Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SENTENÇA
Em 20 de agosto de 2021, faço estes autos conclusos ao Excelentíssimo Senhora Doutora Elora
Dekaminavicius, MM. Juiz de Direito da 1ª Vara Criminal da Comarca da Cidade Universitária.
Vistos.
119
É o relatório. DECIDO.
O acusado Jam Jalan confessa a autoria criminosa dos três furtos cometidos conforme
depoimentos colhidos em fls. 6, nos termos do art. 65, inciso III, d, do CP, explica, ainda em seu
depoimento, explica que os furtos cometidos se dão pelo fato de estar desempregado e passando
necessidade juntamente com sua família.
Importante ressaltar que não resta caracterizado o furto famélico, haja vista o acusado
ter subtraído talões de cheque e não propriamente os alimentos, segundo Capez:
Desta forma, em relação ao réu Jam Jalam e o furto cometido sozinho à residência de
Carlos Américo, resta comprovado por meio de confissão e imagens de segurança, o furto simples,
previsto no art.155 do Código penal.
Culpável é o agente, porque sendo imputável tinha para o caso a potencial
consciência da ilicitude, sendo-lhes, pois, exigível conduta diversa no fato criminoso.
Inexistentem circunstâncias agravantes. Todavia, concorre em favor do réu a
circunstância atenuante prevista no art. 65, III, “d” do Código Penal, sendo esta a confissão espontânea,
prestanda perante autoridade policial e em audiência de instrução e julgamento.
Inexistem causas de aumenta e de diminuição.
Inexistem excludenes de tipicidade, de ilicitude e de culpabilidade, razão pela qual a
responsabilidade penal se impõe.
Passando pelo furto dos talões de cheque na residência da vítima Juarez Tiburcio, o
réu confesso Jam Jalam afirma haver mais de um indivíduo junto ao cometimento do crime. Porém, em
imagens de câmera obtidas 28-30 é possível ver o réu se aproveitando do portão da residência aberto para
furtar os talões de cheque em questão, atuando SOZINHO.
A confissão e o chamamento do co-réu não são suficientes para a condenação quando
não há prova que corrobora com a mesma. Conforme dito acima, nas imagens de segurança da residência
de Juarez Tiburcio, é possível ver somente um indivíduo, Jam Jalam, que se reconheceu no momento da
audiência de instrução e julgamento, e não agindo em conjunto conforme consta em seu ato de confissão.
Desta forma, não há o que se falar em furto qualificado, haja vista o acusado se
aproveitar da oportunidade do portão aberto para adentrar à residência de Juarez Tiburcio, não havendo
qualquer rompimento de obstáculo e pouco menos participação de um segundo indivíduo.
120
Culpável é o agente, porque sendo imputável tinha para o caso a potencial consciência
da ilicitude, sendo-lhes, pois, exigível conduta diversa no fato criminoso.
Inexistentem circunstâncias agravantes. Todavia, concorre em favor do réu a
circunstância atenuante prevista no art. 65, III, “d” do Código Penal, sendo esta a confissão espontânea,
prestanda perante autoridade policial e em audiência de instrução e julgamento.
Inexistem causas de aumenta e de diminuição.
Inexistem excludenes de tipicidade, de ilicitude e de culpabilidade, razão pela qual a
responsabilidade penal se impõe.
Por fim, em relação ao furto de talões de cheque cometido à casa da vítima de Antônio
Juab, está merece mais atenção.
Em depoimentos colhidos em sede policial e em audiência de instrução e julgamento,
a vítima, Antônio Juab, afirma ter avistado se evadindo de sua casa dois indivíduos, porém não conseguiu
identificar nenhum deles.
Já é fato a confissão e corrobação da mesma por meio de imagens de segurança e
depoimento da testemunha quanto ao réu Jam Jalan. Também é fato o chamamento dos co-réus Juab
Juban e Juan Jolan ante a confissão de Jam Jalan.
O sistema penal brasileiro tem como um de seus princípios a não condenação de um
acusado sem meios suficientes de prova, prezando pela presunção de inocência.
