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Ilustrações para colorir

Sônia Menna Barreto

Título original: Sônia Menna Barreto: Ilustrações para colorir


Copyright © 2017 by: Francisco Bárbaro Neto e
Marta Maria Miranda Bárbaro
1000 exemplares

Projeto Gráfico:
Carolina Borges de Carvalho
Carolina da Silva Adami
Francisco Bárbaro Neto

Obras:
Sônia Menna Barreto

Releitura das obras:


Carolina Borges de Carvalho

Organização:
Francisco Bárbaro Neto
Marta Maria Miranda Bárbaro

Revisão de Projeto:
Francisco Bárbaro Neto
Natália Miranda Bárbaro

Diagramação:
Carolina Borges de Carvalho
Carolina da Silva Adami

Dados Internacionais de Catalogação da Publicação (CIP)

Bárbaro Neto, Francisco e Miranda Bárbaro, Marta Maria


Sônia Menna Barreto: Ilustrações para colorir
São Paulo: Editora Albergráfica. 1ª edição, 2017
ISBN: 978-85-92635-02-2
1. Artes - Brasil 2. Artista Plástica - Brasil 3. Sônia Menna Barreto - Brasil 4.
Ilustrações para colorir
Apresentação
O livro “Sônia Menna Barreto: Ilustrações
para colorir” é fruto da parceria entre a
artista Sônia Menna Barreto e o Instituto
Miranda Bárbaro que abriga o pavilhão
que recebe seu nome, Casa Sônia Menna
Barreto, inaugurada no dia 5 de Novembro
de 2017 em Bebedouro interior do estado
de São Paulo, Brasil.
As ilustrações são releituras das obras
da artista ou parte das suas obras com
a finalidade de propiciar às crianças e
adolescentes o contato com a arte.
O texto também, de autoria da própria
artista, permite compreendermos o
processo criativo de Sônia de forma lúdica
e prazerosa e até mesmo terapêutica por
ser uma proposta alternativa que nos
esquiva do universo digital.

Organizadores
Francisco Bárbaro Neto
Marta Maria Miranda Bárbaro
Esta figura chegou até o meu universo pictórico através do encanto que sempre
tive pela Commédia Dell’ Arte, que é um estilo de teatro popular europeu do
século XV. Na época em que eu estava fazendo pesquisas para compor as obras
de minha série “Veneza”, descobri a personagem Mezzetino que possui, ainda,
outros nomes, como Arlequino, Pulcinella, etc... Como essa figura representa
Este livro pertence a

meu espírito criativo, pois seu papel é o de um enganador brincalhão, criador de confusões super
engraçadas e o humor, por sua vez, sempre está presente em minhas obras, inseri a brincadeira
do trompe l’oeil, que é uma técnica de ilusão de ótica, com truques de perspectiva para confundir
quem olha o quadro.
Vamos aprender, de maneira divertida, um pouco sobre mim!
Tudo começou em São Paulo, quando tive meu primeiro contato
com a arte, no ateliê de pintura do artista Luiz Portinari, irmão
do grande pintor brasileiro Cândido Portinari.
E, então, essa foi minha experiência artística inicial, assim
como vocês estão tendo agora!
Nos últimos anos, meu trabalho refletiu a expressão mais
próxima do homo ludens, ou seja, o homem lúdico, que se
inspira na criação de obras que fazem o espectador viajar nas
mais belas fantasias.
Caixa de Fósforos

Vamos colorir ?
Agora é sua vez! Abuse da imaginação e desenhe no espaço em branco um novo rótulo
para a caixa de fósforo criada por mim no início de 2017.

