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Administração de Salas de Cinema Digital
Administração de Salas de Cinema Digital
Treinamento
Rede de
Rede de
Cinemas
Cinemas
Sindolfo Miranda Filho
Osvaldo Emery
Rio de Janeiro
Escola Superior de Redes
2015
Diretor Geral
Nelson Simões
Coordenação
Luiz Coelho
Edição
Pedro Sangirardi
Revisão Técnica
Graciela Martins e Thiago Ignácio
Versão
1.0.0
Este material didático foi elaborado com fins educacionais. Solicitamos que qualquer erro encontrado
ou dúvida com relação ao material ou seu uso seja enviado para a equipe de elaboração de conteúdo da
Escola Superior de Redes, no e-mail info@esr.rnp.br. A Rede Nacional de Ensino e Pesquisa e os autores
não assumem qualquer responsabilidade por eventuais danos ou perdas, a pessoas ou bens, originados
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Distribuição
Escola Superior de Redes
Rua Lauro Müller, 116 – sala 1103
22290-906 Rio de Janeiro, RJ
http://esr.rnp.br
info@esr.rnp.br
A metodologia da ESR..................................................................................................................................................... iv
1....................................................................................................................................................................................................... 1
Objetivos ........................................................................................................................................................................... 2
Expectativas .................................................................................................................................................................... 2
Arquitetura da solução............................................................................................................................................... 4
Exibidores......................................................................................................................................................................... 7
2.................................................................................................................................................................................................... 11
3.................................................................................................................................................................................................... 33
Introdução ..................................................................................................................................................................... 33
Tipo de compartilhamento.................................................................................................................................... 40
Conteúdos........................................................................................................................................................................... 41
4.................................................................................................................................................................................................... 61
Configurações .............................................................................................................................................................. 62
Calendário ..................................................................................................................................................................... 64
Visão de Conteúdos................................................................................................................................................... 65
A ESR oferece dezenas de cursos distribuídos nas áreas temáticas: Administração e Projeto
de Redes, Administração de Sistemas, Segurança, Mídias de Suporte à Colaboração Digital e
Governança de TI.
A metodologia da ESR
A filosofia pedagógica e a metodologia que orientam os cursos da ESR são baseadas na
aprendizagem como construção do conhecimento por meio da resolução de problemas
típicos da realidade do profissional em formação. Os resultados obtidos nos cursos de
natureza teórico-prática são otimizados, pois o instrutor, auxiliado pelo material didático,
atua não apenas como expositor de conceitos e informações, mas principalmente como
orientador do aluno na execução de atividades contextualizadas nas situações do cotidiano
profissional.
Dessa forma, o instrutor tem participação ativa e dialógica como orientador do aluno para as
atividades em laboratório. Até mesmo a apresentação da teoria no início da sessão de
aprendizagem não é considerada uma simples exposição de conceitos e informações. O
instrutor busca incentivar a participação dos alunos continuamente.
Sobre o curso
O treinamento está organizado em quatro sessões. Na primeira sessão, apresentamos a visão
geral e a arquitetura do projeto e entenderemos como os cinemas participantes do projeto
estão organizados e interligados pela Rede de Cinemas. Esta primeira sessão engloba os
tópicos “O Projeto Rede de Cinemas” e “A Rede de Cinemas”.
Por fim, a sessão quatro apresenta o tópico “Utilizando o Controlador de Cinema”. Neste
tópico, iremos aprender a operar a sala de cinema utilizando o software controlador de
cinema desenvolvido no projeto. Este Controlador é capaz de baixar a playlist montada no
ICD e então reproduzir as respectivas sessões de cinema conforme especificado na playlist.
Convenções utilizadas
As seguintes convenções tipográficas são usadas neste livro:
Itálico
Indica nomes de arquivos e referências bibliográficas relacionadas ao longo do texto.
Largura constante
Símbolo
Indica referência complementar disponível em site ou página na internet.
Símbolo
Indica um documento como referência complementar.
Símbolo
Indica um vídeo como referência complementar.
Símbolo
Indica um arquivo de áudio como referência complementar.
Símbolo
Indica um aviso ou precaução a ser considerada.
Símbolo
Indica questionamentos que estimulam a reflexão ou apresenta conteúdo de apoio ao
entendimento do tema em questão.
Símbolo
Indica notas e informações complementares como dicas, sugestões de leitura adicional ou
mesmo uma observação.
Permissões de uso
Todos os direitos reservados à RNP.
Agradecemos sempre citar esta fonte quando incluir parte deste livro em outra obra.
Exemplo de citação: MIRANDA FILHO, Sindolfo et al. Treinamento Rede de Cinemas. Rio de
Janeiro: Escola Superior de Redes, RNP, 2015.
Sobre os autores
Sindolfo Miranda Filho possui mestrado em informática pela Universidade Federal da
Paraíba (UFPB) e doutorando do programa de pós-graduação em Engenharia Elétrica e de
Computação - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Atualmente é gerente
de projetos.
Contextualização e Benefícios
Contextualização
Cooperação entre o Ministério da Cultura e o Ministério de Ciência, Tecnologia e
Inovação.
Benefícios
Catalogação e compartilhamento de conteúdo entre cinemas associados.
Criação de uma comunidade usuária da Rede de Cinemas proposta.
Desenvolvimento de players e tecnologia nacional para cinema digital.
A RNP foi a primeira rede de acesso à Internet no Brasil, integrando mais de 800
instituições de ensino e pesquisa no país, beneficiando a mais de um milhão de usuários.
Em 2005, o então Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) lançou a Nova RNP. O objetivo
foi de melhorar a infraestrutura de redes em níveis nacional, metropolitano e local (redes
de campus); atender, com aplicações e serviços inovadores, as demandas de comunidades
específicas (telemedicina, biodiversidade, astronomia etc.); e promover a capacitação de
recursos humanos em tecnologias da informação e comunicação.
