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Oficina de Consulta
15 de outubro de 2007
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Oficina de Consulta
15 de outubro de 2009
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QUILOMBOS DE ALCÂNTARA:
TERRITÓRIO E CONFLITO
O INTRUSAMENTO DO TERRITÓRIO DAS
COMUNIDADES QUILOMBOLAS DE ALCÂNTARA PELA
EMPRESA BINACIONAL
ALCÂNTARA CYCLONE SPACE
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QUILOMBOS DE ALCÂNTARA:
TERRITÓRIO E CONFLITO
O INTRUSAMENTO DO TERRITÓRIO DAS
COMUNIDADES QUILOMBOLAS DE ALCÂNTARA PELA
EMPRESA BINACIONAL
ALCÂNTARA CYCLONE SPACE
Manaus/2009
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CARTOGRAFIA E MAPAS
Davi Pereira Júnior
Luís Augusto Pereira Lima
Laboratório de Geoprocessamento do PNCSA
Ficha Catalográfica
ISBN
E-mails: Endereço:
pncaa.uea@gmail.com Rua José Paranaguá, 200. Centro.
pncsa.ufam@yahoo.com.br Cep.: 69 005 130
http://www.novacartografiasocial.com Manaus, AM
Fone: (92) 3232-8423
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PREFÁCIO
Movimento dos Atingidos pela Base Espacial (MABE); o Sindicato dos Tra-
balhadores e Trabalhadoras Rurais de Alcântara (STTR); o Movimento de
Mulheres Trabalhadoras Rurais de Alcântara (MOMTRA) e da Associação
dos Moradores do Povoado Arenhengaua (AMPA). Ou seja, os equívocos
de setores do poder público em articulação com a iniciativa privada são os
mesmos no período ditatorial e agora, entretanto, a percepção dos erros e
danos, pelos quilombolas e por outros segmentos da sociedade, se alterou.
O questionamento principal refere-se às tentativas oficiais de comer-
cialização dos territórios específicos, secularmente ocupados por famílias
que permaneceram nas terras após a desagregação das grandes fazendas de
algodão e dos engenhos que produziam açucar. Tais territorialidades espe-
cíficas como as terras de preto, terras de santo, terras de santíssimo, terras
de santíssima, terras de caboclos e terras de pobreza compõem a área reivin-
dicada como território étnico. O agravante é que esses territórios foram ini-
cialmente desapropriados, para fins de utilidade pública, através do Decreto
n.7.320, de 1980, que desapropriou 52 mil hectares de terra, área ampliada
posteriormente para 62 mil hectares por um Decreto do ano de 1991, assi-
nado pelo então presidente Collor de Melo. Recentemente, com a ação da
Empresa Binacional Alcântara Cyclone Space (ACS), esses territórios pas-
saram a ser utilizados como empreendimento comercial por um outro país,
a Ucrânia. Há arbitrariedades nesse processo, porquanto tem-se uma mu-
dança na finalidade do projeto. A área é desapropriada com um fim e após
um período de tempo configuram-se interesses empresariais estrangeiros,
que prevalecem sobre os interesses públicos e nacionais.
