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O RELACIONAMENTO DOMÉSTICO E SOCIAL DO CRISTÃO II

Leitura Bíblica em Classe: 1Co 13.1-5; Sl 133

Introdução

Como vimos na lição 5, a Igreja é um organismo espiritual vivo, mas ao mesmo tempo, está
organizada em um corpo social. Como Igreja de Cristo, qual deve ser a nossa conduta
doméstica e social? O retrato mais realista do mundo nos dias em que vivemos é que, bilhões
de pessoas vivem neste mundo como se Deus nem mesmo existisse: traições entre casais,
ódio, brigas intermináveis, prostituição, falta de amor entre famílias, em fim, pratica-se toda
sorte de impiedade. Mas nós cristãos, somos sal da terra e luz do mundo. O sal fala do caráter
e a luz do testemunho que todo cristão deve demonstrar em seu relacionamento doméstico e
social. Estamos no mundo não para sermos influenciados por ele, mas para influenciá-lo com
a nossa forma de conduta desenvolvida de acordo com os princípios bíblicos.

I - O RELACIONAMENTO FAMÍLIAR

1 – O amor é a chave de todo relacionamento cristão. 

A família se estabiliza e se desenvolve quando o amor envolve a todos os seus integrantes,


inclusive entre os cônjuges que devem ser exemplos para os filhos. E o verdadeiro amor entre
o casal, deve ser demonstrado de forma prática, ou seja, tanto na forma de falarmos como de
tratarmos um ao outro.
Os casais felizes sabem pela própria experiência que o amor conjugal vai se tornando cada
vez mais vigoroso e mais profundo, à medida que se prolonga a convivência. Ele não
desanima nos período de doença; não desaparece nas tenções econômicas, não se dobra nas
tensões sociais; não e dominado pelo aborrecimento e não se altera na ausência. O
verdadeiro amor é demonstrado quando o marido prioriza as pessoas entes de coisas, o lar
antes da profissão, a esposa antes dos filhos, os filhos antes dos amigos, a esposa antes de si
mesmo e as coisas espirituais antes das coisas materiais.
Talvez você deseje algum tipo de mudança de seu cônjuge, pois há muitos pontos nele(a) que
precisa ser mudado. Contudo você nunca mudará o seu cônjuge sem um amor maduro. “O
amor nunca falha”, disse o apostolo Paulo em sua primeira carta aos coríntios. E se você
pretende fazer de seu casamento e dos laços familiares um grande sucesso, terá de fazê-lo
com amor maduro, não com exigência, críticas ou lágrimas.
Se o casal quer ser amado deve aprender a dar amor maduro um ao outro. Há pessoas que
tem dificuldades de expressar amor, seja dando ou recebendo, talvez devido a algum fato
ocorrido na infância, principalmente pessoas que cresceram em lares onde a afeição não era
expressa livremente tornam-se pessoas reservadas, e para superar isso é preciso muito
esforço e força de vontade, para isso temos conosco a fonte de todo amor, Deus.

2 – O relacionamento entre os cônjuges. 

A Bíblia Sagrada mostra-nos como deve ser o verdadeiro relacionamento entre marido e
mulher, entre pais e filhos e entre irmãos. O grande segredo da felicidade no relacionamento
familiar e conjugal está em procurarmos observar cada um desses princípios bíblicos.
O primeiro princípio para um relacionamento conjugal sadio é que ele deva ser construído sob
o amor, conforme já foi falado no subtópico anterior. O amor precisa ser convocado a renovar
continuamente seu dinamismo, resistindo ao desgaste do tempo e descobrindo sempre novos
valores. Qualquer outro tipo de relacionamento do casal está subordinado ao amor, pois, sem
este, não haverá relacionamento estável. No entanto havendo amor haverá também entre o
casal compreensão de um para com o outro; haverá unidade de propósito e não cada um
querendo mandar mais que o outro; haverá sacrifício para manter o lar sempre unido; haverá
discernimento e entendimento; haverá consideração entre ambos; haverá dignidade e
respeito; haverá ajuda tanto no sentido material como no espiritual; haverá diálogo entre
ambos a fim de resolver aquilo que não pode ser resolvido em conflito; haverá fidelidade em
tudo de um para com o outro; haverá sensibilidade em sentir e perceber a necessidade um do
outro; haverá paciência, etc. (ver 1Co 13.1-7).

