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INTEGRAÇÃO DE SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS

PARA REDES LOCAIS COM E SEM FIO

Configuração de uma Rede Convergente


com Redundancia de Equipamentos

Universidade Técnica de Angola


eusebiochicapa@gmail.com Chicapa, E. 2020
Redes Convergentes com Redundancia de Equipamentos Gateway

Integração de Soluções Tecnológicas para LAN; Chicapa E. 2019


Elaborar e configurar um diagrama de rede local, baseado no modelo
hierárquico de rede, que reflicta a integração de soluções tecnológicas, como:

� VLAN e inter VLAN (VTP);


� Entroncamento e sua agregação (Etherchannel)
� Voz sobre IP e Circuitos de Monitoramento …
� Suporte a Utilizadores Móveis e equipamentos sem fio, incluindo smart devices,
(microcontroladores, sensores, actuadores, etc), IEEE 802.11, vulgo WiFi, NFC,
Bluetooth, Zig-Bee, RFID
� Redundância de Default Gateway ( HSRP e VRRP)
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A rede deverá incluir:

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• 4 VLAN Dados (incluindo VLAN para Wireless)
• 1 VLAN Voz
• Endereçamento: 172.16.0.0/16
Recomenda-se que cada VLAN, excepto a de Voz
seja uma subrede /24
• Serviços: DHCP, DNS, VOIP, Correio Electrónica, Acesso Web (internet),
monitoramento e Controlo de smart devices.

Para implementação (simulação) com Cisco Packet Tracer 7.21, utilize os


seguintes equipamentos:

(2) Router 2811


(2) Switch 3560 e (2) Switch 2960
(2) AP WRT 300N , (4) IP Phone 7960
(1) home gateway,
(1) Registration Server e vários Smart Devices
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O trabalho compreende duas partes:

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Na parte 1, serão configuradas a rede principal,
com VLANs, entroncamento, roteamento entre
VLANs, optimização de troncos com Etherchannel,
VOIP, Wi-Fi básica e redundância HSRP;

Na parte 2, vão ser integrados outros componentes


em várias categorias de smart devices, para
simular um circuito em neblina para controlo e
monitoramento ambiental e de acessos, na rede
de Campus;
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PARTE I
Redes Convergentes com Redundancia de Equipamentos Gateway

6 Configuração HSRP

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6 Configuração HSRP

A topologia utiliza o endereço 172.16.0.0/16

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com 4 VLAN, assim distribuídas:

VLAN10: 172.16.10.0/24
VLAN20: 172.16.20.0/24
VLAN30: 172.16.30.0/24
VLAN40: 172.16.40.0/24
172.16.40.0/25 …….. (Configuração …)
172.16.40.128/25 …. ( Faixa IP para DHCP …)

A VLAN1 172.16.1.0/24, é por defeito, a VLAN nativa (de gestão), mas como
recomendam as boas práticas esta pode ser substituída por outra VLAN,
digamos, a VLAN99: 172.16.99.0/24

Equipamentos:
DLS1 (Distribuition Level Switch): Switch de Nível de Distribuição Principal
DLS2: Switch Nível 3 Secundário
ALS1, ALS2 (Access Level Switch): Switch de Nível de Acesso
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7 Configuração HSRP
A tabela abaixo indica a distribuição dos endereços IP de saída, por cada
VLAN:

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Para além do habitual endereço IP da VLAN (SVI), precisamos de mais um
endereço por cada VLAN, para a função de Endereço Virtual de Saída, de
que o HSRP se irá socorrer na sua operação de tolerância à falha de default
gateway;

VLAN Endereço SVI Endereço Gateway Virtual


10 172.16.10.1/24 172.16.10.5/24
20 172.16.20.1/24 172.16.20.5/24
30 172.16.30.1/24 172.16.30.5/24
40 172.16.40.1/24 172.16.40.5/24
1 ou (99) 172.16.1.1/24 172.16.1.5/24
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8 Configuração HSRP (Hot Standby Routing Protocol)

Existem, pelo menos, 7 etapas para a configuração, culminando com a HSRP,

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sendo as 4 primeiras etapas de suporte e preparação do ambiente em que
deverá ser executado o HSRP:

1. Configuração básica dos equipamentos


2. Configuração dos Troncos e sua optmização com Etherchannel
3. Configuração do Domínio VTP com a criação das VLANs
4. Configuração das Portas de Acesso
5. Configuração VOIP
6. Habilitação do serviço routing e configuração interfaces HSRP
7. Verificação da Configuração HSRP e encaminhamento entre VLANs
8. Verificação da funcionalidade HSRP
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9 Configuração Básica Equipamentos


A configuração básica dos equipamentos prevê, em cada switch:

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� A nomeação
� Habilitação senhas secreta e linhas
� Endereço IP VLAN de gestão
� Configuração para VLAN gestão, o default gateway
(nos switch de nível 2)

Sugestão:
Configurar os seguintes endereços IP, para fins de gestão:

DLS1: 172.16.1.1/24
DLS2: 172.16.1.2/24
ALS1: 172.16.1.101/24
ALS2: 172.16.1.102/24

Default gateway para (ALS1 e ALS2): 172.16.1.5/24


Os DLS não necessitam este parâmetro
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10 Configuração Básica Equipamentos


Exemplo de configuração da etapa 1, nos switchs DLS1 e ALS2

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11 Configuração de Troncos e sua Optimização com Etherchannel


A configuração dos Troncos e agregação Etherchannel

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São utilizadas para o entroncamento o grupo de portas 7-12 em cada switch,
visando um esquema de redundância total , com 3 grupos de agregação.

Cada agregado (port channel) comporta 2 troncos:

Agregado Portas

1 7–8
2 9 – 10
3 11 - 12
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12 Configuração de Troncos e sua Optimização com Etherchannel


A figura abaixo mostra a configuração parcial de troncos e agregação no DLS1

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A última instrução mostra a criação do group-channel (agregado 1);
O grupo de instruções acima tem de ser repetido em todos os switchs, em
pares, para a formação dos restantes grupos de agregação etherchannel
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13 Configuração de Troncos e sua Optimização com Etherchannel

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Os swichts de nível de acesso (ALS) não necessitam da instrução switchport
trunk encapsulation visto que só suportam um único modo de encapsulamento,
que por defeito, é o 802.1q (dot1q). Repare que o DLS1 e ALS1 formam o par
para o channel-group 1, através das portas 7 - 8.
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14 Configuração de Troncos e sua Optimização com Etherchannel


Exemplo de verificação das configurações de troncos, em DLS1,
com a instrução show interface trunk

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15 Configuração de Troncos e sua Optimização com Etherchannel


Exemplo de verificação das configurações de troncos, em DLS1,
com a instrução show etherchannel summary

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16 Configuração Dominio VTP (VLAN Trunking Protocol)


Etapa 3:
A configuração do domínio VTP faz-se em DLS1, como servidor VTP.

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Deve-se indicar que ALS1 e ALS2 são clientes VTP
Devem ser definidas as VLANs, conforme a figura abaixo:
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17 Configuração Dominio VTP (VLAN Trunking Protocol)


Após configuração do domínio VTP, pode-se-lhe constatar em qualquer um dos
restantes switch. A figura abaixo mostra a saída da instrução show vtp status

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em ALS1
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18 Configuração das Portas de Acesso


Etapa 4
A configuração das portas de acesso deve ser feita, de acordo com o

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diagrama da topologia. A figura abaixo mostra, em DLS2, a configuração da
interface fastethernet 0/6, como porta de acesso na VLAN 40.
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19 Configuração HSRP (Hot Standby Routing Protocol)


Etapa 5

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A parte mais importante na configuração do HSRP é a que se segue. Como já
foi referido em várias outras ocasiões, o HSRP, permite redundância ao nível do
default gateway.
É possível accionar-se o mecanismo de balanceamento de carga entre VLANs,
por intermédio da instrução

standby grupo priority prioridade,


onde grupo representa o grupo standby, que normalmente está associado a
uma VLAN e prioridade é um número entre 0 e 255, em que terá maior
prioridade o grupo de maior valor. Por defeito, a prioridade é igual a 100.
A configuração dos grupos standby passa pela habilitação do serviço routing
nos switchs DLS e a activação, para além do endereço IP para a SVI, mais um
endereço IP que vai actuar como endereço default gateway virtual. Na tabela
acima definimos para cada sub-rede de VLAN o endereço “5”, para ser o
endereço default gateway virtual . Cabe ao HSRP negociar e escolher entre os
switchs redundantes, àquele que irá assumir a função de router activo, para o
qual será encaminhado todo o tráfego destinado ao router virtual.
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20 Configuração HSRP (Hot Standby Routing Protocol)


Na nossa configuração, assumiremos que a prioridade das VLAN 1, 10 e 20
será 150 no DLS1, elegendo este DLS a router activo para as referidas VLAN; Já

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para as VLAN 30 e 40, assumir-se-á a prioridade por defeito (100).

