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Apontamentos DZOGCHEN por

Jackson Peterson
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Domingo, 17 de dezembro de 2017 às 15:57 UTC-02
Um aluno me escreveu sobre sua prática de thogal; aqui está a minha resposta: "Sua
prática de thogal parece perfeita! Sim, os thigles interligados como um colar de pérolas
são as cadeias vajra. Não fique curioso sobre as características sutis do que está sendo
visto em relação aos thigles. A curiosidade é uma atividade sutil da "mente" apreensora.
É uma tentativa de conceitualizar um fenômeno em algum quadro de referência
familiar. Em vez disso, trekchod: deixe como-é. Agora, quando praticar thogal, note
ocasionalmente o espaço vazio entre o seu ponto de vista (o vedor) e os thigles. Note a
qualidade vazia e transparente desse espaço. Note como há simplesmente uma vívida
"visão vazia", mas nenhuma entidade como um "eu" que está vendo. Esse "ver vazio"
vividamente claro sem um ponto de referência subjetivo é rigpa. Descanse lá." Seria
ótimo ouvir mais de você sobre como sua prática de thogal está se desenvolvendo! Via
J.P
Domingo, 17 de dezembro de 2017 às 15:54 UTC-02
Para aqueles que hesitam em praticar thogal até o trekchod estar mais estável; não
espere. O thogal original foi ensinado antes de trekchod. A prática de thogal em si
estabiliza trekchod. Trekchod e thogal devem ser praticados juntos. A clareza brilhante
super-vazia que você obtém da prática de thogal é quase impossível de alcançar com
trekchod sozinho. Trekchod parece ter um efeito sobre o relaxamento e expansão geral
dos chakras, a kundalini e o canal central; toda a espécie de coisas boas, mas thogal
ativa o esplendor da Clara Luz do tsitta nos canais de clara luz e kati conectados aos
olhos e eventualmente em todos os canais sutis do corpo também. Ele transborda,
purifica e transforma toda a energia no corpo sutil e no corpo grosseiro em Clara Luz.
Via J.P
Domingo, 17 de dezembro de 2017 às 15:52 UTC-02
As "causas visionárias" não são "purificadas" na 4ª visão do thogal... Não "purificadas",
mas vistas como vazias. Esse é o atalho de trekchod. Trekchod começa com a 4ª visão
como "kadag". É a entrada imediata ao Dharmakaya, thogal é inferior como a via do
Sambhogakaya. Isto é como a phowa do Dharmakaya versus a phowa do Sambhogakaya.
O Dzogchen é definido por dois termos: Kadag e Lhundrub Kadag significa pureza
primordial e vaziez. A prática de trekchod é a realização do aspecto kadag. Lhundrub é a
luminosidade espontânea da consciência. Thogal é a prática que revela lhundrub. Aqui
está a descrição escritural de kadag: No tantra da "Bela Auspiciosidade" (bKra shis
mdzes ldan gyi rgyud), esta Grande Pureza Primordial é definida da seguinte maneira:
"O que é conhecido como a grande "Pureza Primordial" (kadag) é o estado que
permanece antes dos Budas autênticos surgirem e antes que os seres sencientes
impuros apareçam; é chamado a grande radiância Primordial da consciência imutável".
Jackson Peterson
Domingo, 17 de dezembro de 2017 às 15:50 UTC-02
Algumas pessoas podem perguntar: "se eu reconhecer rigpa durante Trekchod, qual é o
benefício para praticar thogal?" Trekchod é reconhecer a Mente de um Buda. Thogal é
realizar o Corpo de um Buda. J.P
Domingo, 17 de dezembro de 2017 às 15:49 UTC-02
Quando praticamos thogal, há uma mudança completa e súbita em rigpa. A presença
completa da Clara Luz vem aos olhos e a consciência torna-se transparente. A qualidade
da acuidade perspectiva e da clareza mental parece anos-luz além do mero Trekchod.
Parece que em Trekchod o chakra da coroa é ativado e totalmente aberto e palpável e a
profundidade da presença está centrada no canal central. A presença relaxada é sem
esforço. Mas em thogal não só a coroa é aberta e a energia centralizada, os canais de
Clara Luz nos olhos e a resplandescente explosão na cabeça com a radiação da Clara Luz
através do Kati ocorre. Neste momento, toda transparência penetrante surge como o
campo interno e externo. A certeza do "ser" é a estabilidade de rigpa, todas as dúvidas
desaparecem instantaneamente em sua Luz de Sabedoria autobrilhante. Seria ótimo se
outros compartilhassem suas ideias da prática de Thogal... Via J.P
Domingo, 17 de dezembro de 2017 às 15:40 UTC-02
O que eu espero alcançar com esses dois novos grupos, Dzogchen Trekchod e Dzogchen
Thogal, é muito além das meras discussões e esclarecimentos conceituais sobre
"realização". Gostaria de começar com uma verdadeira perspectiva do Dzogchen. O que
vou publicar abaixo pode instigar muitas perguntas e isso é bom. Mas é importante NÃO
entender mal o que estou sugerindo. Alguns podem pensar que é uma desculpa para
recorrer à mente "dualista" e confusa normal. Isso seria um grande equívoco! Então,
vamos nos certificar de que isso ficou bem claro nessa instrução. Se ainda não souber o
que é exatamente o estado da consciência não-dual (rigpa), então certifique-se de fazer
perguntas para esclarecer isso até "conhecer". Trekchod em Tibetano significa "cortar
completamente". Norbu diz que é como ter um feixe de gravetos amarrados
firmemente por uma corda. De repente, cortamos a corda e o feixe de gravetos se
espalha. Fazemos o mesmo com a nossa tensão. Nossa tensão é baseada no apego tanto
intelectual como energético. A contração energética é mantida pela mente como a
crença em vários conceitos. A principal crença é a crença em um "eu". Este "eu
pensamento" torna-se o centro de nosso mundo interior e pela sua atração gravitacional
devido ao apego e o aprisionamento protetor, nossa experiência energética torna-se
contraída e tensa. Nós então esquecemos que estamos "retendo" nossa energia de uma
maneira tão tensa. Então, vamos fazer um "corte completo", que irá cortar todas as
ligações possíveis se feito corretamente: Eu sugiro que você desista de todos os
conceitos sobre o Dzogchen e o nome Dzogchen também. Também esqueça tudo sobre
o Budismo e todo o Darma. Descarte a palavra "vaziez" e "rigpa" também. Esqueça sobre
a "consciência". Desista da ideia de "distração". Esqueça sobre um caminho, iluminação e
prática. Esqueça do seu eu. Esqueça dos "outros" e coisas. Esqueça sua história e nome.
Deixe todos os pensamentos ir. Em seguida, apenas observe esse espaço claro da
presença assim como é sem nenhum tópico em mente. É o que você é. Deixe-o sozinho.
Os pensamentos surgem e se liberam após o surgimento porque são todos
impermanentes. As nuvens aparecem e desaparecem sozinhas no espaço aberto do céu.
Fazer qualquer prática ou "pensar e seguir" ideias sobre prática ou teoria de um
caminho do Darma que leva a um estado superior, é apenas uma invalidação do que
você acabou de reconhecer. Deixe-o vazio e sozinho... Quão vívido, vivo e brilhante! É
perfeito exatamente como você sempre foi... mas apenas "pensou" de outra forma!
Jackson Peterson
Domingo, 17 de dezembro de 2017 às 15:33 UTC-02
Atiyoga, a Tecnologia Original A tecnologia do Atiyoga inicial tornou-se ofuscada ou até
mesmo perdida no Dzogchen posterior, que foi trazido de volta a um esquema gradual
baseado nas modalidades de "causa e efeito" de visão e prática. O único objetivo do Ati
inicial foi ativar imediatamente a capacidade da autocognição do Olho de Sabedoria. A
metodologia não se baseou na mente, nos conceitos, na transformação ou na
purificação da energia. Dizem que o thogal, anterior a Longchenpa costumava ser
ensinado antes de trekchod. Isso seria parte da verdadeira tradição do Atiyoga. A
prática do Thogal supera todas as noções gradualistas relativas à transformação da
energia, purificação, sadhanas e práticas gradualistas. O Thogal e o Yangti estimulam e
ativam diretamente o Olho da Sabedoria. Experimenta-se as sabedorias da "Clara Luz"
que são a luminosidade intrínseca do Olho da Sabedoria. O kati e outros canais de "Clara
Luz" são todos os aspectos e extensões do Olho de Sabedoria. Os ensinamentos do
Dzogchen Yangti, de Dung T'so Repa, também estão associados à ativação do Olho da
Sabedoria. A "instrução de apontar" inicial é destinada a fazer o mesmo através de uma
transmissão verbal ou simbólica. As práticas de meditação ordinárias nunca podem
realmente conseguir ativar completamente o Olho da Sabedoria. Uma Mente Búdica ou
Mente de Clara Luz, é um Olho de Sabedoria totalmente ativado. Aqui está uma
postagem minha que contém grande parte da tecnologia Atiyoga inicial, o Caminho da
Luz: O Espelho e o Yangti O interior do "thigle tongpa dronma" ou "a lâmpada do thigle
vazio" é o que é conhecido como o "chakra do espaço" no Dzogchen. Está diretamente
atrás da testa. É chamado de "lâmpada", porque está iluminando a própria
Vaziez/Consciência. No retiro escuro do Yangti, nos concentramos neste thigle, fazendo
com que o terceiro olho olhe para trás enquanto observamos o terceiro olho olhando
para nós enquanto estamos localizados no centro do crânio. Como resultado, o quarto
totalmente escuro de repente se iluminará à medida que o thigle tongpa dronma se
tornar ativo. (Isto foi experimentado aqui quando Namkhai Norbu supervisionou meu
retiro escuro). A iluminação do espaço externo é a radiação externa da luz, enquanto ao
mesmo tempo a iluminação interna é a clara luz de Rigpa. Aqui estão os principais
pontos do primeiro nível das instruções do retiro escuro do Yangti: "O Olho Único da
Sabedoria Indestrutível" 1. O crânio é como uma tigela de cristal invertida (crânio de
cristal oco) muito clara. Se você olha para o palácio da concha do cérebro por fora, é
luminoso dentro, se você olhar para fora do interior, é luminoso lá fora. É evidente, mas
sem qualquer natureza verdadeiramente existente. 2. No cabelo da urna (ponto circular
simbolizando o terceiro olho) na testa, acima e entre as sobrancelhas, visualize um olho
(vertical) semelhante a um bindu como um olho de sabedoria irado, do tamanho de uma
ervilha ou o fim do dedo mindinho. É composto de cinco cores: o centro é azul, depois
branco, amarelo, vermelho e verde. Ele olha intensamente para dentro do palácio de
conchas (crânio interno) para o thigle dongma tongpa claro/branco flutuando no centro
do crânio. 3. Diretamente alinhado com o olho, na direção logo acima do osso saliente
na parte de trás do crânio, está um thigle branco (tamanho de uma bola de golfe)
cercado por luzes de cinco cores. Concentre-se na bola branca/clara que está sendo
encarada pelo terceiro olho voltado para o interior. Sua cognição/consciência é o thigle
tongpa dronma. -----> <------ Este processo é descrito tipicamente nas instruções de
apontamento do Dzogchen e nos ensinamentos Nyingthig Thig: Há uma instrução oral
sobre o modo de olhar. É dito: "É como se seus olhos estivessem olhando para trás da
cabeça em vez de olhar para frente." Mingyur Rinpoche "É como se seus olhos
estivessem olhando para trás em vez de para frente, como costumamos fazer. Você está
olhando com os olhos, mas está olhando para trás ao mesmo tempo. Não tente pôr
esforço demais nisso, caso contrário, você vai realmente cometer um grande equívoco.
Você apenas olha para trás..." Note a natureza vazia de sua própria consciência que está
observando. Existe um espaço vazio de consciência (thigle tongpa dronma) que conhece
a si mesmo, mas não como uma coisa com formato, forma ou substância. "A maneira de
fazer isso é apenas voltar sua atenção ligeiramente para dentro; não olhar
profundamente para dentro, mas apenas voltar o seu foco de fora para dentro de
maneira muito leve. O momento de reconhecer esse estado é a benção da linhagem".
Tsoknyi Rinpoche "A razão para isso é que a ushnisha (o chakra da coroa superior) não
tem tamanho, mas permeia a extensão última. Quando a mente do vento (sem) se
dissolve no chakra da ushnisha (chakra da coroa superior), o estado búdico é atingido".
"Nos ensinamentos da Grande Perfeição, as gotas da essência são descritas como
subindo, sendo empilhadas verticalmente acima da cabeça (terceira visão). E quando a
mente do prana (sem) se dissolve no chakra da ushnisha (chakra da coroa superior), a
‘exaustão’ dos fenômenos na talidade (chos nyid zad sa, a quarta visão do thogal), o
estado búdico é alcançado". Das notas finais de "O Tesouro das Qualidade Preciosas" de
Jigme Lingpa "A ushnisha de Buda, a protuberância no topo da cabeça, não é feita de
carne e sangue, mas representa a abertura do chakra do espaço. Também é conhecido
como o "chakra da coroa do grande êxtase". Khenchen Palden Sherab Rinpoche Do
Coração da Compaixão de Dilgo Khyentse: Os Trinta e Sete Versos sobre a Prática de um
Boddhisattva (traduzido pelo grupo de tradução Padmakara) "A ushnisha (gtsug tor), ou
a proeminência da coroa, uma das principais marcas de um Buda totalmente iluminado,
geralmente é representada em pinturas e estátuas como uma protuberância que se
assemelha a um topete em tamanho, mas é dito que eleva-se do topo da cabeça de um
Buda até a infinitude do espaço ........... Na prática de Thogal da Grande Perfeição, a
ushnisha corresponde às luzes de cinco cores e aos campos búdicos que se manifestam
acima da cabeça como a exibição infinita da realização do sambhogakaya "(nota 89, p.
248 Coração)". Esta única publicação acima é o ensinamento mais essencial e secreto no
Dzogchen. É a chave para entender tudo. Decifre-o e faça perguntas conforme
necessário. Este "chakra do espaço" (thigle tongpa dronma) é a nossa Mente de Clara
Luz. É assim que se dissolve a mente cármica no Dharmakaya (o "chakra espacial"). A
mente cármica é em si uma formação energética de rigpa. Isto é como uma esfera de
água que aparece como uma bola de gelo. Quando a esfera de gelo olha para o seu
próprio centro, descobre-se que sempre foi água e a formação energética do gelo se
dissolve instantaneamente revelando-se como água (rigpa). Jackson Peterson
Domingo, 17 de dezembro de 2017 às 15:12 UTC-02
O Reconhecimento Inconfundível da Mente Búdica A Mente de um Buda é sempre o
nosso estado de mente atual. A Mente de Buda é um pouco como a água. Nossa mente
é como a água quando está congelada, como uma Mente Búdica como um bloco de gelo.
A Mente de Buda é a mesma mente que a nossa, mas como no estado da água em
"vapor", claro e transparente, não como vapor turvo, ondas turbulentas ou gelo sólido.
Agora tenha a ideia de que todos os estados mentais são apenas estados da Mente
Búdica em estados maiores ou menores de densidade vibratória. Quanto maior a
densidade, como a fixação da mente em um "eu" sólido ou como processos de
pensamento turbulentos, menos inteligência Búdica está presente. Feche seus olhos e
observe seu estado de mente interior. Seja qual for o estado que você está percebendo,
saiba que é a Mente Búdica aparecendo COMO esse estado mental. Com os olhos
fechados, se você relaxar e experimentar nesse estado mental, pode descobrir a sua
vaziez, é uma natureza que não pode ser apreendida. Pode se ajustar em outra textura,
ou ser não encontrável como uma "coisa" que você pode agarrar. Mas, em qualquer
caso, apenas experimente que é uma natureza não-apreensível. Se é possível sentir a
natureza não-apreensível do seu estado mental, você descobriu um aspecto de sua
vaziez; está aparecendo porém é não-apreensível como sendo uma "coisa" específica.
Ao perceber esta natureza vazia da mente, a mente revelará sua natureza calma, como a
água em seu estado imóvel. Observe o aspecto aumentado da "clareza cognitiva" agora
presente à medida que as texturas turbulentas das ondas de pensamento se acalmam.
Através de um relaxamento muito sutil, deixe sua atenção cognitiva ou atenção plena se
estabelecer nesse aspecto de "clareza conhecedora" desprovida de conteúdo mental.
Como a "clareza cognitiva" do aspecto da mente torna-se vividamente clara, este é o
alvorecer da "Mente de Clara Luz". É dentro da Mente de Clara Luz que a sabedoria
auto-reconhecedora de rigpa ocorre de repente. Nesse momento de rigpa, a Mente
Búdica está totalmente presente como a Mente Búdica, conhecendo sua autonatureza.
Sua mente sempre foi a Mente Búdica, mas pode se manifestar em vários estados de
vibração mais baixos de densidade cada vez maior ou como maior clareza transparente.
Quanto maior a densidade de contração da Mente Búdica, menos inteligência Búdica
está presente. Fica presa em sua própria densidade ignorante. Nesta densidade mental,
falta a inteligência Búdica não-conceitual (rigpa, yeshe, vipassana) de como se
autoliberar do seu sofrimento. Centrando-se nos pensamentos e na abstração
conceitual, a "Inteligência" Búdica natural é reduzida; o sofrimento surge e continua. No
entanto, a mente que relaxa em sua vaziez essencial e "clareza cognitiva" livre da
atividade mental ou turbulência, todo o sofrimento é liberado. Isto está ficando mais
"claro"? Jackson Peterson
Domingo, 17 de dezembro de 2017 às 15:11 UTC-02
Diferenciando a Consciência Pura das Aparências Originadas Dependentemente
Qualquer coisa menos do que perceber a verdadeira autonatureza como uma
consciência contextual vazia, é a identidade cármica que aparece subjetivamente nesse
espaço vazio consciente. Essa autonatureza contextual vazia é como um espelho
imutável em que todas as percepções aparecem como reflexos. Os reflexos como
pensamentos, emoções, identidade pessoal, sensações e percepções todos surgem
como se originando dependentemente a partir de um meio de causas e condições quase
infinitas. Por serem fenômenos originados dependentemente, nenhum deles tem
existência independente e, portanto, na verdade, nunca surgiram, exceto
conceitualmente. Nossa verdadeira autonatureza é "kadag" ou primordialmente pura,
Clara Luz da Cognição vazia ou Consciência Desperta. Uma marca da experiência é uma
experiência cognitiva subjetiva de ser um espaço consciente de transparência cristalina
que tem uma nuance sutil de perfeição completa. Nem os eventos mentais ou
emocionais internos, nem as experiências externas, têm qualquer capacidade de
influenciar a consciência transparente sempre presente em que aparecem. Isso é
semelhante a como os reflexos, por mais vívidos e brilhantes que sejam, nunca podem
condicionar, afetar ou alterar o vidro transparente e claro do próprio espelho. Note esta
qualidade sempre-existente de sua própria consciência neste momento. Permanece
sempre nesta condição imutável sem a necessidade de prática ou esforço para manter
sua perfeição imutável. Jackson Peterson
Domingo, 17 de dezembro de 2017 às 07:35 UTC-02
O Espaço da Consciência Aqui está uma analogia sobre a natureza já sempre liberada da
consciência, como a consciência semelhante ao espaço: Considere que você está em
uma sala em que sua atenção sempre se concentrou em seus móveis, nas qualidades e
características dos móveis e nas relações entre suas posições localizadas. Você deve
fazer um teste para demonstrar sua compreensão naquela sala. Então você estuda cada
peça da mobília em grande detalhe. Você estuda ótimos livros que descrevem toda a
história e as características atuais de todos os móveis semelhantes. Finalmente, depois
de anos de estudo intenso, é hora do teste. O teste consiste apenas em uma pergunta:
"Descreva o espaço vazio da sala em que a mobília existe". A resposta inicial é "hein?" Há
uma desconexão total e momentânea. O espaço da sala sempre coexistiu com a sala,
mas nunca foi notado. Da mesma forma, nossa consciência imutável e pura como o
espaço (rigpa) é sempre coexistente com todos os nossos pensamentos, emoções,
identidade pessoal e experiências sensoriais; sendo todos os móveis que habitam nosso
espaço cognitivo da consciência. Pensamos que, melhorando, mudando ou estudando a
mobília, teremos uma melhor chance de "descobrir" o espaço vazio naturalmente
liberado de nossa Mente. No Dzogchen, a atenção muda e de repente passa habita o
"espaço vazio da consciência" em vez de se concentrar nos móveis mentais. Na maioria
dos casos, a mobília é realmente a mobília dos pensamentos. O "espaço da consciência"
não é um produto da arrumação dos móveis. O que é o aspecto conhecedor e
consciente, é o "espaço da consciência" imutável e o que é dualisticamente “conhecido”,
é a mobília. Quase todas as tradições ensinam a arrumação da mobília como sua
abordagem fútil para realizar o que é sempre, já presente. O Dzogchen aponta, em vez
disso, diretamente para o "espaço da consciência" coexistente, sem precisar abordar a
mobília. Jackson Peterson
Domingo, 17 de dezembro de 2017 às 07:34 UTC-02
O Papel da Cognoscência no Atiyoga e na Terapia Ati No Atiyoga, estamos apenas
interessados em fazer a Sabedoria Búdica natural de nossa própria consciência entrar
diretamente na consciência. É somente por nossa própria Sabedoria Búdica que nossa já
iluminada Mente Búdica é conhecida. Isso é incrivelmente fácil! Felizmente, todos os
momentos de consciência, independentemente da sua textura, são todos momentos da
Mente Búdica. Isso significa que todas as experiências são expressões vivas da
Consciência Mental de Buda. Todos os momentos da consciência têm três aspectos
simultâneos: 1. Ser vazio e não-apreensivél como nuvens no céu. 2. Cognoscência ou
Consciência. 3. Formações energéticas. Das formações energéticas surge uma
consciência ou mente secundária, conceitualizadora, que atribui significados imaginários
às formações energéticas como se fossem sujeitos e objetos preexistentes, separados e
independentes. O samsara surge como uma miragem quando as formações energéticas
com seus significados imaginados sobrepõem a "cognoscência" e a "natureza vazia" da
experiência consciente. Essa "sobreposição" ocorre quando um eu subjetivo imaginado
tenta agarrar as formações energéticas que são na verdade sua própria natureza
aparecendo como se fossem objetos separados. A maioria das tradições trabalha em
transformar e purificar as próprias formações energéticas através do treinamento da
mente por meio da meditação e várias práticas, como um meio de liberação. Mas é como
tentar pegar um cachorro agarrando seu latido. O Atiyoga visa apenas re-empoderar o
aspecto da "consciência conhecedora" como seu único meio. Descobre-se
imediatamente, sem esforço, que a "consciência conhecedora" nunca esteve presa,
nunca sofreu e não requer liberação ou iluminação adicional. Isto é como um espelho
que não precisa que seus reflexos sejam limpos ou purificados para que sua capacidade
reflexiva funcione "melhor". A Terapia Ati: É também uma abordagem muito portátil e
prática: durante qualquer estado mental que esteja sendo experimentado, apenas note
essa qualidade que está "conhecendo e percebendo" a experiência. É um aspecto
inseparável desse momento experiencial da consciência. Se estiver triste, note o que
está conhecendo e percebendo essa tristeza. Se estiver com raiva, note o que está
conhecendo e percebendo essa raiva. Se ansioso, note o que está conhecendo e
percebendo essa ansiedade. Se sentir-se deprimido, note o que está conhecendo e
percebendo esse sentimento de depressão. Quando um forte senso de autoidentidade
estiver presente, observe o que está conhecendo e percebendo esse senso de "eu".
Claro que isso se aplica a todas e quaisquer experiências emocionais, físicas ou mentais.
O aspecto ou a textura energética dominaram as qualidades livres e imutáveis dos
aspectos da "consciência vazia e conhecedora" desse momento de consciência. Ao
reconhecer o que é "cognoscente" dentro de qualquer momento da experiência
consciente, a estrutura formativa desse momento colapsa total ou parcialmente,
dependendo apenas da força da mudança para perceber o que é "cognoscente e
consciente", ao contrário de permanecer energeticamente fascinado nas texturas de
feltro dessa formação. O que eventualmente se tornará claro é que qualquer momento
de consciência que aparece, é fundamentalmente vazio como uma nuvem, no entanto é
uma presença vívida de cognoscência ao mesmo tempo. Sua natureza mais fundamental
é a "consciência conhecedora" imutável que não tem identidade pessoal, nem
localização no espaço ou no tempo, mas exibe continuamente seus potenciais infinitos
como cada momento vazio e vividamente texturizado de consciência. Jackson Peterson
Domingo, 17 de dezembro de 2017 às 07:32 UTC-02
Benefícios de Olhar para o Céu Quando você olha para o céu, você está vendo a imagem
construída de um céu dentro de seu crânio. No entanto, cerca de 12.000 lumens de luz
solar estão estimulando o cérebro e os chakras internos. Este processo parece induzir
um estado de coerência das ondas gama em todo o cérebro. O resultado pode ser um
brilhante estado de clareza interior. Olhar fixamente para uma "lâmpada antidepressiva
afetiva sazonal" pode fazer o mesmo. Eles oferecem cerca de 10.000 lumens. Eles
funcionam muito bem logo após 20 minutos de uso. Muito bom no inverno. Via J.P
Domingo, 17 de dezembro de 2017 às 07:30 UTC-02
De outro tópico: Ninguém existe para despertar ou realizar qualquer coisa. Esse
"processo de pensamento" egóico cessa e tudo o que resta é o que sempre esteve lá:
Mente Búdica. J.P
Domingo, 17 de dezembro de 2017 às 07:30 UTC-02
Aqui está a primeira referência autêntica ao "Olho da Sabedoria" sendo a base da
realização do Atiyoga. Esta é uma citação de um dos alunos de Padmasambhava, Nubs
Sangye Yeshe, que escreveu o famoso texto do Dzogchen "Samtan Migdron" durante os
anos 800. "Mesmo que a natureza não vacile da condição da presença espontânea
primordial, se não é vista, a natureza manifesta-se [como se fosse] dual; Presto
homenagem ao que se tornou esta mesma condição [da presença espontânea
primordial]. Daí, esta meditação foi chamada de o "Olho do Iogue", e a qual é o rei da
transmissão direta, fazendo com que se entenda definitivamente a Grande Perfeição
espontaneamente (rdzogs chen), [a saber] a base-de-tudo, a Mente desperta". Via J.P
Domingo, 17 de dezembro de 2017 às 07:29 UTC-02
O Reconhecimento Inconfundível da Mente Búdica A Mente de um Buda é sempre o
nosso estado de mente atual. A Mente de Buda é um pouco como a água. Nossa mente
é como a água quando está congelada, como uma Mente Búdica como um bloco de gelo.
A Mente de Buda é a mesma mente que a nossa, mas como no estado da água em
"vapor", claro e transparente, não como vapor turvo, ondas turbulentas ou gelo sólido.
Agora tenha a ideia de que todos os estados mentais são apenas estados da Mente
Búdica em estados maiores ou menores de densidade vibratória. Quanto maior a
densidade, como a fixação da mente em um "eu" sólido ou como processos de
pensamento turbulentos, menos inteligência Búdica está presente. Feche seus olhos e
observe seu estado de mente interior. Seja qual for o estado que você está percebendo,
saiba que é a Mente Búdica aparecendo COMO esse estado mental. Com os olhos
fechados, se você relaxar e experimentar nesse estado mental, pode descobrir a sua
vaziez, é uma natureza que não pode ser apreendida. Pode se ajustar em outra textura,
ou ser não encontrável como uma "coisa" que você pode agarrar. Mas, em qualquer
caso, apenas experimente que é uma natureza não-apreensível. Se é possível sentir a
natureza não-apreensível do seu estado mental, você descobriu um aspecto de sua
vaziez; está aparecendo porém é não-apreensível como sendo uma "coisa" específica.
Ao perceber esta natureza vazia da mente, a mente revelará sua natureza calma, como a
água em seu estado imóvel. Observe o aspecto aumentado da "clareza cognitiva" agora
presente à medida que as texturas turbulentas das ondas de pensamento se acalmam.
Através de um relaxamento muito sutil, deixe sua atenção cognitiva ou atenção plena se
estabelecer nesse aspecto de "clareza conhecedora" desprovida de conteúdo mental.
Como a "clareza cognitiva" do aspecto da mente torna-se vividamente clara, este é o
alvorecer da "Mente de Clara Luz". É dentro da Mente de Clara Luz que a sabedoria
autorreconhecedora de rigpa ocorre de repente. Nesse momento de rigpa, a Mente
Búdica está totalmente presente como a Mente Búdica, conhecendo sua autonatureza.
Sua mente sempre foi a Mente Búdica, mas pode se manifestar em vários estados de
vibração mais baixos de densidade cada vez maior ou como maior clareza transparente.
Quanto maior a densidade de contração da Mente Búdica, menos inteligência Búdica
está presente. Fica presa em sua própria densidade ignorante. Nesta densidade mental,
falta a inteligência Búdica não-conceitual (rigpa, yeshe, vipassana) de como se
autoliberar do seu sofrimento. Centrando-se nos pensamentos e na abstração
conceitual, a "Inteligência" Búdica natural é reduzida; o sofrimento surge e continua. No
entanto, a mente que relaxa em sua vaziez essencial e "clareza cognitiva" livre da
atividade mental ou turbulência, todo o sofrimento é liberado. Isto está ficando mais
"claro"? Jackson Peterson
Quinta-feira, 14 de dezembro de 2017 às 08:54 UTC-02
Do lado convencional: Eliminando Todas as Dúvidas Até a PES (percepção
extrassensorial) como a clarividência, a telepatia, as experiências fora do corpo e as
sincronicidades aparecem regularmente, sempre pode permanecer a dúvida de que
nossa vida e nossa mente são apenas um produto da atividade cerebral. Mas a PES como
descrita, não é possível por um cérebro primata comum. Mais uma vez, não me refiro a
eventos imaginários rotulados como PES. Nessas tradições, o sidi (poderes mágicos) se
desdobra junto com uma maior clareza das introvisões da consciência. O Buda discutiu
todos os seus sidis em seus primeiros discursos em Pali. Quanto maior a clareza vazia,
desprovida da mente pensante, como revela a consciência, surgem as introvisões de
sabedoria e os eventos da PES, que são parte integrante da Budeidade. O primeiro sidi é
a ausência de pensamentos, conceitos e sonhar acordado. Então a mente é a presença
pura da consciência original. Isso pode ser considerado o fruto de shamatha. O segundo
sidi é o desaparecimento de um eu cármico pessoal. Isso revela a transparência
cristalina (zangtal) e a infinitude de nosso estado natural de consciência primordial.
