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Katerine Stello Marchioro Hartmann

e-mail: 1905.katerinehartmann@cnec.br

AULA de 09.04.2021 – DIREITO DO


TRABALHO II

CF, Art. 7º (...)


XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um
terço a mais do que o salário normal;

CLT
Art. 129 - Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um
período de férias, sem prejuízo da remuneração.

Dias de férias Faltas injustificadas


30 dias até 5 faltas
24 dias de 6 a 14 faltas
18 dias de 15 a 23 faltas
12 dias de 24 a 32 faltas.

CLT
Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do
contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte
proporção:
I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço
mais de 5 (cinco) vezes;
II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis)
a 14 (quatorze) faltas;
III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a
23 (vinte e três) faltas;
IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e
quatro) a 32 (trinta e duas) faltas.
(...)

CLT
Art. 130 (...)
§ 1º - É vedado descontar, do período de férias, as faltas do
empregado ao serviço.

§ 2º - O período das férias será computado, para todos os efeitos,


como tempo de serviço.
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Súmula 46 do TST
- As faltas ou ausências decorrentes de acidente do trabalho não são
consideradas para os efeitos de duração de férias e cálculo da
gratificação natalina.

CLT, Art. 133 - Não terá direito a férias o empregado que, no curso
do período aquisitivo:
I - deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 (sessenta) dias
subsequentes à sua saída;
II - permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por
mais de 30 (trinta) dias;
III - deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30
(trinta) dias, em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços
da empresa; e
IV - tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de
trabalho ou de auxílio- doença por mais de 6 (seis) meses, embora
descontínuos.
§ 1º - A interrupção da prestação de serviços deverá ser anotada na
Carteira de Trabalho e Previdência Social.
§ 2º - Iniciar-se-á o decurso de novo período aquisitivo quando o
empregado, após o implemento de qualquer das condições previstas
neste artigo, retornar ao serviço.
§ 3º - Para os fins previstos no inciso lIl deste artigo a empresa
comunicará ao órgão local do Ministério do Trabalho, com
antecedência mínima de 15 (quinze) dias, as datas de início e fim da
paralisação total ou parcial dos serviços da empresa, e, em igual
prazo, comunicará, nos mesmos termos, ao sindicato representativo
da categoria profissional, bem como afixará aviso nos respectivos
locais de trabalho.

CLT
Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um
só período, nos
12 (doze) meses subsequentes à data em que o empregado tiver
adquirido o direito.

Início ct de trab. Período concessivo férias 20/21


1º/04/2020 31/03/2021
1º/04/2021 31/03/2022
Período aquisitivo Período aquisitivo
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Férias 20/21 Férias 21/22

CLT (reforma trabalhista)


Art. 134 (...)
§ 1º Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão
ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá
ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser
inferiores a cinco dias corridos, cada um.

CLT
Art. 136 - A época da concessão das férias será a que melhor
consulte os interesses
do empregador.
§ 1º - Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo
estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar férias no mesmo
período, se assim o desejarem e se disto não resultar prejuízo para
o serviço.
§ 2º - O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá
direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares.

Art. 134. CLT (reforma trabalhista) (...)

§ 3º É vedado o início das férias no período de dois dias que antecede


feriado ou dia de repouso semanal remunerado.

Art. 137 CLT - Sempre que as férias forem concedidas após o prazo
de que trata o art. 134, o empregador pagará em dobro a respectiva
remuneração.

§ 1º - Vencido o mencionado prazo sem que o empregador tenha


concedido as férias, o empregado poderá ajuizar reclamação
pedindo a fixação, por sentença, da época de gozo das mesmas.

§ 2º - A sentença cominará pena diária de 5% (cinco por cento)


do salário mínimo da região, devida ao empregado até que seja
cumprida.
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§ 3º - Cópia da decisão judicial transitada em julgado será


remetida ao órgão local do Ministério do Trabalho, para fins de
aplicação da multa de caráter administrativo.

Súmula 81 do TST - Os dias de férias gozados após o período legal


de concessão deverão ser remunerados em dobro.

Art. 135 CLT

- A concessão das férias será participada, por escrito, ao


empregado, com antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa
participação o interessado dará recibo.

§ 1º - O empregado não poderá entrar no gozo das férias sem


que apresente ao empregador sua Carteira de Trabalho e
Previdência Social, para que nela seja anotada a respectiva
concessão.

§ 2º - A concessão das férias será, igualmente, anotada no livro


ou nas fichas de registro dos empregados.

