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RELATÓRIO DE ATENDIMENTO

FONOAUDIOLÓGICO

Data do relatório: 18/ 11/ 2020

Nome do paciente: Sara Manoela Guerreiro Cavalcante Sexo: Feminino

Idade: 8 anos
Data de Nascimento: 08/10/2012

Endereço: Rua Crizanto Jobim – 630 Bairro: Petrópolis

Telefone de contato: (92) 99124 – 0191


Nome do pai: Jeilza Guerreiro

Nome da mãe: Fabricio Cavalcante

Queixa: Troca o /l/ pelo /r/ e não socializa


HD FONO: F80 – Transtornos Específicos do Desenvolvimento da Fala e da Linguagem.
HD MÉDICO: F84.0 – Autismo infantil.
Estagiário responsável: Claudileia Roberto / Nathla Nogueira
Dia de atendimento: quarta-feira Horário: 14;10 min
Número de sessões previstas: 8

Número de sessões realizadas: 7

Número de faltas estagiário: Claudileia – 0 / Nathla - 01

Número de faltas paciente: 1

Docente da disciplina: Grijalba Rodrigues


1. Anamnese e História do caso

Paciente compareceu a clínica fonoaudiológica acompanhada da mãe


durante a anamnese coletamos dados importantes como idade, hábitos da paciente,
informações da gestação na qual não ocorreu nenhuma intercorrência e as queixas
da mãe que relatou que a paciente troca o /l/ pelo /r/ e que não socializa com outras
crianças.
Segundo as informações coletadas, durante a gravidez a mãe não teve
nenhum tipo de doença e o parto foi normal, sobre os hábitos da paciente a mãe
relatou que a filha tem sono agitado, devido a respiração alterada por conta da rinite,
paciente têm apneia e dorme com a boca aberta. Tem histórico de sucção digital até
os seis anos. Convive com irmão que também é autista e a diferença de idade é
pouca, apenas 1 ano. Na escola a paciente senta na frente e está no segundo ano
do fundamental, mãe relata que a paciente perde a concentração muito rápido
devido o barulho e acaba se isolando, tem um pouco de dificuldade na leitura e
nunca repetiu de ano.
Paciente têm laudo de transtorno do espectro autista – TEA. Teve
acompanhamento fonoaudiológico com duração de apenas um mês e faz
atendimento com o psicólogo para trabalhar a socialização.
Finalizamos a anamnese e em seguida foi apresentado e lido os termos
para a mãe, no qual aceitou e assinou estando de acordo, e explicamos que os
estudantes de fonoaudiologia iriam realizar o atendimento com a supervisão do
preceptor.

2. Avaliação Fonoaudiológica

A primeira avaliação que aplicamos foi a de Motricidade Orofacial, e foi


possível avaliar a posição habitual dos lábios que é entreabertos, tem falta de
coordenação na lateralização do lado esquerdo e direito, não realiza a vibração do
‘br’ e tem a participação do músculo mentual. Nas bochechas podemos observar a
presença de marcas de dente no lado esquerdo. Todos os músculos da expressão
facial estão adequados, apresenta rugosidade palatina, modo respiratório oral e a
mastigação e deglutição dos alimentos é rápida, mastiga dos dois lados.
A segunda avaliação foi a de linguagem adaptada por Regina Jakubovicz
que visa observar as funções comunicativas, paciente reconhece os números, letras,
cores e formas. Compreende ordem simples e complexas, leu o texto sem ajuda e
conseguiu interpretar, apresentou apenas em uma palavra certa dificuldade no
encontro consonantal com o fonema /l/, não teve trocas na escrita. Percebemos
apenas uma distorção e troca nos fonemas /r/ e /l/, mas quando lia com calma como
por exemplo a palavra ‘planta’ e ‘Brasil’ ela conseguia falar normalmente.

3. Conduta

S.M. começou a terapia fonoaudiológica com intuito de estimular os


fonemas onde há distorções e trocas junto com terapia miofuncional orofacial com
ênfase no trabalho de fortalecimento da musculatura dos órgãos fonoarticulatórios.