O trabalho de Davi Pereira Júnior explicita as contradições desse pro-
cesso. O pesquisador viajou para área com o objetivo inicial de realizar ofi-
cinas de consultas, através do Projeto Nova Cartografia Social (PNCSA) e
do Movimento dos Atingidos pela Base Espacial de Alcântara (MABE),
sobre o instrumento de caráter associativo para fins de titulação da área. Ou
seja, após a realização do laudo antropológico, produzido pelo antropólogo
Alfredo Wagner, não houve contestação formal e já estava delineado, pelos
instrumentos jurídicos que a área seria reconhecida como das comunidades
remanescentes de quilombos, a despeito das resistências. Após um mês da
realização das reuniões com o objetivo de discutir aspectos ligados ao re-
conhecimento das terras como território étnico, em novembro de 2007, Davi
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SUMÁRIO
7 PREFÁCIO
19 PARTE I
RELATÓRIO TÉCNICO DOS ATOS DE INTRUSAMENTO E DE
DEVASTAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS DO TERRITÓRIO DAS
COMUNIDADES REMANESCENTES DE QUILOMBOS DE
ALCÂNTARA POR EMPRESAS CONTRATADAS PELA ACS/AEB
21 INTRODUÇÃO
62 ANEXO I
67 PARTE II
ESTUDO DE SOBREPOSIÇÃO ENTRE O TERRITÓRIO DAS
COMUNIDADES QUILOMBOLAS E AS ÁREAS PRETENDIDAS
PELA AGENCIA ESPACIAL BRASILEIRA
69 ESTUDO DE SOBREPOSIÇÃO
89 ÁREAS DE PESCA
95 ÁREAS DE ROÇAS
96 O QUINTAL
98 PLANTAS MEDICINAIS
99 SITUAÇÃO DE CONFLITO
103 CONSIDERAÇÕES
105 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
107 ANEXO II
108 SENTENÇA n.027/2007/JCM/JF/MA
Processo n.2006.37.005222-7
Mandado de Segurança
Impetrantes: Joizael Alves e outros
Impetrado:Diretor Gwral do Centro de Lançamento de Alcântara
Juiz Federal José Carlos do Vale Madeira
São Luis, 13 de fevereiro de 2007
112 DECISÃO
Processo n,2006.37.00.005224
Mandado de Segurança
Impetrantes Pedro Batista Cerveiro Santos e outros
Impetrado- Diretor-Geral do Centro de Lançamento de Alcântara
Juiz Federal José Carlos do Vale Madeira
São Luis, 22 de setembro de 2006
LISTA DE SIGLAS
AEB Agência Espacial Brasileira
ACS Alcântara Cyclone Space
AMPA Associação dos Moradores do Povoado Arenhengaua
CEA Centro Espacial de Alcântara
CLA Centro de Lançamento de Alcântara
ENT Entrevista com moradora da Mamuna
GEI Grupo Executivo Interministerial
GESEA Grupo de Estudos Sócio-Econômicos da Amazônia
GPS O Sistema de Posicionamento Global
IBAMA Instituto Brasileiro de Meio Ambiente
INCRA Instituto Nacional de Colonização e Terras
MABE Movimento dos Atingidos pela Base Espacial de Alcântara
MCT Ministério da Ciência e Tecnologia
MONTRA Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais de Alcântara
MMA Ministério do Meio Ambiente
PNCSA Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia
STTR Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Alcântara
UEMA Universidade Estadual do Maranhão
UFMA Universidade Federal do Maranhão
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VI Haja vista, por exemplo, e isto foi examinado no outro volume, que a área levantada na idenfi-
cação do Relatório Técnico MDA/INCRA corresponde a 87.384,5925 hectares, enquanto que aquela do
Laudo equivale a 85.537,3601 hectares. A área do Relatório Técnico, entretanto, sem explicitar critérios,
exclui várias áreas tais como: CLA com 8.713,1830 ha e AEB com 5.556,0000 ha, perfazendo em
73.115,4095 ha o que classifica de “ área líquida proposta para reconhecimento” como território quilom-
bola. Os critérios de delimitação aparecem subordinados a uma ordem administrava, não há argumen-
tos técnicos. No Relatório não há qualquer menção explícita, jusficando porque não foram elaborados
memoriais descrivos das duas áreas excluídas próximas ao mar, que seriam “Síos de Lançamento”.
Somente foram elaborados memoriais descrivos das chamadas “áreas instucionais”. O memorial des-
crivo também silencia sobre a ligação entre as chamadas “áreas instucionais” e os “síos de lança-
mento”. Não define também o meio de ligação e o corredor que fica entre estas áreas mais sugere uma
área de uso permanente pelas empresas, comprimindo diversas comunidades quilombolas como Cema,
São Francisco, Bom de Ver e Rero.
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PARTE I
Equipe de elaboração
Auxiliares técnicos:
Sebastião Cosme Almeida Ramos
Maria do Nascimento Carvalho
José Weberth Ramos Ribeiro
Inácio Silva Diniz
Orientação:
Alfredo Wagner Berno de Almeida
Cynthia de Carvalho Martins
ALCÂNTARA,
abril de 2008
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INTRODUÇÃO
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1 Além de Davi Pereira Júnior, formado em História pela UEMA, que também fez o curso de ARc GIS
9.2, e é natural de Itamataua, são os seguintes os demais membros de comunidades remanescentes
de quilombos de Alcântara que parciparam da formação básica e integraram esta equipe de pesquisa:
Sebasão Cosme Almeida Ramos, que está concluindo o curso técnico em Magistério no município de
Nina Rodrigues (MA), natural do ango povoado do Peru, cuja família foi compulsoriamente deslocada
para a Agrovila do Peru; Maria do Nascimento Carvalho, coordenadora do MONTRA, residente em Ma-
nival, povoado que sofre os impactos da proximidade da instalação da Agrovila Espera; José Werbert
Ramos Ribeiro, estudante de agronomia em Marabá (PA), natural do ango povoado de Marudá, cuja
família foi compulsoriamente deslocada para a Agrovila Marudá; Inácio Silva Diniz, estudante de agro-
nomia em Marabá (PA), também de Marudá.