Em relação ao DLS2, far-se-á o contrário:


VLAN s 1, 10 e 20 - prioridade default
VLANs 30 e 40 – prioridade 150, tornando o DLS2 router activo para estas
VLANs
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22 Configuração HSRP (Hot Standby Routing Protocol)


Na figura abaixo, mostram-se alguns trechos de configuração em DLS1 onde,
por exemplo, a VLAN 10, pertence ao grupo standby igualmente 10 . Por ter a

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prioridade igual a 150, o DLS1 assumir-se-á como router activo.
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23 Configuração HSRP (Hot Standby Routing Protocol)


Repare agora a VLAN 40, cujo router activo é o DLS2.

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24 Configuração HSRP (Hot Standby Routing Protocol)


Podemos visualizar o estado actual dos grupos standby, por meio da saída
da instrução

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show standby [ brief ]

Primeiro em que o DLS1 é o router activo para as VLANs 1, 10 e 20; sendo


router standby para as VLANs 30 e 40.
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25 Configuração HSRP (Hot Standby Routing Protocol)


E a seguir em DLS2, em que este é router activo para VLAN 30 e 40 e standby
para as VLAN 1, 10 e 20.

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A instrução
show standby
permite uma visualização mais detalhada da configuração HSRP
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A instrução
show standby

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permite uma visualização mais detalhada da configuração HSRP
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27 Configuração HSRP (Hot Standby Routing Protocol)

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Para testar a funcionalidade do sistema HSRP, começamos por gerar tráfego, a
partir de uma estação de cada um dos router activos ( por exemplo, a
estação 172.16.20.100 e a 172.16.40.100, que têm como router activos, DLS1 e
DLS2, respectivamente) para a internet, representada pelo endereço
209.165.200.254; Se provocarmos a interrupção de um dos default gateway (
fazendo um shutdown das suas interfaces de tronco), podemos constatar que
o tráfego antes gerado para a internet não sofrerá qualquer interrupção, nas
estações que antes pertenciam ao equipamento cujo funcionamento foi
inviabilizado.
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28 Configuração HSRP (Hot Standby Routing Protocol)


As saidas abaixo mostram que existe comunicação em ambas as estações para o
servidor na internet (209.165.200.254/27)

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29 Configuração HSRP (Hot Standby Routing Protocol)


As saidas abaixo mostram que existe comunicação em ambas as estações para o
servidor na internet (209.165.200.254/27)

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30 Configuração HSRP (Hot Standby Routing Protocol)


Após a interrupção do serviço default gateway em DLS2, pode-se verificar que o
tráfego entre a estação 172.16.40.100 e a internet prossegue, sem que tenha sido

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alvo de qualquer interrupção
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31 Configuração HSRP (Hot Standby Routing Protocol)


Após a interrupção do serviço default gateway em DLS2, pode-se verificar que o
tráfego entre a estação 172.16.40.100 e a internet prossegue sem que tenha sido

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alvo de qualquer constrangimento e
DLS1 passou a assumir a função de router activo para as VLANs 30 e 40, para as
quais o respectivo gateway (DLS2) encontra-se temporariamente inactivo.
Redes de Alto Débito

32 Configuração HSRP (Hot Standby Routing Protocol)


Repare-se que sem a opção
standby grupo preempt,

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incluída na configuração dos grupos standby,
não seria possível que na retomada em funcionamento do equipamento
inactivo, este voltasse a assumir a anterior responsabilidade de router activo.

No nosso exemplo, ao voltarmos a habilitar as interfaces de tronco em DLS2,


este voltaria a assumir para as VLAN 30 e 40, a função de router activo,
retornando DLS1, á função de router standby para as referidas VLAN
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PARTE II
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