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Circular Técnica da

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária


Centro Naciona(tJe Pesquisa de Hortaliças
Ministério da Agricultura e do Abastecimento

Dezembro 1997
Embrapa Hortaliças 10
ISSN 1415-3033

Irrigação de
Hortalicas em Solos I

Cultivados sob
Protecão de Plástico I

,
Osmar Alves Carrijo l
Carlos Alberto da Silva Oliveira

Termos para indexação: irrigação por gotejamento, cultivo protegido, fertirrigação


Index terms: drip lrrigatlon, protected cultivation. fertigation

principalmente pelo uso intensivo do solo sem


a interferência de chuvas (Cermeno, 1977). O
manejo adequado e a qualidade da água de
A água, os gases oxigênio e carbônico, a
irrigação são de fundamental importância para
luz e os nutrientes minerais são fatores
a redução de custos, para a obtenção de altas
essenciais ao crescimento e produção dos
produtividades e de produtos com alta qua-
vegetais. Entretanto, é através do fluxo de
lidade (Rosa, 1995), característica marcante
água no sistema solo-planta -atmosfera que
desse sistema de produção.
ocorre a absorção de nutrientes pelas plantas.
O resfriamento da superfície vegetal por meio Na irrigação de cultivos protegidos deve-
do processo de transpiração ocorre se levar em consideração alguns aspectos do
simultaneamente com as trocas gasosas entre solo, da água, da planta, do microclima e dos
a planta e a atmosfera (resultante da absorção equipamentos utilizados para se obter o
de luz utilizada na fotossíntese), através da máximo rendimento das culturas, tais como:
abertura estomática. Portanto, a água é
Retenção de água no solo;
considerada, direta ou indiretamente, como um
Qualidade da água de irrigação;
dos fatores mais importantes para a produção
Temperatura da água de irrigação;
das culturas.
Métodos de irrigação (Como irrigar);
A aplicação e introdução de água no solo . Volume de água a ser aplicado (Quanto irrigar);
ou outro tipo de substrato, na quantidade Freqüência de irrigação (Quando irrigar); e
adequada e na época oportuna, necessita levar Fertirrigação.
em conta toda uma série de processos
Este texto pretende abordar cada um
dinâmicos que exigem constante atenção e
destes aspectos, visando permitir um melhor
determinam o grau de sucesso ou insucesso
entendimento dos processos envolvidos e
(Oliveira et ai. 1980). Os cultivos feitos sob
proporcionar uma fonte de referência, de forma
proteção de plástico ou PVC se distinguem
clara, concisa e atualizada, para um manejo
dos demais sistemas de produção a céu aberto
adequado do sistema água-solo-planta-clima
1 Eng. Agr., Ph.D., Pesquisador da Embrapa Hortaliças, Labor~tório de Irrigação
e Ffsica do Solo . que ocorre em cultivos realizados sob proteção
2 Eng. Agr., Ph .D., Pesquisador da Embrapa Hortaliças, Laboratório de
Irrigação e Física do Solo.
de plástico ou PVC.
dI! , . 6tgiiu v rnculado ao MinoSltrÍ(! dI!
em 1 co.., ri desenllolvimlnto di IlCntllog in di
rl'gi u~s brnll, i. u . S!.J. e ~"i cular mti\ridadel cienlilÍ(:lIs I
5; slem~ Pm du li"a di Hort;I;~8R ' Cllm ume el.lUlplll!c!'ticl de 50 pe5q1.1lli11dOI91.
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LOC~,'lldo em Elidl1i • . d i&p(l. di um Cllmpo . .perime nl.1 di 11 S hectll!"h , r,igh~ e ,t re. COf'I'I I,uId" d' 22 .000 Incluindo m'.
I.bo.. tÓfios . casas-dl ...,g"lçiCl. tal.dos . c50"lIrll5 f' .... un Ídarle dI! be."fic i',I'Iento de ,,,",,,nl_. bihllot,cl. luditóriu . ..Ias d.
lIull e OuI,U iostillaçlJel d8'~ .
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COflIl,tulndO'-se em UM Cl n lrO di flf.~nc l.a nl p . .qu'u di hort .. liçn
dr" Circula, r ....cntcl di Embfapll Horraliçlll'l 'd..tinlld l a IIgen !e~ di 10""nto , oIISsi"incill 16cnlcl, .~tl!l11 sio rullll , p,OOU10.IIS
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PUBLICAÇÕES 00 CENTRO NACIONAL DE PESQUISA DE HORTALIÇAS


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SERIE CT RCULA" TECNICA BTa LTO QRAFIAS


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ManejO !la cullu.a d. b ~ l l li. paOI O CCl'lTToJto d. dcwnçll;
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M,,.,jO onlegrado da .. d.,. roçllS "1 DIII,",'" BIbhogrIlM brllli!Íl....... inQ8Clioo • n>lJr'llir> de AgIra "n hctTlIIIçlS:
O conu o l. boológ,eo d. prllQIS e ""I lIr>1", .. çin OI .... culT ,,,n .. 8.I>I,og" I.a hl n,Te .." ,Ie SO:",.OIe5 d. hQrtllic,,.:
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Pe d,rios d. puhloC IIÇ~ eS pode, lo J>e, fO'ilClli I t' lIds dto VIfTI
stRIE COMUNICADO TkNlcO po:;.tllll du .1:1\1"<11 nomlnaT • Embr~1 Horll liçlllS , !'te vllo,
10t , 1 dll MlUTMçio . envõadOio pefl CI segultll. Inde,eço: A"I
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Retenção de água no solo

Do ponto de vista fisico. todo solo pode diferença pode sor expressa em milfmetros de
ser considerado como uma combinação de água retidos por ccntlmctro de solo (mm/cm
partículas. sólidas (orgânicas e minerais) de solo). Os diversos tipos de solo retêm
diversas, égua (solução do solo) c ar. que Quantidades diferentes de água conforme
juntas formam um meio poroso. Graças a este mostrado na Tabela 1. Estes valores prati-
espaço ou volume poroso limitado e ao tato camente não são afotados com um aumento
de cada solo também apresentar uma de 3 a 4% no teor de matéria orgênica do
capacidade limitada de segurar ou rete r a água solo, po rque os lim ites inferior e superior "ão
q ue é nele introduz ida . tod a água aplicada mn afe tados proporc ionalmente . Entretanto, o
excesso no solo é drenada para camadas mais grau dEl agregaçào das partículas do solo podEl
profundas . a fe ta r a capac i dade de re t en çào de água
disponivel. Por exemplo. SOl05 argilosos (1,3
Assim, pode-se considerar que a mm/cm de solo) sob cerrado podem apresentar
capacidade de um solo em reter ou armazenar um grau de agregação de particulas tal que a
água apresenta um limite superior ou máximo sua retenção de água disponível pode ser
e um limite inferior ou minimo. A diferença semelhante â de- um solo franco arenoso, ou
entre esses limites fornece o que se denomina seja, 1,1 mm/cm de solo El semelhante a um
de água disponível para a planta ou capacidade solo franco argiloso em termos de limito
de rete nção de ág ua disponível no soto . Tal superior, com 39% de um idade.

Tabela 1. Teores médios dEl argila El areia (%J, limite superior de retenção de água no solo (cm]/
cm l ) e água disponível (milímetro de água por centímetro de solo) para diferentes t ipos de solos
P. teores médios de argila e areia. Adaptado de Saxton et 8/. (Soil Sci. Soe. Am. J .. 50:1031-
1036.1986) .
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'''l~ _H;r/l
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ARGILOSO 60 20 0,53 1,3
ARG ILO SILTOSO 45 8 0 ,4 9 1,6
FRANCO ARGila SILTOSO 35 10 0,4 5 1,7
FRANCO ARGILOSO 35 35 0 ,39 1,3
FRANCO SILTOSO 15 20 0,39 1,8
FRANCO 18 40 0,33 1,4
FRANCO ARGILO ARENOSO 28 60 0,30 0,9
FRANCO ARENOSO 10 65 0,26 1.1
AREIA FRANCA 6 82 0,21 0,9
ARENOSO 5 92 '0,18 0,8
Obo. SoIo.loOb CIlIIOOO. e", 11"';,1. CUO'lIl1lcvadoe tItOrd de ;,rgil8. pooom apresenta, um grau de IIg'lIgeçAo 1111qUI! o S8\I comportamento podO!
ser sotmlllhantOl &O de um IIOlol,anco a.enoso am lermos
SlIp&rlOf.
* '9_ clisponfvC'lllll8malhantll fi um solo trinco ",gilo~o 11m IOrmll8 de limita

2 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - _ E m b r a P I Hortaliça.
Qualidade·da água de irrigação a ser introdl!Zida noso.1!>

Dois fatores principais determinam se a pr incipalmen t e à ausênc ia de chuvas e à


fonte de égua existente é de boa qualidade ocorrência de altas temperaturas . que
para uso em irrigação de estulas, quais sejam: provocam uma intensa evaporação da égua e
poluiçâo (Química e biológica) e presença de li deposição de sais na superficie do solo ao
S81S dissolvidos na água de irrigação . longo rios anos . Este processo também ocorre
dentro d as es tru turas plâsticas em uso para o
Poluição da 6gua cu lt ivo p roteg ido.