Objetivos
Constituir uma rede de distribuição de conteúdos audiovisuais entre a Cinemateca
Brasileira e os cinemas e salas de exibição das instituições conectadas à rede
(backbone) operada pela RNP.
Estruturar um circuito de salas compartilhadas para a exibição de conteúdos
audiovisuais de caráter cultural/alternativo, com projeções de boa qualidade técnica.
Disponibilizar um espaço para experimentação da comunidade que vem trabalhando
com problemas relativos à distribuição de conteúdos audiovisuais em rede.
Em 2012 iniciou-se a ativação da Rede de Cinemas que conta com instituições usuárias da
RNP como membros.
Expectativas
Na fase atual da Rede de Cinemas, o suporte de 2º. Nível será provido pela própria equipe
da Dynavideo (desenvolvedores da solução). Em um segundo momento, a expectativa é
de que esse suporte de 2º. Nível passe a ser operado pelo Service Desk da RNP, e a
Dynavideo passe a ser um suporte de 3º. Nível.
Visão geral
Sistema ICD permite compartilhamento de conteúdo entre os cinemas associados.
A visão geral da Rede de Cinemas pode ser vista nesta figura. Cada cinema é uma unidade
autônoma com seus próprios conteúdos e sessões de cinema.
Para gerenciar seus conteúdos, o cinema utiliza o seu nó ICD local. Através deste ICD
local, pode-se também gerar a playlist que especifica as sessões do cinema. Sendo assim, o
Cinema 1 armazena seus conteúdos no ICD local e gera sua própria playlist com o
conteúdo local armazenado, o cinema 2 armazena seus próprios conteúdos e gera sua
própria playlist e assim sucessivamente para cada cinema integrante da rede.
Arquitetura da solução
Compartilhamento de conteúdo entre cinemas.
Controle de salas de cinema através do controlador.
Dois papéis bem definidos:
Gerente de conteúdo.
Operador do cinema.
Operador do cinema
Figura 2: Visão de um cinema participante da Rede
Uma visão completa dos dois papéis pode ser vista nesta Figura 2. O Gerente de Conteúdo
utiliza o ICD para gerenciamento de conteúdo e geração de playlist e o Operador de
Cinema recupera a playlist e conteúdos e exibe estes conteúdos nas diferentes sessões
especificadas pela playlist.
Pode-se observar na figura que o Controlador está controlando N salas de cinema. Este
cenário é possível, de forma que a playlist criada pelo Gerente de Conteúdo pode
especificar os filmes que serão reproduzidos em cada sala individualmente.
Como exemplo, considere um cinema que possua duas salas de reprodução. Neste caso, o
Gerente de Conteúdo pode especificar as sessões para cada sala específica. Por exemplo:
A Sala 2 terá três sessões do filme B, uma às 16hs, uma às 19hs e uma às 22hs.
Em um cenário mais simples, com apenas uma sala de reprodução, podemos ter a
Capítulo 1 - O Projeto Rede de Cinemas
seguinte situação:
A Sala 1 terá uma sessão do filme A às 14hs, uma sessão do filme B às 17hs e uma
sessão do filme A às 20hs.
Componentes do sistema
ICD
Sistema de gerenciamento de conteúdo.
Cadastramento de conteúdos.
Compartilhamento de conteúdo entre os cinemas participantes.
Geração de playlists.
Download de conteúdo.
O ICD consiste em um sistema com interface web, portanto pode ser acessado via
navegador de internet. Os detalhes de operação do ICD serão abordados posteriormente
durante o treinamento.
Exibidores
Exibidores FullHD, 2K.
Recebe comandos remotos do controlador para reprodução (PLAY, PAUSE, STOP,
FORWARD, REWIND).
Cada sala de cinema precisa ter uma máquina exibidora. O controlador se conecta ao
exibidor de cinema através da rede local do cinema para enviar comandos de reprodução,
por exemplo, “play”, “pause”, “stop” etc.
1. Estar fisicamente próxima ao projetor do cinema de forma que se possa ligar a saída de
vídeo à entrada correspondente do projetor. Assim como é necessário também, conectar a
saída da placa de áudio do exibidor na entrada do sistema de som do cinema.
2. Possuir acesso à rede para que o player possa se conectar e receber comandos do
Controlador do Cinema.
Além deste material de treinamento, o projeto disponibiliza uma página web onde estão
concentradas as principais informações e documentos. É importante que o usuário da
rede utilize a página web para recuperar informações e documentação a respeito do
projeto.
Por outro lado, a sala de cinema permite fazer do ato de assistir a um filme uma
experiência coletiva única e compartilhada, na qual o filme não é apenas uma obra
audiovisual, mas também o elo entre pessoas. Essa experiência se manifesta tanto no
compartilhamento do filme durante a sua exibição como também na discussão sobre ele,
ou sobre as mensagens a ele associadas, após a sessão.
O Circuito Ipê busca investir na valorização da sala de cinema como espaço privilegiado
para a exibição de filmes e, em um sentido mais amplo, de conteúdos audiovisuais.
Espera-se que as salas de exibição participantes do Circuito, além de pontos para a
Capítulo 2 - A qualidade da projeção
O cinema digital
Desde seu nascimento, há mais de um século, o cinema utilizou a mesmo princípio para o
registro e reprodução de imagens em movimento: a projeção sequencial e cadenciada de
imagens estáticas registradas em uma película fotográfica perfurada, que é posicionada
Esse tipo de projeção, ainda presente em boa parte das salas comerciais, tem seus dias
contados por conta da decisão dos grandes estúdios de interromper a distribuição de
filmes em suporte fotoquímico 35mm a partir de 2014. Quando isso acontecer, se perderá
a economia de escala que viabiliza a produção e a distribuição de filmes em película,
obrigando todo o mercado exibidor a migrar para a projeção digital. Em breve, os filmes
em película só poderão ser exibidos nas poucas salas ainda equipadas com projetores
mecânicos, utilizando cópias fornecidas por cinematecas e arquivos de filme,
responsáveis pela preservação de uma das mídias mais importantes já utilizadas pela
humanidade para o registro de imagens em movimento.
