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MINISTÉRIO DA DEFESA

COMANDO DA AERONÁUTICA
DEPARTAMENTO DE ENSINO DA AERONÁUTICA

POLÍCIA DA AERONÁUTICA I

CFSD

MATERIAL DIDÁTICO – USO EXCLUSIVO EM INSTRUÇÃO


MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
DEPARTAMENTO DE ENSINO DA AERONÁUTICA

POLÍCIA DA AERONÁUTICA I

Apostila da Disciplina, Policia da Aeronáutica I,


do Curso de Formação de Soldados.

Elaborador: BINFAE-RF

BRASÍLIA, DF
2015
SUMÁRIO

1 ORGANIZAÇÃO E EMPREGO DA COMPANHIA DE PA ........................................... 4


1.1 Estrutura Básica e Atribuições .......................................................................................... 4
1.2 Estruturação ....................................................................................................................... 6
1.3 Atribuições .......................................................................................................................... 6
1.4 Aspectos Legais da Ação da PA ........................................................................................ 6
1.5 Uso da Força e Regras de Engajamento ........................................................................... 7
1.6 Emprego das comunicações rádio na Segurança e Defesa (SEG/DEF) ......................... 8
2 CONSIDERAÇÕES SOBRE O PODER DE POLÍCIA .................................................... 8
2.1 O poder de Polícia e seus atributos ................................................................................... 9
3 CONTROLE DE PESSOAL E DE VEÍCULOS .............................................................. 10
3.1 Tratamento com público .................................................................................................. 10
3.2 Dispositivo de Identificação ............................................................................................. 11
3.3 Identificação de Pessoas e de Veículos ............................................................................ 11
3.4 Controle de acesso às Instalações .................................................................................... 12
3.5 Fiscalização e Controle de Trânsito ................................................................................ 12
3.6 Acidentes de Veículos ....................................................................................................... 12
3.7 Os acidentes poderão ser classificados: .......................................................................... 12
3.8 Causas dos Acidentes ....................................................................................................... 12
3.9 Local do Acidente ............................................................................................................. 13
4 PRESERVAÇÃO DE LOCAL DE CRIME...................................................................... 13
4.1 Generalidades ................................................................................................................... 13
4.2 Procedimentos ................................................................................................................... 14
4.3 Arrolamento das Testemunhas ....................................................................................... 14
5 USO DE CASSETETE OU BASTÃO POLICIAL........................................................... 14
5.2 Transporte e empunhadura ............................................................................................ 15
5.3 Tipos de guarda e de saque .............................................................................................. 16
5.4 Técnicas defensivas e ofensivas ....................................................................................... 19
5.5 Técnicas de alavancas e imobilização ............................................................................. 23
6 FISCALIZAÇÃO E CONTROLE DE TRÂNSITO ........................................................ 26
6.1 Código de Trânsito Brasileiro ......................................................................................... 26
6.2 Sinais e Gestos para Controle de Trânsito ..................................................................... 28
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 32

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CONCEITUAÇÃO

A Polícia da Aeronáutica é setor especializado da Infantaria da Aeronáutica


encarregado da fiscalização das vias internas e locais comuns das Organizações da
Aeronáutica, no que diz respeito ao trânsito de veículos e pessoas, à proteção de bens móveis
e imóveis, à correção dos uniformes dos militares, ao cumprimento dos regulamentos, normas
e ordens de Comando; da execução de mandados de busca e apreensão e de prisão; da escolta
de presos e outros; da proteção ostensiva às autoridades e da formação e manutenção de
motociclistas. Quando determinado, encarrega-se ainda do controle de trânsito de veículos e
pessoas e de tumultos, em áreas externas às Organizações da Aeronáutica.

Figura 01 - SUBORDINAÇÃO DA CPA NO ORGANOGRAMA DO BINFAE

1 ORGANIZAÇÃO E EMPREGO DA COMPANHIA DE PA

1.1 Estrutura Básica e Atribuições


A Companhia de Polícia da Aeronáutica no âmbito de BINFAE é subordinada a Seção
de Operações que é subordinada diretamente ao Comandante.
A Companhia de Polícia da Aeronáutica no âmbito de BINFA é subordinada ao
Subcomandante.

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Figura 02 – Subordinação da CPA no organograma do BINFA

O Pelotão de Polícia da Aeronáutica no âmbito de CINFAI é subordinada ao Comando.

Figura 03 – Subordinação da CPA no organograma da CINFAI

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1.2 Estruturação
1.2.1 A CPA é constituída de:
 Comandante;
 Pelotão de Polícia da Aeronáutica (PPA); e
 Seção de Comando (SCD).