Art. 138 CLT - Durante as férias, o empregado não poderá prestar


serviços a outro empregador, salvo se estiver obrigado a fazê-lo em
virtude de contrato de trabalho regularmente mantido com aquele.

CLT (reforma trabalhista)


Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele
cuja duração não exceda a trinta horas semanais, sem a
possibilidade de horas suplementares semanais, ou, ainda, aquele
cuja duração não exceda a vinte e seis horas semanais, com a
possibilidade de acréscimo de até seis horas suplementares
semanais.

§ 7º As férias do regime de tempo parcial são regidas pelo disposto


no art. 130 desta Consolidação.

Antes da reforma trabalhista, a regra era outra:


CLT (antes da reforma trabalhista)
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Art. 130-A. Na modalidade do regime de tempo parcial, após cada


período de doze meses de vigência do contrato de trabalho, o
empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:
I - dezoito dias, para a duração do trabalho semanal superior a
vinte e duas horas, até vinte e cinco horas;
II - dezesseis dias, para a duração do trabalho semanal superior a
vinte horas, até vinte e duas horas;
III - quatorze dias, para a duração do trabalho semanal superior a
quinze horas, até vinte horas;
IV - doze dias, para a duração do trabalho semanal superior a dez
horas, até quinze
horas;
V - dez dias, para a duração do trabalho semanal superior a cinco
horas, até dez horas;
VI - oito dias, para a duração do trabalho semanal igual ou inferior a
cinco horas.
Parágrafo único. O empregado contratado sob o regime de tempo
parcial que tiver mais de sete faltas injustificadas ao longo do
período aquisitivo terá o seu período de férias reduzido à metade.

LC 150/15, Art. 3º Considera-se trabalho em regime de tempo parcial


aquele cuja duração não exceda 25 (vinte e cinco) horas semanais
(...)
§ 3º Na modalidade do regime de tempo parcial, após cada período
de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o
empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:

I - 18 (dezoito) dias, para a duração do trabalho semanal superior a


22 (vinte e duas) horas, até 25 (vinte e cinco) horas;
II - 16 (dezesseis) dias, para a duração do trabalho semanal superior
a 20 (vinte) horas, até 22 (vinte e duas) horas;
III - 14 (quatorze) dias, para a duração do trabalho semanal superior
a 15 (quinze) horas, até 20 (vinte) horas;
IV - 12 (doze) dias, para a duração do trabalho semanal superior a
10 (dez) horas, até 15 (quinze) horas;
V - 10 (dez) dias, para a duração do trabalho semanal superior a 5
(cinco) horas, até 10 (dez) horas;
VI - 8 (oito) dias, para a duração do trabalho semanal igual ou inferior
a 5 (cinco) horas.
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IV.2 - Remuneração das férias

CLT
Art. 142 - O empregado perceberá, durante as férias, a
remuneração que lhe for devida na data da sua concessão.
(...)

Art. 142 CLT


(...)
§ 1º - Quando o salário for pago por hora com jornadas variáveis,
apurar-se-á a média do período aquisitivo, aplicando-se o valor do
salário na data da concessão das férias.
§ 2º - Quando o salário for pago por tarefa tomar-se-á por base a
média da produção no período aquisitivo do direito a férias,
aplicando-se o valor da remuneração da tarefa na data da
concessão das férias.
§ 3º - Quando o salário for pago por percentagem, comissão ou
viagem, apurar-se-á a média percebida pelo empregado nos 12
(doze) meses que precederem à concessão das férias.

Súmula 149 do TST


A remuneração das férias do tarefeiro deve ser calculada com base
na média da produção do período aquisitivo, aplicando-se-lhe a tarifa
da data da concessão.

Art. 145 CLT - O pagamento da remuneração das férias e, se for o


caso, o do abono referido no art. 143 serão efetuados até 2 (dois)
dias antes do início do respectivo período.
Parágrafo único - O empregado dará quitação do pagamento, com
indicação do início e do termo das férias.

Súmula 450 do TST -É devido o pagamento em dobro da


remuneração de férias, incluído o terço constitucional, com base no
art. 137 da CLT, quando, ainda que gozadas na época própria, o
empregador tenha descumprido o prazo previsto no art. 145 do
mesmo diploma legal.

CLT
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Art. 142 (...)


§ 4º - A parte do salário paga em utilidades será computada de
acordo com a anotação na Carteira de Trabalho e Previdência
Social.

