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Estruturas de mercado

Pelo lado da oferta

Monopólio (do grego monos, um + polein, vender) situação de concorrência


imperfeita, em que uma empresa detém o mercado de um determinado produto ou
serviço, impondo preços aos que comercializam.

Monopólios podem surgir devido a características particulares de mercado, ou


devido a regulamentação governamental, o monopólio coercivo, e criam uma
particularidade economica, em que a curva de demanda do bem fica negativamente
inclinada, na medida em que a demanda da firma e a demanda do mercado são as
mesmas.

Teoria do Monopólio

Monopólio há somente um vendedor no mercado para um bem sem substituto e há


barreiras na entrada de empresas que mencionem vender o mesmo bem ou um bem
substituto, protegendo o monopolista da concorrência. Tal como no caso de
concorrência perfeita os exemplos de monopólio na sua forma pura são raros, mas a
teoria do monopólio elucida o comportamento de empresas que se aproximam de
condicoes de monopólio puro. Ter o poder de monopólio significa simplesmente o
vendedor ter algum controle sobre o preço do produto, sem uma curva de oferta.

A fonte básica de monopólio é a presença de barreiras de entrada, de onde se


destacam:

• Economias de escala: Empresas novas tendem a entrar em mercados a


níveis de produção menores do que empresas estabelecidas. Se a indústria é
caracterizada por economias de escala (custos médios decrescem com o
aumento no volume de produção), os custos médios da empresa nova serão
mais altos do que os custos médios de uma empresa estabelecida.
• Proteção Legal: Proteções legais, como direito autoral e patente, garantem ao
seu detentor exclusividade no mercado. As leis das patentes no EUA
permitem a um inventor o direito de usar a invenção por um período de 17
anos, período no qual o dono da patente está protegido da concorrência.
• Propriedade exclusiva de matéria-prima: Empresas estabelecidas podem
estar protegidas da entrada de novas empresas , pelo seu controle das
matérias-primas, ou outros recursos-chaves para produção.
• Lobby político: Por influência política surgem as condições de um monopólio.

Tipos de monopólio

Monopólio Natural

O monopólio natural é uma situação de mercado em que os investimentos


necessários são muitos elevados e os custos marginais são muito baixos.
Caracterizados também por serem bens exclusivos e com muito pouca ou nenhuma
rivalidade.

Esses mercados são geralmente regulamentados pelos governos e possuem prazos


de retorno muito grandes, por isso funcionam melhor quando bem protegidos.
TV a cabo, distribuição de energia elétrica ou sistema de Fornecimento de Água são
exemplos caracteristicos de monopólios naturais, ainda que na atualidade haja
concorrência nesses setores.

Oligopólio

Oligopólio (do grego oligos, poucos + polens, vender) também chamada de forma
evoluída de monopólio, onde um grupo de empresas promove o domínio de
determinada oferta de produtos e/ou serviços, como empresas de mineração,
alumínio, aço, construtores automóveis, cimentos, laboratórios farmacêuticos,
aviação, comunicação e bancos. Existem quatro formas básicas de oligopólio:

Designa-se por oligopólio a situação de um mercado com um número reduzido de


empresas, de tal forma que cada uma tem que considerar os comportamentos e as
reacções das outras quando toma decisões de mercado. As causas típicas do
aparecimento de mercados oligopolistas são a escala mínima de eficiência e
características da procura. Em tais mercados existe ainda alguma concorrência, mas
as quantidades produzidas são menores e os preços maiores do que nos mercados
concorrenciais (ainda que relativamente ao monopólio as quantidades sejam
superiores e os preços menores). Tipicamente, nos mercados oligopolistas a
concorrência incide em características dos produtos distintas do preço (p. ex.,
qualidade, imagem, fidelização, etc.).

Cartel

Cartel é um acordo explícito ou implícito entre concorrentes para, principalmente,


fixação de preços ou cotas de produção, divisão de clientes e de mercados de
atuação[1] ou, por meio da ação coordenada entre os participantes, eliminar a
concorrência e aumentar os preços dos produtos, obtendo maiores lucros, em
prejuízo do bem-estar do consumidor.

A formação de cartéis teve início na Segunda Revolução Industrial, na segunda


metade do século XIX.

Cartéis normalmente ocorrem em mercados oligopolísticos, nos quais existe um


pequeno número de firmas, e normalmente envolve produtos homogêneos. Na
prática o cartel opera como um monopólio, isto é, como se fosse uma única
empresa.

Cartéis são considerados a mais grave lesão à concorrência e prejudicam


consumidores ao aumentar preços e restringir oferta, tornando os bens e serviços
mais caros ou indisponíveis.

