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Variações linguísticas

Variações linguísticas
A variação linguística é um fenômeno natural que ocorre pela
diversificação dos sistemas de uma língua em relação às possibilidades de
mudança de seus elementos (vocabulário, pronúncia, morfologia, sintaxe). Ela
existe porque as línguas possuem a característica de serem dinâmicas e
sensíveis a fatores como a região geográfica, o sexo, a idade, a classe
social do falante e o grau de formalidade do contexto da comunicação.
É importante observar que toda variação linguística é adequada para
atender às necessidades comunicativas e cognitivas do falante. Assim, quando
julgamos errada determinada variedade, estamos emitindo um juízo de valor
sobre os seus falantes e, portanto, agindo com preconceito linguístico.
Variação linguística é uma expressão empregada para
denominar como os indivíduos que compartilham a mesma
língua têm diferentes formas de utilizá-la. Essa diversidade de
escrita e fala decorre de fatores geográficos, socioculturais,
temporais e contextuais, e pode ser justificada pelo
funcionamento cerebral dos usuários do idioma bem como
pelas interações entre eles. A importância das variações reside
no fato de que elas são elementos históricos, formadores de
identidades e capazes de manter estruturas de poder.
Variação linguística é a diversificação dos sistemas
de uma língua em relação às possibilidades de
mudança de seus elementos (vocabulário,
pronúncia, morfologia, sintaxe).
Tipos de variação linguística
• Variação diatópica (variação regional)
• Variação diastrática (variação social)
• Variação diacrônica (variação histórica)
• Variação diamésica
Variação diatópica (variação regional)
• São aquelas que demonstram a diferença entre as falas dos habitantes de diferentes
regiões do país, diferentes estado e cidades. Por exemplo, os falantes do Estado de
Minas Gerais possuem uma forma diferente em relação à fala dos falantes do Rio de
Janeiro.
• Observe a abordagem de variação regional em um poema de Oswald de Andrade:
• Vício da fala
• Para dizerem milho dizem mio
• Para melhor dizem mió
• Para pior pió
• Para telha dizem teia
• Para telhado dizem teiado
• E vão fazendo telhados.
Região Nordeste Região Sul Região Norte

Racha – pelada, jogo de futebol Campo Santo – cemitério Miudinho – pequeno

Jerimum – abóbora Alçar a perna – montar a cavalo Umborimbora? – Vamos embora?

Sustança – energia dos alimentos Guacho – animal que foi criado sem mãe Levou o farelo – morreu
• A variação diatópica é a que ocorre em virtude das diferenças geográficas entre
os falantes. Ela pode acontecer tanto entre regiões de uma mesma nação, por
exemplo, Rio de Janeiro e Goiás, quanto entre países que compartilham a mesma
língua, como Brasil e Portugal.

• No caso dos dois Estados, a relação de proximidade linguística decorre


do processo de colonização, que resultou na imposição de um novo idioma aos
habitantes das terras além-mar. Embora a língua portuguesa foi e continua sendo
oficial, ela se distanciou em vários aspectos daquela empregada na Europa, tendo
em vista que tivemos a influência de diversas línguas não só dos indígenas mas
também de povos estrangeiros, como os diversos grupos étnicos africanos.

• Tais diferenças podem ser observadas no campo lexical. Por exemplo, apelido, no
Brasil, significa um nome informal conferido a alguém, enquanto, em Portugal, o
termo carrega o sentido de sobrenome.
• Além desse âmbito, percebemos distinções sintáticas nos dois locais, como
a posição dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, nos, vos), uma vez
que, em situações informais, tendemos a colocá-los antes dos verbos (Te
amo!), já os portugueses costumam inseri-los após os verbos (Amo-te!).

