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4 Rodada de Penal e Proc Penal
4 Rodada de Penal e Proc Penal
Renato Borelli
Juiz Federal do TRF1. Foi Juiz Federal do TRF5. Exerceu a advocacia privada e pública. Foi servidor público
e assessorou Desembargador Federal (TRF1) e Ministro (STJ). Atuou no CARF/Ministério da Fazenda como
Conselheiro (antigo Conselho de Contribuintes). É formado em Direito e Economia, com especialização em
Direito Público, Direito Tributário e Sociologia Jurídica.
DIREITO PENAL
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4ª RODADA DE QUESTÕES – DELEGADO PCMG
Direito Penal e Direito Processual Penal
Sabendo-se que:
I – restou comprovado que o material de escalada de Mélvio era compatível com os níveis
de segurança exigidos para escaladas nas condições acima expostas;
II – o instrutor possuía autonomia e registro para a promover escaladas, com experiência
no tipo de subida proposto e reconhecido pela ACE;
III – o percentual de acertos de tais previsões do tempo, para as próximas horas, era de
95% em relação ao local da escalada, como estava exposto na placa;
IV – os amigos de Mélvio que caíram, somente subiram com a garantia de segurança do
instrutor;
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Direito Penal e Direito Processual Penal
GABARITO
DIREITO PENAL
1. B
2. D
3. B
4. C
5. E
1. C
2. D
3. B
4. E
5. C
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Direito Penal e Direito Processual Penal
GABARITO COMENTADO
DIREITO PENAL
Sabendo-se que:
I – restou comprovado que o material de escalada de Mélvio era compatível com os níveis
de segurança exigidos para escaladas nas condições acima expostas;
II – o instrutor possuía autonomia e registro para a promover escaladas, com experiência
no tipo de subida proposto e reconhecido pela ACE;
III – o percentual de acertos de tais previsões do tempo, para as próximas horas, era de
95% em relação ao local da escalada, como estava exposto na placa;
IV – os amigos de Mélvio que caíram, somente subiram com a garantia de segurança do
instrutor;
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Letra b.
Mélvio, mesmo ciente das condições climáticas que poderia pôr em risco a prática de esca-
lada, decidiu insistir no seu intento inicial, considerando que a sua expertise na prática supe-
rasse qualquer adversidade. Além disso, Mélvio atuou na condição de garante da segurança
de seus dois amigos, nos termos do art. 13, § 2º, do Código Penal:
§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar
o resultado. O dever de agir incumbe a quem:
a. tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;
b. de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;
c. com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.
Sendo assim, Mélvio, devido à sua condição de agente garantidor, deve responder por
homicídio culposo, por ter atuado com culpa consciente, acreditando que o resultado não
se realizaria.
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Direito Penal e Direito Processual Penal
Letra d.
a. Errada! A pena, no Brasil, não se ampara apenas na ideia da prevenção geral, mas também
na sua função retributiva e ressocializadora, conforme se extrai do caput do art. 59 do CP:
Para efeito de estudo, a concepção preventiva geral sustenta a produção de efeitos inibi-
tórios, nos cidadãos em geral, à realização de condutas delituosas, de sorte que deixarão
de praticar atos ilícitos em razão do temor de sofrer a aplicação de uma sanção penal. A
prevenção geral pode ser vista sob o viés positivo ou negativo. A prevenção geral negativa
enxerga a pena como uma ameaça, no sentido de uma coação psicológica, capaz de incutir
na mente de todos os efeitos negativos do crime. Já a prevenção geral positiva busca gerar
efeitos sobre os indivíduos não criminalizados da sociedade, não sob a forma de intimida-
ção, mas para produzir um acordo para reafirmar a confiança no sistema coletivo, impondo
um mal ao agente delinquente.
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Direito Penal e Direito Processual Penal
b. Errada! A teoria utilitarista, também conhecida como teoria relativa ou preventiva, não foi
a adotada pelo Código Penal brasileiro, ao menos não de forma pura.
A título de esclarecimento, a teoria utilitarista procura um fim utilitário para a punição. A pena
deve não apenas se dirigir ao agente infrator, mas também advertir os delinquentes em po-
tencial que não cometam crime.
c. Errada! A retribuição é uma das funções da pena, segundo o nosso ordenamento jurídico
brasileiro, conforme expressa disposição do art. 59, caput, do Código Penal. No entanto, ela
não é a única finalidade da pena, que também se presta à prevenção do crime, geral
e especial.
d. CERTA! De fato, o Código Penal brasileiro adotou a teoria mista ou eclética, para a qual
a pena é tanto uma retribuição ao condenado pela realização de um delito como uma forma
de prevenir a realização de novos delitos. Para a teoria mista, a pena tem caráter retributivo,
mas também se destina à reeducação do criminoso e de intimidação geral.
e. Errada! Como já dito, no nosso sistema penal, a ressocialização não é o único fim da
pena. A retribuição e a prevenção geral também são funções da pena.
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Letra b.
a. Errada! A retroatividade da lei penal mais benéfica tem sede no texto constitucional, em
seu art. 5º, XL, mas NÃO está condicionada a qualquer requisito. Significa dizer: basta
ser lei mais benéfica para que se aplique a fatos pretéritos. Nesse sentido é o art. 5º, XL, da
CF e o art. 2º do CP:
CF, art. 5º, XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
CP, art. 2º. Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime,
cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos
fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
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Direito Penal e Direito Processual Penal
Letra c.