A fonte de água (rios. córregos , poços ou Quanto à presença de sais dissolvidos na


açudes) se d iz polufda quando é contaminada água deve-se observar a concentração total
por esgotos urbanos e por resíduos industriais de sais solúveis, que determina o seu grau de
ou agr ícolas . O principal problema causado pela salinidade, e também a possibilidade de que a
polu ição com esgotos urbanos é a presença , água de irrigação provoque a sOdif ic ação do
na ég ua de irrigação. de microorgan ismos solo, carac te rizada pela propor ção de sódio
tran sm i SS IHes de doenças tais como: (Na") em re l ação a outros cátions.
esquistoss(lmose . v lbri ão colérico e dive rsas principalmente c álcio e magnésio . e expressa
verm in oses decorrente s da presença de pela sigla RAS (razAo ou relação de adsorção
coliformes fecais . A poluiçilio advinda de de sódio) . A c oncentraçAo de sódio no solo
resíduos industriais e agricolas apresenta uma afeta a sua pe rmeabilidade. Este problema é
complexidade maior pois diversos produtos até ma ior e de controle mais diUc il que a
qu ím icos podem estar envolvidos . sa linidade .

Os resíduos indus t ria iS c o ntam inam as A condutiv idade elétr ic a, CE, é util izada
font es de água de irrigação principalmente pelo para expressar a concentraç30 tota l de sa is,
lançamento maciç o de metai s pesados e ta n to para a c l as sific aç ã o como para a
oulro s íons tóxicos qu e podem causar diagnose das águas usadas na irrigação. Para
distúrbios e doenças tanto nas plantas a maioria da s hortaliç as . CE da água de
cultivadas como no homem . Esse é um irri gaçlo acima de 1, 5 mmhos pode causar
prob l ema blStilInt e sério e ex i ge danos e redução de produtividade da maiori a
monitoramento constante , princi palmente nas das culturas pl ant adas em est ufa (Hoc hmuth.
águas próxim as de áreas ind ustriais . 1991 ). Os sais dis solvidos na âgu a de irri gação
podem reduzir o desenvolVimento das plantas.
Os res(duos de inset icidas , fungicidas, devido aos sais responsl!:v8ls por essa alta CE
herbicidas e adubos na água de irrigação podem passarem a co mpetir com a absorção de
causar toxicidade às plantas , além de nutrientes pela planta. Elevadas CE da água
distúrbios nos animais, inclusive, no homem_ de irrigação também pode cfiminuir a absorção
de água pelas plantas. Qllando a salinidade
A s fon tes de ág ua podem também ser da âgua aumenta. mais água necess ita se r
contam ina das po r pat ógeno s de planta s ap licada para se obter u ma mesma
al tamente floclwos ã sua prod ução , como os produtividade (l etey . 199 3).
causadQfes da murcha·bacteriana e da murcha--
de - fitóftora que ocorrem nos cultivos de Quanto ao grau de tolerAncia à sali nidade.
tomate e pimentAo . das cultura s normalmente plantadas sob
cultivo protegido. pode·se obedecer a seguinte
Presen ç a de •• 1. dissolvidos na 6gu. de seqüência : melão> couve > brócolos >
irrigaç ão e sallnldade do solo tomate > pepino > pimentão > alface.

A salinizaçAo oco rre pr incipalmente nas O uso de cobertura da superfície do solo


regiões de clima árido e semi-árido , dev i do ou "m ulching " pode diminuir a salinização.
E~I9. H~ •••______________________________________________________________________
3
principalmente próximo à su perfície, pois reduz 100 para se obter a lâmina a ser aplicada de
a evaporação da água do solo e a conseqüente 1 10 mm de água.
deposição de sais.
Ao invés de ap licar essa e levada lâmina
A lixiviação forçada desses sais, através de irrigação. pode-se re tirar a cobertura de
de uma irrigação por aspersão excessiva, é plástico da estufa e permitir chuvas pesadas
outra pr6tica usada no controle da salinização n o seu interior. Esta prática promove a
dos solos . Para uso dessa pril tica, porém, o lixiviação dos sais e a quantidade de chuva a
so lo de ve possu ir boe ca p aci dade de ser perm ilida deve se situar em t omo do valor
infiltraçil o e uma 8dequad8 dren8gem inte rna. calc ulado no p2l rãgrafo anterior .

A utili zaçã o de produtos químicos ou o sistema d e irrigação e o turno d e rega


mine rais é também considerada no controle ou freqüência de aplicação da água são fat ores
da sa linização, visando subst itu ir os cátions importantes no manejo de so los e ág uas
adsorvidos â matriz do solo, como o sódio, o sa linas . A ele vada freqüênC ia de irrigaç ão
cá lcio . nitr atos e sulfatos . Entre os produtos possib ilit a manter o solo corn alie umidade.
qu(m icos utilizad os merece de staque o gesso f a(:ilita 8 8bso rçiio de água peles pl anta s e
8gricola que é aplicado na superfície do sola pode reduzir o efeito daninho do excesso de
e incorporado, à semelhança do calcario . Após sais. caso ocorra.
a aplicação do gesso, o perfil do solo deve
ser lavado através da apltcação de uma IAmina o sistema de irrigação por goteiamento é
de 6Rua bastante pesada através da irrigação. um dos mais recomendados para uso em solos
Pa ra os solos de c errado, n orm almen t e a e agu as sa lino s. pois propicl8 irrigações
capacida de de retenção máxima de .!gua est.!! freqüentes li mantém condições d e alt a
em torno de 1,1 mm /cm de solo, en tão , deve- umidade promovendo a diluição dos sais e um
se aplicar uma lâmina equivalente a no mínimo adequadO potencial osmótico da so lução do
duas vezes a profundidad e d o perfiL em solo. A área superficial molhada é t ambém
milímetros de água. Exemplo: em um perfil de reduz ida neste sistema de irrigação. o que
50 cm, a ser lavado, basta multiplicar 1,1 vezes dim inui a área salinizada.

Ouando a temperatura do solo ettfttvado especi al para intervalos entre um a e outra


sob proteção está elevada e ê reduzida irrigação mais espaçados, o nde há uma
bruscamente . através da irrigação. pode ocorrer intensa rad iação dentro da estufa . uti lizada
uma interrupçã o temporária na absorção de no aquecimento do solo . Em alRuns casos a
água pelas raízes, produz ind o um deseQuillbrio âgua de irr igaçã o de algumas fOn t es pod e
híd rico na planta. As folhas, continuando a permanecer rel8tivamente fria e ocasionar uma
transpirar , a alta umidade do solo e a alta diferença considerável de temperatura entre o
demanda evaporativa dentro da estufa, solo e a áaua de irrigação . Ta ís problemas
provocam a desidratação dos tecidos foliares advindos de diferenças térmicas entre as
podendO levar fi morte dos mesmos . Este temperaturas da água e do solo pOdem ser
problema pOde se tornar bastant e sério nas evitadas ou reduzidas Quando se faz a ir rigação
re giões ma is frias , como também no pe r(odo ao amRnhecer ou ao ano itecer e corn maiores
de invern o /la s regiões mais quen tas, am freqüênCia s .

