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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINORTE

ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA NO ÂMBITO ESCOLAR EM


TEMPOS DE PANDEMIA POR COVID-19: POSSIBILIDADES E LIMITAÇÕES

Rio Branco

2021
VALÉRIA RODRIGUES
JOHN KENEDE BATISTA LIMA
WANDERLENA SANTO DE ASSIS

ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA NO ÂMBITO ESCOLAR EM


TEMPOS DE PANDEMIA POR COVID-19: POSSIBILIDADES E LIMITAÇÕES

Projeto de TCC apresentado para ao


Comitê de ética em pesquisa do
Centro Universitário Uninorte, como
requisito parcial para obtenção da
CAE.

Orientador (a): Ma. Bruna de Souza


Diógenes

Rio Branco

2021
EQUIPE EXECUTORA

Orientadora
Professora Bruna de Souza Diógenes
Especialista em Saúde Coletiva pela Universidade Nove de Julho/SP; Mestre
em Fonoaudiologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo-PUC/SP
Docente nos cursos de Fonoaudiologia, Enfermagem e Estética do centro
Universitário Uninorte.
União Educacional do Norte – UNINORTE
e-mail: fga.brunadiogenes@gmail.com
Currículo lattes: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/busca.do

Pesquisador 1
Valéria Rodrigues Joaquim
Acadêmica do Curso de Fonoaudiologia/UNINORTE
União Educacional do Norte – UNINORTE
E-mail: valeriaborges82@gmail.com
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/3956408805457585

Pesquisador 2
John Kenede Batista Lima
Acadêmico do Curso de Fonoaudiologia/UNINORTE
União Educacional do Norte – UNINORTE
e-mail: John.lima@ifac.edu.br
Currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/0807473744037482

Pesquisador 3
Wanderlena Santos de Assis
Acadêmica do Curso de Fonoaudiologia/UNINORTE
União Educacional do Norte – UNINORTE
E-mail: wanderlenasantos@gmail.com
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/6565336417060363
JOAQUIM, Valéria Rodrigues; LIMA, John Kenede Batista; ASSIS, Wanderlena
dos Santos. Atuação fonoaudiológica no âmbito escolar em tempos de
pandemia por covid-19: possibilidades e limitações [Trabalho de conclusão
de curso] Rio Branco- ACRE: Centro Universitário Uninorte, 2021.
RESUMO

INTRODUÇÃO: O isolamento causado pela pandemia do Covid-19 trouxe


mudanças significativas e afetou de forma direta os mais variados setores da
sociedade. No âmbito escolar não foi diferente, com a suspensão das aulas
presenciais nas diferentes faixas etárias, os discentes e equipe pedagógica
foram obrigados a se afastarem do ambiente escolar. Nesse contexto fez-se
necessário a criação de estratégias, ações e atividades que viabilizassem um
processo de ensino aprendizado efetivo, alicerçado nas diretrizes educacionais
vigentes. Diante desse cenário, decorre a importância da Fonoaudiologia
Educacional, área de atuação responsável por prestar apoio aos pais e
professores, principalmente no que se refere a crianças que apresentam algum
problema fonoaudiológico, e que compromete significativamente o seu
aprendizado. OBJETIVO: Analisar a atuação fonoaudiológica no âmbito
educacional em tempos de pandemia por Covid-19, mediante o trabalho
interdisciplinar e colaborativo, destacando os efeitos produzidos. MÉTODO:
Trata-se de um estudo exploratório, do tipo relato de experiência, de
abordagem quanti-qualitativa, a ser desenvolvido no período de abril a junho de
2021. A população do estudo contemplara educadores que atuam em 3 (três)
instituições de ensino de ensino público de Rio Branco-Acre, bem como
familiares de alunos matriculados nas respectivas escolas. A coleta de dados
se dará [1] através de uma reunião, via webconferência, com a equipe
pedagógica das instituições de ensino selecionadas para o presente estudo; [2]
aplicação do questionário online na plataforma GoogleForms, elaborado pelos
pesquisadores, contendo perguntas que abrangerão o perfil sóciodemográfico
desses educadores/familiares, sua formação, qualificação, as possibilidades e
dificuldades encontradas durante o ensino remoto junto a comunidade escolar,
fortalezas e debilidades para o desenvolvimento de um processo de ensino e
aprendizagem efetivo; [3] realização da intervenção propriamente dita mediante
realização de reuniões interdisciplinares, execução de ações educativas, via
webconferência, sobre temáticas pertinentes a atuação fonoaudiológica, no
âmbito escolar, em tempos de pandemia por covid-19, e, por fim [4] devolutiva
dos resultados encontrados. Para análise dos dados quantitativos será
utilizado o programa estatístico StatisticalPackage for the Social Sciences
(SPSS) versão 21.0 que será utilizado na análise e tabulação dos dados
coletados, a fim de calcular as freqüências absolutas, relativas das variáveis de
interesse. Para a porção qualitativa, serão analisados através de relatórios e
diários de campo realizados durante as intervenções. RESULTADOS
PRELIMINARES: No desfecho da pesquisa espera-se que as ações
desenvolvidas possam promover melhores condições para o processo de
ensino aprendizagem sustentado no tripé criança-escola-família. Bem como
conscientizar os familiares e equipe pedagógica sobre a importância do
fonoaudiólogo no ambiente escolar.
PALAVRAS-CHAVE: fonoaudiologia educacional; educação; Covid-19; saúde;
escola;
Sumário

1. INTRODUÇÃO .......................................................................................... 6

2. JUSTIFICATIVA ........................................................................................ 7

3. HIPÓTESE................................................................................................. 7

4. OBJETIVOS .............................................................................................. 8
4.1 Objetivo Geral ..................................................................................... 8
4.2 Objetivos Específicos .......................................................................... 8

5. REVISÃO DE LITERATURA ................................................................... 8


5.1 A fonoaudiologia no contexto escolar: possibilidades e limitações ...... 8
5.2 Trabalho interdisciplinar sustentado no tripé: aluno, escola e
família .................... .............................................................................................. 10
5.3 Fonoaudiologia educacional e ensino remoto em decorrência da
pandemia por COVID-19: desafios e possibilidades ............................................. 12

6. MATERIAL E MÉTODOS ........................................................................ 14


6.2 Tipo de pesquisa ............................................................................... 14
6.3 Procedimento de busca e local da pesquisa ...................................... 14
6.4 População e amostra......................................................................... 18
6.5 Critérios de inclusão .......................................................................... 18
6.6 Critérios de exclusão ......................................................................... 19
6.7 Procedimento e análise de resultados ............................................... 19

7. ASPECTOS ÉTICOS ............................................................................... 19


7.1 Riscos ............................................................................................... 19
7.2 Benefícios diretos .............................................................................. 21
7.3 Resultados esperados ....................................................................... 21

8. ORÇAMENTO FINANCEIRO .................................................................. 21

9. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DAS ATIVIDADES ............................ 22

10. REFERÊNCIAS ....................................................................................... 22


6

1. INTRODUÇÃO

Em 2019 o mundo foi surpreendido com o surgimento de um vírus


extremamente nocivo denominado COVID-19 que rapidamente se espalhou por
todos os continentes se tornado uma doença pandêmica, causando preocupação
devido a sua letalidade e fácil disseminação. Em decorrência disso, como medida de
segurança e para evitar um contágio ainda maior as escolas tiveram que ser
fechadas em março de 2020 e o ensino passou a acontecer de forma remota
(BRASIL, 2020).

O isolamento causado pela pandemia do Covid-19 trouxe mudanças


significativas e afetou de forma direta os mais variados setores da sociedade. No
âmbito escolar não foi diferente, com a suspensão das aulas presenciais nas
diferentes faixas etárias, os discentes e equipe pedagógica foram obrigados a se
afastarem do ambiente escolar (SOUSA; FRANCO; COSTA , 2016).

Assim, surge o desafio de se manter o processo de ensino-aprendizagem de


qualidade aliando os saberes e práticas pedagógicas a outras áreas como a
Fonoaudiologia a fim de minimizar os danos causados pela ausência das aulas
presenciais promovendo estratégias educacionais, orientações e monitoramento, a
fim de dar suporte aos familiares e professores na adaptação dos alunos em
situação de isolamento social (CAPELLINI; GERMANO, 2020).

Nesse contexto, a fonoaudiologia é uma ciência da área da saúde, que de


acordo com o documento Áreas de Competência do Fonoaudiólogo no Brasil
determina que esta profissão tenha como objeto de estudo os aspectos da
comunicação, exercendo suas atividades nos setores públicos e privados, estando
presente em todas as fases da vida do indivíduo, atuando na promoção da saúde,
habilitação, reabilitação e aperfeiçoamento humano em relação à voz, audição,
linguagem, fluência e motricidade orofacial (CONSELHO FEDERAL DE
FONOAUDIOLOGIA, 2007).

Segundo Bacha e Osório (2004) a fonoaudiologia surge no Brasil nas décadas


de 40 e 50, inicialmente ligada a medicina e a educação com a finalidade de
reabilitar os alunos que apresentavam distúrbios da comunicação e assim, durante
muito tempo esteve associada ás práticas voltadas para o caráter clínico
7

característico do modelo biomédico. Para Oliveira e Schier (2013) com o passar do


tempo e as influências de outras áreas, ampliou seu campo de atuação e inseriu-se
no âmbito da saúde coletiva. Nessa perspectiva suas ações passaram a refletir um
trabalho subsidiado na promoção da saúde que propõe condições para que o próprio
indivíduo e o coletivo obtenham saúde através dos recursos existentes no ambiente
em que está inserido, a fim de melhorar a qualidade de vida da população.

Atualmente são treze as áreas de atuação fonoaudiológicas, presentes nos


mais variados ambientes, desde hospitais, empresas, clínicas, UBS’s, escolas,
dentre outros. A Fonoaudiologia Educacional, regulamentada pelo CFFa em 2010, é
uma área que está inserida no ambiente educacional. Esta especialidade realiza
ações de promoção da saúde e prevenção dos agravos de forma individual ou
coletiva através de intervenções, avaliações, triagens fonoaudiológicas, orientação
aos pais e equipe pedagógica, oficinas interativas, planejamento de ações
interdisciplinares, monitoramento, assessoria, entre outras, tendo como enfoque os
aspectos relacionados à comunicação e aprendizagem a fim de contribuir para o
pleno desenvolvimento do indivíduo (SISTEMA DE CONSELHOS DE
FONOAUDIOLOGIA, 2021).

Por tanto, o objetivo deste trabalho é analisar a atuação fonoaudiológica no


âmbito educacional em tempos de pandemia por Covid-19, mediante o trabalho
interdisciplinar e colaborativo, destacando os efeitos produzidos.

2. JUSTIFICATIVA

O fonoaudiólogo, em parceria com a Educação, a partir de seus


conhecimentos específicos relacionados à inclusão, aquisição da leitura e escrita,
linguagem oral, voz e audição, poderá fornecer subsídios/suporte necessários a
equipe pedagógica, alunos e familiares, minimizando os impactos/prejuízos do
isolamento social no processo de ensino e aprendizado, mediante um trabalho
colaborativo e interdisciplinar.

3. HIPÓTESE

H1. Pouco conhecimento por parte da equipe pedagógica e familiares quanto


à atuação fonoaudiológica no âmbito escolar.
8

H2. As ações/estratégias/atividades desenvolvidas pela fonoaudiologia


educacional, em parceria com a escola e família, favorecem o desenvolvimento de
um processo de ensino e aprendizagem de forma efetiva e com qualidade.

H3. O Isolamento acarretado pela pandemia de Covid-19 ocasionou um


impacto significativo no processo de ensino-aprendizagem.

4. OBJETIVOS

4.1 Objetivo Geral


Analisar a atuação fonoaudiológica no âmbito escolar em tempos de
pandemia por COVID-19, mediante o trabalho interdisciplinar e colaborativo,
destacando os efeitos produzidos.

4.2 Objetivos Específicos


 Levantar o perfil sociodemográfico dos sujeitos analisados;
 Descrever as ações, estratégias e procedimentos realizados pela
Fonoaudiologia Educacional, durante o período de pandemia por covid-19;
 Desenvolver ações educativas, formativas e informativas voltadas
sustentadas na tríade: aluno, escola e família.
 Reiterar a importância do trabalho interdisciplinar e colaborativo no
contexto escolar, destacando os efeitos produzidos.

5. REVISÃO DE LITERATURA

5.1 A Fonoaudiologia no contexto escolar: possibilidades e


limitações

A fonoaudiologia no Brasil embora tenha um vasto campo de atuação, ainda é


uma ciência nova se comparada com outras ciências, e aos poucos vem
conquistando espaço de direito em diversos ambientes. Inicialmente ligada a
medicina e a educação a fim de corrigir alterações da comunicação humana com
caráter clínico/terapêutico, atualmente retorna seu olhar para a educação, porém
com outros objetivos (BACHA; OSÓRIO, 2004).

Nesse contexto a profissão foi oficialmente regulamentada em 9 de dezembro


de 1981, pela lei nº 6965, que define:
9

Art. 1º Parágrafo único. Fonoaudiólogo é o profissional, com graduação


plena em Fonoaudiologia, que atua em pesquisa, prevenção, avaliação e
terapia fonoaudiológicas na área da comunicação oral e escrita, voz e
audição, bem como em aperfeiçoamento dos padrões da fala e da voz.
(BRASIL, 1981, p. 1).

Em 2010 a especialidade de Fonoaudiologia educacional/escolar foi


reconhecida e regulamentada pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia, a fim de
delimitar suas atribuições no ambiente educacional, ao se considerar os avanços
obtidos nessa área em relação à pesquisa e aos trabalhos desenvolvidos (BRASIL,
2010).

Assim, de acordo com a resolução do Conselho Federal de Fonoaudiologia nº


387, de 18 de setembro de 2010:

Art. 2º - O profissional especialista em Fonoaudiologia Educacional está


apto a:
I - atuar no âmbito educacional, compondo a equipe escolar a fim de
realizar avaliação e diagnóstico institucional de situações de ensino-
aprendizagem relacionadas à sua área de conhecimento;
II - participar do planejamento educacional;
III - elaborar, acompanhar e executar projetos, programas e ações
educacionais que contribuam para o desenvolvimento de habilidades e
competências de educadores e educandos visando à otimização do
processo ensino-aprendizagem;
IV - promover ações de educação dirigidas à população escolar nos
diferentes ciclos de vida (BRASIL, 2010, p. 2).

Oliveira e Schier (2018) complementam que a atuação fonoaudiológica no


ambiente escolar está pautada na promoção da saúde, sendo assim, seu trabalho
consiste em fornecer ações voltadas ao coletivo considerando não somente as
manifestações fonoaudiológicas, mas também as peculiaridades da comunidade e
da instituição escolar.

Muito embora a linguagem, especialmente, a escrita, seja o foco dessa


atuação, o Fonoaudiólogo Educacional se vê diante de várias situações-
problema na escola, que envolvem conhecimentos de outras áreas, como a
audição, a linguagem, a motricidade orofacial e a voz. Além disso, esse
profissional precisa lidar com questões que envolvem, fundamentalmente,
aspectos de gestão escolar, pois o seu planejamento de atuação não pode
ser desarticulado do projeto político pedagógico da escola, na qual ele está,
exatamente, tentando estabelecer um vínculo (OLIVEIRA e SCHIER, 2018,
p. 276).
10

Os autores destacam que este trabalho, diferente do que era realizado


inicialmente nas escolas, não deve ter relação com a atuação de caráter clínico,
definindo a escola como o ambiente mediador do processo de construção do
conhecimento para que o próprio sujeito promova condições de saúde dentro da
comunidade, assim, as ações não se restringem a patologia/distúrbio (OLIVEIRA;
SCHIER, 2018).

Por tanto, faz-se necessário compreender e delimitar qual o papel e a


importância da Fonoaudiologia no contexto escolar, esse também é o maior desafio
desta especialidade. Assim, “Em parceria com a Educação, a Fonoaudiologia agrega
conhecimentos de sua competência, contribui para o aprimoramento dos processos
educativos de ensino-aprendizagem e colabora na definição de estratégias
educacionais” (SISTEMA DE CONSELHOS DE FONOAUDIOLOGIA, 2018, p. 9).

5.2 Trabalho interdisciplinar sustentado no tripé: aluno, escola e


família

A atuação fonoaudiológica no âmbito educacional/escolar como vimos


anteriormente envolve uma série de competências e pode estar inserida nos mais
variados ambientes da escola, atuando com todos os envolvidos no processo de
ensino-aprendizagem, seguindo assim os princípios do trabalho interdisciplinar,
baseando-se no tripé: escola, família e aluno.

Nessa perspectiva o fonoaudiólogo com base em seus conhecimentos


contribui significativamente no processo educacional, considerando que:

Art. 1º - Cabe ao fonoaudiólogo, desenvolver ações, em parceria com os


educadores, que contribuam para a promoção, aprimoramento, e prevenção
de alterações dos aspectos relacionados à audição, linguagem (oral e
escrita), motricidade oral e voz e que favoreçam e otimizem o processo de
ensino e aprendizagem. (BRASIL, 2005, p. 1).

Bello; Machado e Almeida (2012) consideram que a parceria colaborativa


entre o professor e o fonoaudiólogo favorecem o processo de desenvolvimento do
aluno que se encontra com alguma dificuldade escolar, tal procedimento ocorre em
etapas, onde o aluno é encaminhado pelo professor para ser avaliado, em seguida o
caso e discutido, ocorre a avaliação em sala de aula, e com base nos achados o
professor é orientado sobre as melhores meditas a serem adotadas e junto com o
11

fonoaudiólogo elaboram estratégias que possibilitem o melhor desenvolvimento da


criança.

As intervenções fonoaudiológicas de promoção da saúde e prevenção dos


agravos também são estendidas aos professores, considerando a voz como sua
ferramenta de trabalho, que muitas vezes por falta de informação, excesso de
trabalho, entre outros, os cuidados relacionados a esta são deixados em segundo
plano. Assim, Xavier; Santos; Silva (2013, p. 977) consideram que:

Nas ações fonoaudiológicas em saúde vocal docente é preciso ampliar a


percepção e análise dos determinantes do processo saúde-doença vocal de
professores, deslocando o eixo patologia/ tratamento para saúde/promoção
e incorporando os aspectos do cotidiano e da qualidade que é uma
dimensão fundamental para analisar a disfonia no trabalho docente em que
se observa a díade: condições ruins de trabalho e pior qualidade de vida
relacionada à voz.

O trabalho na escola envolve a realização do diagnóstico institucional,


orientações, capacitações e acessórias pautadas nas necessidades
fonoaudiológicas da instituição, atuação no planejamento promovendo ações
voltadas para a fonoaudiologia, observações e triagens fonoaudiológicas, ações
educativas voltadas para o ensino aprendizagem e para o Atendimento Educacional
Especializado – AEE (BRASIL, 2010).

Nesse sentido, o fonoaudiólogo pode apresentar-se como um parceiro


significativo da equipe pedagógica, compondo um trabalho que tenha um
caráter problematizador de realidades, mas, sobretudo, propositivo, no
tocante ao enfrentamento de questões e busca de ações mais efetivas e
propulsoras da ampliação de conhecimentos para educadores e alunos.
(QUEIROGA; ZORZI; GARCIA, 2015, p. 132)

Além do trabalho realizado com a escola como um todo, a família do aluno


também está inserida no processo de desenvolvimento educacional, já que são eles
quem mais convivem com a criança, é necessário compreender o ambiente em que
a criança está inserida e a quais estímulos esta sendo exposta. Assim, o trabalho
fonoaudiológico voltado para a família será realizado:

Por meio de palestras e oficinas com temáticas voltadas a cada faixa etária,
ou em entrevistas individuais, fornecendo orientações e esclarecendo
possíveis encaminhamentos quando estes fizerem-se necessários. Pode
12

também desenvolver materiais escritos para orientação. (SISTEMA DE


CONSELHOS DE FONOAUDIOLOGIA, 2018, p. 21).

Nesse sentido, também cabe ao fonoaudiólogo no âmbito educacional realizar


triagem auditiva e fazer o encaminhamento dos alunos que apresentarem alguma
alteração, e a devolutiva dos achados aos pais e professores; identificar possíveis
alterações fonoaudiológicas relacionadas ao desenvolvimento de leitura e escrita;
elaborar estratégias de intervenção juntamente com os familiares e professores
(BRASIL, 2010).

Diante disto, com base nos estudos de Maranhão; Pinto; Pedruzzi (2009)
concluímos que a fonoaudiologia se torna uma grande aliada no âmbito escolar, a
fim de promover possibilidades favoráveis ao desenvolvimento educacional da
criança, considerando a educação infantil como o início do processo educacional em
que o aluno está em constante desenvolvimento cognitivo e linguístico, sendo assim,
qualquer estímulo bom ou ruim terá grande influência posteriormente.

5.3 Fonoaudiologia educacional e ensino remoto em decorrência


da pandemia por COVID-19: desafios e possibilidades

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (2020) a COVID-19


é uma doença infecto contagiosa causada pelo novo Coronavirus, podendo se
manifestar de forma assintomática ou com sintomas semelhantes aos de uma gripe,
porém mais grave gerando sérios problemas respiratórios, foi incialmente
identificada na China em dezembro de 2019, se propagando rapidamente por todo o
mundo, por ser altamente transmissível e gerar grandes complicações as instiruições
de saúde a fim de evitar maiores agravos indicaram o isolamento social, bem como
medidas sanitárias de higiene como o principal método de prevenção.

Segundo a organização brasileira Todos Pela Educação (2020), no Brasil


assim como em outros países afetados pela pandemia o setor educacional sofreu
drásticas mudanças devido a necessidade de haver o distanciamento social por
tempo indeterminado, assim, as escolas públicas e particulares interromperam seu
funcionamento de forma presencial, tendo que se adaptar repentinamente a um novo
cenário, utilizando a tecnologia como meio para que os alunos mesmo em casa não
deixassem de estudar.
13

“(..) a mudança rápida e complexa que o cenário atual exige torna a tarefa
ainda mais desafiadora. Dificuldades de adaptação ao modelo de ensino
remoto são naturais e deverão ocorrer de forma ainda mais acentuada no
Brasil, uma vez que o uso consistente de tecnologias ainda tem presença
muito tímida nas redes de ensino. ” (TODOS PELA EDUCAÇÃO, 2020, P. 7)

Por tanto, os autores complementam que o ensino remoto se configura com


um desafio para educadores, familiares, alunos e gestores, levando em conta as
desigualdades no acesso à tecnologia, as mudanças de rotina e ambiente, aspectos
emocionais e a qualificação dos profissionais para lidar com meios tecnológicos.

Nesse contexto, faz necessária a adoção de práticas que possam contribuir


no processo de ensino-aprendizagem com a finalidade de minimizar danos no
desenvolvimento educacional dos alunos, considerando que:

“(..) sobre equidade, outra preocupação na mudança do ensino presencial


para totalmente a distância é o aprofundamento das desigualdades de
aprendizagem por conta dos conhecimentos e competências já
desenvolvidos até então pelos alunos. Por mais que existam experiências
bem-sucedidas de soluções tecnológicas que beneficiam, em maior grau, os
alunos de baixo desempenho acadêmico, contribuindo para reduzir as
disparidades educacionais, elas invariavelmente são implementadas como
suplementar ao ensino presencial (como atividades de reforço, por
exemplo)”. (TODOS PELA EDUCAÇÃO, 2020, P.10).

Assim, o fonoaudiólogo educacional poderá contribuir atuando de forma


remota prestando atendimento no tripé (aluno, escola e família), tendo como base
nas suas competências, através de orientações e oficinas didáticas para familiares e
professores, elaboração de estratégias que promovam o processo de ensino-
aprendizagem de qualidade, manutenção de uma rotina estável e de comunicação
entre todos os envolvidos e acompanhamento dos alunos que apresentarem a
necessidade de um olhar diferenciado (CAPELLINI; GERMANO, 2020).

Desta forma, para regulamentar o exercício das práticas fonoaudiológicas em


tempos de pandemia o Conselho Federal de Fonoaudiologia (2020, p. 131),
regulamenta o atendimento em Telefonoaudiologia e a define como:

Art. 1º (..) o exercício da Fonoaudiologia, mediado por tecnologias da


informação e comunicação (TICs), para fins de promoção de saúde, do
aperfeiçoamento da fala e da voz, assim como para prevenção,
identificação, avaliação, diagnóstico e intervenção dos distúrbios da
comunicação humana, equilíbrio e funções orofaciais.

O Conselho Federal de Fonoaudiologia (2020) destaca que, tais serviços


fonoaudiológicos podem ser ofertados de diferentes formas, são elas: síncrona, em
que a interação se dá em tempo real por vídeo chamada, tornando a experiência
14

mais interativa; assíncrona, que ocorre de maneira “off-line”, em que não há a


interação em tempo real, sendo possível compartilhar os conteúdos para várias
pessoas a qualquer momento; hibrido, que é a junção dos modelos síncrono e
assíncrono.

Assim, pode-se observar que no atual contexto os meios tecnológicos se


tornam aliados na busca de aproximar ao máximo o nível das experiências
educacionais virtuais ao das presenciais, para tanto é necessário que haja suporte,
orientação e supervisão para educadores e familiares, nesse sentido, a
fonoaudiologia tem muito a contribuir agregando seus conhecimentos e adaptando-
os ao “novo normal’.

6. MATERIAL E MÉTODOS

6.2 Tipo de pesquisa


Trata-se de um estudo exploratório, do tipo relato de experiência de
abordagem quanti-qualitativa a ser desenvolvido no período de abril a junho de
2021.

De acordo com Gil (2008, p.27) “Pesquisas exploratórias são desenvolvidas


com o objetivo de proporcionar visão geral, de tipo aproximativo, acerca de
determinado fato”.

6.3 Procedimento de busca e local da pesquisa


Este trabalho será realizado em 3 (três) instituições de ensino público de Rio
Branco/Acre, a saber: Creche Chizarubina Leitão Abrahão, Escola de Ensino
Fundamental I Maria Raimunda Balbino e Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Acre, campus Rio Branco. Os horários das coletas de dados serão de
acordo com o período de funcionamento das instituições e com a disponibilidade dos
sujeitos envolvidos.

Está pesquisa obedece aos Critérios de Ética em Pesquisa com Seres


Humanos conforme preconiza a Resolução nº 466/12 do Conselho Nacional de
Saúde. Após aprovação do Comitê de ética e Pesquisa, os sujeitos serão
convidados a participar da pesquisa, sendo orientados sobre os objetivos do estudo
15

e lhes apresentado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) para


posterior assinatura.

Para os procedimentos de pesquisa, foram definidas etapas a serem


cumpridas, sob a supervisão da fonoaudióloga e responsável pela presente pesquisa
e que atenderão as etapas da metodologia escolhida. A pesquisa acontecerá em 4
(quatro) momentos, de acordo com a descrição abaixo:

a) Fase exploratória: [1] será realizada uma reunião, via webconferência,


com a equipe pedagógica das instituições de ensino selecionadas para o presente
estudo; [2] aplicação do questionário online na plataforma GoogleForms, aos sujeitos
envolvidos. (APÊNDICE A).

No primeiro momento será realizada a reunião com a equipe pedagógica, a


fim de expor os objetivos do trabalho, levantar as demandas institucionais e pactuar
o cronograma de execução com a gestão para desenvolvê-lo junto à equipe
pedagógica, professores e familiares. É válido destacar que será levada em
consideração as particularidades, funcionamento e organograma de cada local, com
o intuito de analisar as possíveis intervenções a serem realizadas no local.

Em seguida será aplicado um questionário online na plataforma GoogleForms,


elaborado pelos pesquisadores, contendo perguntas que abrangerão o perfil
sóciodemográfico desses educadores/familiares, sua formação, qualificação, as
possibilidades e dificuldades encontradas durante o ensino remoto junto a
comunidade escolar, fortalezas e debilidades para o desenvolvimento de um
processo de ensino e aprendizagem efetivo.

b) Fase de planejamento das ações: serão definidas, juntamente com os


responsáveis, as formas de abordagens que serão utilizadas nas ações e atividades.
É válido destacar que será delimitada nesta fase a realização de oficinas e rodas de
conversa.

c) Fase de execução: [3] realização da intervenção propriamente dita


mediante realização de reuniões interdisciplinares, execução de ações educativas,
via webconferência, sobre temáticas pertinentes a atuação fonoaudiológica, no
âmbito escolar, em tempos de pandemia por covid-19, sob supervisão da professora
responsável pela pesquisa.
16

Esta etapa será dividida em 4 (quatro) encontros onde serão abordados os


temas: uso de tecnologias no ensino remoto; práticas inclusivas no ensino remoto; a
importância da família para o processo de ensino-aprendizagem; adaptações
curriculares; estruturação de rotinas, atividades e orientações a pais e professores,
dentre outros. É válido destacar que os procedimentos serão realizados, na
plataforma institucional (Collaborate), e após treinamento prévio pela fonoaudióloga
e responsável da pesquisa quanto às condutas e procedimentos que devem ser
tomados durante a realização das oficinas e reuniões interdisciplinares.

Durante a realização dos encontros serão utilizadas como estratégias de


recursos: exibição de slides utilizando ferramentas de animação; dinâmicas; jogo dos
mitos e verdades; notícias; vídeos e um design adaptado aos sujeitos de pesquisa.
Ao final de cada oficina, será realizada uma roda de conversa com o objetivo de
fomentar a participação de cada participante sobre seu entendimento, dúvidas e
experiências sobre a temática apresentada.

d) Fase de avaliação: será realizada de forma contínua durante o decorrer da


pesquisa, atentando-se ao nível de participação dos educadores/familiares no que
se refere às respostas dadas aos questionamentos e aos relatos pessoais sobre a
temática. Após o término dos encontros, será redigido pelos pesquisadores um
relatório como forma de registro dos discursos das participantes e percepção dos
pesquisadores.

Durante esses momentos será analisada a compreensão dos temas, dúvidas


e estratégias de observação e de escuta, desenvolvidas na realização das oficinas
educativas.

Por fim, será dada uma devolutiva ao serviço através da apresentação dos
achados encontrados.

.
17

Para coleta de dados será utilizado dois questionário online na plataforma


GoogleForms, um direcionado aos familiares e , o outro aos educadores (APÊNDICE
A). Este formulário será composto por questões objetivas e se desdobrará em três
principais etapas, a saber: [1] dados sócio demográficos, como idade, sexo, estado
civil, renda e formação dos sujeitos; [2] a segunda se destinará a levantar
conhecimento dos sujeitos da pesquisa quanto a atuação e importância da
Fonoaudiologia Educacional; e , por fim, a [3] conterá questões quanto ao
dificuldades vivenciadas pelos educadores e familiares durante o período de
isolamento por Covid-19 .

Primeiramente será enviado ao participante da pesquisa o link do


GoogleForms, contendo o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE, e
após a ciência do mesmo, e autorização via assinatura eletrônica, este irá participar
do estudo.

Ressaltamos que será mencionado a importância de que o participante de


pesquisa guarde em seus arquivos uma cópia do documento, bem como, a
obrigatoriedade da leitura do TCLE, contendo os objetivos, procedimentos, riscos e
benefícios da referida pesquisa. Salientamos que através da assinatura do TCLE e
envio aos pesquisadores, o participante deste estudo pesquisa, declara que entende
e aceita todos os aspectos do estudo, incluindo os possíveis riscos e benefícios
envolvidos.

Feito isto, será enviado o link do GoogleForms que irá conter o instrumento da
pesquisa. O questionário será enviado online para os sujeitos de pesquisa.
Salientamos que ficaremos disponíveis para esclarecer as possíveis dúvidas
individualmente a cada participante. É valido destacar que o instrumento de coleta
de dados é objetivo, rápido e de fácil aplicação, com duração média 5-10 minutos.

Para o desenvolvimento das oficinas e rodas de conversas, as mesmas serão


desenvolvidas, via webconferência, através da plataforma institucional sobre
temáticas que atendam as demandas institucionais das escolas selecionadas, a
exemplo da utilização de tecnologias durante o ensino remoto; práticas inclusivas
durante o ensino remoto, adaptações metodológicas e curriculares; a importância da
família para o processo de ensino-aprendizagem; estruturação de rotinas, atividades
e orientações a pais e professores, dentre outras.
18

As oficinas acontecerão em 4 (quatro) momentos, com duração de 02 (horas)


horas cada. Destes, três encontros serão destinados aos educadores e um
direcionado aos familiares. No primeiro momento, serão abordados aspectos
teóricos e embasamento legal, bem como o levantamento das principais dificuldades
enfrentadas pelos sujeitos de pesquisa. No segundo momento, serão abordados
aspectos práticos, via estudos de caso práticos e orientações quanto às temáticas
selecionadas. O período de execução será de abril a junho de 2021.

Dentre as principais estratégias utilizadas, estarão: acolhimento; dinâmica de


apresentação e estabelecimento de vínculo; jogos dos mitos e verdades; exibição de
slides utilizando ferramentas de animação; dinâmicas em grupo; notícias; vídeos e
um design adaptado aos sujeitos de pesquisa. Ao final de cada oficina, será
realizada uma roda de conversa com o objetivo de fomentar a participação de cada
participante sobre seu entendimento, dúvidas e experiências sobre a temática
apresentada.

Os dados obtidos serão analisados e as possíveis intervenções aplicadas


juntamente com a equipe pedagógica e familiares.

E, por fim será dada uma devolutiva dos resultados encontrados, em que
serão apresentados à equipe pedagógica e familiares as impactos das ações
desenvolvidas no período de estudo estipulado pelo projeto.

6.4 População e amostra

A população será composta por 120 (cento e vinte) sujeitos de pesquisa, de


ambos os sexos e com idade igual ou superior a 18 anos. Sendo 60 (sessenta)
educadores e 60 (sessenta) pais ou responsáveis de alunos matriculados nas
instituições de ensino selecionadas pelo presente estudo. A seleção de sujeitos
acontecerá de forma aleatória simples. O público alvo desta pesquisa serão os
familiares dos alunos e os profissionais de educação atuantes nessas instituições de
ensino.

6.5 Critérios de inclusão

Os critérios que atendem o item de inclusão são:


19

 Familiares dos alunos devidamente matriculados nas instituições de


ensino selecionadas para o estudo;
 Equipe pedagógica em exercício nas escolas selecionadas.
 Familiares e educadores que concordarem em participar do estudo por
meio da assinatura do TCLE;

6.6 Critérios de exclusão

Os critérios que atendem o item de exclusão são:

 Educadores que no momento da coleta de dados estejam de férias, em


afastamento e/ou readaptação de suas atividades;
 Familiares ou educadores que por qualquer motivo não queiram
participar do estudo ou que não possuam vínculo com os alunos e/ou
com as escolas selecionadas.

6.7 Procedimento e análise de resultados

Para análise dos dados quantitativos será utilizado o programa estatístico


StatisticalPackage for the Social Sciences (SPSS) versão 21.0 que será utilizado na
análise e tabulação dos dados coletados, a fim de calcular as freqüências absolutas,
relativas das variáveis de interesse. Para a porção qualitativa, serão utilizados
relatórios e diários de campo realizados durante as intervenções.

7. ASPECTOS ÉTICOS

7.1 Riscos

Esta pesquisa será desenvolvida de forma a garantir o cumprimento das


diretrizes e normas da Resolução de n.º 466 do Conselho Nacional de Saúde/MS
(BRASIL, 2012) e da Resolução nº. 510 do Conselho Nacional de Saúde/MS
(BRASIL, 2016), a qual se referem às pesquisas que envolve seres humanos,
submetendo-se ao CEP.

Reitera-se que está pesquisa obedece aos Critérios de Ética em Pesquisa


com Seres Humanos conforme preconiza a Resolução nº 466/12 do Conselho
Nacional de Saúde, que trata dos Riscos e Benefícios, onde devem ser aplicados os
20

cuidados para torná-los o mínimo possível e o amparo oferecido pelo CEP/CONEP


aos participantes. O estudo ainda será desenvolvido de modo a avalizar o
cumprimento das “Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo
Seres Humanos” (Resolução n. º 510, de 07 de abril de 2016 do Conselho Nacional
de Saúde/Ministério da Saúde), submetendo-se ao Comitê de Ética em Pesquisa
(CEP).

Dentre os riscos que podem ser ocasionados pela presente pesquisa,


podemos citar: há possibilidade de ocorrer invasão de privacidade que pode causar
possíveis desconfortos, constrangimentos em responder algumas das perguntas, por
algum motivo pessoal ou relacional, em lembrar-se de alguma experiência ruim
quando do desenvolvimento de seu trabalho, e assim não sentir-se a vontade em
contar suas experiências por qualquer motivo. Sendo assim, para evitar e/ou
minimizar os riscos, o instrumento será aplicado de forma individual, em um espaço
virtual. Soma-se a isso o fato de que será realizada a leitura prévia do questionário,
dando ao participante a oportunidade de refletir sobre a aceitação ou não em
participar da pesquisa. O grupo de pesquisadores desenvolveu um criterioso
levantamento de questões, abertas e fechadas, de forma a atender aos objetivos da
pesquisa, sem causar danos aos participantes.

O desconforto está relacionado ao tempo utilizado para responder as


perguntas, de qualquer forma o sujeito de pesquisa não é obrigado a participar do
estudo como está descrito no termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE)
tornando claro o que está preconizado na resolução citada.

Os participantes terão a liberdade para não responder questões que


julgarem constrangedoras. Todos os participantes serão voluntários e o anonimato
será garantido; os mesmos estarão cientes de que poderão, mesmo tendo assinado
o documento, a qualquer instante, retirar o seu consentimento e deixar de participar
do estudo em andamento.

Todavia os sujeitos podem, na realização das oficinas, sentirem-se


constrangidos na execução das atividades.

Para evitar e/ou minimizar estes riscos, os pesquisadores serão habilitados


ao método de coleta dos dados através de treinamento prévio pela fonoaudióloga e
21

responsável pela pesquisa sobre as condutas e procedimentos que devem ser


tomados durante a realização dos procedimentos. Os mesmos serão realizados em
uma sala virtual, via webconferência e, a participação não será obrigatória, portanto
o indivíduo que não sentir-se a vontade para desenvolver qualquer atividade pode, a
qualquer momento, optar por não fazê-la.

As informações da pesquisa serão divulgadas a nível coletivo, sem


identificação individual para assegurar a sua confidencialidade e a privacidade. As
informações obtidas serão arquivadas em computadores com códigos e senhas de
acesso liberados apenas aos pesquisados.

7.2 Benefícios diretos


Os dados da pesquisa permitirão aprofundar o conhecimento quando a
atuação fonoaudiológica no ambiente escolar, destacando as ações, estratégias e
atividades que podem ser desenvolvidas por esse profissional, durante o período de
isolamento por covid-19. Através do conhecimento do perfil e das dificuldades
apontadas pelas equipes pedagógicas, professores e familiares será possível
direcionar o desenvolvimento da atuação fonoaudiológica no âmbito escolar e
reiterar sua importância para um processo de ensino e aprendizagem efetivo e de
qualidade. Nesse sentido, espera-se destacar a importância dessa atuação o
contexto escolar, a fim de identificar e intervir em relação ao comprometimento dos
aspectos relacionados à comunicação humana, e ao processo de ensino-
aprendizado.

7.3 Resultados esperados


Instrumentalizar e conscientizar os familiares e educadores sobre a
importância do fonoaudiólogo no ambiente escolar, antes, durante e depois do
período de pandemia por Covid-19, através de ações educativas, formativa em
informativas.

8. ORÇAMENTO FINANCEIRO

DESPESAS
Matérias de Consumo Valor Unitário
Quant. Valor Total R$
e Serviços R$
Papel sulfit A4 1 resma 30,00 30,00
22

Caneta Esferográfica 5 canetas 1,50 7,50


Cartucho para
impressora a laser (cor Unidade 50,00 50,00
preta)
Cartucho para
impressora a Unidade 50,00 50,00
laser (colorido)
Encadernação 4 30,00 120,00
Total R$ 257,50

9. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DAS ATIVIDADES

ATIVIDADE 2021

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Submissão
do projeto X
ao CEP
Coleta de
dados
X X X
Análise
estatísticas X X
dos dados
Elaboração
de artigo
X
Entrega de
TCC
X
Relatório
final ao X
CEP

10. REFERÊNCIAS

BACHA, S. M. C.; OSÓRIO, A. M. N. Fonoaudiologia & educação: Uma revisão da


prática histórica. Rev. CEFAC, São Paulo, v.6, n.2, P. 215-21, 2004.

BELLO, S. F.; MACHADO, A. C.; ALMEIDA M. A. Parceria colaborativa entre


fonoaudiólogo e professor: análise dos diários reflexivos. Rev. Psicopedagogia,
São Carlos – SP. v, 29; n, 88; p. 46-54, 2012.

BRASIL. Lei nº 9.394/1996. LDB: Lei de diretrizes e bases da educação nacional. –


2. ed. – Brasília: Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 2018. 58 p.
23

Disponível em:
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/544283/lei_de_diretrizes_e_bas
es_2ed.pdf Acesso em: 15 mai.2020.

BRASIL. Lei nº 6.965, de 9 de dezembro de 1981. Dispõe sobre a regulamentação


da Profissão de Fonoaudiólogo, e determina outras providências, 1981. Disponível
em: https://www.fonoaudiologia.org.br/cffa/wp-content/uploads/2013/07/lei-No-6.965-
de-9-de-dez-1981.pdf Acesso em: 15 mai.2020.

BRASIL. Resolução CFFa nº 309, de 01 de abril de 2005. “Dispõe sobre a atuação


do Fonoaudiólogo na educação infantil, ensino fundamental, médio, especial e
superior, e dá outras providências”. Conselho Federal de Fonoaudiologia, 2005.
Disponível em:
https://www.sbfa.org.br/portal2017/themes/2017/departamentos/artigos/resolucoes_1
5.pdf Acesso em: 02 mai.2020.

BRASIL. Resolução CFFa nº 387, de 18 de setembro de 2010. “Dispõe sobre as


atribuições e competências do profissional especialista em Fonoaudiologia
Educacional reconhecido pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia, alterar a
redação do artigo 1º da Resolução CFFa nº 382/2010, e dá outras providências”.
Conselho Federal de Fonoaudiologia, 2010. Disponível em:
https://www.sbfa.org.br/portal2017/themes/2017/departamentos/artigos/resolucoes_1
9.pdf Acesso em: 02. mai.2020.

BRASIL. Resolução CFFa nº 580, de 20 de agosto de 2020. “Dispõe sobre a


regulamentação da Telefonoadiologia e dá outras providências”.

CAPELLINI, S. A.; GERMANO, G. D. E-book Fonoaudiologia Educacional em


tempos de COVID-19: estruturação de rotinas, atividades e orientações à pais e
professores. São Paulo. Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia 2020. 60 p.
Disponível em: https://www.sbfa.org.br/portal2017/pdf/cvd19-ebook-fonoeduc.pdf
Acesso em: 17 set.2020.

CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA – CFFa –. Áreas de competência


da Fonoaudiologia no Brasil. Brasília. 2ª Ed. 2007. Disponível em:
https://www.fonoaudiologia.org.br/cffa/wp-content/uploads/2013/07/areas-de-
competencia-do-fonoaudiologo-2007.pdf Acesso em: 11 abr.2020.
24

MARANHÃO, P. C. S; PINTO; S. M. P.; PEDRUZZI, C. C. M. Fonoaudiologia e


educação infantil: Uma parceria necessária. Rev. CEFAC.; v. 11, n. 1, p. 59-66, Jan-
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OLIVEIRA, J. P.; SCHIER, A. C. Suportes para a atuação em fonoaudiologia


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Ameticana de Saúde. Organização Mundial de Saúde. Folha informativa COVID-
19. Setembro, 2020. Disponível em: https://www.paho.org/pt/covid19 Acesso em: 17
set.2020.

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Desenvolvimento na Primeira Infância sobre a Aprendizagem. Comitê Científico do
Núcleo Ciência Pela Infância. 2014.

SISTEMA DE CONSELHOS FEDERAL E REGIONAIS DE FONOAUDIOLOGIA -


CFFa. Contribuições do fonoaudiólogo educacional para seu município e sua
escola. 2017. Disponível em:
https://www.sbfa.org.br/portal2017/themes/2017/departamentos/artigos/materiais_21.
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SISTEMA DE CONSELHOS DE FONOAUDIOLOGIA. – CFFa. Fonoaudiologia na


educação. Brasília. 2018. Disponível em: https://www.fonoaudiologia.org.br/cffa/wp-
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TODOS PELA EDUCAÇÃO. Nota técnica: Ensino a distância na educação básica


frente à pandemia da covid-19. Abril, 2020. Disponível:
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GERTEL, M. C. R.; TENOR, A. C. Fonoaudiologia educacional: reflexões acerca da


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25

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intervenção fonoaudiológica na atenção primária à saúde. Rev. CEFAC.; v.15, n.4,
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