Junto com isso, é a introvisão da natureza vazia de todos os fenômenos, assim como a
introvisão do "não-eu". Isso pode ser considerado o fruto de vipassana. A partir daqui,
todos os tipos de fenômenos da PES aparecem aleatoriamente e completamente fora
do controle de um eu. No entanto, o principal sidi é Rigpa revelando-se completamente
como sendo quem e o que você sempre é e sempre foi, sem nunca ter mudado. O que
ocorre aqui é muita sincronicidade, clarividência e um fluxo sem fim de introvisões de
sabedoria que aparecem todos apenas por conta própria. Isso é o que postei. "Eu" não
posso reivindicar ou culpar o que está escrito, isso simplesmente pipoca em minha
cabeça do nada como canalizar para baixo de algum "Eu superior". De qualquer forma,
eu menciono isso tudo porque, sem que o sidi comece a ocorrer, o samsara e suas
dúvidas continuam a existir. Jackson Peterson
Quinta-feira, 14 de dezembro de 2017 às 08:51 UTC-02
O que é atenção? Atenção é rigpa aparecendo como atenção. Qual o objeto da atenção?
Rigpa aparecendo como o objeto da atenção. O que são os thogal thigles e as cadeias
vajra? Você adivinhou! J.P
Quinta-feira, 14 de dezembro de 2017 às 08:51 UTC-02
Rigpa Comum Quando a rigpa autêntica é o estado cognitivo de alguém, o
funcionamento da mente comum (sem) cessa. É uma mudança incrível em que as
percepções são basicamente as mesmas, talvez mais vívidas; mas há uma ausência de
haver um "alguém" que as percepções estão ocorrendo "para". O eu intermediador está
ausente. Os pássaros cantam, o vento sopra sobre o rosto, o céu azul é visto, o
movimento corporal acontece... mas ninguém está tendo essas percepções, apenas as
percepções vividas existem. Desta forma, a cola pegajosa de um "eu" aderindo a todas
as percepções puras com memórias, opiniões, nomes e rótulos; está completamente
ausente. Há apenas essa percepção nua seguida pela próxima percepção nua como um
show mágico sem uma plateia! Thogal é o bilhete, a vida é o show! Via Jackson Peterson
Quinta-feira, 14 de dezembro de 2017 às 08:49 UTC-02
O Vasto Oceano do Dharmakaya No Dzogchen inicial, o termo "samten" (bsam gtan) foi
usado muitas vezes, especialmente por Vairocana, e nos Tantras do Dzogchen Semde.
Do Tibetano para o Pali é "jhana", em Sânscrito "dhyana", em Chinês "chan" e em
Japonês "zen". Todos apontam para uma consciência vívida, desperta e não-dual livre de
um sujeito fazendo a meditação e livre de um objeto, tópico ou objetivo que está sendo
meditado. Ou pode-se também dizer uma meditação sem "centro ou borda". No
Dzogchen nos referimos a essa consciência não-dual como "rigpa". Então, rigpa é o
estado cognitivo que os ensinamentos do Zen estão apontando, além de ser o descritivo
da meditação Zen correta. No texto instrucional do Dzogchen de Vairocana, ele nos
exorta a entrar em "dhyana" como nosso único meio. Dhyana ou samten nesse sentido
tinha menos haver com a postura e mais com a imersão de nossa existência total em
rigpa não-dual. Rigpa é o conhecimento cognitivo do Dharmakaya. É uma condição não-
dual da consciência pura sem um proprietário pessoal dessa consciência conhecedora,
nem alguma qualidade ou estado sendo mantido ou possuído. Há uma ausência
completa de auto-subjetividade; é apenas uma consciência espaçosa totalmente aberta
sem qualquer eu ou pontos de referências objetivos. Muitos descrevem o Dharmakaya
como uma clareza vasta e transparente como o oceano. Esse momento do Dharmakaya
conhecendo sua própria natureza é chamado de "rigpa". Mas às vezes, rigpa também é
usado como um sinônimo do Dharmakaya em si. Neste caso, poderíamos dizer que
todos os fenômenos mentais e perceptivos são eles próprios formações enérgicas de
rigpa. Isso seria como a relação não-dual entre o vasto oceano e suas ondas
inseparáveis. Nada é projetado fora ou acima do oceano de rigpa. Todos os movimentos
são os movimentos de rigpa e aparecem "dentro" da própria rigpa. O estado não-dual de
rigpa é um senso intrínseco de "totalidade" orgânica sem quaisquer partes individuais,
independentes e separadas. Também é muitas vezes descrito como "sendo tudo ao
mesmo tempo" ou "sendo todo o oceano da consciência". A aparência de haver unidades
individuais de consciência e objetos individuais é o resultado da ficcionalização de
"partes separadas" como "eu", "você" e "outro", conceitualmente. Para conhecer isso
diretamente na experiência, o "método" ensinado é o "dhyana" ou zen. Na verdade, não
é um método propriamente dito, porque há uma completa ausência do "fazer"
intencional. Pode-se sentar em uma cadeira ou almofada de meditação inicialmente com
os olhos fechados. Basta notar o espaço da consciência, no entanto, ele aparece com ou
sem conteúdo mental. Apenas esteja presente. Note como há apenas um único campo
de consciência/experiência sem partes. Não pense nisso, basta notar a "totalidade"
inseparável. À medida que sua mente se torna mais silenciosa e quieta, sinta sua
consciência como se movendo para baixo para o espaço do coração. Depois de um
período de tempo, a sensação de ter se movido para o coração se tornará evidente.
Observe a totalidade vazia e vasta deste espaço do coração. Deixe a sensação de ser um
"observador" se dissolver. Este é o oceano de rigpa. Quaisquer pensamentos,
sentimentos ou percepções que ocorrem são simplesmente como rigpa aparece e não
requer correção, transformação ou ajuste. Relaxamento total na totalidade; o vasto
campo único da consciência infinita. Descansar aqui é o "dhyana" não-dual ou zen. Via
Jackson Peterson
Quinta-feira, 14 de dezembro de 2017 às 08:47 UTC-02
Nagarjuna escreveu: "Aquele que experimenta percepções não existe antes, durante ou
após as experiências de ver e assim por diante. Sabendo disso, todos os pensamentos de
um experimentador de percepções existentes ou inexistentes são anulados". Isso
significa que a consciência como rigpa, não "percebe" experiências. Rigpa não é um
"receptor" passivo. Rigpa é a fonte de criação profunda que projeta e gera a
experiência. É somente no momento do "flamejar" criativo que rigpa sabe que é um
flash criativo (vazio) e energético. O eu egoico da mente então salta como a testemunha
do flash criativo de rigpa, como agora visto como o "criado". A experiência é de ser uma
testemunha passiva de uma realidade pré-existente ou de um mundo independente "lá
fora". Torna-se mais interessante quando se reconhece que o momento da "testemunha
egoíca" ou de ser um "percebedor" também é um flash criativo da energia de rigpa.
Então, a testemunha egóica, bem como o mundo que está testemunhando, são os
flashes criativos vazios (tsal) de rigpa. Quando isso é visto de forma clara e direta, esta é
a realização da vaziez dupla (a vaziez de sujeito e objeto). Rigpa é uma inteligência
criativa muito profunda, infinita e invisível, cuja matriz potente de todas as realidades
possíveis continuamente brota espontaneamente. No Dzogchen, todos os fenômenos
são conhecidos como a energia projetada de rigpa como "tsal". O universo, os corpos, os
cérebros, as mentes, os pensamentos e a consciência localizada são apenas essa energia
"tsal" decorrente do Dharmakaya rigpa vazio (ou a Ordem Implícita). Nos primeiros
ensinamentos do Dzogchen Semde, Rigpa é chamado de "Kunje Gyalpo", "O Monarca
Todo Criador". O mais profundo tantra raíz do Semde é o "Kunje Gyalpo". Qualquer
pessoa seriamente interessada no Dzogchen deveria ter esse tantra raiz traduzido. (Link
abaixo) Assim como nossos sonhos à noite surgem de uma fonte subconsciente
desconhecida que cria todos os cenários, identidades e eventos que ocorrem durante o
sonho, da mesma forma, o Dharmakaya rigpa "cria" todos os cenários, identidades e
eventos do mundo experimentados na vida acordada. Tudo o que é visto e
experimentado é a energia "tsal" de rigpa, incluindo o "percebedor" da experiência. O
que “você” pensa, imagina, sente, considera, percebe, faz ou decide é o flamejar da
energia tsal de rigpa como esses fenômenos energéticos internos. O "você" projetado
não possui nenhuma autonomia além do ilusório "senso de autonomia" que também é
uma projeção de tsal como pensamento; exatamente o mesmo que se aplica à ilusória
"autonomia" do seu sonho em um sonho durante a noite. O subconsciente está a
escrever, dirigir e produzir o show dos sonhos sem que o elenco dos personagens
tenham a menor ideia de que eles são simplesmente projeções subconscientes. Nossa
situação é a mesma. Nós raramente temos um vislumbre do "por trás das cortinas" para
ver o Mágico puxando todas as cordas das marionetes e gerenciando os efeitos do
palco. No misticismo autêntico, esse momento de ver além e por trás do véu é chamado
de "gnose". Gnose é o momento em que o Mágico projeta a introvisão (yeshe) na "sua"
mente de que você mesmo é de fato o Mágico projetando "você" como agora
conhecendo a condição secreta ou verdadeira. A cortina foi retirada brevemente, então
"você" pode ver o que há de verdade. Naquele flash momentâneo, o "você" projetado
cessa, não é criado, e somente o Mágico permanece na gnose completa (rigpa) de sua
condição. Esta é a revelação gnóstica mística dos Sufis, dos místicos Cristãos, Cabalistas,
Taoistas, Xivaístas da Caxemira e todos os outros que viram ou conheceram a Fonte
Invisível. É essa Fonte invisível que é conhecida como a Grande Perfeição. Via Jackson
Peterson https://www.amazon.com.br/Supreme-Source-Fundamental-Tantra-
Dzogchen/dp/1559391200
Quinta-feira, 14 de dezembro de 2017 às 08:47 UTC-02
Nagarjuna escreveu: "Aquele que experimenta percepções não existe antes, durante ou
após as experiências de ver e assim por diante. Sabendo disso, todos os pensamentos de
um experimentador de percepções existentes ou inexistentes são anulados". Isso
significa que a consciência como rigpa, não "percebe" experiências. Rigpa não é um
"receptor" passivo. Rigpa é a fonte de criação profunda que projeta e gera a
experiência. É somente no momento do "flamejar" criativo que rigpa sabe que é um
flash criativo (vazio) e energético. O eu egoico da mente então salta como a testemunha
do flash criativo de rigpa, como agora visto como o "criado". A experiência é de ser uma
testemunha passiva de uma realidade pré-existente ou de um mundo independente "lá
fora". Torna-se mais interessante quando se reconhece que o momento da "testemunha
egoíca" ou de ser um "percebedor" também é um flash criativo da energia de rigpa.
Então, a testemunha egóica, bem como o mundo que está testemunhando, são os
flashes criativos vazios (tsal) de rigpa. Quando isso é visto de forma clara e direta, esta é
a realização da vaziez dupla (a vaziez de sujeito e objeto). Rigpa é uma inteligência
criativa muito profunda, infinita e invisível, cuja matriz potente de todas as realidades
possíveis continuamente brota espontaneamente. No Dzogchen, todos os fenômenos
são conhecidos como a energia projetada de rigpa como "tsal". O universo, os corpos, os
cérebros, as mentes, os pensamentos e a consciência localizada são apenas essa energia
"tsal" decorrente do Dharmakaya rigpa vazio (ou a Ordem Implícita). Nos primeiros
ensinamentos do Dzogchen Semde, Rigpa é chamado de "Kunje Gyalpo", "O Monarca
Todo Criador". O mais profundo tantra raíz do Semde é o "Kunje Gyalpo". Qualquer
pessoa seriamente interessada no Dzogchen deveria ter esse tantra raiz traduzido. (Link
abaixo) Assim como nossos sonhos à noite surgem de uma fonte subconsciente
desconhecida que cria todos os cenários, identidades e eventos que ocorrem durante o
sonho, da mesma forma, o Dharmakaya rigpa "cria" todos os cenários, identidades e
eventos do mundo experimentados na vida acordada. Tudo o que é visto e
experimentado é a energia "tsal" de rigpa, incluindo o "percebedor" da experiência. O
que “você” pensa, imagina, sente, considera, percebe, faz ou decide é o flamejar da
energia tsal de rigpa como esses fenômenos energéticos internos. O "você" projetado
não possui nenhuma autonomia além do ilusório "senso de autonomia" que também é
uma projeção de tsal como pensamento; exatamente o mesmo que se aplica à ilusória
"autonomia" do seu sonho em um sonho durante a noite. O subconsciente está a
escrever, dirigir e produzir o show dos sonhos sem que o elenco dos personagens
tenham a menor ideia de que eles são simplesmente projeções subconscientes. Nossa
situação é a mesma. Nós raramente temos um vislumbre do "por trás das cortinas" para
ver o Mágico puxando todas as cordas das marionetes e gerenciando os efeitos do
palco. No misticismo autêntico, esse momento de ver além e por trás do véu é chamado
de "gnose". Gnose é o momento em que o Mágico projeta a introvisão (yeshe) na "sua"
mente de que você mesmo é de fato o Mágico projetando "você" como agora
conhecendo a condição secreta ou verdadeira. A cortina foi retirada brevemente, então
"você" pode ver o que há de verdade. Naquele flash momentâneo, o "você" projetado
cessa, não é criado, e somente o Mágico permanece na gnose completa (rigpa) de sua
condição. Esta é a revelação gnóstica mística dos Sufis, dos místicos Cristãos, Cabalistas,
Taoistas, Xivaístas da Caxemira e todos os outros que viram ou conheceram a Fonte
Invisível. É essa Fonte invisível que é conhecida como a Grande Perfeição. Via Jackson
Peterson https://www.amazon.com.br/Supreme-Source-Fundamental-Tantra-
Dzogchen/dp/1559391200
Quinta-feira, 14 de dezembro de 2017 às 08:47 UTC-02
Nagarjuna escreveu: "Aquele que experimenta percepções não existe antes, durante ou
após as experiências de ver e assim por diante. Sabendo disso, todos os pensamentos de
um experimentador de percepções existentes ou inexistentes são anulados". Isso
significa que a consciência como rigpa, não "percebe" experiências. Rigpa não é um
"receptor" passivo. Rigpa é a fonte de criação profunda que projeta e gera a
experiência. É somente no momento do "flamejar" criativo que rigpa sabe que é um
flash criativo (vazio) e energético. O eu egoico da mente então salta como a testemunha
do flash criativo de rigpa, como agora visto como o "criado". A experiência é de ser uma
testemunha passiva de uma realidade pré-existente ou de um mundo independente "lá
fora". Torna-se mais interessante quando se reconhece que o momento da "testemunha
egoíca" ou de ser um "percebedor" também é um flash criativo da energia de rigpa.
Então, a testemunha egóica, bem como o mundo que está testemunhando, são os
flashes criativos vazios (tsal) de rigpa. Quando isso é visto de forma clara e direta, esta é
a realização da vaziez dupla (a vaziez de sujeito e objeto). Rigpa é uma inteligência
criativa muito profunda, infinita e invisível, cuja matriz potente de todas as realidades
possíveis continuamente brota espontaneamente. No Dzogchen, todos os fenômenos
são conhecidos como a energia projetada de rigpa como "tsal". O universo, os corpos, os
cérebros, as mentes, os pensamentos e a consciência localizada são apenas essa energia
"tsal" decorrente do Dharmakaya rigpa vazio (ou a Ordem Implícita). Nos primeiros
ensinamentos do Dzogchen Semde, Rigpa é chamado de "Kunje Gyalpo", "O Monarca
Todo Criador". O mais profundo tantra raíz do Semde é o "Kunje Gyalpo". Qualquer
pessoa seriamente interessada no Dzogchen deveria ter esse tantra raiz traduzido. (Link
abaixo) Assim como nossos sonhos à noite surgem de uma fonte subconsciente
desconhecida que cria todos os cenários, identidades e eventos que ocorrem durante o
sonho, da mesma forma, o Dharmakaya rigpa "cria" todos os cenários, identidades e
eventos do mundo experimentados na vida acordada. Tudo o que é visto e
experimentado é a energia "tsal" de rigpa, incluindo o "percebedor" da experiência. O
que “você” pensa, imagina, sente, considera, percebe, faz ou decide é o flamejar da
energia tsal de rigpa como esses fenômenos energéticos internos. O "você" projetado
não possui nenhuma autonomia além do ilusório "senso de autonomia" que também é
uma projeção de tsal como pensamento; exatamente o mesmo que se aplica à ilusória
"autonomia" do seu sonho em um sonho durante a noite. O subconsciente está a
escrever, dirigir e produzir o show dos sonhos sem que o elenco dos personagens
tenham a menor ideia de que eles são simplesmente projeções subconscientes. Nossa
situação é a mesma. Nós raramente temos um vislumbre do "por trás das cortinas" para
ver o Mágico puxando todas as cordas das marionetes e gerenciando os efeitos do
palco. No misticismo autêntico, esse momento de ver além e por trás do véu é chamado
de "gnose". Gnose é o momento em que o Mágico projeta a introvisão (yeshe) na "sua"
mente de que você mesmo é de fato o Mágico projetando "você" como agora
conhecendo a condição secreta ou verdadeira. A cortina foi retirada brevemente, então
"você" pode ver o que há de verdade. Naquele flash momentâneo, o "você" projetado
cessa, não é criado, e somente o Mágico permanece na gnose completa (rigpa) de sua
condição. Esta é a revelação gnóstica mística dos Sufis, dos místicos Cristãos, Cabalistas,
Taoistas, Xivaístas da Caxemira e todos os outros que viram ou conheceram a Fonte
Invisível. É essa Fonte invisível que é conhecida como a Grande Perfeição. Via Jackson
Peterson https://www.amazon.com.br/Supreme-Source-Fundamental-Tantra-
Dzogchen/dp/1559391200
Quinta-feira, 14 de dezembro de 2017 às 08:38 UTC-02
Esbabilizando Rigpa ou Mente Búdica Muitos dizem que tiveram experiências profundas
de rigpa ou Mente Búdica, mas logo se desvanecem. Então, o objetivo se torna re-
experimentar o estado e descobrir como estabilizá-lo. A maioria, se não todos, falham
no aspecto da estabilização relativamente permanente. Mas talvez seja sábio dar um
passo para trás e ver a situação de um ângulo diferente. Vejamos toda a ideia de
"estabilizar um estado". Primeiro, devemos perguntar "quem" está preocupado com a
"estabilização" de um estado? Qual entidade tem essa preocupação? Então, devemos
perguntar se é realmente a consciência de que alguém quer se estabilizar ou é um
grupo de características da experiência que "alguém" quer estabilizar, como abertura,
bem-aventurança, clareza e não-dualidade? A questão da "estabilização" pertence
apenas ao eu egoico. Rigpa ou a consciência desperta que busca a estabilização ou
algum estado? Se não é rigpa e nem o eu egoico, então quem está buscando
estabilização? Temos de concluir que a estabilização só poderia ser preocupante para o
eu egoico. Esta preocupação em si é uma dinâmica de apreensão egoica e samsárica.
Rigpa ou a consciência pura não é um conjunto de experiências a serem mantidas, mas
sim rigpa ou consciência pura é a cognição neutra dentro e como TODAS as experiências
de todos os tipos. O oceano precisa estabilizar seu estado como sendo água, mantendo
um certo padrão de ondas? Via Jackson Peterson
Segunda, 11 de dezembro de 2017 às 08:18 UTC-02
Além do Esforço e da Busca Qualquer esforço para alcançar a liberação, ou para alcançar
a iluminação, é sempre apenas um apego egoico a algo especial e maravilhoso para si.
Qualquer julgamento que o estado mental precisa melhorar, é também a mente egoica
buscando seu próprio aperfeiçoamento. É só a mente egoica que sofre no samsara. Toda
essa atividade egoica é em si a Mente Buda aparecendo livremente COMO essa
atividade egoica. O Conhecedor é a Mente Buda. O Conhecido é a Mente Buda. Só existe
a Mente Buda aparecendo como todos os fenômenos e atividades. Não importa como
gire, você está sempre de frente para a Mente Buda, e aquele que está de frente para a
Mente Buda, também é a Mente Buda.
Domingo, 10 de dezembro de 2017 às 09:35 UTC-02
A Visão Atiyoga Muitos praticantes antigos nunca escaparam da roda samsárica de
"práticas" sem fim e meditação. A teoria que eles costumam seguir é aquela em que
muitas vezes o "Absoluto" ou a Mente Buda foi experimentado, mas depois perdido
novamente, e de novo e de novo. A ideia é que, eventualmente, todas as sementes
cármicas que causam recaída em estados mentais e emocionais samsáricos, serão
purificadas e, finalmente, são erradicadas de forma completa e permanente. Então o
estado absoluto de uma Mente Buda seria permanente. Se alguém examinar essa visão
mais popular sobre a iluminação e a liberação, no Budismo, pode-se encontrar grandes
problemas com essa linha de lógica, a purificação gradual e o cultivo progressivo. Em
primeiro lugar, se um estado mental só pode ser perfeito depois de ter sido purificado
de todas as suas aflições, então o que é para se evitar que essa mente se aflija
novamente no futuro? Se pudesse ser afligida uma vez, poderia ser afligida novamente.
Todos os esforços de purificação seriam inúteis, independentemente de quão completo
eles se tornassem. Em segundo lugar, apenas uma mente ou consciência que nunca
poderia ser afligida em primeiro lugar, é digna de ser alvo de realização. Uma vez que
essa mente teria que ser sem uma origem temporal, ou então seria temporal e sujeita à
cessação. Portanto, tem que ser sem uma origem e qualquer coisa sem uma origem não
pode ter um ponto final. Esta mente, então, tem que estar totalmente presente agora,
bem como em todos os momentos. Uma vez que é sem uma origem, não deixa nada que
possa estar sujeito a mudanças, deterioração ou melhoria. O que é "consciente e
conhecido" neste momento, é a única constante na consciência. Esta "consciência como
o que é conhecido" neste momento existente é o nosso único candidato possível que se
qualifica para ser nosso alvo legítimo e autêntico. Ela tem e nunca teve aflições para
purificar. Portanto, não são necessárias ou úteis práticas de purificação ou
transformação. Em Atiyoga, essa Mente Buda absoluta do "conhecimento consciente"
comum é direcionada para se conhecer, por si só. Não há outra mente capaz de conhecer
essa Mente Buda absoluta além de si mesma. Ao fazer isso, a mente secundária, a
"mente buscadora", que é em si uma projeção da Mente absoluta de Buda, colapsa de
volta à Mente Buda. Esta "liberação" é uma liberação para aquilo que nunca esteve
preso e nunca poderia estar preso. Aquilo que pareceu estar aprisionado, foi visto que
nunca existiu em primeiro lugar, nem suas aflições imaginárias. Quem sofre é imaginário
e as causas do sofrimento imaginário são TODAS imaginárias! São todas ideias-de-
pensamento vazias como crenças equivocadas; apenas pensamentos vazios que
aparecem na Mente Buda perfeita. Todo o drama imaginário está surgindo naquela
mente Buda vazia como reflexos inofensivas (pensamentos vazios) que aparecem num
espelho imutável e sem manchas, nossa "consciência consciente" perfeitamente comum
e simples, tal como sempre é. https://youtu.be/3vQHpfzQfBE
Domingo, 10 de dezembro de 2017 às 08:49 UTC-02
P: Jackson Peterson a transmissão é necessária? R: De quem? Para Quem?
Sábado, 9 de dezembro de 2017 às 19:13 UTC-02
Como o Atiyoga Funciona O atiyoga está dizendo que você já é um Buda que funciona
plenamente. A questão é então, o que você está fazendo com suas energias criativas de
sua Natureza Búdica? Se você imagina que você contraiu sua Consciência Búdica como
sendo uma esfera de gelo, a Sabedoria Búdica e as qualidades Búdicas estarão
completamente contidas naquela esfera contraída da Consciência Búdica. Não há
necessidade de procurar pela "Sabedoria Búdica todo libertadora" fora do seu próprio
domínio da consciência existente. Quando essa esfera contraída da Consciência Búdica
cessa, aquelas atividades mentais que estão causando e mantendo a contração, a
liberação da contração e as Sabedorias Búdicas intrínsecas são liberadas na consciência
como introvisões profundos. Essa liberação não é atualizada por qualquer nova ação ou
esforço adicional; em vez disso, é atualizada através da cessação e relaxamento
espontâneo de todo esforço mental, apreensão conceitual e pensamento egocêntrico.
Eu digo "espontâneo" porque deve surgir ausente de um processo intencional de "eu
que fiz" isto ou aquilo, mesmo ausente dos menores esforços deliberados de "deixar ir",
"render-se", "devoção a uma figura de guru" ou "apenas relaxar". Todos estes só
reforçam as reificações já existentes, porque todos implicam que a ação seja gerada
através da crença em um "eu" como um agente da ação que pode agir e fazer através de
se acreditar que será "remunerado". A contração ainda permanece porque o "eu" ainda
é central em suas ações. O "eu" é a construção conceitual que centraliza a contração em
uma consciência localizada. É um tipo de paradoxo porque o que quer que “você” faça
para liberar seu "eu" só mantém a contração como sua escravidão. Mesmo a meditação
com sua "esperança" de melhoramento só promove a retenção da contração. O que
fazer? O atiyoga diz que não há nada para "você" fazer, incluindo "você" não "fazer"
nada. Em vez disso, os textos do Atiyoga falam da não-meditação. É um processo inicial
de retirar a atenção consciente e a intenção das exibições energéticas mentais e
sensoriais. É a intenção e a atenção investida em relação a todos os "tópicos" fixados,
que mantêm a contração energética em curso. A fixação principal esmagadora é o foco
contínuo no "eu" imaginário. Esta liberação súbita é inicialmente catalisada pela
"introdução direta" ou pelo "apontamento" do professor (como eu faço em meus
retiros). Isso inicia uma reação em cadeia da liberação súbita que vem de fora dos
esforços de "causa e efeito" do complexo egoíco. Um relaxamento muito natural e
profundo da tensão que vincula e mantém a contração primária funcionando ocorre. Se
for bem sucedido, um flash espontâneo da Sabedoria Búdica intrínseca informará e
transformará a atual perspectiva e visão samsárica. Reconhece-se imediatamente que a
Mente Búdica fascinou-se completamente em sua própria visão samsárica, acreditando
em seus próprios pensamentos. Somente a Mente Búdica pode sabotar sua própria
felicidade. E somente a Mente Búdica pode liberar suas próprias energias
autovinculantes; e, assim, transformá-las de volta espontaneamente em sua natureza
intrínseca como sabedoria e bem-aventurança. Via Jackson Peterson
Sábado, 9 de dezembro de 2017 às 18:58 UTC-02
Suzuki Roshi compartilhou um exemplo de como o dualismo, a raiz do samsara é gerado.
Ele disse; você está sentado em uma cadeira calmamente lendo. Há um gaio azul no
telhado cantando sua música azul de gaio. O som é experimentado na consciência, mas
nada é pensado sobre isso. É assim que o som está num estado não-dual com
consciência. Mas então, o gaio azul começa a ficar bastante barulhento ao caminhar no
telhado. A pessoa então pensa "ó, esse gaio azul no telhado está me perturbando." O
gaio azul não está mais "em" unicidade com a consciência, mas é rotulado como estando
"lá fora" no telhado. Mas na verdade, os sons ainda estão ocorrendo unicamente dentro
da consciência, não "lá em cima" no telhado. Todos os fenômenos são nossa consciência
aparecendo unicamente "dentro" da consciência, mas através da nomeação e rotulagem
a mente cria a ideia de que os fenômenos estão realmente "lá fora", à parte da nossa
consciência. Assim é exatamente como o samsara é gerado. Imagina-se que as
aparências e os fenômenos que ESTÃO em nossa consciência existem à parte de nós
mesmos como consciência, "lá fora". As noções de "espaço" vazio que separam as coisas
da nossa consciência, são também apenas construções mentais. No primeiro momento
descrito, o homem e o som do pássaro azul eram a "unicidade" do observador e
observado. No segundo caso, o "observador" separou conceitualmente o som do
pássaro azul de si mesmo, quando o pássaro agora estava sendo "observado" como
separado e "lá em cima" no telhado através do pensamento. Na ausência do
pensamento, estamos sempre no estado não-dual da Realidade, ausente de samsara.
--Jackson Peterson https://www.youtube.com/watch?v=5-5pIQRgw1E
Sábado, 9 de dezembro de 2017 às 18:22 UTC-02
A consciência e a experiência deixada sem-conceitualização (não pensar sobre e definir)
são não-eu e nirvana. A consciência e a experiência conceitualizada (pensar sobre e
definir) são um eu fictício que sofre no samsara.