4
. .- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -___ ,~. . . ~t~..
Métodos de irrigação em solos cultivados sob proteção

Os sistemas de irrigação passíveis de t anto sobre a superfície do solo (caso mais


serem utiliz ados sob estufas cobertas com comum), como abaixo da superFrcie do solo
plástico ou PVC são os de irrigação por sulcos, (irrigação subsuperficial ainda pouco utilizada
por aspersão e por sistemas localizados no Pais). Diversos tipos destes sistemas
rmicroaspersão e diversas formas de podem ser utilizados como O XiQue-XiQue, as
gotejamento). sobre a superficie ou enterrados tripas ou fitas de irrigação e o gotejamento
(subsuperficiall. Em casos especiais pOde-se convenciona l. Os sistemas de gotejame nto
u!>ar atê a irrigação por inu ndação como no convenc ional são os que apresentam potencial
caso de cu lt ivos de agrião sob plást ico. de ser ut il i zados subs u perfic i a lm ente ,
entreta nto, problemas de entupim ento dos
Irrlgaçlio pOr sulcos gotejadores (causado por raizes e precipitação
de sais) não são facilmen te det ectados. Tubos
A irrigação por sulco é geralmente a de e gotejad<Jfes impregnados com herbicidas
menor custo de instalação por unidade de estão sendo fabricados visando reduzir parte
área . Apesar disso, esse sistema de irrigação destes problemas.
e pouco utilizado em cultivos sob proteção,
principalmente porque requer superfície do Sistema xique-xiQue
terreno mais uniforme; necessita um numero
maior de trabalho (horas/homem) por unidade É um sistema bastante simples e
irr igada; utiliza um volume de água de irrigação fabricado pelo próprio produtor. Consiste de
muito maior ; aumenta a umidad e re lat iva do um tubo de polieti lcno preto. eom pequenas
ar no interior das estufas; e pode provocar perf urar,:ões espa(,:adas de 30 a 60 cm. As
emsão e a li/l;;viação dClS nutrientes solúveis. perfurações são cobe rtas com uma luva de
mangueira, de diâmetro maior Que a m angueira
Irrigação por aspersão de irrigação , Que serve para Que a água saia
sem formar um jato ou filete.
Devido às caracterfsticas próprias dos
cultivos sob proteção (areas e dimensões Devido à grande falta de uniformidade no
relativamente pequenas). os tipos de aspersão tamanho das perfurações feitas no tubo de
mais utilizados são a microaspersão !tipo de polietileno, este sistema apresenta a
microirrigação) e a aspersão de baixa pressão. desvantagem de uma grande desuniformidade
Estas formas de aspersão têm sido utilizadas na aplicação dos adubos forn ecidos através
somente no cu ltivo de folhas as e na formação da água de irrigação .
de muda s . en tretant o apresentam algumas
desvantagens em relação a outros m étodos , Sistema de fitas ou tripas
Quais se j am: aumentam muito a umidade
relativa do ar n o interior das e st uf as; São mangueiras de polietileno de baixa
nec essitam. na maioria dos casos. de um densidade e espessura, bastante delgada e
sistema de bombeamento maior (aumento da com m icroperfurações feitas geralmente, iI
pressão de s.eJ'.viço) e de um s istema de "laser" e a distâncias pré -determ inadas .
filtragem; e molham toda a área da estufa. Apresentam uma vazão relativamente uniforme
aumentando a ocorrência de plantas daninhas dos m icro-furos, mas devido ao seu m inúsculo
e doenças de solo e folha. dilllmetro necessitam de um bom sistema de
filtragem da égua .
Irrigação por gotejamento
Quando a espessura das pa redes das linhas
É a irrigação mais conhecida e de irrigação de polietileno for pequ ena, as fitas
recome ndada para o cu ltivo protegido . As devem trabalha r a baixa pressão, o Que pode
linhas de gotejamento podem ser instaladas, causar grandes vari ações da vazão dependendo
Embr~ Ho"~~,.·_______________________________________________________________________
5
da declividade e c:omprimento da linha lateral ap licação da água no so lo; obter boa
de irr igaçao . unif orm i dade da apl i cação dos adubos
m inerais através da água de irriga(fão; e utili7ar
Gotejamento convencional ;igua e solos salinos para a p rodução de
hortaliças .
Consiste de gotejadores inseridos sobre A grande desvantagem desse sistema de
ou no interior do tubo de poli etileno o u irrigação é O elevado custo inicial de
inseridos entre duas seções do tubo (Oliveira implantação em rclação aos demais métodos,
el aI., 1979) . Um tipo bastante comum no pois necessite de um cabeçal ou seção de
mercado são os chamados tubos gotejadorcs, controle completo (30 a 40% do custo total)
onde os o rifíci os de saída e o sistema de e uma rede de t ubos de poli etileno de baixa
dissipat;:!o de energia são realizados no próprio densidade com os gotciadores 160 a 70% do
tubo. cust o total!.

Este tem sido um sistema mais utilizado A seção de t:ontrole deve dispor de filtros,
na irrigação de cultivos sob proteção, pois com para evitar a Obstrução dos gotejadores, além
ele pode-se : obter produções elevadas; obter de manômetros, regulad o re s da pressão de
economia de custeio da irrigação e de mão- operação desejada, injetor de fertili7antes e
de-obra; obter alta economia e eficiência de registros para controle da entrada da água .

.. F~eqü~cia delrrigaçjiP (Qu;lndo IHiY!lrJ

A irrigação visa suprir de âgua as plantas irriga (fões devem ser reinic iadas q uando as
na medida de sua necessidade. Para se obter tensões estiverem ao re dor do limite superior
produção em quant idade e qualidade deve-se de água disponível, o que, para solos arenosos
proceder às irrigações antes que a ra7ão entre e a maioria dos lal058010s da regiã o de 8rasma,
a quantidade de água no solo e a demanda deve estar entre 10 a 20 ceot ibares (kPaJ . Para
cvaporat iva diminua e cause danos às plantas . outros tipos de solos argilosos se situa em
Este limite m íni mo de água no solo varia de torno de 30 Kpa .
acordo com a espccic cultivada c com o seu
estádio de desenvolvimento. No entanto, na presença de palógttOos
de solo, como fungos (Fusarium sr>.,
Para se ind icar o momento adequado da Ri7octonie sp., etC.). ba ctér ias (RelstoniB
irr igação, o uso de t ensiOmetros Oll outro solaflace iJflJm spp. , Erw inia sp .. etc.) ou
equipamento que avali e a umidade do solo se nematóides, ret:omcnda -se manter o solo com
taz rlet:essário . Reco menda -s e a utilização de men o r teor de IJmidade , para difiGultar o
tensiômetros provido s de vacu6mct ros, pela desenvolv imento dasse s microorgan i smos
sua precisão e simplicidade de uso. Em áreas
indesejáveis. A irrioação. neste caso. deve ser
cobertas apresentando um mesmo t ipo de solo
menos freqüente. de dois em dois dias ou a
devem ser instalados no mínimo dois
intervalos maiores . O maneio da água do solo
tensiõmctros por área cobe rta, sendo um
deve proporcionar tensões máximas em tomo
instalado na profundidade de maior
de 40 50 kPs . Essa tensão deve estar dentro
concentração radicula r e, o outro, no lim ite
do intervalo de tensão máxima recomendado
dessa maior concentração, o que para os solos
pa ra a maioria das culturas. como por exemplo,
cultivados com boa parte das hortaliças pode
se considerar, um t ensiõmetro instalado a 1 5 a alface, 40 kPa; melão. 30-80; pepino, 50-
cm c outro a 30 cm de profun didade .
100; piment ão, 30-60; tomate . 30 -70; e vagem
40-80 kPa.
Usando o tensiÔmetro para o controle das
irrigações, em ambientes sob proteção onde Em regiões de alt a inso la ç ão . há um
não haja incidência de patógenos de solo, as aquecimento muito grande da parte aérea das
6 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -_ _ _ _ _ _ _ Embr8118 Hort.I~1
plant <ls . Há , port an to . a necessid<lde de a p ode se r co n fu ndid o c o m s i n tomas d e
pl anta perder c alo r atrav és do processo de doenças.
transpiração, para o seu auto·con trole têrmico _ Da mes"ma forma, altas temperaturas e
Na ausência de ventil ação no inter ior da s baixa umidade relativa inic ial no interior das
estruturas de proteção dos cult ivos, há uma estufas (ao meio dia ils 15 horas). provocam
saturação do ambiente interno com vapor a lta de ma nda evaporativa . Fazen d o~se a
d 'água lumidade relativa próxima a 100%) e a irrigação neste horá rio, há um au m ento da
transpiração não ocorre ou é muito reduzlda _ umidade do SO lO e da eva potrans pira ção
provocandO a saturação de va po r d ' água no
Não havendo transpiração. desaparece a auto~
interior da estufa. oco rrendo o
regu laçAo térm ica , ocorrendo portanto um
s up eraq uecimento dos te c idos aéreos da
superaqu ecimento e queima das regiões de planta e a queima dos t ecidos mais sensíveis .
maio r perda de águ6 c omo é o caso do s Desta maneira deve se eVitar as irrigações nas
estómatos e do limbo foliar, O que m uitas vezes horas mai s quentes do d ia.

