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Lição 10: As Adversidades não Impedem o

Crescimento do Cristão
Texto Áureo

Antes, crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus


Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora como no dia da eternidade. Amém.
2Pedro 3.18

👍 Verdade aplicada

As adversidades são métodos pedagógicos de Deus para o crescimento do


crente.

🎯 Objetivos da lição

 Explicar o contexto de Paulo em Tessalônica.


 Apresentar as ações de Deus em meio às adversidades.

📜 TEXTO BÍBLICO

1 TESSALONICENSES 1

 Ensinar que o crescimento espiritual vem com as adversidades.

🎵 HINOS SUGERIDOS

 93 - Há Trabalho Pronto
 115 - Trabalhai e Orai
 305 - Campeões da luz

📣 Introdução

Os cristãos em Tessalônica vivenciaram o Evangelho diante das adversidades e


souberam aproveitar as oportunidades para viver a fé em Cristo de uma forma
exemplar.

1 - A Chegada do Evangelho em Tessalônica

O apóstolo Paulo, em sua segunda viagem missionária, juntamente com Silas,


chega na cidade de Tessalônica para pregar o Evangelho.
1.1. Oportunidade e adversidade.

Anfípolis e Tessalônica eram as capitais mais importantes da Macedônia.


Keener afirma que a cidade possuía em torno de duzentos mil habitantes,
quantidade essa de aproximadamente dez vezes a mais da média das cidades
na Antiguidade. Tessalônica era uma cidade livre, autogovernada. Sua
população era composta de gregos, oriundos do paganismo e de judeus. Tanto
Paulo como Silas viram na cidade uma oportunidade ímpar para pregar o
Evangelho [At 17:1-3]. Como de costume, Paulo pregou durante três sábados
seguidos na sinagoga dos judeus. Diante das oportunidades da vida, o cristão
deve saber aproveitá-las. Mesmo em um contexto de perseguições e
provações, os apóstolos tiveram “visão” e perceberam que aquele lugar era um
terreno fértil para a proclamação do Evangelho. O crente deve perceber,
através dos olhos da fé, que os campos já estão brancos para a colheita [Jo
4:35].

1.2. Esforço e providência.

No relato lucano de Atos, Paulo prega a Palavra por aproximadamente três


sábados consecutivos [At 17:2]. No entanto, Paulo afirma que teve que
trabalhar para se manter [1Ts 2:9], ou seja, apesar do relato ser bastante
sintético, é bem provável que ele tenha ficado na cidade por mais de um mês
pregando o Evangelho aos convertidos [Fp 4:15-16]. Paulo estava em pleno
campo missionário, mas, mesmo assim, trabalhou para se manter e não ser
pesado aos irmãos. Aprendemos aqui que tanto a providência quanto o
esforço devem andar juntos, pois um não exclui o outro. Deus é aquele que
provê a nossa vida, mas é necessário que venhamos a nos esforçar em
trabalhar para o Reino. Um ministério vitorioso e próspero é resultado de uma
vida de trabalho, dedicação e excelência.

1.3. As tribulações não impedem o agir de Deus.

Mesmo após muitas pessoas se converterem ao Evangelho em Tessalônica, a


Bíblia nos informa que muitos judeus, por sentirem inveja dos cristãos, foram à
casa de Jason, onde Paulo e Silas estavam hospedados, para prendê-los [At
17:5]. A multidão perseguiu os apóstolos de tal forma que eles tiveram que sair
escondidos durante a noite da cidade [At 17:10]. Contudo, vemos que a Igreja
em Tessalônica se tornou de tal modo grande naquela cidade, que o apóstolo
escreve duas epístolas corrigindo concepções doutrinárias erradas acerca da
volta de Cristo e outros assuntos. Ninguém pode impedir o avançar do Reino
de Deus e da Igreja, pois a Palavra é como uma semente [Mt 13:1-9].

Eu aprendi que

A chegada do Evangelho a Tessalônica mostra que nada pode impedir o agir de


Deus e que nós somos o meio pelo qual Deus executa a Sua vontade.
2 - Cumprir a Missão em Meio às Adversidades

Vemos no ministério dos apóstolos que a missão nunca foi fácil e que, na
verdade, a adversidade fez parte do ministério deles.

2.1. A grande perseguição em Jerusalém.

A Bíblia afirma, em Atos 8:1-4, que uma grande perseguição se levantou contra
a Igreja em Jerusalém. Não obstante, devemos nos atentar que tal perseguição
aconteceu como um despertamento de Deus para Sua Igreja. Podemos
observar que Jesus foi guiado pelo Espírito ao deserto para ser tentado pelo
diabo [Mt 4:1]. Jó foi tentado pelo diabo com a permissão de Deus [Jo 1:12]. As
provações acontecem em nossas vidas para nos ensinar e nos transformar. Era
necessário que a Igreja em Jerusalém saísse de sua zona de conforto e viesse a
fazer o “ide do Senhor”. O mundo não pode ser um lugar confortável para o
crente. Quando o crente vai se conformando com o mundo, Deus permite uma
provação para mostrá-lo que ele não pertence a este mundo [Jo 15.18-19].

