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O conceito de Sistema
Nas organizações os elementos do sistema (organizacional) podem ser expressos através dos
diferentes recursos humanos, materiais ou financeiros. Nos sistemas informáticos, temos os
seus componentes, que chamem hardware, software e peopleware.
Rivas (1984) diz que um sistema corresponde a “um conjunto de elementos, relacionados
entre si, actuando num determinado ambiente, tendo por finalidade alcançar objectivos
comuns, e com capacidade de auto-controlo”.
Sistemas abertos, em oposição aos sistemas fechados, são aqueles que apresentam uma forte
interacção com o seu ambiente, através de intercâmbios frequentes. Sofrem as consequências
das mutações ambientais e provocam alterações no meio envolvente. Estes sistemas têm a
propriedade de se adaptarem às mutações externas de forma a manterem o seu equilíbrio
dinâmico, designado de homeostase.
Quanto mais especializado for um sistema menor é o seu grau de adaptação a circunstâncias
diferentes.
O sistema organizacional
A gestão das organizações não é uma actividade puramente racional, incorpora normalmente
uma boa dose de emotividade e intuição, decorrente do seu carácter social, da complexidade
das organizações e da dificuldade em prever de uma forma rigorosa as alterações ambientais.
Ambiente da organização - conjunto de elementos do seu meio envolvente que, apesar de não
pertencerem á organização, são susceptíveis de alterar o seu comportamento, ou de serem
influenciados pela própria organização.
Decisões tácticas dizem respeito à estrutura dos recursos de modo a responder às exigências
impostas pela estratégia.
Controlo de gestão: processo através do qual os gestores asseguram a obtenção dos recursos e
o seu uso efectivo e eficiente na realização dos objectivos organizacionais.
Sistema de controlo operacional: assegura a execução das tarefas de rotina, mais elementares
para a organização.
Estádio 1: Iniciação
Estádio 2: Difusão
Estádio 3: Controlo
Estádio 4: Integração
Estádio 6: Maturidade
Esta teoria dos estádios marcou o início da gestão das TI como um activo da empresa porque a
sua grelha permite medir os recursos de TI e a eficácia da prestação de informações válidas
para o negócio.
A linguagem de definição de dados é uma linguagem formal usada pelos programadores para
especificar os conteúdos e a estrutura de base de dados. Especifica cada elemento que
aparece na BD.
Dicionário de dados: guarda as definições de cada elemento da BD. Permite produzir listas e
relatórios sobre os dados existentes na BD.
Oracle;
Intermix
Microsoft SQL server
DB2 da IBM
Sybase
Ingres
Microsoft Access
Os principais produtos ERP são o SAP R/3, o Oracle Financials e o Microsoft Navision.
Como suporte de um sistema ERP está uma única BD que recolhe e fornece dados a diversos
módulos de aplicações de software que por sua vez suportam transversalmente toda a
actividade de negócio da organização em termos funcionais.
Uma das vantagens da utilização de um ERP é quando são introduzidos novos dados num
sistema informático, a informação relacionada é automaticamente actualizada.
-Sistemas informáticos não preparados para as alterações decorrentes do ano 2000 e adquirir
novos produtos era mais económico;
Os ERP surgiram no início dos 90, a partir de um alargamento dos denominados MRP (Material
Requirement Planning). Estes evoluíram para uma 2ª geração designada de MRP II
(Manufactoring Resource Planning)
Contabilidade e Finanças
Gestão de armazém
Compras
Vendas
Controlo de Gestão
Distribuição / logística
Gestão da Qualidade
Gestão RH
Manutenção
Muitos dos benefícios associados à introdução dos ERP nas organizações não advém da
utilização da tecnologia mas da mudança dos processos organizacionais que o projecto
informático irá solicitar.
Os CRM são aplicações que permitem gerir o relacionamento estratégico da empresa com os
seus clientes, procurando a satisfação dos clientes através do desenvolvimento de relações
mais personalizadas. O CRM procura contribuir para a identificação e retenção dos clientes
mais rentáveis. Gere os dados sobre cada cliente, que estão numa BD que é partilhada pelos
departamentos interessados. Os dados podem ser recolhidos através de call centers, portais
Web ou contacto pessoal.
O software gere toda a informação sobre o cliente: o seu registo, identificação, preferências,
grau de satisfação, etc.
-CRM operacional
-CRM analítico
O CRM operacional inclui actividades como call centers, serviço ao cliente, campanhas de
marketing, funcionalidade de comércio electrónico ou automação da força de vendas. O CMR
analítico centra-se na análise dos dados recolhidas pelo CRM operacional permitindo
identificar o comportamento dos consumidores, segmentação de clientes, análise de vendas,
análise de campanhas, de risco, da qualidade de serviço ao cliente, etc.