No caso in loco, temos somente a confissão do réu Jam Jalan, além do testemunho
prestado pelo policial Cristiano Ronaldo e câmeras de vigilância em que o próprio acusado se reconheceu.
Quanto ao chamamento dos co-réus, não há nenhuma prova cabal de que os mesmos
participaram efetivamente dos furtos.
Desta forma, como não há provas seguras da autoria e materialidade quanto ao furto
praticado, ABSOLVO os réus Joan Juban e Juan Jolan pelo crime de furto os quais foram lhes imputados.
Quanto ao réu confesso Jam Jalam, haja vista não haver rompimento de obstáculo,
escalada ou qualquer tipo de qualificadora incidentes no crime do art.155 do CP, resta comprovado, por
todos os elementos probatórios elencados acima, que o mesmo efetivamente realizou o furto simples,
previsto no art. 155, caput, do Código Penal.
Culpável é o agente, porque sendo imputável tinha para o caso a potencial consciência
da ilicitude, sendo-lhes, pois, exigível conduta diversa no fato criminoso.
Inexistentem circunstâncias agravantes. Todavia, concorre em favor do réu a
circunstância atenuante prevista no art. 65, III, “d” do Código Penal, sendo esta a confissão espontânea,
prestanda perante autoridade policial e em audiência de instrução e julgamento.
Inexistem causas de aumenta e de diminuição.
Inexistem excludenes de tipicidade, de ilicitude e de culpabilidade, razão pela qual a
responsabilidade penal se impõe.
Em depoimento colhido da testemunha Cristiano Ronaldo, policial militar que
realizou a operação, consta que no momento do flagrante os talões de cheque foram encontrados
distribuídos entre os 3 acusados. Ainda, no depoimento do réu Juan Jolan o mesmo afirma desconfiar
que os cheques eram furtados:
“[...]Eu cheguei a ver porque ele tinha acabado de fazer uma compra e
estava guardando, só que assim, eu desconfiei que seria produto de
alguma coisa ilícita esses cheques que estavam com ele [...]”
Os réus poderão apelar, caso queiram, em liberdade, já que não põe em risco a
ordem pública.
DA DOSIMETRIA DA PENA
Culpabilidade inerente ao crime, O réu deve ser considerado primário, pois inexiste
condenação penal trânsita em julgado anterior a esta ação. Não há nos autos elementos que informem a
personalidade e a conduta social.
Levando em conta as circusntâncias judiciais trazidas no art. 59 do CP, fixo a pena-
base em 01 (um) ano de reclusão e 10 dias multa, para cada crime, totalizando 3 (três) anos de reclusão
e 10 dias multa, eis que as circunstâncias judiciais são amplamentes favoravéis ao réu.
Inexistem circunstâncias agravantes .
Verifica-se a presença da circusntância atenuante da confissão espontânea, prevista
no art. 65, III, “d” do CP. Entretanto , tendo em vista que a pena foi fixada no mínimo legal, deixo de
aplicara referida atenuante, mantendo a reprimenda em seu mínimo legal, o que faço com fundamento
no Entendimento Sumulado pelo STJ, no Enunciado nº 231.
122
Ausentes as causas de diminuição e causa de aumento.
Os três crimes de furto imputados ao réu Jam Jalam foram realizados em
continuidade, assim sendo, considerados crimes continuados devido aos três furtos terem sido realizados
no mesmo dia, com mais de uma ação, sendo crimes da mesma espécie, conforme estabelece o art. 71 do
Código Penal:
Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão,
pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo,
lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subsequentes
ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se a pena de um só dos
crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em
qualquer caso, de um sexto a dois terços. (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
,
Para a aplicação de pena, como visto no art. 71 do Código Penal, levar-se-a em conta
a pena maior, no caso in loco todas as penas referentes ao crime continuado são idênticas, haja vista se
tratar de furto simples, aumentados em 3/5, haja vista terem sido cometidos 3 delitos em continuidade,
conforme apresenta modelos para o cálculo de acordo com a melhor doutrina e jurisprudência.
Tomo a pena definitiva em 1 ano, 7 meses e 3 dias.