A Companhia de Polícia deverá ser estruturada com um mínimo de 02 (dois) e um


máximo de 04 (quatro) PPA.
A CPA poderá ser acrescido de um Pelotão de Motociclistas da Aeronáutica (PMA), um
Pelotão de Pronto Emprego (PPE) e um Pelotão de Cães de Guerra (PCG) ou um Pelotão de
Polícia Montada (PPM) ativados por ato específico.

1.3 Atribuições
1.3.1 A Companhia de Polícia da Aeronáutica tem por finalidade:
 o controle do pessoal civil e militar da Unidade;
 o controle de trânsito interno e externo de viaturas;
 o preparo militar e profissional de seus integrantes;
 a segurança pessoal de autoridades;
 a execução de diligências e capturas; e
 a execução de outros encargos inerentes à sua atividade de polícia militar.

1.4 Aspectos Legais da Ação da PA


O P.A. está investido da autoridade de controlar a conduta dos outros soldados. Essa
autoridade deve ser cumprida de tal modo que não venha comprometer a moral das tropas e
sua dignidade, nem o prestígio da lei e do Comando.
O Comando não tem interesse pelo modo por que o soldado emprega o seu tempo livre
e só controla quando os seus atos constituem descrédito para o serviço militar ou são
prejudiciais à saúde e ao bem estar.
O Policial da Aeronáutica merece o respeito e acatamento de todos. A resistência a um
Policial que esteja empenhado em compelir alguém ao cumprimento da lei é crime militar
previsto no C.P.M. (artigo 299: Desacatar militar no exercício de função de natureza militar
ou em razão dela).

O dever primordial do Policial é prevenir transgressões ou crimes, deter e apresentar à


autoridade os transgressores e eventualmente, escoltá-los.
No cumprimento de seu dever, o Policial da Aeronáutica deve ficar empolgado pela
intenção de auxiliar e servir. Deve agir sempre com muita cautela e prudência no

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cumprimento de seus deveres. Não pode punir os transgressores de leis, regulamentos
militares e nem permitir que pessoas sob seus cuidados sejam maltratadas ou insultadas. O
abuso de autoridade por parte do Policial deve ser severamente punido.
Não estando de serviço, o Policial não tem autoridade Policial a não ser a que permite a
todo cidadão efetuar prisões (Flagrante delito). Tem nesse caso a mesma situação, direitos e
privilégios dos demais soldados. Mas quando de serviço, exerce sua autoridade sobre todo o
pessoal das Forças Armadas, inclusive sobre Oficiais.
Quando obrigado a recorrer à força para manter sua autoridade, deve fazê-lo o mais
parcimoniosamente possível.
Para o bom desempenho de suas tarefas, o P.A. deve exigir o respeito dos Oficiais e
Praças com os quais entrarem em contato. Os melhores meios para assegurar este respeito são:
o conhecimento perfeito de seus deveres; pelo conhecimento prático da técnica de ataque e
defesa, apropriado aos casos em que se fizer mister o emprego da força; pelo o cumprimento
rápido e perfeito de suas tarefas; pela demonstração de coragem, iniciativa, moderação,
julgamento criterioso dos fatos; e pelo tato e urbanidade.
Do policial se exige que possua um excelente conhecimento da legislação pertinente ao
seu serviço e deverá existir sempre uma preocupação do Comando com a manutenção de um
plano de instrução, a fim de atingir este objetivo, sendo a legislação básica:
 Constituição da República Federativa do Brasil;
 Código de Processo Penal Militar;
 Código Penal Militar;
 Regulamento Interno de Serviços da Aeronáutica;
 Regulamento Disciplinar da Aeronáutica;
 Estatuto dos Militares;
 Regulamento de Honras e sinais de Respeito e Cerimonial das Forças Armadas; e
 Estatuto da Criança e do Adolescente.

1.5 Uso da Força e Regras de Engajamento


Caracteriza-se por uma série de instruções pré-definidas na NOSDE PRO 04A, que
orientam o emprego das unidades que se encontram na área de operações, consentindo ou
limitando determinados tipos de comportamento, em particular o uso da força, a fim de
permitir atingir os objetivos políticos e militares estabelecidos pelas autoridades responsáveis.
Dizem respeito à preparação e à forma de condução tática dos combates e engajamentos,
descrevendo ações individuais e coletivas, incluindo as ações defensivas e de pronta-resposta.

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1.5.1 Legalidade do Emprego da Força
ART. 234 (CPPM) “O emprego da força só é permitido quando indispensável, no caso
de desobediência, resistência ou tentativa de fuga. Se houver resistência da parte de terceiros,
poderão ser usados os meios necessários para vencê-la ou para defesa do executor e seus
auxiliares, inclusive a prisão do ofensor. De tudo se lavrará o auto, subscrito pelo executor e
por duas testemunhas”.