Ao artificialmente limitar a concorrência, os membros de um cartel também


prejudicam a inovação, impedindo que novos produtos e processo produtivos surjam
no mercado. Cartéis resultam em perdas de bem-estar do consumidor e, em longo
prazo, perda de competitividade da economia com o um todo.

Segundo estimativas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento


Econômico (OCDE), os cartéis geram um sobrepreço estimado entre 10 e 20%
comparado ao preço em um mercado competitivo, causando prejuízos de centenas
de bilhões de reais aos consumidores anualmente.
Truste

Truste é o resultado típico do capitalismo que forma um oligopólio na qual leva a


fusão e incorporação de empresas envolvidas de um mesmo setor de atividades a
abrirem mão de sua independência legal para constituir uma única organização, com
o intuito de dominar determinada oferta de produtos e/ou serviços. Pode-se definir
truste também como uma organização empresarial de grande poder de pressão no
mercado.

Truste é a expressão utilizada para designar as empresas ou grupos que, sob uma
mesma orientação, mas sem perder a autonomia, se reúnem com o objetivo de
dominar o mercado e suprimir a livre concorrência e também sao grandes grupos ou
empresas que controlam todas as etapas da produção, desde a retirada de matéria-
prima da natureza até a distribuição das mercadorias.

A expressão é adaptação da expressão em inglês trust, que significa "confiança".


Outra forma de organização de empresas é o cartel, que é um acordo de várias
empresas independentes para controlar ou dominar o mercado de determinado
produto.

Um exemplo prático de truste foi quando o Conselho Administrativo de Defesa


Econômica (CADE) utilizou a legislação antitruste para condenar a tabela de
honorários utilizada pelos médicos da Associação Médica Brasileira (AMB).

Os trustes podem ser de dois tipos:

Trustes Verticais

Trustes Verticais são aqueles que visam controlar de forma seqüencial a produção
de determinado gênero industrial desde a matéria-prima até o produto acabado,
sendo que as empresas podem ser de diversos ramos.

Trustes Horizontais

Trustes constituídos por empresas que trabalham com o mesmo ramo de produtos.

Dumping

Dumping é uma prática comercial, geralmente desleal e injusta, que consiste em


uma ou mais empresas de um país venderem seus produtos por preços
extraordinariamente abaixo de seu valor justo para outro país (preço que geralmente
se considera menor do que o que se cobra pelo produto dentro do país exportador),
por um tempo, visando prejudicar e eliminar os fabricantes de produtos similares
concorrentes no local, passando então a dominar o mercado e impondo preços
altos. É um termo usado em comércio internacional e é reprimido pelos governos
nacionais, quando comprovado. Esta técnica é utilizada como forma de ganhar
quotas de mercado.

Como exemplo, pode-se constatar a prática de dumping se a empresa A, localizada


no país X, vende um produto nesse país por US$ 100 e o exporta para o Brasil por
US$ 80, sempre levando em consideração a existência de condições comparáveis
de comercialização (volume, estágio de comercialização, prazo de pagamento etc.).
As medidas antidumping têm como objetivo neutralizar os efeitos danosos à
indústria nacional causados pelas importações objeto de dumping, por meio da
aplicação de alíquotas específicas (fixadas em dólares dos EUA e convertidas em
moeda nacional), ad valorem (sobre o valor aduaneiro da mercadoria em base CIF,
no Brasil) ou de uma combinação de ambas.

Algumas formas e artifícios comuns de concorrência desleal

Preço predatório
Preço predatório é uma conduta que se verifica quando uma firma reduz o preço de
venda de seu produto abaixo do seu custo, incorrendo em perdas no curto prazo,
objetivando eliminar rivais do mercado ou criar barreiras à entrada de possíveis
competidores para, posteriormente, quando os rivais saírem do mercado, elevar os
preços novamente, obtendo, assim, ganhos no longo prazo.

Em muitos países a prática de preços predatórios é considerada anti-competitiva e


ilegal sob a óptica das leis antitruste.

Venda casada
Venda casada é a prática de vender um bem com a condição de que o consumidor
adquira um outro bem. Ela é muitas vezes ilegal quando os produtos não são
naturalmente relacionados.

Alguns tipos de venda casada são vistas como sendo práticas anticompetitivas. A
idéia básica é que os consumidores são prejudicados ao serem forçados a adquirir
um bem indesejado para poder adquirir o bem de que eles realmente necessitam e,
assim, prefeririam que os bens fossem vendidos separadamente. A empresa que
pratica essa conduta deve possuir significante poder de mercado de modo a
conseguir impor a venda casada aos consumidores, a despeito das forças
competitivas do mercado.

A venda casada também pode prejudicar outras empresas no mercado que


produzam o bem.

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