• Também podemos constatar que há contrastes fonético-fonológicos, por


exemplo, no país luso, há uma marcação bem forte do “l” nos finais de
sílaba (Maria, pegue o “papellllll”, por favor!), já aqui esse fone é
substituído pelo “u”, o que desencadeia o seu enfraquecimento (Maria,
pegue o “papeu”, por favor!).
• Assim como há variações entre Portugal e Brasil, no nosso território, em
razão da dimensão continental e da pluralidade cultural, o uso da língua é
modificado conforme a região. Portanto, temos, por exemplo, a palavra
“menino”, na Bahia, e “guri”, no Rio Grande do Sul. Também percebemos o
uso do pronome “tu” em algumas regiões do Pará e o amplo uso do “você”
em diversos locais, como Minas Gerais, o que implica toda uma
transformação sintática.

• Ademais, constatamos um “r” retroflexo, conhecido também como “r


caipira” por alguns linguistas, como Amadeu Amaral, em Goiás
(“Porrrrrrrrta”), enquanto, no Rio de Janeiro, predomina o “r” que raspa no
fundo da garganta.
Cada região do Brasil possui suas variedades linguísticas.
Variação diastrática (variação social)

São variedades que possuem diferenças em nível fonológico ou


morfossintático. Veja:

• Fonológicos - “prantar” em vez de “plantar”; “bão” em vez de “bom”;


“pobrema” em vez de “problema”; “bicicreta” em vez de “bicicleta”.
• Morfossintáticos - “dez real” em vez de “dez reais”; “eu vi ela” em vez de
“eu a vi”; “eu truci” em vez de “eu trouxe”; “a gente fumo” em vez de
“nós fomos”.
As divisões da Gramática

Os diversos assuntos abordados pela Gramática pertencem a


divisões específicas desta área de estudo. Essas divisões e as suas
principais características:

Fonologia
Proveniente do grego phonos = voz/som; logos = palavra/estudo, a Fonologia é a
parte que estuda o sistema sonoro de um idioma. É a área de estudo que se
preocupa com a maneira pela qual os sons da fala (os fones) se organizam
dentro de uma língua, classificando-os em unidades capazes de distinguir
significados: os denominados fonemas. Destacam-se, também, o estudo das
vogais, semivogais, consoantes, dígrafos, encontros vocálicos e consonantais,
estrutura silábica, acento, entonação, dentre outros.
Morfologia

Trata do estudo da estrutura, da formação e da classificação das palavras através


de elementos morfológicos (ou mórficos), que são as unidades que formam uma
palavra. Os elementos morfológicos compreendem o radical, o tema, a vogal
temática, a vogal ou consoante de ligação, afixo, desinência nominal ou verbal. A
morfologia estuda as palavras isoladamente e não dentro de uma frase ou período
e está agrupada em dez classes de palavras (ou “classes gramaticais”), a saber:
substantivo, artigo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição,
conjunção e interjeição.
Sintaxe

Tem por finalidade estudar as relações que se estabelecem entre os


termos das orações e dos períodos. Compreende o estudo do sujeito
e predicado (termos essenciais da oração); os complementos verbais,
complemento nominal e agente da passiva (termos integrantes da
oração) e o adjunto adnominal, adjunto adverbial, aposto e vocativo
(termos acessórios da oração).
Inadequação morfo-sintática:

• o avião se explodiu em um ataque terrorista.


• certo dia reuniram em uma casa, uma família bem humilde para discutirem sobre
sentimentos.
• (...) contou uma história pelo qual estava emocionada.
• Onde eu morava tinha uma conveniência bem do lado.
• Minha irmã chegou com o marido dela.
• O único dia do ano onde unimos
• Era um certo dia eu fui para a fazenda (...)
• Encontrei meus parentes que não havia mais de 2 anos.
• Aprendi a andar a cavalo e banhei no rio.
Inadequação morfo-sintática:
• Elas são muito legais, pois se damos muito bem.
• (...) nunca que ia caber.
• Seu tio que estava de carro levou ele até ao médico.
• A família de Leia voltaram para a cidade.
• (...) arrumou um emprego onde ela morava no serviço.
• (...) estavam organizando as carnes para seu casamento onde um desses jovens ia casar.
• Chegou uma camionete da cidade onde foi a sorte de todos.
• (...) levaram todos para um hospital, na qual essa cidade não tinham recursos.
• (...) serviu como exemplo onde todos estão hoje muito felizes.
São as mudanças da língua de acordo com o grau de formalidade, ou seja, a
língua pode variar entre uma linguagem formal ou uma linguagem informal.