Sexta, 8 de dezembro de 2017 às 21:08 UTC-02
Rulog "Rulog" no Tibetano refere-se ao processo de reversão de volta ao nosso Estado
Natural primordial como o Dharmakaya vazio. Há um arco externo na materialização da
consciência, onde a consciência ou a consciência pura, parece incorporar-se numa
dimensão material. Faz isso através de um processo de contração energética e
conceitualização. A oferta do Dzogchen e Mahamudra significa que o processo pode ser
revertido; o arco de retorno ao Estado Natural original e primordial. A tradição Bon tem
sua própria metodologia, do mestre Bon do Dzogchen do século VIII, Dawa Gyaltsen. Em
princípio, nós (com os olhos fechados) tomamos nosso estado de mente atual e
notamos que ele aparece em nossa mente como consciência. Em seguida, notamos a
natureza vazia da nossa mente em que esse estado atual está aparecendo. Nós
reconhecemos claramente essa qualidade "vazia" da mente. Neste ponto, o "estado de
mente" original como uma espécie de estado-mental desconfortável, se dissolveu
revelando sua natureza vazia. Depois, notamos que, apesar de nossa mente estar vazia,
ainda há uma consciência presente que reconhece essa qualidade vazia. Ao notar a
qualidade não-dual da vaziez e da consciência, agora percebemos a Mente de Clara Luz
não-dual. Porque é não-dual, a mente dualista conceitualizadora e pensante (sem)
desaparece. Se alguém então relaxa na natureza vazia da Mente de Clara Luz, a sua
própria consciência revela-se como a Vaziez como a Base do Ser (zhi). Por ser essa
Vaziez, é vividamente conhecido que você está fora do universo do espaço/tempo e,
que, em vez disso, o universo do espaço/tempo e todos os seus fenômenos se
manifestando estão aparecendo em você como o anfitrião vazio. Isso então é seguido
pela experiência de que todos os fenômenos do espaço/tempo e estados mentais estão
fluindo para fora de você como sendo a sua fonte como a Vaziez. Isto é como todos os
reflexos começam a brotar de um espelho vazio e cristalino e aparecem dentro do
próprio espelho, mas sem "tocá-lo". Você, como o Estado Natural da Vaziez primordial,
pleno de infinitos potenciais criativos, nunca se moveu ou apareceu, apenas os
potenciais que brotam (tsal) na manifestação aparentemente se moveram. "Voltar" para
a Mente de Clara Luz é bastante fácil, mas a liberação na vaziez total da Base parece
bastante aleatória e imprevisível; eu posso atestar que isso acontece, e quando isso
acontece, é como ver de uma visão revertida completa de 180 graus como um relampejo
da sabedoria última. Você não é mais uma formação energética da consciência que
busca sua própria natureza vazia, mas de repente é a própria Natureza Vazia fazendo
brotar o universo inteiro a partir de sua vaziez. Você como uma formação energética da
consciência, dissolvida em sua própria Base da Vaziez Conhecedora original. Sendo a
consciência vazia e transparente que é cognitivamente experimentada como estando
fora do universo e ainda assim em uma condição não-dual com todas as aparências, é
impossível de transmitir conceitualmente. Trabalhe um pouco com essa metodologia e
compartilhe seus resultados. Estes vídeos assistidos nesta ordem pelo mestre de
Dzogchen Bon, Tenzin Wangyal, podem ser muito úteis.
https://www.youtube.com/watch?
v=gUqoKDJDwfk&list=PLTTWvgolbvrxfW5E606bByoemyH_CN9Pq Via Jackson Peterson
Sexta, 8 de dezembro de 2017 às 21:00 UTC-02
Aprender um Tibetano básico é extremamente valioso: Rigpa Yeshe Togpa Rang drol Zhi
Kunzhi Chosku Choying Ying Dronma Kati Tsa rLung Thigle Dag Dagnyid Sem Semnyid
Rangjyung Rig sTong sTongpa Lhug pa Rulog Zangthal O'dsal Ting'e dzin Salwa Jalu
Trekchod Long Chenpo Chagchen Lus Sherab Mitogpa Dewa Tsal Rolpa Dang Gyan
Yermed Nyimed Dushes Shes pa Nampar Kunzhi Samtan Changchub Dorje Gompa Min
sam Dorje Gyu Chozhag Nyamnyid Nyam Tsol med Yid Yid lus Bardo Khorde Rushan
Tulku Gyu Marigpa Gom med Via J.P
Sexta, 8 de dezembro de 2017 às 20:59 UTC-02
Se a Base é o Puro Nirvana, como surge o samsara? Surge como cada pensamento. Cada
pensamento infere um sujeito fictício e um objeto fictício. J.P
Sexta, 8 de dezembro de 2017 às 20:58 UTC-02
Rigpa como A Fonte Criativa do Samsara O samsara não é um acidente. "A rigpa todo
conhecedora" como Samantabhadra, projeta uma consciência secundária e uma
dimensão para que ele apareça dentro. Então, nessa consciência secundária, "habita"
um eu imaginário, como sendo "quem" ele é. Esta é a harmonia mais elevada de como
nossa mente gera uma paisagem onírica em nossos sonhos à noite, bem como a
sensação de que "eu sou" o personagem dos sonhos que aparece no sonho. Rigpa pode
sair desse jogo a qualquer momento. Reconhecer que sua auto-identidade imaginária e
sua mandala ou dimensão são apenas a sua própria projeção criativa como o tsal ou a
energia da própria rigpa. Rigpa cria a ilusão de ser uma auto-identidade separada e
localizada através do pensamento. Não há nada para uma pessoa ou identidade mais do
que apenas formas de pensamento de rigpa. Rigpa também cria esse "eu" como não
conhecendo sua dimensão (o campo de jogo), que também é apenas uma projeção de
luz colorida da energia de rigpa, assim como seu eu imaginário (o jogador). Podemos
acabar ou ajustar a qualidade do jogo, simplesmente fazendo com que o eu ou a mente
projetada olhe para trás para a Fonte vazia que está sempre presente e consciente, mas
nunca entrou no jogo. Isso faz com que a projeção da forma de pensamento do "eu"
colapse e desapareça. Atrás dos olhos e da testa: "Em um palácio de cristal de luz
totalmente clara, além das formas de mensuração e enumeração, sem pensar nisso ou
fazer qualquer coisa, há a suprema auto-evidência de uma pura personificação da
consciência imutável". Do primeiro tantra do Semde do Dzogchen, "O Grande Tantra de
Vajrasattva", traduzido por Chris Wilkinson Via J.P
Quinta-feira, 7 de dezembro de 2017 às 08:27 UTC-02
De outro trecho: Ninguém existe para despertar ou realizar[perceber] qualquer coisa.
Esse "processo de pensamento" egóico cessa e tudo o que resta é o que sempre esteve
lá: Mente Buda. �
Terça-feira, 5 de dezembro de 2017 às 19:29 UTC-02
Ati "Mais uma vez, nesta perspectiva, a visão não deve ser considerada como uma causa.
A visão, que é não-visão, é a meditação; onde a causa não é separada do efeito, o efeito
também pode ser considerado a causa. Mas a visão não pode ser aprendida; nenhuma
quantidade de esforço num caminho graduado pode induzi-la; só pode ser
existencialmente-experiencialmente realizada." Tradutor e mestre dzogchen, Keith
Dowman
Terça-feira, 5 de dezembro de 2017 às 17:12 UTC-02
Mestre Dzogchen Changchub Dorje "Você sabe, pode investigar e meditar por uma
centena de anos e não estar movendo-se para a liberdade. A grande perfeição natural é
a consciência presente neste momento."
Terça-feira, 5 de dezembro de 2017 às 17:10 UTC-02
Do tantra Dzogchen, "Thigle Kunsel" "Como já dissemos, de acordo com o ensino mais
elevado, autossurgimento, autoliberação, toda a aparência é criada-pela-mente e
controlada-pela-mente e nenhum campo objetivo externo existe para ser apreendido.
Quando a natureza da mente é realizada, a consciência presente domina, e nenhum
agente mental da percepção - nenhum "percebedor" - apreende nada." "Na presença
pura, que é livre de percepção dualista, o esplendor intrínseco da consciência atual
brilha. Como um arco-íris aparecendo vividamente no céu, a luz da consciência brilha na
matriz da realidade. Essa luz é todo permeada sem centro ou circunferência."
Segunda, 4 de dezembro de 2017 às 22:03 UTC-02
P. Como eu sei se esses ensinamentos realmente estão sendo integrados de forma
significativa? R. Primeiro, deve haver uma melhora geral do humor. Você se sente feliz
na maioria das vezes. A vida deveria parecer menos estressante. As quedas não nos
abatem, e a resiliência é melhor. Menos consumo de álcool (e drogas). Outros podem
comentar que você parece mais relaxado, amável e íntimo. A vida flui de forma mais
espontânea e natural. Sua atenção permanece principalmente no presente com menos
pensamento sobre o passado e futuro. Você pensa mais em beneficiar os outros do que
a si mesmo. Estes são os sinais mais comuns do aumento da visão e da sabedoria. Para
além destes, estão os sinais mais extraordinários. Chamamos estes de sidis ou poderes
espirituais como a telepatia, a clarividência e as sincronicidades profundas. O corpo sutil
da energia interna dos chacras torna-se visivelmente ativo, especialmente o chacra da
coroa. Estes não são objetivos, mas são o desenrolar natural das qualidades Búdicas que
são intrínsecas a um Buda que se espera que se desenrolem. Provavelmente, o mais
importante é a aparência inegável do amor incondicional por tudo e todos, uma
bondade amorosa que parece não ter limites. Jackson Peterson
Segunda, 4 de dezembro de 2017 às 21:57 UTC-02
O Olho de Rigpa O "Olho de Rigpa" é o que vê nossos sonhos, devaneios, imagens
mentais e o "mundo exterior". Nós sabemos que os olhos físicos não podem "ver"
objetos ou coisas. Os olhos são receptores passivos de pulsos de energia
eletromagnética chamados fótons. Os olhos não são câmeras que olhamos para fora.
Um fóton atinge a retina, estimula uma reação química que provoca uma reação em
cadeia do nervo óptico no córtex occipital na parte de trás do cérebro. Nenhuma figura
ou imagem está viajando por e ao longo do nervo óptico. Essas reações químicas são
processadas e são transformadas em imagens mentais e filmes mentais. Nós então
experimentamos esses filmes fabricados que estão ocorrendo dentro do crânio. Nunca
vemos o mundo "externo", só vemos e ouvimos os filmes que ocorrem dentro do nosso
crânio. Mas o que é que está assistindo os filmes, seja como devaneios, sonhos noturnos
ou paisagens externas? Nós sabemos que nossos olhos físicos não podem estar olhando
para as imagens que aparecem dentro de nossa mente e crânio. É o Olho de Rigpa que é
o conhecedor ou observador. Também é chamado de "Terceiro Olho" e o "Olho da
Sabedoria". Na verdade, fica de volta ao centro do cérebro perto da glândula pineal. É o
"espelho" imutável em que todos os filmes e imagens internas se manifestam como
reflexos vazios em uma esfera de cristal. "Somos algo como uma esfera de cristal. Se há
uma esfera de cristal, desde o início ela foi pura e clara – essa é a qualidade de uma
esfera de cristal. A esfera de cristal em si nunca muda." Namkhai Norbu Dilgo Khyentse
Rinpoche escreveu: "As projeções do pensamento e a consciência (rigpa) são as mesmas?
Não, não são as mesmas, porque as projeções se movem e a consciência (rigpa) não".
"Nós somos exatamente o que somos, o Estado Natural, que é como um espelho. É claro
e vazio, e ainda assim reflete tudo, todas as vidas e existências possíveis. Mas nunca
muda e não depende de mais nada ". Bon Lopon Tenzin Namdak Via Jackson Peterson
Segunda, 4 de dezembro de 2017 às 21:55 UTC-02
Dzogchen Nyingthig Os ensinamentos do Dzogchen foram categorizados em três
seções: Semde como a seção da "mente", Longde como a seção do "espaço", e
Mengagde ou Upadesha como a seção das instruções orais. Mais recentemente, tenho
ensinado pela perspectiva do Semde. Para mim, isso corresponde à seção "trekchod" da
Upadesha. Trata-se de reconhecer a "natureza primordial da mente" (rigpa) e descansar,
relaxando como isto. É um caminho completo em si mesmo e é baseado na natureza
vazia ou naturalmente pura (kadag) de rigpa. No entanto, o coração da Upadesha ou
Mengagde é expresso como o que é conhecido como ensinamentos "Nyingthig" ou
"essência do coração". Grande parte do Semde foi associada a Vairocana e grande parte
do "Nyingthig" está associada a Vimalamitra. Ter uma boa base no Semde é uma
excelente preparação para o "Nyingthig". À medida que a introvisão do Semde
amadurece muitos dos fenômenos únicos do Nyingthig começam a aparecer na prática;
e esses fenômenos estão associados aos ensinamentos Nyingthig da seção Thogal. Em
vez de enfatizar o aspecto da vaziez de rigpa, em Nyingthig as manifestações da
luminosidade espontânea (lhundrub) tornam-se o foco ou tópico. Em Nyingthig, o
aspecto da vaziez ou kadag (pureza primordial) é tratado na seção chamada "trekchod"
(cortar). Quando isso estiver um tanto estável ou intimamente familiar, então se pratica
Thogal usando vários meios associados às várias fontes de luz secundárias, como o sol, a
lua, a luz de vela ou várias lâmpadas elétricas, bem como práticas de meditação na
escuridão total. No entanto, o Thogal não é sobre "fenômenos" de luz percebidos, mas
sim a gnose da "clara luz cognitiva" que surge do centro do coração mais íntimo através
de um canal de luz muito sutil semelhante a um cristal que se conecta ao centro de suas
pupilas (Kati). À medida que a clara luz surge e preenche os canais sutis de luz da
energia do chakra da cebeça e os canais dos olhos, experimenta-se a qualidade da
sabedoria transparente e mais surpreendente, que eu chamo de Mente de Clara Luz.
Através de uma maior envolvimento na prática de Thogal, a condição não-dual de uma
transparência e conhecimento ilimitados (zangal) se tronará vasta e expansiva: A
verdadeira certeza do que você é será liberada de todas as dúvidas permanentemente.
Você é essa Clara Luz de Sabedoria transparente e vazia, que é incondicionada através
do tempo e eventos espaciais, como um espelho. Esta gnose (sabedoria) é uma
qualidade primordial da própria rigpa e é sempre a mesma experiência de introvisão
para todos. Nessa clareza gnóstica, experimenta-se o universo como uma exibição
holográfica semi-transparente de sua própria luz radiante, incluindo o corpo físico.
Nessa clareza, a "vaziez dupla" é experiencialmente conhecida. Você não obtém esta
transparência de sabedoria do Semde sozinho, mas essa é a rotina no Nyingthig.
Atualmente, quero gastar algum tempo na introdução dos elementos-chave da teoria e
da prática do Nyingthig, mas a teoria é realmente a prática. O melhor lugar para
começar é com a prática de "olhar para o céu" ou "olhar para o espaço". A chave é trazer
sua "consciência" para seus olhos enquanto você olha. As instruções completas de ‘olhar
para o céu’ estão no meu livro no apêndice começando na página 187. Depois
recomendo também executar a "Prática da Luz Interior" nas páginas 188-189. Também
faça a prática "Abrindo o Olho da Sabedoria" nas páginas 190-91. Esta última é
especialmente útil quando vai dormir à noite e antes de sair da cama. Supercarrega e
“impulsiona” o processo de desdobramento da clara luz transparente todas as manhãs.
Em vez de serem chamados de "chakras", os centros vitais da Clara Luz de Rigpa são
chamados de "dronma" ou lâmpadas. É por ativar esses chakras de luz sutil que rigpa e
sua luminosidade chegam plenamente à maturidade. O princípio é este: "para onde quer
que você direcione sua atenção, isso torna-se ativado e energizado e você obtém mais
disso". Então, se você se focar em pensamentos e conceitos, você terá mais mente
cármica. Se você se concentrar nos chakras padrão, você obtém experiência da
sabedoria real da kundalini. Se você se focar na "presença da consciência conhecedora"
vazia de sua própria mente, você obtém uma qualidade de rigpa diretamente. Se você
"se concentrar" na Clara Luz, experienciada através da prática de Thogal, você Vê TUDO
como realmente é. Ensino o Thogal em meus retiros e ofereço instruções e orientação
no meu grupo "Dzogchen Thogal" do FB, que todos sejam bem vindos para participar.
Via Jackson Peterson
Segunda, 4 de dezembro de 2017 às 21:53 UTC-02
O professor do Dzogchen, Chokyi Nyima: "O tipo de obscurecimento mais sutil é
simplesmente conceber algo – como simplesmente pensar, "É isso". Qualquer noção que
possamos manter ainda é uma forma de conceitualizar as três esferas: sujeito, objeto e
ação. Sempre que houver um pensamento que conceba as três esferas, o carma é criado.
As pessoas perguntam: 'O que é o carma? Eu não entendi! Onde está o carma?" Na
verdade, o carma é nossa mente concebendo algo. O carma são os feitos da mente
conceitual. Esta forma sutil de uma noção de qualquer coisa é como uma teia, uma
névoa que obscurece nossa talidade inata, assim como a névoa obscurece o sol de ser
vividamente visto. O grande mestre Nagarjuna disse: "Não há nenhum samsara além de
seus próprios pensamentos" O samsara é baseado no pensamento; o samsara é feito
pelo pensamento. Via J.P.
Sábado, 2 de dezembro de 2017 às 10:26 UTC-02
Ausência de uma Pessoa Genérica Parece que um dos maiores erros dentro da nossa
percepção cognitiva é acreditar que existe um "mim-eu" contínuo e imutável ao qual
vários estados emocionais aparecem. Como em alguns dias, "eu" tenho sentimentos
tristes. Ou "eu" tenho sentimentos de alegria. Ou às vezes a ansiedade e o medo “me”
atormentam. Em todos os casos, parece que existe um "mim" constante que
experimenta várias emoções que vêm e vão, com o "mim" sendo apenas uma
testemunha do fluxo interminável de visitantes. No entanto, em nossos sonhos à noite,
quando temos medo, é óbvio que não existe nenhum "eu" independente que tenha
sentimentos de medo; em vez disso, o subconsciente está criando um "eu medroso". No
entanto, em um sonho, o subconsciente está criando esse momento de experiência
subjetiva em "uma peça" como o eu COM características; assim como o cenário do
sonho. Não cria primeiro as árvores e, em seguida, adiciona as cores e as folhas mais
tarde, mas é tudo de uma só vez. Da mesma forma, não cria primeiro "você" e, em
seguida, adiciona a emoção a um "você" genérico como o sonho continua. Você e seu
estado emocional no sonho são criados como um "eu emocionalizado". Portanto, não
existe um eu genérico e nu que mude a roupa emocional. É o mesmo durante a nossa
vida diária. Não há um eu genérico ou "mim" que tenha diferentes condições internas,
psicológicas ou emocionais que venham e vão como visitantes dessa autoidentidade
estática. Em vez disso, o subconsciente gera um "eu triste" ou um "eu medroso" ou um
"eu irritado" ou um "eu entediado" e etc., tudo como uma peça. Não há um "eu"
independente que vários pensamentos, emoções e percepções aparecem "para".
Qualquer "eu-mim" é uma projeção do condicionamento subconsciente, memória e
imaginação. O "eu" e os estados emocionais são não-duais. O estado emocional, as
memórias e os pensamentos sobre identidade são o que define o "eu" atual. Retire-os e
não há "eu" restante "para ter" experiências. Nunca houve um "eu" independente real
além deste imaginado, assim como a pessoa que você "parecia" ser no sonho da noite
passada. Então, o "ego" é apenas a qualidade do quão autocentrado o "eu" está sendo
gerado como. Não há um "mim" que tenha um ego separado. Não há nenhuma entidade
ou "eu" que experimenta sofrimento; em vez disso, o subconsciente gera e projeta um
personagem de desenho animado dum "eu sofredor" na consciência desperta. O "eu"
atual não "experimenta" os vários traços cármicos, mas antes, o "eu" atual É os traços
cármicos. O cidadão do samsara, bem como o "buscador" diligente da iluminação, são
igualmente projeções mentais sendo projetadas exatamente como os traços cármicos
determinam com base na originação dependente. Sem qualquer "mim", eu ou
identidade, quem é você? Quero dizer, realmente, quem é você? Jackson Peterson
Sábado, 2 de dezembro de 2017 às 10:24 UTC-02
"Eu tinha e depois perdi meu estado de consciência pura e desperta". Isso é verdade?
Todos os buscadores têm momentos profundos quando sentem estar em um estado de
consciência completamente desperta e pura (chamado de rigpa no Dzogchen), que são
então inevitavelmente seguidos por momentos em que se sente que se tornou instável
e que depois o "perderam". A assim chamada consciência plenamente desperta (rigpa
no Dzogchen) não é algo que vem e vai; mas os pensamentos de "sê-la" ou "estar nela" e
a "perdê-la", vêm e vão. Mas o vasto espaço de consciência pura sempre-desperta não
vacila ou muda. É o conteúdo que aparece dentro desse espaço consciente que flutua,
mas não o espaço de consciência como o contexto. Os reflexos em um espelho flutuam,
mas o vidro claro e transparente do espelho é sempre estável. Não é que você seja um
eu estável onde vários sentimentos de sofrimento aparecem para e desaparecem em;
mas sim a mente subconsciente do condicionamento cármico projeta um "eu sofredor"
que é projetado totalmente integrado dentro de um pacote de memórias,
condicionamentos, sentimentos e autoimagens semelhantes a um casulo. Isto é
exatamente como uma identidade subjetiva é gerada em seus sonhos noturnos. Parece
que você é um eu real com sentimentos reais durante o seu sonho. Mas, ao despertar, é
óbvio que o eu do sonho e seus pensamentos e sentimentos eram simples projeções de
sonhos subconscientes. Nosso senso de identidade pessoal e individualidade durante
nossas horas no estado de vigília é exatamente o mesmo: é uma projeção do
condicionamento subconsciente, memórias, sentimentos de individualidade pessoal e
autoimagens, tudo dentro da história imaginária do "eu". Isso está apontando para o
fato de que o eu que pensa que ganha e depois perde um estado puro da consciência
desperta, é em si, apenas uma projeção de autoimagens subconscientes e suas histórias;
todos aparecendo no que é verdadeiramente estável e imutável; o espaço atemporal da
consciência pura. Quando naquele momento sombrio de tê-la "perdido"; pergunte:
"quem a perdeu?", "qual entidade ganha ou perde a consciência pura?". A verdadeira
resposta a esses inquéritos penosos será sempre: "o subconsciente está projetando um
senso de "eu", um eu imaginário que sente que a “perdeu”. Não existe um eu "real"
como o buscador ou praticante. Ambas são meras projeções fictícias do
condicionamento subconsciente. Não há um verdadeiro eu sofredor. Vê? Jackson
Peterson
Sábado, 2 de dezembro de 2017 às 10:22 UTC-02
Chakra da Coroa O chakra da coroa contém a infinitude do vasto espaço vazio
consciente e imutável. Todos os fenômenos, todos os universos, planetas e mundos só
ocorrem dentro do chakra da coroa como hologramas da luminosidade vazia. J.P N.T. O
Chackra da Coroa como o Dharmadhatu, o espaço básico dos fenômenos.
Sábado, 2 de dezembro de 2017 às 10:21 UTC-02
Quando a mente se concentra em pensamentos, o samsara surge continuamente.
Quando focada no chakra da coroa na fontanela, a libertação surge continuamente. J.P
Sábado, 2 de dezembro de 2017 às 10:17 UTC-02
Iluminação Súbita no Dzogchen A maioria pensa que o Dzogchen oferece uma
transformação da mente muito breve e rápida em uma Mente Búdica. Na verdade, não
há transformação e nenhum caminho de qualquer tipo no Dzogchen. Isso é porque esse
aspecto de nossa consciência que é a "consciência observadora" que conhece as
experiências está ocorrendo e não requer mudança ou transformação. Já é perfeita
como a consciência imutável que é o núcleo conhecedor em todos os momentos
cognitivos. Não há outro caminho que eu conheça, que indique que nenhuma mudança
em qualquer aspecto da mente ou do corpo é necessário. A consciência vazia que
hospeda todas as percepções, pensamentos, sentimentos e sensações, não é melhorada
ou prejudicada por nenhuma experiência. Não é um eu, nem uma identidade, nem um
indivíduo, é a própria Mente Búdica perfeita e imutável. Como discernir
instantaneamente essa Mente Búdica imutável e perfeita? O que conhece e está ciente
dessas palavras escritas, é essa Mente Búdica. Por favor, leia isso algumas vezes,
contemple seu significado e termine seu "projeto de iluminação" para sempre! J.P
Sábado, 2 de dezembro de 2017 às 10:14 UTC-02
Trekchod: É uma simulação de rigpa natural, que corta todas as crenças e identidades
fixas, deixando rigpa desnuda totalmente exposta como o que você é. Não tente
corrigir, melhorar ou alterar qualquer aspecto do corpo, energia, mente ou consciência.
1. Deixe seu corpo como-é. 2. Deixe seus olhos (sentidos) observando o que quer que
esteja ocorrendo, como-é. 3. Deixe sua consciência pura (rigpa) que é conhecida dentro
de todos os pensamentos e percepções, tal como-é. 4. Deixe sua dimensão total de
percepções e experiências, como-é. Jackson Peterson
Sábado, 2 de dezembro de 2017 às 10:10 UTC-02
Rigpa e o Chakra da Coroa O chakra da coroa é o assento da sua consciência de
sabedoria, COMO essa consciência de sabedoria. É a formação do Sambhogakaya como
o corpo psíquico sutil de rigpa. Se o chakra da coroa é contraído e fechado, a sabedoria
de rigpa é impossível; é por isso que todas as tradições dependem da kundalini yoga
(tumo yoga) para abrir e des-solidificar a contração da coroa. Ao ter uma autêntica
experiência "fora do corpo", o chakra da coroa deixa o crânio físico, pois é a sua
consciência real que está fora do corpo. O chakra da coroa é a formação energética de
rigpa que pode ser contraída ou aberta como uma flor de lótus desabrochada. A
substância energética é chamada de "kundalini"; uma forma muito sutil de prana
(thigle). O espaço interno mais interior do chakra da coroa é o imutável Dharmakaya ou
a Vaziez; o "espelho", onde todas as percepções e pensamentos surgem e se dissolvem.
"O canal central está aberto na coroa da sua cabeça e há um chakra como uma flor de
genciana azul lá, pendurado de cabeça para baixo". Lopon Namdak O lótus da coroa
totalmente aberto com o olho de sabedoria de rigpa totalmente exposto. Jackson
Peterson
Sábado, 2 de dezembro de 2017 às 10:09 UTC-02
"Todos os fenômenos da existência são todos a (energia) rolpa do dharmakaya. Todos os
tipos de pensamentos – não importa quais tipos de pensamentos, bons, maus, qualquer
coisa – são uma forma da Sabedoria AutoConsciente. Todos os sofrimentos e misérias
são todos como a decoração da Natureza Vazia. Este Estado não pode ser encontrado
por uma busca rigorosa, determinada ou cultivada [de maneira alguma]; é a Natureza
(rigpa). Se você pratica ou estuda ou se não faz nada [isso não muda]; esta é a Natureza
real. Não é encontrada pela meditação". Bon Lopon Tenzin Namdak
Sábado, 2 de dezembro de 2017 às 10:08 UTC-02
Conhecimento e Observador No Dzogchen consideramos cada momento da consciência
ou da experiência, como um momento de rigpa (consciência absoluta) manifestando-se
COMO esse momento da experiência. Isso significa que cada momento da experiência
como um momento de consciência tem três qualidades básicas: 1. É uma natureza
insubstancial vazia. É necessário que a natureza seja vazia ou o próximo momento de
consciência não teria espaço para surgir 2. É uma presença vívida como consciência
conhecedora. 3. A textura é sentida como uma formação energética. Seu "senso de eu"
como aquele que lê isso, bem como todas as outras percepções, estados mentais,
pensamentos, imagens, emoções e sensações; são todos momentos de rigpa
manifestando-se COMO esses fenômenos. Quanto maior a densidade ou contração
como o aspecto de sua formação energética (identidade pessoal), menos haverá
consciência de sua natureza vazia e autoconhecedora. Essa é a raiz da experiência
samsárica da confusão da identidade e seu sofrimento resultante. Rigpa não possui
identidade fixa. A saída deste ciclo samsárico de autorreificação consiste em mudar de
ser mentalmente envolvido na narrativa mental do devaneio atual, para ser o
observador da narrativa mental e todas as percepções. É como mudar de papel de ser
um reflexo em um espelho para ser o próprio espelho. Em vez de roboticamente
exteriorizarmos nossos pensamentos e dinâmicas emocionais, nós os observamos. Por
essa simples mudança, os momentos da experiência revelam automaticamente a
natureza aberta e vazia da experiência, bem como vivificam a qualidade conhecedora da
própria rigpa. A sabedoria autossurgida (rang-jyung yeshe) ou prajna é um aspecto da
qualidade "conhecedora" dos três aspectos de todos os momentos da experiência.
Então, "inclinando-se" para a qualidade de observação pura dentro de todas as
experiências, a liberação das formações energéticas e a sabedoria que revela sua vaziez
se tornam conhecidas. O estado em que rigpa desabrocha plenamente como uma
sabedoria de sua própria natureza é chamado de "Mente de Clara Luz". Este é um
estado de consciência pura onde as formações energéticas se autoliberaram ou foram
liberadas de serem sujeitos e objetos aparentes. A Mente de Clara Luz é uma
consciência consciente pura e vazia que não tem autorreferência pessoal e nenhum
objeto na consciência. É completamente transparente por inteira. No entanto, as
exibições coloridas e energéticas ainda surgem, mas não são conceitualmente
designadas ou reificadas. Tudo "se libera após o surgimento" em vez de se tornarem
aparentes e de serem rotuladas de "coisas" e identidades individuais existentes como
eus pessoais. Então, as instruções aqui são para mudar inicialmente para o modo de
observação estritamente impessoal. Eventualmente, observe a sensação de ser um
"observador" também. Todos podem fazer isso porque esta "natureza consciente e
conhecedora" impessoal é o que a pessoa intrinsecamente e verdadeiramente é. A
qualidade iluminante dentro da "observação consciente e conhecedora" reverterá a
contração samsárica. Isto é como um cubo de gelo focado em seu próprio estado fluido
intrínseco em vez de autorreificar seu estado sólido através do pensamento. Tenzin
Palmo é uma professora extraordinária que passou 12 anos meditando em uma caverna
na Índia e é a monja ordenada viva mais antiga no Budismo Tibetano. Ela fundou e
construiu um mosteiro para as monjas na Índia. Ela dá um maravilhoso ensinamento de
"apontar" aqui neste primeiro vídeo. O segundo vídeo é a história da vida chamada "The
Cave in the Snow" (A Caverna na Neve). https://youtu.be/Fwh5_I4HdnA A Caverna na
Neve: https://youtu.be/-Y57hlgn85o Via Jackson Peterson
Sábado, 2 de dezembro de 2017 às 10:04 UTC-02
O Estado Natural do Nirvana As Duas Verdades Últimas Primeira Verdade: "Nossa
condição permanente é sempre o Nirvana" Segunda Verdade: "O que quer que pareça
contrariar ou refutar a "Primeira Verdade", é apenas um pensamento fictício". A beleza
desse caminho é que, quando você pensou que não poderia melhorar; isso acontece! J.P
Sábado, 2 de dezembro de 2017 às 10:03 UTC-02
Identificando Rigpa em Cada Momento "Você" NÃO pode identificar rigpa em nenhum
momento. O "alguém" que está tentando identificar rigpa dentro de sua consciência é
em si uma projeção DE rigpa. Rigpa está projetando o "alguém" que está buscando
identificar rigpa. Uma projeção não tem capacidade para reconhecer nada nem sua
própria fonte. Em um cinema, os personagens projetados na tela do filme NUNCA
podem reconhecer o projetor do filme. Quando o projetor deixa de projetar o filme,
então há apenas o projetor conhecendo o projetor. J.P
Sábado, 2 de dezembro de 2017 às 10:02 UTC-02
Originação Dependente e Originação Rigpa Eu sempre estive preso em um paradoxo
intelectual entre as duas apresentações oferecidas pelo Dzogchen e os ensinamentos
tradicionais Budista da vaziez. Parecia impossível visualizar como todos os fenômenos
são dependentes uns dos outros, mas mesmo assim surgem como a energia tsal de
rigpa, enquanto são dependentes apenas de sua fonte como rigpa. Então, hoje eu li uma
metáfora maravilhosa que clarificou e uniu as duas perspectivas: Note a imagem da
forma do cone. Rigpa é o cume ou o ponto mais alto como a fonte vazia da qual o cone
flui para fora. Os fenômenos na superfície externa do cone estão conectados
interdependentemente, todos dependentes uns dos outros, enquanto são sustentados
e dependentes, puramente como a exibição ativa de rigpa. Jackson Peterson
Sábado, 2 de dezembro de 2017 às 09:57 UTC-02
Claridade Livre de Pensamento A Consciência Pura ou rigpa é um tipo de consciência ou
consciência desperta que não tem pensamentos em si mesma. Desta forma, é mais
como a nossa capacidade de ver e ouvir. Nossa faculdade de ver não tem pensamentos
sobre o que está vendo; outra faculdade chamada de "mente pensante" (sem) é que
pensa sobre o que é visto. Do mesmo modo, a consciência de rigpa, também não tem
capacidade de pensar, a mente pensante é uma faculdade ou capacidade diferente. Por
um momento, basta fazer uma pausa e ser simplesmente consciente sem um tópico de
pensamento e sem se fixar em uma percepção. Note como a consciência pode ficar
sozinha sem pensamentos ou percepções. Trabalhe nisso por algum tempo até que esta
consciência vazia, porém totalmente presente, seja experienciada independentemente
de pensamentos e percepções. Essa consciência vazia, porém totalmente presente, é a
Natureza Búdica "intocada" que nunca muda. Os estados de turbulência ou sofrimento
na vida são meramente o jogo de pensamentos que aparecem para essa consciência.
