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8º SEMESTRE PEDIATRIA

➢ Rinofaringite aguda / nasofaringite


aguda (refriado comum)
➢ Rinossinusite aguda
➢ Otite média aguda
➢ Faringoamigdalite
➢ Laringite/laringotraqueobronquite
➢ Epiglotite

- Maioria dos casos:

➢ etiologia viral
➢ Tratamento sintomático

- Complicação

➢ infecção bacteriana secundária


➢ Tratamento com antibióticos

- Febre
- Rinorréia
- Espirros
- Obstrução nasal
- Odinofagia
- Tosse
- Inapetência

Lactente

➢ 5 a 8 episódios / criança / ano

Escola ou contato com crianças


escolares
- Geralmente ocorre acometimento difuso
das vias aéreas superiores ➢ 8 a 10 episódios / criança / ano
- Localização anatômica predominante – - Frequência alta
define a síndrome clínica - Morbidade

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- Importante causa de procura de ➢ Congestão da mucosa nasal e


serviços de saúde pediátricos faríngea e hiperemia das
membranas timpânicas (não faz
diagnóstico de OMA!!!)

Quadro sistêmico mais exuberante:


- Resfriado comum
- IVAS mais comum da infância ➢ queda de estado geral, febre alta,
mialgia importante, cefaléia,
prostração, hiporexia.

– Quase exclusivamente vírus Acometimento local mais intenso:

➢ rinovírus, coronavírus, vírus sincicial ➢ Maior inflamação da mucosa da


respiratório (VSR), parainfluenza, naso/orofaringes.
influenza, coxsackie, adenovírus e Maior chance de complicações:
outros mais raros
➢ pneumonia viral e infeções
➢ Inflamação do epitélio da
bacterianas secundárias.
nasofaringe: edema da mucosa,
aumento da produção de secreção
local com alteração dos
movimentos ciliares e descamação ➢ influenza (H1N1), parainfluenza,
celular. VSR, coronavírus...

➢ Locais: obstrução nasal, coriza,


espirros, tosse seca, odinofagia
leve.
➢ Sistêmicos: febre baixa, cefaléia
leve, mialgia leve.

➢ Em lactentes: inquietação, choro


fácil, recusa alimentar, vômitos,
alteração do sono e dificuldade
respiratória por obstrução nasal em
lactentes mais jovens; Processo inflamatório da mucosa nasal
➢ Em crianças maiores: cefaléia, → obstrução dos óstios dos seios
mialgias, calafrios. paranasais e tubária

➢ infecção bacteriana secundária


(sinusite e otite média aguda).
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Complicações bacterianas mais passivo, uso de mamadeiras


frequentes: OMA e sinusite aguda (mamar deitado), chupeta, baixo
nível socioeconômico.
➢ Suspeitar se: persistência de febre
além de 72 horas, ou prostração
mais acentuada.
➢ ALERTA: surgimento de dificuldade ➢ Anatomia: tuba auditiva mais curta
respiratória (taquipnéia, retrações e mais inclinada na criança até 3
ou gemência) → bronquiolite anos de idade, dificultando a
aguda, pneumonia ou laringite. ventilação da orelha média e
➢ Infecções virais: importante fator facilitando a progressão de vírus e
desencadeante de crise asmática bactérias (contiguidade).
➢ Imunologia: imaturidade
imunológica. A incidência diminui a
medida em que aumenta a
- Não existe tratamento específico.
produção de IgA, IgG e IgM
- Antibióticos não tratam resfriado
próprias.
comum e nem gripe.
- Controle de sintomas: antitérmicos, Normalmente precedida de um quadro de
analgésicos e lavagem nasal com soro resfriado comum, em que a infecção viral
fisiológico. predispõe uma infecção bacteriana
- Evitar: descongestionantes e xaropes. secundária (lesão epitelial).

- Infecção/inflamação da orelha média


com aumento na produção de secreção
e, consequente, aumento da pressão
intra-auricular.
- Uma das principais complicações do
resfriado comum.
- Uma das doenças infecciosas mais
comuns em pediatria: até os 3 anos de
idade, 85% das crianças já apresentaram
ao menos um episódio de OMA. ➢ Vírus: até 40% dos casos, a
depender da faixa etária.
➢ Bactérias: pneumococos, H.
influenzae e Moraxella catarrhalis.
➢ Do hospedeiro: idade < 3 anos,
fenda palatina, síndrome de Down,
DRGE, atopias, falta de aleitamento
materno.
➢ Ambientais: inverno,
creches/escolas, tabagismo

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- História clínica + Exame físico. - Sintomáticos: analgésicos e anti-