A partir dessa mudança de suporte, as salas que desejarem exibir filmes produzidos e
distribuídos pelos grandes estúdios deverão adotar, obrigatoriamente, a tecnologia
regulamentada pelo Digital Cinema Initiative (DCI), um consórcio formado por esses
estúdios comerciais. Como essa tecnologia, ao menos nesse momento, implica na
utilização de equipamentos de projeção relativamente caros e complexos, nem todos os
exibidores poderão arcar com os investimentos necessários à conversão para a projeção
digital, correndo o risco de serem alijados do mercado.
Por conta isso, ironicamente, a tecnologia na qual se apostava como ferramenta para a
democratização da difusão de filmes – por possibilitar a distribuição de conteúdos sem
depender do envio de rolos de filmes para todas as salas – poderá ser responsável, ao
menos em um primeiro momento, pela concentração ainda maior do mercado exibidor de
cinema.
Neste contexto, o Circuito Ipê tem entre seus objetivos a busca de uma alternativa viável
em termos de tecnologia de distribuição e projeção utilizando soluções menos onerosas e
complexas do que as associadas ao consórcio DCI. É importante que se deixe claro que
não se pretende substituir o padrão DCI, mas apenas criar mais uma alternativa de
distribuição e exibição de conteúdos audiovisuais que possa ser desenvolvida e
gerenciada localmente por seus usuários.
Os tipos de projeção
Como o Circuito Ipê trabalha com a projeção de conteúdos distribuídos eletronicamente,
é importante diferenciar os tipos de projeção a ele associados: projeção eletrônica e
projeção digital.
sinal elétrico ou óptico, analógico ou digital, sendo que, neste caso, o termo “óptico” deve
ser entendido como sinal transmitido através de fibra óptica. Já a projeção digital é a
projeção eletrônica utilizando um sinal do tipo digital, que atenda aos critérios mínimos
de qualidade definidos pelo consórcio DCI através do documento Digital Cinema System
Specification, que pode ser baixado no site www.dcimovies.com.
Além disso, se analisada sob uma visão mais comercial, a projeção cinematográfica não
escapa da lógica da venda e prestação de serviços associada a outras formas de prestação
de serviço:
Pelo lado do cliente, o espectador, é necessário oferecer a ele um produto com uma
qualidade que o motive a sair de sua residência e dispender seu tempo e dinheiro para
assistir ao filme em uma sala de cinema. Na medida em que as tecnologias domésticas se
sofisticam e o acesso às obras audiovisuais se dissemina, só é possível atrair o
espectador para a sala de cinema se a ele for oferecida uma experiência com qualidade
superior à que ele pode obter em sua casa.
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Neste contexto, o Circuito Ipê considera essencial a qualidade da projeção tanto como
forma de assegurar aos espectadores o máximo de fidelidade às obras que lhes serão
oferecidas, como também para garantir aos realizadores o respeito aos seus direitos de
criação. A qualidade da projeção – associada, obviamente à qualidade do conteúdo a ser
exibido – será determinante na capacidade de atração de público para as salas do Circuito
e na facilitação da captação de mais conteúdos a serem nelas exibidos.
Treinamento Rede de Cinemas
A preocupação com a qualidade técnica é reforçada pelo perfil das salas participantes do
Circuito, cuja importância transcende a simples exibição de filmes. No caso da Cinemateca
Brasileira, além de local de ponto de exibição, a sala de cinema é também um instrumento
de medição, no qual são avaliados os trabalhos de restauro de som e imagem realizados
por seus profissionais.
Nas salas vinculadas a cursos de cinema, a qualidade da projeção é essencial para garantir
que os alunos desenvolvam a sensibilidade que utilizarão profissionalmente para a
criação de imagens em movimento e sons.
Ainda em relação aos conteúdos, é importante garantir seu acesso a todas as pessoas,
inclusive aquelas com deficiências visuais e auditivas, recorrendo-se, sempre que
possível, a tecnologias de acessibilidade tais como legendagem e audiodescrição.
Uma das relações mais estreitas para garantia da qualidade da projeção é aquela
existente entre o suporte do conteúdo do filme e os equipamentos utilizados para sua
reprodução. É necessário que os equipamentos sejam compatíveis com o tipo de
conteúdo que se deseja exibir para que seja possível extrair do suporte do filme todas as
informações nele registradas e reproduzi-las integralmente. Em um caso extremo, se os
equipamentos não puderem “ler” a informação do filme, a projeção simplesmente não
acontece.
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O cuidado em relação aos equipamentos começa no momento da definição da
configuração mais adequada a uma determinada sala de exibição, considerando seu perfil
de utilização e suas características físicas. O projetor, por exemplo, deve ter lente e
luminosidade adequadas às dimensões da imagem que se deseja exibir e o sistema de
som deve ter uma potência suficiente para fazer chegar o som com igual qualidade e
intensidade a todos os espectadores.
É importante utilizar sempre marcas e modelos de qualidade tanto no que tange à boa
reprodução da imagem e do som como também em relação à durabilidade, confiabilidade
e facilidade de operação e manutenção. Como boa parte dos equipamentos é importada,
deve ser assegurado o compromisso do fornecedor e/ou instalador em garantir sua
manutenção preventiva e corretiva assim como o acesso rápido e fácil a peças e
componentes de manutenção.