Uma organização inclui diversos subsistemas que são informatizados de forma independente
através de diferentes projectos, mas mantendo um referencial comum. O processo de
informatização desses subsistemas pode ser descrito através de um ciclo de vida, que se
designa de “Ciclo de vida do projecto informático”. A identificação do conjunto de fases que
compõem cada modelo está directamente associada ao método de desenvolvimento
adoptado.
As principais fases do ciclo de vida tradicional permanecem comuns à maioria dos métodos,
actuais de desenvolvimento de sistemas informáticos.
Estudam-se, desenham-se ou constroem-se inicialmente os módulos principais e só depois os
respectivos sub-módulos.
O ciclo de vida do projecto informático consiste num conjunto interactivo de actividades que
não são obrigatoriamente realizados de forma sequencial, sendo possível iniciar uma nova
actividade sem a conclusão da actividade supostamente anterior. As fases ou actividades
apresentadas para o projecto estruturado com o intuito de identificar e delimitar a fase da
análise são as seguintes:
Estudo de viabilidade
Análise de sistemas
Desenha de sistemas
Programação
Geração de testes
Teste final
Descrição de procedimentos
Conversão de bases de dados
Instalação
Estudo de viabilidade
Planeamento Estratégico de SI
Principais objectivos:
Sistemas Estratégicos - Aplicações que são críticas para a organização. Para estas aplicações, a
velocidade no desenvolvimento e a flexibilidade são essenciais. São necessárias equipas de
desenvolvimento com competências fortes no domínio do negócio e no domínio dos SI.
Estes sistemas usam com frequência informação proveniente dos sistemas existentes, exigindo
para tal uma integração vertical da informação quer interna quer externa.
Sistemas de Alto Potencial - Aplicações que poderão vir a ser importantes para o sucesso da
organização mas que devido ao facto de ainda estarem em desenvolvimento ou nos primeiros
tempos de vida útil não têm um contributo significativo para a organização.
A classificação de uma aplicação informática num dos quadrantes depende da natureza dessa
aplicação mas depende também da organização. Existe uma tendência para as aplicações se
deslocarem ao longo dos 4 quadrantes. Inicialmente em Alto Potencial, depois como
Estratégicas, trazendo vantagem competitiva. Quando a aplicação estiver acessível à
concorrência, o seu factor de diferenciação irá desaparecer embora a mesma continue
extremamente importante para a organização, irá ser uma aplicação operacional chave.
A passagem de operacional chave para suporte poderá ser menos frequente na medida em
que uma aplicação que segue este percurso é descontinuada antes de poder ser classificada de
suporte.
Uma Matriz Processos/Classes de Dados é um diagrama de alto nível que gera um modelo de
informação do negócio para garantir que os recursos de informação são criados e mantidos e
assegurar que futuros SI funcionarão efectivamente de uma forma global.
Este conjunto de matrizes possibilita-nos uma imagem integrada entre dados, processos e
pessoas na organização.
A Análise de SI
A fase de análise de sistemas é crítica para o sucesso do projecto. Consiste num estudo
detalhado do funcionamento do subsistema de informação a automatizar, principalmente a
nível dos processos organizacionais e estruturas de dados.
Os processos e estruturas de dados são a essência do seu sistema de informatização. Um
método de análise de SI deverá ter como objectivo a representação de um dado SI, através da
construção de um modelo que simplifique a complexidade inerente à natureza desse sistema,
salientando os seus aspectos relevantes do ponto de vista estrutural, funcional e evolutivo, e
identificando a informação necessária ao seu funcionamento. O método deverá apresentar um
conjunto de etapas interligadas que explicitem os diferentes passos a seguir no processo de
estudo do SI e incluir técnicas que possibilitem a realização desse estudo. A notação, gráfica ou
textual, a utilizar deve possibilitar a gestão da complexidade, permitindo a visualização global e
parcial desse SI através de vários níveis de detalhe.
As técnicas de análise de sistemas possibilitam uma representação formal dos processos da
organização e das estruturas de dados que são necessárias para o seu funcionamento.
A Análise Estruturada de SI
O método SSADM (Structured Analysis and Design Method, 1980) apresenta um conjunto
detalhado de passos e tarefas bem definidas, a executar para as fases de um escuto de
viabilidade, análise e desenho de sistema.
O Modelo Entidade - Associação permite uma representação gráfica das estruturas de dados
necessárias ao funcionamento de um SI de uma organização. Para desenvolver o modelo é
necessário conhecer os requisitos da organização, que deverá ser obtido através do diálogo
com os utilizadores e análise da documentação existente.
A construção implica a identificação dos principais “objectos” de informação - Entidades (ex.
clientes, fornecedores, produtos, etc.).
