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Há muitos anos na Dinamarca numa grande floresta de pinheiros, tílias, abetos e carvalhos,

morava nessa floresta um cavaleiro com sua família. Viviam numa casa construída numa
caleira, que em frente dessa casa tinha um pinheiro, essa era a árvore mais alta da floresta.
Nessa floresta a maior festa do ano, a maior alegria era o natal, era a festa onde juntavam-se
famílias e amigos. Numa noite de natal o cavaleiro disse que tinha que ser sempre festejado e
celebrado juntos na noite de natal, pois daqui a um ano não estaria lá a festejar o natal com a
família. Ele iria em peregrinação passar o natal onde jesus cristo nasceu, partiria na próxima
primavera. Passado o natal ele regressaria daqui a dois anos. As viagens naquele tempo eram
longas, perigosas e difíceis de ir até á Palestina. O cavaleiro quando chegou a Belém já a era o
dia de natal que ao fim da tarde dirigiu-se para a gruta, que rezou no lugar onde Virgem, São
José, o boi, o burro, os pastores, os reis magos e os anjos tinham visto nesse sítio á muitos
anos Jesus Cristo nascer. Rezou que os anjos o protegessem e guiassem na viagem de regresso,
para que, daqui a um ano, ele pudesse celebrar o natal na sua casa com a família. Em Jafa
estava lá uma tempestade, então foram obrigados a esperar elo bom tempo e só embarcar em
Março. O cavaleiro pensava que já não voltaria a ver a sua terra. Mas passado cinco dias o
vento parou, o céu descobriu-se, e o mar alisou as águas. Os marinheiros puderam chegar ao
porto da cidade de Ravena, na costa do Adriático, nas terras de Itália, porem o navio não
conseguia seguir a viagem. Até que um mercador disse para não ficar á espera de outro navio,
pois ele o levaria até Veneza. Quando chegou a Veneza o cavaleiro disse que não podia
acreditar naquilo que seus olhos viam. O mercador alojou o cavaleiro no seu palácio que em
sua honra multiplicou as festas e os divertimentos. Um mês se passou cheio de conversas,
festas, ceias e passeios. O mercador disse ao cavaleiro para ficar em Veneza e fazer a sua vida
lá, mas cavaleiro rejeitou o convite, pois tinha prometido á sua família que estaria com eles no
próximo Natal e partiria daqui a três dias montado num cavalo que o mercador lhe oferecerá,
também cartas de apresentação para os homens mais poderosos das cidades do norte da Itália
assim era bem recebido. O cavaleiro deixou Veneza. O mercador aconselhou-o fazer a meio da
viagem para Génova, um desvio para sul, para conhecer a célebre cidade de Florença. No
princípio de maio chegou a Florença. Quando chegou procurou a casa do banqueiro Averardo,
pois o seu amigo veneziano lhe tinha dado uma carta. O banqueiro recebeu-o com grande
alegria que hospedou-o em sua casa. Ao fim da tarde os amigos do banqueiro e cavaleiro
sentaram-se todos para cear e, enquanto comiam e bebiam, iam conversando. A meio do
jantar levantou-se uma discussão sobre a obra de Giotto. O cavaleiro perguntou que era
Giotto, um homem respondeu que é um pintor do século passado que foi discípulo de
Cimabué. Cavaleiro também perguntou quem era Cimabué , Filippo responde que foi o
primeiro pintor da Itália. Quem era Dante perguntou o cavaleiro, Dante foi o maior poeta de
Itália. Passado um mês já era tempo de o cavaleiro ir para sua casa, mas o mercador insistiu
que ele ficasse lá mas o cavaleiro disse que não podia, pois tinha prometido aos seus familiares
que ia passar o natal com eles. Cavaleiro disse que dentro de três dias iria partir, então Varado
deu-lhe uma carta de recomendação para um rico comerciante da flandres, seu cliente e
amigo. Três dias depois o cavaleiro deixou Florença. Viajava agora com pressa para embarcar
no porto de Génova num dos navios que, no princípio do verão, sobem da Itália para Bruges,
Gand e Antuérpia. Mas no fim do caminho, adoeceu. Talvez foi do sol que escaldava enquanto
cavalgava por vales e montes, ou foi da água que bebeu de um poço onde iam á noite beber os
sardões. Cavaleiro tremendo de febre, foi bater á porta de um convento.

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