1.5.2 Uso Progressivo da Força


O militar investido legalmente de autorização para fazer uso da força, quando age, o
está fazendo em nome do seu Comandante/Chefe/Diretor de OM e deve observar as
prescrições legais, fiscalizar a obediência às leis, ordens e regulamentos.
O uso da força está associado à resposta a atos hostis contra pessoal, equipamento,
material e instalações do COMAER. Tal resposta tem por finalidade dissuadir, neutralizar ou
eliminar agentes adversos à segurança.

1.5.3 Regras de Engajamento


No contexto do Uso Progressivo da Força, Regras de Engajamento (RE) constituem um
conjunto de normas estabelecidas para orientar a conduta dos militares em determinada
missão ou serviço, em função dos Exames de Situação e observados os procedimentos
contidos nos procedimentos para engajamento.
A difusão das RE deverá ser garantida pela sua inserção em ordens operacionais no
Plano de Segurança e Defesa (PSD); e nas Normas Padrão de Ação (NPA).

1.6 Emprego das comunicações rádio na Segurança e Defesa (SEG/DEF)


A comunicação rádio é norteada na NOSDE PRO-05 (COMUNICACÕES). Nessa
NOSDE encontramos todas as informações sobre a utilização dos equipamentos, desde a
conservação até a forma correta de empregar a fraseologia, o alfabeto fonético e o código Q.

2 CONSIDERAÇÕES SOBRE O PODER DE POLÍCIA

PODER DE POLÍCIA é a faculdade, inerente à Administração Pública, que esta detém,


para disciplinar e restringir as atividades, o uso e gozo de bens e de direitos, bem como, assim
as liberdades dos administrados, em benefício da coletividade. Na prática, o detentor do Poder
de Polícia tem o direito de ir e vir previsto no artigo 5º da Constituição. Poder de Polícia não
pode ser confundido com o poder de prender pessoas, pois o poder de polícia dá ao PA a

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autoridade para impedir acessos, parar e abordar, bloquear vias, mandar sair de algum lugar,
etc.

O militar da FAB deve agir nas áreas militares da Aeronáutica. Quando um PA está
numa missão de controle de trânsito em uma solenidade ocorrida numa Base Aérea e impede
o acesso de um veículo a determinada área, está exercendo o seu poder de polícia.
2.1 O poder de Polícia e seus atributos

Os atributos do Poder de Polícia São: discricionariedade, exigibilidade, coercibilidade e


autoexecutoriedade.

1 – DISCRICIONARIEDADE – está presente na maior parte dos atos de polícia –


agente PA pode avaliar o melhor momento de agir, bem como quais condutas
tomar para executar o poder de polícia, bem como pode escolher quais as
sanções mais adequados.

2 – EXIGIBILIDADE OU INTERATIVIDADE Possibilidade de a Administração


impor unilateralmente obrigações ao particular, independentemente de sua
concordância, de forma coativa. O PA manda, a pessoa é obrigada a atender.

3 – COERCIBILIDADE É o poder da Administração usar a força para


constranger um infrator ao cumprimento dessa obrigação.

4 – AUTOEXECUTORIEDADE Possibilidade de a Administração executar o ato


de polícia por seus próprios meios, independente de Judiciário. Para ser
praticada, a autoexecutoriedade necessita de previsão legal ou então o caso
deve ser de urgência (situação em que a inação trará prejuízo público grave,
exigindo resposta imediata).

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O poder de polícia tem como limites:
1) a necessidade (só ser usado havendo real necessidade de intervenção da
Administração);

2) a legalidade (atuação conforme o prescrito em lei);

3) o princípio da proporcionalidade se uma medida é suficiente para proteger o


interesse público, não se deve aplicar outras mais rigorosas - proibição do
excesso.

3 CONTROLE DE PESSOAL E DE VEÍCULOS

3.1 Tratamento com público


As técnicas de atendimento ao público visam valorizar a importância do primeiro
contato, direto/indireto, dos militares do Comando da Aeronáutica com o público no
desempenho de suas funções. O atendimento pode ser pessoalmente ou por telefone, mas
sempre há a possibilidade de se comunicar da maneira certa e evitar aborrecimentos.

O PA, no desempenho de uma missão, pode interagir tanto com o público interno, ou
seja, outros militares da FAB, quanto com o público externo.
Independente de quem seja a outra pessoa, civil ou militar, mais antigo ou mais
moderno, o PA deve ter em mente que a sua atitude pode gerar cooperação ou reação. A
educação no trato com as pessoas sempre facilitará a cooperação.
Quando o PA estiver recepcionando ou identificando, deve mostrar atenção e
cordialidade em todas as ações.
A apresentação pessoal é outro fator que pode ajudar ou atrapalhar no atendimento ao
público. Por isso, o PA deve estar dempre:
 bem barbeado;
 com o cabelo cortado;

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 com a farda limpa e bem passada; e
 com a postura corporal bem aprumada.