2.2. Os tessalonicenses, exemplo de fidelidade.

Paulo afirma, em 1Tessalonicenses 1.4-7, que os tessalonicenses se tornaram


exemplo para os irmãos, tanto na Macedônia, quanto na Acaia. Eles se
tornaram dignos de serem imitados, pois, apesar dos sofrimentos, eles
receberam a Palavra de Deus com alegria e se tornaram imitadores do
apóstolo, assim como ele era do Senhor. Ser exemplo é ser alguém que se
pode espelhar. Nós devemos seguir os passos do Mestre, viver uma vida como
Ele viveu e amar como Ele amou. Jesus disse que nós seríamos reconhecidos
como discípulos dEle, se nós nos amassemos uns aos outros [Jo 13.35].

2.3. Fé operante, amor operante e esperança paciente.

Ainda, ao falar aos tessalonicenses, Paulo evidencia três qualidades daquela


igreja em 1Tessalonicenses 1.3: a fé que gera obras (“obra da vossa fé” – ARC),
fé é fidelidade e atitude; assim como a fé, o amor de Deus (do grego, ágape),
que é derramado em nossos corações, desperta em nós o desejo e a vontade
de fazer a obra de Deus; e, por fim, a esperança paciente, que juntamente com
as outras virtudes, são consideradas pelo apóstolo como virtudes teologais
[1Co 13:13]. Essas três virtudes são essenciais na vida do cristão e expressam a
ação do Espírito Santo no seu ser, através do Seu modo de agir. Um coração
transformado por Deus exige de nós uma vida transformada. Fé e amor são
atitudes do dia a dia na vida do crente, enquanto que a esperança é
característica intrínseca de seu caráter.

Eu aprendi que

Fazer a vontade de Deus não nos exime de passar por provações.


3 - Adversidades: Crescimento e Fidelidade

Mesmo em meio às adversidades, Deus apresenta Sua fidelidade para com os


Seus e dá o crescimento na hora oportuna.

3.1. Consciência de que a Palavra é de Deus.

Em 1Tessalonicenses 2.13, existe uma tensão entre a palavra humana e a


Palavra de Deus. O apóstolo Paulo afirma que a palavra pregada por ele e
aceita pelos tessalonicenses não era meramente humana e, sim, Palavra de
Deus. Ao “receber” (do grego, paralambano – receber como tradição) a Palavra
de Deus pregada pelo apóstolo, eles receberam em si mesmos a eficiência
desta, operando eficazmente neles, gerando poder e virtude [1Co 4:20], sendo,
também, viva e eficaz [Hb 4:12]. Receber a Palavra é viver uma vida pautada
nela, sem restrições. Muitos aceitam da Palavra de Deus somente aquilo que é
conveniente a si mesmo, um evangelho diferentemente daquilo que foi vivido
pela Igreja Primitiva. Nossa maior esperança não está na prosperidade desta
vida, e, sim, de uma vida plena no porvir.

3.2. É preciso desejar e buscar a vontade de Deus

O apóstolo Pedro faz uma comparação entre o crente com o recém-nascido


em 1Pedro 2.2. Ele conclama que o fiel deve desejar ardentemente o “leite
espiritual”, termo já utilizado por Paulo [1Co 3:2] e em Hebreus 5.13. O leite,
que é o alimento basilar daquele que acabou de nascer, aqui é comparado
com a Palavra de Deus. Assim como o bebê que acabou de nascer, o crente
também é, pois, nasceu novamente do Espírito Santo [Jo 3.3]. Com isso, Deus
se torna manifesto em nossas vidas e revela a Sua vontade.

3.3. É preciso saber lidar com o sofrimentos

Os crentes em Tessalônica sofreram por amor ao Evangelho [1Ts 2:14-15]. No


entanto, eles permaneceram firmes diante das adversidades. O apóstolo Paulo
também afirma que não devemos nos atentar para as provações, pois elas são
pequenas e passageiras [2Co 4:17], logo, seu espírito se renova diariamente,
pois as tribulações do tempo presente não são de se comparar com a glória a
ser revelada [Rm 8:18]. Não tem como viver uma vida sem tribulações, mas
podemos vivenciá-las sabendo que podem contribuir para o nosso
crescimento e fortalecimento da fé.

Eu aprendi que

É no meio da adversidade que crescemos espiritualmente.

CONCLUSÃO

As adversidades são oportunidades que Deus nos dá para crescermos na graça


e no conhecimento [2Pe 3.18].

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