O princípio da legalidade, previsto no art. 1º do Código Penal e no art. 5º, XXXIX, da CF/1988
contempla que “Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia co-
minação legal”. Isso corresponde a um dos mais importantes pilares do Direito Penal incri-
minador, do princípio da legalidade extraímos que a punição exige lei escrita, estrita, certa
e anterior ao fato praticado.
Como consequência do pressuposto da anterioridade, tem-se que a lei penal é irretroativa,
salvo quando benéfica ao réu (art. 5º, XL, da CF/1988).
Pois bem, realizadas essas ponderações, observa-se que a Lei n. 13.104/2015, responsá-
vel pela inclusão da qualificadora do feminicídio no Código Penal, endureceu a pena do cri-
me de homicídio e, portanto, é prejudicial ao réu, não podendo retroagir para alcançar fatos
ocorridos no ano de 2014, antes da sua entrada em vigor.
Dessa forma, Vitor responderá por homicídio, mas sem a qualificadora do feminicídio (prin-
cípio da anterioridade da lei penal), porém com a causa de aumento de pena prevista no art.
121, § 4º, do CP, por Clara ser vítima com idade superior a 60 anos, regra já estava positi-
vada na lei penal ao tempo da infração (1º/03/2014).
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Homicídio simples
Art. 121. Matar alguem:
Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
[...]
Homicídio qualificado
§ 2º Se o homicídio é cometido:
[...]
Feminicídio (Incluído pela Lei n. 13.104, de 2015)
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino (Incluído pela Lei n.
13.104, de 2015)
[...]
Aumento de pena
§ 4º No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de
inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de pres-
tar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge
para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3
(um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de
60 (sessenta) anos. (Redação dada pela Lei n. 10.741, de 2003)
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Direito Penal e Direito Processual Penal
Letra e.
Haroldo e Bruna responderão por estelionato, não havendo espaço para se falar em
causa de diminuição da pena pelo arrependimento posterior. É que o arrependimento
posterior, causa geral de diminuição de pena consagrada no art. 16 do Código Penal, exige
que a reparação do dano ou a restituição da coisa sejam integrais, não sendo suficiente
para a sua incidência a reparação parcial do dano.
Vejamos a redação do art. 16:
Arrependimento posterior
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o
dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário
do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.
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Direito Penal e Direito Processual Penal
Letra c.
A questão encontra-se amparada na Súmula 591 do STJ, que assim dispõe:
Letra d.
a. Errada! O sigilo do inquérito policial não pode ser oposto ao advogado do indiciado, de
sorte que ao advogado é garantido o acesso aos elementos de prova já documentados, nos
termos da Súmula Vinculante 14:
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b. Errada! A Lei n. 13.245/2016 não trouxe essa previsão. Na verdade, ela inseriu o inci-
so XXI ao art. 7º do Estatuto da OAB, garantindo ao advogado o direito de assistir a seus
clientes investigados durante a apuração de infrações, sob pena de nulidade absoluta do
respectivo interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos in-
vestigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, poden-
do, inclusive, no curso da respectiva apuração, apresentar razões e quesitos.
c. Errada! A Lei n. 13.245/2016 não instituiu a obrigatoriedade do inquérito policial, que per-
manece sendo um procedimento dispensável.
d. CERTA! Como dito, a Lei n. 13.245/2016 não trouxe essa previsão.
e. Errada! De fato, o inquérito policial é um procedimento inquisitivo, mas não há óbice ao
acesso, pelo advogado, dos elementos de prova nele já documentados.
Letra b.
a. Errada! O bem poderá sim ser sequestrado, ainda que já se encontre em nome de tercei-
ro. É o que autoriza o art. 125 do CPP, in verbis:
Art. 125. Caberá o sequestro dos bens imóveis, adquiridos pelo indiciado com os proven-
tos da infração, ainda que já tenham sido transferidos a terceiro.
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c. Errada! Como visto logo acima, o art. 127 do CPP previu expressamente a legitimidade
da autoridade policial para representar ao juiz requerendo sequestro de bens imóveis.
d. Errada! Nos termos do art. 129 do CPP, é possível a oposição de embargos de terceiros:
e. Errada! Consoante o art. 127 do CPP, o sequestro tanto poderá ser requerido pela autori-
dade policial ao juiz como poderá ocorrer em qualquer em qualquer fase do processo e até
mesmo antes de oferecida a denúncia ou queixa.
Letra e.
Como não se evidencia ofensa a bens, serviços ou interesses da União, suas autarquias ou
empresas públicas, já que Manoela agiu de forma alheia à sua atividade funcional, competi-
rá à Justiça Estadual Comum processar e julgar o suposto delito de interceptação telefônica
sem autorização judicial.
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Direito Penal e Direito Processual Penal
Letra c.
Tratando-se de crime de ação penal privada, haverá perempção quando o querelante deixar
de formular o pedido de condenação nas alegações finais, a teor do art. 60, III, do Código
de Processo Penal:
A perempção, por sua vez, conduz a necessária extinção da punibilidade do réu, conforme
art. 107, IV, do Código Penal:
Com efeito, não restará outra alternativa ao Juiz a não ser reconhecer a extinção da punibi-
lidade de Arnaldo. Portanto, correta a alternativa “c”!
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