A instalação dos equipamentos deve ser feita com cuidado e critério para garantir tanto a
qualidade da reprodução da imagem e do som como também a integridade dos
equipamentos e a segurança das pessoas. A alimentação elétrica deve ser compatível com
a potência dos equipamentos a serem instalados de modo a eliminar o risco de acidentes
resultantes de sobrecargas. No caso dos equipamentos mais sensíveis, como projetores,
servidores, computadores etc., é recomendável a utilização de estabilizadores e mesmo
Treinamento Rede de Cinemas
Esse documento deve ser usado como referência para quaisquer projetos de reforma
e/ou construção de salas de projeção e mesmo para avaliação de salas existentes, visando
determinar sua adequação aos ditames da boa projeção em termos de qualidade da
imagem, qualidade do som e conforto do espectador. Vale lembrar ainda que
Recomendação da ABC não esgota o leque de requisitos necessários para adequação
arquitetônica de salas de cinema, sendo necessário considerar as legislações e posturas
estaduais e municipais aplicáveis aos locais de reunião de público.
Além dos aspectos funcionais, a arquitetura da sala também deve ser um ambiente
agradável e estimulante que contribua para a fruição prazerosa do espetáculo
cinematográfico.
Ainda que cada sala costume utilizar uma divisão particular das atribuições de seus
profissionais, é importante garantir o compromisso com a realização das tarefas
envolvidas na obtenção da qualidade. No caso específico do Circuito Ipê, o sucesso da
projeção baseia-se em pelo menos três áreas de conhecimento:
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certamente facilitará a operação diária do sistema e reduzirá a ocorrência de problemas
e o tempo necessário para sua eventual solução.
Para melhor entendimento dos parâmetros adotados pela Recomendação, eles foram
agrupados em categorias afins, a saber: 1) Qualidade da imagem projetada; 2) Qualidade
da imagem percebida; 3) Qualidade acústica e 4) Conforto do espectador.
Para isso, a altura da borda inferior do feixe de projeção em relação ao piso do auditório
deve ser igual ou, preferencialmente, superior a 1,90m, em todas as áreas ocupadas ou
transitadas pelos espectadores durante a sessão do filme. Isso implica em um
posicionamento adequado do projetor e da tela de projeção, e também um cuidado
especial com quaisquer acessórios ou equipamentos que venham a ser instalados na sala
de projeção: luminárias, refletores de luz, projetores auxiliares presos ao teto, elementos
decorativos etc.
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Figura 9: Altura mínima do feixe de projeção.
Por vezes, buscando tornar a imagem do filme do filme mais “envolvente”, ou melhorar a
distribuição da luz de projeção na superfície da tela, adota‐se a solução de instalar uma
tela de projeção curva. Nestes casos, a curvatura deve ser limitada a um raio mínimo igual
a duas vezes a distância entre a tela de projeção e o espectador mais afastado dela.
Distorção trapezoidal
A principal fonte de distorção da imagem decorre do mau posicionamento do projetor em
relação à tela de projeção que pode levar ao defeito chamado “distorção trapezoidal”.
A distorção trapezoidal leva este nome por fazer com que a imagem do filme,
originalmente com formato retangular (Figura 10a), assuma uma configuração
trapezoidal, deformando as imagens nele contidas. Ela é resultante de um
posicionamento inadequado do projetor em relação à tela de projeção, provocando uma
inclinação excessiva do feixe de projeção em relação à tela. Este problema pode ocorrer
Treinamento Rede de Cinemas
devido a um excesso de inclinação vertical (projetor muito inclinado para baixo, Figura
10b), horizontal (projetor muito inclinado para o lado, Figura 18c) ou vertical e
horizontal simultaneamente (Figura 10d).
Já os projetores digitais, por exigência da DCI, não contam com esse tipo de função, o que
torna especialmente crítico o posicionamento do projetor em relação à tela de projeção
para evitar deformações da imagem. Esse problema se complica quando se utiliza em
uma mesma cabine tanto o projetor digital quanto o projetor, ou projetores para película
fotoquímica (geralmente 35mm ou 16mm) que também dependem do correto
posicionamento do equipamento para evitar deformações na imagem. Nesses casos, faz-
se necessária uma avaliação muito cuidadosa do posicionamento dos projetores na
cabine.
Capítulo 2 - A qualidade da projeção
Isto é feito evitando‐se obstáculos que obstruam a linha de visão do espectador à tela
decorrentes de um mau dimensionamento de vigas, colunas, guarda‐corpos e luminárias
etc., ou então, mais comumente, quando os espectadores têm a visão da tela obstruída
pelos espectadores sentados à sua frente.
Para evitar este problema, faz‐se necessário um estudo de visibilidade que garanta uma
linha de visão desimpedida à borda inferior da tela para todos os espectadores. Além
disso, é sempre conveniente considerar a possibilidade de instalação de uma tela auxiliar
abaixo da borda inferior da tela de projeção para eventualidade da utilização de
legendagem eletrônica dos filmes. Nesse procedimento, as legendas do filme são
projetadas a partir de um projetor auxiliar em uma tela estreita com, aproximadamente,
0,30m de altura.
Treinamento Rede de Cinemas
Idealmente, o espectador deve observar a imagem do filme a partir de uma posição que
garanta que seu ângulo de visão coincida com uma reta normal ao centro geométrico da
imagem. No entanto, esta solução raramente é possível na prática, devido tanto a
limitações da arquitetura da sala, bem como à necessidade de acomodação do maior
número possível de pessoas na sala de exibição.
A Recomendação ABC determina que o espectador deva estar posicionado dentro dos
limites definidos por planos que façam 106 graus a partir das extremidades da tela de
projeção, tanto as laterais quanto as extremidades superior e inferior.
Por conta disso, a Recomendação ABC estipula que distância mínima entre a tela de
projeção e a poltrona mais próxima a ela deve ser igual ou, preferencialmente, superior a
60% da largura (L) da tela no formato 1:2,35.
Outro aspecto importante, mas não coberto pela norma, é garantir que as perfurações da
tela de projeção não sejam perceptíveis, sendo recomendada a utilização de tela
microperfurada, principalmente quando a distância entre ela e o espectador posicionado
na primeira fileira for inferior a 6,00m.