' Volume de água a aplicar (Quanto apUcar)

Um dos aspectos mais importantes da Em decorrência do si stema de irrigação


irrigação é a reposição aO so l o da á gua por gotejamento ser o mais ut i li zado em
uti li Z8 d a , em quantidade adequada e na c ultivos sob proteção iremos considerar um
ocasiAo Oportuna. A quantidade de água , I. a exemplo com este tipo de sistema . Pequenas
ser introduzi d a no solo 8 uma ce r ta adaptacões nec essi tam ser feitas quando
profund idade , em um evento de irriga ção forem considerados si stema s de irrigação por
durante o ciclo da cultura . deve ser igual àquela microaspersão.
égua consumida pela deman da evaporativa ,
Que ocorreu desde a última irrigação. Esta No cálculo de V realiza do . se a fração da
demanda evaporativa ou lâmina de água, I, é área irrigada pelas li nhas de gotejadores não
eqlJ ivalente a estimativa da evapotranspiração corresponder a 100%. deve ~se estimar qual a
das cuttura, ETc, ou à estimativa do déficit de fra ção da área . A , efeti vamente irrigada e
ág ua do solo (principalmen t e na prim eira reduzir o valor de V mult i pli ca ndo~ o por esta
irriga(:ÃoJ, Of:orridos desde o Iiltimo evp.nto de fração. Para a maioria dos r:llltivos proregidos
irrigação, ou seja, I = ETc. a fração da área irrigada por gotejamento pode
v8riar en tre 50 e 100%, em geral. com valores
o volume de ãgua , V, a aplicar em uma mai s próximos de 100%.
ir rigação é calculado multiplicando-se a
Quantidade de água, I, (em altura equ ivalente Como os divers os sistemas de irrigação
de égua transformada de n,illn,etros para por gotejamento apresentam uma eficiência
metro). ocorrida a partir da última irrigação, de irrigação média de 80 a 90%, o volume V
oela área , A, a ser Irri gada. Por e)(emplo : deverá ser aumentado para com pensar esta
deficiênci a do sistema, ou saja:
. Se desde a última irrigarlo calcullJmos ter
ocorrido uma demanda eVBPorativa equivlJJente li • Pera o exemplo considerado, blJsta dividir
uma quantidade de ágU1I1I ser reposta BO solo, /, os 2 ni' por 0, 8 (assumindo uma efici~ncia de
de 5 mm ou 0,005 m e queremos irrigar uma aplicaçlo de 80%J paro se obter V = 2, 5 rrr
6rea, A , de 400 m;t, com ore., coberta de 8 m de ou 2 .500 li rros.
largura por 50 m de comprimltmo, o volume de
aoua a aplicar na irrigaçiio 6: Para se calcular o tempo de um E'vento de
irrigação, nec:essérlo para introduzi r o volume
v- I A = ET c A Eq. 1 V de .!gua no solo, basta divid ir este vo lume
.. 0,005 m 400 m' = 2 m' ou 2. 000 pela taxa de apli cação das linhas la terais
litros de aguB. instaladas (vazão média do gotejador vezes o

E~~I Hon ~ç..,______________________________________________________________________


7
nümero de got ejadores exi stentes na érea solo e da superfície das plantas mais a água
coberta a ser irrigada). Por exemplo: que é transpirad a pel a planta .

. Considerando uma área coberta com oito A evapotranspiração de uma cultura , ETc,
linhas laterais de gotejamento de 38 m de ê função da espécie cultivada e dc seu estádio
comprimento, espaçadas entre si de 1,0 m, com de crescimemo, do solo e sua umidade e das
espaçamento entre gotejadores de 0,50 m e com condições climáticas, principalmente radiação
vazão média do gotejador de 1,5 litros por hora solar, umidade relativa do ar. temperatura e
pode-se efetuar o cálculo da taxa de aplicação velocidade do venlo .
como se s egue:
Até um pas sado r ecente se lltilizava o
o numero de goteja dores por linha é igual a termo evapotransp iração poten c ial , que
76, resultado da divisA0 do comprimento da gradativamente vem sendo substituído pelo
linha pelo espaçamento ou seja, 38 / 0,5 -' termo evapotranspiração de referência, Eto,
76 gotejadores por linha; para expressar a estimativa da
O total de gotejadores é obtido multiplicando evapotranspiração de uma superflcie extensa
76 gotejadores por linha vezes oito /inflas Que coberta com grama de altura uni/arme, em
nos dá um total de aproximadamente 600 crescimento ativo e cobrindo completamente
goteiadores; a superfície do solo e sem restrição de umida de
ISediyama. 19961.
E a tax8 de aplicação resulta do produto
entre o total de gotejadores veLes a vazão A relação entre a evapotranspiração da
média do gotejador, ou seja, 600 xl, 5 litros cultura e a de referência é representada por
por hora, que dá uma taxa de 900 litros por um coeficiente, Ke, conforme sugerido por
hora; e Doorenbos e Pru ltt ( 1975) e poss ib il ita
Para se obt er o tempo de aplice çSo qasta es crever a seguinte equação:
dividir O volume V de 2.500 litros, calculado
anteriormente, por 900 litros por hora que ETc = Kc . ETo ".2
fornece 2,8 horas (166 min),
aproximadamente. Assim. o coeficiente Kc faz a integração
de três caracteristicas que diferenciam a
Este tempo total de um evento de evapotranspiração da cultura considerada
irrigação pode ser divid ido em mais de um ciclo daq uela de referência. a saber: a altura da
diár io de aplic ação de agua, co mo por exemplo cultu ra cons iderada. que é variável durante o
dois ciclo s di ários de aplicaç.!!o de água com ci c lo da planta; a resistência e o albed o da
duração de 1,4 horas, obviamente dependendo sllperticie solo · cultura cons i derada . A
de limitações impostas pelo sistema de resistência ao fluxo de ar da superfície solo ·
irrigação e pelo sistema solo-planta. Ciclos cultura é função da area de solo coberta pelas
diários de aplicação de água mais curtos plantas, da ârea foliar e condições de sanidade
podem evitar perdas por percolação profunda e senescência das folhas. O albedo, fração
e aumentar a superficie de área molhada pelo da radiação global reflet ida pela superfície solo·
gotej ador . se m acarretar maio res perdas por cultura, também c influenc iado pela área de
evapora ção . Entretanto, é co nven i ente solo coberta pelas plantas, pela área da
salientar que o volume total de solo umedecido superficie vegetal e pelo teor de umidade junto
e mais uma função da quantidade de água a superfície do solo. Desta forma o Kc varia
aplicada do Que do tempo para aplicar a água. principalmente em função das características
da cultura, traduzindo em menor escala a
Quantidade de égua. I, a ser introduzida no variação dos fatores climáticos. Isto faz com
solo. estimada a partir da evapotranspiraçio que valores padrão de Kc pOSSam ser
da cultura t ra nsfer idos de um loca l para outro, mesmo
sob condições climáticas diversas Como as
O te rmo ev apotransp ira ção se refere à
observadas em cultivos realizados dentro e fora
soma da quantidade de água Que evapora do
de estruturas de proteção de plástico.
8
Ouando as irriga ções são d iá rias ou resistência ao fluxo de calor e vapor d ' água
freq üe n tes, como v ia de regra o c or re em no ar considerados . Devido ao seu custo e ã
cultIvoS protegidos irrigados por sistemas de relativa fa cilidade de uso, os evaporimetros e
goteiamento colocados na suparffcie do solo, as equações para a est im a t i va da
á necessário se estimar a ETc diariamente. evapotranspiraçi!o das CUltura5 têm sido
Isto implica que os valores de Ke devem ser bastante utilizadas no Brasil.
obtidos utililando-se do conceito de
coeficientes basais ou de base, Kcb, conforme Existe uma variedade enorme de fórmula5 para
preconiudo por Wr ight (1982) , e não pe lo a estimativa da ETo e as mais precisas são aq uelas
con cei to de coefic ientes m édio s (Aller! er aI. com base na equação de Penman (ut ili7.8das no
19961. ou seja, através da relação : cálculo de Kcl. mas que na prática tem seu uso
ICe = ka . ICcb + I(e Eq . 3 limllado pelo grande número de variáveis
climatológicas utilizadas. Para 8 finalidade deste
onde Kcb corresponde à relação entre ETc trabalho, pela facilidade de uso e pequeno número
e ETo quando a camada superficial do solo de dados necessános, descreveremos apenas o
está seca, mas na zona radicular está adequada método do tanque classe A .
pa ra manter a cultura com transpiração plena.
sem es tresse hidrico (Ks .& 1 J. O coeficiente Método do tanque classe A
de d éficit hidrico do solo. Ks, reduz o valor
de ICcb quando a umidade do solo li tal que O tanque Classe A tem sido largamente
passa a restringir a transpiração das plantas. utilizado pa r a a estimativa diéri a da
O coeficiente de evaporação do solo, Ke. evapotranspiração das culturas. A
adiciona o eferto da evaporação do solo úmido. evapotranspiração de referênc ia por este
Via de regra. ocorre um valor de Ks unitário método é dada pela equaçio 4 :
em c u l ti vos sob prote çã o de p lástico e
pod emos ohter Kc atrav és da relação: ETo - Kp Eca Eq.4