Em razão do atendimento aos três requisitos cumulativos dispostos nos incisos I, II e
III do art. 44 do CP, SUBSTITUO a pena privativa de liberdade por uma restritiva de direito, qual
seja a prestação de serviços à comunidade, por se configurar a melhor medida a ser aplicavél na situação
evidenciada, como forma de buscar resgatar a auto-estima e o sentimento utilitáio do agente, devendo
se dar mediante a realização de tarefas gratuitas a perant uma das entidades enumeradas no art. 44, §2º do
CP, em local a ser designado pelo Juizo de Execução, devendo ser cumprida à razão de duashoras de
tarefa por dia de condenação, que será distribuída e fiscalizada, de modo a não prejudicar possível
jornada de trabalho do condenado.
Ao Juízo da Execução, após trânsitado em julgado desta decisão, em audiência
admonitória a ser designada, caberá indicar a entidade beneficiária com a prestação dos serviços
comunitários, a qual deverá ser comunicada a respeito, por intermédio de seu representante legal com
remessa de cópia da presente sentença, incumbindo-lhe encaminhar mensalmente relatório
circunstânciado, bem como a qualquer tempo, comunicar sobre a ausência ou falta disciplinar da
condenada, ocnsoante disposto pelo art. 150 da Lei nº 7.210/84.
Deverá ainda, cientificar o condenado que lhe é facultado cumprir a pena
substitutiva em menor tempo (art. 55 do CP) mas nunca inferior à metade da pena privativa de liberdade
fixada ou restante.
Nos termos do art.77, inciso III, do CP, deixo de aplicar a suspensão condicional da
pena, tendo em vista a aplicação da pena restritiva de direitos.
Afasto a detração prevista no art. 387, §2º do CPP, em razão da substituição da pena
aplicada ao réu, por duas restritivas de direito.
Concedo ao sentenciado o direito de recorrer em liberdade, uma vez que não existe
qualquer motivo que justifique a necessidade de aplicação de medida cautelar diversa da prisão, nem
mesmo de prisão preventiva, por estarem ausentes os seus requisitos.
DISPOSIÇÕES FINAIS
124
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO UNIVERSITÁRIO
COMARCA DE CIDADE UNIVERSITÁRIA
VARA CRIMINAL DA CIDADE UNIVERSITÁRIA – UNIVERSITÁRIO
Av. Nasser Marão, 3069, Fórum – Parque Industrial I
CEP 15.503-005 – Cidade Universitária – estado Universitário
Telefone (17) 3405-9990 – E-mail: faleconosco@fev.edu.br
Ato Ordinatório
125
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO UNIVERSITÁRIO
COMARCA DE CIDADE UNIVERSITÁRIA
VARA CRIMINAL DA CIDADE UNIVERSITÁRIA – UNIVERSITÁRIO
Av. Nasser Marão, 3069, Fórum – Parque Industrial I
CEP 15.503-005 – Cidade Universitária – estado Universitário
Telefone (17) 3405-9990 – E-mail: faleconosco@fev.edu.br
126
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO UNIVERSITÁRIO
COMARCA DE CIDADE UNIVERSITÁRIA
VARA CRIMINAL DA CIDADE UNIVERSITÁRIA – UNIVERSITÁRIO
Av. Nasser Marão, 3069, Fórum – Parque Industrial I
CEP 15.503-005 – Cidade Universitária – estado Universitário
Telefone (17) 3405-9990 – E-mail: faleconosco@fev.edu.br
Declaramos ciência nesta data, através do acesso ao portal eletrônico, do teor do ato
transcrito abaixo.
127
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO UNIVERSITÁRIO
COMARCA DE CIDADE UNIVERSITÁRIA
VARA CRIMINAL DA CIDADE UNIVERSITÁRIA – UNIVERSITÁRIO
Av. Nasser Marão, 3069, Fórum – Parque Industrial I
CEP 15.503-005 – Cidade Universitária – estado Universitário
Telefone (17) 3405-9990 – E-mail: faleconosco@fev.edu.br
Justiça Gratuita
128
EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA JUÍZA DE DIREITO DA 1ª VARA
CRIMINAL DA COMARCA DE CIDADE UNIVERSITÁRIA, ESTADO DA CIDADE
UNIVERSITÁRIA
Processo-crime 0000028-10.2019.1.02.3069
RECURSO DE APELAÇÃO
contra a r. sentença de fls. 119/123, requerendo, desde já, seja o recurso conhecido por este
Juízo e, consequentemente, remetido ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Cidade
Universitária, para que dele conheça e, consequentemente, lhe dê total provimento.