3 – O relacionamento entre pais e filhos. 

a) Pais e Filhos.
O lar tem grande importância na vida humana pois é o berço de costumes, hábitos, caráter,
crenças e moral de cada ser humano. Assim, o ensino da Palavra de Deus é a base para a
formação espiritual, moral, emocional dos nossos filhos, no relacionamento com os pais, sejam
crianças, adolescentes ou jovens. É importante também que os filhos aprendam com os pais o
valor da oração, para isso faz-se necessário que os pais não somente orem pelos seus filhos
mas, também, orem com eles. Muitos pais, ao verem seus filhos fazendo algo de errado tem a
tendência de dizer: “isso é coisa de criança mesmo”, no entanto é importante que nossos filhos
aprendam noções de certo e errado desde a mais tenra idade( Pv 22.6).
O irmão Íris de Castro Lima dar aos pais alguns princípios importantes no relacionamento, com
o propósito de promover a alto-estima dos filhos: 1) Dar e cobrar na medida certa; 2) Saber
apreciar os filhos e o que eles fazem: normalmente os pais não elogiam quando os filhos
acertam, mas passam longo tempo reclamando do que eles fazem de errado (isto prejudica a
alto-estima; 3) Dar liberdade aos filhos, mostrando-lhes os limites a que estão sujeitos,
exigindo-lhes responsabilidades de acordo com a idade de cada um; 4) Cultivar o respeito aos
filhos: falando a verdade, cumprindo as promessas; respeitando a sua individualidade; 5)
Demonstrar amor, através do afeto e carinho aos filhos, sem mimá-los muito, para que não
fiquem inseguros; 6) Procurem entender as falhas de seus filhos, pois quem não falha?; 7)
Procurem ser amigos íntimos de seus filhos, tornando-se seus confidentes. Eles apreciarão
isso, sabendo que podem confiar em seus pais; 8) Aceitem seus filhos como eles são, com
alegria, vendo-os como bênçãos de Deus. 

b) Filhos e Pais.
“Honra a teu pai e a tua mãe” (Êx20.12). Este preceito divino é reforçado pelo Senhor Jesus
em Mateus 15.3-9 e Marcos 7.6-13. Jesus insistiu no ensino de que honrar a Deus implica em
honrar também os pais, e que aquele que assim não procede, tão pouco honra a Deus. Paulo
também enfatiza a honra devida aos pais, observando que este é o primeiro mandamento com
promessa, e que a prosperidade e a longevidade são bênçãos prometidas aos filhos
obedientes(Ef 6.1-3). Salomão também afirma: “O filho sábio alegra a seu pai, mas o filho
louco é a tristeza de sua mãe”(Pv 10.1; 17.25).
Obediência é a qualidade que caracteriza o bom filho. Se todos os filhos honrassem,
respeitassem e obedecessem aos seus pais, provavelmente poucos se tornariam marginais e
criminosos. Os filhos revelam sabedoria quando escolhem o caminho da obediência aos pais.
Assim, tornam-se para os pais motivo de orgulho e de alegria, e não de vergonha e tristeza,
conforme diz o texto supracitado.
Deus considerou a desobediência, a rebelião e o desprezo dos filhos à autoridade de seus
pais, um pecado digno de maldição(Dt 27.16). Portanto, a obediência aos pais, além de ser
uma obrigação, é também, uma virtude que caracteriza um bom filho. Ela não deprime,
enobrece, pois exalta tanto ao pequeno como ao grande. 

II - O RELACIONAMENTO ENTRE CRISTÃOS

Conforme diz o Dr. Caramuru Afonso, após a família, o grupo social onde deve haver maior
intimidade e afetividade é a igreja local. Nela a comunhão deve ser a mesma e, num certo
sentido, até mais intenso do que a comunhão familiar, já que, na igreja local, não temos
apenas um relacionamento carnal, material, mas também de ordem espiritual. Lutemos, pois,
para que tenhamos um relacionamento positivo, nunca negativo.

1 – Maledicência.

A maledicência é o hábito de maldizer, de difamar, de falar mal da vida das pessoas.