Kc-Kcb+Ke onde: Kp é o coeficiente do Ianque, e


Eq.3a
ECa li a evaporação do tanque classe A,
em mm/dia .
Allen ei ajo 119961 apresentam valores de
Ke e de Kcb para diversas culturas. A ssim, para calcular a QUantidade de égua
a ser Introduzida no solo (1) , que é igual ã água
Para Irrigação por gotejamento, onde as evapo trenspirada pela cu ltura (Elc ), substitui·
linha s lat era is de irrigação estão co locadas se a equação 4 na equação 2 e obtém·se a
abaixo de 10 cm da supsrlic ie do solo, mesmo estimativa de I através da relação:
para irrigações freqüent es (i rr igação por
gotejamento subsuperfiCial1. os vaiores de Ke Etc - ICc . ETo _ Kc . Kp . Eca =
podem ser considerado s nulos e Kc, da IKcb + ICe) , Kp. Eca Eq. 5
equação 3a, seré igual a Kcb. Desta relação
podemos inferir que as perdas por evaporação De torma resumida podemos -dizer que
da égua do solo se rão bastante reduzidas e a valores médios diários de evaporação do tanque
economia de água será a i nda ma Io r em (Eca) podem ser obtidos através dE:: consultas
comparação à ut ilização de linhas laterai s âs bans de dados meteorológicos existentes
co~adas sobre a aupettic:ie do solo .
como . por exemplo . a base d e dados da
Embrapa -CNPH (1997) ou de m edições no
Existem varias metados pare se determinar próprio local .
21 ETc como, por exemplo, os lislmetros, que
a m e dem diretamente , os tanques de O coeficiente Kp na equação 5 ÉI Junção da
evaporacão que a estimam (Tal"que classe A cobertura do solo onde é inst81edo o tanque, da
e outros' tipos de tanque ) e diversas equações v e loc idade do vento e da umid ade re let iva
meteoro lóg icas de com pl e x idade variável, med ia d o ar . Para as co ndIções de estufa ,
dependendo do núm e ro de aspectos Prados ei ai. (1986) sugerem a utilização de
aerodinlim ic os, termod inâm ic os e de Kp igual a 1 .0. Tal premiaaa pode introduzir

9
um v iés t €lzendo com quo o s vlllores de Kc 1. ou seja :
sejttm especificos para cond ições loctlis o nde
a estiméttivét dét Eto está sendo feita . Kci para o período inicial (da semeadurét ou
t ransplttnte até cerca de 10% de cobertura
Os coeficientes da cultura, Kc (Tabola 21. do solo);
para culturas conduzidas sob proleç:1o de plâstico, Kcm , durame o período intermediArio, dosde que
f o ram adapt<'ldos par a quatro pe riodos de ocorreu a m áxima cobertura do solo a til o início
desenvolvimento da cultura, ou seja, perlodo inicial do perlodo final. próximo as últ imltts colheitas;
li), periodo de crescimento rápido fiil. pedodo do
crescimento reduz ido (iii) e pcriodo fin<!tl Iiv), Kcf. após a u lt ima co lhe i ta ou comp l()ta
respectiv€lmente . A duração dostes estlidios varii:l sonescênc il! da plan ta .
com as condições climáticas, cullura e cultivares.
e seus valores respectivos de Kc podttm ser Como exemplo de cálculo da ETc por este
esti m ados a partir do t r~s valot'es básicos deste método. vamos considerar uma cultura de tomate
coeficiente, a saber: cooficien te inicial IKci), d urant e a fase in icia l , ond e a evaporação
coef iciente intermediário IKcm) e coeficiente acumulada desde o úllimo diH em que foi feita
f inal IKcfl, conforme exemplif icado na Figura irrigação r. do 10 mm. ou seja, Eca - , Omm.

Tabela 2 . Coeficientes de cultura méd ios inicial. Kci; inte nnedi~rio , Kcm; e final. Kcf propostos parét
diferontos ostâdios de desenvolvimento da cultura c sotas irrigados frequentementp. tcOP.ficiente de
dcficit hM1rico do solo. Ks -: 1) devendo ser ajustados p<lra as COndições climâttcas prevatocr:ntes no
local de instalação do t anque classe A.

Ho r taliças VlIIotas d o c:oeficl.nt. d. cultura


K-c:bi' lól Kcbm Xc", KCbl Kd
A lface 0, 15 0,50 1,00 1, 10 0.90 1.00
M olão 0,15 0. 30 1.ao 1,10 0.90 1.ao
Pep ino 0 ,15 0.40 0.90 1.ao 0.80 0.90
Pim ent;(o 0, ' 5 0 .30 1.ao 1,1 0 0 ,80 0 .90
Tomate 0. 15 0,40 1.00 1,10 0,70 0 .80
Vagem 0. 15 0 .30 0,90 1,00 0 ,80 0,90
Fonte; DoonInboll e Pruott (1977). Wright, J .L(1982 ), AOm« ai. 11996).