A primeira imagem com uma caixa de fósforos real foi pintada em 2000, na obra
chamada “Florence”. Essa pintura ficou dormente, deixada de lado, até que, como a

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Caixa de Fósforos

“Bela Adormecida”, acordou graças à ideia que tive de transformá-la em uma obra
no tamanho real de uma caixa de fósforos, com rótulos vintage de circo, isto é, com
rótulos que remetem a um estilo mais antigo.
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Catarina de Bragança

Portuguesa que, ao se casar com Charles II, rei da Inglaterra, introduziu o uso de talheres
durante as refeições e substituiu a utilização de pratos em ouro ou estanho pelos de porcelana,
pois conservavam melhor o calor dos alimentos. A Catarina que pintei não ostenta uma gola
vitoriana (como os outros personagens que retratei da série Realeza), mas tem uma gola
toda confeccionada com saquinhos de chá, numa alusão ao fato de que foi ela quem levou
10 para a corte inglesa o costume de se tomar o chá das 5 horas.
Maria Bonita

Esta é a mais recente personagem da minha série chamada Realeza. Ela é uma personagem
forte e controversa, pois foi inspirada na mulher real Maria Bonita, esposa do cangaceiro
Lampião, e que era considerada uma “fora da lei” na época em que viveu. Embora subversiva/
avessa às regras sociais, nunca deixou de ter a ternura e a vaidade feminina: a Maria Bonita
que retratei possui uma roupa bem fashion e o cinturão de cápsulas de carabina termina
com dois batons. 11
Índio

Mais um personagem que fiz da série Realeza. Nesse caso, retratei o indígena porque achei
importante criar figuras que representem nossa terra. Uso símbolos culturais para trazer
mais conteúdo à imagem, como a gola vitoriana, muito usada pelos nobres europeus como
sinônimo de status, riqueza e nobreza. As tattoos no índio dão um toque contemporâneo ao
quadro.
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Índia

Esta personagem que criei forma um casal junto com o quadro “Índio”, ambos representantes
de nosso povo brasileiro, tão cheio de influências de outras culturas. Lembrando o contato
do indígena com o europeu, a índia também tem símbolos da realeza, como a coroa na
cabeça representada pelo cocar, a gola vitoriana e a flor de lis que é um emblema real.
E tal como o seu par, ela também possui tattoos, relacionando a obra com a natureza, a
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civilização e a modernidade.
Leonardo da Vinci

Como gosto de criar obras do mesmo tamanho do objeto retratado (por exemplo, as
telas que representam a mesma medida da caixa de fósforos), produzi esta no mesmo
formato das cartas de baralho. Comecei pintando casais famosos do mundo da arte,
14 como Leonardo da Vinci e sua pintura Monalisa, a mulher do sorriso enigmático.
Monalisa

Me inspirei na personagem famosa de Da Vinci e acrescentei um pouco de humor à tela


fazendo um trocadilho com seu nome “Monalisa” colocando bobs em seus cabelos.

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Maria Antonieta

Essa obra faz parte da série Realeza e foi a primeira a ser retratada. A mulher
real, Maria Antonieta, foi um ícone em sua época, pois se casou aos 14 anos com o
primogênito/com o primeiro filho do rei da França que, mais tarde, tornou-se o rei
Luis XVI. Teve uma breve passagem como rainha, mas se tornou uma figura marcante
para a história do mundo, graças a sua alegria de viver e por ter incentivado a arte e
16 a cultura entre os franceses.
Maria Antonieta Rainha dos Mares

Este quadro brinca com a ideia de que a rainha Antonieta tinha empregados para
segurar suas perucas altíssimas, que cismavam em cair de sua cabeça, principalmente
durante as viagens e passeios de barco!

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Maria Antonieta Rainha da Moda

Como Maria Antonieta era apaixonada pela moda, foi considerada uma mulher fútil. Possuía
uma enorme quantidade de sapatos e oferecia festas luxuosas enquanto foi rainha da França.
Mesmo assim, foi também uma fonte de inspiração à arte, ao estilo e à culinária; além de
usar perucas extravagantes, introduziu o costume de se comer brioches (que é um pãozinho
18 de massa leve) e macarrons (um bolinho granulado muito comum na França).
Maria Antonieta Rainha dos Pássaros

Assim, influenciada por essa mulher incomum, fiz uma série de pinturas criando personagens
que usam perucas com adereços diferentes e chamativos, como pássaros, borboletas e
barco. Por causa da Revolução Francesa (1793), Maria Antonieta foi guilhotinada. Então,
pintei uma imagem em que a mão enluvada da mulher segura a cabeça sem uma parte do
pescoço. 19
Maria Antonieta Rainha das Borboletas