Requer, ainda, a concessão dos benefícios da Justiça gratuita, haja vista serem os apelantes
pobres na acepção jurídica do termo, não podendo arcar com as custas processuais sem prejuízo
do seu sustento e de sua família.
Termos em que,
Pede e espera deferimento.
129
RAZÕES DE APELAÇÃO
EGRÉGIO TRIBUNAL
CONSPÍCUA TURMA
ÍNCLITOS DESEMBARGADORES
1. DA ADMISSIBILIDADE
O presente recurso é cabível, haja vista ser interposto contra sentença penal
condenatória prolatada pelo respeitável Juízo a quo.
Além do mais, tempestivo a presente Apelação, já que o prazo de 05 (cinco)
dias, disposto no art. 593, inciso I, do CPC, para apresentação do recurso começou a contar da
data da intimação da sentença, que se deu na data de 20/08/2021. Dentro do prazo, portanto, o
presente apelo.
2. DA SENTENÇA RECORRIDA
130
3. DA INSUFICIÊNCIA PROBATÓRIA EM RELAÇÃO AO RÉUS JUAN JOBAN E
JUAN JOLAM
131
ilícito, apesar de tanto quanto desconhecida as atividades que o condenado (Jam Jalam)
praticava.
Já decidiram assim nossos tribunais:
Dessa forma, excelências, requer que seja decretado a falta de provas para a
condenação dos réus JUAN JOBAN e JUAN JOLAM, em apreço ao direito constitucional da
presunção de inocência, e consequentemente a absolvição sumária dos dois, na forma do artigo
386, inciso VII, do Código de Processo Penal.
5. DOS PEDIDOS
Termos em que,
Pede e Espera o deferimento.
132
Cidade Universitária, 26 de agosto de 2021
133
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO UNIVERSITÁRIO
COMARCA DE CIDADE UNIVERSITÁRIA
VARA CRIMINAL DA CIDADE UNIVERSITÁRIA – UNIVERSITÁRIO
Av. Nasser Marão, 3069, Fórum – Parque Industrial I
CEP 15.503-005 – Cidade Universitária – estado Universitário
Telefone (17) 3405-9990 – E-mail: faleconosco@fev.edu.br
Vistos
Recebo o recurso interposto pelo Defensor às p.129/ 133, com suas razões
deapelação nos seus efeitos legais. Vistas ao MP para apresentar as contrarrazões.
Intime-se
134
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO UNIVERSITÁRIO
COMARCA DE CIDADE UNIVERSITÁRIA
VARA CRIMINAL DA CIDADE UNIVERSITÁRIA – UNIVERSITÁRIO
Av. Nasser Marão, 3069, Fórum – Parque Industrial I
CEP 15.503-005 – Cidade Universitária – estado Universitário
Telefone (17) 3405-9990 – E-mail: faleconosco@fev.edu.br
ATO ORDINATÓRIO
135
Autos nº 0000028-10.2019.1.02.3069.
CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO
EGRÉGIO TRIBUNAL,
COLENDA CÂMARA,
É a síntese do necessário.
136
Quanto ao mérito da causa, ante a inexistência de
questões fáticas supervenientes ou não examinadas pela r. sentença, no que
concerne à análise do quadro probatório e seu cotejo com a imputação vertida na
inicial acusatória, reservamo-nos à faculdade inscrita no artigo 2º, caput, do Ato
Normativo nº 536/2008-PGJ-CGMP, pelo que se reiteram as pertinentes alegações
ministeriais (fls. 108/111).
137
1 VARA CRIMINAL DA COMARCA DA CIDADE UNIVERSITÁRIA.
Autos nº 0000028-10.2019.1.02.3069.