Sem pensamentos, a turbulência, o sofrimento e a sensação de ser uma identidade
diferente da consciência de rigpa desaparecem. O samsara não é nada mais do que as
histórias de pensamento sobre um "eu" e são histórias de pensamento que o sustentam.
Alguns podem dizer "bem, os pensamentos não bloqueiam rigpa". Isso é verdade, mas
como se sente quando você tem um programa de TV tocando muito alto ao lado de
onde você está sentando enquanto está tentando ler? É por isso que, no Dzogchen,
ensina-se que os pensamentos são "distração". Eles não bloqueiam rigpa, mas dominam
seu campo cognitivo. Eles são o programa de TV que está sempre passando na sua
cabeça e capturando sua atenção. Neste caso, a atividade do pensamento bloqueia a
introvisão de sabedoria (yeshe) de rigpa de aparecer. É a energia atenta de rigpa que
aparece como pensamentos. No entanto, quando a energia atenta de rigpa está em
repouso dentro de rigpa, pois é o poder (tsal) da "presença pura", pensamentos e, por
conseguinte, o samsara, cessam e as sabedorias intrínsecas de rigpa surgem
espontaneamente. Então, primeiro reconheça a consciência vazia que não é dependente
de pensamentos e percepções, conforme instruído acima. Em seguida, deixe sua
atenção permanecer relaxada e inativa dentro dessa consciência, como a "presença"
dessa consciência. Então continue apenas assim. A indicação de fazer isso corretamente
é que as introvisões de sabedoria intrínseca de rigpa começarão a aparecer e todos os
pensamentos ficarão ausentes. Jackson Peterson
Domingo, 26 de novembro de 2017 às 12:53 UTC-02
A Mente Búdica está Fazendo Tudo! A Mente Búdica é quem você realmente é em todos
os momentos. Ela gera uma auto-identidade secundária que então sente que é o agente
causador de seus "próprios" pensamentos, intenções e ações. Este eu secundário é
como a identidade "você" parece estar em seus sonhos e estado de vigília. É uma
projeção da própria Mente Búdica, juntamente com todos os "seus" pensamentos,
intenções, sentimentos, percepções e ações. Então, o que quer que você pense ou sinta,
esses pensamentos são a exibição pura ou a energia da Mente Búdica, sem exceção. O
milagre ocorre quando a Mente Búdica cessa de criar "você" e a identidade muda para a
Mente Búdica de repente. Então, a verdadeira Identidade é conhecida por si mesmo.
Isso é rigpa ou gnose. Então, se e quando uma consciência secundária como um eu
gerado reaparecer, ela é projetada como uma pessoa que sabe que é uma projeção vazia
de sua própria Mente Búdica. É consistentemente infundida com esse conhecimento; e a
sua dissolução na Mente Búdica ocorre com mais frequência. Mas é a Mente Búdica em
si que está fazendo a dissolução do eu secundário, não é devido a nada que o eu
secundário faça; porque o eu secundário como um "mim" é uma projeção, não uma
entidade independente com habilidades para pensar, fazer, agir ou se dissolver. É como
uma marionete onde a Mente Búdica é a única que segura e puxa todas as cordas que
fazem com que todos as introvisões profundas, pensamentos, sentimentos e ações de
TODAS as marionetas ocorram. Jackson Peterson
Domingo, 26 de novembro de 2017 às 12:50 UTC-02
Ensinamento Súbito no Chan ou Zen O famoso estudante do Sexto Patriarca, Huineng,
Shenhui realizou a essência do ensinamento da Iluminação Súbita desprovido de
práticas ou estudo. Esta é a linhagem Chan que recebi na China do mestre Chan, Yen Wai
Shih, que me deu instruções para ensinar essa tradição depois de certificar a
transmissão correta para mim, em 1978 na China. Shen-hui: "Não [pratique] a atenção
plena do Buda, não se agarre a mente, não veja a mente, não meça a mente, não medite,
não contemple e não perturbe (interfira) [a mente]. Apenas deixe-a fluir. Não a faça ir e
não a faça ficar. Sozinho em um local puro e último (isto é, o absoluto), a mente será
naturalmente brilhante e pura". Via Jackson Peterson
Domingo, 26 de novembro de 2017 às 12:49 UTC-02
Atrás dos olhos e da testa: "Em um palácio de cristal de luz totalmente clara, além das
formas de mensuração e enumeração, sem pensar nisso ou fazer qualquer coisa, há a
suprema auto-evidência de uma pura encarnação da consciência imutável". Do primeiro
Semde tantra de Dzogchen, "O Grande Tantra de Vajrasattva", traduzido por Chris
Wilkinson
Domingo, 26 de novembro de 2017 às 12:48 UTC-02
"Depois do Imperador Tibetano Tride Tsutsen (Me Agtsom, 704-55 dC) convidou o
professor Zen Moheyan de Dunhuang para o Tibete, o ensinamento do Zen foi
amplamente difundido no Tibete. Jingjue, aluno de Xuanze, escreveu Registro dos
Mestres e Estudantes do La'ka. Embora este texto, baseado em uma abordagem gradual
aos ensinamentos do Zen, tenha sido traduzido para a língua Tibetana, os ensinamentos
de iluminação súbida do Zen já eram difundidos no Tibete e eles foram o tema de
debate em Samye. O caracter do Zen Chinês ( 禪 ) tem duas partes que significam
"simbolizar o significado único" ou "inseparável", enquanto o grande mestre da Kagyu,
Phagmodrupa, diz que a não-dualidade é Mahamudra. Portanto, não há diferença
essencial entre os ensinamentos Zen, Mahamudra e Dzogchen. " Sua Santidade o
Drikung Kyabgon Chetsang, autor de The Practice of Mahamudra.
Domingo, 26 de novembro de 2017 às 10:17 UTC-02
Como o Dzogchen é Radicalmente Diferente de Todas as Outras Tradições No
Mahayoga, na prática do "estágio de geração", uma pessoa visualiza a si mesma como o
Samantabhadra perfeito, o Buda como a única causa e fonte. Então, visualiza-se um
mandala de Reinos Búdicos habitadas pelas Deidades Búdicas, pacíficas, iradas e
neutras. Depois, alguém então se imagina como sendo Samantabhadra, um Buda
plenamente iluminado como o criador de sua mandala perfeita de Reinos Búdicos e
deidades completamente iluminadas como sendo as pessoas e criaturas vivas reunidas
no cotidiano. Este é o processo de transformar a visão comum e samsárica em uma
"visão divina". É apenas uma atividade mental. No entanto, no Dzogchen Atiyoga, não
usamos a visualização imaginária; mas nos vemos realmente como Samantabhadra, e
nosso mundo como um Reino Búdico e todas as pessoas como Budas totalmente
iluminados, tal como são. Você vê, o Dzogchen não precisa transformar este mundo;
pois um iogue do Dzogchen teve um insight profundo e experiencial, de que todos os
seres são Budas e todas as suas ações são ações de Buda. Isso significa que estamos
realmente em uma dimensão agora em que cada movimento, ação e evento, são
"perfeitos", não importa como eles apareçam. Então Trump e Hitler seriam considerados
"Budas irados", agindo para despertar os outros, embora eles não soubessem disso. O
cenário inteiro é uma exibição da Grande Perfeição já existente. O que quer que você
faça é a Atividade Búdica. O que quer que você pense ou imagine é a Mente Búdica
expressando-se. Não há um possível evento negativo neste mundo. Todas as emoções
negativas são perfeitas tal como elas são. Nada precisa ser mudado ou corrigido. Tudo já
é perfeito. Os budas não morrem e então o que há para se temer? Se alguém medita
está se dizendo que algo poderia ser mais perfeito ou melhor; mas todas as condições
ou estados já são perfeitos. Isto porque não há esperança para uma iluminação futura
ou melhoria nas situações emocionais, mentais ou da vida. Nós simplesmente relaxamos
e deixamos tudo "como-é". Jackson Peterson
Domingo, 26 de novembro de 2017 às 10:13 UTC-02
Claridade Livre de Pensamento A Consciência Pura ou rigpa é um tipo de consciência ou
consciência desperta que não tem pensamentos em si mesma. Desta forma, é mais
como a nossa capacidade de ver e ouvir. Nossa faculdade de ver não tem pensamentos
sobre o que está vendo; outra faculdade chamada de "mente pensante" (sem) é que
pensa sobre o que é visto. Do mesmo modo, a consciência de rigpa, também não tem
capacidade de pensar, a mente pensante é uma faculdade ou capacidade diferente. Por
um momento, basta fazer uma pausa e ser simplesmente consciente sem um tópico de
pensamento e sem se fixar em uma percepção. Note como a consciência pode ficar
sozinha sem pensamentos ou percepções. Trabalhe nisso por algum tempo até que esta
consciência vazia, porém totalmente presente, seja experienciada independentemente
de pensamentos e percepções. Essa consciência vazia, porém totalmente presente, é a
Natureza Búdica "intocada" que nunca muda. Os estados de turbulência ou sofrimento
na vida são meramente o jogo de pensamentos que aparecem para essa consciência.
Sem pensamentos, a turbulência, o sofrimento e a sensação de ser uma identidade
diferente da consciência de rigpa desaparecem. O samsara não é nada mais do que as
histórias de pensamento sobre um "eu" e são histórias de pensamento que o sustentam.
Alguns podem dizer "bem, os pensamentos não bloqueiam rigpa". Isso é verdade, mas
como se sente quando você tem um programa de TV tocando muito alto ao lado de
onde você está sentando enquanto está tentando ler? É por isso que, no Dzogchen,
ensina-se que os pensamentos são "distração". Eles não bloqueiam rigpa, mas dominam
seu campo cognitivo. Eles são o programa de TV que está sempre passando na sua
cabeça e capturando sua atenção. Neste caso, a atividade do pensamento bloqueia a
introvisão de sabedoria (yeshe) de rigpa de aparecer. É a energia atenta de rigpa que
aparece como pensamentos. No entanto, quando a energia atenta de rigpa está em
repouso dentro de rigpa, pois é o poder (tsal) da "presença pura", pensamentos e, por
conseguinte, o samsara, cessam e as sabedorias intrínsecas de rigpa surgem
espontaneamente. Então, primeiro reconheça a consciência vazia que não é dependente
de pensamentos e percepções, conforme instruído acima. Em seguida, deixe sua
atenção permanecer relaxada e inativa dentro dessa consciência, como a "presença"
dessa consciência. Então continue apenas assim. A indicação de fazer isso corretamente
é que as introvisões de sabedoria intrínseca de rigpa começarão a aparecer e todos os
pensamentos ficarão ausentes. Jackson Peterson
Domingo, 26 de novembro de 2017 às 10:06 UTC-02
Originação Dependente e Originação Rigpa Eu sempre estive preso em um paradoxo
intelectual entre as duas apresentações oferecidas pelo Dzogchen e os ensinamentos
tradicionais Budista da vaziez. Parecia impossível visualizar como todos os fenômenos
são dependentes uns dos outros, mas mesmo assim surgem como a energia tsal de
rigpa, enquanto são dependentes apenas de sua fonte como rigpa. Então, hoje eu li uma
metáfora maravilhosa que clarificou e uniu as duas perspectivas: Note a imagem da
forma do cone. Rigpa é o cume ou o ponto mais alto como a fonte vazia da qual o cone
flui para fora. Os fenômenos na superfície externa do cone estão conectados
interdependentemente, todos dependentes uns dos outros, enquanto são sustentados
e dependentes, puramente como a exibição ativa de rigpa. Jackson Peterson
Domingo, 26 de novembro de 2017 às 10:04 UTC-02
De outro tópico: Quando a mente-eu conceitualizadora olha para si mesma, descobre
sua própria vaziez e que a sua verdadeira natureza é rigpa. Rigpa funciona com um
conhecimento intuitivo do que deveria estar fazendo, que funciona a partir de um poder
superior dentro de si. Com o eu fora do caminho, o funcionamento é perfeito. J.P
Domingo, 26 de novembro de 2017 às 10:02 UTC-02
Prana e Tsal no Dzogchen É descrito no Dzogchen que nossa fundação ou Base tem três
características: vaziez, clareza cognitiva e formações energéticas. Prana e tsal são as
"formações energéticas" de rigpa. Quando olhamos para qualquer formação energética
mental, descobrimos que é de natureza vazia e a pessoa sabe disso. Assim como todo
artista tem seu "meio" através do qual eles expressam sua criatividade, o mesmo
acontece com rigpa ou a mente de Clara Luz. O meio de Rigpa para a expressão de
formatos e formas é o prana, chi ou especificamente no Dzogchen; tsal. O prana ou tsal
tomam forma como as diversas designações conceituais determinam. Todas as
formações energéticas são conceitualmente construídas. São os conceitos originais que
determinam e reificam as formações energéticas como hologramas da luz prânica. Os
conceitos também são eles próprios formações enérgicas que incorporam significados,
como sementes que a mente "bombeia" através da intenção e da atenção. Todos os
fenômenos manifestos são a energia do prana ou tsal como a expressão enérgica da
Mente de Clara Luz ou a consciência conhecedora de rigpa. Isso inclui os corpos "físicos",
cérebros e o universo de toda a experiência. Todos os fenômenos, se analisados,
revelam sua estrutura e natureza vazia. Você e seus estados mentais são os mesmos. Se
você olhar para qualquer estado mental como auto-identificações, você descobrirá
primeiro a vaziez da auto-identidade e, em seguida, a consciência conhecedora de rigpa
em seu centro que percebeu ou conhece sua vaziez. Isso revela como rigpa pode entrar
no "jogo cósmico" de "esconde-esconde". Rigpa primeiro manifesta-se energicamente
ignorando o aspecto vazio de suas formações energéticas e, aparentemente, se reifica
ao conceituar a si mesmo como um "eu" ou "mim" energicamente. Ao ver o aspecto
vazio de sua contração da auto-identidade energética e que é a fonte criativa da mesma,
a auto-identidade construída conceitualmente imediatamente se autolibera de volta à
rigpa vazia. Então, o "eu" não é apenas um conceito na mente; é também uma formação
energética de prana mantida no lugar pelo conceito do eu. Eis a razão por que e como a
transformação tântrica funciona; transformar ou dissolver o prana e o conceito que o
mantém, libera. Lembre-se, o conceito também é o prana. Este é todo o princípio das
práticas de kundalini yoga e tumo yoga. Onde tudo isso ocorre? Rigpa tem um vasto
"espaço de trabalho" que é a sua vaziez infinita, a tela de cinema transparente e todo-
penetrante em que todos os seus hologramas energéticos de auto-identidades e todas
as outras projeções holográficas aparecem, sem jamais nublar ou aglomerar esse espaço
sempreprístino e cristalino de imutável Vaziez consciente. Jackson Peterson
Domingo, 26 de novembro de 2017 às 10:00 UTC-02
Identidade Nossa verdadeira natureza atual é uma consciência vazia que não tem
localização no espaço ou no tempo, e nada pode melhorá-la ou danificá-la, é como um
vasto espaço vazio sem características pessoais. É a vaziez de onde e em que aparecem
todas as aparências. A mente sempre tem algum tipo de identidade material ou
espiritual para definir a si mesma. Se alguém tiver a menor identificação com um corpo,
um corpo sutil, uma forma espiritual ou um eu pessoal; então, nesse grau, o sonhado e a
identidade fictícia sofrerão. Nosso Estado Natural não possui identidade ou localização
material no universo do espaço e do tempo. Nosso Estado Natural não se envolve com
uma identidade própria, não se envolve com nada. Como um espaço infinitamente vazio
que não se move pode se envolver com qualquer coisa? Como o Estado Natural, você é o
"contexto" no qual todos esses personagens dos sonhos holográficos aparecem. Não
são mais reais do que os personagens desenhados em um desenho animado na
televisão. A mente desenha e pinta todos aqueles atores fictícios no sonho. Qualquer
preocupação com o que acontece com "seu" corpo ou mente pessoal é uma
manifestação da identificação. Não é "você" que resolve se libertar de todas as
identidades, porque esse "você" é uma projeção holográfica momentânea e
impermanente que surge de e dentro da Vaziez pura e imutável que você realmente
sempre é. A qualidade cognitiva de seu Estado Natural é a sua consciência conhecedora.
Ver e ouvir é o Estado Natural de ver e ouvir. O ver e ouvir estão ocorrendo como a
experiência atual? Sim? Bem-vindo ao lar! Jackson Peterson
Sábado, 25 de novembro de 2017 às 09:15 UTC-02
Integração Quando nossa atenção se concentra em nosso senso de ser uma "pessoa"
sólida, individual e estabelecida, também sentimos que podemos nos integrar com tudo
o que é "outro". Temos as fronteiras aparentes de um corpo material e que nós
existimos dentro, na parte interna de sua pele e crânio. No entanto, quando a atenção
libera seu controle sobre a nossa definição contraída de si-mesmo, a natureza vazia de
nossa consciência, revela sua vastidão toda pervasiva não-dual sem fronteiras. A
autocontração numa identidade aparentemente localizada foi sempre totalmente
integrada em sua vastidão vazia, como um bloco de gelo flutuando num vasto corpo de
água. A inteligência da consciência, que vê em sua própria natureza vazia, é tudo o que é
necessário. Feche seus olhos e apenas observe o que está dentro desse espaço interior.
Você pode encontrar seu eu individualizado "lá dentro"?
Sábado, 25 de novembro de 2017 às 08:51 UTC-02
Ninguém jamais moveu-se ou teve nascimento ou morte. É como se estivesse imóvel
num cinema com som surround e filme visual. Diferentes filmes surgem de você, o
projetor. Mas você nunca está no filme. Quando o corpo morre, você ainda está imóvel
no assento central enquanto observa o filme da morte ou o filme do bardo. Você nunca
é um personagem no filme do bardo, ou durante o filme da vida ou qualquer dimensão
do filme. Então, vamos parar de falar sobre os personagens do filme, como se você
fosse um. Cada um está em seu próprio cinema, nunca em movimento. Quando o filme
apresenta você caminhando, realmente está projetando paisagens moventes passando
por sua posição estacionária. Ninguém se moveu. Observe isso enquanto vê o filme
"dirigindo meu carro". O cenário está passando por você, mas você está parado.
Sábado, 25 de novembro de 2017 às 08:29 UTC-02
Rigpa é o aparelho de TV. O restante são os programas de TV fictícios que brincam
dentro dela como pensamentos. Você sempre é o televisor imutável, e não os
programas de TV (pensamentos).
Sábado, 25 de novembro de 2017 às 08:25 UTC-02
Em vez de pensar que existem coisas reais "lá fora", veja essas "coisas" como o que são;
sensações. Sensações de cor, som, gosto, cheiro e toque. Todas as sensações nunca são
objetivas. Ninguém jamais experimentou nada além de sensações na consciência, como
consciência; qualia ... as sensações não estão realmente aparecendo "na" consciência,
mas a consciência aparece COMO sensações. A consciência também pode aparecer
como uma sabedoria que conhece sua própria natureza.
Sábado, 25 de novembro de 2017 às 08:02 UTC-02
"Repetindo, pensar significa conceituar o estado de desconhecimento. Pensar começa
unicamente depois que Marigpa se instala, com a perda de rigpa! Durante a não
distração de rigpa, nenhum pensamento pode começar. Não posso enfatizar isso o
suficiente - não há pensamento durante o estado de rigpa!" Tulku Urgyen
Sexta, 24 de novembro de 2017 às 08:55 UTC-02
O Único "Inimigo" são os Pensamentos, Sem Seguir e Acreditar em Pensamentos, Há
Unicamente Alegria Incausada Chokyi Nyima Rinpoche, de seu livro "Estado Desperto
Presente e Fresco": "Básica e fundamentalmente, nossa mente é completamente vazia,
simples felicidade, totalmente desnuda. Não precisamos fazê-la assim, não precisamos
cultivá-la pela meditação, para criar este estado através de meditação." "Desista de
pensar em alguma coisa, sobre o passado, o futuro ou o presente. Permaneça livre-de-
pensamento, como uma criança." "A talidade inata é não-obscurecida, o momento que
você não é capturado no pensamento atual." "O que nos impede de estar cara a cara
com o Buda real, o estado natural da mente, é o nosso próprio pensamento. Parece
bloquear o estado natural." "Rigpa, o Estado Natural, não é cultivado em meditação. O
estado desperto não é um objeto do intelecto. Rigpa é além do intelecto e conceitos."
"Este é o verdadeiro Buddhadharma, não fazer algo. Não pense em nada Como Saraha
disse: "Tendo abandonado completamente o pensador e o que é pensado, permaneça
como uma criança livre-de-pensamentos." "Pensar é delusão." "Quando capturados no
pensar, somos deludidos. Ser livre de pensar é ser livre." "Essa liberdade consiste em
como ser livre do nosso pensamento." "Enquanto a teia do pensamento não se dissolver,
haverá repetidamente o renascimento e as experiências dos seis reinos". "O método:
Mas se você quer ser totalmente livre do pensamento conceitual, há apenas um
caminho: através do treino no estado desperto livre-de-pensamentos. (rigpa)." "Despir a
consciência ao seu estado desnudo." "Se você quer alcançar a liberação e a iluminação
onisciente, precisa ser livre do pensamento conceitual." "Ser livre de pensamento é a
liberação". "Isto não é um estado que está longe de nós: estado desperto livre-de-
pensamento realmente existe juntamente com cada pensamento, inseparável dele...
mas o pensamento obscurece ou oculta essa realidade inata. Estado desperto livre-de-
pensamento (o estado natural) é imediatamente presente no exato momento que o
pensamento dissolve, o momento que desaparece, se desfaz, desmorona."
"Simplesmente suspenda seu pensamento dentro do estado desperto não-apegado:
essa é a visão correta."
Sexta, 24 de novembro de 2017 às 08:07 UTC-02
Aqui está a "clara consciência vazia" que você é: Os fenômenos aparecem e
desaparecem, mas você permanece: Mas o saber/ver é permanente e imutável.
Orientado fisicamente, este "espaço vazio consciente" que permanentemente
"conhece" e "vê", fica diretamente atrás da testa no centro do cérebro. Feche seus olhos
e você estará imediatamente lá, exatamente onde você sempre esteve. É um espaço
claro e transparente que "conhece". Imagens, percepções e pensamentos aparecem
neste espaço de "consciência pura" sem alterá-la; como reflexos cintilantes em um
espelho de vidro. Como este "espaço vazio consciente" você nunca muda, apenas os
pensamentos, sentimentos e percepções o fazem. Mesmo os "pensamentos" sobre a
identidade como um "mim" ou eu definido não se aplicam ao que você sempre é. Feche
seus olhos; relaxe como sendo este espaço perfeitamente puro de conhecimento
transparente em que todos os fenômenos mentais e perceptivos aparecem e
desaparecem sem alterar, melhorar ou danificar sua consciência vazia. Embora o corpo
morra, "você" não morre. Você é sempre este imutável "espaço vazio de consciência
perfeita" que é o protagonista de suas próprias projeções energéticas como hóspedes
temporários; como imagens autogeradas que aparecem em um espelho vazio de
consciência. Jackson Peterson
Sexta, 24 de novembro de 2017 às 08:03 UTC-02
U.G. Krishnamurti sobre o "Estado Natural": "Este estado não é do seu interesse. Você
só está interessado em continuidade. Você quer continuar, provavelmente em um nível
diferente, e funcionar em uma dimensão diferente, mas você quer continuar de alguma
forma. Você não tocaria nisso nem com uma vara comprida. Isso vai liquidar o que você
chama de "você", todos vocês – eu superior, eu inferior, alma, Atman, consciente,
subconsciente – tudo isso. Você chegou a um ponto e então diz "Preciso de tempo."
Então, a sadhana (inquérito e esforço religioso) entra em cena, e você diz para si mesmo
"Amanhã eu entenderei." Essa estrutura nasce do tempo e funciona no tempo, mas não
acaba com o tempo. Se você não entende agora, você não vai entender amanhã. O que
há para entender? Por que você quer entender o que eu estou dizendo? Você não pode
entender o que estou dizendo. É um exercício de futilidade de sua parte tentar
relacionar a descrição de como eu estou funcionando para a maneira de como você está
funcionando. Esta é uma coisa que não consigo comunicar. Nem é necessária qualquer
comunicação. Nenhum diálogo é possível. Quando o 'você' não está lá, quando a
pergunta não existe, o que é, é a compreensão. Você terminou. Sais. Você nunca ouvirá
ninguém descrevendo seu estado ou fazendo perguntas sobre o entendimento. O que
você procura não existe. Você preferiria pisar em uma terra encantada com visões
beatíficas de uma transformação radical do seu eu não-existente em um estado de ser
que é conjurado por algumas frases fascinantes. Isso o afasta do seu estado natural – é
um movimento para fora de você. Ser você mesmo requer uma inteligência
extraordinária. Você é "abençoado" com essa inteligência; ninguém precisa lhe dar,
ninguém pode tirá-la de você. Aquele que deixa isso se expressar a seu modo é um
homem natural.
Sexta, 24 de novembro de 2017 às 08:00 UTC-02
Alguns pensam que a visão de Nagarjuna era niilista, mas na verdade é a mesma que o
Dzogchen, postulando uma "Mente Búdica" pura que existe livre de defeitos intrínsecos.
A Gelugpa não entende isso: Yuktiṣaṣṭikā de Nāgārjuna diz que esse é o único estado
que é verdadeiro e confiável: "Os vitoriosos declararam que o nirvā ṇa por si só é real,
então qual sábio não pensaria que o resto é delusório?" Seu Bodhicittavivara ṇa afirma
explicitamente que este seja o estado supremo da mente, que não é apenas indiferente
ou neutro, mas bem-aventurado e irreversível: "A mente é arranjada através das
tendências latentes. A liberdade das tendências latentes é a felicidade. Essa mente feliz
é a tranquilidade. Uma mente pacífica não será ignorante. Não ser ignorante é a
realização da verdadeira realidade. A realização da verdadeira realidade é a realização
da liberação. Isso também é explicado como a talidade, o verdadeiro fim, a ausência de
sinais, o último, a bodhicitta suprema (Mente- Buda) e a vaziez... Esta mente preciosa
sem aflições É a única joia suprema. Não pode ser prejudicada ou raptada por ladrões
como aflições e māras". Via Jackson Peterson
Quinta-feira, 23 de novembro de 2017 às 06:11 UTC-02
É importante esclarecer o que é e não é o "ego". As pessoas falam como fazem as coisas,
pensam, desejam sua sobrevivência, tentam reificar suas autocrenças e apreensões, e se
identificam como um corpo, alma ou consciência. Mas não existe essa entidade. São
apenas pensamentos individuais sem um possuidor. Quando os pensamentos surgem
rapidamente, os pensamentos são como imagens individuais de filmes que avançam
rapidamente. O perceptível contínuo de pensamentos individuais resultante cria uma
miragem ou alucinação de uma auto-ação egoica, fazendo, decidindo e se apegando.
Como um pensamento como "parede" pode entender algo ou fazer alguma coisa?
Exceto que neste caso, esse pensamento é o pensamento "eu". É engraçado como esse
"eu" pensado é falado como se fosse algum tipo de demônio autônomo. O ego é um
processo que contém pensamentos individuais não conduzidos por uma entidade
autocentrada.
Quarta-feira, 22 de novembro de 2017 às 08:46 UTC-02
Um Espelho Não Se Torna um Espelho Melhor Através do Estudo, da Prática ou de
Realizações Não é incrível que a nossa consciência vazia atual seja exatamente essa
cognição consciente imutável, que é o único ponto de recepção para toda a experiência
atual. Note como é estável e nunca muda. Sua consciência é apenas a consciência pura
de Buda. Todos os pensamentos, sentimentos e percepções aparecem apenas lá. Esse
"lá" é o "aqui" da consciência cognitiva. É como um espelho vazio de consciência em que
aparecem todas as suas formações energéticas holográficas. O eu que procura estados
superiores, a iluminação ou a Budeidade é uma projeção que aparece dentro dessa
Consciência Búdica. O eu que busca a libertação do sofrimento, é uma projeção
energética que aparece dentro da sua Consciência Búdica. O que experimenta todos os
estados é quem você é como a Consciência Búdica que nunca muda ou se move. "O
Estado Natural (rigpa) nunca foi contaminado ou modificado pelos eventos do Samsara.
É como um espelho que de nenhuma maneira é alterado ou modificado pelo que
reflete. No entanto, nesta Base, que é o Estado Natural da Natureza da Mente (sems-
nyid gnas-lugs), as manifestações aparecem espontaneamente, assim como as nuvens
aparecem no céu ou os reflexos aparecem no espelho. Esta é a sua qualidade de
manifestação espontânea (lhun-grub), e essas manifestações representam a
potencialidade criativa ou energia (tsal) do Estado Natural (rigpa)". Bon Lopon Tenzin
Namdak "Todas as coisas, tudo o que pensamos e percebemos como seres conscientes
individuais, são manifestações da energia inerente (tsal) do Estado Natural. No final,
elas retornam novamente ao Estado Natural. Não há nada no Samsara ou Nirvana que vá
além do Estado Natural. É a base primordial (ye gzhi) do Samsara e do Nirvana. Tudo o
que aparece, existe como a autoperfeição espontânea (lhun-grub) e, mesmo assim, é
vazio". Bon Lopon Namdak "Tsal é a manifestação da energia do próprio indivíduo como
um mundo aparentemente externo". Mas, de fato, o mundo aparentemente externo é
uma manifestação de nossa própria energia, ao nível de tsal". Namkhai Norbu "Não
importa em que circunstâncias ou em quais mundos nos encontramos, estamos sem
expectativas ou mudanças. Nós somos exatamente o que somos, o Estado Natural que é
como um espelho. É claro e vazio, e ainda assim reflete tudo, todas as existências e
vidas possíveis. Mas nunca muda e não depende de mais nada ". Bon Lopon Tenzin
Namdak Quão ridículo e deludido é pensar que práticas, meditação, estudo ou
realização podem melhorar a consciência perfeita que é sempre o que você já é. Via
Jackson Peterson
Quarta-feira, 22 de novembro de 2017 às 08:34 UTC-02
Uma vez que a mente retorna para seu status primordial como a Mente de Luz Clara,
uma experiência perceptiva pode surgir onde há o "ver", mas nenhum objeto está
mentalmente sendo identificado ou descrito. É cristalino, mas não conceitualizado ou
possuído. Da mesma forma, há uma ausência total de um sujeito ou de um eu que esteja
"vendo". Isso ocorre frequentemente aqui durante a prática de thogal. Há então apenas
um conhecimento desnudo, sem tópico definido conhecido e ninguém que esteja
conhecendo. Há um "Conhecer" vívido sem sujeito e objeto. É uma extraordinária e
vívida claridade do Puro Estado do Ser. Não tem preocupações nem com relação a si
mesmo ou a qualquer tópico imaginado. Não tem senso de eu nem de uma ausência de
um eu. É completamente livre, tal como é. Jackson Peterson
Terça-feira, 21 de novembro de 2017 às 09:15 UTC-02
Tudo bem, se eu pudesse oferecer um conselho que alteraria radicalmente o estado de
alguém para melhor, e que seria aplicável por qualquer um e todos, seria isso: Pare
todos os "julgamentos". Pare de se julgar e suas ações. Pare de julgar todos os
familiares, amigos, colegas de trabalho ou colegas, assim como estranhos. Pare de
avaliar sua vida, relacionamentos e trabalho. Pare de julgar seu estado mental. Pare de
julgar seu corpo. Pare de julgar seu estado emocional. Relaxe sem julgar nada que
ocorra em sua vida. Tem seu valor empenhar-se em adquirir proficiência em não julgar.
