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1. Introdução

Epilepsia é uma alteração na atividade elétrica do cérebro, temporária e


reversível, que produz manifestações motoras, sensitivas, sensoriais, psíquicas
ou neurovegetativas. Para ser considerada epilepsia, deve ser excluída a
convulsão causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos, já que são
classificadas diferentemente 1,2.

Ela pode provocar consequências profundas, incluindo morte súbita,


ferimentos, problemas psicológicos e transtornos mentais. Também se associa
a problemas sociais e econômicos, podendo ser considerada um problema de
saúde pública significativo 2.

A epilepsia é a doença neurológica mais comum na população em geral.


Ela é a condição neurológica grave de maior prevalência do mundo,
acometendo 1% da população, cerca de 60 milhões de pessoas. As crises
epilépticas recorrentes são resultantes de uma hiperatividade dos neurônios e
circuitos cerebrais 6.

A presença de epilepsia é definida pela recorrência de crises epilépticas


(pelo menos duas) espontâneas – não provocadas por febre, insultos agudos
do Sistema Nervoso Central (SNC) ou desequilíbrios tóxico-metabólicos
graves. A classificação de crises epilépticas se baseia na sua descrição clínica
e nos achados eletroencefalográficos (EEG). O EEG detecta ondas de disparo
anormais originadas em áreas de doença cerebral orgânica, que predispõe
ataques epilépticos 7.

A depressão é o transtorno mental mais frequente nos pacientes com


epilepsia. A presença de depressão é uma das variáveis mais importantes no
que diz respeito à qualidade de vida dos pacientes, tendo inclusive maior
impacto do que a frequência e gravidade das crises epilépticas nos pacientes
com epilepsia refratária 7.
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O diagnóstico de epilepsia deve ser estabelecido de forma definitiva


antes do início do tratamento. A decisão de se iniciar o tratamento deve
considerar o paciente como um todo: a severidade do quadro clínico e seu
prognóstico. Deve-se ter bem claro o propósito deste tratamento e a
expectativa do paciente 3,4.

Existem várias causas para a epilepsia, pois muitos fatores podem lesar
os neurônios ou o modo como estes comunicam entre si. Os mais frequentes
são: traumatismos cranianos, provocando cicatrizes cerebrais; traumatismos de
parto; certas drogas ou tóxicos; interrupção do fluxo sanguíneo cerebral
causado por acidente vascular cerebral ou problemas cardiovasculares;
doenças infecciosas ou tumores 5.

Diversos fatores podem desencadear em uma crise epiléptica, dentre


eles, os principais são: mudanças súbitas da intensidade luminosa ou luzes a
piscar, privação de sono, ingestão de álcool, febre, ansiedade, cansaço,
estresse, nervosismo, entre outros. A despeito da crença popular que a
epilepsia é incurável, existem tratamentos medicamentosos e cirurgias capazes
de controlar e até curar a epilepsia 5.

A epilepsia possui uma grande variedade de manifestações clínicas,


desde as chamadas “auras” psíquicas até as crises generalizadas, incluindo as
epilepsias da infância, as secundárias a outras doenças, as de origem familiar,
dentre outras 6.

A crise parcial é descrita como uma paragem seguida de movimentos


mastigatórios e automatismos, constando de gestos desajeitados de mexer na
roupa, agarrar ou manusear objectos ou mesmo despir-se. Não deve ser
interpretada como uma bebedeira, uma toxicodependência, uma doença
mental ou um desmando da conduta. Deve-se falar calmamente e sossegar o
doente e os circunstantes. Tentar afastar suavemente o paciente dos perigos.
Deve-se permanecer junto ao doente até este estar completamente recuperado
e, se for caso disso, oferecer-se para o levar a casa. Não se deve tentar
agarrar o doente, a não ser que este possa sofrer algum perigo, impedi-lo de
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fazer os automatismos, gritar, ou mesmo esperar que obedeça às suas


instruções 6,7.

O início da crise generalizada é marcado por perda de consciência


imediata, por um grito e queda brutal, muitas vezes responsável por ferimentos.
Ela se desenvolve em três fases que duram ao todo de 5 a 10 minutos: a) Fase
Tônica: é marcada por contrações intensas e generalizada dos músculos e dos
membros; causando apnéia e cianose. b) Fase Crônica: caracteriza-se por
abalos musculares bruscos e generalizados, primeiramente mais próximos e
depois mais espaçados. c) Fase Resolutiva: corresponde ao coma pós-ictal,
caracterizado por hipotonia generalizada e pelo retorno da respiração que é
estertorosa. Durante a crise há inconscientemente mordedura da língua e
liberação involuntária da urina. Ao recuperar-se o paciente pode queixar-se de
cefaléia e dores musculares 6,7.