Infelizmente este é um hábito que temos encontrado em muitas de nossas igrejas locais.
Ganharíamos muito mais se entendêssemos que o tempo que empregamos para olhar e falar
dos defeitos alheios, seria muito mais bem aproveitado se procurássemos ver os nossos
próprios defeitos. Tomemos como exemplo o salmista Davi quando disse ao Senhor: “Sonda-
me ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me e conhece os meus pensamentos. E vê se há
em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno”(Sl 139.23,24). E porque não
dizer que um dos grandes defeitos de muitos cristãos é falar mal dos defeitos dos outros, para
tentar colocar na mente das pessoas que só eles é quem prestam, mas, sinceramente, falar
mal dos outros é uma maneira muito feia de nos elogiarmos. Alguém já disse uma vez: “Quem
te fala mal dos defeitos dos outros, com alguém fala dos teus”.
Certa vez o salmista perguntou: “Senhor, quem habitará no teu tabernáculo? Quem morará no
teu santo monte? E uma das respostas obtidas foi: “Aquele que não difama com a sua
língua”(Sl 15.1,3). Salomão afirmou: “O que guarda a sua boca conserva a sua alma, mas o
que muito abre os lábios tem perturbações”(Pv 13.3). Se você é um daqueles que tem
dificuldades nesta área ore ao Senhor como o Salmista dizendo: “Põe ó Senhor, uma guarda a
minha boca; guarda a porta dos meus lábios”( Sl 141.3).

2 – Amar ardentemente ao próximo (1Pe1.22).

O amor é a fita métrica com a qual se pode medir o nosso verdadeiro cristianismo. A evidência
de um cristianismo verdadeiramente sadio, é a forma como os irmãos se relacionam uns com
os outros, pois o amor ardente ao nosso próximo nos identifica com Deus( 1Jo 4.8,12).
Somos exortado a amar “ardentemente”, ou seja, de um modo especial, profundo, a todos os
cristãos, independentemente dele merecer ou não o nosso amor, porque aquele que diz que
ama a Deus deve provar isso amando a seu irmão(1Jo 4.21).
O cristão nunca deve transgredir o mandamento do amor, pois está sujeito a ficar em uma
situação muito difícil: “Aquele que diz que está na luz e aborrece a seu irmão até agora está
em trevas. Aquele que ama a seu irmão está na luz, e nele não há escândalo. Mas aquele que
aborrece a seu irmão está em trevas, e anda em trevas, e não sabe para onde deve ir; porque
as trevas lhe cegaram os olhos”(1Jo 2.9-11). “Se alguém diz: Eu amo a Deus e aborrece a seu
irmão, é mentiroso. Pois quem não ama seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a
quem não viu?”(1Jo 4.20).

3 – Amar como Cristo (Jo 13.34,35).

Amar como cristo amou exige renúncia (Mt16.24) e sacrifício. Cristo também amou com
propósito, pois visava o bem da humanidade, assim também devemos amar visando o bem do
próximo. Por isso o relacionamento cristão deve ser caracterizado por um cuidado dedicado e
firme, que vise promover o bem alheio. Cristo amou voluntariamente, ele disse: “dou a minha
vida... eu de mim mesmo a dou”(Jo 10.17,18), Ele não foi forçado a dar a Sua vida por amor a
ninguém, Cristo fez isso voluntariamente. Cristo também amou totalmente, Ele se entregou
inteiramente por nós. Isto também envolve o seu cuidado amoroso para conosco na
enfermidade, sofrimento e de necessidade. O amor de Cristo também é sincero, ou seja, sem
fingimento, e desinteresseiro.

4 – O amor ágape (1Co 13.1-8).

O amor ágape é o amor divino manifesto através de nossas vidas, pois, disse Paulo: “o amor
de Deus está derramando em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado”( Rm 5.5).
Ele é o mediador da espiritualidade de cada cristão. Noutras palavras, a vida cristã é medida
não pelo seu “fervor”, mas pelo amor demonstrado.
Paulo tenta mostrar nesse texto de 1Co13.1-8, que sem o amor os dons teriam pouco ou
nenhum valor, pois a omissão ao amor anula tudo. Portanto, o amor deve conduzir os passos
de toda igreja e de todo cristão, pois prepara o coração de todos no sentido de se evitar
partidarismo, exclusivismo e excessos na prática da Palavra de Deus. assim, devemos duvidar
de todo crescimento espiritual que não esteja relacionado com o amor.
O nosso amor a Deus é manifesto quando também demonstramos amor ao nosso próximo.
Quando amamos aqueles que nos rodeiam, estamos com isso demonstrando que amamos
também ao nosso Criador. O verdadeiro amor não é demonstrado apenas através de
sentimentos, mas deve comprovar-se através de obras e de fatos( 1Jo 3.16,17).
O amor é sofredor, isto é, aceita confiantemente as adversidade da vida sem ressentimentos
contra Deus ou contra os homens. O amor também é benigno; a benignidade implica numa
atitude constante de misericórdia e bondade. O amor não é invejoso; normalmente, a pessoa
invejosa se entristece com a prosperidade dos outros; entretanto, o verdadeiro amor leva o
cristão a regozijar-se com a felicidade e o sucesso de nosso próximo, como se fosse dele
mesmo(Rm 12.10,15). Em fim, os vários aspectos do amor no texto citado por Paulo em
1Corintios 13, leva-nos a esforçar-nos a fim de crescer nesse tipo de amor.