Em alguns casos, o PA precisa dar uma ordem, restringir um acesso, ou seja, usar o seu
poder de polícia. Mesmo assim, há espaço para a educação. Por exemplo, você precisa
solicitar o documento de identidade de uma pessoa. Você pode dizer “me dá o seu
documento”, ou dizer “por favor, o senhor pode me entregar o documento de
identidade?”. Em qual dos dois casos a pessoa vai permanecer calma? Qual a chance de a
pessoa tentar “bater boca”?
Caso o problema não possa ser resolvido por você, seja por ser função de outro militar,
seja porque a pessoa atendida está se exaltando, peça calma e pausadamente que a pessoa
aguarde, que você chamará um superior para ajudá-la. Esse termo “para ajudá-la” mostra boa
vontade e dificulta que a pessoa descarregue o nervosismo em você.
Por último, o PA deve demonstrar pleno conhecimento das normas e das suas
obrigações. O molitar que tem certeza cala com firmea e é obedecido. Já a vacilação e
expressões do tipo “acho”, “pode ser”, “não sei” demonstram fragilidade e a autoridade do PA
pode ser perdida.

3.2 Dispositivo de Identificação


A NOSDE PRO-02 (IDENTIFICAÇÃO DE PESSOAL) norteia os procedimentos de
identificação de Pessoal no COMAER. Neste documento constará o Sistema de Crachá a ser
adotado no COMAER.

3.3 Identificação de Pessoas e de Veículos


A NOSDE PRO-02 (IDENTIFICAÇÃO DE PESSOAL) norteia os procedimentos de
identificação de Pessoal no COMAER. Propicia um meio padronizado, prático, seguro e
eficaz para a identificação e o controle de pessoal, que têm ingresso autorizado nas OM do
COMAER, evitando, assim, embaraços nas verificações, sem deixar de atender às precauções
de segurança recomendadas e evitando o ingresso ou a permanência de pessoal não autorizado
no interior das OM do COMAER.
A NOSDE PRO-01 (IDENTIFICAÇÃO DE VEÍCULOS) norteia os procedimentos de
identificação de Veículos no COMAER. Propicia um meio padronizado, prático, seguro e
eficaz para a identificação e o controle de veículos, que têm acesso e trânsito autorizado nas
OM do COMAER, evitando, assim, congestionamentos e embaraços nas verificações, sem
deixar de atender às precauções de segurança recomendadas.

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3.4 Controle de acesso às Instalações
A NOSDE PRO-03 (Controle de Acesso a Instalações) norteia os procedimentos de
Controle de Acesso a Instalações no COMAER. Orienta e padroniza a organização, os
procedimentos gerais e a dotação dos recursos humanos e materiais para o controle de acesso
a instalações do COMAER a fim de incrementar o grau de segurança nestas instalações.

3.5 Fiscalização e Controle de Trânsito


Dentre os diversos deveres do Policial da Aeronáutica, existem aqueles que são
chamados de deveres peculiares, vejamos então:
 Regularizar o tráfego em pontos críticos, tais como passagem estreita,
cruzamentos de estradas, desfiladeiros que permitam trânsito em único sentido;
 Executar as ordens regulamentares do tráfego;
 Patrulhar as estradas;
 Determinar, em caso de emergência, novos itinerários para o tráfego;
 Tomar providências em caso de acidentes no tráfego;
 Desembaraçar o tráfego congestionado;
 Prestar informações sobre a circulação do tráfego;
 Informar sobre o estado de conservação das estradas e sobre as reparações que
se fizeram necessárias;
 Fazer recomendações sobre o controle do tráfego e sobre melhoramentos nas
estradas;
 Realizar os reconhecimentos necessários ao controle do tráfego, para que se
possam cumprir, mais fácil e apropriadamente os deveres acima.

3.6 Acidentes de Veículos


Acidente é uma ocorrência com uma viatura, causando danos graves ou leves a pessoas,
ou danos materiais.

3.7 Os acidentes poderão ser classificados:


Acidentes graves – É assim considerado quando causa a morte de pessoas ou lesões
sérias, ou danifica seriamente a viatura.
Acidentes leves – É como o nome indica, um acidente que não apresenta características
graves pessoais ou materiais.

3.8 Causas dos Acidentes


 Desrespeito ao sinal.

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 Desrespeito a mão e contramão.
 Desrespeito aos sinais convencionais manuais.
 Excesso de velocidade.
 Diversos (casos não previstos)
 Imperícias.
 Negligência.
 Imprudência.
 Deficiência orgânica.
 Falta de experiência.
 Inabilitação.