A crise de epilepsia seja ela generalizada ou parcial, é seguida por


fenômenos deficitários como o coma, déficit motor ou sensitivo, mesmo depois
do encéfalo voltar a funcionar normalmente. Pode considerar-se que haja
estado de mal epiléptico quando uma nova crise ocorra antes mesmo que essa
recuperação funcional esteja completa. Estados de mal convulsivo
generalizado apresentam convulsões subentrantes, sem retorno da consciência
entre as crises. Estados de mal epiléptico parciais comportam aspectos de
crises motoras sucessivas a uma parte do corpo, que persiste a um déficit
motor permanente. Estados de mal epiléptico não convulsivo consistem em
alterações prolongadas da consciência que pode manifestar por um déficit
específico como afasia 6,7.

O tratamento cirúrgico consiste na remoção da lesão preservando o


cérebro e suas funções. As cirurgias mais frequentes em serviços
especializados em epilepsia são a ressecção temporal anterior (lobectomia
temporal), as remoções de lesões corticais guiadas por eletrocorticografia e as
hemisferectomias. Existem ainda procedimentos paliativos que visam facilitar o
controle das crises, sem no entanto ter a intenção de as curar 7.
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2. Objetivo

O objetivo desta revisão é identificar o conhecimento dos alunos da


Unifenas BH e profissionais da área da saúde em relação à epilepsia.
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3. Materiais e Métodos

Foi realizada uma revisão bibliográfica pelos alunos do grupo sobre


epilepsia com base em artigos coletados no site do SCIELO.
Foi formulado um questionário estruturado, composto de dezesseis
perguntas para testar o grau de entendimento dos entrevistados, sobre a crise
epilética.
A aplicação desse questionário foi realizada pelos componentes do
grupo na Faculdade de Medicina Unifenas BH. Foram escolhidas quarenta e
seis pessoas aleatoriamente para responderem as questões.
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4. Resultados e Discussão
De quarenta e seis entrevistados 50% eram do sexo feminino e 50%
eram do sexo masculino. A maioria dos entrevistados tinha até X anos,
conforme a tabela.

Tabela 1 – Idade dos entrevistados


Faixa Etária Porcentagem
1 a 20 anos X
21 a 40 anos X
41 a 60 anos X
61 a 80 anos X
81 anos ou mais X
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5. Conclusão

6. Referências:
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1 - FERREIRA, Israel de Lucena Martins; SILVA, Tiago Pessoa Tabosa e. Mortalidade


por epilepsia no Brasil, 1980-2003. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 14, n.
1, Fev. 2009 . Encontrado em <http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1413-81232009000100014&lng=en&nrm=iso>. Acessado em
28 Fev. 2011.

2 - KODJAOGLANIAN, Vera Lúcia et al . Epilepsia: dados básicos de um serviço


público do Rio de Janeiro. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 2, n. 2, Junho
1986 . Encontrado em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
311X1986000200009&lng=en&nrm=iso>. Acessado em 28 Fev. 2011.

3 - MORGADO, Anastácio Ferreira; COUTINHO, Evandroda Silva Freire. Dados de


epidemiologia descritiva de transtornos mentais em grupos populacionais do Brasil.
Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 1, n. 3, Set. 1985 . Encontrado em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
311X1985000300006&lng=en&nrm=iso>. Acessado em 28 Fev. 2011.

4 - SAVASTANO, Helena. Aspectos sócio-culturais da epilepsia à luz da


psicodinâmica: apresentação de uma entrevista com paciente epiléptica. Rev. Saúde
Pública, São Paulo, v. 1, n. 2, Dez. 1967 . Encontrado em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
89101967000200001&lng=en&nrm=iso>. Acessado em 28 Fev. 2011.

5 - BETTING, Luiz Eduardo et al . Tratamento de epilepsia: consenso dos especialistas


brasileiros. Arq. Neuro-Psiquiatr., São Paulo, v. 61, n. 4, Dez. 2003 . Encontrado
em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-
282X2003000600032&lng=en&nrm=iso>. Acessado em 28 Fev. 2011.