5 – A excelência da união (Sl 133).

Uma das mais triste realidade que vivemos em nossos dias é a falta de união existente entre
muitos àqueles que se dizem cristãos. Fato este, inclusive, vivido também entre alguns
cristãos da igreja da Galácia, onde o apóstolo Paulo, depois de identificar e mostrar esses
pecados, tais como: “inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas e outros”, precisou ser muito
enérgico afirmando com toda segurança que “os que cometem tais coisas não herdarão o
Reino de Deus”(Gl 5.20,21).
O salmo supracitado expressa uma verdade que deveria ser observado por cada um de nós
cristãos: “Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!”. Jamais o Espírito
Santo poderá opera entre crentes que vivem em divisão e discórdia, provocado pelo egoísmo
humano. Por outro lado, quando os cristãos procuram viver em uma verdadeira comunidade
de vida onde o amor a Cristo e aos irmãos é predominante ali, diz o salmista, “O Senhor
ordena a bênção e a vida para sempre”(v. 3). Um grande exemplo disso está na igreja
primitiva onde “ era um o coração e a alma da multidão dos que criam”( At 4.32), e como
resultado disso “muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo”( At 5.12). Não é ilusão, isto
tudo ainda pode ser realidade em pleno século 21.

III – O RELACIONAMENTO COM OS NÃO-CRENTES


Apesar de não sermos deste mundo, no entanto ainda vivemos nele, e como tal precisamos
saber nos relacionarmos com todas as pessoas, especialmente com aqueles que não fazem
parte de nosso convívio sócio-religioso. Veremos portanto, como deverá ser este convívio.

1 – O jugo desigual (2Co 6.14).

Paulo exorta aos cristãos a não terem uma comunhão intima a ponto de prendê-lo a uma
pessoa não cristã, pois tais relacionamentos corromperia sua comunhão com Cristo, visto que,
tal relacionamento se tornaria um jugo desigual. A palavra “comunhão” aqui, significa
“partilhar, participar” heterogeneamente com infiéis. Um exemplo disso é namorar, noiva e
casar com uma pessoa que não compartilha com a mesma comunhão de fé. Tal
relacionamento é incompatível, pois a santidade e pureza que adquirimos através de Cristo
não pode harmonizar-se com a maldade e impureza do maligno. Uma ilustração muito
interessante que pode ser aplicada a este princípio vem do Antigo Testamento, da lei de
Moisés, que proibia que lavrassem a terra com o boi e o jumento juntos no mesmo jugo( Dt
22.10). É fácil ver a razão dessa proibição considerando a diversidade de natureza desses
animais – O boi, calmo, perseverante, fiel, o jumento, rebelde e resistente. 

2 – Amar os inimigos (Mt 5.44).

A inclinação natural dos homens é de enfrentar a atitude agressiva de alguém com espírito de
ódio e vingança. Porém Jesus nos convida a sairmos da dimensão natural para a espiritual,
mostrando com isso que precisamos ser diferentes. Por isso não devemos jamais reagir com
espírito de ódio contra alguém que praticou algum tipo de mal conosco, mas, que,
demonstremos que possuímos valores centrados em Cristo e no seu Reino. Assim, o nosso
tratamento para com aqueles que nos fazem o mal deve ser de tal modo que os leve a aceitar
a Cristo como seu Salvador.
O amor divino derramado em nossos corações é capaz de não levar em conta as ofensas e
amar os inimigos, contribuindo de todas as forma para que eles sejam restaurados. Jesus
mostra que o pai celestial faz com que “o sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça
sobre justos e injustos”(v. 45). Deixando claro que também deve ser este o nosso
comportamento em relação àqueles que se fazem nosso inimigo. 
Uma das grandes lições deixada por Cristo, foi quando Ele disse: “... bendizei os que vos
maldizem...”(Mt 5.44), em outras palavras, o que Cristo está nos ensinando é que devemos
falar bem até de quem fala mal de nós.
Jamais devemos guardar em nosso coração sentimento de vingança para os nossos
inimigos(Rm 12.19) nem nos alegrarmos quando eles forem castigados pelo Senhor( Pv
24.17). 