3.9 Local do Acidente


Sempre que se chegar ao local de acidente devemos observar o seguinte:
 Socorro imediato aos feridos se houver;
 Tomar todas as providências para identificar os feridos e falecidos, se houver;
 Examinar o local, anotando os indícios que possam servir mais tarde, e que
com o tempo tendem a desaparecer;
 Freiadas;
 Derrapagens;
 Posição dos veículos;
 Posição das vítimas e feridos;
 Situação da pavimentação;
 Condições do tempo na hora da acidente;
 Estado do motorista ou dos motoristas quanto a embriaguez;
 Observar o preenchimento da “Ficha de acidentes”; e
 Se possível, tirar as fotografias, que julgar necessárias.

4 PRESERVAÇÃO DE LOCAL DE CRIME

4.1 Generalidades
Local de Crime é toda área onde tenha ocorrido um fato que assuma a configuração de
delito, demonstrando que haverá repercussão judiciária do fato e que, portanto, exija
providências específicas (homicídios, suicídios, acidentes ou morte suspeita, etc.).
Levantamento do Local de Crime é o estudo detalhado do local, onde foi praticado o
delito, por meio da observação pessoal, dos croquis, das fotografias, das manchas, das
impressões datiloscópicas, da moldagem etc., sempre subordinados às condições específicas
do delito, e realizados por equipe pericial especializada.

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4.2 Procedimentos
 Contato com o solicitante, se for o caso.
 Dimensionamento das proporções do campo pericial a ser preservado.
 Aproximar-se do local de crime e observá-lo, avaliando-o, sem que seja
alterados seu estado, disposição e campo para o exame de corpo de delito,
enquanto necessário.
 Relacionar os meios necessários (fitas zebrada, faixas, cordas, cavaletes, cones,
lonas,tábuas, arames, estacas, e outros) ao seu completo isolamento.
 Comunicar o Esc Sup (Escalão Superior).
 Manutenção do isolamento do local de crime. O militar deverá inicialmente
manter um perímetro para o local de crime, dificultando o acesso de pessoas
estranhas ao campo pericial.
 Procurar entender os sentimentos dos parentes, amigos ou conhecidos da(s)
vítima(s)sem contudo deixá-las prejudicar o campo pericial.
 Solicitar apoio, se necessário.
 Dar sequência nas comunicações necessárias, transmitindo o evento delituoso
ao seu sucessor na preservação do local;
 Cuidados especiais deverão ser adotados com relação a imprensa, deve receber
orientação devida do Esc Sup para comunicar a imprensa.
 Registro das pessoas que realizaram o levantamento do local de crime e
daqueles que foram responsáveis pelas coisas objetos do crime (cadáver,
armas, instrumentos, etc).
 Relacionar corretamente os objetos envolvidos mais diretamente à preservação
do campo pericial.
 Suspender a preservação mediante ordem do Esc Sup.
4.3 Arrolamento das Testemunhas
Escolher uma pessoa que viu, ouviu o ocorrido ou que ouviu dizer a cerca do ocorrido.
Preferência para a pessoa que viu o fato, que tenha residência fixa e endereço fixo de seu
trabalho e disposta a depor em juízo.

5 USO DE CASSETETE OU BASTÃO POLICIAL


5.1 Conceituações e especificações

Atualmente, a tonfa é uma das armas não-letais mais utilizadas nas unidades militares. É
importante ressaltar que a tonfa foi adotada por permitir o uso de técnicas de controle, que

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diminuem o risco de lesões mais graves nos agressores o que pode gerar uma condenação
perante a opinião pública.
No conceito de gradiente de força, a utilização da tonfa pressupõe que já ouve uma
agressão física ao agente de segurança.

5.2 Transporte e empunhadura

O transporte da tonfa pode ser realizado utilizando-se o acessório porta-tonfa que é


usada na linha da cintura, normalmente do lado reacionário.
Esse tipo de porte são utilizados pelos agentes de segurança que precisam agir com
discrição e não podem causar constrangimento a população.

Figura 04 Figura 05
Havendo uma escalada da violência, o Policial da Aeronáutica poderá sacar a tonfa
como forma de intimidação do suspeito, a atitude embora possa parecer violenta, mas, pode
muitas vezes evitar o confronto. A empunhadura assume uma grande importância, uma vez
que, ao ser bem empregada, mostrar-se à boa efetividade, os tipos de ângulos de ataque
principais que serão empregados, os tipos de técnicas de chave de braço, condução ou
imobilização e a força colocada no golpe. O grande segredo das técnicas empregadas com a
tonfa consiste em primeiro lugar em saber qual empunhadura será usada para aplicar o golpe
desejado. Sendo assim, esta arma concede maior margem de segurança, devido ao seu
tamanho, ao mesmo tempo em que a empunhadura permite que o instrumento seja facilmente
transformado em uma extensão do braço do agente de segurança, o que permite maior número
de técnicas defensivas e ofensivas.