Terça-feira, 21 de novembro de 2017 às 08:58 UTC-02
Quando se descobre que alguém está num estado mental desconfortável, seja agitado,
com medo, triste, irritado ou simplesmente entediado; note que esses estados aflitivos
não estão visitando um eu imutável e neutro. O que está ocorrendo é que um "eu
agitado", um "eu com medo", um "eu triste", um "eu irritado" ou apenas um "eu
entediado" está sendo gerado pelo subconsciente. Esse eu aflito está aparecendo no
espaço vazio para ninguém. Jackson Peterson
Segunda, 20 de novembro de 2017 às 19:06 UTC-02
A Persona Quando falamos de um "eu pessoal", estamos realmente falando sobre uma
combinação dinâmica de memórias, condicionamento, uma autoimagem, um
pensamento e o sentimento "eu", características de personalidade e imaginação.
Combine todos esses componentes em uma projeção mental perfeita e coerente, e você
tem uma "persona". É um pouco como uma máscara mentalmente construída que se
encaixa em nossa verdadeira identidade Búdica. Esta "persona" é muito parecida com
um carro; você combina portas, pneus, chassis, motor, volante, assentos, tudo
combinado em uma estrutura muito coerente. Em algum momento durante a
montagem das peças, um observador teria a ideia de "carro". Remova muitas partes
dele e o pensamento "carro" se transformaria em "peças de carro", menos a ideia de
"carro". O nosso eu como uma persona é o mesmo. Tal como acontece com a doença de
Alzheimer, as partes que compõem a persona como uma autoidentidade única,
começam lentamente a deteriorar-se até o ponto em que a persona como o formador
da autoidentidade desaparece completamente, exceto pela casca externa do corpo
físico. A mente subconsciente faz isso combinando as partes de nossa personalidade
para formar e projetar nossa persona construída na consciência. Projeta uma persona
ligeiramente diferente que aparece em nossos sonhos como a nossa identidade de
sonho. Mas, em ambos os casos, seja acordado ou sonhando, nossa autoidentidade
nunca é mais do que uma combinação de diversos processos mentais que trabalham
coerentemente juntos para produzir esse senso temporário de autoidentidade. O Buda
ensinou amplamente sobre como ver que nossa identidade pessoal é uma combinação
impermanente e temporária de vários processos mentais que trabalham perfeitamente
juntos para produzir esta alucinação de ser um eu independente que tem a capacidade
de pensar, escolher, decidir e agir. Mas, na verdade, esse eu apenas "pensa" que pensa,
escolhe, decide e age. É assim que está programado para sentir, assim como nos seus
sonhos, você se "sente" totalmente autônomo e capaz de decidir e agir; mas essa
sensação de autonomia está sendo projetada e implantada no personagem de seus
sonhos pela mente subconsciente. É possível separar a persona temporária da
consciência pura subjacente em que está aparecendo. É apenas a persona que sofre ou
busca a libertação. A consciência pura é como um espelho imutável e vazio, que não tem
características "pessoais", exceto as qualidades Búdicas, que brilham somente quando a
alucinação de ser um eu pessoal desaparece. Usa-se a luz da sabedoria da consciência
Búdica para observar o surgimento interno dos fenômenos do euísmo como descrito
acima. Aquilo que está observando os componentes do euísmo que surgem na mente,
de repente se separará do estado mental do euísmo e a alucinação de ser uma
autoidentidade pessoal desaparecerá deixando apenas a consciência pura como seu
modo de consciência. No inicio, será breve, mas vislumbres autênticos, onde o vislumbre
é a consciência pura, um momento de quem você realmente é, que sempre esteve lá
embaixo e olhando os olhos da máscara da persona da mente. Via Jackson Peterson
Segunda, 20 de novembro de 2017 às 19:00 UTC-02
"De acordo com o ciclo secreto Dzogchen, a essência do existir é tal que a introdução
direta é simultânea com a realização, e assim a realização não depende de ouvir,
contemplar e meditar em ensinamentos". Longchenpa de seu livro: "Sistemas
filosóficos"
Segunda, 20 de novembro de 2017 às 18:41 UTC-02
De outro tópico: Conclusão final: De noite num sonho, parece, erroneamente, que
"você" é uma entidade existente na paisagem dos sonhos. Esse eu se sente totalmente
real, mas é apenas uma projeção do condicionamento subconsciente. Agora, Doug
sente, também erroneamente, que ele "realmente existe" nesta consciência diurna. O
"sentimento de real" como uma identidade é o mesmo que num sonho; porque também
é uma projeção do condicionamento subconsciente. Há um corpo lá, as percepções
estão ocorrendo, mas não existe um verdadeiro "Doug" que realmente existe
independentemente de ser a projeção fictícia atual do subconsciente. O que há,
conhecendo as percepções que estão ocorrendo, é a Consciência Búdica impessoal e
universal que não é uma projeção de condicionamento subconsciente. Esse é o
verdadeiro "você" que nunca muda e é perfeito. Via J.P
Segunda, 20 de novembro de 2017 às 18:41 UTC-02
De outro tópico: Conclusão final: De noite num sonho, parece, erroneamente, que
"você" é uma entidade existente na paisagem dos sonhos. Esse eu se sente totalmente
real, mas é apenas uma projeção do condicionamento subconsciente. Agora, Doug
sente, também erroneamente, que ele "realmente existe" nesta consciência diurna. O
"sentimento de real" como uma identidade é o mesmo que num sonho; porque também
é uma projeção do condicionamento subconsciente. Há um corpo lá, as percepções
estão ocorrendo, mas não existe um verdadeiro "Doug" que realmente existe
independentemente de ser a projeção fictícia atual do subconsciente. O que há,
conhecendo as percepções que estão ocorrendo, é a Consciência Búdica impessoal e
universal que não é uma projeção de condicionamento subconsciente. Esse é o
verdadeiro "você" que nunca muda e é perfeito. Via J.P
Segunda, 20 de novembro de 2017 às 18:29 UTC-02
Karma Lingpa revelou este texto como um texto re-descoberto de Padmasambhava...
Em relação a rigpa: Alguns a chamam de "a natureza da mente" ou "mente em si".
Alguns Hindus a chamam pelo nome Atman ou "o Eu". Os Budistas Shravakas a chamam
de a doutrina de Anatman ou "a ausência de um eu". Os seguidores da "Escola Mente
Apenas" chamam-na pelo nome Chitta ou "a Mente". Alguns a chamam de
Prajnaparamita ou "a Perfeição da Sabedoria". Alguns a chamam pelo nome de
Tathagata-garbha ou "o embrião da Budeidade". Alguns a chamam pelo nome de
Mahamudra ou "o Grande Símbolo". Alguns a chamam pelo nome de a "Esfera Única".
Alguns a chamam pelo nome Dharmadhatu ou "a dimensão da Realidade". Alguns a
chamam pelo nome Alaya ou "a base de tudo". E alguns simplesmente a chamam pelo
nome de "consciência comum". ••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• Nos
textos mais antigos do Dzogchen, especialmente nos Tantras do Semde, o termo para
rigpa é também "Dagnyid Chenpo" ou "Grande Eu". Quem ou o que é o "Grande Eu"? É
Samantabhadra, o Todo-Bom. É o que realmente somos. Dagnyid Chenpo também é
"Kunje Gyalpo", o "Monarca Todo Criador". Novamente, somos o Kunje Gyalpo. Criamos
todos os fenômenos e universos através da construção conceitual de formações de
pensamento energéticos de nossa própria luz e imbuindo-os com nossos próprios
significados concebidos. "Mesmo que todo o universo externo inanimado apareça para
você, é apenas uma manifestação da mente". "Mesmo que todos os seres sencientes dos
seis reinos apareçam para você, eles são apenas uma manifestação da mente". "Esta
consciência primordial auto-originada (rigpa) não foi criada por nada – incrível!" "Não
tem nascimento nem há uma causa para a sua morte – incrível!" "Embora tenha vagado
por todo o Samsara, nenhum dano foi causado – incrível!" "Embora tenha visto a própria
Budeidade, nenhum beneficio surgiu disso – incrível!" "Embora exista em cada um e em
todos os lugares, ainda não foi reconhecida – incrível!" "No entanto, você espera atingir
outro fruto que não este em outro lugar – incrível!" "Mesmo que exista dentro de você
(e em nenhum outro lugar), ainda assim você o busca em outro lugar – incrível!" "Uma
vez que a sua própria consciência imediata é apenas isto, como você pode dizer que não
sabe nada no que diz respeito a isso?" Trecho de: Rig-pa ngo-sprod gcer mthong rang-
grol, pertencente ao ciclo Zab-chos zhi-khro dgongs-pa ring-grol de Rigdzin Karma
Lingpa, "A AutoLiberação através da Visão com a Consciência Desnuda" traduzida por
John Reynolds e Namkhai Norbu. Via Jackson Peterson
Segunda, 20 de novembro de 2017 às 18:24 UTC-02
O Dzogchen é Radical No Dzogchen você está energeticamente projetando e
conceitualmente construindo seus pensamentos, sua mente, o senso do eu, emoções,
percepções sensoriais, seu corpo, sua casa, seu mundo e todas as pessoas que aparecem
nele. Você não está percebendo "através" dos sistemas sensoriais de um corpo, você
está apenas projetando percepções como num sonho. Este mundo é o mesmo que o
bardo na medida em que ambos são suas próprias construções mentais e projeções. Não
há fenômenos objetivamente existentes como pessoas, objetos ou corpos no Dzogchen.
O poder criativo é chamado de "Samantabhadra", que é quem você realmente é em
TODOS os momentos. É muito semelhante ao único "deus" todo criador de várias
tradições teológicas, exceto, neste caso você é o deus todo-criador de seu universo que
parece "objetivo" e pré-existente. Na maioria dos casos, você está criando e projetando
uma "autoconsciência" que acredita que existe em um mundo e corpo que existem
objetivamente em um universo espaço/tempo pré-existente real e estável. Neste caso,
seu poder criativo é relegado a ser um subconsciente aparente ou "outro" poder
superior que permanece nos "bastidores" ao projetar o palco, o cenário, os atores, os
papéis, os roteiros, o público e o teatro. Nossa experiência atual é ser um "ator" no
palco dramatizando um papel de acordo com um roteiro fixo, enquanto o
produtor/diretor permanece desconhecido nos bastidores. Você deixa pistas para si
mesmo de vez em quando chamadas momentos de sincronicidade ou coincidências
inexplicáveis que ocorrem. Isto é, quando uma única experiência subjetiva parece
combinar com alguma experiência "objetiva" que deixa um senso mágico de admiração.
É quase visto que o projetor da experiência subjetiva é o mesmo projetor do aparente
evento "objetivo". As pessoas religiosas geralmente dizem que "Deus" organizou a
"coincidência"; que verdadeiro, que verdadeiro. Exceto que eles veem seu "deus" como
sendo algum "outro" que não eles mesmos. O Dzogchen está trazendo o "poder
superior" subconsciente para a plena consciência. Nesse ponto, a "autoconsciência"
secundária deixa de ser projetada como a identidade atual. No Sufismo, os grandes Sufis
que perceberam isso, declaram: "Eu sou Alá (Deus)". E qualquer um que atualize isso,
parece ter os poderes como aquele que é lúcido sonhando em seu próprio sonho, mas
no estado de vigília. Para os materialistas ou quase-materialistas; essa visão é muito
radical, coloca você no banco do motorista do carro que você está projetando, bem
como as estradas que você está dirigindo e os pedestres imaginários que você
atropelou. O eu egoico secundário, adora essa história, porque acredita que agora pode
projetar tudo o que deseja egoicamente; EXCETO que a consciência secundária como
um "eu" é em si uma mera projeção inanimada sendo projetada por quem você
realmente é; cujos desejos estão sempre sendo plenamente expressos e satisfeitos em
cada momento da consciência, como esse momento de consciência, no entanto, o
"verdadeiro você" o projeta. Nossa aparente coexistência compartilhada, é devido ao
fato de que todos compartilhamos uma base comum (zhi) como um único Dharmakaya;
o verdadeiro autor, diretor e produtor da peça total que é sempre perfeito,
perfeitamente sincronizado e perfeitamente realizado. O teatro, o palco, os atores e os
adereços do palco que compõem a peça são chamados de "Thigle Chenpo", a Grande
Hiper-Esfera. O autor permanece como uma esfera de cristal vazia na qual o Thigle
Chenpo aparece, como um reflexo aparece em uma esfera cristalina, sem afetar a
esfera. Jackson Peterson
Segunda, 20 de novembro de 2017 às 18:13 UTC-02
Memória e Traços Cármicos Em estrito nos “ensinamentos da vaziez” do Caminho do
Meio, e especialmente na Prasangika, não há objetos ou coisas objetivamente
existentes. Todas as características são conceitualizadas por quem percebe a aparência.
Isso significa que a mente está constantemente reificando seu mundo trazendo-o a
existência por meio da nomeação, rotulagem e atribuição de significados conceituais.
Não há vestígios de um mundo externo e objetivo auto-existente nos "ensinamentos da
vaziez" da Prasangika. Todas as escolas do Budismo Tibetano louvam a Prasangika como
sendo a visão mais precisa e mais elevada da realidade. Então, vamos agora ao ponto em
que a Prasangika é aplicada a memórias, vestígios condicionados e traços cármicos de
vidas passadas. No Dzogchen e na Prasangika, não há objetos pré-existentes que
existiram mesmo ligeiramente no passado que seguem adiante no tempo, que
experimentamos. No Dzogchen, tudo é a projeção do "agora" imediato das energias tsal
de rigpa que não têm duração (zero). Portanto, os traços e memórias cármicas só
existem no momento em que são experienciados. Eles são criados "frescos" neste
momento criativo; e isso se aplica a todos os fenômenos do universo, incluindo o corpo
e o cérebro. Nada pré-existe antes de seu momento de percepção como o "agora", e
nada existe depois com qualquer duração. Daí a Prasangika diz que nada surge à
existência com o tempo suficiente para ser renunciado, transformado ou "autoliberado"
e isso inclui um eu pessoal. A Prasangika diria que os traços cármicos e as memórias não
possuem características pré-existentes até serem geradas neste momento como
construções conceituais "frescas". Sem QUAISQUER características, o que é alguma
coisa? Isso significa que não é possível ter um local de armazenamento onde memórias
pré-existentes e traços cármicos pré-existentes são armazenados. E, de fato, a
Prasangika refuta formalmente a existência de um "armazém" de traços cármicos e
memórias comuns. A Prasangika diz que um armazém , "alayavijnana", existente não é
possível, tampouco memórias ou traços cármicos pré-existentes. Via Jackson Peterson
Segunda, 20 de novembro de 2017 às 18:09 UTC-02
"E, como nos sonhos, assim também no estado de vigília, os fenômenos são falsas
ilusões – na verdade, não há mente, não há objetos e não há sentidos". Chandrakirti de
seu Madhyamakavatara
Quarta-feira, 15 de novembro de 2017 às 20:20 UTC-02
Rigpa é o Acontecimento "Quem" ou "o que" está preocupado em qualquer
circunstância da vida ou estado mental? Rigpa não está preocupada: é simplesmente um
"saber" vazio sem ter qualquer posição ou participação em nada disso; porque é
inseparável do que está acontecendo sem ser unicamente uma porção ou parte do que
está acontecendo. Rigpa não pode observar o que está acontecendo porque é a
totalidade do que está acontecendo, enquanto não está sendo dividida em ser um
sujeito como testemunha percebendo o acontecimento. Rigpa não observa
pensamentos, sentimentos, percepções ou sensações; ao contrário, aparece COMO
pensamentos, sentimentos, percepções ou sensações.
Quarta-feira, 15 de novembro de 2017 às 20:20 UTC-02
Rigpa é o Acontecimento "Quem" ou "o que" está preocupado em qualquer
circunstância da vida ou estado mental? Rigpa não está preocupada: é simplesmente um
"saber" vazio sem ter qualquer posição ou participação em nada disso; porque é
inseparável do que está acontecendo sem ser unicamente uma porção ou parte do que
está acontecendo. Rigpa não pode observar o que está acontecendo porque é a
totalidade do que está acontecendo, enquanto não está sendo dividida em ser um
sujeito como testemunha percebendo o acontecimento. Rigpa não observa
pensamentos, sentimentos, percepções ou sensações; ao contrário, aparece COMO
pensamentos, sentimentos, percepções ou sensações.
Quarta-feira, 15 de novembro de 2017 às 10:16 UTC-02
O texto traduzido abaixo é o mais antigo do Dzogchen Ati Yoga. Ele data de 700 D.C.. É
citado parcialmente no século 9 no Samtan Migdrön de Nubs Sangye Yeshe e é
parcialmente citado no mais importante tantra Dzogchen, Tantra Kunje Gyalpo. O autor
também é conhecido como Buddhagupta. Ele é listado em várias fontes tibetanas como
o 20º titular da linhagem Dzogchen de um total de 23. Tradução do IOL 594 Documento
de Tun Huang (Autor): o Byang chub kyi sems é escrito pelo mais sábio Sangs-rgyas sbas-
pa. (Buddhagupta) Categoria: pertence ao Atiyoga. Fontes: é extraído de todas as
escrituras concernentes à Mente Iluminada. Objetivo: é ensinado ao adepto inteligente.
O trabalho é dividido em cinco seções desde o início até o fim. Todos os fenômenos
possuem "talidade". A existência fenomenal não se segue. Por mais profundas que
sejam as palavras que se pronuncie, não se pode expressar o ponto. As atividades de
acumulação de mérito, prática física e espiritual de contemplação, e purificação de
traços samsáricos, são uma "estaca fixa". (uma armadilhara que prende um animal) O
espaço intangível não pode ser modificado. Sentar-se com as pernas cruzadas, todo o
ajuste físico, deriva do apego ao corpo. O espaço sem forma não pode ser modificado. O
que existe desde o início, como o espaço, não se senta com as pernas cruzadas. Assim
como a própria natureza permanece num estado semelhante-ao-espaço, é a base para
se transformar no espaço. Assim é o espaço mental, a base da aquisição da iluminação. A
mente que não tem raízes, não pode ser buscada e encontrada. É como espaço. A
Iluminação não nascida, é desprovida de causa e efeito. O preceito mais profundo, o
"Pequeno Grão Oculto", a chave para as escrituras e os preceitos. O fim.
Quarta-feira, 15 de novembro de 2017 às 09:15 UTC-02
A Base de Três Partes no Bon No Dzogchen Nyingma, o fundamento ou o base da
existência é chamado de Base (zhi). A natureza é uma essência vazia. Esta essência vazia
(zhi) manifesta uma clareza natural (selwa). A partir disso é uma energia (thugje), a
energia que aparece como o que experimentamos como objetos (tsal) e fenômenos
mentais (rolpa). Um exemplo usado é um espelho: o espelho é vazio de seu próprio
conteúdo, é uma superfície brilhante que pode refletir e os reflexos são o que aparecem
no espelho. No Dzogchen Bon, de acordo com um antigo texto Bon chamado "Seis
Lâmpadas"; a Base é vaziez. A natureza é consciência ou rigpa. A energia é a mente, o
"intelecto pensante", juntamente com seus produtos, o pensamento fictício. "Saiba que
é expresso de acordo com três (temas, isto é): A Base Universal (kun zhi), Consciência
(rigpa) e o intelecto (sem, blo)." O exemplo seria: o vasto espaço vazio, o sol e os raios
solares. A maior diferença entre os dois modelos é a designação Bon do terceiro
aspecto como sendo o "intelecto pensante" (sem). Isso ajuda a apontar que todos os
fenômenos aparentemente "objetivos" são gerados na mente como mera construção
conceitual; objetos da mente. Isso também apoia a visão do Prasangika, que não há
fenômenos objetivos que não sejam construções mentais ou conceituais. No entanto,
Dzogchen diz que as designações conceituais estão sendo designadas sobre rigpa vazia
e ininteligível, como as cinco luzes. Tanto no Bon quanto no Dzogchen Nyingma, a
liberação é um processo de reversão (rulog). Como resultado do desvendar da natureza
da mente, o dinamismo da mente como objetos e sujeitos revela sua vaziez como sendo
meras construções conceituais que ocorrem na mente. No momento do relaxamento e
retração da atenção de volta à rigpa, surge uma introvisão de sabedoria
autorreconhecida, chamada "yeshe". A própria atenção é esse yeshe, mas quando
ativamente dirigida para fora manifesta-se como "mente" em vez de sabedoria. É essa
mente que não reconhece suas bases, e o "intelecto pensante" se perde em suas
construções conceituais fictícias. Quando rigpa é "apontada", a atenção da mente é
subitamente dirigida de volta à sua origem como rigpa, e surge um momento, breve ou
longo, de reconhecimento de sabedoria. É uma porção de nirvana. Então, através do
relaxamento total da não-meditação, a atenção repousa naturalmente dentro de rigpa,
pois é uma presença permanente de sabedoria e alegria. Todas as experiências surgem
e estão ocorrendo na vaziez consciente e imutável de rigpa.
Segunda, 13 de novembro de 2017 às 21:37 UTC-02
Não acredito que as descrições reflitam nada além das visualizações da fase de geração.
Segunda, 13 de novembro de 2017 às 21:37 UTC-02
O Bon tem crenças similares ao Nyinthig tiradas do Nyingma. Eu tento continuar a ser
um "tecnólogo" neutro que não acredita em nada ou em ninguém, exceto através da
experiência. É fácil cair em mentalidades de culto. Eu também sou Bon: "Shenpen
Yungdrung".
Segunda, 13 de novembro de 2017 às 21:33 UTC-02
Eu acredito que apenas o Semde original é Dzogchen, o material posterior é Vajrayana
tântrico Dzogchen híbrido. Eu não acredito que você verá os Budas de estilo Indiano em
thigles, nem mandalas de Budas ornamentados. Os métodos são de estilo tântrico. No
entanto, ver os thigles com luz solar produz uma incrível claridade de rigpa. A luz do sol
que vem nos olhos desempenha um papel importante em todas as tradições do "corpo
de luz" como a prática de Kabbalah, Sufismo e Siddha Indiano.
Segunda, 13 de novembro de 2017 às 21:26 UTC-02
Thogal não é necessário. O corpo também desaparece em Trekchod. Eles dizem que a
maioria dos Mahasiddhas alcançou jalus sem thogal. Longde não usa thogal, mas resulta
em Jalus.
Segunda, 13 de novembro de 2017 às 21:24 UTC-02
Eu pratiquei as práticas de Zer-inga com Norbu. Todo o seu conceito é completamente
dualista. O que você é é sempre perfeitamente integrado com o seu campo. Não há
duas partes para se tornarem integradas. Ele concebe o sujeito como não [estando]
numa totalidade permanente com seu campo de energia. É uma prática mental, não
Dzogchen real.
Segunda, 13 de novembro de 2017 às 20:58 UTC-02
A partir dos primitivos tantras Dzogchen, citações de Vairocana: "O Tantra proclama:
"Não pense em nada, absolutamente. Nem pense que é assim que são as coisas. Não
medite sobre o Buda. Livre-se de tudo. Essa é a preocupação da morada dos deuses.
Não segure o vajra. Não carregue nenhum instrumento de mantra, absolutamente. Não
jogue nada como uma oferta de torma, ou dê qualquer item de generosidade,
absolutamente. Não dedique. A quem você dedicaria? Não pratique quaisquer ritos
perturbadores, Incluindo os rituais. A grande perfeição é a verdadeira natureza de todas
as coisas. É a essência-do-coração de todas as coisas, ainda assim não existe nada aqui,
absolutamente." "Aqui, nossa consciência é posta em equanimidade, então tudo é
perfeito"
Segunda, 13 de novembro de 2017 às 20:39 UTC-02
Vairocana escreveu: "Somos facilmente presos nas práticas que estamos fazendo e
qualquer carma que estamos produzindo. Não importa qual Prática do Dharma nós
praticamos, não alcançaremos a Budeidade ".
Segunda, 13 de novembro de 2017 às 20:35 UTC-02
Do [texto] Bon "Seis Lâmpadas" "E um Caminho que, tendo subido a via dos canais,
Surge à sua porta, a Lâmpada da Água; No meio do cérebro, na Mansão da Concha." Isso
está localizado no centro do chacra da coroa no crânio, que se conecta aos olhos como o
assento de rigpa. "Como a porta de aparecimento de Rigpa, os olhos são, portanto,
também um santuário importante da Budeidade dentro de nós".
Segunda, 13 de novembro de 2017 às 20:19 UTC-02
Do texto Dzogchen Bön "Seis Lâmpadas" "Ao mesmo tempo, os objetos dos sentidos
ainda estão sendo percebidos e pensamentos também podem surgir: tudo assim surge,
se expressa, e finalmente se dissolve dentro do estado de Consciência. Neste contexto,
Tapihritsa antecipa uma questão potencial; ele diz: "Se você pensa: não há distinção
entre conceitos e Sabedoria? São conceitos nossa própria Sabedoria? (Então saiba isso)
quando deixa sua mente (permanecer) no Dharmakaya, você conhece os conceitos como
sendo vazios, sabe que esta Vaziez é Dharmakaya, e quando você sabe que os conceitos
são Dharmakaya, então atinge a Budeidade sem dualidade."
Segunda, 13 de novembro de 2017 às 20:04 UTC-02
A essência total de Dzogchen e de todo o Dharma: "Existe apenas Dharmakaya
manifestando aparências vazias dentro da própria vaziez".
Segunda, 13 de novembro de 2017 às 19:58 UTC-02
Vairocana escreveu em seu texto de instrução secreta: "Não há iluminação, e não há
meditação também. Essas palavras evidenciam que qualquer coisa que fôssemos fazer
para uma meditação não é a Grande Perfeição, então, não temos nada para meditar,
absolutamente. Também não há nem mesmo um grão de não-meditação para ser
meditado. Então, sobre o que deveríamos meditar?"
Domingo, 12 de novembro de 2017 às 18:11 UTC-02
O Céu Aqueles que seguem a abordagem gradual são como aqueles que tentariam
remover, refinar, transformar e eliminar todos os zilhões de nuvens no céu, antes de
notar o espaço vazio do céu que nunca muda, e atua como o anfitrião sempre presente
das nuvens. Aqueles que seguem o "caminho súbito" não têm interesse em modificar
nuvens intrinsecamente vazias e, em vez disso, conhecem a si mesmos como o espaço
muito sutil e vazio do céu que hospeda as nuvens vazias. Jackson Peterson
Domingo, 12 de novembro de 2017 às 18:09 UTC-02
Como os ensinamentos do Caminho do Meio da Madhyamaka Prasangika consideraram
um "caminho súbito" (Cig Car)? É porque os fenômenos e a entidade que observa os
fenômenos são vazios desde o início e não requerem mais nenhum "esvaziamento". Isto
significa que uma mente pode de repente ver que TODOS os aspectos (objetos, carma,
pessoas e coisas) da experiência, incluindo o experimentador, são construídos
puramente a partir da conceitualização ou pensamento. Eles não têm outro modo de
existência. Conhecer isso profundamente, é a liberação instantânea, mas para ninguém.
Jackson Peterson
Domingo, 12 de novembro de 2017 às 17:58 UTC-02
Por que a "abordagem gradual" à iluminação, em oposição ao caminho "instantâneo" ou
"súbito" da iluminação é tão enraizada no Tibete? O Chan ou Zen, o Caminho do Meio
Prasangika, o Dzogchen Inicial e a Essência Inicial do Mahamudra foram todos caminhos
"instantâneos". O enredo "oficial" é que houve um debate entre o estudioso Budista
Indiano e gradualista Kamalashila e o mestre Chinês do Chan, Hwashang Mahayan no
Tibete durante o século IX. A história "oficial" diz que Kamalasila ganhou o debate e os
chineses foram mantidos fora do Tibete em desgraça. No entanto, os Chineses dizem
que eles realmente venceram. Hoje, os estudiosos dizem que provavelmente nunca
houve um debate ou, na melhor das hipóteses, apenas uma troca de cartas entre os dois
grupos. De qualquer forma, a escola gradualista foi sempre a versão "oficial" do
Budismo propagado no Tibete. O Dzogchen original era um ensinamento "não-gradual",
assim como era a essência inicial do Mahamudra, mas eles sempre enfrentaram grandes
críticas das tradições Budistas ortodoxas "gradualistas" dominantes. O Dzogchen
acabou por se refugiar em seu próprio inimigo declarado, o Vajrayana gradualista. O
Mahamudra prosperou em sua versão tântrica como o Mahamudra gradualista. O
caminho "instantâneo" (cig gar) foi rebaixado e descrito criticamente mesmo no
Dzogchen, como se aplicando a apenas alguns indivíduos altamente dotados, e a maioria
era direcionada ao Vajrayana gradualista, a versão tântrica do Dzogchen, como descrito
no Tantra Guyagharba. Então, por volta do século 12, os ensinamentos Nyingthig
totalmente novos e (duvidosos) foram divulgados ao público como os 17 tantras da
seção Mangagde do Dzogchen. Aqui, o Dzogchen foi ensinado, mas como um caminho
gradual de "prática" para uma rigpa "imutável" que não é o resultado das modalidades
de prática de "causa e efeito". Tente descobrir a razão disso! Pouco depois da
introdução do Nyingthig, outro tipo novo de Dzogchen foi introduzido por alguns lamas
chamados de "sPyi-ti" (chi-ti) o Dzogchen que se declarou acima até do Dzogchen
Atiyoga. Foi um esforço para restaurar o Dzogchen original que era um "ensinamento
súbito". Desvaneceu-se, pois todo o ímpeto e poder estava com a tradição Nyingma
Vajrayana. Em torno desse período posterior, outra tradição do Dzogchen apareceu
chamada "Yangti", que essencialmente significa "ainda mais essencial". Esta tradição
sobreviveu, mas foi principalmente relegada para ser o método principal para o “retiro
no escuro” do Dzogchen Nyingma. É um caminho separado e exclusivo para a realização
do "corpo de luz" de se engajar apenas em suas práticas. Como um praticante de
"Yangti", posso atestar a sua singularidade entre todos os ensinamentos do Dzogchen.
No entanto, também tem uma metodologia gradual. Contudo, dentro do Dzogchen
Nyingma, oYangti é o ensinamento secreto conservado mais íntimo até os dias de hoje.