Telas com grandes dimensões também contribuem para a qualidade da imagem. Elas
permitem um maior distanciamento entre três caixas acústicas dos canais frontais –
esquerda, centro e direita – facilitando a localização espacial do som reproduzido por
cada uma delas. Se, ao contrário, essas três caixas estiverem muito próximas, essa
localização ficará muito difícil, pois todos os sons parecerão estar sendo reproduzidos no
mesmo ponto.
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De acordo com a Recomendação ABC, o espectador mais afastado da tela de projeção não
deve posicionado além de uma distância igual ao dobro da largura da tela no formato
Cinemascope, sendo admissível uma distância de até 2,9 vezes esta largura.
Luminosidade da imagem
A luminosidade da imagem projetada que chega aos olhos do espectador é resultante da
potência luminosa produzida pelo projetor, da refletividade da tela de projeção e do nível
Treinamento Rede de Cinemas
O interior da sala de cinema deve ser revestido com cor escura e fosca, não
necessariamente preto, para evitar que as superfícies reflitam de volta para a tela a luz da
projeção, reduzindo o contraste da imagem projetada.
Qualidade acústica
A preocupação fundamental em termos de qualidade sonora de uma sala de exibição é
fazer com que o som nela reproduzido seja idêntico ao som finalizado em uma sala de
mixagem, na presença do diretor e do designer sonoro do filme. Para que isso aconteça, as
características acústicas da sala de projeção deve ser idêntica às do estúdio de mixagem –
ou vice-versa. Os aspectos mais relevantes para a qualidade acústica da sala de exibição
são o nível de ruídos de fundo e o tempo de reverberação.
caso, por exemplo, do ruído produzido pelos sistemas de ar condicionado. Esse nível é
determinado através de curvas NC (do inglês “Noise Criteria”) através das quais os níveis
sonoros são medidos em oito faixas de oitavas e registrados em um gráfico que simula a
sensibilidade da audição humana.
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valores fazem com que se percam os detalhes da trilha sonora e, em casos extremos,
podem comprometer sua inteligibilidade.
A recomendação da ABC também determina que o nível de ruídos não deva ser inferior a
NC20 já que, abaixo disso, ruídos intrusivos intermitentes podem se tornar audíveis e
irritantes. É recomendável utilizar certo nível de ruídos de fundo para mascarar as fontes
de ruídos intrusivos que, contudo, não devem superar os valores da curva NC 35.
Tempo de reverberação
A utilização de trilha sonora do tipo multicanal implica em maior preocupação com a
Treinamento Rede de Cinemas
Em filmes com som do tipo 5.1, que se tornou, na prática, o padrão sonoro para cinema, a
trilha sonora do filme é constituída por três canais frontais (frente, centro e direita)
reproduzidos por caixas acústicas posicionadas atrás da tela de projeção, e dois canais
Os principais requisitos para garantir que o espectador possa localizar a partir de onde
está sendo reproduzido cada um desses canais são um espaçamento adequado entre as
caixas acústicas e a redução do tempo de reverberação no interior do auditório. Se as
caixas acústicas dos canais frontais estiverem muito próximas entre si e/ou se o tempo de
reverberação for muito alto, a localização das fontes sonoras fica comprometida e a
associação entre som e imagem se perde.
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O tempo de reverberação é o tempo no qual o som permanece em um ambiente após ser
emitido. Ele é medido em segundos e os valores recomendados variam em função da
utilização que se deseja ao ambiente e seu volume. Via de regra, no caso de ambientes nos
quais se deseja valorizar a inteligibilidade dos diálogos e a localização de múltiplas fontes
sonoras, é dada preferência a tempos de reverberação mais reduzidos.
Conforto do espectador
Além das questões de saúde e bem-estar, as condições de conforto na sala de projeção são
essenciais para a perfeita fruição do espetáculo cinematográfico. Lembrando que o
objetivo de uma boa projeção é fazer com que o espectador se esqueça de seu corpo físico
e mergulhe totalmente na experiência sensorial que lhe é oferecida na sala, devem ser
evitadas quaisquer condições de desconforto durante a duração da sessão.
A Recomendação ABC determina que o ângulo de visão lateral até o centro da largura da
tela de projeção não deve ser superior a 15 graus, de modo a evitar que seja necessário
frente (ou atrás), seja igual ou, preferencialmente, superior a 1,00m. Este valor mínimo
pressupõe a utilização de poltronas convencionais de cinema, de boa qualidade, porém
sem dimensões exageradas; no caso disso acontecer, deverão ser feitas modificações para
que seja oferecida uma distância livre entre poltronas.
Acessibilidade
A preocupação com o acesso às obras cinematográficas deve ser estendida a todas as
pessoas, inclusive aquelas com dificuldade de locomoção e cadeirantes. Para isso, devem
ser atendidos os parâmetros definidos pela norma NBR 9050 da ABNT: “Acessibilidade a
edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos”.
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O Sistema ICD
Roteiro
Introdução e conceitos.
Administração de usuários.
Espaços virtuais.
Conteúdos.
Compartilhamento.
Geração de playlists.
1. Introdução ao ICD.
2. Administração de usuários.
Introdução
Plataforma de intercâmbio de Conteúdos Digitais:
Armazenamento e compartilhamento entre diferentes participantes (colaboração).
Listando usuários
Editando um usuário
A figura mostra o botão de edição do usuário. Ao se selecionar este botão, uma tela
semelhante à tela de adição de novos usuários é exibida permitindo a alteração de
informações de contato, os papéis do usuário e o idioma preferido.
Capítulo 3 - Treinamento – Rede de Cinemas
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Pré-cadastros
O ICD também permite que usuários que não tenham cadastro no sistema possam efetuar
o seu próprio pré-cadastro. Na tela de login, pode-se acessar a opção “Novo usuário?
Cadastre-se aqui”. Ao acessar esta opção, o usuário será direcionado para uma tela
semelhante à de adição de novo usuário, vista pelo administrador do sistema.