Cada uma das 4 personagens que pintei baseadas na Maria Antonieta real, podem ser
consideradas um desmembramento da verdadeira rainha da França. Assim, minhas
personagens possuem o mesmo estilo incomum, com perucas extravagantes, como as que
a própria monarca mandava confeccionar.
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Maria Antonieta Punk

Influenciada pela figura real de Maria Antonieta, da Áustria, rainha da França e esposa de Luíz
XVI, criei uma personagem da realeza europeia, mas com um viés mexicano representado
pela caveira, que é um símbolo usado em rituais do Dia dos Mortos, no México, como forma
de a morte homenagear a vida. A caveira é florida, com cores vivas e borboletas, significando
o efêmero, tudo o que é passageiro, como a transformação, a renovação e a beleza da vida!
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Os Saltimbancos

Esses são os personagens nômades, ensaiando para os espetáculos que fazem em


lugares diferentes.

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Os Saltimbancos

Na obra, o menino que olha para o espectador é um personagem do pintor Picasso, e


o fiz como forma de homenageá-lo.

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Os Trapaceiros

Tela pertencente a uma série de pinturas que intitulei de “Veneza”. Nela, os personagens
jogam cartas, mas a sombra do braço de um deles rouba uma carta, enquanto o
outro se distrai.
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Cinderela

Que menina nunca quis ser bailarina? Uma das únicas obras inteiramente femininas
que pintei!

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Albúm de família

Trata-se de resgate de imagens de infância ou de imagens que fazem parte da minha


história. A foto em branco e preto é do meu pai. Usei com freqüência, fotos antigas
em meus quadros, pois contam uma história. um passado... Quem não se lembra ou
26 já não teve nas mãos um álbum como este?
O Escafandrista

Um pequeno personagem que pesca barcos de papel em cima de um livro, com um


capacete de escafandrista, deu início a esta história, inspirada por um garoto que
desde pequeno ama a pescaria esportiva.
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Game Tour

Imaginei a cena toda se desenvolvendo em cima da velha escrivaninha que fica em


meu atelier, como se fosse uma sala em que estivesse personagens jogando cartas.
Nela, tudo tem o clima de fantasia (a não ser os livros que são reais), de um jogo
imaginário no qual as cartas do baralho ganham vida e atitudes próprias.
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Game Tour

A rainha que aparece sentada foi inspirada na rainha louca de “Alice no País das
Maravilhas”. O curinga, um personagem brincalhão e traiçoeiro, aparece com três
mãos e cartas escondidas nos dedos do pé. O valete e a dama completam a cena.
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Caça Palavras
Procure no quadro abaixo 12 palavras presentes neste livro.

A H Y H E T D V F E M G D S
A Í C D S L D H T W A H I D
K N S R C H B E K Ç R V H M
G D D A A R J N H P I F U R
F I M X F Z Q X V I A J Y E
A O H T A G A U Q J B I T S
N Ç S H N S G T R Y O F N C
T J Q E D X R A O I N L D U
A T Y T R Y H E G C I E B L
S Q E B I M E Y Q E T E G T
I E T E S E T H E G A L M U
A B Y M T M E Y Q G Y E Ç R
S F H C A R T A S L E M O A
E B I F X Ç A R J N T Q T K
M O M E Z Z E T I N O N P S
R H K N R H C E K N E K R T
T L H R E A L E Z A H D A Q
L Ú D I C O I R V B M N I W
T Z Ç X G T A B U K O H N P
X A O Z E U F K O S J O H U
P E R S O N A G E N S T A F

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Ligue os pontos
40 41 43
39
38 44
37 42 45
36
46
35
34 47

33 48

32 49
31 30 29 28 27 26 25 24
23 58 50
57 56
22 59 55 51
53 52
54
21 60
20
61
19
62
18
17
63
16

15

14 64

13 12

11
65

10 66
9 67
68

8 69
70

7
71
6
72

5
73

74

3
75
2
1
76 77

84

83 78

79

82

80
81

Personagem da escultura em porcelana “Dançando na chuva”


Desafio
Use a sua imaginação e desenhe um cenário para o personagem da minha obra “Carta
de Veneza” criada em 1993.
Quais suas obras favoritas ?
Cite as obras que mais chamaram sua atenção durante a visita a Casa Sônia Menna
Barreto e justifique os motivos de suas escolhas.