Art. 142 CLT


(...)
§ 5º - Os adicionais por trabalho extraordinário, noturno, insalubre
ou perigoso serão computados no salário que servirá de base ao
cálculo da remuneração das férias.

Súmula 253 do TST


GRATIFICAÇÃO SEMESTRAL. REPERCUSSÕES A gratificação
semestral não repercute no cálculo das horas extras, das férias e do
aviso prévio, ainda que indenizados. Repercute, contudo, pelo seu
duodécimo na indenização por antiguidade e na gratificação natalina.

Art. 142 CLT


(...)
§ 6º - Se, no momento das férias, o empregado não estiver
percebendo o mesmo
adicional do período aquisitivo, ou quando o valor deste não tiver sido
uniforme será computada a média duodecimal recebida naquele
período, após a atualização das importâncias pagas, mediante
incidência dos percentuais dos reajustamentos salariais
supervenientes.

IV.3 - Conversão das férias em abono

CLT
Art. 143 - É facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do
período de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da
remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes.
(...)

CLT
Art. 144. O abono de férias de que trata o artigo anterior, bem como
o concedido em virtude de cláusula do contrato de trabalho, do
regulamento da empresa, de convenção ou acordo coletivo, desde
que não excedente de vinte dias do salário, não integrarão a
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remuneração do empregado para os efeitos da legislação do


trabalho.

CLT, Art. 143 (...)


§ 1º - O abono de férias deverá ser requerido até 15 (quinze)
dias antes do término do período aquisitivo.
(...)

Art. 58-A (...)


§ 6º É facultado ao empregado contratado sob regime de tempo
parcial converter um terço do período de férias a que tiver direito em
abono pecuniário.

IV.4 - Férias e rescisão do contrato

Súmula 171 do TST - Salvo na hipótese de dispensa do empregado


por justa causa, a extinção do contrato de trabalho sujeita o
empregador ao pagamento da remuneração das férias proporcionais,
ainda que incompleto o período aquisitivo de 12 (doze) meses (art.
147 da CLT)

Súmula 261 do TST


O empregado que se demite antes de complementar 12 (doze)
meses de serviço tem direito a férias proporcionais.

14 do TST - Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato


de trabalho (art. 484 da CLT), o empregado tem direito a 50%
(cinquenta por cento) do valor do aviso prévio, do décimo terceiro
salário e das férias proporcionais.

Art. 146 CLT


(...)
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Parágrafo único - Na cessação do contrato de trabalho, (...), o


empregado, desde que não haja sido demitido por justa causa, terá
direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de
acordo com o art. 130, na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês
de serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias.

Exemplo: se o empregado foi contratado em 15.05.17 e


teve o contrato rescindido em 31.10.17, são 5 meses inteiros (de
15/5 a 14/6;
de 15/6 a 14/7;
de 15/7 a 14/8;
de 15/8 a 14/9;
de 15/9 a 14/10)
e uma fração de 16 dias
de 15/10 a 31/10 - que será considerada
como mês inteiro.

Portanto, serão férias proporcionais de 6/12 acrescidas de


terço.

IV.5 - Férias coletivas

Art. 139 CLT - Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os


empregados de uma empresa ou de determinados estabelecimentos
ou setores da empresa.
(...)

Art. 139 CLT


(...)
§ 2º - Para os fins previstos neste artigo, o empregador comunicará
ao órgão local do Ministério do Trabalho, com a antecedência mínima
de 15 (quinze) dias, as datas de início e fim das férias, precisando
quais os estabelecimentos ou setores abrangidos pela medida.
§ 3º - Em igual prazo, o empregador enviará cópia da aludida
comunicação aos sindicatos representativos da respectiva categoria
profissional, e providenciará a afixação de aviso nos locais de
trabalho.

Art. 139 CLT


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(...)
§ 1º - As férias poderão ser gozadas em 2 (dois) períodos anuais
desde que nenhum deles seja inferior a 10 (dez) dias corridos.
(...)

Art. 140 CLT - Os empregados contratados há menos de 12 (doze)


meses gozarão, na oportunidade, férias proporcionais, iniciando-se,
então, novo período aquisitivo.

Art. 143 CLT


(...)
§ 2º - Tratando-se de férias coletivas, a conversão a que se refere
este artigo deverá ser objeto de acordo coletivo entre o empregador
e o sindicato representativo da respectiva categoria profissional,
independendo de requerimento individual a concessão do abono.

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