presença de alças na cadeia bem como o
número, tipo e posição dos grupos de éster sulfato têm efeitos importantes nas
carragenas tipo kappa e iota. Sais de potássio ou cálcio são necessários para a obtenção
2.3.2.1.2. Textura
cátions. A kappa carragena é sensível ao íon potássio e produz géis rígidos e quebradiços
em soluções aquosas com sais de potássio. O gel de kappa carragena apresenta sinérese
íon cálcio e produz géis macios e elásticos em soluções aquosas com sais de cálcio. A
2.3.2.2. Viscosidade
não exista nenhuma tendência de gelificação da solução. Quando uma solução quente de
carragena deve ser determinada a temperaturas suficientemente altas (75º C) para evitar
presença de outros solventes, tipo de carragena e peso molecular. Maior peso molecular,
consideravelmente a viscosidade.
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2.3.2.3. Estabilidade
viscosidade e da força de gelificação. Entretanto, uma vez formado o gel, mesmo a pHs
baixos (3,5 a 4,0) não há mais ocorrência da hidrólise e o gel permanece estável. Para
leite deve-se à forte interação eletrostática entre os grupos de éster sulfato negativamente
carregados da molécula da carragena com a micela de caseína do leite que possui regiões
de forte carga positiva. Outra forma de interação é através de pontes entre grupos de éster
sulfato da carragena com resíduos carboxílicos dos aminoácidos que compõem a proteína.
habilidade de formar gel e reter água torna-o um ingrediente eficaz para a estabilização e
(LBG) em sistemas aquosos. O gel obtido da mistura de carragena com LBG apresenta
A iota carragena apresenta sinergia com os amidos. Um sistema que contenha uma
2.3.2.6. Tixotropia
reológicas tixotrópicas. Esses géis podem ser fluidizados por agitação ou corte e voltam
a recuperar sua forma de gel elástico uma vez parados os esforços de agitação ou corte.
quebrado o gel, o mesmo não volta a recuperar sua forma original a menos que o gel seja
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Minosso.
temperaturas.
experimento.
0,20; 0,25; 0,30 e 0,35% em água ultra-pura (Sistema de purificação de água osmose
marca GEHAKA). Para o preparo das soluções, a carragena e a água foram pesadas em
utilizada para as 10 marcas comerciais avaliadas foi somente de 0,35% (m/m) devido a
COMERCIAL
cisalhamento foi dado pelo aumento da rotação, sendo utilizadas rotações entre 60 e 100
ALTAS TEMPERATURAS
diário pela FMC Corporation. A goma carragena foi adicionada lentamente ao leite em
concentrações de 0,005, 0,010, 0,02 e 0,04% As soluções foram aquecidas a 85°C por
Posteriormente, cada amostra foi resfriada até a temperatura ambiente sem agitação
and lambda and kappa-carrageenan: SAXS, rheological, densitometry, and sound velocity
lambda, a carragena kappa e o metilcelulose foram usados como comprados, sem nenhum
(8,1±0,7) dLg-1 e (3,0±0,5) dLg-1. Essas viscosidades intrínsecas foram obtidas pela
equação de Mark-Houwink.
29
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
0,20 e 0,25% (m/m), não apresentou tendência de geleificação (Figuras 4.1a, 4.1b e 4.1c).
Entretanto, na solução de carragena a 0,30% (m/m) foi possível observar uma tendência
a formação de gel (Figura 4.1d) e a 0,35% (m/m) a formação de gel propriamente dita
(Figura 4.1e).
Por meio de agitação ou cortes esses géis podem ser fluidizados, mas se deixados
em repouso sem agitação e corte, voltam a recuperar sua forma de gel. O gel formado
pela Kappa carragena não apresenta esta propriedade tixotrópica, ou seja, se seu gel for
quebrado, ele não voltará a sua forma original, a não ser que seja aquecido e resfriado
novamente.