É da tradição Chinesa do Chan que o estilo "súbito" floresceu aqui em 1978, enquanto
na China com o mestre Chan, Yen Wai Shih, da tradição "súbita" do Chan. Mas achei que
faltava uma metodologia clara e fácil e uma nomenclatura para transmitir essa
"mudança" na consciência para os outros. Então encontrei uma tradição muito rica de
ensinamentos "súbitos" no Mahamudra primitivo e o Dzogchen inicial (Semde). Não é
verdade que só há muitos poucos que podem ser bem sucedidos no caminho "súbito";
isso foi apenas um PR* negativo emitido pelos gradualistas do Vajrayana como um
esforço degradante para sustentar sua própria posição imperfeita e gradualista. Garab
Dorje afirmou que ele ofereceu um Dharma único que transcendeu todas as
metodologias gradualistas de "causa e efeito". Ele ensinou que nenhuma prática
"causativa" é necessária porque o "efeito" já está primordialmente presente e não
precisa de qualquer purificação ou treinamento adicional. É simplesmente "apontado" e
diferenciado dentre todos os outros componentes da consciência. Esta era a sua
perspectiva, visão e ensinamento únicos. Este é o princípio central e o coração do
Dzogchen Atiyoga como originalmente, e mais eficazmente ensinado. Ele derrotou
todos os professores gradualistas e Budistas em debate após debate. Ele provou que a
abordagem gradualista era irremediavelmente imperfeita. Meus esforços são
puramente para restaurar essa incrível abordagem "súbita" para a realização fora do
Vajrayana gradualista. Via Jackson Peterson Nota: PR* — Marketing de Relações
Públicas
Domingo, 12 de novembro de 2017 às 10:17 UTC-02
Liberação Instantânea A verdadeira visão do Dzogchen, Zen e Mahamudra é que a
sabedoria observadora que é a nossa única senciência é primordialmente sem defeitos,
perfeita e tudo o que você sempre foi. Nada pode bloqueá-la ou obscurecê-la. É o que é
ver, ouvir e sentir, pois os potenciais surgem e cessam em sua vaziez consciente. Mas
não é uma coisa mutável em si e como a si mesma. É o espaço imutável vazio e
consciente que hospeda todas as suas aparências. Apenas ler isso pode desencadear
uma mudança da identidade imaginária como sendo um alguém ou algo, para a sua
verdadeira consciência vazia que hospeda essas projeções. Via J.P.
Domingo, 12 de novembro de 2017 às 10:15 UTC-02
Evolução Uma dimensão infinita de espaço vazio cristalino, a Consciência Conhecedora
da Inteligência Universal, a Mente de Clara Luz; se manifesta como um resplendor de
cinco luzes. Uma luz é a do centro, as outras quatro formam uma circunferência de
várias tonalidades. As luzes são energias de sabedoria projetadas espontaneamente na
Mente de Clara Luz. A luz central é a consciência que conhece as outras luzes. É uma
consciência de sabedoria projetada que em si mesma é luz, mas pode se reconhecer
como a natureza radiante da Mente de Clara Luz em si, ou olhar para fora e perder o
contato com sua origem. No momento de perder o contato cognitivo com sua origem,
surge a perplexidades e a avidez para encontrar orientação e estabilidade. As outras
quatro luzes são agarradas como se fossem independentes da sua origem comum. Isso
causa uma transformação simétrica de todo o mandala de luz, em que a luz perde a
frequência e parece se cristalizar em padrões e formas; os padrões intrínsecos da luz
cristalizada ou congelada. A luz da sabedoria central também se cristalizou e vê as
outras quatro luzes como objetos externos e, ela própria como sendo um sujeito que
percebe. A sensação do "eu" surge pela primeira vez. A sabedoria agora aparece como o
pensamento. A luz aparece como reflexo. A Mente de Clara Luz é agora permeada por
sua própria energia sob a forma de uma mente conceitualizadora e suas diversas
construções mentais. A consciência brilhante e aberta é ofuscada pelo embotamento e
por uma falta de clareza semelhante a um transe. Dentro dessa mente obscurecida, a
Mente de Clara Luz permanece intocada e intacta. Na escuridão de um amanhecer
auspicioso, é possível ser orientado para a Luz que brilha tanto na escuridão quanto na
luz. É uma Clara Luz, que não oferece brilho ou cor e é facilmente perdida. É a própria
consciência, que nunca tem um tópico nem forma, nem cor, nem tom. É silenciosamente
presente, invisível e transparente: é o que é consciente, e é inseparável de cada
momento conhecido. Intocada pelo tempo, a fonte do espaço, não tem localização, mas
é mais íntima do que o seu próprio rosto. Ver o Ver, sendo o Ver, é visto claramente que,
onde quer que esteja, você é o Espaço original. Jackson Peterson
Domingo, 12 de novembro de 2017 às 08:53 UTC-02
... rigpa ou a Mente de Luz Clara não são originadas de forma dependente, e nada "mais"
surgiu de forma dependente. As aparências aparecem unicamente em rigpa que no
interior e exterior são apenas conceitos que aparecem em rigpa. Considerando que a
onda e o oceano são variáveis que mudam, e a bola de cristal nunca muda.
Domingo, 12 de novembro de 2017 às 08:36 UTC-02
Namkhai Norbu Rinpoche escreveu: "Nós somos algo como uma bola de cristal (atrás
dos olhos). Se há uma bola de cristal, desde o início era puro e claro — essa é a
qualidade de uma bola de cristal". "Da mesma forma, temos nossa verdadeira qualidade
em nossas três sabedorias primordiais — Essência, Natureza e Energia. Somos nesse
conhecimento. Nesse caso, somos como uma bola de cristal que nunca muda sua
natureza, qualidade ou essência. Não há nada para mudar ou desenvolver. No entanto,
pode se integrar em qualquer circunstância. Você pode colocar uma bola de cristal em
uma mesa vermelha e a bola parece vermelha; em uma base verde, parece verde, em
uma base multicolorida, multicolorida. " "A bola de cristal nunca muda."
https://youtu.be/3vQHpfzQfBE
Domingo, 12 de novembro de 2017 às 07:55 UTC-02
Além de toda Dualidade O pensamento "Eu gostaria de realizar a Mente Búdica" ocorre
na mente de um praticante. É a Mente Búdica que está emanando esse pensamento e
está percebendo esse pensamento, bem como todos os pensamentos. J.P.
Sábado, 11 de novembro de 2017 às 18:49 UTC-02
Tsal, rolpa e dang: "Então, essas três principais manifestações de nossa energia estão
relacionadas com os três estados dos kayas: a energia dang nunca muda sua natureza
real, que está principalmente no estado do Dharmakaya. Para demonstrar a energia
rolpa, tomamos o exemplo do espelho e estar integrado neste é o Sambhogakaya. E a
energia tsal está mais relacionada com nossa condição, as dimensões puras e impuras,
por isso está ligada ao estado do Nirmanakaya. Você pode entender que não basta
apenas ter conhecimento de sua natureza e energia, mas há algo a fazer em sua prática
". Namkhai Norbu - da transcrição do comentário sobre o canto vajra
Sábado, 11 de novembro de 2017 às 08:57 UTC-02
A Experiência da Clara Luz e o Dzogchen O termo "Mente de Clara Luz" não é uma frase
típica usada no Dzogchen; mas o Dalai Lama usa o termo muitas vezes em suas
descrições de rigpa. No entanto, sinto que é um excelente termo para expressar a
ocorrência de um momento da "clareza" de rigpa e sua total transparência (zangal). Em
rigpa, a clareza cognitiva da consciência é o contexto da experiência em vez do
conteúdo como pensamentos, sentimentos ou sensações. Em vez da atenção do espelho
se envolver com o conteúdo das imagens refletidas nele, de repente a atenção se
recolhe de volta para o próprio espelho vazio e transparente como o contexto em que
esses reflexos como eventos mentais e sensoriais estão ocorrendo. Nessa mudança da
atenção que se recolhe de volta ao contexto da consciência vazia, uma sabedoria de
autorreconhecimento da verdadeira identidade ocorre com uma certeza absoluta
autovalidante. Não há dúvida sobre a verdadeira natureza de rigpa ou consciência
primordial e original. Este é o nosso único alvo na transmissão do Dzogchen. Aqui está
um método que eu recomendo: Em um quarto muito escuro, feche os olhos e apenas
foque sua atenção à sua frente ou ligeiramente para cima, como se estivesse olhando
algo. Como você faz isso por vários minutos, você pode notar que o campo da percepção
visionária pode tornar-se cristalino, como olhar para o espaço negro, mas com uma
sensação de grande profundidade e distância ao campo. Este é o objetivo que surge da
"Clara Luz". Simultaneamente, se você relaxar completamente, a sensação de
transparência "interior" ou cognitiva acompanhará a transparência objetiva, mas
somente quando a mente ativa e pensante for dissolvida em sua própria transparência
vazia. Quando a transparência visual, a transparência da mente e a transparência da
própria consciência convergirem, a sabedoria de rigpa surgirá como a Mente de Clara
Luz. Nesse momento, o estado de consciência permanecerá apenas como a Mente de
Clara Luz, por si só. Em algum momento, a mente se tornará ativa com os pensamentos
novamente. Se nenhuma atenção chegar a esses pensamentos, a mente se dissolverá
novamente e a clareza vívida e transparente da Mente de Luz Clara surgirá novamente.
Enquanto estiver em rigpa, abra seus olhos e note como sua visão parece mais como
raios laser em vez duma visão mais dispersa. Se assim for, praticar "olhar para o céu" e
thogal, ambos intensificarão a clareza super-mental atualmente presente. Trabalhe com
isso e faça perguntas ... Via Jackson Peterson
Sábado, 11 de novembro de 2017 às 08:54 UTC-02
Absoluto e Relativo A Mente de Clara Luz ou a Mente Búdica, como consciência,
manifesta-se energeticamente como todos os fenômenos; tanto como a consciência
aparecendo como um sujeito, como a consciência aparecendo como objetos. Quando o
eu subjetivo olha para sua própria consciência, descobre não só a própria natureza vazia,
mas também que é a consciência da Mente Búdica aparecendo como o eu cármico. Este
é o momento de rigpa. A consciência da Mente Búdica e a consciência da mente cármica
são a mesma consciência. Um estado da consciência sabe que é a verdadeira natureza e
o outro estado da mesma consciência não. É um pouco como gelo e água sendo dois
estados da mesma coisa. Jackson Peterson
Sábado, 11 de novembro de 2017 às 08:53 UTC-02
Vibrações Poderíamos simplificar e atualizar o Dzogchen traduzindo "tsal, rolpa e dang",
as três formas de energia de rigpa, todas as quais são "vibrações" de várias frequências
e densidades. A teoria moderna das cordas também afirma que a base fundamental de
toda matéria e energia são cordas vibratórias cujas frequências vibratórias são o que e
como a matéria aparece; só há vibrações. Parece coincidir com a noção de "spanda" do
Shivaísmo da Caxemira como sendo o pulso vibratório de Shiva (Consciência Primordial)
que aparece como tudo. Os Vedas afirmam que todos os universos surgiram do som
vibratório do Om. O Dzogchen usa o "Á" como sua vibração inicial de todas as aparências
universais. No novo livro do Dalai Lama ele também usa o termo "vibração": "Além disso,
como é claro nos escritos de Dodrubchen, se você é capaz de reconhecer todos os
fenômenos como o esporte, a vibração ou a efervescência desta consciência mais íntima
naturalmente surgida (rigpa), isso permite que você veja facilmente que todos os
fenômenos não existem em si mesmos, de forma independente, e só são estabelecidos
pela conceitualidade". Só há um Único Campo de Consciência infinito e vibrante; Thigle
Chenpo. É através do processamento conceitualizante da mente desses campos
vibracionais que eles parecem surgir como objetos e sujeitos separados. Mas um único
campo unificado não tem partes, nada com duração, nem um centro ou uma borda. Cada
"mente conceitualizadora" também é apenas uma densidade temporária e localizada no
Campo vibracional, como nós momentâneos na "Rede de Indra". O Espaço Vazio
Consciente em que o Campo Vibratório vibra, permanece imutável e todo-penetrante
como uma transparência cristalina. É essa Transparência Vazia Consciente (zangal) que o
Dzogchen nos "introduz". Quando conhecida, é muitas vezes chamada de Mente de
Clara Luz. Todas as aparências e fenômenos são igualmente sempre puros como sendo a
Presença do Campo vibracional. Não importa o estilo ou as formas que aparecem, ou
como parecem interagir, todas são igualmente puras e perfeitas em virtude do fato de
que nunca se tornam outra coisa senão a miríade de vibrações da Grande Perfeição em
si. Jackson Peterson
Sábado, 11 de novembro de 2017 às 08:49 UTC-02
De outro tópico: ... aqui está o ponto: não há um "eu" para se engajar em uma prática,
não é que o "eu" não deva se envolver em práticas. Estamos introduzindo informações
em uma mente funcional que está gerando a ilusão de haver um "eu". Essa informação
quando processada faz com que o software deixe de produzir (subconscientemente) o
"mim", o senso do eu. Mas os professores acreditam que o eu imaginário pode perceber
e tornar-se iluminado; mas não há ninguém lá para se iluminar, esse é um personagem
fictício subconscientemente projetado pelo subconsciente. Vê Agora? Jackson Peterson
Sábado, 11 de novembro de 2017 às 08:38 UTC-02
... não está sendo visto que todos os estados mentais são rigpa aparecendo como esses
estados mentais. Não se trata de refinar, transformar ou purificar os vários estados
mentais através de prática; em vez disso, é perceber que cada estado mental é em si
mesmo uma aparência da própria rigpa, aparecendo a si mesma.
Sábado, 11 de novembro de 2017 às 08:15 UTC-02
Longchenpa menciona o equívoco de confiar em yanas inferiores: "Para começar, em
atiyoga é mantido que o espaço básico — a própria mente que é pura por sua verdadeira
natureza, totalmente lúcida, e espontaneamente e intemporalmente presente como um
estado supremo de permanência natural — é a base de ser, não-fabricada e inalterável
como consciência atemporal que naturalmente ocorre. Em comparação, todas as
abordagens inferiores obscurecem essa consciência atemporal que naturalmente ocorre
com o véu da esperança e do medo, porque exigem a aceitação e a rejeição envolvidas
na tentativa de conseguir algo. Elas não oferecem nenhuma oportunidade de alcançar o
estado significativo de ser natural."
Sábado, 11 de novembro de 2017 às 07:53 UTC-02
O tantra Dzogchen O Som Secreto explica: "Os siddhis mais sublimes e consumados não
são o resultado de esforço e procurar arduamente, e deste modo quem encontrar essa
abordagem certamente ganhará liberdade. Portanto, a Grande Perfeição não exige que
algo seja feito e nem [que] aconteça através de esforço ou de alguma outra forma.
Devido a essa característica distintiva — a experiência direta da verdadeira natureza dos
fenômenos — todos os seres podem permanecer como nada menos que buddhas,
independentemente de sua perspicácia ser nítida ou embotada."
Sexta, 10 de novembro de 2017 às 08:38 UTC-02
Visão Equivocada Muitos cometem o lapso de colocar a atenção sobre ou em rigpa como
se rigpa fosse um alvo de atenção. Isto é como ser "consciente da consciência". É
dualista. Melhor, em vez disso: você COMO rigpa "retrai" sua atenção e essa atenção
retraída repousa como o poder de rigpa, é uma presença vívida e dinâmica. Neste caso,
essa "energia de presença atenta" retraída se manifesta de forma espontânea como os
atributos intrínsecos, os atributos luminosos (gyan) e sabedorias (yeshe) de rigpa.
Assim, quando rigpa manifesta a energia da atenção intrínseca como pensamentos, cria
um mundo imaginário das formas de pensamento como um "eu" e seus objetos
conceitualizados; samsara. Esse é o sonho. Pensar e conceituar é o que conduz a nossa
experiência psíquica para o que não é real, enquanto os pensamentos nos dizem que o
que descrevem é real. Quando rigpa retrai sua "energia de atenção" das suas
construções de pensamento, as construções de pensamento de um "eu" e dos seus
"objetos" construídos conceitualmente desaparecem, e rigpa é restabelecida a conhecer
sua verdadeira identidade como essa mesma "energia atenta", agora surge como a
sabedoria (yeshe) que é a própria cognição ou gnose autorreconhecida de rigpa. Isto
porque "repousa-se" como rigpa sem externalizar a energia criativa em formas de
pensamento; então nossa energia psíquica interior surge automaticamente como as
sabedorias que sustentam rigpa no conhecimento contínuo de sua verdadeira condição.
Esta é a principal elucidação do porquê e da forma como a "não-meditação" Dzogchen
funciona. Espero que a beleza e a sutil elegância desta abordagem seja agora mais clara.
--Jackson Peterson
Quinta-feira, 9 de novembro de 2017 às 08:39 UTC-02
Se alguém se envolve em um longo retiro de vipassana, os pensamentos simplesmente
vêm e vão sem serem causados por ninguém. Emoções, sentimentos, intenções,
sensações, percepções e ações também podem surgir por conta própria, sem
proprietário ou criador. Os pensamentos, memórias, sentimentos e imagens que,
quando combinados, dão a sensação de haver um eu central a quem eles pertencem,
desaparece. Então, há apenas a consciência desnuda com nenhum eu sequer. A sensação
de "eu" ou "mim" pode simplesmente surgir e desaparecer sem um proprietário ou eu
central que os observe ou os cause. Isto é o que o "não-eu", como descrito no Budismo,
que é experimentado, mas não experimentado por um eu ou "mim". É apenas um
momento de consciência texturizada que não ocorre a ninguém. Via J.P.
Quinta-feira, 9 de novembro de 2017 às 08:36 UTC-02
Compartilhamos um "universo comum"? No Dzogchen, toda a realidade é a
manifestação de uma única energia que se manifesta de três maneiras: Dang, Rolpa e
Tsal. Dang se relaciona com o brilho da luz intrínseca ou a energia do Dharmakaya. É
todo-penetrante em todos os momentos. É o campo da sabedoria primordial universal
(yeshe) ou o campo da informação que informa toda a nossa dimensão infinita e todo-
abrangente chamada "A Grande Hiper-Esfera" ou Thigle Chenpo. É o único campo
compartilhado que todos temos em comum, como o único Dharmakaya, que é a nossa
Base do Ser compartilhada além de quaisquer características individuais. Nós e todas as
aparências surgem dessa base comum e vazia de consciência ou conhecimento puro.
Nossa consciência não é individual na raiz. Estamos todos a ser mutuamente informados
pelo nosso campo de sabedoria compartilhada ou base de dados de informações
universais. Nossos sentidos recebem essas informações bidimensionais e, então,
transformamos essas informações perceptivas em nossa experiência no mundo em 3D.
O universo experienciado é uma representação geométrica 3D (holográfica) do "dang"
universal, como nossa projeção individual. O que parece um mundo e universo objetivo,
sólido é, na verdade, apenas uma informação tridimensional, representada como um
holograma virtual. Também como verificado na física quântica, especialmente na teoria
da informação quântica, não há objetos físicos, nem partículas subatômicas reais nem
"energia" real podem ser encontradas; na raiz, tudo o que é encontrado é "informação"
e essa informação não tem nenhuma causa física. Apenas aparece da vaziez sem
propriedades físicas. Esse é o nosso campo de informações da sabedoria "dang" que
todos compartilhamos. Rolpa é como essa informação aparece em nossa consciência
"interna", como reflexos que aparecem num espelho. Pode aparecer como
pensamentos, construções mentais e imagens. Tsal é a informação como representada
em geometrias de luz 3D, que chamamos de energia, objetos, formas, cores, corpos,
planetas e todas as "coisas" mais. Na raiz, todas as aparências são a informação
geométrica do espaço vazio e da consciência. Este é meu melhor candidato para uma
abrangente "teoria de tudo"; a visão do Dzogchen. Via Jackson Peterson
Quinta-feira, 9 de novembro de 2017 às 08:20 UTC-02
O que é Experiência Sem Conceitos? Ao olhar ao redor da sala ou espaço no qual está
lendo isso, assuma que todos os conceitos como nomes, rótulos e descrições
desaparecem. Eles também desaparecem em relação à consciência subjetiva que está
lendo isso. Depois de ter uma ideia disso, amplie-o para incluir todas as pessoas,
criaturas e coisas. Contemple isso. As percepções ocorrem, mas nenhuma delas é
rotulada ou conceitualmente reconhecida como sendo "essa" descrição ou "isso". A
condição cognitiva é pura consciência sem atividade mental de conceituar a experiência,
além de não conceituar uma definição para o que é consciente e conhecedor. Nada está
sendo bloqueado ou negado, simplesmente experimentado sem alguma conceituação
sobre a percepção crua e desnuda. Solte todas as definições e rótulos sobre isso que é
consciente também. Repouse aqui, desnudo sem um nome, sem uma descrição de
autorreferência e sem um eu conceitualizado que esteja fazendo isso. Simplesmente
acontece. Como é o nosso mundo quando nada é conceitualizado? Isso é experimentar a
natureza vazia do nosso mundo. Como é a consciência, quando não há conceitos de
autorreferência, não há descrições pessoais de autorreferência e nenhum nome lhe é
aplicado? Isso revela a natureza vazia e pura de nossa consciência. Quando as instruções
acima são totalmente e claramente efetivadas, isso pode repentinamente oferecer um
vislumbre de nirvana; a natureza não-conceitual da realidade tal como é sem as ficções
sobre isso. A realidade nunca é como [foi] imaginada através dos conceitos. É sempre
perfeita sem necessidade de correção, ajuste ou transformação quando conhecida
desnudamente, assim tal como é. --Jackson Peterson
Quinta-feira, 9 de novembro de 2017 às 07:38 UTC-02
Quando o thogal é praticado, o resultado pode ser uma queda de todos os filtros da
mente que bloqueiam ou reduzem a "visão" pura do sentido da visão. A beleza
percebida das percepções visuais comuns é nada menos que deslumbrante, assim tal
como são. J.P.
Quinta-feira, 9 de novembro de 2017 às 07:34 UTC-02
Originação Dependente no Dzogchen O Dzogchen não segue as visões do yana, mais
baixas, da originação dependente. O Budismo Inicial descreveu todos os fenômenos
como sendo dependentes de várias condições anteriores e fatores contribuintes. As
"coisas" foram consideradas como uma assembleia de partes reais que também foram
construídas de partes anteriores e contributivas ad infinitum, todas baseadas em
relações de causa e efeito entre todas as partes inter-relacionadas. Portanto, a "coisa"
não pode ser extraída de sua rede de fatores contribuintes e condicionamentos prévios.
Então, a tradição Madhyamaka e Prasangika refinou a compreensão de que "as coisas"
são puramente dependentes de designações conceituais e não de "coisas" e "objetos"
materiais inerentemente existentes com suas próprias características inerentes,
condicionando-se mutuamente. O Dzogchen vai além ao dizer que todos os fenômenos
de todos os tipos dependem puramente da própria rigpa como Samantabhadra ou Kunje
Gyalpo, projetando energeticamente todos os fenômenos a partir de seus próprios
potenciais infinitos como os hologramas 3D da luz de rigpa (tsal, rolpa e dang). Isso
significa que a mente cármica não é uma fonte secundária que origina fenômenos
negativos. Rigpa é a fonte única de todos os fenômenos; pensamentos, intenções,
emoções, sentimentos, sensações, mente cármica, percepções e ações. Isto é o mesmo
que o Shivaísmo da Caxemira que diz que Shiva é a fonte de todos os fenômenos
pessoais e impessoais (spanda) e que todos os seres são o único Shiva no seu núcleo. Os
Sufis percebem que, na profundidade de seu ser, eles são o Alá único, como sendo a
única causa e fonte de todos os fenômenos (tajalli); pensamentos e ações pessoais, bem
como impessoais. Na Cabala, Deus é a fonte única de todos os fenômenos e ações
pessoais e impessoais. O Cabalista descobre seu ser como realmente sendo Deus. Em
todas essas tradições, não são aceitas causas materiais nem causas interativas entre
agentes independentes que agem uns sobre os outros ou coisas. Isso significa que o
cérebro não origina fenômenos mentais, sensações ou ações corporais. Todas as ações e
movimentos são movimentos diretos do Absoluto, sem intermediários, mediadores,
agentes de apoio ou colaboradores. Isso significa que todos os fenômenos ocorrem
apenas em e como a Consciência Absoluta sem qualquer vestígio de materialidade ou
causalidade física ou influência. Isso também significa que qualquer livre arbítrio entre
as entidades fenomenais é impossível. Não há entidades individuais separadas para
realizar isso através de ações próprias, assim como personagens de sonhos em um
sonho durante a noite. A projeção holográfica 3D de um eu não é o Projetor. Bon Lopon
Namdak explica: "A Madhyamaka nos diz que tudo é feito de nossos pensamentos, isto
é, de nomes. Mas, na verdade, há uma noção diferente no Dzogchen: tudo é um reflexo
ou uma projeção da mente (sems kyi snang-ba)". "Outra comparação que podemos fazer
é com os sonhos. As visões que chamamos vida cotidiana surgem das nossas mentes
como projeções. Elas são como sonhos. Ambos parecem reais, essas visões no estado do
sonho e essas visões no estado de vigília. Mas se seguimos depois de um sonho, o que
encontramos? Quando acordamos, consideramos que nada permanece. Comparando-os,
achamos que o estado do sonho e o estado de vigília, ambos compostos de nossas
visões, isto é, nossas projeções, são igualmente irreais. Portanto, não há qualquer
sentido em se agarrar a essas delusões e ter reações emocionais a elas". "O Dzogchen
afirma que não só é tudo vazio, mas que tudo é uma projeção, uma manifestação da
energia (rtsal)". "Mas e quanto aos outros seres sencientes? Nossas percepções sobre
eles são, em última análise, ilusões". "A visão de Thodgal é como uma chave para a
realização de que a vida normal também é uma projeção e uma ilusão. Podemos trazer o
conhecimento adquirido da prática de Thodgal para influenciar a visão da vida normal.
Nós os comparamos e descobrimos que toda a nossa chamada vida normal é uma
ilusão". "O Estado Natural (rigpa) nunca foi contaminado ou modificado pelos eventos
do Samsara. É como um espelho que de nenhuma maneira é alterado ou modificado
pelo o que quer que reflita. Entretanto, nesta Base, que é o Estado Natural da Natureza
da Mente (sems-nyid gnas-lugs), as manifestações aparecem espontaneamente, assim
como as nuvens aparecem no céu ou os reflexos aparecem no espelho. Essa é a
qualidade da manifestação espontânea (lhun-grub), e essas manifestações representam
a potencialidade criativa ou a energia (rtsal) do Estado Natural (rigpa)". "Todas as coisas,
tudo o que pensamos e percebemos como seres sencientes individuais, são
manifestações da energia inerente (rsal) do Estado Natural. No final, elas retornam
novamente ao Estado Natural. Não há nada no Samsara ou no Nirvana que vá além do
Estado Natural. É a base primordial (ye gzhi) do Samsara e do Nirvana. Tudo o que
aparece, existe como a autoperfeição espontânea (lhun-grub) e, no entanto, é vazio".
Namkhai Norbu: "Tsal é a manifestação da energia do próprio indivíduo como um
mundo aparentemente ‘externo’. Mas, de fato, o mundo aparentemente externo é uma
manifestação de nossa própria energia, ao nível de tsal". Namkhai Norbu Namkhai
Norbu Rinpoche: "Podemos falar da energia rtsal de forma mais detalhada, pois permeia
toda a nossa existência. Nossa energia de prana, por exemplo, que está mais
relacionada ao nosso corpo físico, a energia kundalini, ou mesmo a força da energia
física comum – tudo está relacionado à energia tsal”. Assim, a energia rtsal é como a raiz
de tudo, é por isso que dizemos que nosso estado primordial é o centro do universo;
todo o universo é a nossa manifestação da energia rtsal. Todos têm a mesma condição.
Quando você está no estado de rigpa, o que é a energia rtsal? É sua experiência e,
através da experiência, você está na energia rtsal, e isso é chamado de rig-tsal". Via
Jackson Peterson
Quarta-feira, 8 de novembro de 2017 às 17:58 UTC-02
Os Três Aspectos em Cada Momento de Consciência No Dzogchen, ensina-se que cada
momento de experiência é cognitivamente conhecido em três aspectos; o aspecto vazio
indefinido da experiência, o conhecimento puro que conhece uma experiência que está
ocorrendo e as qualidades, texturas, formações energéticas e significados conceituais
dessa experiência. Parece que as experiências podem se inclinar para enfatizar qualquer
um desses três aspectos mais do que outro. Se for enfatizado demais a vaziez
indefinida, ficamos fora de contato com as texturas cruas e das variedades deliciosas de
fenômenos recentemente desdobrados. Se demasiada ênfase é colocada sobre as
formações energéticas e seus significados conceitualizados, a experiência de alguém
fica encerrada dentro dos limites dessas construções conceituais que parecem definir
um mundo de formações e seres independentemente existentes, todos interagindo
com nosso "próprio" senso reificado e conceitualizado do eu. A mente se perde em suas
próprias projeções, como estar em um sonho durante a noite enquanto dorme. Parece
que o "caminho do meio" seria evitar as armadilhas de ambos os extremos e apenas
descansar na qualidade "conhecedora e consciente" de cada momento. Isto é
exatamente o que estamos fazendo na contemplação Dzogchen da "não-meditação". Ao
longo dos anos, recebi comentários consistentes de pessoas que participaram dos
retiros de vipassana de Goenka de dez dias, que achavam que era a experiência mais
transformadora de suas vidas que já tinham experimentado e, mais importante, eles
também mantiveram muitos das introvisões benéficas vívidas por muitos anos. Os
retiros de vipassana enfatizam o aspecto não-comentador e não-conceitualizante da
observação pura como esse aspecto da consciência conhecedora. Por durar dez dias,
todos têm a chance de reformatar suas tendências habituais para se afastarem de uma
indiferença vazia ou se envolver compulsivamente na contínua narrativa interna de
conceitualizar, julgar e definir fenômenos internos e externos. Em vez disso, a cognição
da consciência pura que observa o constante ir e vir das sensações corporais, dos
pensamentos, dos julgamentos, das imagens, dos sentimentos, das emoções, do senso
do eu e das percepções sensoriais torna-se dominante e a mente fica clara e calma,
juntamente com um surgimento de introvisões sobre a natureza da realidade. Isto é o
que também ocorre nas sessões de sentar da "não-meditação" no Dzogchen. O aspecto
observador, consciente e conhecedor (rigpa) é o que no Dzogchen está orientando a
consciência. Este é o meu propósito em oferecer tantas instruções de apontamento
repetidas vezes. Mas também deve-se tomar esses momentos de introvisão das sessões
de sentar formal ou informal de "não-meditação", onde todos os fenômenos são
simplesmente observados e conhecidos sem apreensão, rejeição ou fixação. Foi
descoberto que envolver-se no processo de conceitualização é o que define e
impulsiona o desvio para os extremos da reificação, ficcionalização e o sofrimento
resultante. Mas, felizmente, foi ainda descoberto que todas essas construções
conceituais como causas do sofrimento, se deixadas sozinhas, revelarão sua "natureza
vazia" em breve, e sua natureza vazia será plenamente "conhecida" na consciência. Se a
posição cognitiva permanece como o aspecto da "consciência conhecedora", então as
formações energéticas surgem e se liberam enquanto revelam a sua natureza vazia de
momento a momento. Isto é como a visão da perspectiva de rigpa seria experimentada.