Os dados inseridos ficarão disponíveis para que o administrador do ICD possa avaliar
posteriormente. Após a avaliação, o administrador pode ou não decidir por aprovar o
Treinamento Rede de Cinemas
pedido de cadastro.
Compartilhado.
Os conteúdos armazenados no ICD são organizados em Espaços Virtuais, que nada mais
são do que agrupamentos lógicos de conteúdos, de forma semelhante às pastas do
sistema de arquivos de um computador.
Vale lembrar que o papel de Gerente de Armazenamento do ICD é o papel que possui
permissão para gerenciar os espaços virtuais (criar, apagar etc). A seguir veremos as
operações possíveis sobre os espaços virtuais, bem como seus tipos.
37
Para listar os espaços virtuais armazenados no ICD do cinema local, basta acessar no
menu “Espaços Virtuais”o item “Espaços Virtuais Locais”. A tela representada na figura
seguinte é então exibida, listando os espaços virtuais em forma de uma árvore de
diretórios.
A tela de criação possui três abas conforme pode ser observado na figura (aba Descrição,
Permissões e Ações).
39
A aba Permissões permite escolher o tipo de compartilhamento (permissão) que estará
associado ao espaço virtual. Para cada tipo escolhido, pode-se verificar na própria
interface uma breve descrição que auxilia no entendimento das características da
permissão.
Tipo de compartilhamento
O tipo de compartilhamento de um espaço virtual pode ser:
Espaço privado: apenas a associada local pode visualizar e adicionar conteúdos
(opção padrão).
Espaço público: outras associadas podem visualizar o conteúdo.
Espaço compartilhado: outras associadas podem visualizar e adicionar conteúdo.
Espaço customizado: Compartilhamento definido de acordo com preferências do
usuário previamente estabelecidas nas configurações do ICD.
Espaço customizado: nesta opção, a política de permissão será definida de acordo com
preferências previamente estabelecidas pelo usuário na configuração do ICD. Não
recomendamos este tipo de compartilhamento na Rede de Cinemas, portanto não vamos
abordá-lo em nosso treinamento.
Treinamento Rede de Cinemas
Uma vez listados os espaços virtuais, pode-se listar o conteúdo clicando no espaço virtual
desejado. A Figura 28 mostra uma segunda forma de visualização dos espaços virtuais
através da abstração de pastas. De fato, tratamos os dois conceitos como sinônimos,
sendo o nome utilizado uma opção da interface. Neste curso, sempre utilizaremos o termo
espaço virtual.
Na tela de listagem de conteúdo, pode-se observar o botão “Atualizar”, que serve para
atualizar o conteúdo listado. Este botão é útil caso algum conteúdo tenha sido adicionado
depois do carregamento da página de listagem. Na mesma barra onde fica o botão de
“Atualizar” também pode ser encontrada a caixa de texto de busca, que permite buscar
por determinados conteúdos. Note que o espaço virtual mostrado na figura está vazio.
Capítulo 3 - Treinamento – Rede de Cinemas
41
Para adicionar novos conteúdos, utiliza-se o botão com o ícone verde “+” destacado na
figura.
Treinamento Rede de Cinemas
42
A tela para seleção do conteúdo é exibida. Temos basicamente duas importantes opções
de upload:
O botão para selecionar arquivos do seu computador permite que você navegue no seu
sistema de arquivos e escolha um conteúdo desejado.
O botão para selecionar arquivos do servidor permite que você navegue no sistema de
arquivos do servidor. Esta opção é importante caso você deseje adicionar conteúdos que
já estão disponíveis na máquina do ICD, mas não estão cadastrados no sistema ICD. Por
exemplo, pode-se utilizar um HD externo, conectá-lo ao servidor ICD e então cadastrar os
conteúdos deste HD acessando o ICD por outra máquina na rede. Isto permite uma maior
velocidade na alimentação do sistema uma vez que os arquivos estão disponíveis
localmente no servidor, portanto não será necessária a transmissão do arquivo do
computador local para o servidor via rede.
A tela de adição de conteúdo apresenta uma série de abas para entrada de informações
sobre o conteúdo. Algumas delas correspondem a funcionalidades avançadas que não
Capítulo 3 - Treinamento – Rede de Cinemas
entraremos em detalhes em nosso treinamento por não serem relevantes para a Rede de
Cinemas, sendo suficiente ao usuário deixá-las com seus valores padrão.
O ICD também permite a escolha da licença de utilização do arquivo que está sendo
adicionado. Pode-se indicar, por exemplo, uma licença própria, licença livre, licença
Creative Commons etc.
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Nesta tela também é possível visualizar o progresso do upload. Após preencher as
informações e finalizar o upload do arquivo, deve-se clicar no botão “Salvar”.
Formatos de vídeo suportados pelo ICD:
MPG, MPEG, MPE, MP1, MP2, MP4, DAT, VOB, AVI, ASF, WMV, QT, MOV, VIVO, VIV,
FLI, RM, NUV, YUV, FIL, FILM, ROQ, OGG, OGM, SDP, PVA, GIF, 3GP, FLV, DV, WMV e TS.
Formatos mais utilizados:
MP1, MP2, MP4, AVI, WMV, MOV, VOB, FLV e TS.
Vídeos com upload finalizado passam por processo de transcodificação:
Transcodificação para TS H.264 e áudio AAC.
Diferentes resoluções:
Baixa resolução para preview.
FullHD para cinemas Full HD.
Resolução 2K para salas 2K.
Listagem de conteúdos
Treinamento Rede de Cinemas
A lista de conteúdos será exibida. Para cada conteúdo uma imagem de preview será
apresentada juntamente com uma série de informações à direita da imagem.
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Como pode ser visto na figura, temos as mesmas abas disponíveis durante a adição de um
novo conteúdo. Isto permite que o usuário atualize qualquer dado informado durante a
adição do conteúdo.