- Não há um padrão-ouro para o térmicos.
diagnóstico da OMA
- Antibióticos: amoxacilina,
- Diferenciar:
amoxacilina+clavulanato, azitromicina (7 a
➢ OMA – de etiologia bacteriana 10 dias).
➢ efusão da orelha média - infecções
- Opção: observação clínica e controle
virais
de sintomas nas primeiras 72 horas em
➢ MT levemente opaca + hiperemia
crianças maiores de 2 anos e sem sinais
difusa leve ou moderada +
de alarme. No entanto, há dificuldade no
ausência de abaulamento: sugere
seguimento próximo desses doentes.
OMA viral.
➢ MT opaca + hiperemia intensa + - Sinais de alarme/gravidade: otalgia
presença de abaulamento + intensa, febre alta, toxemia, outras
diminuição da mobilidade: sugere infecções associadas, deformidades
OMA bacteriana. craniofaciais, imunodeficiência.
- Complicações: mastoidite, meningite,
OMA recorrente, resistência
antimicrobiana.

Infecção bacteriana dos seios paranasais,


com duração menor de 30 dias, no qual
os sintomas desaparecem completamente

Agentes mais comuns:

➢ Streptococcus pneumoniae
➢ Haemophilus influenzae não-tipável
➢ Moraxella catarrhalis

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- Orofaringe: gota purulenta pós-nasal

- clinico

➢ sinusite crônica
➢ osteíte frontal
➢ osteomielite maxilar
- Início pode ser lento ou súbito ➢ celulite periorbitária
- IVAS passa a se prolongar por mais de ➢ abscesso orbitário e subperiosteal
10 dias ➢ meningite
- Ou, após período de melhora clínica, ➢ trombose de seio cavernoso e
há persistência ou retorno dos sintomas sagital superior
nasais (obstrução e secreção nasal ➢ abscesso epidural
purulenta). ➢ empiema subdural
- Halitose ➢ abscesso cerebral
- Tosse diurna, com piora à noite
- Febre

- Formas moderadas a graves: - Sintomáticos e suporte


- Lavagem nasal
➢ edema palpebral
- Antibioticoterapia:
➢ cefaléia
➢ prostração ➢ Amoxicilina: é ainda a droga de
➢ desconforto ou dor, espontâneos primeira escolha. Dose: 60-
ou provocados, no local do(s) 80mg/kg/dia, VO, 8/8h, por 14-21
seio(s) afetado(s) dias.
➢ Cefuroxima ou amoxicilina
- A celulite periorbitária é um sinal de
associada ao ácido clavulânico: em
etmoidite.
casos de suspeita de agentes
produtores de betalactamase (dado
epidemiológico ou ausência de
- Congestão da mucosa nasal e presença resposta ao tratamento com
de secreção purulenta no meato médio. antimicrobianos de primeira
escolha)
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➢ Claritromicina e azitromicina são ➢ sintomas gerais: cefaléia, mialgia,


outras alternativas de tratamento. queda de estado geral, vômitos...
➢ hipertrofia, hiperemia, petéquias e
- Está indicada a substituição do
exsudato faringotonsilar.
antimicrobiano inicial, se não houver
➢ linfadenopatia submandibular
atenuação das manifestações em 72
dolorosa.
horas.
- Casos graves devem ser hospitalizados - Teste de detecção do antígeno
e tratados com antibióticos intravenosos estreptocócico (ASLO).

Consideração especial: mononucleose


infecciosa.

- “Doença do Beijo”.
- Etiologia viral: EBV.
- Altamente linfonotrópico: causa edema
difuso do tecido linfático (linfadenopatia
em várias cadeias) com hipertrofia
importante das tonsilas palatinas,
inclusive com exsudato, esplenomegalia e
hepatomegalia.

- Diagnóstico difícil. Normalmente


suspeitado após falha do tratamento com
antibióticos. “Monoteste" e sorologias
podem ajudar, mas são de difícil
interpretação em crianças menores de 5
- Função das amígdalas é imunológica:
anos.
produção de imunoglobulinas. “Primeira
- Rash cutâneo após uso de amoxacilina
linha de defesa do trato respiratório”.
é característico do quadro.
Principal etiologia é viral. Na maioria das - Sem tratamento específico.
vezes o uso de antibióticos não está
indicado.

- Quando bacteriana: Estreptococo beta-


hemolítico do grupo A.
- Rara antes dos 3 anos de idade: IgG
materna ainda presente e amígdalas em
desenvolvimento.

- anamnese + exame físico.