2 Cf. Portaria FCP n.06 de 01 de março de 2004. Diário Oficial da União N.43. Brasília, 04 de março
de 2004. Livro de Cadastro Geral 001, registro 096, folha 100. Não foram incluídas, portanto, nas oficinas
de consulta, e também aguardam tulação definiva, aquelas comunidades remanescentes de quilom-
bos contempladas pela Portaria da FCP de 05 de maio de 2006 e registradas no Livro de Cadastro Geral
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n.006, registro n.553, folha 62. Trata-se do processo n.01420.000040/1998/88 referente aos povoados
localizados nos municípios de Alcântara e Bequimão, que compõem a comunidade de Itamataua. Não
foram incluídos também, e aguardam tulação definiva, os povoados da Ilha do Cajual, contemplados
na Cerdão de Reconhecimento, emida pela Fundação Cultural Palmares, datada de 25 de janeiro de
2006.
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3 A distribuição das comunidades pelos respecvos pólos pode ser consultada no Anexo I
4 Cf. Sentença n.027/2007/JCM/JF/MA. Processo n.2006.37.00.005222-7. Mandado de Segunrança
de Alcântara. Sentença. Datada de São Luis, 13 de fevereiro de 2007. Assinada pelo Juiz Federal José
Carlos do Vale Madeira. (Vide Anexo).
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6 No decorrer desta avidade reforçamos também uma proposta anterior, surgida durante as Ofi-
cinas de Consulta, de realização de um estudo técnico complementar referente às sobreposições entre
as terras que constuem o território das comunidades remanescentes de quilombos de Alcântara e as
sete áreas pretendidas recentemente pela AEB. Não se trata, entretanto, de um caso de sobreposição
semelhante àquele verificado entre comunidades remanescentes de quilombos e unidades de conser-
vação ou entre duas situações jurídica e formalmente reconhecidas, porquanto aqui a sobreposição sig-
nifica um ato de intrusamento por parte da AEB sobre terras que estão na fase final de tulação definiva
com ação tramitando na jusça federal. Para fins de ilustração este “estudo de sobreposição”, detalhando
as distorções e o desconhecimento concreto da área pela AEB/ACS, ao planejar “síos de lançamento co-
merciais” e “áreas instucionais e de infra-estrutura”, será apresentado em separado, constuindo uma
segunda parte deste Relatório.
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Quadro I- Comunidades que estão sob impacto e tensão social na área pre-
tendida pela AEB
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7 Não citaremos o nome dos entrevistados no corpo do texto senão quando o autorizem. Atribuí-
mos a cada um deles um número de referência, que poderá ser acionado.
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Quadro II - Empresas diretamente envolvidas nos atos de intrusamento.
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Empresa Sede Serviços Caracterização Povoado em que foi regis-
trada sua ação
ACS- Alcântara Cyclone Brasília – DF. Empresa binacional resultante do Acordo, Articulada com a AEB atua Mamuna, Baracatatiua, e
Space assinado em 2003, entre Brasil e Ucrânia, como contratante dos ser- Brito e ainda: Aru Novo,
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que visa utilizar o VL Cyclone-4 a partir viços das demais empresas B.Viver, Canelatiua, Cema,
do Centro de Lançamento de Alcântara – mencionadas neste quadro. Folhal, Ibiramipiua, B.de
CLA, através do CEA. Ver, M.Eugenia, Mamu-
ninha,Mato Grosso,Aru,
4/3/2009
Retiro, RioVerde,
Sta.Maria,Tacaua, Itapera,
V.Valdeci e V.Alegre.
09:57
Fundação Aplicações de Brasília e São Presta serviços a mais de 30 instituições “É uma entidade voltada Mamuna, Baracatatiua e
Tecnologias Críticas - Paulo em todo Brasil, incluindo, o MCT e AEB, para o desenvolvimento e Brito
ATECH www.atech.br Ministério do Planejamento, PIATAM, aplicação de tecnologias
Petrobás, Prefeitura de São Paulo, que agreguem valor para o
Venezuela, SIVAM, Exército,e Marinha. negócio de seus clientes”.
Promove a realização de estudos no
campo tecnológico e industrial, aeroespa-
cial, e em sistemas de defesa, telecomuni-
cações, energia, ciências atmosféricas e
ambientais. Promove estudos aplicados na
proteção e vigilância do território nacio-
nal.
Atende às demandas públicas e privadas.
Participa do projeto de viabilidade do Sa-
télite- SGB por meio de estudos e proje-
tos, incluindo o CTA.
www.atech.br
FEINDT: Consultoria Brasília e São A “Feindt Consultoria Ambiental é uma “Empresa especializada em Mamuna e Baracatatiua
Ambiental Paulo empresa prestadora de serviços de engen-gerenciar e executar proje-
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Terrabyte: Services Austrália ]Avaliação. Amostragem de Solo. Análise Trabalha com tecnologias Baracatatiua e Mamuna
e Mapeamento, Precision GPS Surveying, em SIG, GPS, sensoria-
Yield Mapping. Exploração de recursos mento remoto; pesquisa
09:57
ALLERCE: Soluções São Vicente – Sociedade Empresária Limitada Atividades de consultoria Baracatatiua e Mamuna
Ambientais Ltda São Paulo em gestão empresarial,
administração de caixas es-
colares, atividades de apoio
à educação.
Multispectral Sistema e Campo Belo, São Sociedade Empresarial Limitada Serviços de cartografia, to- Baracatatiua e Mamuna
Serviços Ltda. Paulo pografia e geodésia.
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Paus amarelos
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Depoimento:
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DESMATAMENTO
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Depoimento:
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Depoimento:
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Depoimento:
“E nós vamos sair daqui pra ir pra lá fazer o que? Em São Luis não
tem mais espaço não nas periferias porque o governo não deixa mais fazer
palafitas né? Tá encontrando dificuldade pra fazer uma melhoria naquela Li-
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berdade porque muitos não querem sair dali(...)então nós estamos com esse
problema sério, nós enfrentamos eles, dissemos pra eles não vir mais. Tanto
é que eles tiraram o marco que eles botaram no pé do poste ali, as pressas e
não voltou mais até agora(...)Pra gente sair daqui só se o governo acabar
logo com nós, mais vai ficar alguém pra anunciar pro mundo inteiro o que
o governo brasileiro fez com nós.” (Leonardo dos Anjos. Z. 23-01-2008 ).
Entupir picadas
Entupir picadas. Picada, em área de capoeira aberta ma-
nualmente por trabalhadores contratados da AEB, entu-
pida pelas famílias do povoado de Mamuna em março de
2008
Localização Geográfica: UTM 230566717/9750156
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Instituir “Guarda”
Arrancar piquetes
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Depoimento:
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todo dia mas nós vamos manter aquilo ali até o governo mostrar o brilho
dele pra gente.”( Militina Garcia Serejo. 19-03-2008 )
“A danificação que eles estavam dando em toda área, o medo de per-
der toda área que nós temos, a praia, tudo, porque se eles fizessem o sítios
deles que eles querem o que ia acontecer?depois deles fazer o empreendi-
mento ai a gente não tinha mais chance. A nossa chance seria essa agora, ba-
rrar enquanto tinha tempo, entendeu? porque se a gente barrar enquanto
tinha tempo ai a gente conseguia, mas depois que eles botasse, fizesse alguma
coisa ai o negócio ficaria mais difícil pra nosso lado e então foi o momento
que a gente e as pessoas que não estavam mobilizadas, as pessoas que não
participavam da reunião tava completamente desinformados, tá enten-
dendo?, Eu, pelo menos, quando falava pra essas pessoas olha pessoal vocês
já imaginaram morar aqui dentro da Mamuna sem poder ir a praia, sem
poder pegar peixe, sem poder roçar. Como vocês vão viver? Eu sempre mos-
trava o ponto estratégico mesmo como deveria que tudo isto ia perder, nin-
guém confiaria neles, que eles diziam que a gente não ia perder o acesso a
praia que a gente ia viver normalmente que isso não aconteceria que nin-
guém acreditasse nisso porque isso jamais ia acontecer, entendeu?. Ai quando
a pessoa viu, o pessoal viu que realmente iam perder tudo isso aqui que eles
tinham direito que o difícil deles era acreditar que eles tinham direito, que po-
diam fazer isso” (Maria Jose Lima Pinheiro 25)
“Lula está chegando a São Luís por esses dias, tá entendendo? E eu
diria o seguinte (...) eu não queria que ele viesse aqui eu queria o seguinte que
ele ouvisse pelo menos três pessoas daqui, tá entendendo? Eu não queria que
ele viesse aqui! Que o tempo seria muito pouco, entendeu? Seria um percurso
muito grande, mas que ele recebesse três pessoas daqui pra ele ouvir, pra ele
ouvir mesmo ouvir de nós, saber como nós vive, do que nós vivemos e o quê
que nós quer. A gente não quer nada de mais, a gente só não quer é aumentar
a fila dos sem terra e nem a marginalidade e a violência em Alcântara e em
São Luis, porque, eles tirando isso aqui da gente, é o que vai acontecer que-
rendo ou não é o que vai acontecer. Se eu tivesse a oportunidades de falar
com o presidente eu queria dizer de cara para ele, cara a cara pra ele. Presi-
dente, é o seguinte, a Dilma Roussef como ela tá querendo se candidatar, ela
jamais era pra dar uma pincelada dessas que ela deu! De querer tirar nossa
terra pra fazer um projeto, ela tá prejudicando famílias e famílias, crianças e
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ANEXO I
62
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São Francisco 01
Jordoa 04
Salina 04
Total Participantes 50
63
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Tapiranga 05
Santo Inácio 10
Mocajubal 03
Centro de Vovó 03
Total Participantes 50
64
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Aru Novo 03
Mato Grosso 05
Retiro 05
Itapera 10
Total Participantes 50
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PARTE II
Equipe de elaboração
Auxiliares técnicos:
Sebastião Cosme Almeida Ramos
Maria do Nascimento Carvalho
José Weberth Ramos Ribeiro
Inácio Silva Diniz
Orientação:
Alfredo Wagner Berno de Almeida
Cynthia de Carvalho Martins
ALCÂNTARA,
abril de 2008
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ESTUDO DE SOBREPOSIÇÃO
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9 Segundo o antropólogo Alfredo Wagner : os sistemas de uso comum podem ser lidos como fe-
nômeno fundado historicamente no processo de desagregação e decadência de plantaons algodoeiras
e de cana-de-açúcar. Representam formas que emergiram da fragmentação das grandes explorações
agrícolas, baseadas na grande propriedade fundiária, na monocultura e nos mecanismos de imobilização
da força de trabalho (escravidão e peonagem da divida). Compreendem situações em que os próprios
proprietários entregaram, doaram formalmente ou abandonaram seus domínios face à derrocada eco-
nômica com a queda do algodão no mercado internaciona no início do século XIX. In: “Terras de qui-
lombo, terras indígenas, “babaçuais livres”, “castanhais do povo”, faxinais e fundos de pasto: terras
tradicionalmente ocupadas”.- 2ª Ed, Manaus: PPGSCA-UFAM, 200. p.144.
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10 São conjuntos habitacionais projetados e construídos pelo governo brasileiro para transferência com-
pulsória de 321 famílias de 32 povoado na década de 80 do século passado, quando da implantação do CLA.
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Tabela 1
72
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Taua 05 230557754
9751630
Tapera 20 230563218
9757880
Vila Valdecir 18 230556046
9762138
Vista Alegre 22 230557636
9761822
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15 Vide anexos
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16 O Laudo Antropológico foi editado e publicado pelo MMA em 2006 contendo 2 volumes intu-
lados “Os quilombolas e a base de lançamento de foguetes de Alcântara
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MAPA I17
ÁREA PRETENDIDA PARA IMPLANTAÇÃO DO
CENTRO ESPACIAL DE ALCÂNTARA PELA AEB.
ÁREA INSTITUICIONAIS DE LANÇAMENTOS COMERCIAIS.
17 Os mapas presentes no texto foram produzidos no laboratório do Projeto Nova Cartografia Social
da Amazônia e são ilustravos, por isso não contém todas as convenções cartográficas. Os mapas com-
pletos estarão disponíveis em forma de anexos.
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MAPA II
CENTRO DE LANÇAMENTO DE ALCÂNTARA (CLA)
CENTRO ESPACIAL DE ALCÂNARA (CEA)
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MAPA III
TERRITÓRIO DAS COMUNIDADES REMANESCENTES DE
QUILOMBO DE ALCÂNTARA - MA
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MAPA IV
CENTRO DE LANÇAMENTO DE ALCÂNTARA (CLA)
CENTRO ESPACIAL DE ALCÂNARA (CEA)
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MAPA V
ÁREAS PRETENDIDAS PELA AEB PARA O SÍTIO I DE LANÇAMENTOS COMERCIAIS EM
ÁREAS DE ROÇA DAS COMUNIDADES QUILOMBOLAS DE ALCÂNTARA - MA
MAPA VI
SÍTIO DE LANÇAMENTO COMERCIAL I
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MAPA VII
ÁREAS PRETENDIDAS PELA AEB PARA O SÍTIO II DE LANÇAMENTOS COMERCIAIS EM
ÁREAS DE ROÇA DAS COMUNIDADES QUILOMBOLAS DE ALCÂNTARA - MA
MAPA VIII
SÍTIO DE LANÇAMENTO COMERCIAL II
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MAPA IX
ÁREAS PRETENDIDAS PELA AEB PARA O SÍTIO III DE LANÇAMENTOS COMERCIAIS EM
ÁREAS DE ROÇA DAS COMUNIDADES QUILOMBOLAS DE ALCÂNTARA - MA
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MAPA X
SÍTIO DE LANÇAMENTO COMERCIAL II
18 Esta Proposta, que, como já foi dito, foi apresentada às comunidades quilombolas de Alcântara
em 16 de julho de 2006 e reapresentada em setembro, foi considerada vaga, imprecisa e sem os deta-
lhamentos necessários, sendo em virtude disto recusada através da Resposta do MABE que é apresen-
tada em anexo.
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Tabela II
Locais e recursos utilizados sob forma de
Povoados
uso comum pelas comunidades
Mar, praia de Baracatatiua, babaçuais, baixa, igarapé do Bara-
Baracatatiua
catatiua, rio do Baracatatiua, manguezal
Manguezal, porto, riacho do Brito, igarapé do Brito baba-
Brito çuais, baixas, praia da Tapera, Canelatiua, igarapé do Baraca-
tatiua, praia do Brito e área de roça
Porto de Canelatiua, paria de Canelatiua, rio Canelatiua, iga-
Canelatiua rapé de Canelatiua, manguezais, baixas, babaçuais, juçarais,
buritizais, e toda área de roça
Rio da Mamuna, igarapé da Mamuna, praia da Mamuna,
manguezais, baixas, igarapé de Camarajó, babaçuais e área de
roça, dois portos três arrecifes, palmerá, pindovais, casa de
Mamuna
forno, casa de beneficiamento de babaçu e mamona, murici-
zais e guajuru, janaubeira, muréré, cipó de canoinha, Bacuri,
juçara e buriti, barcos, tucum, carnaúba (“tira leite”)
Manguezal, igarapé do Brito, babaçuais, baixas, igarapé do
Mamuninha
Baracatatiua área de roça
Áreas de Pesca
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Tabela III
Comunidades Locais de Pesca
Mar, praia de Baracatatiua, igarapé do Baracatatiua, rio do
Baracatatiua
Baracatatiua, área costeira entre Brito e Mamuna.
Porto, igarapé do Brito, praia da Tapera, Canelatiua, igarapé
Brito do Baracatatiua, praia do Brito e toda área costeira entre Ta-
pera e Baracatatiua.
Praia do Canelatiua, igarapé de Canelatiua e no litoral entre
Canelatiua
retiro e Tapera
Rio da Mamuna, igarapés da Mamuna, Camarajó e Caiuaua,
Mamuna arrecifes, praia da Mamuna, igarapés adjacentes toda área
costeira entre Baracatatiua e o antigo Peru.
Mamuninha Igarapés do Brito e Baracatatiua
Igarapé do Canelatiua, praia de Tapera pesca no Porto do
Tapera (Itapera)
Aru, praia do Brito
Igarapés: do Retiro e pica-pau e Canelatiua e toda área cos-
Retiro
teira entre o farol de Itacolumim e Canelatiua.
Praia de Vista Alegre, igarapé do Retiro, ilhas de Cambrista
Vista Alegre/Vila Valdecir e Aruoca, e área costeira entre Ponta D`Areia e o Farol de
Itacolumim.
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Tabela IV
Povoados Complemento de Renda Complemento Alimentar
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Produtos Período
Babaçu “Ano inteiro”. “A safra é de setembro a março, mas a
quebra é todo tempo.”
ÁREAS DE BABAÇUAIS:
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Tabela V
Povoados Babaçu como fonte de renda Aproveitamento do Babaçu
Alimentação de animais, com-
plemento alimentar, produção
de carvão, produção de azeite,
Azeite, carvão e venda da
Baracatatiua coberta de casa, produção de
amêndoa
adubo, fabricação de utensílios
de uso diário e artesanato (cofo,
abano, mensaba, balaio)
Alimentação de animais, com-
plemento alimentar, produção
de carvão, produção de azeite,
Brito Azeite e carvão coberta de casa, produção de
adubo, fabricação de utensílios
de uso diário e artesanato (cofo,
abano, mensaba, balaio)
Alimentação de animais, com-
plemento alimentar, produção
de carvão, produção de azeite,
Canelatiua Azeite e carvão coberta de casa, produção de
adubo, fabricação de utensílios
de uso diário e artesanato (cofo,
abano, mensaba, balaio)
Alimentação de animais, com-
plemento alimentar, produção
de carvão, produção de azeite,
Azeite, carvão da casca
Mamuna coberta de casa, produção de
de coco, massa, mesocarpo
adubo, fabricação de utensílios
de uso diário e artesanato (cofo,
abano, mensaba, balaio)
Alimentação de animais, com-
plemento alimentar, produção
de carvão, produção de azeite,
Azeite, carvão e venda da
Mamuninha coberta de casa, produção de
amêndoa
adubo, fabricação de utensílios
de uso diário e artesanato (cofo,
abano, mensaba, balaio)
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ÁREAS DE MANGUEZAIS:
Tabela VI
Comunidades Produtos
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ÁREAS DE ROÇAS:
Tabela VII
Povoados Produtos Limites de roça dos povoados.
Mandioca, milho, feijão, me- Brito (norte), Santa Maria, Folhau
Baracatatiua lancia, abóbora, quiabo, ma-
xixe, vinagreira, arroz e Mamuninha (leste) Mamuna (sul)
Mandioca, milho, feijão, me-
lancia, abóbora, mamona, Baracatatiua (sul), e Tapera, Cane-
Brito
quiabo, maxixe, vinagreira, latiua (oeste) Litoral (norte e leste)
arroz
Retiro (norte), Centro do Alegre
Mandioca, milho, feijão, me- (oeste) Mato Grosso, Vila do Meio
Canelatiua lancia, abóbora, quiabo, ma- (sul) Bom de Ver e Porto do Aru
xixe, vinagreira, arroz (sul, sudeste) Tapera e Litoral
(leste)
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Tabela VIII
Calendários das Roças:
O QUINTAL:
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Tabela VIII
Povoados Criações Plantações
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PLANTAS MEDICINAIS:
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Animais Pássaros
SITUAÇÕES DE CONFLITO:
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racatatiua e Mamuna usado por várias gerações e que foi interrompido pelos
tratores em vários locais chegando ao ponto de colocarem máquinas que
fazem sondagem bem no meio do caminho impossibilitando seu uso. O
mesmo caminho serve com base para várias demarcações em formas de pi-
cadas que começam a um quilômetro do núcleo do povoado Mamuna.
Alguns dos picos abertos pela ACS, não respeitaram nem mesmo o
leito do Rio Peitiua, que teve sua mata ciliar retirada nos pontos em que pas-
saram as picadas. Os moradores de Mamuna preocupados e revoltados com
a marcação e a destruição que estava havendo na área de roça da comunidade
entupiram alguns picos e fecharam a estrada. Realizamos uma etnografia
destes danos num trabalho aparte que enumera os casos de devastação am-
biental e os prejuízos provocados pelas empresas terceirizadas pela empresa
bi-nacional Alcântara Cyclone Space, entre novembro de 2007 e março de
2008.
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CONSIDERAÇÕES
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ANEXOS
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