• Linguagem formal: é usada em situações comunicativas formais, como uma


palestra, um congresso, uma reunião empresarial, etc.
• Linguagem Informal: é usada em situações comunicativas informais, como
reuniões familiares, encontro com amigos, etc. Nesses casos, há o uso
da linguagem coloquial.
• Gíria ou Jargão: É um tipo de linguagem utilizada por um determinado grupo
social, fazendo com que se diferencie dos demais falantes da língua. A gíria é
normalmente relacionada à linguagem de grupos de jovens (skatistas, surfistas,
rappers, etc.). O jargão é, em geral, relacionado à linguagem de grupos
profissionais (professores, médicos, advogados, etc.)
Gírias, expressões orais e clichês:
• (...) resolveram fazer uma festa de arromba
• na certa um deles ofereceu sua casa
• eram bebidas pra lá, comida pra cá
• e a festa estava rolando
• foi como o céu tivesse caído na minha cabeça
• (...) daqueles que faz a gente perder a cabeça
• em uma festa que estava rolando
• ele começou me paquerar
• (...) jogando indiretas
• não demorou muito para o som começar a rolar.
• Quando dei por mim já era tarde
• Dia 26, lá se vão todos.
• Por que não veio mais antes?
• (...) colocando a fofoca em dia.
• (...) dando um pouquinho de tempero, aí fica tudo legal.
• elas são gente finas.
• Todos contentes e festando
• A variação diastrática é decorrente das diferenças socioculturais, já que o
fato de as pessoas terem ou não acesso contínuo e prolongado a uma
educação formal e aos bens culturais, como museus, cinemas, literatura,
shows de cantores bem avaliados pela crítica especializada, leva-as a
expressarem-se de maneiras diversas.

• Por exemplo, os advogados normalmente utilizam uma linguagem mais


formal no exercício da profissão, considerando-se que, em tese, tiveram
todo um aparato, inclusive financeiro, para estabelecerem uma
comunicação mais sofisticada. Em contrapartida, os empregados domésticos
tendem a utilizar estruturas linguísticas mais coloquiais, resultado
principalmente da privação econômica e, consequentemente, educacional e
cultural.
USO COLOQUIAL/POPULAR USO CULTO
Pronúncia mais descuidada de certas palavras e Maior cuidado com a pronúncia: nós, vocês, está
expressões: nóis, oceis, ta bão, num vô, num qué. bem, não vou, não quer.

Não utilização das marcas de concordância. Ex: Os Utilização dessas marcas. Ex: Os meninos vão bem.
menino vai/vão bem.

Emprego de expressões do tipo: né, então, aí, pois Raro uso dessas expressões.
é.

Mistura de pessoas gramaticais. Ex: Você sabe que Uniformidade no uso das pessoas gramaticais. Ex:
te enganam. Você sabe que o enganam. Tu sabes que te
enganam.

Uso “livre” da flexão dos verbos. Ex: Se ele fazer; Utilização da flexão verbal conforme as normas
se ele pôr. gramaticais. Ex: Se ele fizer, se ele puser.

Uso de gírias. Não utilização de gírias.


Variação diacrônica (variação histórica)
• A variação diacrônica é resultado da passagem do tempo, já que a língua
está em constante modificação, pois os falantes são criativos e procuram
novas expressões para comunicarem-se de forma mais efetiva. Além disso,
tal fenômeno é causado pelos processos históricos, como a influência
norte-americana no Brasil, que implicou a adoção de uma série
de estrangeirismos, como brother, no sentido de camarada, e sale, que
significa liquidação.
• Importante destacar que grande parte das inovações linguísticas não
permanece, fato que corrobora a necessidade de observar-se a
cristalização das formas faladas e escritas apenas após certo tempo.
A diferença de idade leva as pessoas a comunicarem-se de
forma distinta.
Variação diamésica
• A variação diamésica é a que acontece entre a fala e a escrita ou entre os gêneros
textuais, ou seja, suportes de transmissão de uma dada informação que
contenham características quase regulares, por exemplo, o whatsapp e a bula de
remédio. Ressalta-se que a distinção entre fala e escrita não é estática,
considerando-se que se pode construir um texto escrito marcado por expressões
tipicamente orais e vice-versa.

