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MINI CURSO:
Recife-PE
16 de Março de 2010
Conteúdo
1 Introdução 2
2 Motivação 2
2.1 Fenômenos de Transporte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2.2 Fenômenos Eletroosmóticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.3 Reações Quı́micas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3 Termodinâmica 6
3.1 Terminologias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
3.2 Calor e Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
4 Postulados da Termodinâmica 9
4.1 Energia Interna . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
4.2 Entropia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
4.3 Equações Fundamentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
4.4 Equação de Euler . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
4.5 Equação de Gibbs–Duhen . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
5 Fenômenos de Transporte 14
5.1 Fluxo de Calor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
5.2 Fluxo Mecânico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
5.3 Fluxo de Massa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
5.4 Equilı́brio Termodinâmico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
7 Aplicações 20
7.1 Potencial Quı́mico e Eletroquı́mico . . . . . . . . . . . . . . . 20
7.2 Pressão Osmótica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
7.3 Relação de Boltzmann . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
7.4 Constante de Equilı́brio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
1
“Thermodynamics is the only science about which I am firmly convinced
that, within the framework of the applicability of its basic principles, it will
never be overthrown”1 .
1 Introdução
Os conceitos da termodinâmica são fundamentais em diversos domı́nios das
ciências das engenharias. As aplicações são inúmeras, permitindo correla-
cionar os fundamentos do comportamento fı́sico-quı́mico e eletroquı́mico da
matéria e as propriedades macroscópica do material, bem como estudar o
acoplamento entre sistemas dinâmicos e sua vizinhança. As ferramentas da
termodinâmica permitem entender os fenômenos de transferência de calor
e transporte de massa, quantificar reações quı́micas, fenômenos osmóticos e
eletro-osmóticos são apenas algumas das inúmeras aplicações dos conceitos
da termodinâmica.
O objetivo do texto é apresentar superficialmente alguns fundamentos da
teoria da termodinâmica clássica considerando os sistemas em equilı́brio ter-
modinâmico. Desejamos que ao final do mini–curso, os participantes estejam
aptos a reproduzir as principais relações termodinâmicas, entender e apli-
car os postulados de Energia Interna U , Entropia S. Estes conceitos serão
importantes para a derivação da equação de Euler e Gibbs–Duhen, energia
livre de Helmholtz A, Entalpia H e Energia Livre de Gibbs G. Finalmente,
comentaremos algumas aplicações clássicas no domı́nio da geo–quı́mica e ele-
troquı́mica como a derivação dos potencial quı́mico e eletroquı́mico, pressão
osmótica, relação de Boltzmann e constante de equilı́brio de reações quı́micas.
Os conceitos tratados neste mini–curso serão valiosos para a compreensão e
dedução dos modelos Geoquı́micos–Hidro–Mecânicos que serão tratados nos
próximos módulos do curso.
2 Motivação
As ferramentas da termodinâmica clássica permitem explicar fenômenos de
transporte, quantificar reações quı́mica, modelar a pressão osmótica e relação
de Boltzmman. Estes parâmetros são fundamentais para entender e quantifi-
car o comportamento de soluções eletrolı́ticas em equilı́brio quı́mico com uma
solução bulk 2 . Nesta seção apresentamos brevemente algumas aplicações dos
1
Isaac Newton
2
Solução Bulk: É uma solução onde a condição de eletroneutralidade é assegurada pon-
tualmente, ou seja, a concentração dos ı́ons positivos é pontualmente igual a concentração
2
conceitos da termodinâmica.
3
2.2 Fenômenos Eletroosmóticos
As leis termodinâmicas são utilizadas para quantificar o comportamento de
uma solução eletrolı́tica na presença de uma solução bulk. Por exemplo, a
relação de Boltzmann comumente utilizada na termodinâmica permite mo-
delar a concentração de ı́ons positivos ou negativos C ± em uma solução
eletrolı́tica a partir potencial elétrico gerado Ψ devido a diferença de conce-
tração (figura 1(b)) e da concentração da solução bulk Cb onde o potencial
elétrico é nulo (ver figura 1(a)). O equilı́brio termodinâmico entre a solução
bulk e solução eletrolı́tica permite deduzir a relação de Botzmann dada por
± zF Ψ
C = Cb exp (2.1)
RT
Figura 1: Equilı́brio entre uma Solução Bulk (a) e Solução Eletrolı́tica (b).
4
Figura 2: Fenômeno de Osmose Quı́mica.