➢ febre alta.
➢ odinofagia.
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A.Não supurativas: Febre reumática e - Tonsilectomia / Amidgalectomia.


glomerulonefrite aguda. - Principal indicação: obstrução de via
B. Supurativas: abscessos (peritonsilar, aérea superior.
retrofaríngeo, cervical). - Classificação de Brodsky para
C. Escarlatina: reação de determinar o grau de obstrução de
hipersensibilidade às toxinas do EBHA. acordo com o tamanho das amígdalas.
- Amigdalites recorrentes: mais de 7
episódios por ano.

- Quadros virais (incluindo Observação: tetraciclinas e sulfonamidas


mononucleose): alívio dos sintomas, não devem ser utilizadas no tratamento
hidratação e atenção para sinais de de FAE.
complicação.

- Quadros bacterianos: uso de


antibióticos encurta a evolução da
doença e reduz o risco de complicações.

Antibióticos de escolha: penicilina e


amoxacilina (10 dias para evitar FR).

Opções para casos de alergia:


macrolídeos e cefalosporinas.

Faringoamigdalite Aguda Estreptocócica

➢ Penicilina G benzatina: garante o


tratamento em casos de suspeita
de má adesão ao tratamento.
➢ Doses: <27kg: 600.000 U, IM, dose
única. >27kg: 1.200.000 U, IM, dose
única.
➢ Por via oral:

– Amoxicilina: 40-50 mg/kg/dia, VO, 8/8


horas ou 12/12 horas, por 10 dias.
– Eritromicina estolato (alérgicos a - Som produzido pela passagem de ar
penicilina): 20- 40mg/kg/dia, em 2-3 por uma via aérea de grosso calibre
tomadas por dia, por 10 dias. estreitada.
– Cefalexina: dose: 30mg/kg/dia, 8/8h, - Vias aéreas superiores:
por 10 dias.
A. Supraglóticas: ausência de cartilagem
permite fácil colabamento. Estridor

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principalmente inspiratório e com grande - Apresentação clínica inicial de resfriado


potencial de gravidade. comum, evoluindo com obstrução de via
aérea superior em graus variados.
B. Glóticas e subglóticas: das cordas
vocais até a traquéia (antes da entrada - Grande maioria é leve, sem obstrução
no tórax). A sustentação cartilaginosa aérea importante.
impede parcialmente o colapso. Estridor - Atenção para sinais de insuficiência
pode aparecer tanto na inspiração respiratória.
quanto na expiração.

– Laringite espasmódica (estridulosa):


bastante comum. Em geral, não há
pródromos de infecção viral, nem febre.
Surgimento de dificuldade respiratória, de
início mais ou menos súbito, ao final da
tarde ou à noite e após deitar. Os
sintomas costumam regredir
espontaneamente, auxiliados pela melhora
com umidificação do ambiente, ou com a
saída para a rua, em busca de
atendimento médico. Antecedentes
atópicos pessoais ou familiares ou
associação com refluxo gastresofágico
podem ocorrer

– Epiglotite aguda: febre alta, dor ou


dificuldade para deglutir até a própria
saliva (sialorréia), ausência de rouquidão,
prostração e toxemia;

– Malformação congênita de via aérea:


as mais freqüentes são laringomalacia,
traqueomalacia e estenose subglótica.
- “Síndrome do Crupe”.
- Comumente de etiologia viral: – Corpo estranho: história de episódio
parainfluenza, influenza e VSR. inicial de sufocação, engasgo, crise de
- A inflamação do epitélio se inicia na tosse ou cianose. Relato freqüente de
nasofaringe e se dissemina por sintomas com início súbito;
contiguidade através do trato respiratório. – laringotraqueíte bacteriana: muitas
- De acordo com o nível acometido, os vezes secundária a IVAS viral. Há febre
sinais e sintomas serão variados.

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alta, toxemia, refratariedade ao Suporte ventilatório e antibioticoterapia


tratamento de suporte; de amplo espectro.

– laringite diftérica: ausência ou


vacinação incompleta para difteria.
Presença de placas na orofaringe e
toxemia;

– laringoedema alérgico: história de uso


de medicação sistêmica ou contato com
substâncias, inclusive inalatórias,
resultando em reação anafilática;

– abscesso retrofaríngeo: febre com Ç


exame clínico da orofaringe característico.

- Alimentação leve, pequenas porções


- Hidratação
- Umidificação ambiente
- Corticóide – dexametasona
- Inalação com adrenalina – estridor
laríngeo

- Infecção bacteriana, supraglótica, com


rápida evolução para sepse e
insuficiência respiratória grave.
- Incidência vem diminuindo graças a
ampla cobertura vacinal.
- Principal agente: Haemophilus
influenza.

desconforto respiratório progressivo, com


piora durante o choro ou agitação e
sinais de sepse/toxemia.

- anamnese + exame físico.

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