Rigpa "estável" é simplesmente a mente e a consciência se dissolvendo no "meio" como
a observação da "consciência conhecedora" que conhece intrinsecamente a própria
natureza vazia e é expressões enérgicas. Muitas vezes, nos textos do Dzogchen e
Mahamudra, o termo vipassana como "visão perspicaz" é usado como sinônimo de
"rigpa". Via Jackson Peterson https://www.youtube.com/watch?v=0hFdlKy6_XM
Terça-feira, 7 de novembro de 2017 às 08:45 UTC-02
Trekchod Incompleto no Dzogchen O Dzogchen não é um caminho que transforma os
estados mentais e emocionais através da prática de meditação como seu método. O
Dzogchen não é um caminho onde você trabalha para melhorar o seu comportamento
através de atos e práticas que desenvolvem virtude e compaixão saudáveis, enquanto
renuncia a comportamentos prejudiciais e negativos. O Dzogchen também não é um
caminho que permitirá que seu eu realize a libertação e a felicidade. O Dzogchen
depende de um corte repentino e decisivo de todas as falsas identidades para revelar
sua verdadeira natureza. Não pode ser gradual porque sua verdadeira natureza já é
quem e o que você sempre é. Você não pode gradualmente se aproximar de onde você
já está. Sua verdadeira natureza é o Dharmakaya rigpa; a "cognição observadora" que se
encontra fora do espaço e do tempo e está sempre além de poder ser condicionada ou
afetada pela mente, pensamentos, crenças, identidades imaginárias, emoções,
percepções, sensações, sofrimento, morte física e experiências do bardo no estado após
a morte. Seu estado atual sempre permanece intocado, prístino e puro, não importa o
que seja experimentado. Rigpa é o contexto vazio como o espaço em que todos os
fenômenos aparecem sem alterar rigpa; muito semelhante a reflexos que nunca
danificam ou melhoram um espelho. O princípio chave no Dzogchen é a "sabedoria
discriminativa" de rigpa que surge e diferencia rigpa de todos os seus produtos como
identidades. Neste caso, toda ficção é vista como ficção; e rigpa é o que permanece
como rigpa conhecendo a sua verdadeira natureza. O Dzogchen não funciona quando a
"introdução direta à rigpa" ou as instruções de apontamento deixam a consciência em
alguma identidade sutil ou identificação com seus produtos. O "cortar" de trekchod não
cortou até o fim. Então a identidade fictícia restante continua como um personagem de
sonho fictício em busca de sua futura iluminação imaginária. Então, o Dzogchen é uma
transmissão "desencadeante" da sabedoria, não uma metodologia baseada em prática.
É o mais direto e mais rápido de todos os veículos. Portanto, procure apenas essas
instruções de "apontamento" até que o corte final penetre até o fim! Esta citação a
seguir é do famoso ciclo de ensinamentos conhecido como o Livro Tibetano dos Mortos.
O texto foi descoberto por Karma Lingpa (nascido no Tibete em torno de 1329). Foi
considerado como tendo sido originalmente escrito pelo mestre Padmasambhava do
século VIII, que escondeu o texto antes de deixar o Tibete. Mais tarde, foi descoberto
por Karma Lingpa. Faz parte do ensinamento Dzogchen chamado "A Introdução Direta à
Rigpa" e é destinado a "despertar" aqueles que simplesmente leem e entendem o texto
sem a necessidade de qualquer prática anterior ou posterior: "E no momento presente,
quando sua mente permanece em sua própria condição sem construir nada, a
Consciência Desperta (Rigpa), nesse momento, por si só é bastante comum". "E, quando
você olha para si mesmo desta maneira desnuda, sem pensamentos discursivos, uma vez
que há apenas esta observação pura, haverá uma clareza lúcida sem que ninguém esteja
lá, que seja o observador, apenas uma consciência manifesta desnuda está presente".
"Esta Consciência é vazia e imaculadamente pura, não sendo criada por absolutamente
nada. É autêntica e não adulterada, sem qualquer dualidade de clareza e vaziez". (Da
tradução de John Reynolds, AutoLiberação Através da Visão com a Consciência
Desnuda). Via Jackson Peterson Texto-fonte em Inglês:
https://www.facebook.com/groups/389074547867876/permalink/1326101927498462/
Terça-feira, 7 de novembro de 2017 às 08:30 UTC-02
O "cultivo" através da prática de rigpa após a perda de sua sabedoria, está alimentando
o demônio que previamente desapareceu. Então, no Dzogchen, o que se segue é a "não-
meditação", inspirada em sua própria vaziez e a introvisão da mente na vaziez dupla
(vaziez de sujeito e objeto). Desta forma, a sabedoria de rigpa aparece novamente à
medida que a vaziez da identidade (o demônio do eu) é revelado. J.P.
Terça-feira, 7 de novembro de 2017 às 08:27 UTC-02
Se a lacuna* é verdadeiramente vazia de todos os pensamentos e atividades mentais
entre os pensamentos, o eu não existe nessa lacuna. Não há um eu para continuar no
próximo momento do pensamento. Uma experiência completamente nova de
autoimagem é mentalmente construída no próximo momento de pensamento. O eu
pessoal não tem absolutamente nenhuma continuidade. São as qualidades rápidas e
semelhantes do próximo eu mentalmente construído que dá um senso ilusório de
continuidade. Isto é como um eu que você parecia ser no sonho da noite passada, que
nunca mais aparece nos sonhos futuros. Cada sonho contém um eu recém-construído,
assim como cada momento de pensamento no estado de vigília. Esse eu não consegue
pensar, fazer ou perceber mais do que o pensamento marmelada pode. Jackson
Peterson *É razoável que entre cada pensamento há uma lacuna, do contrário haveria
apenas um pensamento único e contínuo sem fim.
Terça-feira, 7 de novembro de 2017 às 08:20 UTC-02
Uma pista: esse que está ouvindo, vendo e conhecendo dentro de toda experiência é o
Samanantabhadra original. A consciência que agora está ciente dessas letras sendo lidas
é a consciência perfeita de Samantabhadra original. J.P.
Terça-feira, 7 de novembro de 2017 às 08:16 UTC-02
Samantabhadra como o Absoluto no Dzogchen Samantabhadra (Kuntuzangpo) como o
Adi Buda no Dzogchen, é o aspecto absoluto da Mente Búdica, a verdadeira natureza de
todos os seres sencientes. Você é o Samantabhadra absoluto neste e em cada
momento. Você está criando seu mandala global e a consciência individual como "você",
o "quem" que está experimentando isso. Do estado da sabedoria primordial de Rigpa
Dharmakaya você gera uma consciência pura conhecida como "sem nyid" (a natureza
pura da mente). Está situada no meio de quatro outras sabedorias primordiais
conhecidas como as Cinco Luzes, incluindo a consciência pura no meio. As Cinco Luzes
também são conhecidas como as Cinco Sabedorias, os Cinco Budas e aparecem no
estado deludido como os Cinco Elementos. Longchenpa diz que a sem-nyid está no
crânio ou na coroa. É Samantabhadra como uma contração localizada (não uma projeção
da) Consciência Pura (yeshe). Isso é “você”. Estas cinco são sempre as mesmas cinco
sabedorias primordiais, mas em graus crescentes de densidade com base no grau da
delusão dentro da consciência central das quais são suas projeções (tsal). Para conhecer
seus potenciais criativos completos, você deve entrar no jogo em que seus potenciais
são exibidos em 3D; como um pavão com a cauda totalmente expandida para fora em
exibição completa. Para entrar no jogo ou sonho, você se contrai em uma esfera
localizada de consciência senciente pura. Para sair do jogo, você simplesmente
reconhece sua consciência localizada como uma autocontração do próprio Dharmakaya;
esse momento de libertação da autocontração é chamado de "autoliberação" (rang
drol). É o momento nirvânico de rigpa. Você sempre é o absoluto; mas como uma
autocontração; você é como a vasta extensão de água de um oceano infinito que se
contraiu como uma esfera localizada de gelo. A contração inicial na consciência pristina
localizada, pode se autorreconhecer ou não. Se não, a consciência sem-nyid manifesta
uma mente conceitualizadora, ‘sem’ (alayavijnana), dentro de si. Em seguida, ela
continua a criar o seu estágio de jogo através de nomear conceitualmente e rotular suas
sabedorias primordiais que então aparecem como objetos e seres independentemente
existentes cujas características são apenas construções conceituais. Este mandala
conceitual é chamado de samsara. A ‘sem’ ou a mente tem conceitualmente construído
a si mesma para ser uma identidade mais sólida e localizada dentro do jogo, mas não
tem a sabedoria de que tudo o que foi criado era apenas conceitualmente real. Quando
devido à redução da sabedoria básica de acordo com o grau de contração em torno da
construção do eu ou "mim", a experiência torna-se insuportável e a mente então se
torna uma buscadora de alívio. O processo de criação de um samsara pode então ser
revertido (rulog) através da aplicação de vários meios, como o Dzogchen e outros. No
entanto, é apenas o Dzogchen dentro do envoltório Budista que aponta que você é
Samantabhadra desde o início. Você é um Buda totalmente empoderado como
Samantabhadra, tal como sempre é o caso. É possível que isto seja "imediatamente"
visto no Dzogchen, já que o tempo é só mais uma construção fictícia que você, como
Samantabhadra, está projetando. Nada nunca realmente aconteceu. A TV não é afetada
por seus programas de TV de nenhum modo. Como o Dharmakaya rigpa, você está
projetando uma fantasia como um sonho dentro do contexto de sua esfera prístina e
vazia da consciência imutável. Isto é como o universo onde todos os fenômenos e
identidades estão a surgir como reflexos vazios dentro de uma esfera de cristal ou
espelho como o projetor ativo desses reflexos. A responsabilidade só pode ser
proveniente de Samantabhadra, não dos atores como as projeções que aparecem em
cena. Nem as interações aparentes entre os atores podem ser atribuídas a meros
fantoches. Em um sonho durante a noite, algum dos personagens dos sonhos age de
forma autônoma ou são meramente fantoches da mente subconsciente? Quando se
percebe ainda que Samantabhadra não comete erros e é infinitamente perfeito, então
todos os aspectos do sonho devem ser sempre uma exibição e um reflexo dessa
perfeição também. Isso é o que o termo Grande Perfeição ou Dzogchen está a se referir.
Jackson Peterson Texto-fonte em Ingles:
https://www.facebook.com/groups/389074547867876/permalink/1330433900398598/
Terça-feira, 7 de novembro de 2017 às 08:03 UTC-02
As Terras Puras e a Clara Luz Decorrente Quando a mente cármica se dissolve, um novo
panorama de percepção aparece. Em lugar da mente cármica, um eu cármico e uma
visão de mundo cármica; surge uma nova dimensão da experiência perceptiva ou
visionária e é perceptível tanto como um estado interno de consciência, bem como uma
dimensão externa da percepção visual. A claridade transparente é muito associada aos
olhos e ao olho da sabedoria na testa. O estado interior é como se seu senso de
consciência fosse energeticamente envolto em formações de pensamento, como no
caso em que de repente o estado da mente nublada se tornasse uma clareza
transparente, como um vasto céu desprovido de toda nebulosidade. A consciência é
incisiva, clara e autoevidente; como uma bola de cristal indestrutível. O estado
visionário superior começará a se desdobrar como a dimensão da própria rigpa nas
formas de várias visões e expansividade espacial. Com os olhos fechados, em um quarto
escuro, devemos olhar levemente para cima e para fora no espaço escuro acima da
ponte do nariz. É como se estivéssemos olhando para o espaço vazio. Se a sua mente
conceitualizadora é clara e quieta, o espaço que você está olhando será claro, além de
revelar uma grande profundidade. É uma percepção da escuridão de cristal, como uma
ônix negra transparente. Esta é a Clara Luz negra. Se alguém estiver fazendo isso
enquanto está deitado, eventualmente sonhos lúcidos começarão a surgir neste espaço
claro e vazio, enquanto você está vividamente desperto. Alternativamente, uma única
esfera pode aparecer flutuando nesse espaço escuro, centralizada e reta. Se você ficar
relaxado e alerta, a esfera pode revelar várias paisagens e formas internas. É possível
entrar na esfera, que parece entrar em um portal ou mesmo em um túnel. Uma vez
dentro ou perto, pode-se ver várias paisagens como vendo em outra dimensão ou terra.
Em vários dos meus retiros, sem dar aos alunos nenhuma pista do que devem esperar,
muitos relataram ter visto o que acabei de descrever. É, obviamente, uma experiência
universal. Mas todos sentiram que estavam olhando para outra dimensão espiritual.
Quando a mente se torna extremamente clara e quieta, é possível que visões 3D claras e
nítidas possam aparecer também no dia comum. Uma vez eu estava ensinando um
grupo de thogal e depois da sessão de prática, enquanto eu estava dando ensinamentos
adicionais do Dzogchen, uma esfera de cristal grande (três metros de altura) apareceu
contendo uma deidade Budista feminina e flutuou pela sala e desapareceu na parede.
Poucos momentos depois, ao falar com o grupo, notei uma sensação de algo se
movendo sob meu queixo. Olhei para baixo e vi um brilhante Dorje ou Vajra dourado de
um pé de comprimento girando lentamente, simplesmente suspenso no espaço no nível
entre minha garganta e meu coração. Continuou a girar por vários minutos e
eventualmente desapareceu. No passado, experimentei uma visão clarividente dentro
da minha testa no local do "terceiro olho", que descrevo no primeiro capítulo do meu
livro. Uma vez que a mente cármica ordinária cessa e o estado da mente fica cristalino, é
possível que a dimensão do Sambhogakaya da Clara Luz surja. Mas primeiro a contração
energética da mente cármica tem que relaxar e se dissipar completamente. Caso
contrário, o conteúdo da experiência é limitado às construções conceituais da mente
cármica. A Consciência semelhante ao espaço como a Natureza Búdica, contraída em
uma esfera de Clara Luz cristalina. Ela irradia um mandala de luz de sabedoria
multicolorida (as Cinco Luzes como as Cinco Sabedorias). Ela também irradia como a Luz
da Sabedoria dentro de sua própria posição central dentro do mandala. Esse é o nosso
núcleo central de consciência ou consciência desperta. É a primeira emanação do
Dharmakaya (Sempa Dorje) (sem nyid) (ou nous no Neoplatonismo) ou (chokmah na
Cabala). É uma deidade de sabedoria pura (yeshe) e é consciente e sabedora. Ou a
reconhece como a Natureza do Dharmakaya vazio ou não. Se "reconhecer", é-se
autoliberado como sendo um Buda Dharmakaya Samanthabadra. Se não, então, nesse
momento "não reconhecendo", uma transformação simétrica ocorre (ignorância) e a
consciência "yeshe" cai a uma frequência vibracional mais baixa e converte-se
energeticamente no comprimento de onda do "pensamento" e da mente. Nesse
momento surge uma espécie de pânico e perplexidade e, em um esforço para se
identificar, isso acontece, mas através e na frequência das ondas mentais do
pensamento. E a identidade no nível do pensamento é sempre um pensamento
autorreferencial que é sentido como "mim" ou "eu". Esse pensamento inicial do "eu"
formou uma impressão ou traço na mente-energia que foi encistado dentro da
contração emocional associada com o momento inicial de perplexidade e puro pânico
que se tornou uma característica contínua da mente até esse momento. O pensamento
"eu" tornou-se a resposta e o contrapeso ao pânico de não detectar nenhuma
identidade real sequer; é por isso que tem tanta importância na mente subconsciente. É
a raiz básica do samsara que permanece nos níveis mais profundos de nossa psique
samsárica, juntamente com o medo quase primordial do autoesquecimento que a
formação do pensamento "eu" tenta distrair e evitar a todo custo. A vida se torna "tudo
sobre mim". Ao focar no "eu", não notamos a possibilidade do "não-eu". Como uma
criança pequena, nossos pais e contatos sociais desencadeiam essa impressão original
do "eu", que, em seguida, se desenvolve e se desenrola dinamicamente como nosso eu
cármico como influenciado por nossos antigos traços cármicos dentro da mente
subconsciente (em potenciais de superposição). Devido a este colapso energético em
uma formação central do "eu", todo o mandala energético da nossa consciência se
contraiu no que chamamos de "ser senciente" como uma mente cármica, que migra
através de vários estados e paisagens mentais distorcidos perpetuamente, a menos que
seja interrompido (Seis Lokas). O objetivo no Budismo e no Dzogchen é reverter essa
espiral decrescente e autocontração através de vários meios. Infelizmente, mesmo
depois de muito esforço, devido à má instrução, a contração do "eu" só piora quando
alguém busca sair disso tentando fazê-lo COMO um "eu". Trekchod tem como objetivo
liberar a autocontração ao reconhecê-la como sendo a pré-contração da natureza pura e
vaziez. Aqui é onde os ensinamentos da vaziez da Prasangika (não-Gelugpa) podem ser
de grande ajuda. O resultado seria a realização e a atualização da vaziez dupla. Neste
ponto, a clareza interior e as visões das Terras Puras do Sambhogakaya se desdobrariam
naturalmente, mesmo sem uma prática para fazê-lo. A visão ordinária ou a experiência
samsárica são o brilho de rigpa como visto através do filtro do "eu" conceitualizado. O
que vemos então são as projeções samsáricas da mente, tudo relacionado ao "eu".
Quando o filtro do "eu" está ausente, vemos a exibição pura de rigpa sem o filtro da
mente samsárica que conceitualiza e rotula as Cinco Luzes Primordiais e originais. O que
então encontramos é a dimensão espontaneamente presente das Terras Puras do
Sambhogakaya ou de Buda. As aparências aparecem, mas são conhecidas por serem
vazias como arquétipos primordiais ou hologramas divinos e simbólicos; ricos em
detalhes e vitalidade. É possível acelerar este desdobramento da Clara Luz e do
Sambhogakaya através das práticas de thogal e "retiro no escuro". Mas se o estado de
mente samsárica contraído não for liberado e resolvido em primeiro lugar, a Mente da
Clara Luz e as radiantes Terras Puras de Buda não aparecerão nem se desdobrarão, pelo
menos não de forma estável. O resultado final dessa abordagem é a transformação da
contração energética samsáricamente conhecida como o corpo físico, de volta ao seu
status de pré-contração do Corpo de Luz do Sambhogakaya e a mente regressando ao
seu status como sendo "yeshe" ou a Mente da Sabedoria Búdica. Então, o que descrevi
aqui é a teoria essencial de acordo com a tradição Nyingthig mais recente do Dzogchen
e é um estilo tântrico. Certamente, faz muito sentido e funciona. Poderíamos também ir
direto para a mais alta verdade do Dharmakaya através do Dharmakaya de acordo com o
Zen e o Atiyoga original do Semde. Mas eu concordo com Mipham, que a realização de
atualizar a visão da dupla vaziez como ensinado nos ensinamentos da vaziez da
Prasangika é uma "obrigação" para todos os praticantes do Dzogchen. Caso contrário, as
reificações contínuas do auto-agarramento samsárico colapsam o mandala de sabedoria
em estados mentais contraídos e confusos infinitamente. A abordagem que ensino é
realmente algo entre as duas abordagens mencionadas acima; Dharmakaya e
Sambhogakaya. Na verdade, ambas as abordagens se apoiam e revelam a outra porque
são dois lados da mesma moeda. O Dharmakaya se expressa através do Sambhogakaya
e o Sambhogakaya "conhece" a si mesmo através do Dharmakaya. Chamamos isso de
"conhecimento ou gnose" de rigpa. O Dharmakaya é a Mente do Sambhogakaya, e o
Sambhogakaya é o Corpo do Dharmakaya. Quando tal encarna conscientemente em um
reino material como uma encarnação da Bodhicitta, chamamos isso de Nirmankaya. Qual
abordagem parece mais compatível com seu próprio estado? Por quê? Outras
perguntas? Texto-fonte:
https://www.facebook.com/groups/389074547867876/permalink/1168000993308557/
Jackson Peterson
Segunda, 6 de novembro de 2017 às 22:05 UTC-02
Eles dizem que as leis da física são o que ditam e controlam o que acontece "lá fora".
Mas, em vez disso, as leis da física são como o que só aparece na consciência como
consciência, aparecendo como "lá fora". Não existe um "lá fora" objetivamente
existente. Via J.P
Segunda, 6 de novembro de 2017 às 21:53 UTC-02
A Grande Perfeição e o Nirvana Desde os ensinamentos originais do Buda parece que o
objetivo do budismo é escapar para um estado vazio de consciência na cessação final da
ação e residir na paz final e eterna, bem-aventurança e descanso. No entanto, tal visão
não tem lugar no Dzogchen. Essa visão anterior é dizer que a experiência atual é
imperfeita e precisa ser renunciada, corrigida, transformada e escapada. O Dzogchen vê
cada momento que se desenrola, não importando como se desenrola, como uma
exibição sem falhas e uma expressão perfeita da Grande Perfeição. A Grande Perfeição
já é e sempre está funcionando perfeitamente. Nossa sensação de ser um eu relativo
preso ao samsara é o contrapeso perfeito para o estado definitivamente enfadonho e
inútil de habitar eternamente na vaziez estática. Então, é basicamente o padrão natural
para saltar da perspectiva relativa para a perspectiva absoluta e vice-versa sem fim.
Portanto, não tente estabilizar ou manter a visão absoluta sobre o relativo. Aproveite o
salto entre os dois, como um passeio de montanha-russa; que divertido! Não é
exatamente isso que a Grande Perfeição está oferecendo na vida diária? No entanto, o
eu-buscador, não está vendo a perfeição em sua vida exatamente como é. O praticante
está ocupado em dedicar-se à tarefa de corrigir, melhorar e, finalmente, dissolver a si
mesmo na vaziez nirvânica, pois é a solução para o sofrimento auto-afligido. Que triste!
Um Dzogchenpa não tem tempo nem se dispõe para tal absurdo que, por si só, nega a
perfeição da Grande Percepção que busca realizar. Sem os contrastes e variações desta
exibição da vida perfeita, metade da diversão da vida é negada e descartada. No
entanto, sem ver e conhecer a verdadeira natureza da nossa Grande Perfeição, a
perfeição é perdida e buscamos uma "outra" perfeição que tentamos criar, moldar e
manter através de grande esforço e tensão. Melhor desistir da busca e apenas olhar
para dentro e obter a familiaridade com a perfeição que você sempre é. Vendo isso
claramente o próprio Longchenpa declarou: "Num momento de visão, isto como
realmente é, não se pode conter a si mesmo de explodir em formidável gargalhada!"
--Jackson Peterson
Domingo, 5 de novembro de 2017 às 08:48 UTC-02
Liberação de Estados Emocionais e Pensamentos Quando alguém sofre de um estado
emocional, pode-se sentar e observar com calma o estado e sua qualidade de
sentimento como mera sensação. Não é possuída por ninguém, pois não há possuidores
de experiências, como o som do vento soprando não pertence a ninguém. Então, não
sinta a emoção como sua, mas como se fosse apenas um carro buzinando na rua. Não é
"minha tristeza", é apenas uma sensação de tristeza. Não é "minha" ansiedade, é apenas
uma sensação de ansiedade. Não é "minha" raiva, é apenas uma sensação de raiva. Não é
"meu" medo, é apenas uma sensação de medo que não pertence a ninguém. Quando o
pensamento "eu" surge e reivindica a posse dos estados emocionais, é como uma cola
louca fazendo com que tudo fique em uma condição fixada. Experimente isso com
muitas outras sensações emocionais, incluindo a sensação de dor física. Pode-se fazer o
mesmo com todos os pensamentos; sente-se calmamente e observe os pensamentos
que surgem e passam. Note que eles não são "seus" pensamentos, eles são apenas
pensamentos que aparecem como sons de pássaros chilreando lá fora. Nenhum
pensamento é "seu" e todos os pensamentos são igualmente não possuídos e sem
importância. Trate até os pensamentos "eu", "mim" e "meu" como não possuídos,
pensamentos surgidos que não pertencem a ninguém.
Segunda, 30 de outubro de 2017 às 08:51 UTC-02
Jackson Peterson adicionou um novo vídeo: Rinzai Zen teacher in Japan, Harada Roshi,.
Via Jackson Peterson: Meu professor de Zen Rinzai no Japão, Harada Roshi,
compartilhou algumas ótimas introvisões sobre não eu e não ego neste vídeo. Aqui está
um vídeo extraordinário de um dos meus professores Zen, Harada Roshi, que visitei no
templo dele no Japão há cerca de nove anos. Ao observar estas pequenas seções do
vídeo, todo o misterioso segredo da visão Zen, satori ou kensho, é totalmente revelado.
-------------------------------------------------------------- Via Jackson Peterson: My Rinzai Zen teacher
in Japan, Harada Roshi, shared some great insights regarding no self and no ego in this
video. Here is an extraordinary video of one of my Zen teachers, Harada Roshi, who I
visited at his temple in Japan about nine years ago. Through watching these small
sections of the video, the entire mysterious secret of Zen insight, satori or kensho, is
fully revealed.
Sábado, 28 de outubro de 2017 às 19:29 UTC-02
Rigpa não precisa de Tutorias Rigpa é uma nona Consciência (Zhi) em que aparecem
todos os outros oito níveis de consciência e percepções; como reflexos vazios que
aparecem em um espelho. Todos os outros níveis de consciência são dualistas e
conceituais. Eles nunca podem levar além de suas próprias limitações conceituais. Os
ensinamentos de vaziez, vários estudos, sadhanas e práticas só se aplicam aos níveis
mais baixos de consciência. Rigpa é sempre o nirvana imutável. Nenhuma etapa leva até
ela, nenhum caminho a aproxima de si mesma. A natureza é a vaziez conhecedora e,
portanto, é sempre vazia de reificações mentais, sofrimento e extremos. Você é apenas
aquela rigpa pura e imutável em que todos os outros níveis e estados do eu e mente
aparecem. Jackson Peterson
Sábado, 28 de outubro de 2017 às 18:50 UTC-02
"Embora a influência da Madhyamaka sobre o Zen Chinês tenha sido discutida, essa
influência é ainda mais evidente entre os manuscritos Zen Tibetanos. Por exemplo, um
breve texto chamado; "Um Ensinamento Sobre a Essência da Contemplação" pelo
Mestre Haklenayaśas apresenta o Zen como "a abordagem instantânea da
Madhyamaka": "Há muitos portões para a meditação no veículo maior. O supremo entre
eles é a abordagem instantânea da Madhyamaka. A abordagem instantânea não tem
método. Cultiva-se apenas a natureza da realidade desta maneira: os fenômenos são a
mente e a mente é incriada. Na medida em que é incriada, ela é vaziez. Uma vez que é
como o céu, não é um sujeito para as seis faculdades sensoriais. Esta vaziez é o que
chamamos de experiência. No entanto, nessa experiência, não há tal coisa como
experiência. Portanto, sem permanecer nas introvisões adquiridas ao estudar, cultive a
igualdade essencial de todos os fenômenos ". Sam Van Schaik
Sábado, 28 de outubro de 2017 às 18:38 UTC-02
O Loka Humano No budismo e no Dzogchen mencionamos os seis reinos ou lokas do
samsara. Estamos preocupados com o loka humano. É a experiência de nascer humano
com DNA, cérebro, corpo e mente humanos. É um reino de sofrimento samsárico. A
causa do sofrimento foi descoberta por Buda. A causa é a mente humana defeituosa
que pensa, conceitualiza e gera crenças fictícias sobre ser um eu separado individual
que tem volição e pode perceber, bem como cria crenças de que há coisas reais
objetivamente existentes e outros seres. Essas crenças errôneas são o resultado da
evolução de uma espécie de macaco cujos objetivos primordiais são apenas a
sobrevivência e a reprodução. Nossa sobrevivência como espécie, evoluiu de um forte
senso de individualidade combinada com a capacidade de escolher sistemas e objetos
biológicos separados que poderiam nos comer ou nos prejudicar. É essa capacidade que
dita nossa vida mental de modo que há um estado de ansiedade constante em relação à
sobrevivência, sempre operante. Em vez de ser um jogador real na série de TV humana,
somos a televisão vazia na qual a série está aparecendo. Qualquer sensação de ser um
indivíduo na série de TV é um produto de seu software: pensamento e conceitualização.
A TV não é o software. A Consciência Vazia não é um indivíduo com uma personalidade
e história. Um humano é um programa de TV, não a TV. Não é que você seja uma pessoa
que tenha experiências, mas sim, ser uma pessoa humana é apenas um programa de TV
sendo experienciado. Jackson Peterson
Sábado, 28 de outubro de 2017 às 18:35 UTC-02
Mais Sobre as Bases de Designação no Dzogchen Namkhai Norbu costumava nos dizer
que o primeiro momento de consciência que surge, é rigpa. Esse primeiro momento é
então seguido pela mente engajando-se na sua conceitualização, reificação e rotulagem
nesse momento. Isso pode ser dividido em relação aos lados do sujeito e do objeto:
Nossa consciência surge em cada momento como um surgimento fresco de pura rigpa.
Na metade do próximo segundo, a mente surge e entra em funcionamento para definir
e rotular essa consciência de rigpa como um "eu" localizado. É assim que surge o eu
egoico. Rigpa é a base real da designação "eu" pela mente. Então, temos o lado
objetivo: no primeiro segundo surge uma aparência de luz pura como a tsal (energia)
luminosa de rigpa; na metade do próximo segundo, a mente conceitualizadora surge,
nomeia, rotula e a reifica como uma construção mental. Neste caso, as "cinco luzes" que
aparecem em várias formações enérgicas e puras, são designadas como sendo
inerentemente existentes junto com suas características conceitualizadas do "seu
próprio lado". A aparência que surge é um potencial energético de rigpa no processo de
surgimento inicial. Da mesma forma, o surgimento de um eu localizado é rigpa que
surge como uma consciência de sabedoria pura como yeshe. É esse primeiro surgimento
como uma consciência de sabedoria de rigpa que reconhece ou não a natureza vazia e
pura do Dharmakaya, que inicia ou não, os seguintes 12 nidanas da origem dependente.