• Desse modo, um elemento distintivo entre a fala e a escrita é a instantaneidade


ou não da formulação. Pense bem, quando você está conversando com alguém,
as junções entre as palavras parecem muito naturais e formuladas no exato
momento da fala, ao passo que a escrita, normalmente, requer um planejamento
e estabelece uma possibilidade maior de transmitir uma mensagem exata, caso
você tenha o domínio das normas padrões da língua.
Por que existe a variação linguística?
• As variações linguísticas existem em virtude da combinação entre fatores
socioculturais, isto é, as relações estabelecidas em determinadas
comunidades, e fatores sociocognitivos, ou seja, as configurações de
nossos cérebros nos momentos em que utilizamos a língua e influenciamos
os outros indivíduos.

• Percebe-se que a constituição das mudanças pressupõe uma adesão


coletiva, pois as novas formas linguísticas só serão incorporadas se forem
capazes de ser compreendidas mentalmente pela maioria dos falantes e
contarem com a aprovação deles. Um exemplo disso é observado no
filme Meninas malvadas, em que a personagem Gretchen tenta emplacar
um novo bordão “Isso é tão barro”, porém a sua colega Regina adverte
“Para de tentar fazer o barro acontecer, isso nunca vai pegar”.
Fatores socioculturais
• Os fatores socioculturais são responsáveis tanto pelas mudanças linguísticas
quanto pela tentativa de mantê-las estáticas. Nesse sentido, temos
as instituições sociais, como as escolas; a tradição literária, os gramáticos e
dicionaristas, e as academias de Letras; os meios de comunicação; o Estado com
seus órgãos e entidades; e as diversas religiões, que se revestem da condição de
defensores de uma língua intimamente conectada à cultura. O problema reside
na questão de essa cultura ser um produto das classes socioeconômicas
privilegiadas, fato que reduz o círculo de pessoas legitimadas a estabelecer
mudanças.
• Em contrapartida a esse movimento, a diversidade de origens geográficas, de
etnias, de posições hierárquicas entre homens e mulheres e de graus de
escolarização desencadeia variações linguísticas, pois a fala e a escrita, cada uma
a sua maneira, são reflexos de uma sociedade plural. Vale ressaltar que,
conforme o indivíduo tem mais acesso à educação formal, mais ele será capaz de
trocar as expressões estigmatizadas por aquelas detentoras de status aceitável.

• Além dessa situação que ocorre nos contextos locais, é importante observar que
a mudança linguística também pode ser originada caso um número substancial
de falantes de uma determinada língua veja-se coagido a utilizar uma escrita e
fala diferentes das suas, seja em razão de emigração, seja em virtude de relações
de dominação, como as vivenciadas pelos índios brasileiros em relação aos
portugueses.
Fatores sociocognitivos