αA + βB γC + ωD (2.2)
Considerando uma solução diluı́da, a lei de ação das massas assegura que
a taxa de variação do reagente e produto é proporcional as suas respectivas
concentrações molares. Denotando vr e vp as taxas de variação do reagente
e produto temos que
vr = k1 [A]α [B]β
vp = k2 [C]γ [D]ω
k1 [C]γ [D]ω
K := = (2.3)
k2 [A]α [B]β
Portanto, a constante de equilı́brio nos permite estabelecer uma lei de ba-
lanço entre as concentrações do reagente e produto. Naturalmente, a questão
que surge é como encontrar o valor de K. Mostraremos em breve que os
princı́pios da termodinâmica nos permitirá obter este valor.
5
3 Termodinâmica
A termodinâmica (do grego Therme-Calor Dinamis-Força) é o ramo da fı́sica
aplicada que estuda a transferência de calor e o transporte de energia em
sistemas. De um ponto de vista termodinâmico, a transferência de energia
pode ser feito na forma de calor e trabalho. Dentro do estudo dos princı́pios
da termodinâmica se faz necessário distinguir algumas terminologias:
3.1 Terminologias
Para apresentarmos os principais postulados e relações termodinâmicas, bem
como os conceitos de energia, calor e trabalho é necessário a apresentação de
algumas terminologias clássicas da termodinâmica.
6
• Sistema Aberto: Um sistema termodinâmico é dito aberto quando permite
troca de energia e massa com sua vizinhança.
7
• Processo Termodinâmico: A variação das propriedades termodinâmicas
provocam mudanças no estado termodinâmico e consequentemente es-
tabelecemos um processo.
• Estado Estacionário: Estado na qual nenhuma propriedade varia com o
tempo.
• Equilı́brio Termodinâmico: Um sistema é dito em equilı́brio termodinâmico
estável se seus estados podem ser descritos por propriedades que não
dependem do tempo e que não varia no interior do sistema. Veremos
que o equilı́brio termodinâmico implica equilı́brios mecânico, térmico e
quı́mico.
• Paramêtros Intensivo e Extensivo: Um parâmetro extensivo depende das
dimensões ou da quantidade de matéria do sistema. Um parâmetro
intensivo não depende da dimensão ou quantidade de matéria. Por
exemplo, a transferência de energia na forma de pressão e volume, o
volume é considerado como um parâmetro extensivo enquanto que a
pressão é um parâmetro intensivo.
• Processo Reversı́vel: Um processo é dito reversı́vel se pode ser conduzido
de maneira tal que sua reversibilidade não perturba o resto do universo.
• Sistema Compósito: Sistema constituı́do de duas ou mais fases.
W = F∆x
W = P ∆V (3.1)
8
Assumimos que durante a geração de um trabalho mecânico não ocorre
mudança na composição da matéria, enquanto que o trabalho quı́mico ocorre
devido a variação da composição quı́mica. Calor é a energia transferida entre
os sistemas devido a uma diferença de temperatura. Ambas as variáveis são
dependentes da trajetória e portanto não são propriedades termodinâmicas.
4 Postulados da Termodinâmica
Para a caracterização dos processos e leis termodinâmicas é necessário o con-
ceito de energia interna U , entropia S. Estes parâmetros de acordo com a
termodinâmica de Gibbs são incorporados a teoria através de alguns postu-
lados.
Z Uf
∆U = dU = Uf − Ui
Ui
3
Entenda-se por suficientemente regular uma função que possui a regularidade ne-
cessária para as operações que efetuaremos. Por exemplo, integrável, diferenciável, ho-
mogênea, aditiva,...
9
Postulado 4.3 (Primeira Lei da Termodinâmica) A variação da ener-
gia interna do sistema termodinâmico é igual a energia transferida para o
sistema.
dU = dW + dQ (4.1)
Casos Particulares:
∆U = 0 (4.2)
4.2 Entropia
A entropia é um parâmetro termodinâmico extensivo que permite caracteri-
zar o sistema termodinâmico.
10
Z Sf
∆S = dS = Sf − Si
Si
∆S ≥ 0 (4.3)
k
∂U ∂U X ∂U
dU = dS + dV + dNi (4.5)
∂S V,Ni ∂V S,Ni i=1
∂Ni S,V,Nj
∂U
:= T ⇐ TEMPERATURA (4.6)
∂S V,Ni
∂U
:= −P ⇐ PRESSÃO (4.7)
∂V S,Ni
∂U
:= µi ⇐ POTENCIAL QUÍMICO (4.8)
∂Ni S,V,Nj
Portanto a expressão (4.5) pode ser reescrita em termo das funções ter-
modinâmicas
11
k
X
dU = T dS − P dV + µi dNi (4.9)
i=1
k
1 P X µi
dS = dU + dV − dNi (4.10)
T T i=1
T
Observações:
(ii) Podemos observar nas equações (4.9) e (4.10) o surgimento de uma pro-
priedade termodinâmica adicional µi denominada potencial quı́mico.