Os conteúdos também podem ser copiados ou movidos de um espaço virtual para outro.
Para isso basta acessar o menu de opções disponível na barra de ferramentas ou na parte
inferior direita do preview de cada conteúdo. Este recurso é muito importante para a
operação da Rede de Cinemas, pois permite o controle do compartilhamento de
conteúdos. Por exemplo, um determinado conteúdo pode ser copiado para um espaço
virtual público durante um período no qual ficará disponível para os demais cinemas da
Rede, e depois deste período esta cópia pode ser removida do espaço público, o que fará
com que ela não fique mais disponível para os demais cinemas. O conteúdo será
imediatamente indisponibilizado para os demais cinemas.
Recuperando conteúdo
Pré-visualização: basta clicar na imagem do vídeo.
Capítulo 3 - Treinamento – Rede de Cinemas
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Removendo conteúdo
Treinamento Rede de Cinemas
Por fim, a Figura 38 destaca o campo utilizado para buscar conteúdo. Basta digitar o texto
que se deseja procurar.
Acesso a conteúdos remotos:
Espaços virtuais remotos podem ser visualizados através do menu “Espaços
Virtuais Remotos”.
A listagem e pré-visualização podem ser feitas da mesma forma já mostrada
anteriormente.
Para transferir um conteúdo de um cinema para o cinema local, é preciso executar
os passos a seguir.
Até o momento, nós trabalhamos com espaços virtuais (pastas) locais, ou seja, aqueles
espaços que foram criados e estão armazenados no ICD local do cinema em questão.
Para acessar os espaços virtuais remotos, basta acessar o item “Espaços Virtuais
Remotos” no menu “Conteúdos”. As operações que aprendemos para os espaços virtuais
locais também são válidas para os espaços virtuais remotos. Porém, quando trabalhamos
com espaços remotos, temos uma operação adicional bastante importante que consiste
na transferência de um conteúdo de outro cinema para o cinema local, permitindo a sua
exibição local.
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Note que quando se acessa um espaço virtual remoto, os conteúdos daquele espaço não
estão armazenados localmente, mas no ICD remoto do outro cinema. Sendo assim, os
conteúdos não estão diretamente armazenados no ICD local do cinema. Por este motivo,
ao se acessar um espaço remoto, o botão de download de conteúdo que vimos no caso de
um espaço local se transforma em um botão de transferência de conteúdo. Ao se clicar
neste botão uma nova tela será apresentada permitindo que o usuário escolha o espaço
local para o qual deseja copiar o conteúdo.
A parte direita da figura anterior apresenta a tela de seleção do espaço virtual. Basta
escolher o espaço virtual local desejado e clicar no botão “Iniciar Transferência”.
Desta forma, é importante que os downloads dos conteúdos desejados sejam realizados
com a devida antecedência com relação à sessão que se deseja realizar. Esta abordagem
de recuperação prévia garante confiabilidade superior à solução, minimizando as
consequências de possíveis problemas de rede durante a exibição da sessão, pois o
download pode ser interrompido e recomeçado várias vezes antes do início de uma
sessão.
Gerando playlists
Menu Cinema
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Ao entrar no item do menu “Cinema” é exibida a seguinte tela. Para criar e iniciar a edição
de uma nova playlist, basta utilizar o botão “Novo” conforme destacado na figura anterior.
A tela de seleção de conteúdo para a playlist é dividida em duas áreas. A área do lado
esquerdo da tela apresenta os conteúdos disponíveis para serem selecionados para a
playlist. Já o campo do lado direito apresenta os conteúdos selecionados para a playlist
em elaboração.
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Configurando Extras
Extras são conteúdos que acompanham a atração principal, como trailers, anúncios e
créditos.
Clique na opção “Detalhes”, referente ao conteúdo que se deseja configurar.
Selecione o tipo do conteúdo.
Clique em “Fechar”.
Repita para os conteúdos considerados “extras”.
Pode-se seguir os seguintes passos para definir o conteúdo com o tipo “extra”:
Selecione o tipo de conteúdo (neste caso, como estamos considerando que o conteúdo
é um extra, pode-se escolher entre o tipo “Trailer”, “Anúncio” ou “Créditos”).
Precisamos então repetir os passos acima para configurar cada extra desejado.
Treinamento Rede de Cinemas
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De fato, um filme define uma sessão. Note que pode-se ter uma sessão sem conteúdos
extras associados, porém não se pode ter uma sessão sem um filme e cada sessão está
associada a apenas um filme.
1. Adicione o conteúdo.
5. Clique no botão “+” para criar uma sessão para este filme. Selecione a sala e a
data/horário da sessão. Além disso, selecione também os extras desta sessão caso assim
desejar.
Note que as operações descritas no item 5 podem ser repetidas várias vezes para se criar
várias sessões diferentes para o mesmo filme.
Um ponto importante que deve ser destacado aqui é que a sala de cinema deve ser
escolhida de forma a comportar a resolução do filme que se está escolhendo. Por
exemplo, não faz sentido escolher na playlist um extra e um filme com resolução 2K, caso
Treinamento Rede de Cinemas
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Exportando playlist
Após exportar uma playlist, ela ficará disponível para download por parte do
Controlador de Cinema.
Basta selecionar a playlist e clicar no botão “Enviar playlists selecionadas”.
Quando você salva uma playlist, ela ficará salva no servidor ICD, porém ainda não estará
disponível para o controlador do cinema. Para disponibilizar a playlist para o controlador
Treinamento Rede de Cinemas
do cinema, deve-se exportar a playlist. Esta abordagem permite que a playlist possa ser
editada em momentos distintos no servidor ICD, sem que o controlador tome
conhecimento dela.
Agora que já entendemos a arquitetura geral da Rede de Cinemas e sabemos como operar
o ICD, podemos iniciar o estudo da operação dos softwares de cinema. Portanto, nesta
sessão estamos interessados em aprender como utilizar o Controlador de Cinema para
baixar a playlist gerada e exportada pelo ICD e como reproduzir os filmes durante as
sessões especificadas na playlist.