Uma entidade é algo sobre o qual queremos guardar informação e é constituída por um
conjunto de Atributos (ex. nome, morada, etc.) que caracterizam essa entidade. As entidades
estão relacionadas entre si por Associações, procurado obter um modelo conceptual, que
represente as necessidades de informação. Esse modelo dará origem a um conjunto de tabelas
passíveis de serem implementadas em qualquer SGBD relacional.
Exemplo pág. 61
Desenho de Sistemas
Linguagens gráficas e geradores relatórios, com interfaces gráficos user friendly, são
igualmente considerados linguagens de 4ª geração.
As linguagens orientadas para objectos, como a Java, C++, HTML ou XML, começaram a ter um
papel muito relevante no desenvolvimento de aplicações comerciais a partir de década de
1990. São indiscutivelmente linguagens de alto nível e na sua maioria podem ser classificadas
como linguagens de 3ª geração.
Se houver uma alteração substancial no sistema informático existente poderá ser necessário a
realização de um processo de conversão de dados.
Um evento é algo que ocorre num determinado instante no tempo e que poderá afectar o
estado dos objectos.
Uma classe corresponde a uma estrutura de atributos, mensagens e métodos, que poderão ser
invocados pelos objectos. As classes de dados são identificadas durante a fase de análise de SI.
A diferença entre o conceito de entidade (MEA) e o conceito de classe é que enquanto a
entidade se expressa através de uma estrutura de dados, um tipo define não só a estrutura de
dados, como inclui os métodos que manipulam esses dados. Os detalhes referentes aos
métodos, identificados no tipo, e aplicáveis sobre os objectos, são especificados na classe.
Uma classe pode herdar métodos e atributos de outra classe. Uma classe de objectos pode ser
definida como um caso particular de uma classe mais global, incluindo os métodos e atributos
definidos nessa outra classe. Se uma determinada classe herda características estruturais e
comportamentos de outra, a 1ª designa-se subclasse e a 2ª de superclasse. A herança directa
de atributos e métodos de mais do que uma classe designa-se múltipla hereditariedade. Além
dos métodos e atributos herdados, as subclasses dispõem dos seus próprios métodos e
atributos.
Uma relação entre classes pode expressar a conveniência na partilha de métodos e atributos,
ou indicar uma interligação de carácter semântico entre classes. A associação é um mecanismo
que permite relacionar classes que, apesar de diferentes na sua essência, possuem alguma
correspondência entre si a (ex. automóvel e condutor, diferentes características, interagem no
desempenho da sua missão).
A agregação é uma forma de relação em que o objecto agregado é constituído por partes ou
componentes. Os componentes são representados por outros objectos que podem, ou não,
existir separados do agregado. Um automóvel é constituído por diversas partes distintas, o
motor, pneus, chassis, etc. Estes componentes correspondem a objectos, se a sua relevância
no universo em análise justificar a identificação e concepção das respectivas classes. A
agregação é uma relação transitiva. Se C1 é um agregado de C2, e C2 é um agregado de C3,
então C1 também é um agregado de C3.
A comunicação entre objectos realiza-se através do envio de mensagens que permitem activar
os métodos de uma determinada classe. Uma mensagem é constituída pelo nome do objecto,
o nome do método a evocar e um grupo de parâmetros que caracterizam a forma como o
método irá operar. Se uma mensagem é enviada para uma determinada classe, não se
conhecendo qual a classe que fisicamente incorpora o método que permite responder a esse
estímulo, diz-se que estamos perante uma situação de polimorfismo. Quando uma subclasse
recebe uma mensagem, para execução de uma determinada operação, efectua-se nessa
subclasse uma pesquisa do método correspondente e caso esse método não seja detectado
será examinada a respectiva superclasse e assim sucessivamente. O método a executar poderá
ser herdado de uma outra classe que não aquele para a qual foi inicialmente dirigida a
mensagem. O conceito de polimorfismo representa o facto de objectos de diferentes classes
poderem responder de uma forma própria e distinta a uma mensagem comum.
A estrutura conceptual que define uma perspectiva de orientação para objectos é o modelo de
objectos. O modelo de objectos baseia-se em 4 conceitos fundamentais: abstracção,
encapsulação, modularidade e hierarquia. A encapsulação ajuda a gerir a complexidade,
escondendo os detalhes relativos ao elevado número de classes de objectos criadas a partir da
aplicação do processo de abstracção, a modularidade permite a manipulação de
complexidade, através de possibilidade de dividir um problema em diferentes componentes
individuais. As estruturas hierárquicas de generalização e agregação desempenham um papel
de relevo na estruturação das diferentes classes de objectos.
Vantagens:
Desvantagens: