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AULA de 19.03.2021 – DIREITO DO TRABALHO II

Turnos ininterruptos de revezamento

OJ 360 da SDI-I do TST: OJ 360 da SDI-I do TST TURNO


ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. DOIS TURNOS. HORÁRIO
DIURNO E NOTURNO. CARACTERIZAÇÃO (DJ 14.03.2008) Faz
jus à jornada especial prevista no art. 7º, XIV, da CF/1988 o
trabalhador que exerce suas atividades em sistema de alternância
de turnos, ainda que em dois turnos de trabalho, que compreendam,
no todo ou em parte, o horário diurno e o noturno, pois submetido à
alternância de horário prejudicial à saúde, sendo irrelevante que a
atividade da empresa se desenvolva de forma ininterrupta.

CF Art. 7º (...) XIV - jornada de seis horas para o trabalho


realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo
negociação coletiva;

Súmula 423 do TST: Estabelecida jornada superior a seis


horas e limitada a oito horas por meio de regular negociação
coletiva, os empregados submetidos a turnos ininterruptos de
revezamento não tem direito ao pagamento da 7ª e 8ª horas como
extras.

S. 360 TST - A interrupção do trabalho destinada a


repouso e alimentação, dentro de cada turno, ou o intervalo para
repouso semanal, não descaracteriza o turno de revezamento com
jornada de 6 (seis) horas previsto no art. 7º, XIV, da CF/1988.

Horas itinerárias

CLT Art. 58 (...) § 2º O tempo despendido pelo


empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer
meio de transporte, não será computado na jornada de trabalho,
salvo quando, tratando-se de local de difícil acesso ou não servido
por transporte público, o empregador fornecer a condução. (...)
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Súmula 90:

I - O tempo despendido pelo empregado, em


condução fornecida pelo empregador, até o local de trabalho de
difícil acesso, ou não servido por transporte público regular, e
para o seu retorno é computável na jornada de trabalho.

II - A incompatibilidade entre os horários de início e


término da jornada do empregado e os do transporte público
regular é circunstância que também gera o direito às horas "in
itinere".

III - A mera insuficiência de transporte público não


enseja o pagamento de horas "in itinere".

IV - Se houver transporte público regular em parte do


trajeto percorrido em condução da empresa, as horas "in
itinere" remuneradas limitam-se ao trecho não alcançado pelo
transporte público. V - Considerando que as horas "in itinere"
são computáveis na jornada de trabalho, o tempo que extrapola
a jornada legal é considerado como extraordinário e sobre ele
deve incidir o adicional respectivo.

Súmula 320 O fato de o empregador cobrar,


parcialmente ou não, importância pelo transporte fornecido,
para local de difícil acesso ou não servido por transporte
regular, não afasta o direito à percepção das horas “in itinere”.

Art. 58, § 3º, da CLT (antes da reforma trabalhista):

CLT Art. 58 (...) § 3º Poderão ser fixados, para as


microempresas e empresas de pequeno porte, por meio de acordo
ou convenção coletiva, em caso de transporte fornecido pelo
empregador, em local de difícil acesso ou não servido por transporte
público, o tempo médio despendido pelo empregado, bem como a
forma e a natureza da remuneração.

Agora, o Art. 58 (...) § 2º depõe expressamente que: O


tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a
efetiva ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno,
caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o
fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de
trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador.
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Teletrabalho

art. 75-B da CLT (reforma trabalhista):

“Considera-se teletrabalho a prestação de serviços


preponderantemente fora das dependências do empregador, com a
utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por
sua natureza, não se constituam como trabalho externo.

Parágrafo único. O comparecimento às dependências do


empregador para a realização de atividades específicas que exijam
a presença do empregado no estabelecimento não descaracteriza o
regime de teletrabalho.

CLT (reforma trabalhista) Art. 75-C. A prestação de


serviços na modalidade de teletrabalho deverá constar
expressamente do contrato individual de trabalho, que especificará
as atividades que serão realizadas pelo empregado. (...)

§ 1º Poderá ser realizada a alteração entre regime


presencial e de teletrabalho desde que haja mútuo acordo entre as
partes, registrado em aditivo contratual.

§ 2o Poderá ser realizada a alteração do regime de


teletrabalho para o presencial por determinação do empregador,
garantido prazo de transição mínimo de quinze dias, com
correspondente registro em aditivo contratual. (Poder Diretivo X
aditivo pressupõe duas vontades – cizânia)

Art. 75-D. As disposições relativas à responsabilidade


pela aquisição, manutenção ou fornecimento dos equipamentos
tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à prestação
do trabalho remoto, bem como ao reembolso de despesas arcadas
pelo empregado, serão previstas em contrato escrito. Parágrafo
único. As utilidades mencionadas no caput deste artigo não integram
a remuneração do empregado.

Art. 75-E. O empregador deverá instruir os empregados,


de maneira expressa e ostensiva, quanto às precauções a tomar a
fim de evitar doenças e acidentes de trabalho. Parágrafo único. O
empregado deverá assinar termo de responsabilidade
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comprometendo-se a seguir as instruções fornecidas pelo


empregador.

Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste


capítulo (duração do trabalho):

I - os empregados que exercem atividade externa


incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo tal
condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e
no registro de empregados; Obs.: Se existe meios de aferir a
jornada, mesmo que o empregador não o faça, o empregado estará
protegido pelas normas de duração do trabalho.

II - os gerentes, assim considerados os exercentes de


cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto
neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial.

III - os empregados em regime de teletrabalho.

Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será


aplicável aos empregados mencionados no inciso II deste artigo,
quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a
gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo
salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento).

Bancário

CLT Art. 224 - A duração normal do trabalho dos


empregados em bancos, casas bancárias e Caixa Econômica
Federal será de 6 (seis) horas continuas nos dias úteis, com
exceção dos sábados, perfazendo um total de 30 (trinta) horas de
trabalho por semana. (...)

CLT Art. 226 - O regime especial de 6 (seis) horas de


trabalho também se aplica aos empregados de portaria e de
limpeza, tais como porteiros, telefonistas de mesa, contínuos e
serventes, empregados em bancos e casas bancárias.

Súmula 113 do TST: O sábado do bancário é dia útil não


trabalhado, não dia de repouso remunerado. Não cabe a
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repercussão do pagamento de horas extras habituais em sua


remuneração.

Art. 225 - A duração normal de trabalho dos bancários


poderá ser excepcionalmente prorrogada até 8 (oito) horas
diárias, não excedendo de 40 (quarenta) horas semanais,
observados os preceitos gerais sobre a duração do trabalho.

CLT Art. 224 (...) § 2º - As disposições deste artigo não se


aplicam aos que exercem funções de direção, gerência, fiscalização,
chefia e equivalentes, ou que desempenhem outros cargos de
confiança, desde que o valor da gratificação não seja inferior a 1/3
(um terço) do salário do cargo efetivo.

Súmula 102 , II, do TST - O bancário que exerce a


função a que se refere o § 2º do art. 224 da CLT e recebe
gratificação não inferior a um terço de seu salário já tem
remuneradas as duas horas extraordinárias excedentes de seis.

(...)

IV - O bancário sujeito à regra do art. 224, § 2º, da CLT


cumpre jornada de trabalho de 8 (oito) horas, sendo extraordinárias
as trabalhadas além da oitava.

Item III da Súmula 102 do TST - Ao bancário exercente


de cargo de confiança previsto no artigo 224, § 2º, da CLT são
devidas as 7ª e 8ª horas, como extras, no período em que se
verificar o pagamento a menor da gratificação de 1/3.

VII da Súmula 102 do TST

O bancário exercente de função de confiança, que


percebe a gratificação não inferior ao terço legal, ainda que norma
coletiva contemple percentual superior, não tem direito às sétima e
oitava horas como extras, mas tão somente às diferenças de
gratificação de função, se postuladas.
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Súmula 287 do TST: A jornada de trabalho do


empregado de banco gerente de agência é regida pelo art. 224,
§ 2º, da CLT. Quanto ao gerente-geral de agência bancária,
presume-se o exercício de encargo de gestão, aplicando-se-lhe
o art. 62 da CLT.

TST,. 102 VI O caixa bancário, ainda que caixa executivo,


não exerce cargo de confiança. Se perceber gratificação igual ou
superior a um terço do salário do posto efetivo, essa remunera
apenas a maior responsabilidade do cargo e não as duas horas
extraordinárias além da sexta.

Súmula 55 do TST- As empresas de crédito,


financiamento ou investimento, também denominadas financeiras,
equiparam-se aos estabelecimentos bancários para os efeitos do art.
224 da CLT.

Súmula 119 do TST- Os empregados de empresas


distribuidoras e corretoras de títulos e valores mobiliários não têm
direito à jornada especial dos bancários.

OJ 379 da SDI-I do TST- Os empregados de cooperativas


de crédito não se equiparam a bancário, para efeito de aplicação do
art. 224 da CLT, em razão da inexistência de expressa previsão
legal, considerando, ainda, as diferenças estruturais e operacionais
entre as instituições financeiras e as cooperativas de crédito.
Inteligência das Leis n.os 4.595, de 31.12.1964, e 5.764, de
16.12.1971.

Súmula 117 do TST BANCÁRIO. CATEGORIA


DIFERENCIADA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
Não se beneficiam do regime legal relativo aos bancários os
empregados de estabelecimento de crédito pertencentes a
categorias profissionais diferenciadas.

Súmula 239 - É bancário o empregado de empresa de


processamento de dados que presta serviço a banco integrante do
mesmo grupo econômico, exceto quando a empresa de
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processamento de dados presta serviços a banco e a empresas não


bancárias do mesmo grupo econômico ou a terceiros.

Então:

Regra – bancário tem jornada de 6h/30h

Gerente que ganha ad. 1/3 – jornada de 8h

Gerente Geral – sem limitação de jornada

* Se equiparam a bancário – emp. de financeiras

- demais empregados do
banco - pessoal portaria, limpeza, telefonia, exceto CATEGORIA
DIFENCIADA

* NÃO se equiparam a bancário – emp. corretoras de valores

- emp. cooperativas de
crédito

Trabalho extraordinário e jornada compensatória

art. 59, § 6º da CLT - É lícito o regime de compensação de jornada


estabelecido por acordo individual, tácito ou escrito, para a
compensação no mesmo mês.

Súmula 85 do TST
I. A compensação de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo
individual escrito, acordo coletivo ou convenção coletiva.

CLT
Art. 619. Nenhuma disposição de contrato individual de trabalho que contrarie
normas de Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho poderá prevalecer na
execução do mesmo, sendo considerada nula de pleno direito.
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Súmula 85 do TST
II. O acordo individual para compensação de horas é válido, salvo se houver
norma coletiva em sentido contrário.

OJ 323 da SDI-I
É válido o sistema de compensação de horário quando a jornada adotada é a
denominada “semana espanhola”, que alterna a prestação de 48 horas em uma
semana e 40 horas em outra, não violando os arts. 59, § 2º, da CLT e 7º, XIII,
da CF/1988 o seu ajuste mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho.

Art. 59. A duração diária do trabalho poderá ser


acrescida de horas extras, em número não excedente de duas,
por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de
trabalho. (...)

Súmula 376, do TST: I - A limitação legal da jornada


suplementar a duas horas diárias não exime o empregador de
pagar todas as horas trabalhadas

II - O valor das horas extras habitualmente prestadas


integra o cálculo dos haveres trabalhistas, independentemente
da limitação prevista no "caput" do art. 59 da CLT. (ex-OJ nº 89
da SBDI-I - inserida em 28.04.1997)

CLT (bancários) Art. 225 - A duração normal de trabalho


dos bancários poderá ser excepcionalmente prorrogada até 8 (oito)
horas diárias, não excedendo de 40 (quarenta) horas semanais,
observados os preceitos gerais sobre a duração do trabalho.

Súmula 340 do TST - O empregado, sujeito a controle de


horário, remunerado à base de comissões, tem direito ao adicional
de, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) pelo trabalho em horas
extras, calculado sobre o valor-hora das comissões recebidas no
mês, considerando-se como divisor o número de horas efetivamente
trabalhadas.

OJ 235 da SDI-I do TST - O empregado que recebe


salário por produção e trabalha em sobrejornada tem direito à
percepção apenas do adicional de horas extras, exceto no caso do
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empregado cortador de cana, a quem é devido o pagamento das


horas extras e do adicional respectivo.

OJ 397 da SDI-I do TST COMISSIONISTA MISTO.


HORAS EXTRAS. BASE DE CÁLCULO. APLICAÇÃO DA SÚMULA
N.º 340 DO TST. (DEJT divulgado em 02, 03 e 04.08.2010) O
empregado que recebe remuneração mista, ou seja, uma parte fixa e
outra variável, tem direito a horas extras pelo trabalho em
sobrejornada. Em relação à parte fixa, são devidas as horas simples
acrescidas do adicional de horas extras. Em relação à parte variável,
é devido somente o adicional de horas extras, aplicando-se à
hipótese o disposto na Súmula n.º 340 do TST.

Art. 59, §2º e 5º CLT

§ 2o Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se,


por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso
de horas em um dia for compensado pela correspondente
diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período
máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho
previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas
diárias. (Banco de horas clássico)

§ 5º O banco de horas de que trata o § 2o deste artigo


poderá ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a
compensação ocorra no período máximo de seis meses.
(Banco de horas Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

Antes da reforma trabalhista Depois da reforma trabalhista

 banco de horas com prazo  banco de horas com prazo


máximo de um ano máximo de um ano
 formalizado por acordo ou  formalizado por acordo ou
convenção coletiva convenção coletiva

 banco de horas com prazo


 sem correspondência
máximo de seis meses
 formalizado por acordo individual
escrito

Compensação do empregado doméstico


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LC 150/15
Art. 2º A duração normal do trabalho doméstico não excederá 8 (oito) horas
diárias e 44 (quarenta e quatro) semanais, observado o disposto nesta Lei.
§ 1º A remuneração da hora extraordinária será, no mínimo, 50% (cinquenta
por cento) superior ao valor da hora normal.

LC 150/15
Art. 2º (...)
§ 4º Poderá ser dispensado o acréscimo de salário e instituído regime de
compensação de horas, mediante acordo escrito entre empregador e
empregado, se o excesso de horas de um dia for compensado em outro dia.
§ 5º No regime de compensação previsto no § 4º:
I - será devido o pagamento, como horas extraordinárias, na forma do § 1º, das
primeiras 40 (quarenta) horas mensais excedentes ao horário normal de
trabalho;
II - das 40 (quarenta) horas referidas no inciso I, poderão ser deduzidas, sem o
correspondente pagamento, as horas não trabalhadas, em função de redução
do horário normal de trabalho ou de dia útil não trabalhado, durante o mês;
III - o saldo de horas que excederem as 40 (quarenta) primeiras horas mensais
de que trata o inciso I, com a dedução prevista no inciso II, quando for o caso,
será compensado no período máximo de 1 (um) ano.

LC 150/15
Art. 11. Em relação ao empregado responsável por acompanhar o empregador
prestando serviços em viagem, serão consideradas apenas as horas
efetivamente trabalhadas no período, podendo ser compensadas as horas
extraordinárias em outro dia, observado o art. 2º.
§ 1º O acompanhamento do empregador pelo empregado em viagem será
condicionado à prévia existência de acordo escrito entre as partes.
§ 2º A remuneração-hora do serviço em viagem será, no mínimo, 25% (vinte e
cinco por cento) superior ao valor do salário-hora normal.
§ 3º O disposto no § 2º deste artigo poderá ser, mediante acordo, convertido
em acréscimo no banco de horas, a ser utilizado a critério do empregado.

LC 150/15
Art. 2º (...)
§ 6º Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a
compensação integral da jornada extraordinária, na forma do § 5º, o
empregado fará jus ao pagamento das horas extras não compensadas,
calculadas sobre o valor da remuneração na data de rescisão.

Compensação do menor trabalhador


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CLTArt. 413 - É vedado prorrogar a duração normal diária do


trabalho do menor, salvo:
I - até mais 2 (duas) horas, independentemente de acréscimo salarial, mediante
convenção ou acordo coletivo nos termos do Título VI desta Consolidação,
desde que o excesso de horas em um dia seja compensado pela diminuição
em outro, de modo a ser observado o limite máximo de 48 (quarenta e oito)
horas semanais ou outro inferior legalmente fixada;

Descumprimento dos requisitos

Súmula 85 do TST
III. O mero não atendimento das exigências legais para a compensação de
jornada, inclusive quando encetada mediante acordo tácito, não implica a
repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária, se não
dilatada a jornada máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo
adicional.

Súmula 85 do TST

IV. A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de


compensação de jornada. Nesta hipótese, as horas que ultrapassarem a
jornada semanal normal deverão ser pagas como horas extraordinárias e,
quanto àquelas destinadas à compensação, deverá ser pago a mais apenas o
adicional por trabalho extraordinário.

CLT (reforma trabalhista)


Art. 59-B. O não atendimento das exigências legais para compensação de
jornada, inclusive quando estabelecida mediante acordo tácito, não implica a
repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária se não
ultrapassada a duração máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo
adicional.
Parágrafo único. A prestação de horas extras habituais não descaracteriza o
acordo de compensação de jornada e o banco de horas.

Regime 12x36

Súmula 444 do TST


JORNADA DE TRABALHO. NORMA COLETIVA. LEI. ESCALA DE 12 POR
36. VALIDADE
- É valida, em caráter excepcional, a jornada de doze horas de trabalho por
trinta e seis de descanso, prevista em lei ou ajustada exclusivamente
mediante acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de trabalho,
assegurada a remuneração em dobro dos feriados trabalhados. O empregado
não tem direito ao pagamento de adicional referente ao labor prestado na
décima primeira e décima segunda horas.
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CLT (reforma trabalhista)


Art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 desta Consolidação, é facultado
às partes, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo
coletivo de trabalho, estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas
por trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou
indenizados os intervalos para repouso e alimentação.
(...)

CLT (reforma trabalhista) Art. 59-A. (...)


Parágrafo único. A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto no
caput deste artigo abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal
remunerado e pelo descanso em feriados, e serão considerados compensados
os feriados e as prorrogações de trabalho noturno, quando houver, de que
tratam o art. 70 e o § 5º do art. 73 desta Consolidação.

LC 150/15
Art. 10. É facultado às partes, mediante acordo escrito entre essas,
estabelecer horário de trabalho de 12 (doze) horas seguidas por 36 (trinta e
seis) horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos
para repouso e alimentação.
§ 1º A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto no caput deste
artigo abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal remunerado e
pelo descanso em feriados, e serão considerados compensados os feriados e
as prorrogações de trabalho noturno, quando houver, de que tratam o art. 70 e
o § 5º do art. 73 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo
Decreto-Lei nº 5.452, de 1o de maio de 1943, e o art. 9o da Lei no 605, de 5 de
janeiro de 1949.

CLT (reforma trabalhista)


Art. 58-A (...)
§ 5º As horas suplementares da jornada de trabalho normal poderão ser
compensadas diretamente até a semana imediatamente posterior à da sua
execução, devendo ser feita a sua quitação na folha de pagamento do mês
subsequente, caso não sejam compensadas.

Minutos residuais

art. 74, § 2º, da CLT (Redação dada pela Lei nº 13.874,


de 2019)
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§ 2º Para os estabelecimentos com mais de 20 (vinte)


trabalhadores será obrigatória a anotação da hora de entrada e de
saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme
instruções expedidas pela Secretaria Especial de Previdência e
Trabalho do Ministério da Economia, permitida a pré-assinalação do
período de repouso.

§ 4º Fica permitida a utilização de registro de ponto


por exceção à jornada regular de trabalho, mediante acordo
individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de
trabalho. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019).

CLT Art. 58 (...) § 1º Não serão descontadas nem


computadas como jornada extraordinária as variações de horário no
registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o
limite máximo de dez minutos diários.

Súmula 366 do TST: Não serão descontadas nem


computadas como jornada extraordinária as variações de horário do
registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o
limite máximo de dez minutos diários. Se ultrapassado esse limite,
será considerada como extra a totalidade do tempo que exceder a
jornada normal, pois configurado tempo à disposição do
empregador, não importando as atividades desenvolvidas pelo
empregado ao longo do tempo residual (troca de uniforme, lanche,
higiene pessoal, etc).

Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o


empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando
ordens, salvo disposição especial expressamente consignada.

...

§ 2o Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será


computado como período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda
que ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no § 1o do art. 58 desta
Consolidação, quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção
pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições
climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa
para exercer atividades particulares, entre outras: (Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017) (Vigência)
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I - práticas religiosas; (Incluído pela Lei nº 13.467, de


2017) (Vigência)

II - descanso; (Incluído pela Lei nº 13.467, de


2017) (Vigência)

III - lazer; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)

IV - estudo; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)

V - alimentação; (Incluído pela Lei nº 13.467, de


2017) (Vigência)

VI - atividades de relacionamento social; (Incluído pela Lei nº


13.467, de 2017) (Vigência)

VII - higiene pessoal; (Incluído pela Lei nº 13.467, de


2017) (Vigência)

VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de


realizar a troca na empresa.

Sumula 449 TST A partir da vigência da Lei nº 10.243, de


19.06.2001, que acrescentou o § 1º ao art. 58 da CLT, não mais
prevalece cláusula prevista em convenção ou acordo coletivo que
elastece o limite de 5 minutos que antecedem e sucedem a jornada
de trabalho para fins de apuração das horas extras.

CLT Art. 611-A, A convenção coletiva e o acordo coletivo


de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros,
dispuserem sobre: I - pacto quanto à jornada de trabalho,
observados os limites constitucionais;

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