3 – O bom testemunho no trabalho (Ef6.5-8).

Diz o pastor Elienai Cabral que a relação de serviço entre patrão e empregado é, antes de
tudo, uma relação de submissão e obediência, pois o empregado precisa do patrão para sua
subsistência. Por outro lado, o patrão deve respeitar ao empregado porque precisa dele para
realizar o seu serviço. Essa relação deve ser natural. Outro fator que deve merecer a nossa
apreciação dessa relação é o espiritual. O caráter espiritual tem por objetivo ensinar o crente a
que trabalhe com honestidade procurando cumprir seus deveres porque fazendo assim, terá a
bênção de Deus. pois, a expressão “obedecei a vossos senhores segundo a carne”, significa
afirmar que trata de algo material, terreal. Mas a Bíblia declara que assim fazendo é “como a
Cristo”(v.6).
A expressão “com temor e tremor” não quer dizer que o empregado deve trabalhar com medo.
O sentido é trabalhar com responsabilidade e prontidão.
Quando Paulo fala em “sinceridade de coração” (v.6) significa que o trabalhador crente
procure trabalhar com inteireza de coração. Não faz nada que traia essa singeleza, mas faz
tudo com “boa vontade”. Ao procurar agradar o patrão, o crente deve fazê-lo sem trair sua fé,
porque dessa forma está também fazendo a vontade de Deus.
“Servir de boa vontade como ao Senhor” (vv.6,7). O princípio que rege um bom empregado é
trabalhar com fidelidade em quaisquer circunstâncias na presença ou ausência do patrão,
como o texto afirma: “Não servindo à vista”. “... servindo de boa vontade”( vv. 6,7). Mesmo que
não gostemos muito do trabalho que fazemos, se somos submissos, devemos fazê-lo de boa
vontade. Nossa fidelidade aqui na terra nas coisas justas dessa vida nos tornam aptos para
recebermos a recompensa do Senhor(v.8) (Lições bíblicas, jovens e adultos, 4º trimestre de
1999).

4 – Evitar conflitos desnecessários.

Os conflitos na igreja local prejudica a obra do Senhor de muitas maneiras, tanto a longo como
a curto prazo. A igreja, por vezes é atingida por males que vêm de fora, mas na maioria das
vezes os males vêm de dentro da igreja, provocado por conflitos desnecessário. E isto muitas
vezes acontece porque damos lugar ao “velho homem” permitindo que ele prevaleça, quando
deveríamos dar lugar ao “novo homem” ou a nova natureza implantada pelo Espírito
Santo(2Co 5.17). Um dos principais motivos que leva muitos crentes a conflitos na igreja e no
mundo lá fora é a falta de maturidade espiritual em não saber conviver com as pessoas.
Quantos cristãos, às vezes na igreja é uma “bênção” mas no mundo lá fora ninguém tem ele
como cristão, pois o seu mal testemunho não o identifica com tal: são brigões, problemáticos e
provocadores de intrigas. Que Deus nos guarde e que tenhamos poder para vencer o diabo e
nunca nos aliarmos a ele.

Conclusão
Quando o coração do cristão está repleto de amor, não importa em que lugar ele está: em
família, na igreja ou no convívio com a sociedade, seu relacionamento é sempre uma bênção
à envolver todos aqueles que o cercam. De tal modo que todos tem prazer de estar perto dele.

Colaboração para o Portal Escola Dominical: Roberto José da Silva (Autor) e José
Roberto da Silva (Aux.). Superintendente e o Coordenador Pedagógico da EBD,
Assembléia de Deus da Chã de Jaqueira, Maceió – Al

Bibliografia: 
Comentário de Caramuru Afonso; A arte de Compreender o seu cônjuge, JUERP; Moral
sexual educação ao amor, Ed. Salesiana Dom Bosco; Carta aos Coríntios, CPAD; Espada
Cortante, CPAD; Comentário bíblico de Moody, IBR; O lar Cristão, Sepal; Sete mil ilustrações
e pensamentos, JUERP; Lições bíblicas, CPAD; BEP, CPAD; Como viver Bem com os Filhos,
Apostila de Iris de Castro Lima.

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