O documento resume um artigo sobre a importância da comunicação entre profissionais de saúde e pacientes. Ele discute 4 temas principais: 1) como a comunicação pode estabelecer relações de confiança e ter um efeito terapêutico; 2) barreiras como linguagem técnica que dificultam a comunicação; 3) a necessidade de treinar estudantes de saúde em habilidades comunicativas; e 4) a preferência por um modelo comunicativo dialógico e centrado na pessoa.
O documento resume um artigo sobre a importância da comunicação entre profissionais de saúde e pacientes. Ele discute 4 temas principais: 1) como a comunicação pode estabelecer relações de confiança e ter um efeito terapêutico; 2) barreiras como linguagem técnica que dificultam a comunicação; 3) a necessidade de treinar estudantes de saúde em habilidades comunicativas; e 4) a preferência por um modelo comunicativo dialógico e centrado na pessoa.
O documento resume um artigo sobre a importância da comunicação entre profissionais de saúde e pacientes. Ele discute 4 temas principais: 1) como a comunicação pode estabelecer relações de confiança e ter um efeito terapêutico; 2) barreiras como linguagem técnica que dificultam a comunicação; 3) a necessidade de treinar estudantes de saúde em habilidades comunicativas; e 4) a preferência por um modelo comunicativo dialógico e centrado na pessoa.
Interação em Saúde da Comunidade II Discente: Gabriela Bravim de Araujo
Prof. Francielle Brustolin de Lima Simch GRR: 20205096
Turma 10
Resumo do artigo “Comunicação nas práticas em saúde: revisão
integrativa da literatura”
O artigo apresentado é uma revisão bibliográfica que versa sobre o
estabelecimento de uma comunicação bilateral e dialógica tanto entre os profissionais de saúde e os usuários desse sistema, quanto entre os próprios profissionais de saúde nas equipes.
O texto inicia definindo a comunicação como uma prática social interativa
entre os humanos, que pode ser expressa verbalmente, por meio das palavras, e não-verbalmente, pelos gestos, expressões, olhares, posturas corporais e outros. Portanto, a comunicação é um processo subjetivo, que, apesar de englobar também as informações objetivas e factuais, é extremamente influenciada pela esfera interior do indivíduo e pelo ambiente social e cultural no qual ele está inserido. Logo, podemos observar que a comunicação pode ser utilizada para criar pontes entre indivíduos distintos, mas, se não for utilizada com a devida atenção, pode simbolizar distanciamento e hierarquias entre eles, visto as diferenças de linguagens e saberes, as limitações orgânicas e a imposição de valores (muitas vezes motivada por um sentimento inconsciente de superioridade).
Quanto à metodologia aplicada, após a definição do tema, foram
selecionados 29 artigos completos publicados no período de 2000 a 2010, após pesquisa nos bancos de dados Literatura Latino-Americana em Ciências da Saúde (Lilacs), Literatura Internacional em Ciências da Saúde (MedLine) e Science Direct, utilizando os descritores “comunicação em saúde”, “comunicação” e “comunicação e educação em saúde”.
Dos resultados, após a análise dos materiais, foram definidas quatro
temáticas para a discussão: (I) a comunicação no estabelecimento de relações entre trabalhadores de saúde e usuários; (II) (des)comunicação: barreiras ao ato comunicativo; (III) comunicação e a formação do trabalhador de saúde; e (IV) modelos comunicativos em saúde: a busca pelo modelo dialógico.
Na temática I, são destacados a comunicação e o seu potencial
terapêutico. Essa parte do artigo frisa sobre a capacidade de formar, por meio de uma comunicação saudável, interações que vão influenciar no processo de saúde e doença do paciente. O profissional de saúde deve explicar e clarificar a mensagem para o paciente, não apenas expondo as informações, mas utilizando de uma linguagem adequada para se fazer ser entendido, inclusive diante de pacientes pediátricos. É necessário se atentar para os gestos e expressões corporais próprios e também do paciente, praticar a escuta empática e compreender as diferentes perspectivas culturais e sociais, visando estabelecer a troca de informações e conhecimentos, e não apenas a exposição unilateral desses. Assim, é possível conciliar o tratamento terapêutico com a realidade cultural do paciente e preservar a autonomia dele. Essa foi a parte do artigo que mais chamou minha atenção e me lembrou da discussão sobre o “método clínico centrado na pessoa” e o papel do médico não apenas como um simples identificador de sinais e sintomas, mas também como um ponto de apoio e de conforto para pessoas que estão passando por momentos difíceis (a doença). A profissão médica deve ser humanizada.
A temática II discute sobre as barreiras que dificultam a comunicação. Não
é incomum observar práticas de comunicação não-terapêuticas, como induzir respostas, falsa tranquilização e comunicação unilateral. A falta de paciência por parte do profissional, o uso de linguagem inacessível, a imposição de informações e a postura autoritária são condutas que afastam os pacientes e criam resistência ao processo terapêutico. Também influenciam nos projetos de educação em saúde, cujo enfoque apenas na transmissão da informação, sem ouvir a população-alvo, faz com que os cuidados propostos no projeto tenham uma adesão muito baixa por parte da população. Além disso, é apontado também a hierarquização dentro da própria equipe multiprofissional, caracterizada pela impaciência e pela imposição de informações entre os profissionais com diferentes formações.
Na temática III, é evidenciado que o desenvolvimento dessa capacidade
de comunicação dialógica deve ser incentivado logo durante a graduação, visando a formação futura de profissionais humanizados. É necessário treinar os acadêmicos para identificar as necessidades do paciente atendido, reconhecendo, nesse processo, seus costumes e sua cultura. As Universidades devem buscar a capacitação dos discentes com habilidades de comunicação bilateral.
A temática IV apresenta a dicotomia entre os modelos comunicativos
existentes. Primeiro é apresentado o modelo monológico da comunicação, pautado na sensação de superioridade por parte dos profissionais de saúde e na deslegitimação das informações apresentadas pelos usuários. Esse modelo é caracterizado pela imposição de informações e pela falta de diálogo entre as partes, fazendo a população assumir um papel passivo na comunicação. Como já apresentado no artigo, é reforçado que essa não é a conduta adequada, sendo terapeuticamente inviável e promovendo a não adesão às propostas de saúde por parte da população-alvo. O outro modelo apresentado é o dialógico, em que se nota o respeito à cultura e ao saber dos usuários do sistema de saúde e compreende o paciente não apenas como a doença, mas como um ser humano que está incluído em uma sociedade, e que tem a sua própria percepção do mundo. Com o exercício desse modelo, é possível identificar as esferas sociais e culturais em que o indivíduo está inserido e, assim, estabelecer um plano terapêutico em negociação com ele, respeitando sua autonomia e individualidade.
O artigo então conclui que os profissionais de saúde devem estar atentos
para os aspectos verbais e não verbais da comunicação e buscarem a superação das barreiras comunicativas. É necessário estabelecer o diálogo com os usuários, produzindo o intercâmbio de saberes e desenvolvendo projetos de saúde válidos.