Configurações
Detalhes do dia
Ao se clicar em um dia específico, mostra-se os detalhes deste dia, que consiste na
listagem das sessões agendadas para o dia de interesse.
Note que a interface faz uso de uma barra de rolagem para mostrar informações de todas
as sessões agendadas no dia específico.
Lista dos filmes da playlist.
Detalhes do filme selecionado.
Permite observar detalhes do filme selecionado.
Exemplo:
Treinamento Rede de Cinemas
A área marcada como 3 mostra a lista dos filmes da playlist. Ao se clicar em um filme, a
região “4” exibe detalhes do filme. Por exemplo, as sessões para as quais ele está alocado,
os extras alocados para cada uma destas sessões, os horários das sessões etc.
Na Figura 56 podemos ver que todos os arquivos estão disponíveis no ICD local e
consequentemente prontos para reprodução. Caso algum conteúdo não esteja disponível,
é necessário acessar o ICD para identificar o problema. Normalmente basta efetuar a
transferência do conteúdo para o ICD local e então carregar a playlist no Controlador
novamente. Após este procedimento o conteúdo deve ser exibido como disponível.
OBS: Esta tela também permite que se efetue o download de conteúdos para a máquina
do próprio Controlador. Porém esta opção está fora do escopo do nosso treinamento.
Capítulo 4 - Treinamento – Rede de Cinemas
Para a operação normal da Rede de Cinemas em sua versão atual, é suficiente utilizá-la
apenas para checagem de disponibilidade de conteúdos no ICD local, conforme descrito
no parágrafo anterior.
A visão das salas de cinema permite controlar os exibidores de cinema. Quando acessada
pela primeira vez, a visão não apresentará nenhuma sala. Apenas o botão de criação de
uma nova sala estará disponível permitindo que o usuário adicione uma sala.
Dois grupos de configurações podem ser ativados. O primeiro deles, e também o mais
importante, tem por objetivo configurar o IP e a porta de comunicação com o exibidor de
cinema. Lembre-se da arquitetura geral de uma sala de cinema que o Controlador se
conecta ao player para enviar comandos de reprodução como play e stop. Portanto, é
necessário informar o IP do exibidor referente à sala que está sendo criada.
Podemos visualizar ainda uma caixa de marcação que indica se as sessões desta sala
devem ser iniciadas automaticamente pelo Controlador. Caso esta opção esteja marcada,
o Controlador irá iniciar a reprodução automaticamente assim que a hora agendada para
a sessão for atingida. Caso contrário, o Controlador não enviará os comandos
automaticamente, de forma que o usuário operador do cinema deve iniciar as sessões
manualmente à medida que seus horários forem sendo atingidos.
Capítulo 4 - Treinamento – Rede de Cinemas
Note que mesmo no modo automático, é essencial a atenção do operador, caso algo saia
errado, por exemplo com a conexão entre Controlador e player. O horário da máquina
controladora também deve ser ajustado adequadamente. Na prática, acreditamos que é
aconselhável utilizar o modo manual, pois nele o operador tem a liberdade de iniciar a
sessão um pouco antes ou um pouco depois da hora programada, dependendo de
situações do dia a dia, como o atraso na entrada dos espectadores do cinema, por
exemplo. Desta forma, utilizar um esquema automático para início das sessões nem
sempre é desejado.
Figura 59 podemos observar uma sala de cinema configurada. Podemos ainda observar
os botões de controle da reprodução. Ao se pressionar um destes botões, o Controlador
envia para a máquina exibidora um comando indicando a operação selecionada pelo
usuário.
5. Configuração da sala.
8. Pré-visualização da sala.
9. Remove a sala.
Treinamento Rede de Cinemas
Além da visão geral da sala, é possível verificar os detalhes de uma sala específica. Note
que a área 4 apresenta a lista de sessões para a sala selecionada, indicando a hora inicial e
a duração da sessão calculada pela soma da duração dos extras e do filme alocados para a
sessão.
A área 5 ilustra os conteúdos alocados para a sessão selecionada na área 4. Por exemplo,
pode-se notar que na área 5 temos a indicação de que serão reproduzidos 3 conteúdos
(dois extras e um filme) na sessão selecionada. Note que na primeira coluna da lista é
exibido um ícone que indica o arquivo que está sendo ou será reproduzido no momento.
7. Pré-visualização da sala.
1. Iniciar o servidor ICD. Vale destacar que normalmente o servidor ICD sempre deve
estar ligado.
3. Download da playlist.
Atividades Práticas
Cenário 1: Exibição de conteúdo local
Cenário 2: Exibição de conteúdo compartilhado
Treinamento Rede de Cinemas
Neste cenário básico, toda a operação é realizada no ICD e na sala local do cinema. Neste
caso o usuário utiliza o próprio conteúdo disponível em seu ICD local e monta a playlist
especificando sessões para a sua própria sala de exibição.
Neste cenário de utilização, um cinema pode definir uma playlist para a sua sala local
utilizando tanto conteúdos próprios quanto conteúdos disponibilizados por outros
cinemas. Este cenário promove um ambiente de experimentação com a troca de
conteúdo, permitindo que um cinema distribua e divulgue seu conteúdo para os demais
cinemas da rede. Sendo assim, pode-se ter vários cinemas reproduzindo conteúdos de
vários outros cinemas em suas playlists, montando assim um poderoso cenário de
distribuição/compartilhamento de conteúdo.
Neste caso, o primeiro passo a ser realizado é o compartilhamento do conteúdo por parte
do cinema A.
Para finalizar a atividade prática, o cinema A deve remover o conteúdo do Espaço Público.
Isto fará com que o conteúdo não esteja mais disponível para o cinema B.
Treinamento Rede de Cinemas
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Treinamento Rede de Cinemas