Solicitamos a ajuda da mãe para trabalhar fortalecimento e mobilidade da


língua para melhorar a pronúncia do fonema, pois a paciente consegue pronunciar o
fonema, só precisa do incentivo. Continuamos com as orientações a mãe para
estimular a paciente em casa, já que o atendimento é feito apenas uma vez por
semana, para a paciente não ficar parada e assim ajudar no trabalho que está
sendo feito.

Agora vai ser trabalhado a musculatura miofuncional para que não se


agrave essa respiração oral, e trabalhar para os lábios ficarem com vedamento
adequado, continuando a trabalhar linguagem como um todo.

4. Estratégias terapêuticas

As estratégias abordadas tiveram como objetivo trabalhar a distorção e


troca dos fonemas no qual a paciente apresentou dificuldade, fortalecer a
musculatura oromiofuncional, e mobilidade da língua.

Trabalhar leitura, escrita e concentração através de textos e imagens,


promover a interação da criança com as terapeutas com brincadeiras, aprimorar
habilidades fonológicas através de trava-línguas e bombardeamento auditivo.
5. Resultados alcançados

Quando a paciente chegou ao consultório acompanhada da mãe, ela


relatou que a criança fazia muitas trocas do /r/ pelo /l/. Após a avaliação de
motricidade percebemos a respiração oral e que a paciente ficava constantemente
com os lábios entreabertos, começamos a trabalhar a musculatura dos orbiculares
da boca e exercícios focados nos fonemas na qual a mãe relatou e percebemos a
dificuldade durante avaliação, depois de algumas sessões foi perceptível a melhora
na pronúncia dos fonemas e na tonicidade e mobilidade da língua.

Percebemos a evolução da paciente, no pouco tempo que podemos


trabalhar, teve algumas dificuldades em relação a atenção dela, mas
conversávamos com ela e logo voltávamos a terapia, paciente sempre cooperativa
em fazer tudo certinho, mas acontecia que nem sempre prendíamos a atenção dela.
Paciente socializou bastante com todos, pedíamos sempre que ela se apresentasse
e falasse um pouco sobre ela, fazendo assim com que ela se socializasse com
outras pessoas.

Aproveitamos cada momento no qual estávamos com ela para estimular a


linguagem e falar a importância de fazer os exercícios em casa também.

6. Considerações finais

Paciente S.M.G continuará com os atendimentos fonoaudiológicos

Para as próximas sessões continuar trabalhando terapia miofuncional


orofacial com ênfase no trabalho de fortalecimento da musculatura dos órgãos
fonoarticulatórios. Assim evitando que se agrave a respiração oral da paciente e não
ocasionando outros problemas. Continuar com estímulos textuais, trabalhando a
dicção, rever estratégias para manter a paciente concentrada nas terapias, formas
para que a criança interaja e socialize. Ensinar e elaborar a paciente a fazer
exercícios simples em casa e falar da importância do mesmo

Passar informações sobre as terapias e os resultados alcançados, sempre


lembrar sobre a importância do estímulo continuar em casa, para assim alcançar
resultados.

Quando finalizamos passamos algumas orientações para os pais, para os


pacientes não ficarem sem estímulos, se possível perguntar aos pais como foi a
realização dessas atividades.

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Nome do Estagiário e período Docente Responsável
REFERÊNCIAS
Bervilacqua, Maria Cecília S., Lourdes Bernadete R.S, Ana Cristina. Planos
Terapéuticos Fonoaudiológicos(PTFs).Editora:PRÓ FONO Local; Barueri. data de
publição;2015.
Ferreira, L.P. Tema  de fonoaudiológia. 2.ed. São Paulo:Loyola 1985.
Spinelli V.P, Massari IC, Trencher M.C.B. Temas em Fonoaudiològia
9·ed. SãoPaulo:Loyola;1989. Cap.Distúrbios Articulatorios.
Elliot a A.S. A linguagem da criança. Trad. Vera Ribeiro.Rio de Janeiro:Zahar 1981.

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