Nas Figuras 4.1a, 4.1b, 4.1c e 4.1d observou-se que o cisalhamento aumentou a
0,35% (m/m) (Figuras 4.1e e 4.2), como dito anteriormente, nesta concentração pode-se
solução separou as partículas agregadas e desta forma, ocorreu uma menor resistência.
(a) (b)
(c) (d)
31
(e)
padrão a: (a) 0,15%, (b) 0,20%, (c) 0,25%, (d) 0,30% e (e) 0,35%.
(a) (b)
(c) (d)
32
(e)
Figura 4.2 - Viscosidade (cP) das Soluções da Carragena Padrão de Acordo com a
pseudoplástico foram a CarC1 (Figura 4.3a), CarC3 (Figura 4.3c), CarC5 (Figura 4.3d),
CarC6 (Figura 4.3e), CarC8 (Figura 4.3h) e CarC9 (Figura 4.3i), porém todas
CarC2 (Figura 4.3b), CarC4 (Figura 4.3d) e CarC7 (Figura 4.3g) apresentaram
0,30% (m/m). Desta forma, podemos concluir que as carragenas comerciais analisadas
(CarC1, CarC3, CarC5, CarC6, CarC8, CarC9) foram adicionadas de outros ingredientes
que contribuíram para sua viscosidade, como por exemplo outras gomas, maltodextrinas
entre outros.
E ainda das dez amostras comerciais uma não teve sua viscosidade
adição de possíveis adulterantes, ou seja, nas condições que o estudo foi realizado, 70%
(a) (b)
(c) (d)
(e) (f)
35
(g) (h)
(i)
comercial a 0,35%: (a) carragena comercial 1, (b) carragena comercial 2, (c) carragena
comercial 3, (d) carragena comercial 4, (e) carragena comercial 5, (f) carragena comercial
0,35% (m/m) (Figura 4.4) quando tiveram sua viscosidades comparadas à carragena
condições analisadas, tanto para valores da curva ascendente como para a curva
descendente (comportamento dilatante), o que poderia indicar que estas três amostras não
também não é característico para a carragena nestas condições. O contrário foi observado
(a) (b)
(c) (d)
(e)
Figura 4.4 - Valores de viscosidade (cP) da carragena padrão a 0,15% e das carragenas
comerciais a 0,35% (m/m) com as seguintes velocidades de rotação: (a) 60 rpm, (b) 70
rpm, (c) 80 rpm, (d) 90 rpm e (e) 100 rpm. Sendo que a letra “v” nos gráficos representa
a curva descendente.
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medidas são inferiores a 100 mPas elas possuem propriedades reológicas próximas a
de cisalhamento a viscosidade foi analisada e essa taxa deve ser ajustada conforme a
do tipo Kappa e Iota podem ser gelificar na presença de potássio e cálcio. Como regra
comportam-se similarmente.
reação pode ser estimada por relações matemáticas simples. A degradação da carragena
(1998).
𝐴 4.4
𝜇=
𝑇 𝑑 𝐶𝑔
𝜇∗ 4.5
𝐴=
𝑏 ∙ 𝑓
prever a viscosidade da solução de leite com carragena para a faixa de temperatura de 25°
até 125°C e concentrações de 0,005% até 0,0040%. Esse modelo é descrito pela Equação
4.6.
𝐶 0,11 4.6
𝜇 = 37 ( )
𝑇 0,75
concentração do experimento.
40
Figura 4.5 - Correlação entre as viscosidades observada e prevista pelo modelo proposto
Cerar et al. (2017) estudaram amostras com carragena kappa (KC) e carragena
lambda (LC) preparadas com 0,1 molar de NaCl, enquanto as soluções com metilcelulose
(MC) foram preparadas com água pura. A viscosidade reduzida é obtida pela Equação
4.7.
𝜂 − 𝜂0 4.7
𝜂=
𝜂0 𝑐
5. CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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