1.2 A s l inhas l ate rais d e gotej amento estão

0.8
- --~<,r dispostas sobre a superfície do solo tke > O)
e as irrig ttções são feitas a cada dois dias.
Parltt um vnlor de Kp unitário, através da tabela
~o.e
• 2 obtemos o valor de Kci = Kcbl + Ke igual a
0 ,4 e ti tlCluação 5 pode ser calculada por:
0.4
<ri
02 Etc = 'Kcb + Ke). Kp. Eca
= (Kcbi 1- Ke ). Kp. Eca
O = 0.4 x 1,0 x l Omm
O 20 40 60 80 100 = 4 .0 m m do água, a sor introduzida no
Tempo (dias) solo através do evento irrigação.
Figura 1. Exomplo de va lores dos coefici ent c:s
cultu rais Kc n definição dos períOd OS vegetiltivos Com este valor ci:llculado podc:·se,
!Doorenbos e Pruitt. 1977) para uma cu ltura então, calcular o volUme de água a ser aplicado
genéricét
10 .
_________________________________________ através da r:quação 1. __
I!, , * _ Horteflç..
umidade do solo a 1 5 cm de profundidade
Quantidade de água, I, a ser introduzida no 5010, estiver "cima da tensão média registrada (30
estimZlda a partir da umidllde média do loIa kPal. a quantidade de água a aplicar deverá
ser aumentada . Por outro lado, se e tensão
Quando se avalia continuamente a tensão da água a 30 em de prOfundidade estiver menor
da água em um determinado solo com o auxilio que 25 kPa, a quantidade de água poderá ser
de um equipamento como, por exemplo, dois
reduzida .
tensi6metros lo calizados a 15 cm de
profundidade e dois tensi6metros localizados Qua",KJade de ~u., _, a ser introduzida no sdo,
a 30 em de profundidade, dentro de uma área estimada li partir de modelos semi-dlnAmicos e
protegida, podemos considerar o valor a , 5 cm dinâmicos do movimento da ãgull no solo
como sendo um indicativo da umidade média do
solo na prof undidade de O a 30 cm. Assim, com Os modelo s semi-d inâm icos si mul am o
o aux ílio de uma curvl!I de retençllo de umidade movimento da água dentro de div ersas camadas
que relaciona tensão c teor de umidade da égua de solo na Qual a Lona das raizes é dividida . A
na solo, em cm 3 de água por cm l de solo (Oliveira. água é transferida de uma camada de solo para
1988). 80 se estimar a tensão média da água outra no interior do solo em função do teor de
nesta profundidade antes de uma irrigação, ág ua existente em cada uma e das suas
também se estarA estimando o seu valor propriedades f isicas. Em cada camada o teor de
correspondente de umidade. Conhecidos os teores água que excede o seu limite superior de égua
de argila e areia paro o solo considerado (Tabela disponível é drenado para a camada subsaquente .
1l, tem-se. uma estim ativa do limite superior de A redistribuição da água é estimad8 com base no
fluxo não saturado de água no solo descrito através
égu8 d isponrvel, podendo-se estimar 8 demanda
da equação de Darcy _ A ETc, v ia de reg ra, é
evaporatlva ocorrida desde a ultima irrigação.
calculada separando-a em seus componentes, ou
como exemplif icado a seguir:
sej a transpiração da c Ultura e eVl:1poração da
superficie solo-planta . A evaporaçao pode ser
Em uma área cultivada sob proteção de caleulctda em um processo empfrico de duas
plástico. para uma tensão da água do solo fases de secamento , conforme proposto por
antes da irdgaçao de 30 kPa, a 15 cm, e de 25 Ritchie 11972). A transpiração é extralda do perfil
kPaa 3Ocm, com o auxIlio da curva deretencoo do solo em função da tr.-nspiracão potencial. da
de ~gua do solo, obteve-se um correspondente distribuiçio ou densidade de raizes e da QUantidade
teor de umidade de 31% a 15 em, O solo é de de águ8 existente n8S diversas camadas do solo.
textura franco-argilosa e o seu limite superior de
;Jgua dispon/vel é de 39% tTabela 1). Pela Nos modelos de simulação dinAmicos a
diferença entre O, 39 (39 %1 e O, 31 t3 1%1 obtém- infiltração B redi strib\,ição da água introduzida
se o v(llor dlt redução de 0,08 (8 %) na umidade no solo do governad as por proce ssos f (sicos
do solo devida 8 demanda evaporar/va, Esse valor que combinam a lei de Darcy com a equação
de continuidade e resultam na conhecida equação
pode S8r tr~nsformado em altura equivalente de
de Richards Que pode ser resolvida analiticamente
água, simplesmente multiplicandO 0 , 08 pela
somente para algumas condiçÕfls iniciais e de
prolundid~de de irrigação desejada. Se essa
contomo especificas 10liveiraet at. 1987). AETc
prolundidade for de 20 em, teremos que 0,08 x também é calculada pelo cálculo separado da
20 em é iguala 1,6 em ou 16 mm de demanda transpiração e da evaporação da superflcie solo-
evaporativa, I, e poderemos c~lcular o volume de planta. A transpiração nestes modelos ê calculada
Agua V a ser aplicado, conforme descrito introduzindo-se um termo de extração !sink terml
anteriormente, utilizando-se a equaçlo , . na equação de Richards cuja res~ução é feita
com o auxilio de métodos numéricos diversos
Se t\ecessá ri o , faz-se um ajuste d a Idifere nç as fin itas e elementos tit\itos). Os
quantidade de água a aplicar, baseado nas leituras princrpios envo ~ vidos e os diversOS graus de
diárias dos tenslõmatros . Por exemplo, se após aproximação utiliz ados lia estimat iv a da
24 horas do evento de irrigação a tensão de
Embr.~ HCtn.llç••
'
~ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __

"
ex tração de água pelas raizes foram revisados ser calc u l ad o ma i s in t ensamente atra\les
por Mo lz ( 198 1). Como a ve loc idad e dos destes modelos dinilmicos de simu lação. além
computadores tem crescido ult imamente e o de pode rem se r Inc o rp o r ados , in c lUSI\le . a
seu custo de aquisi ção está cada \lez mais modelos de r:rescimen to \legetal e de transporte
reduz ido, o balanço da água !lO solo já pode de saiu tos .

Aplicação de fertilizantes via água de irrigação (fertirrigação) em estufas

o ciclo diá rio de injeção de fertil izantes São trê!> os pri nci pais método!> \Jtilizados
de\le se r m eno r d o que o c ic lo d i ar io de para injeção de fertilizantes e outros produt os
ap li caçã o de ág u a. para se evi ta r perd as Qu ím i cos no in terior das tu bu laç õ es po r
desnecessárii!s de agui! e ferti lizan tes . Isto go tejamento : 1) sis tema Ven turi ou succão
pode ser co nt rolado pelo adequado por \lácuo: 21 sist ema diferencial de pressão
d i m e n sionamento e pos ici onamento d o ou tanque de injeção; e 3) bombas inje toras .
sistema injetor de fertilizantes. A localização do Di\lersas par tes e esquem as dest es tipos de
ponto de injeção de fertilizantes mais perto da equipam entos podem ser encontrados em Burt
área a ser f ertirri gada reduz o t empo necessário ~t aI. (1995) e Sa ntos et aI. ( 1997) e serão
pa ra a sol\Jção ati ngi r o solo. vistos resumidamente a seguir,

Res/duos de f ertilizantes nos gotejadores Sistema V enturi


e linhas lat erais do sis tema de Irrigação por
gotejamento podem f a\lorece r o O sis t ema de sucção por \lacuo ou
desen\lo l \l iment o de col Oni as de fun gos e si stema Vent u ri é um d os mai S u t iliz ados
bactêrias e proporcionar o en tupimento dos at u a l mente nos cu lti \los pro t egidos.
gotejadores , dai a necessidade de um periodo pri ncipa lm en t e por proporciona r uma bo a
de IA\lagem do si stema. A injeç ão periódica distribuiC~O dos ildu bos ao long o do tempo.
de cloro e alguns t ipos de ácidos podern ajUda r por permitir ap licação efic iente de pequenas
a minimizar este t ipo de problem a. Quantidades de f ert ilizant es, e por apresentar
c u sto r el at i\la m ente bai xo e fác il mane jo.
A apl icação de fertilizantes fosfatados \lia Quando a \lazão de fluxo no Vent uri é baixa
água de irrigação . em ge r al . é a que pod e ou se deseja reduzir as \lariações de f luxo nas
apresen t ar maiores p r oblemas Qu ando linhas de irrigação de\le-se usar uma pequena
compara d a â ap licação d e n i trogên i o e bomba " bypass" . \lia de regra de baix o custo.
p o t áss i o. Os probl emas pri n c ipa i s estão
rel acionados â bai)(a mobilidade do fósforo no Sistema de difer encial de pressão ou do t anque
solo em rela ção ao goteJedor . de\lido li alta
absorção em alguns t ipos de solos (Tay lor & O t anque injet or d e fp.rt ilizantp. é um
Go ub ran , 1974). e en tu p im ento de sistema hermet icamente fechado e Que por um
g ot e jad ores. ocasion ados por formação d e dif erenc ial d e pressão . a ég u a ti forçada a
fosfatos insolú\le is d e célc io ou magné sio, passar pelo int erior desse tanque que contém
quando é utilizada água com te ores p.levados uma solução de I1lllrientes . Essa solução de
de cálC IO e magnésio (Grobbelaar & lou re ns , nutr ientes li então m istura da e le\l8da com a
1974 1. água de irrigação.