(iii) O conceito de potencial quı́mico foi introduzido por Gibbs em 1948 com
o objetivo de quantificar o fluxo difusivo devido a variação da com-
posição quı́mica dos consitituintes, este termo desempenha um papel
de trabalho quı́mico.
k
∂U ∂U X ∂U
S+ V + Ni = U (S, V, N1 , N2 , ..., Nk )
∂λS V,Ni ∂λV S,Ni i=1
∂λN i S,V,N j
12
Finalmente tomando λ = 1 e utilizando as expressões (4.6)–(4.8) deduzi-
mos a equação de Euler
k
X
U (S, V, N1 , N2 , ..., Nk ) = T S − P V + µi Ni (4.11)
i=1
k
X
dU = T dS + SdT − P dV − V dP + (µi dNi + Ni dµi )
i=1
k
X
SdT − V dP + Ni dµi = 0 (4.12)
i=1
Casos Particulares:
N dµ = V dP (4.14)
Observação:
13
5 Fenômenos de Transporte
Consideremos um sistema isolado composto de dois compartimento com dife-
rentes configurações (ver figura 3). Sem perda de generalidade consideramos
cada compartimento contendo uma única espécie.
ST = SA + SB
dUA PA µA
dSA = + dVA − dNA
TA TA TA
Analogamente para o compartimento B temos que
dUB PB µB
dSB = + dVB − dNB
TB TB TB
Portanto a variação da entropia total é dada por
dUA dUB PA PB µA µB
dST = + + dVA + dVB − dNA − dNB (5.1)
TA TB TA TB TA TB
14
5.1 Fluxo de Calor
Considerando os compartimentos rı́gidos tal que dVA = dVB = 0 e fronteira
entre os compartimentos impermeável. A hipótese de reservatório isolado
permite utilizar a conservação da energia dUA = −dUB , logo a expressão
(5.1) é reescrita na forma
1 1 1 1
dST = − dUA = − dQA (5.2)
TA TB TA TB
Observação:
dVA
dST = (PA − PB ) (5.3)
T
Considerando PB = PA + ∆P a restrição da entropia (4.3) assegura que
dVA < 0, ou seja, uma função decrescente. Portanto o volume no compar-
timento A decresce quando a pressão no compartimento B aumenta. Esta
conclusão permite enunciar a seguinte lei
15
Observação:
dNA
dST = (µB − µA ) (5.4)
T
Considerando µA = µB + ∆µ a restrição da entropia (4.3) assegura que
dNA < 0, ou seja, uma função decrescente. Portanto a quantidade de massa
no compartimento A decresce quando potencial quı́mico aumenta. Esta con-
clusão permite enunciar a seguinte lei
Observação:
dST = 0 (5.5)
16
Lei de Conservação 5.5 (Princı́pio da Energia Mı́nima) “No estado de
equilı́brio termodinâmico a energia é mı́nima.”
dUT = 0
T1 = T2 ⇐ Equilı́brio Térmico
V1 = V2 ⇐ Equilı́brio Mecânico
µ1 = µ2 ⇐ Equilı́brio Quı́mico
U (S0 ) − A
X := tan(α) = ⇔ A = U (S0 ) − tan(α)S0
S0 − 0
Identificamos a tangente como a derivada da função, obtemos
∂U (S0 )
A := U (S0 ) − S0 (6.1)
∂S
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Figura 4: Descrição Geométrica da Transformada de Legendre.
Observação:
∂U (S)
A(S, V, N1 , N2 , ..., Nk ) := U (S, V, N1 , N2 , ..., Nk ) − S
∂S V,Ni
6.3 Entalpia
Para deduzir a entalpia H aplicamos a transformada de Legendre da ener-
gia interna U = U (S, V, N1 , N2 , ..., Nk ) em relação ao volume. Utilizando a
expressão (4.4) e (6.1) obtemos
18
∂U (V )
H(S, V, N1 , N2 , ..., Nk ) := U (S, V, N1 , N2 , ..., Nk ) − V
∂V S,Ni
Observe que
∂H ∂U ∂P V
= + =V
∂P S,V,Ni ∂P ∂P
∂H ∂U ∂P V
= + =T
∂S V,Ni ∂S ∂S
∂H ∂U ∂P V
= + = µi
∂Ni V,S,Nj ∂Ni ∂Ni
∂U (S) ∂U (V )
G(S, V, N1 , N2 , ..., Nk ) := U (S, V, N1 , N2 , ..., Nk ) − S− V
∂S V,Ni ∂V S,Ni
Observe que
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∂G ∂U ∂T S ∂P V
= − + = −S
∂T S,V,Ni ∂T ∂T ∂T
∂G ∂U ∂T S ∂P V
= − + =V (6.3)
∂P S,V,Ni ∂P ∂P ∂P
∂G ∂U ∂T S ∂P V
= − + = µi
∂Ni S,V,Nj ∂Ni ∂Ni ∂Ni
7 Aplicações
Os conceitos expostos nas seções anteriores são úteis em diversas aplicações.