• No que toca aos fatores sociocognitivos, a economia linguística


constitui um ponto crucial para compreender-se o porquê das
variações. Ela consiste em processos pautados em duas premissas:
poupar a memória, diminuir o esforço ocasionado pelo
funcionamento mental e tornar mais fácil o ato de exteriorização
material da língua; e potencializar as capacidades comunicativas com
base no preenchimento das falhas presentes na fala e na escrita.
Fatores sociocognitivos
• Percebe-se, então, que tal fenômeno é responsável por um rearranjo,
que retira alguns excessos existentes no idioma bem como acrescenta
outros elementos, o que desencadeia uma diversidade de
estruturas. Um exemplo que ilustra satisfatoriamente esses
mecanismos articulatórios, fisiológicos e psicológicos é a tendência de
formar-se palavras em que há uma alternância entre vogais
e consoantes, por exemplo, “gato”. Essa propensão gera a colocação
de vogais em termos que contam com mais de uma consoante juntas,
como “advogado”, cuja proximidade entre a letra “d” e a “v” leva as
pessoas a incluírem o som de “i” ou “e” entre elas, originando as
variações fonéticas “adivogado” e “adevogado”.
Fatores sociocognitivos
• Embora a economia linguística seja o elemento mais reconhecido, há
que se falar também acerca da gramaticalização e da analogia como
pilares sociocognitivos das variações. A primeira consiste na
construção de recursos gramaticais inéditos por meio da
reestruturação de formas já conhecidas pelos falantes. Tal ocorrência
é observada, por exemplo, nas metáforas.
• A cobra chegou. Não sei o que Daiane faz aqui.
• Verifique que o termo “cobra” faz referência à pessoa Daiane, já que
ela provavelmente possui um comportamento tão traiçoeiro quanto o
do animal. Essa relação de proximidade levou o indivíduo a construir
a metáfora citada.
Fatores sociocognitivos

• Por sua vez, a analogia constitui um mecanismo de comparação entre


as palavras, e, com base nisso, há o estabelecimento de semelhanças
entre elas e a escolha de um padrão mais comum. Esse raciocínio é
facilmente identificado quando as crianças pré-escolares conjugam
alguns verbos irregulares, ou seja, palavras que podem ter seus
radicais (parte que carrega o sentido principal) e desinências (parte
final da palavra que carrega informações, como gênero, número)
modificados de acordo com a conjugação.
Fatores sociocognitivos
• Se eu “queresse”, faria o bolo.
• Se eu quisesse, faria o bolo.
• A primeira forma verbal é recorrente na primeira pessoa do pretérito
imperfeito do subjuntivo, já que temos a manutenção do radical e a
inserção da desinência “esse”, por exemplo, amasse, partisse,
comesse, mandasse, bebesse; enquanto a segunda, apesar de estar
gramaticalmente adequada, rompe com essa estrutura comum e
apresenta-nos uma constituição diferente, causando, a princípio,
estranhamento e vontade de adequá-la ao padrão.
Importância da variação linguística
Importância da variação linguística

• A sociolinguística, responsável por advertir a respeito da importância de estudar-


se a língua como parte da manifestação cultural e social de um povo, prevê que
as variações são importantes, pois carregam a história de cada comunidade.
• Assim, as diversidades de escrita e fala constituem retratos dos modos de vida
dos usuários da língua portuguesa. Por exemplo, em cidades interioranas
pequenas, cujo acesso à internet, à televisão e aos outros meios de comunicação
e de mídia é limitado, a língua tende a não mudar tanto quanto nas grandes
metrópoles, em que há, além de um bombardeio de informações, o contato com
pessoas vindas de diferentes regiões.
Importância da variação linguística
• Tal capacidade de reconstituição dos hábitos e experiências das
comunidades contribui também para traçar-se um paralelo entre as
regularidades das variações presentes em locais semelhantes, o que permite a
compreensão acerca do funcionamento do cérebro desde o instante do
pensamento até o da articulação das palavras e expressões. Portanto, as
variedades permitem o entendimento sobre a competência linguística inata dos
sujeitos, fortificada pelo desejo de estabelecermos comunicações efetivas.

• Essas comunicações, por apresentarem marcas das variedades linguísticas,


firmam-se como elementos estruturantes das identidades das pessoas, assim o
modo de elas se enxergarem e analisarem o mundo ao seu redor trará tanto uma
individualização quanto uma sensação de pertencimento a algum grupo.
Importância da variação linguística

• Apesar do caráter positivo disso, constata-se, com base no comportamento


da sociedade, que as variações enquanto formadoras dos seres também
são utilizadas como instrumentos de estigmatização, exclusão e,
consequentemente, perpetuação do poder de uma parcela da sociedade.
Dessa maneira, a multiplicidade linguística figura como um fundamental
mecanismo de opressão da língua considerada padrão em relação aos
outros modos de expressão.
Fazer exercícios sobre variação
linguística.

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