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Figura 06 Figura 07 Figura 08

5.3 Tipos de guarda e de saque


Existem quatro tipos de guardas: guarda curta, longa, martelo e gancho. Na guarda
curta, a tonfa fica na posição horizontal, os dedos envolvem a empunhadura da tonfa, o cabo
fica voltado para frente e o corpo principal se encaixa no antebraço do agente de segurança. A
empunhadura permite golpes contundentes com a base do cabo, ataques em corte, ataques e
defesas com giro de pulso e várias chaves de braço.

Figura 09

Já a guarda longa, a tonfa fica na posição horizontal, os dedos envolvem a empunhadura da


tonfa, o corpo principal fica voltado para frente e o cabo se encaixa no antebraço do agente de
segurança. A empunhadura permite golpes contundentes com a ponta, ataques em corte,
ataques e defesas com giro de pulso e várias chaves de braço.
No caso da guarda martelo, a tonfa pode ficar na posição horizontal ou vertical, os
dedos envolvem a o corpo principal a aproximadamente cinco cm da ponta, a empunhadura
assume o desenho de um martelo. A empunhadura permite golpes contundentes com a cabeça
do martelo ou executar chaves de braço.

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Figura 10 Figura 11

Diferente da guarda martelo, a guarda gancho deverá ter a tonfa somente na posição
horizontal, os dedos envolvem a o corpo principal a aproximadamente 05 cm (cinco
centímetros) da ponta, a empunhadura assume o desenho de um gancho. A empunhadura
permite conduções, chaves de braço e golpes de projeção do adversário.

Figura 12
Por conseguinte, devemos utilizar as técnicas de saque, que são duas: o saque cruzado e
o dissimulado. No saque cruzado, a tonfa fica posicionada no lado reacionário, ou seja, a mão
forte fica livre, principalmente para o uso da arma de fogo. Se a situação não exige o uso de
força letal, usamos a mão forte (que temos maior força e habilidade motora) para efetuar o
saque. Esse saque pode ser feito de duas formas, com e sem giro de pulso. O giro de pulso
serve para afastar ou atacar um agressor que tente avançar contra o policial da aeronáutica.
Existem diversos níveis de linguagem, verbal e não verbal que podem potencializar a intenção
de parar o agressor. Podemos simultaneamente ao saque da tonfa fazer um comando com a
mão reacionária de “pare” (sinal não verbal) junto com um comando vocal de “pare” (sinal
verbal).

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Figura 13 Figura 14 Figura 15 Figura 16 Figura 17
Esse é chamado saque dissimulado . Esse tipo de saque é para uma situação onde o
policial da aeronáutica percebe que o suspeito pode tentar uma agressão e preventivamente,
faz o saque da tonfa. A tonfa passa pelas costas evitando que o suspeito perceba o saque, desta
forma não aumentando a agressividade.

Figura 18

18
Figura 19 Figura 20 Figura 21 Figura 22 Figura 23

5.4 Técnicas defensivas e ofensivas

Sequência de movimentos com uso da tonfa, destinados às Companhias de Polícia da


Aeronáutica

Figura 24 Figura 25
A. “Posição inicial com tonfa”; B. Defesa baixa interna longa e
giratória;

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Figura 26 Figura 27
C. Defesa baixa interna longa e giratória; D. Defesa baixa externa curta martelo;

Figura 28 Figura 29
E. Defesa baixa externa curta F. Defesa alta

Figura 30 Figura 31
G. Defesa alta “sem tonfa” H. Defesa média curta

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Figura 32 Figura 33
I. Defesa média curta J. Braços recolhidos

Figura 34 Figura 35
L. soco curto direito M. soco curto esquerdo “sem tonfa”

Figura 36 Figura 37
N1. Cruzado N2. Cruzado

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Figura 38 Figura 39
N3. Cruzado O1. Cruzado e soco curto

Figura 39 Figura 40
O2. Cruzado e soco curto O3. Cruzado e soco curto

Figura 41 Figura 42
O4. Cruzado e soco curto P. “Posição final com tonfa”

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5.5 Técnicas de alavancas e imobilização

As técnicas de controle buscam restringir os movimentos e cessar a agressão do


transgressor. O importante quando falamos em técnicas de controle, é definir duas técnicas
básicas – chaves de braço ou estrangulamentos. Ambas as técnicas tem sua eficiência atrelada
ao limiar da dor do infrator. Quanto maior a dor, maior será proporcionalmente o domínio
sobre o infrator. As técnicas aqui apresentadas devem ser usadas com muito cuidado. Há o
risco de lesões nas articulações, na traquéia, além da restrição da capacidade respiratória,
podendo a técnica ser fatal ao transgressor. Não sendo também recomendada em pessoas que
estão drogadas, bêbadas, com idade avançada ou tenha sabidamente algum problema
cardíaco.