Com o objetivo de demonstrar as potencialidades dos conceitos da termo-
dinâmica, nesta seção ilustraremos algumas aplicações clássicas que serão
importantes na dedução de modelos geoquı́micos.
V
N dµ = V dP ⇔ dµ = dP
N
Considerando a hipótese de gás ideal (P V = N RT ) a expressão acima
pode ser reescrita na forma
RT
dµ = dP
P
Integrando obtemos
0 P (T, n)
µ(T, P, n) = µ (T, P ) + ln
P 0 (T )
20
µ(T, P, n) = µ0 (T, P ) + RT ln n (7.1)
zF ψ
µ(T, P, n, ψ) = µ0 (T, P ) + RT ln n + (7.2)
RT
onde z é a valência do ı́on.
Observação:
Z 2 Z 2
V V2 2 V1 1
dµ = dP ⇒ µ2 − µ1 = P − P
1 1 N N2 N1
V1
µ0 + ln n − µ0 = P2 − P1
N1
N1
π= ln n (7.3)
V1
21
7.3 Relação de Boltzmann
A relação de boltzmann (2.1) que modela a concentração dos ı́ons em uma
solução eletrolı́tica em função da concentração de uma solução bulk é de-
duzida considerando o equilı́brio eletroquı́mico entre os reservatórios (figura
(1)). Portanto temos que
µa = µb
zF ψ
µ0 (T, P ) + RT ln nb = µ0 (T, P ) + RT ln n +
RT
Reordenando os termos obtemos a relação de Boltzmann
zF ψ zF ψ
n = nb exp − ⇔ C = Cb exp − (7.4)
RT RT
Fψ
CN a+ = Cb exp −
RT
Fψ
CCl− = Cb exp
RT
CN ab+ = CClb− = Cb
22
k
X
G= µi Ni (7.5)
i=1
NA = NA0 − αξ
NB = NB0 − βξ
NC = NC0 + γξ
ND = ND0 + ωξ
onde os valores Ni0 representam as concentrações iniciais de cada espécie
envolvida na reação quı́mica. Atingido o equilı́brio termodinâmico temos que
a variação da energia de Gibbs é nula. Portanto, substituindo as igualdades
acima em (7.5) o equilı́brio é obtido na energia mı́nima
∂G
= ωµD + γµC − βµB − αµA = 0
∂ξ
Substituindo a expressão para o potencial quı́mico (7.1), a equação acima
assume a forma
ωµ0D + γµ0C − βµ0B − αµ0A = RT ln nαA + ln nβB − ln nγC − ln nωD
Sendo
!
nωD nγC nωD nγC ∆G0
0
∆G = −RT ln ⇔ = exp −
nβB nαA nβB nαA RT
4
O parâmetro de avanço ξ foi introduzido por DeDonder que denominou “grau de
avanço” da reação. Este parâmetro baseia-se no fato que os moles das várias espécies
envolvidas na reação não variam independentemente e as variações estão relacionadas com
os coeficientes estequiométricos da reação quı́mica. Podemos fazer uma analogia entre o
avanço da reação e o “coupling parameter” estabelecido na teoria de Onsager.
23
Portante a constante de equı́librio de uma reação quı́mica é dado em
função da energia livre de Gibbs na forma
∆G0
K = exp − (7.6)
RT
Bibliografia
Castellan, G., Fundamentos de Fı́sico–Quı́mica, LTC Editora (1986).
Callen, H. B., Thermodynamics and an Introduction to Thermostatistics,
John Wiley & Sons (1985).
Potter, C. M., Somerton, C. W., Thermodynamics for Engineerings, McGraw-
Hill, (1995).
Mahan, B. M, Quı́mica - Um Curso Universitário, Edgar Blucher 4a Ed
(2002).
Firrozabadi, A., Thermodynamics of Hydrocarbon Reservoir, McGraw-Hill,
(1999).
24