6 - OLIVEIRA, Juliana de; GOUVEIA, Osmar. Transtornos psiquiátricos associados à


epilepsia. Rev. psiquiatr. clín., São Paulo, v. 30, n. 5, 2003 . Encontrado em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-
60832003000500004&lng=en&nrm=iso>. Acessado em 28 Fev. 2011.

7 - GALLUCCI NETO, José; MARCHETTI, Renato Luiz. Aspectos epidemiológicos e


relevância dos transtornos mentais associados à epilepsia. Rev. Bras. Psiquiatr., São
Paulo, v. 27, n. 4, Dez. 2005 . Encontrado em <http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1516-44462005000400013&lng=en&nrm=iso>. Acessado em
28 Fev. 2011.

7. QUESTIONÁRIO
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1-Você sabe o que é epilepsia?


( ) SIM ( ) NÃO

2-O que é epilepsia?


a) ( ) Manifestações espirituais

b) ( ) Alterações elétricas no cérebro

c) ( ) Distúrbios emocionais

d) ( ) Doença hereditária

e) ( ) Distúrbios psiquiátricos

3- Alguém do seu convívio possui epilepsia?


a) ( ) Vizinhos ou Colegas de trabalho

b) ( ) Amigos

c) ( ) Parentes

d) ( ) Possuo epilepsia

e) ( ) Não conheço ninguém

4- A epilepsia é uma doença transmissível?


( ) SIM ( ) NÃO

5- Como é feito o diagnóstico da epilepsia?


a) ( ) Anamnese e exame físico

b) ( ) Exames, como o eletroencefalograma (EEG)

c) ( ) Outros exames

d) ( ) Detectada após a primeira crise

e) ( ) Não possui diagnóstico

6- Casais epilépticos terão filhos epilépticos?


( ) SIM ( ) NÃO

7-Quais fatores podem resultar em crises epilépticas?


a) ( ) Problemas mentais

b) ( ) Uso de drogas

c) ( ) Estresse e problemas pessoais

d) ( ) Sedentarismo

e) ( ) Questões espirituais

8-Qual sua reação diante de uma pessoa com crise epilética?


a) ( ) Pediria socorro e imobilizaria a vítima

b) ( ) Desenrolaria a língua da vítima


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c) ( ) Afastaria objetos próximos e cortantes

d) ( ) Me afastaria

e) ( ) Entraria em pânico

9- Você acha que o epilético tem algum tipo de preconceito próprio?


( ) SIM ( ) NÃO

10- Quais são os fatores psicossociais que os epilépticos são submetidos?


a) ( ) Discriminação

b) ( ) Falta de controle de suas vidas

c) ( ) Problemas com trabalho e escola

d) ( ) São aceitos normalmente

e) ( ) São obrigados a adotarem um novo estilo de vida

11- Você considera uma pessoa epiléptica:


a) ( ) Inapta ao convívio social

b) ( ) Uma pessoa normal com problemas no funcionamento mental que


pode ser tratada e ter uma vida normal

c) ( ) Uma pessoa que deve ser excluída da sociedade

d) ( ) Uma pessoa com problemas psiquiátricos

e) ( ) Uma pessoa com transtornos espirituais

12-Qual a faixa etária que a epilepsia é mais freqüente?


a) ( ) Bebês e crianças

b) ( ) Adolescentes

c) ( ) Jovens e adultos

d) ( ) Idosos

e) ( ) Não existe faixa etária mais freqüente

13- Quais os sintomas o epiléptico apresenta?


a) ( ) Crises convulsivas

b) ( ) Cefaléia e Desmaio

c) ( ) Déficit de atenção

d) ( ) Desordem mental

e) ( ) Todas as anteriores

14-O que ocorre com uma pessoa após ter uma crise epiléptica?
a) ( ) Sonolência e cansaço

b) ( ) Perda de memória

c) ( ) Cefaléia
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d) ( ) Depressão

e) ( ) Morte

15-O que pode ajudar a prevenir crises epilépticas?


a) ( ) Dormir

b) ( ) Praticar esportes

c) ( ) Lazer

d) ( ) Medicamentos

e) ( ) Ter uma crença religiosa

16-Qual o tipo de tratamento mais adequado para a epilepsia?


f) ( ) Remédios controlados

g) ( ) Internação psiquiátrica

h) ( ) Benzeção

i) ( ) Cirurgia

j) ( ) Não existe tratamento

8. RELATÓRIO

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