Recorrente: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO.
Recorrido: JAN JALAM.
EGRÉGIO TRIBUNAL
COLENDA CÂMARA
DOUTA PROCURADORIA
142
Inicialmente, cumpre observar que tanto a materialidade
delitiva quanto autoria restaram incontroversas nos autos.
143
Como se vê, em relação a este ponto do guerreado “decisum”,
não andou bem o julgador, motivo pelo qual, em nosso entender, o recurso
ministerial merece medrar para o fim de haver o reconhecimento da
qualificadora prevista no art. 155, inciso IV, do Código Penal.
144
EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA JUÍZA DE DIREITO DA 1ª VARA
CRIMINAL DA COMARCA DE CIDADE UNIVERSITÁRIA, ESTADO DA CIDADE
UNIVERSITÁRIA
Processo-crime 0000028-10.2019.1.02.3069
CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO
Assim, requesta-se pelo seu recebimento, autuação e devido processamento, para que, ao final,
esta Câmara Criminal, usando de seu poder jurisdicional, conheça e dê total improvimento ao
apelo ministerial, mantendo a sentença proferido pelo juízo a quo de fls.119-123, consoante as
razões fáticas e jurídicas aduzidas a seguir.
Termos em que,
Pede e espera deferimento.
EGRÉGIO TRIBUNAL
CONSPÍCUA TURMA
ÍNCLITOS DESEMBARGADORES
SÍNTESE FÁTICA
DO MÉRITO
DOS PEDIDOS
Dado isso, espera o apelado JAN JALAM que seja NEGADO o provimento
do recurso de apelação do órgão ministerial, mantendo então a sentença proferida pelo juízo a
quo, sendo ela irretocável e equitativa!
Termos em que,
Pede e espera deferimento.
CERTIDÃO – MÍDIA
Certifico e dou fé, nos termos dos Artigos 102 e 1.275 ambos da NCGJSP que não há midia de
gravação de audiência a serem encaminhadas e que os depoimentos foram gravados. Nada mais.
Cidade Universitária, 01 de setembro de 2021. Eu, Nayara A. Vidotti Gava, Técnico Judiciário.
REMESSA
Nesta data faço remessa destes autos ao Egrégio tribunal de Justiça, Seção Criminal – Serviço
de Entrada de Autos de Direito Criminal – S.E.J. – 2.1.5- Complexo Unifev – Sala 40. Nada mais.
Cidade Universitária, 01 de setembro de 2021. Eu, Nayara A. Vidotti Gava, Técnico Judiciário.
138
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO UNIVERSITÁRIO
COMARCA DE CIDADE UNIVERSITÁRIA
VARA CRIMINAL DA CIDADE UNIVERSITÁRIA – UNIVERSITÁRIO
Av. Nasser Marão, 3069, Fórum – Parque Industrial I
CEP 15.503-005 – Cidade Universitária – estado Universitário
Telefone (17) 3405-9990 – E-mail: faleconosco@fev.edu.br
0000028-10.2019.1.02.3069
Processo Digital n°: 0000028-10.2019.1.02.3069
Classe – Assunto: Ação Penal – Procedimento Ordinário – Furto
Apelante: Jam Jalan
Juan Jolan
Joan Juban
Apelado: Justiça Pública
Relator: Elora de Cássia Carnahuba Dekaminavicius Zanelato da Silva
VISTA
139
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO UNIVERSITÁRIO
COMARCA DE CIDADE UNIVERSITÁRIA
VARA CRIMINAL DA CIDADE UNIVERSITÁRIA – UNIVERSITÁRIO
Av. Nasser Marão, 3069, Fórum – Parque Industrial I
CEP 15.503-005 – Cidade Universitária – estado Universitário
Telefone (17) 3405-9990 – E-mail: faleconosco@fev.edu.br
TERMO DE CONCLUSÃO
CONCLUSÃO
_______________________________________
Eu, Nayara A Vidotti Gava
Matrícula 003
Escrevente Técnico Judiciário, subscrevi.