Respostas
Caça Palavras página 26

1 - Maria Bonita 4 - Rainha 7 - Lúdico 10 - Índio


2 - Personagens 5 - Escafandrista 8 - Mezzetino 11 - Cartas
3 - Escultura 6 - Fantasias 9 - Enxuta 12 - Realeza
A artista
A artista plástica Sônia Menna Barreto, considerada
uma das mais importantes artistas brasileiras, nasceu
em São Paulo e desde 1984 faz da sua produção artística
a mais próxima expressão do homo ludens, o homem
lúdico. Seu espírito criativo buscou terras e personagens
que habitam a imaginação das pessoas de todas as
idades. Sua técnica se origina na inspiração de arte dos
pintores flamengos do século XV, misturando hiper-
realismo com minúcias de técnica francesa do Trompe
L’oeil, que faz suas pinturas parecerem tridimensionais
para o observador.
Suas obras estão presentes em importantes coleções
particulares, e nas mais conceituadas feiras, salões
de arte e exposições do Brasil e do exterior. Em 1980,
começou a frequentar o ateliê do artista Luiz Portinari,
irmão de Cândido, no Centro de Artes Cândido
Portinari. Durante esse período, conheceu a vida
artística, os movimentos culturais na cidade, ouviu
muitas histórias contadas por Portinari que conviveu
com grandes pintores, escritores e poetas da época.
Depois do contato com os trabalhos de Max Ernst, De
Chirico, Magritte e Paul Delvaux, a obra de Sônia, tomou
a direção do Surrealismo, em seguida, passou para o
Realismo Fantástico.
Em outubro de 2002, Sônia participou da cerimônia de
entrega de um quadro original de sua autoria no Palácio
de Buckingham (Londres), no qual, pela primeira vez,
uma obra brasileira passou a integrar a Royal Collection,
pertencente à Família Real Britânica, uma das mais
importantes coleções de arte do mundo. No inicio de
2010, suas criações adquirem uma tridimensionalidade
através dos livros, cartas e embalagens de fósforos
no formato de objetos reais criados pela artista, bem
como a introdução de esculturas em seu acervo, design
de jóias e projetos de móveis para residências e hotéis.
sônia menna barreto
Coordenação de projeto: Agradecimentos especiais:
Francisco Bárbaro Neto Sônia Menna Barreto
Mucio Menna Barreto
Curadoria:
Francisco Bárbaro Neto Acervo:
Marta Maria Miranda Bárbaro Herança Cultural
Instituto Miranda Bárbaro
Capa:
Carolina da Silva Adami Impressão:
Albergráfica
Projeto Gráfico:
Carolina Borges de Carvalho Fotografia:
Carolina da Silva Adami Kleber Domingos
Francisco Bárbaro Neto
Mais informações:
Obras: Casa Sônia Menna Barreto
Sônia Menna Barreto (17) 3345 2332
Instituto Miranda Bárbaro
Releitura das obras: (17) 3342 7206
Carolina Borges de Carvalho
Site da artista:
Revisão do projeto: www.mennabarreto.com.br
Francisco Bárbaro Neto
Natália Miranda Bárbaro Redes Sociais i
@soniamennabarreto
Apoio cultural: @casasoniamennabarreto
Gustavo André Tenan
Dorival Aparecido Pires Junior
Glaucia Godoy Bárbaro O livro “Sônia Menna Barreto:
Ilustrações para colorir” é uma
marca registrada e concedida
Realização:
ao Instituto Miranda Bárbaro
que abriga o pavilhão da Casa
Sônia Menna Barreto, sendo sua
reprodução proibida, prevista
na lei, sem a devida autorização.

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