Figura 43 Figura 44
Esse posicionamento dificulta uma reação, permitindo maior segurança na condução de
detido. Observe no primeiro quadro, que o agente de segurança envolve o pescoço do infrator
com a mão reacionária , ao mesmo tempo em que segura a ponta da tonfa, permitindo uma
melhor retenção da arma . O corpo do policial da aeronáutica pode ficar fora do alcance do
agressor que pode tentar uma reação, principalmente com a mão que está livre.

23
Figura 44 Figura 45

Uma resposta a qualquer tentativa de reação do agressor, pode ser levá-lo ao solo, onde
é melhor a capacidade de imobilizá-lo ou algemá-lo.

Figura 46 Figura 47 Figura 48 Figura 49

Observe que em nenhum momento devemos “afrouxar” a chave de braço até levar o
transgressor ao solo.
As chaves de braço procuram causar restrição de movimentos, normalmente em
articulações. Podemos fazer pressão, ou torcer a articulação com intuito de imobilizar o
agressor. Observe um exemplo: com a tonfa na mão forte, faz-se uma pressão no cotovelo do
agressor deixando o seu braço o mais estendido possível.
A mão reacionária permanece auxiliando no controle segurando o pulso do agressor. A
dor mantém a pessoa imobilizada, porém, se mesmo assim houver resistência, o ideal é levar
o agressor ao solo.

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Figura 50 Figura 51
As chaves de algemas são todas as técnicas que tem a característica de aprisionar o
pulso do transgressor. Iniciamos o movimento, envolvendo o pulso com o corpo principal da
tonfa. A empunhadura ideal é a guarda longa.

Em seguida fazemos um “triângulo”. É importante não deixar nenhum espaço para o pulso
“escapar”.

Figura 52

25
Finalizamos o movimento com uma torção do pulso do transgressor, podendo algemar
ou conduzir, se necessário

Figura 53 Figura 54 Figura 55 Figura 56

A chave utiliza agora a empunhadura de martelo. Observe que nessa sequência,


novamente usamos uma espécie de algema, onde prendemos o pulso do transgressor. É
importante criar uma alavanca, como demonstrada na última foto.
Por fim, utilizamos uma técnica de estrangulamento com a tonfa, que inicia-se
segurando-a na parte longa, próximo à empunhadura, que deverá estar voltada para frente. Em
seguida, realiza-se o trabalho semelhante ao do braço direito na técnica anterior, sendo a ação
do braço esquerdo idêntica à mostrada anteriormente, só que, no caso da tonfa, a parte que se
apóia na articulação do cotovelo esquerdo é a empunhadura. Esse movimento facilita os
elementos de menor estatura, quando estes tiverem que aplicar um estrangulamento em
indivíduos maiores. Também deve-se levar o transgressor para o solo.

Figura 57 Figura 58
6 FISCALIZAÇÃO E CONTROLE DE TRÂNSITO
6.1 Código de Trânsito Brasileiro
A legislação de trânsito norteia as atividades de Polícia da Aeronáutica atualizando o
efetivo no conhecimento do CTB e na sua regulamentação, sendo um meio para desenvolver

26
comportamentos seguros no trânsito, com responsabilidade sobre a segurança da via e dos
veículos, efetivo orgânico e atenção à aplicação dos seus dispositivos.
6.1.1 Regra de Circulação
A circulação far-se-á sempre pelo lado direito da via, admitidas as exceções
devidamente justificadas ou sinalizadas, deixando ao seu lado esquerdo espaço necessário
para os veículos que seguem na mesma direção ou em sentido contrário.

6.1.2 REGRAS DE ULTRAPASSAGEM


 Ao encontrar-se com outro veículo, que segue na mesma direção e precisar
ultrapassá-lo, faça pelo lado esquerdo, nunca tomando o lado direito, antes de
atingir uma distância de segurança.
 Nunca ultrapassar em curvas, lombadas ou quando não houver ampla
visibilidade.
 A ultrapassagem de outros veículos em movimento deverá ser feita pela
esquerda, observando os seguintes preceitos:
 Para ultrapassar, o condutor deverá certificar-se de que dispõe de espaço
suficiente e de que a visibilidade lhe permita fazê-lo com segurança;
 Após ultrapassar, o condutor deverá retornar seu veículo à direita da via, logo
que possa fazê-lo com segurança;
 A ultrapassagem e o retorno à posição primitiva deverão ser precedidos da
sinalização regulamentar; e
 Ao ser ultrapassado, o condutor não poderá acelerar a velocidade do seu
veículo.