145
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO UNIVERSITÁRIO
COMARCA DE CIDADE UNIVERSITÁRIA
VARA CRIMINAL DA CIDADE UNIVERSITÁRIA – UNIVERSITÁRIO
Av. Nasser Marão, 3069, Fórum – Parque Industrial I
CEP 15.503-005 – Cidade Universitária – estado Universitário
Telefone (17) 3405-9990 – E-mail: faleconosco@fev.edu.br
TERMO DE CONCLUSÃO
Vistos
Pela referida sentença de fls. 119/123 prolatada pela MMª Juíza Elora
Dekaminavicius, cujo relatório ora se adota, o réu JAM JALAM foi condenado à prática dos
três furtos presentes nestes autos, com incurso no art. 155, caput, c/c art.71, ambos do Código
Penal, apenado definitivo em 1 ano, 7 meses e 3 dias, sendo SUBSTITUIDA a pena privativa de
liberdade por uma restritiva de direito, qual seja a prestação de serviços à comunidade; os réus
JUAN JOBAN e JUAN JOLAM foram condenados pela prática de receptação culposa, prevista
no art.180, § 3º do Código Penal, com pena revertida em 20 dias-multa, fixando o valor do dia
multa em 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo.
Inconformado, apelou os rèus objetivando a concessão da gratuidade da justiça;
requer que seja decretado a falta de provas para a condenação dos réus JUAN JOBAN e JUAN
JOLAM, em apreço ao direito constitucional da presunção de inocência, e consequentemente a
absolvição sumária dos dois.
Processado e contrarrazoado o recurso, a Douta Procuradoria Geral de Justiça
manifestou-se pelo seu total desprovimento, mantendo-se a r. sentença.
É o Relatório.
Elora Dekaminavicius
Relatora
146
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO UNIVERSITÁRIO
COMARCA DE CIDADE UNIVERSITÁRIA
VARA CRIMINAL DA CIDADE UNIVERSITÁRIA – UNIVERSITÁRIO
Av. Nasser Marão, 3069, Fórum – Parque Industrial I
CEP 15.503-005 – Cidade Universitária – estado Universitário
Telefone (17) 3405-9990 – E-mail: faleconosco@fev.edu.br
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE UNIFEV
Secretária Judiciária
Serviço de Processamento do Grupo de Câmara de Direito Criminal
CONCLUSÃO
Faço estes autos conclusos ao Exmo. Desembargador Revisor Rodrigo Fávaro Rozanez.
Universitária, 08 de setembro de 2021
Eu, Nayara A. Vidotti Gava - Matr. 000-333-C, Técnico Judiciário, subscrevi.
147
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO UNIVERSITÁRIO
COMARCA DE CIDADE UNIVERSITÁRIA
VARA CRIMINAL DA CIDADE UNIVERSITÁRIA – UNIVERSITÁRIO
Av. Nasser Marão, 3069, Fórum – Parque Industrial I
CEP 15.503-005 – Cidade Universitária – estado Universitário
Telefone (17) 3405-9990 – E-mail: faleconosco@fev.edu.br
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE UNIFEV
CONCLUSÃO
Nesta data, faço conclusos estes autos ao Excelentíssimo Desembargador Revisor Rodrigo
Fávaro Rozanez, Universitária, 08/09/2021.
VOTO N° 010.111
VISTOS
Sigam os autos a mesa.
Designe-se audiência
Universitária, 08/09/2021.
(assinado digitalmente)
Rodrigo Fávaro Rozanez
Desembargador Revisor
148
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO UNIVERSITÁRIO
COMARCA DE CIDADE UNIVERSITÁRIA
VARA CRIMINAL DA CIDADE UNIVERSITÁRIA – UNIVERSITÁRIO
Av. Nasser Marão, 3069, Fórum – Parque Industrial I
CEP 15.503-005 – Cidade Universitária – estado Universitário
Telefone (17) 3405-9990 – E-mail: faleconosco@fev.edu.br
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE UNIFEV
ATO ORDINATÓRIO
149
EXMOS. SRS. MINISTROS DO EGRÉGIO TRIBUNAL DO ESTADO DA CIDADE
UNIVERSITÁRIA/UNIFEV
Processo-crime 0000028-10.2019.1.02.3069
JAN JOLAM, JOAN JUBAN E JAN JALAM, já qualificado nos autos da presente
reclamação trabalhista, vem mui respeitosamente à presença dos Exímios Desembargadores,
através de seus advogados devidamente constituídos que estes subscrevem, com endereço
profissional indicado no rodapé deste impresso, apresentar pedido de:
SUSTENTAÇÃO ORAL
REQUER ainda, que seja informada a parte contraria com ANTECEDÊNCIA, para que seja
realizada a sustentação no dia que os autos serão colocados em julgamentos.