A pa u i r de 1972 . tem sido vendid as Este si stem a de a plicação de Quími cos


comercialmente misturas de fertilizantes ap r esenta a grande des\lantagem de
solu\leis con tendo N. P e K. Tais misturas são proporcionar uma má dist ribuição dos adubos
prepar adas de f orma a re du zir os riscos de em curt o tempo de aplicação do fertilizantes .
en tup imento nos sist emas de gotejamento, É, portan to. recomen dado para sistemas com
com base na re dução de pH da SOlução até ciclo drario de irrig açã o re lati\lamente lon go .
um nrve l tal que a sedimentação de sólidos e Esse tempo deve ser no mínimo 013 uma hora
o probl ema de en t u pime n to ti reduz id o ou de aplicação e com um diferencial de pressão.
eliminado (Grobbelaar & l ourens. 1974) . an tes e após o t an q ue. d e 100 kPa. pa r a
12 ------------------------------------___________________________________ E~.p. ~I~M
per mitir quo corca de 98% dos nutriontes do t amento s o lúveis em ég u a _ Diversas
in to rior do ta nque sojam dist ribuldos na água formlJlaçõas do adubos NPK , só l i dos ou
ela irrigação. liquidos , ost ão disponlveis no mercado para
Bombas inietOf81 uso através da água do irrigação . fontes do
nitrogenio, poté ssio e fósforo podem sor
A s bombltS injetores apresontam a melhor adquiridas se paradamente, entretanto,
distribuição de qurmtcos na água de irrigação, mas cuidados dovom ser observados ao so proparar
têm cuStO ma is elevado . São acionadas por misturas desto s fortil izantes veri f ica nd o so
eletric idade ou combusUvel liqu ido (bombas de existe ou não c om pat ibi lid ade ontr o os
pi stão e diafragma ). pela água (bo mbas de d i versos produtos qu i m i co s a sefem
d iafragma) ou por um gâs (bombas acionadas por misturados (figura 21.
gáS nitrogênio) . Dev id o ã sua efiC iônCia,
proporcionandO uma taxa de apl icação de As principais fontes de adubo nitrogonados
fertilizantes praticamente constante, e devido a para uso em cultivo protegido são: nitrato de cálcio
possibilidade de se trabalhar com baixa vazão estes (7% de N) , nitrato do potássio 113%N), nitrato do
tipos de bombas são altamente recomendáveis amônia 133,5% N) o uróia (45% N) .
am cultivos proteg idos . As f ontos da potássio mais usadas são
Principais fontes de nutrientes utilizadas em sulfato do potássio (43%Kl. nitrato do potássio
fertirrigaçào (36,5% K) e o fostato monopotássico (28%K).
O cloreto de potássio (50%KI deve ser usado
A s adubações de cobortura no interior das com atenção, devido ê prosonça do íon cloreto,
ostufas são realizadas através da fertirrigação. que podo aumenta r in desejavelmente a
Para isso são utilizados fertil izantes comple- salinização no interior do solo das estufas .
. Am6nl•• nIO' 1I 82·0·0
2 AqUI Ammonll . 20·0·0 C Compa1ivel
3. Sotuç40 (SoU de ure.,,;23- 0·0 le) Compa11bllidDde limltc
4 ,80{ . oe nil/alo Oe am6rlio;AN20 20·0..0 I looompatlvel
. 801. Oe nilralo de amônto·u,e;a:UANJ2 32·0..0 Gt'fa oabl
. Sol. de omOnia,urN, 33-().()
7. Sol [M·NA: 18·0·0
8. Sol. de suIIato de am6ni o
9. Sol. de 10sJa to de amõnio. 8·24-0
10. 801. de peU eslal e de am6nI O: 10·34-0
11 . Sei de polisul!eHl de am 6nl l)' At'S 20·0-408
12. 51)1. acqua·en . ófre
13. Sol . de ' iosulfalo de amó:1io: Am\t'iirJ 12·0·0-268
14. N·pHUfl IC 26/27; 28-0·0·95
15. N-pHURtC 15/49: 15·0-0-168

'" ; ,1
:~P:~~.'~': ;"i'~:":;5: amônia
0-0-0·18 S
f! eeleio: 17· 0-0·8.8Co

l0610n,0 (branco)
20 A" ido toslor i'l) Iverde)
Acidl) sul' l/rice
22. Allu a
23. Uréia; 48·0-0
24. N,trato ele amónlo: 34·0·0
b . Fosfato monoamOnio; MAP 12-6 1-0
26. Fosfato dlamôNo; DAP 2 1· 53·0
Ni trato ae caleio- 15.5·0-Q-I9Co
CIDrelo de poIàssio: 0-0-60

Obs. MIsturas eomp.a tlvels pOdem se Il)mo. Incompatíveis SOb C9t1as con0l1i6es elttre'T13S de lem perlllUro . p,essáo.

Figura 2 . Tabola de compatibil idade entro produtos quím ic os divers.o s a serem utilizad os v ia
água do it r. gação . [Adaptado de Burt , C.M . ef ai., 1995, sob a cortesia da Unocall.
Embr.pa Honloliçu 13
o fósfo ro p ode ta m b ém se r apli c ada Tomate
at ra vés da l ert irr igação , pr incipalment e se a A C(lhura d o t om ateir o é u ma das m ais
água não f or c alcária . p ois nest e c aso p odem cultivadas em sis t emas p ro t egid os no mun do.
ocorrer prec ip itilÇão no Int erior das tubulações, A su a ne c ess i dade de n ut rient es eStá bem
co m o conse qüente ent u pim ento do s determinada e r e l atada na literatu ra
got ej adores. As princip ais f on t es de ad ubo espec ial izada. Na Tabela 4 , se encontra dados
d e absorçfia de NPK dessa cu ltura. onde pode
fosf ataao que podem ser u sadas são o ácido
fosfórlCO ( % P variável) e o fos fato se r v lsua li za do q ue o t omateiro necessita
monopo t assico (23%PI O MAP (61 %P) e o re l at i vamente de pequena quantidade de
fósfo r o !Jara o s eu dese nvo l v i rnenlO. No
DAP (53% PJ também são usados. U rna ou tra
ent anto, os soio s apresentam u m a re t en çáo
fonte d e fósforo para u tilizaç ão na fertirr igação
de f ó s f oro vari ável principalmen t e com O t ipo
d e eSlUfas ê o fos fato de uréia . m as c om u so
d e solo, e em alguns c asos essa retenção é
ainda limitado no Brasil.
ex t r e mamen t e ele va d a. D e s l a ma n e ir a é
As p ri ncr p ais fontes de m ac ronul rient es recomendável fazer a ca lage m e a adubação
e as per Centagem de nut r ientes presentes fosra ra da co m bas e na análise Qu ímica do
neles são apre sentadas n a Tabtlla 3. solo, pois de uma m ane ir a gera l as
Tabela 3 . Princi pais fonte s d e macronutrientes para u so em ferti rrigação.
Fonte de Nutrição N itrogê nio Fósfo.ro Po t'ãssio Cátcio Magnésio EnxOfre
N p K C. Mg S
Nitrato de Amónia 33,5
N itrat o de Câlcio 15,5 19
Nitrat o d e Cálc io ' 7 11
Nit rato de Potássio 13 36.5
Addo Nítrico V adável
Fosf ato Monopo tás-si co 23 28
(M KP)
Acido Fosfó rico variável
Fosfato de Uréia 17,7 19,6
Sulfato de Potássio
Mag ne si ano 18.3 11
Sulf at o de Potássio 43
Cloreto d e Potássio 50
Cloreto d e C álcio 36
Sulfato de Magnésio 10 20
A cido Sulfúrico "· 18 17
Notas: • . formulaçAo liq uid a: P = 0. 4 3 P,D. e K .. 0.83 K.O
F'Jn\~ : o-I o<:hm.,lh (1991)

