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Dissonância: Revista de Teoria Crítica

ISSN: 2594-5025
Editor Científico: Prof. Dr. Marcos Nobre
Universidade Estadual de Campinas
https://www.ifch.unicamp.br/ojs/index.php/teoriacritica/index
dissonancia@unicamp.br

Teoria crítica e tecnologias digitais


As tecnologias digitais surgiram e ganharam a sua própria rede interativa de comunicação
no século XX, porém foi a partir do início da década de 2000 que ultrapassaram os domínios
dos centros de pesquisa e industriais para atingir com um impacto forte e crescente a vida
social e cotidiana das pessoas, inclusive no sul global. Hoje em dia as maiores empresas do
mundo são as que oferecem plataformas digitais, grande parte dos empregos formais e
informais são mediados por aplicativos, e análises preditivas moldam e intensificam a
financeirização da economia. A cultura e as artes também foram invadidas pelos mais
diferentes meios digitais e as interações humanas ganharam uma forma nova e um ambiente
próprio com as redes sociais, que muitas vezes misturam a vida profissional, privada e
pública dos indivíduos. Essas mesmas redes sociais tiveram um papel importante e crescente
nas decisões políticas em todo o globo terrestre, ao ponto de serem centrais para a
articulação de movimentos e para a eleição de representantes.
A teoria social se debruçou de diferentes maneiras sobre a relação entre essas tecnologias e
as sociedades contemporâneas na tentativa de apreender criticamente os seus pressupostos e
as suas consequências mais atuais. Isso fez com que alguns temas se estabelecessem na
pesquisa: a investigação das condições de produção dessas novas tecnologias, de seus nexos
com o capital e de seus problemas econômicos e sociais; o estudo da transformação das
nossas subjetividades e visões de mundo levada em frente pelos objetos e meios digitais e
das dificuldades envolvidas na formação e na dinâmica das esferas públicas digitais e de suas
comunidades são exemplos desses temas. Além disso, acadêmicas e intelectuais do mundo
todo também vem apontando para o caráter militarizado, racista e sexista dos códigos que
desenham a performance de máquinas e aparelhos que vão desde câmeras com
reconhecimento facial até descritores de histórico de crédito.
A chamada sobre teoria crítica e tecnologias digitais convida a submissão de artigos,
resenhas e traduções de textos que reflitam criticamente sobre a relação entre as
tecnologias digitais e a sociedade nas áreas da filosofia, política, história, midialogia,
sociologia, antropologia, economia, estética, entre outras. Além dos temas ressaltados acima,
sugerimos outros que podem nortear as submissões:
• Plataformas, precarização e trabalho digital
• Transformações e conflitos das esferas públicas digitais
• Movimentos de artes digitais, tendências na produção e comercialização
• Contradições e efeitos sociais da financeirização digital
• Economia política dos dados
• Big data, algoritmos e produção de conhecimento
• Videogames, influencers, comunidades e o entretenimento digital
• Internet, sociabilidade e a vida cotidiana
• Ciência de dados, meio ambiente e sustentabilidade
• Desigualdades e injustiças de gênero e raça nas tecnologias digitais
• Realidade aumentada, inteligência artificial e seus efeitos sociais

NOVO PRAZO para submissões: 31/01/2022

Editores: Ana Flávia Badue (City University of New York), Fernando Bee (Universidade
Estadual de Campinas)
Para mais informações, acesse as nossas diretrizes gerais e as normas de formatação e
estilo, citações e referências bibliográficas antes de submeter um trabalho.
Dissonância: Critical Theory Journal
ISSN: 2594-5025
Scientific Editor: Professor Marcos Nobre
University of Campinas, Brazil
https://www.ifch.unicamp.br/ojs/index.php/teoriacritica/index
dissonancia@unicamp.br

Critical Theory and Digital Technologies


Digital technologies emerged and formed their own interactive networks of communication
in the 20th century, but it wasn’t until the beginning of the 2000s that they went beyond
research centers and specialized companies to reach people’s everyday life, including in the
Global South. Today, the largest corporations are those focused on digital platforms, work is
mediated by apps, and predictive analytics shapes and intensifies the financialization of
economy. Moreover, multiple digital media began to percolate through the domains of art
and culture, so that human interactions gained new forms and new environments, such as
social networks, which fuse people’s professional, personal and public lives. Social networks
have also been occupying a central role in politics all over the world, from social movements
to electoral campaigns.
Many scholars have delved into the relation between digital technologies and contemporary
societies, aiming to critically examine the assumption and the consequences of the former’s
expansion. Among the topics analyzed by contemporary critical theories are: the conditions
of production of new technologies, the nexus between technology and capital, the economic
and social consequences of digitization, the ways in which digital objects transform our
subjectivities and world views, and the issues digitization pose to the emergence and
functioning of communities and public spheres. In addition, scholars from all over the world
have been unravelling the militarized, racist and sexist aspect underlying digital devices,
from facial recognition software to algorithms for credit analysis.
This call is opened for articles and book reviews that critically and theoretically assess
the social aspects that underpin the emergence and consolidation of digital technologies. We
welcome analyses that come from a wide range of disciplines, such as philosophy, history,
media studies, sociology and anthropology. We encourage the submission of essays that
engage with the following topics:
• Platforms, precarization and digital labor
• Transformations and conflicts in digital public spheres
• Digital art movements, trends in production and commercialization
• Contradictions and effects of digital financialization
• Political economy of data
• Big data, algorithms and knowledge production
• Videogames, influencers, online communities and digital entertainment
• Internet and everyday life
• Data science, nature and sustainability
• Gender and race inequalities in digital devices
• Augmented reality, artificial intelligence and their social effects

NEW Submission deadline: 31 January 2022

Editors: Ana Flávia Bádue (The Graduate Center, CUNY), Fernando Bee (University of
Campinas)
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