Termos em que,
SESSÃO ORDINÁRIA
Caio Henrique dos Santos Vila, foi aberta a sessão da Câmara de Direito Criminal desse
MINISTÉRIO PÚBLICO.
MINISTÉRIO PÚBLICO.
resolveu conhecer do recurso interposto por JUAN JOBAN E JUAN JALAM e em seu
ACÓRDÃO
CLASSE – ASSUNTO: Apelação
PROCESSO Nº: 0000028-10.2019.1.02.3069
APELANTE: Jam Jalan, Juan Jolan E Joan Juban
Ministério Público.
RECORRIDO: Jam Jalan, Juan Jolan E Joan Juban
Ministério Público.
Participaram desta Sessão:
Apelantes: JAM JALAN, JUAN JOLAN E JOAN JUBAN
MINISTÉRIO PÚBLICO.
MINISTÉRIO PÚBLICO.
interposto por JUAN JOBAN E JUAN JALAM, em seu mérito, negar em sua integralidade
dar total procedência, conhecendo da qualificadora do concurso de agentes ao réu confesso JAM
JALAM, devendo ser calculada novamente sua pena, nos termos do voto da Desembargadora
VOTO Nº XXX
APELAÇÃO Nº 0000028-10.2019.1.02.3069
APELANTES: JAM JALAN, JUAN JOLAN E JOAN JUBAN
MINISTÉRIO PÚBLICO.
MINISTÉRIO PÚBLICO.
Desembargadora Relatora e Presidente Elora Dekaminavicius
autoriza a absolvição dos réus JUAN JOBAN e JUAN JALAM, visto que há lastro probatório
julgamento do juízo aquo, confirmaram terem sidos “convidados” pelo réu confesso a realizar
compras, mesmo sendo de amplo conhecimento dos mesmos que aquele se encontrava
Além disso, afirmaram serem apenas conhecidos, sem qualquer tipo de contato
íntimo.
Ora, se sabiam que o réu confesso era desempregado e, por conseguinte, não
possuía condições financeiras para arcar com tais custo, além de serem meros conhecidos, não
cuidado quanto à origem da coisa, que possivelmente tenha origem criminosa, mas a pessoa
preferiu ignorar.
Ainda, de muita expertise do juízo aquo não reconhecer o furto em questão dos
parte dos dois apelantes, ante a insuficiência de provas, porém em receptação culposa, haja vista
Quanto a alegação de prova ilícita, essa não deve prosperar pelas razões que
seguem.
pela equipe policial que realizou o referido flagrante, não havendo quaisquer laudos no processo
de origem.
nulidade.
Desta forma, não há o que se falar em absolvição dos apelantes JUAN JOBAN E
investigação, quais sejam, câmeras de segurança, aliadas com a prisão do apelado em posse da
res furtiva, além de sua confissão são provas inidôneas que baseiam sua condenação.
Sabendo-se que o mesmo alegou estar agindo em concurso com mais dois
comparsas nos furtos praticados e estes terem sido flagrados em câmera de segurança, bem como
mesmo sem a identificação dos dois outros indivíduos, visto que as provas contidas e acima
Sendo assim, deverá ser acolhido totalmente o presente recurso de apelação, para que
a qualificadora de concurso de agentes seja declarada quanto aos furtos realizados, ensebando
apelantes JUAN JOBAN E JUAN JALAM e negar em sua integralidade provimento, pelos
motivos expostos.
ao réu confesso JAM JALAM, devendo ser calculado novamente sua pena.
ELORA DEKAMINAVICIUS
Relatora