6.1.3 REGRA DE MUDANÇA DE DIREÇÃO


 Ao se aproximar de um cruzamento, conduza seu veículo em marcha lenta,
indique a direção a tomar, se for o caso, a fim de dar aviso aos outros
condutores e aos pedestres de sua intenção.
 Dê o direito de passagem ao veículo que tenha entrado em primeiro lugar no
cruzamento.
Todo condutor, antes de entrar em outra via deverá:
 Assegurar-se de que pode efetuar a manobra sem perigo para os demais
usuários;
 Fazer o sinal indicativo de sua intenção;

27
 Para dobrar a esquerda, sem interseção de vias de sentidos duplos, atingir
primeiramente a zona central do cruzamento; e
 Para dobrar à direita, aproximar-se, ao máximo, da margem direita da via.

6.1.4 REGRA DE PREFERÊNCIA


Quando veículos, transitando por direções que se cruzem, se aproximarem de local não
sinalizado, terá preferência de passagem o que vier da direita.

6.1.5 OUTRAS REGRAS IMPORTANTES


 Todo veículo em movimento deve ocupar a faixa mais à direita da pista de
rolamento, quando não houver faixa especial a ele destinada;
 Quando uma pista de rolamento comportar várias faixas de trânsito no mesmo
sentido, ficarão às da esquerda destinadas à ultrapassagem e ao deslocamento
dos veículos de maior velocidade;
 Os veículos que transportarem passageiros terão prioridade de trânsito sobre os
de carga, respeitadas as demais regras de circulação;
 Os veículos precedidos de batedores terão prioridade no trânsito, respeitadas as
demais regras de circulação;
 Os veículos destinados a socorro de incêndio, as ambulâncias e os da policia,
além de prioridade, gozam de livre trânsito e estacionamento, quando,
devidamente identificados por dispositivos de alarme sonoro ou de luz
vermelha intermitente, estiverem em serviço de urgência; e
 Nas vias de mão única com retorno ou entrada a esquerda, é permitida a
ultrapassagem pela direita, se o condutor do veículo que estiver à esquerda
indicar, por sinal, que vai entrar para esse lado.

6.2 Sinais e Gestos para Controle de Trânsito


6.2.1 Sinais e Gestos

28
Figura 59

As ordens emanadas por gestos de agentes de trânsito prevalecem sobre as regras de


circulação e as normas definidas por outros sinais de trânsito. 1 - Braço levantado
verticalmente com a palma da mão para a frente.
Ordem de parada obrigatória para todos os veículos. Quando executada em
intersecções, os veículos que já se encontrarem nela não são obrigados a parar.

2 - Braço estendido horizontalmente com a palma da mão para a frente, do lado do


trânsito em que destina.

Figura 60
Ordem para todo os veículos que venha de direções que cortem ortogonalmente a
direção indicada pelo braço estendido, qualquer que seja o sentido do seu deslocamento.

3 - Braço estendidos horizontalmente com a palma da mão voltada para a frente.

29
Figura 61
Ordem de parada para todos os veículos que venham de direções que cortem
ortogonalmente a direção indicada pelos braços estendidos qualquer que seja o sentido do seu
deslocamento.

4 - Braço estendido horizontalmente com a palma da mão para a frente, do lado do


trânsito em que destina.

Figura 62

Ordem de parada para todos os veículos que venham de direções que cortem ortogonalmente
a direção indicada pelo braço estendido, qualquer que seja o sentido do seu deslocamento.

5 - Braço estendido horizontalmente, com a palma da mão para baixo, fazendo


movimentos verticais.

30
Figura 63

Ordem de diminuição da velocidade.

6 - Braço levantado, com movimentos de antebraço da frente para retaguarda e a palma


da mão voltada para trás.

Figura 64
Ordem de seguir
6.3 Uso do apito
SINAIS DE APITO SIGNIFICAÇÃO EMPREGO

No ato do guarda sinaleiro mudar a


Um silvo breve Atenção: Siga
direção do trânsito.

Para fiscalização de documentos ou


Dois silvos breves Pare
outros fins.

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Sinal de advertência. O condutor
Três silvos breves. Acenda a lanterna
deve obedecer à intimação.

Quando for necessário fazer


Um silvo longo. Diminua a marcha.
diminuir a marcha dos veículos.

À aproximação do corpo de
Um silvo longo e um Trânsito impedido em bombeiros, ambulâncias, veículos da
breve. todas as direções polícia, de tropas ou de
representações oficiais.

Nos estacionamentos à porta de


Três silvos longos. Motoristas a postos.
teatros, campos desportivos, etc.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Escola de Especialistas da Aeronáutica. Apostila de Polícia da Aeronáutica I, 2013.


BRASIL, EXÉRCITO BRASILEIRO, Manual C 20 – 50 (TREINAMENTO FÍSICO
MILITAR-LUTAS) , 3ª Edição, 2002.
BRASIL, PODER LEGISLATIVO, CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL, 1968.
BRASIL, DENATRAN , CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO, 2013.

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