Recomendações de f ertirrigação pare algumas recom enda ções foram calibradas par a esse s
hortaliça s cultivadas sob p roteção de plástico diferentes tipos de solos .
ou PVC .
A s adubações nitrogenadas e potássicas
o sist ema d e p rOdução em estuf as requer do tom ate iro pod em ser re alizad as seg u indo
oastante c u i d ad o na pa r t e n u tric i onal da s
as recomend aç ões apresentad<ls na Tabela 4 .
c ul t ur as , po i s n or m almente a taxa d e
Deve- se n ota r en tr e t anto q u e essas
c rescimento das plantas é maior Que a camp o
aberto e a nec essidade de nutr ient es portanto Quantidade s são expressas em ne c essi d ades
t ambem ti alteradil duran te o ciclo d<l ("lJltura. tot <J: i s de n utr ientes pe l a cu l t u ra. Dev e -s e
Ap csilr ae vá rio s fatores afet arem a abso rcã o portanto lev"r ern considera cão i'lS quant ídades
d e nutri entes pelas cultura s, pod e - se ,' na adi c ionadas po r outras fonté S r::omo os adu bos
ausência de dados locai s, ut i liza r sis temas orgânicos, c omo é o caso do e st erco. Ou sej a,
práticos de adubação que devem ser ajust ados essas quantidades de vem ser ajustadas para
para_cada
14 ___ situaç
_ _ão.
________________ cada
_ _local._ _ _ _ _ _ _ _ __ _
e"'bra(la HO<lIo1iç"s
de potássio pro teg id o deve est ar at ento ao que acontece
- 285 gK· 37, 7gK ~ 2 4 7 .3 g K com a parte nu tr ic ion al d e su a c u lw r 8. A
." 24 7,3 g K • 10 0 9 fnit. K) ' 36, 5 9 K qua n t i d ad e de ad u bos n i t r ogenado s ,
677 .5 9 nitrato de potássi o. potá ssicos e fosf óri c os . aplicadas em
cobertur a. devem Ir sendo aju st adas para cada
Adubaçª-o.Nitrogenada . font e nitrato de potássio co nd içiio pa r tic ular, de form a a não ha ver
11 3% NI e nitrato de amônio( 33 .5% N) car ênc ia elo u desbalance am ento nut ri cional
Ouantid<lde Total de N n ecessár iO para 666 qu e pode cau sar Um mau desenv olVime nt o da
plant as . p lant a, e algu ns d istú rbio s fi siológicos como
_ 666 plan tas' 0 ,089 9 N {(pl. dia) • 2 dias =-
o ~fundo p re t o" o u pod ridão estilar , que é
11 8,5 gN
causada por d efic iência de cálCIO.
A quantid ade de N a ser f ornecid o pelo n itrato
Pepino
de po t áSSio
Para solos com nível m édiO de fertilid",de
6 77 ,5 9 nil. K' 1 3 g 1 1009 n it. K = 88 gN
deve-se aplicar em t orno de 5 a 8 9 de nit rogênio
A qU<lntldade de N a ser fornecido pelo nitrato por planta. du rante todo o seu cic lo, e d e 10 a 15
de am oniü. g /plant a de p ot áss io. Na Embrapa· H ort ali ça s a
= 11 8,5g N · 88g N '" 30,5g N· 100gnit. aplicaçiio de 7g/planta de nitrogênio e de 10 gl
amônia I 33,5 9 N p lan t a de pot ássio proporcionou produt ividade
91 9 nitrato de Amônio muito boa 1150 I /ha) do pepi no em sistemas
protegIdos. Estas quantidad es d e adubo f oram
D es ta ma n eira n o 5 2 0 d i a d ev e se r
aplic adas segund o a T abela 5 .
fo r nec id a a cu l t ur a do t oma t e n aq u e la s
con d ições p re d e fin ida s: 13 4 ,6 9 de M K P; A adubação fo sfatada d eve sei reali,ada
677.5 9 d e nit rato d e potássio e 9 1 9 de n itrato se gund o a análise química do solo . Recomend a·
de amÔ ni o. se a apl icado de dois t erços d a a dubação
f osfatada como adubaçao de base e o resta nte
Na Embrapa Hortalicas foi usado com sucesso
() seg uinte es quema de aduba ção do to mateiro' em f ertirri gação .
Para solos com nível médio de f ertilidade aplicou-
se 4 kg d e esterco de gado c u rtid o por m ) ; 7,5 9 A nalogamente ao toma te . as Quant idades de
de N por planta durante tod o o seu ciclo e em ad ub os em c obertura devem ser ajus t adas para
torno de 1 3 g/ pli'l nta de K. Est a quantidade de cada con dIção partic u lar , de f orma a não causar
adubo po d e ser aplic ada segu ndo o segu ime um ma u d e se n vol v imen to da plan t a .
esquem a: p rincipalmente lesões nas f olhas causadas por
deficiênci a de potássio.
•1,88 g! pl anta d e N e 1,88 de K do s 15
aos 35 dia s após transp lante, Pimentão
• 3, 7 5 g/planta de N e 3.75 de K dos 35 Para a c ultura do pim en t ão, L ima e
aos 70 dias após t ransplante. Toma ,in i (1 996 ), recomendam a apl icação do
• 1,88 g /plan ta de N e 7, 5 de K dos 70 s egu i n t e esq u ema d e f er tir ri gação, em
aos 1 '2 d ias após transplan te. quantidades expressas por estuf as de 4 00 m \
diluídas em 20 ILtros d e água aplicados a cada
A adu bação f os tatada f oi reali,ada segundo n ove· dias:
a análise quím ica do solo. com a ap licação de
d OIS te r ços da adu bação f osfa t ad a co m o • Nitrato de po t ássio 450 g , c omeç ando
adubação d e b ase, e a apl icação d e m etade no dia 1 (transplantio);
dess e fósfo ro na forma d e termofosf ato. O • Su l fato de pOtássi o também 4 50 g ,
res t an t e foi aplicado em f ertirriga çã o em começando no dia 4 ;
qu antid ades iguais por apli cação. • Fosfa t o monoalllôni o (MAP) 450 g
começan do no dia 7;
No enta nto em qualqu er dos ca sos o • Á cido fosfór i co na p ropor ção de
produto r de tomate em sis t ema de cultivo 220ml por est ufa a cada 30 dias; e
16 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -_ _ _ Emb.a p a HOfla/iç_
Tabela 5 . Doses dPo nitrogênio e p otá ssio t~m gramas por 100 pla ntas p ara a cultura de pe pino, após
o t rans plan te.
DIAS APÔS QUANTIDADE DE NUTRIENTES EM GRAMAS I 100 PLANTAS
TRANSPLANTE
NITROGENIO POTÁSSIO
14 14 , 5 18 , 5
21 16, 5 28 , 5
28 25 , 5 41 ,0
35 34, 6 53,6
42 42 ,6 66,2
49 52,7 78, 8
56 6 1 ,8 9 1,5
63 70,9 104,1
70 79,9 116,3
77 90,1 129, 4
84 98,0 142, 1
91 107,1 154,7

• , 00 9 de su lfato de magnésio aos 60 estimar as quantidade s de ad ubos a ser


d ia s, 100 g aos 90 dia s e 75 g a cada ap licadas I'lm fl'lrtlrr igaç:ão, uti lizando para isto
20 dias após . os dados da T abela 6. Deve ·se observar que
se a s p l an tas cont i n u a re m e m fr anc a
No ent anto, p ara a cultura do pime n tão, prod uç:ão, pró xrmo ao f in al do se u c iclo , é
p ode se r usado o mesmo esquema de cálculo recomendáv el manter os níveis de fert ilização .
ut ilizado pa ra a cultura do tomateiro v isando e adequ ando-os até qlm ocorra o declínio da
produ ção ,

Tabela 6 . Absorção de nut rien tes pela cultura de pimentão . para dif erentes p erí odos em dras após o
plant io, d .a.p .
Perio d,o grama por planta eor dia % P
d .a, p. 11 p K Total
1-1 0 0,004 0,000 0 ,004 0,00
, 1-20 0,0 18 0,004 0,032 0,20
2 1· 30 0,05 4 0,004 0,04 5 0,20
3 1-40 0.057 0,007 0,04 5 0,39
41 -50 0,06 1 0,009 0,089 0,49
5 1-60 0,057 0,01 3 0,1 6 1 0,69
6 1-70 0,06 1 0,016 0, 179 0,89
7 1·80 0,093 0,013 0,16 1 0,69
8 1· 90 0 , 100 0,0 1 3 0,125 0 , 69
91 - 100 0 ,089 0,013 0 , 179 0 ,69
101- 11 0 0,08 9 0,009 0 , 196 0,49
11 1- 120 0 ,054 0,009 0 ,1 07 0, 49
12 1· 130 0 ,000 0 ,004 0,00 0 0 ,20

Fon te : B/Ir' Yosc ' (1 99 1)

17
E,nb,a pa H Qllal;ça~ _ _ _- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
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