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Marias, Marias, forças que nos alertam

Histórias hediondas de violência contra a mulher não podem mais ser banalizadas
Luiza Brunet
8.mar.2021 às 10h52

Neste Mês Internacional da Mulher devemos fazer jus às Marias que são
forças que nos alertam. A começar por Maria da Penha. É a mulher
extraordinária que dá nome à lei instituída no Brasil há 15 anos. Ela permanece
mobilizada e mobilizando, ao lado de tantas vozes ativas por direitos, para que [A1] Comentário: FINALIDADE

nos empoderemos e nos protejemos de agressões que mal conseguimos [A2] Comentário: ADIÇÃO

compreender a existência e a persistência. Apesar da memória da dor vivida, [A3] Comentário: CONCESSÃO

Maria da Penha e tantas mulheres que trazem na pele a marca da violência (...)
possuem a estranha mania de ter fé na vida, como Milton Nascimento canta no [A4] Comentário: CONFORMIDADE

hino "Maria, Maria".

O Brasil somou 105.671 denúncias de violência contra a mulher no ano


passado. Desse total, 72% se referem à violência doméstica e intrafamiliar. [A5] Comentário: ADIÇÃO

Foram quase 290 denúncias por dia ou uma a cada cinco minutos. Os números
vêm dos canais de atendimento mantidos pela Ouvidoria Nacional de Direitos
Humanos e foram divulgados pelo Ministério da Mulher, da Família e dos
Direitos Humanos (MMFDH) no domingo (7), véspera da efeméride mundial.
São números que assustam e causam indignação quando unidos aos registros [A6] Comentário: ADIÇÃO
[A7] Comentário: 01
de 1.326 feminicídios em 2019, 8% a mais do que em 2018, segundo o
[A8] Comentário: 02
Anuário Brasileiro de Segurança de 2020. [A9] Comentário: 03

É estarrecedor, é desalentador, mas devemos continuar acreditando que [A10] Comentário: 04

esse panorama sombrio pode mudar. Tem que mudar. Devemos nos mobilizar.
Precisamos ser vozes e luz no fim do túnel. Não é mais possível que histórias [A11] Comentário: ADIÇÃO

hediondas se tornem apenas números e permaneçam no território frio e


insensível da banalização. Ou ainda que só evoluam para as terríveis [A12] Comentário: 05

estatísticas de feminicídio. Não podemos deixar. Basta. É preciso mais


mobilizações, campanhas e decisões políticas rigorosas para que esse cenário [A13] Comentário: ADIÇÃO
[A14] Comentário: FINALIDADE
se transforme, como uma curva pandêmica que precisa rigorosamente cair.
[A15] Comentário: COMPARAÇÃO

Desde o início da pandemia da Covid-19, há um ano, organismos [A16] Comentário: TEMPO

internacionais e organizações da sociedade civil identificaram e alertaram que [A17] Comentário: ADIÇÃO
[A18] Comentário: INTEGRANTE
a crise sanitária mundial deixaria as mulheres mais vulneráveis à violência

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