Esta oportunidade de "ver" sua verdadeira natureza está ocorrendo a cada meio
segundo. É esse "momento da sabedoria decorrente" que está constantemente
surgindo como a rigpa vazia, que o professor aponta como sempre foi ignorado
anteriormente. A consciência cármica secundária do eu colapsa em sua origem antes
mesmo de começar. Jackson Peterson
Quinta-feira, 26 de outubro de 2017 às 17:34 UTC-02
Liberação instantânea A verdadeira visão de Dzogchen, Zen e Mahamudra é que a
cognoscência observadora que é nossa única senciência é primordialmente impecável,
perfeita e tudo o que você é. Nada pode bloqueá-la ou obscurecê-la. Isso é ver, ouvir e
sentir, pois os potenciais surgem e cessam em seu vazio consciente. Mas não é uma
coisa mutável em si mesma como si mesma. É o espaço imutável vazio e consciente que
hospeda todas as suas aparências. Meramente ler isso pode desencadear a identidade
imaginária como sendo alguém ou algo, perceber a sua verdadeira consciência vazia que
hospeda essas projeções. --Jackson Peterson
Quinta-feira, 26 de outubro de 2017 às 17:16 UTC-02
As Cinco Sabedorias Na tradição Nyingma do Budismo Tibetano, há várias séries de
cinco correspondências que representam as funções interdependentes da nossa
Natureza Búdica. O núcleo do ensinamento é que nossos cinco chacras principais estão
localizações nas Cinco Sabedorias Búdicas. Ao ativar e/ou purificar esses chacras, isso
resulta na total iluminação. Os cinco chacras também representam os Cinco Elementos
que suportam o corpo material. O que chamamos de corpo físico é a materialização
grosseira dos cinco elementos. Quando relaxamos toda a constrição dentro dos cinco
elementos eles se transformam em sua natureza interior mais pura e sutil como a
"essência dos elementos" ou Luz primordial: "As Cinco Luzes Primordiais". O ponto mais
central de cada um dos cinco chacras está dentro de um tubo de luz primordial chamado
"canal central". Ele corre da base da coluna até a fontanela no ponto da coroa da
cabeça. Somente a Energia da Sabedoria pura (yeshe lung) reside no canal central. Em
cada um dos lados do canal central, corre um canal menor. Os dois canais laterais correm
a partir do umbigo onde se cruzam com o canal central e paralelo ao canal central, mas
arqueiam adiante para parte superior do cérebro com seus pontos de saída em cada
narina. O prana cármico (energia) como mente cármica, flui nos canais laterais. A
principal prática do Budismo tântrico é levar as energias cármicas impuras ao canal
central pelo qual elas se transformam automaticamente em Energias de Sabedoria.
Quando todas as energias cármicas como a fonte da mente cármica são encaminhadas
para o canal central, a Mente de Sabedoria iluminada ou a Mente de Clara Luz é
totalmente revelada como tendo estado completamente presente, mas somente não
acessível na consciência devido à atividade dominante e esmagadora das energias da
mente cármica que circulam por todos os canais de energia da corporificação. Quando a
maioria de nossas energias estão centradas dentro do canal central, nos sentimos
centrados e num equilíbrio prazeroso ou harmonia. Os chacras estão abertos e
descomprimidos neste caso, permitindo um ótimo funcionamento num estado de
sabedoria de clareza vívida. Quando estamos em "rigpa" (a consciência da sabedoria
vívida), mas em seguida parece que o "perdemos"; é porque os canais laterais agora
estão funcionando como condutores da energia cármica novamente (o fluxo da energia
ativo de conceitualizar e pensar) e o canal central é fechado. Em vez disso, queremos
que os canais laterais sejam fechados com apenas o funcionamento do canal central
(sem que o fluxo da conceitualização ocorra). Podemos fazer isso concentrando-nos no
ponto central de qualquer chacra. Lembre-se que o ponto central já está dentro do
canal central. Ao fazer isso, nós não apenas trazemos o prana cármico para o canal
central, mas também ativamos a sabedoria do thigle ou kundalini dentro desse chacra.
O resto segue organicamente. No entanto, no Dzogchen nos focamos na consciência da
sabedoria mais pura ou em rigpa em si como nosso único método. Essa consciência de
sabedoria está localizada inicialmente no centro do chacra da coroa como o "thigle
tongpa dronma", que reside dentro do canal central. Nós o "localizamos" notando a
qualidade de nossa própria "cognição consciente" sempre-presente, não suas formações
energéticas. Isso é onde os estados mentais mais grosseiros "relaxam". Isto será sentido
como seu "ser" no centro de seu crânio. Ao trazer sua consciência aos olhos, uma clareza
de sabedoria muito mais acentuada irá surgir. Ao trazer a consciência atenta ao seu
coração, você experimentará sua natureza supremamente vazia, no entanto com menos
vivacidade de clareza, mas com um profundo contentamento e paz. Rigpa é na verdade
todo-penetrante, mas localizado pela colocação da atenção no chacra no relaxamento
total. Rigpa é todas as cinco sabedorias como os cinco chacras funcionando como um; o
"único e singular thigle" ou thigle nye-chik. "Você" é esse único thigle ou esfera sem
fronteiras da Consciência da Clara Luz. Imagine uma esfera cristalina de Luz de Arco-íris
com cinco esferas concêntricas (os chacras puros), uma dentro da outra; cada vez mais
sutil em direção ao centro. Essa é a sua forma-vazia infinitamente criativa, Natureza
Búdica, que nunca pode ser prejudicada, e ainda não tem um "eu" fixo ou identidade
conceitualizada. --Jackson Peterson
Quinta-feira, 26 de outubro de 2017 às 17:06 UTC-02
Trekchod (cortando através da rigidez) é ser introduzido à Grande Perfeição, assim
vemos todos os fenômenos como a Grande Perfeição. Portanto, pode-se relaxar
completamente. Nada precisa ser mudado. Então relaxe. Nada pode melhorar, é sempre
o melhor possível. Então relaxe. Não há nada negativo; portanto nada para evitar ou
temer. Então relaxe. Na Grande Perfeição, "algo negativo" não tem significado. Tudo o
que acontece é perfeito. Então relaxe. Culpa e remorso é considerar que algo que você
fez, não era perfeito. A ansiedade é considerar que alguma coisa que poderia acontecer,
não sairá perfeito. Todo o estresse e tensões provêm de pontos onde a situação atual é
julgada como necessitando ser alterada, melhorada, mantida, reduzida ou eliminada. Em
vez disso, apenas deixe ir e relaxe. Ódio e raiva são o resultado de acreditar que o que
os outros dizem, disseram, fazem ou fizeram, não é perfeito. A Grande Perfeição sabe
que a Fonte é o "todo bom" (Samantabhadra), e como o emanador de todos os
fenômenos, todos os fenômenos são totalmente bons e perfeitos, no entanto, eles
aparecem. Pare de tentar se melhorar, se endireitar, se libertar ou mudar-se. Em vez
disso, apenas relaxe. --Jackson Peterson
Domingo, 22 de outubro de 2017 às 18:41 UTC-02
Se alguém tem o objetivo de realizar o "Corpo de Luz" e trabalha na direção de alcançar
isso, então a consciência do ego está no controle total do corpo/mente. É apenas mais
samsara através do apego. Rigpa não tem objetivos e não exerce nenhum esforço em
conseguir nada, porque tudo já está completo. Então, nós só temos duas escolhas: a
consciência do ego como "sem"* que está a dar as ordens ou rigpa. Trekchod estabelece
rigpa como nossa condição. Rigpa então desdobra as capacidades completas,
naturalmente, como uma flor desabrochando. Thogal é uma maneira que esse
desdobramento é expresso. Não há "ninguém" fazendo o autêntico thogal. J.P. *sem
(tibetano: sems; sânscrito: citta), um dos inúmeros termos tibetanos para "mente".
Domingo, 22 de outubro de 2017 às 18:37 UTC-02
Acho interessante quando discutimos nossas energias sutis do corpo com alguns, e eles
dizem “bem, eu não sei nem acredito na relevância dos ‘chakras’. Nos sistemas de
energia sutil Tibetano, os chakras têm um grande papel na transformação da
consciência. No Dzogchen é mencionado que, após a morte, experimentamos um
período de transição denominado "bardo". É ensinado que no bardo aparecerão cinco
luzes. Estas cinco luzes precisam ser reconhecidas como a própria exibição da energia,
as próprias sabedorias primordiais intrínsecas. Essas "cinco luzes" são, na verdade, os
cinco chakras. Os aspectos mais sutis e essenciais das cinco luzes compõem o "Corpo de
Luz" ou "Corpo Vajra". Você pode contemplar as "cinco luzes" primordiais dentro do seu
próprio corpo. Quando elas são totalmente ativadas, elas revelam suas respectivas
sabedorias. Ao praticar o Retiro no Escuro ou thogal, estas Cinco Luzes podem aparecer
no espaço a nossa frente. Elas podem aparecer como uma cadeia de esferas ou "thigles"
ou "bindus" ligados entre si. No bardo você está vendo seus chakras ligados ao canal
central que os percorre, ligando-os. O que você está vendo são simplesmente reflexos
do que está dentro, aparecendo como se estivesse "lá fora". Em muitas tradições, essas
cinco luzes realmente assumirão a forma de um "Ser de Luz" aparecendo à nossa frente
na forma básica de um corpo humano transparente de cores de arco-íris. Ao se integrar
a esse reflexo interior que aparece "lá fora", o corpo físico se dissolverá em luz. Este
fenômeno é o ensinamento mais esotérico dentro do Dzogchen, Sufismo, Cabala e
Cristianismo Ortodoxo também. O meu próximo livro, "The Way of Light” (O Caminho de
Luz) será focado neste tema e os temas comuns entre as várias tradições. Jackson
Peterson
Sábado, 21 de outubro de 2017 às 21:02 UTC-02
Nada Antes A mente apenas "pensa" que há um eu ou alguém que existe "antes" do que
está sendo pensado ou percebido. A mente pensa que há uma realidade objetiva
separada, pensando que isso existe "antes" dos pensamentos que pensam sobre isso. O
eu só entra na criação como um pensamento atual que não tem existência anterior ou
duradoura. Uma aparente "coisa objetivamente existente" realmente entra na criação
"como" apenas o pensamento atual sobre isso, sem uma coisa objetiva que tenha
existência anterior ou duração adicional. Jackson Peterson
Sábado, 21 de outubro de 2017 às 20:59 UTC-02
Instruções perfeitas! Yangthang Tulku Rinpoche Ensinamentos da Natureza da Mente
(trechos de ensinamentos dados nos EUA em 1990/91) "A grande perfeição é a
experiência da natureza da vaziez, da sua claridade radiante e da sua compaixão
desobstruída. Quando você se senta na meditação, no equilíbrio da natureza da mente,
essa essência inexprimível e totalmente aberta é a vaziez. A medida de sua radiância e
clareza natural é a qualidade, e a natureza dessa qualidade é a compaixão desobstruída.
Estes três – vaziez, clareza natural e compaixão desobstruída – são a natureza da mente.
Na prática do dzogchen é preciso permanecer, naturalmente relaxado, na consciência
não-elaborada. Simplesmente permaneça no equilíbrio da natureza da vaziez, livre de
elaborações, limitações ou do intelecto conceitualizador. Permanece-se simplesmente
totalmente relaxado, não esperando nada nesse estado. No momento exato em que os
conceitos se dissipam, rigpa, consciência pura, está lá, e é isso. Não há experiência de
rigpa além disso. Quando a mente se dissolveu e surge a experiência da sabedoria
primordial, dharmakaya, isto é rigpa". Via J.P.
Quarta-feira, 18 de outubro de 2017 às 06:48 UTC-02
Rigpa Como um Equilíbrio Transparente Note a consciência como presente e logo atrás
dos olhos. Feche seus olhos e seja essa presença consciente, clara e vazia. Não coloque a
atenção nas percepções dos cinco sentidos e nem nos pensamentos da mente e nas
atividades mentais. Mantenha a atenção entre os dois. Trata-se de não atender as
percepções sensoriais nem as atividades mentais. É como se houvesse um espaço
cristalino, como uma janela de vidro transparente, que fica entre o olhar para as
percepções sensoriais e o olhar em direção às atividades da mente. É um "local ideal",
que, quando vivido, a atenção cognitiva não tem direcionalidade pretendida ou foco
mental, uma claridade radiante da visão da sabedoria prístina ocorre dentro de si
mesmo. No Dzogchen, chamamos essa visão de sabedoria de rigpa ou gnose. Quando
um professor dá uma "introdução direta à rigpa", a natureza atenta da mente se
estabelece momentaneamente neste equilíbrio primordial, o que revela a verdadeira
natureza de alguém como um clarão inconfundível e inesquecível da sabedoria de rigpa.
Todas as dúvidas e incertezas são destruídas. É como se a consciência fosse uma janela
de vidro transparente com fenômenos sensoriais de um lado e estados mentais internos
doutro. Mas a atenção retirou-se de ambos os lados e repousa como o vidro claro e
transparente no meio. Este ponto de equilíbrio perfeito não tem senso de eu e é uma
transparência pura e vazia; no entanto é vibrantemente cognitiva. Parece estar no
mundo, mas não é dele, intocável, pristinamente clara e transparente; invulnerável a
todas as influências do condicionamento. Qualquer esforço para conhecê-la, bloqueia a
sua clareza de sabedoria de surgir. Ao ler um bom texto de apontamento, a mente pode,
de repente, fazer brilhar essa visão de sabedoria, mas apenas para ser estragada pela
dinâmica instantânea da mente de tentar agarrar e integrar a introvisão
conceitualmente através do pensamento. A introvisão de sabedoria é uma sabedoria
não-conceitual. Todos os meus escritos e textos publicados aqui destinam-se a provocar
vislumbres do que é verdadeiramente "real". Aqui está uma citação de um Tantra
Dzogchen fundamental ou texto escritural, chamado "O Amontoado de Joias". Resume
completamente o método exclusivo da prática do Dzogchen: "Quando alguém descansa
no estado natural sem concentração, o entendimento se manifesta na mente desse
indivíduo, sem que alguém tenha que ensinar todas as palavras pelas quais a mente
entenda esses significados. À medida que esse entendimento começa na mente, tudo
isso é não-manifesto e todas as aparências sensoriais, que por si só não implicam
conceitos, são naturalmente puras. Assim, de forma desobstruída, tudo se torna uma
expressão da suprema unidade de vaziez e lucidez ". "A mente está equilibrada num
estado de consciência desnudo, não há como dirigir a mente. Não se procura por nada,
não se está olhando para nada. Permite-se simplesmente que a mente descanse em seu
próprio estado natural. A natureza vazia, clara e desimpedida da mente (Mente de Buda)
pode ser experimentada se pudermos descansar em um estado de consciência não-
fabricada, sem distração e sem que a centelha da consciência se perca". Kalu Rinpoche
Via Jackson Peterson
Quarta-feira, 18 de outubro de 2017 às 06:43 UTC-02
Nirvana Se é notado que cada momento como um momento cognitivo é definido e
delimitado através do envolvimento com pensamentos e conceitos, então o samsara é
esse momento. Se é notado que cada momento como uma ausência cognitiva de
pensamentos e conceitos, incluindo o pensamento de um "eu", conhecendo esse
momento, então o nirvana é sempre esse momento. Todos os momentos cognitivos
estão aparecendo em uma vasta e consciente consciência vazia que não é uma pessoa,
uma mente pessoal ou um eu. Tudo isso seria apenas pensamentos impessoais sem um
dono, ocorrendo em uma consciência impessoal e universal, pois é um brilho impessoal
que parece ser "pessoal" e de propriedade de uma pessoa. J.P.
Quarta-feira, 18 de outubro de 2017 às 06:42 UTC-02
Nada Antes A mente apenas "pensa" que há um eu ou alguém que existe "antes" do que
está sendo pensado ou percebido. A mente pensa que há uma realidade objetiva
separada, pensando que isso existe "antes" dos pensamentos que pensam sobre isso. O
eu só entra na criação como um pensamento atual que não tem existência anterior ou
duradoura. Uma aparente "coisa objetivamente existente" realmente entra na criação
"como" apenas o pensamento atual sobre isso, sem uma coisa objetiva que tenha
existência anterior ou duração adicional. Jackson Peterson
Segunda, 9 de outubro de 2017 às 09:01 UTC-03
Uma prática padrão no Dzogchen é chamada de "olhar para o céu". É um tipo de
"introdução direta" ao contrário dos Quadro Da do Longde Dorje Zampa. Nós fazemos
essa prática no Dzogchen em vez de shamatha/vipassana comum, pois ambas estão
contidas nesta única prática. Esta é também uma excelente preparação para a prática de
thogal, bem como atrai a clara luz para cima nos canais de luz dos olhos a partir do
coração. Sentamo-nos em uma cadeira ou na postura de meditação e olhamos
ligeiramente para cima no céu acima do horizonte alto o suficiente onde apenas o
espaço/céu vazio é a visão. Devemos ficar de um modo que o sol fique atrás de nós não
na frente. Mantenha a coluna ereta. Travamos os olhos numa posição de um olhar fixo,
mas não com intensidade. Relaxado e vendo, mas com os olhos imóveis. Quanto menos
piscar, melhor, mas não com o objetivo de não piscar. O não-movimento dos olhos ajuda
a suspender o pensamento. A boca é levemente aberta deixando a língua suspensa, não
tocando nem em cima nem em baixo. A respiração é lenta e natural. A mente está livre
de todos os tópicos e sem sonhar acordada ou vaguear. Eventualmente, a mente fica
completamente livre de todos os pensamentos. O espaço da mente torna-se tão vazio
quanto o espaço do céu e eles são vistos como uma vastidão não-dual e inseparável.
Descanse neste estado claro enquanto vividamente alerta e atento para sessões cada
vez mais longas. Você pode fazer o mesmo dentro de casa, mas você não tem a mesma
sensação de vastidão. Mas ainda é uma excelente prática. Recentemente, encontrei um
texto Thogal de Khenchen Padma Namgyal que discute um método diferente de thogal
relativo ao sol. Nesta prática, na verdade, fita-se a direção oposta do sol. Pela manhã
alguém fitaria o céu em direção ao Oeste e ao pôr do sol em direção ao Leste. O método
é semelhante a pratica de olhar para o céu. Você pode fazer o seu melhor com as
posturas já discutidas. Você também pode deitar sobre o seu lado direito apoiando a
cabeça com a mão direita com o cotovelo no chão enquanto olha para o céu claro. Sua
perna direita é estendida e sua perna esquerda é ligeiramente dobrada e pousada sobre
a perna direita. Esta postura de Thogal me foi ministrada pelo Bon Menri Lopon. Um link
para uma imagem desta postura está abaixo. Você também pode se sair bem com a
postura do Rishi ou a postura de meditação regular, mas olhando ligeiramente para
cima. Uma cadeira seria bom também ... Em seguida, olhe para o céu sem mover seus
olhos. Olhe para cima num ângulo de 45 graus. Semicerre os olhos ligeiramente e
observe pequenas esferas claras que aparecem em sua visão como "flutuadores do
olho". Mas esses flutuadores serão perfeitamente redondos. Quando você os vê
concentre-se neles, mas não os persiga movendo seus olhos. Eles se movem com os
movimentos dos olhos. Eles tendem a brilhar para baixo, mas acabarão por se
estabilizar. Uma vez que você tenha um ou um pequeno grupo em foco, apenas fixe-se
suavemente no thigle ou na esfera pelo tempo que puder. Essa é a prática principal do
thogal. Vamos começar por aqui e adicionarei variações à medida que formos
progredindo. Faça perguntas e compartilhe suas experiências através do grupo aqui. Via
Jackson Peterson Aqui está o link da postura adicional:
http://images.search.yahoo.com/images/view;_ylt=A0PDoTGGORdS72YAujiJzbkF;_ylu=
X3oDMTFybmc1MGFqBHNlYwNzcgRzbGsDaW1nBG9pZAMxOGY3MDc0MDA4MzdkMzY
2MThjOWZmNzJjNjBlOTdmMQRncG9zAzI3?back=http%3A%2F
%2Fimages.search.yahoo.com%2Fsearch%2Fimages%3Fp%3Dbuddha%2Bs
%2Bparinirvana%2Bposition%26tab%3Dorganic%26ri
%3D27&w=320&h=153&imgurl=pics.livejournal.com%2Fredcoast%2Fpic%2F000krw8s
%2Fs320x240&rurl=http%3A%2F%2Fredcoast.livejournal.com
%2F250738.html&size=19.6KB&name=How+Many+Miles+To+Babylon%3F+-+%3Cb
%3EBuddha%3C%2Fb%3E&p=buddha
%27s+parinirvana+position&oid=18f707400837d36618c9ff72c60e97f1&fr2&fr&rw=bud
dha%27s+parinirvana+position&tt=How+Many+Miles+To+Babylon%3F+-+%3Cb
%3EBuddha%3C%2Fb
%3E&b=0&ni=40&no=27&ts&tab=organic&sigr=11bmklqcc&sigb=12uslpthj&sigi=11jogi
5pi&.crumb=XwAldTzjB13
Segunda, 9 de outubro de 2017 às 08:43 UTC-03
Thogal: Instruções Adicionais É ensinado que quando olhamos para o céu ou durante a
prática de thogal, é com o propósito de trazer a própria consciência ou "rigpa" aos
olhos. Quando se pratica Thogal, o que é "isso" que está olhando para os thigles? Aquilo
que está olhando os thigles é uma consciência. Pode ser o que se chama "namshes"
(pronunciado "namshay") ou "ye shes". Namshes é uma consciência kármica obscurecida.
Ye shes é a pura consciência original. Quando os thigles em thogal são reconhecidos
como suas próprias aparências de rigpa, então alguém está vendo como a consciência ye
shes. Quando alguém está vendo e não reconhecendo, como um iniciante, por exemplo,
então está se vendo através de namshes. Em ambos os casos, o observador dos thigles é
um "shes pa" (shaypa pronunciado), uma consciência. Essa consciência é a energia tsal
como um thigle que é projetado da citta ou centro do coração para os olhos, mas dentro
do kati. É a nossa condição real de consciência. A namshes é um thigle sem brilho que se
sobrepõe ao cristal puro do yeshe thigle. Na morte eles se separam; a namshes sai do
corpo através da boca e o yeshe thigle sai através dos olhos. A namshes não é uma
entidade independente, é apenas um thigle de energia contraída de todos os seus
traços kármicos, vasanas e prana kármico. Sua consciência real que deixa o corpo é o
yeshe thigle. Isso é o que reencarna ou o que experimenta o bardo etc. É uma instrução
do bardo muito importante que, quando alguém está morto e agora no bardo, será visto
thigles sem brilho que são bastante fáceis de olhar ou um thigle brilhante que é muito,
muito brilhante. É preciso ignorar o thigle sem brilho, já que é a namshes e concentrar-
se no thigle branco brilhante, pois essa é a própria "luz-mãe", o Dharmakaya refletiu
como se estivesse no espaço à frente de alguém. Lembre-se é como na prática do
thogal, onde percebemos que os thigles estão realmente dentro do kati e citta e só
parecem estar "lá fora" à nossa frente. Eles estão aparecendo no "ying" ou no céu
interno que parece estar "lá fora". Da mesma forma no bardo, você está vendo reflexos
que parecem estar "lá fora". Na verdade, você está vendo o que está ocorrendo no
"ying" do seu céu interior, o kati e citta, o espaço real do bardo. O famoso "túnel da luz"
que as pessoas experimentam em eventos próximos da morte é realmente o Kati, e a luz
branca brilhante que eles estão vendo no final do túnel é o Dharmakaya, sendo refletido
como se estivesse "lá fora" à frente deles. Sua consciência é a "luz infantil" como rigpa, e
eles têm a oportunidade de se integrar em seu próprio Dharmakaya como a "luz mãe".
Então você faz o mesmo que no thogal: você reconhece os reflexos do bardo como seus
próprios hologramas de luz projetados como reflexos que aparecem "lá fora". Então,
sua condição é rigpa e você percebe o Dharmakaya ou o nirvana. Se você não reconhece
os hologramas do bardo como sendo sua própria energia, então a namshes, o thigle sem
brilho, mais uma vez se funde e você entra nos reinos inferiores do samsara. Se você
reconhecer, então você é livre para agir de acordo com sua Bodhicitta intrínseca,
aparecendo em vários reinos para propagar o Dharma. (e brincar) É possível pela manhã,
(e em outros momentos) direcionando sua visão para cima, a namshes e o yeshe thigle
podem se separar deixando alguém em rigpa. Faço isso olhando para o espaço acima do
meu terceiro olho. É a área do que eu chamo de "Olho de Sabedoria" no centro da testa,
acima do terceiro olho. Depois que essa separação ocorre, permanecendo assim livre de
conceitualização, em um estado "livre de pensamento", o thigle namshes permanecerá
separado e à parte de seu rigpa. Essa condição é chamada de "não-meditação", como
exemplificado pelos Quatro Chozhag de Trekchod. Quando você começa a
conceitualizar e pensar, o thigle kármico sem brilho, a namshes, reúne-se e se integra no
yeshe thigle. Então, experimentamos a "perda de rigpa". É por isso que a "não-
meditação" é tão precisa. QUALQUER esforço para praticar ou conceitualizar atrairá a
namshes de volta ao yeshe thigle de rigpa. Ao fazer a nossa prática de thogal de acordo
com as instruções que foram dadas aqui, a namshes e o thigle yeshe de rigpa se
separam durante a prática ou logo em seguida. Então, "chozhag", deixe ser. Via Jackson
Peterson
Segunda, 9 de outubro de 2017 às 07:48 UTC-03
Repercussões de Implementar a Visão de Grande Perfeição na Vida Diária Imagine o que
seria se você realmente acreditasse e soubesse que cada momento, não importava
como ele aparecesse, era perfeito? No começo, você notaria como suas opiniões
negativas sobre sua vida, relacionamentos e circunstâncias são. Você veria os contrastes
entre as duas perspectivas. Em Dzogchen nós relaxamos e tudo é deixado, no entanto,
isso é; "como é". Mas a experiência não é um "como-é" neutro, mas é saboreada através
dum viés de perfeição infinita e bondade natural. Nós não adicionamos nem injetamos
essa sensação de "perfeição", mas é uma textura natural dentro de e como toda
experiência. Quão maravilhoso! Nossos programas de DNA pensam estar
fundamentados nos conceitos de que qualquer coisa que nos ajude a sobreviver é
"bom", e que a morte e a doença são "ruins". E esses conceitos são fundamentados na
crença de que você é um organismo físico. Isso resulta em uma atividade contínua de
evitar a morte a todo custo, o que configura a necessidade de uma hipervigilância no
que diz respeito a evitar a morte no futuro. Esta é a fonte básica de toda a ansiedade. O
significado central da "morte" torna-se uma dispersão associativa de significados, de
modo que qualquer coisa que pareça vagamente ameaçadora, produz um pouco de
ansiedade e medo. Quando a crença da mente na identidade de ser um organismo físico
é quebrada, o medo básico da morte é aliviado e um profundo relaxamento pode
ocorrer. É somente essa identidade ficcional da consciência ser um corpo mortal, que
atua como contraponto para nossa experiência de grande perfeição. Quando a
consciência é conhecida em sua verdadeira natureza como imortal, não-material,
imutável e não individual, o que poderia causar um ponto de vista negativo? O que o
"sofrimento" se tornaria nesse caso? Ver a natureza vazia de todas as percepções,
identidades, pensamentos e condições como sendo "vazias" como sonhos sem-
substância, permite que a Grande Perfeição seja experimentada como a Grande
Perfeição.
Domingo, 8 de outubro de 2017 às 09:54 UTC-03
O MANUAL DE INSTRUÇÃO PARA A BASE DE TREKCHÖ Vajra Yogini. Revelada por
Chokgyur Lingpa NAMO GURU DEVA DAKINI (8) Deixe a natureza não-surgida de sua
mente – essa consciência vazia e luminosa, esta essência primordialmente pura e
espontaneamente presente – permanecer no estado do descanso quádruplo do corpo,
fala e mente. (Quatro chozhag). Não persiga o que já passou, não convide o que não
ocorreu, e não construa a cognição presente. O descanso quádruplo (chozhag) é:
Descanse seu corpo como um cadáver em um terreno mortuário, sem preferência ou
obrigações fixa. Descanse sua voz como uma roda d'água quebrada, em um estado de
quietude. Descanse seus olhos como uma estátua numa sala do santuário, sem piscar,
em um olhar fixo contínuo e focado. Descanse a sua mente como um mar livre de ondas,
silenciosamente no estado não-fabricado e espontaneamente presente da natureza
vazia e luminosa da consciência. Deixe sua mente descansar, totalmente livre do
pensamento. Externamente, a terra, as pedras, as montanhas, as rochas, as plantas, as
árvores e as florestas não existem realmente. O interior do corpo não existe
verdadeiramente. A natureza da mente vazia e luminosa também não existe de verdade.
Embora não exista verdadeiramente, conhece tudo. Assim, descansar no estado de
consciência vazia e luminosa é conhecido como a base do cortar através (trekchod)
Agora, pensamentos ocorrem durante este estado de quietude? Há quietude enquanto
ocorrem os pensamentos? Há pensamentos durante o estado de quietude, E existem
quatro maneiras de cortar através deles: Como um gato esperando um rato, Olhe
diretamente para a essência dos pensamentos. Como um brahman enfiando um fio
numa agulha, Mantenha a consciência equilibrada e olhe para a essência dos
pensamentos. Como um vigia em uma torre de observação, olhe para os pensamentos
dentro do estado de consciência não-distraída. Como uma flecha de um arqueiro a voar,
olhe para os pensamentos dentro do estado de consciência unidirecional. Agora, quanto
a misturar a quietude e o pensamento: A quietude é descansar calmamente no estado
da natureza da mente vazia e luminosa. De dentro desse estado, um pensamento ocorre
de repente. Ao olhar diretamente para ele, desaparece completamente na continuidade
da natureza da mente. Isso é chamado de misturar a quietude e o pensando na
continuidade da natureza da mente. Possa isto ser encontrado por uma pessoa digna e
destinada. SELO DE TESOURO. SELO ESCONDIDO. SELO OCULTADO. SELO PROFUNDO.
SAMAYA. SELO SELO SELO. KHATHAM. Esta é uma segunda cópia do pergaminho
amarelo descoberto pelo tipo Kunga Bum na Caverna de Cristal. Visa Jackson Peterson
Domingo, 8 de outubro de 2017 às 09:33 UTC-03
O Esporte Tântrico dos Budas Vajrasattva pergunta a Samantabhadra: Como é que nós,
como Budas auto-aperfeiçoados, podemos entrar e experimentar a dimensão samsárica
do ponto de vista samsárico? Samantabhadra respondeu: para que isso aconteça, e é um
grande esporte porém repleto de muitos perigos, é preciso incorporar a forma
samsárica escolhida entre os Seis Lokas. Em seguida, usando o mantra mágico para a
deidade samsárica escolhida, alguém se auto-manifestará nesta dimensão específica do
samsara, exibindo completamente a mandala samsárica dentro e fora do pavilhão da
Luz Nebulosa e da Perplexidade Inconsciente. É ao entrar nesta mandala que surge o
grande perigo para todos os Budas que escolheram esse esporte selvagem e
imprevisível ... o Esporte dos Budas. Vajrasattva perguntou então: O que é esse mantra-
semente mágico que leva ao surgimento da deidade samsárica? E quais são os perigos
que se podem encontrar ao se envolver em tal esporte? Samantabhadra respondeu:
Tenha muito cuidado ao usar esse mantra. Pode provocar uma ignorância e uma
perplexidade repentinas e inesperadas que podem resultar em sua impossibilidade de
libertar-se da exibição mágica dos Seis Lokas da experiência samsárica. Nisso reside o
perigo, pois a sua permanência no samsara poderia ser muito alongada. O mantra-
semente é o pensamento "eu" ou "mim" como sendo uma entidade separada do
Dharmakaya que está sujeita a danos e destruição. Vajrasattva perguntou: Sua
explicação e advertência foram bem compreendidas. Como alguém então se liberta de
uma estadia tão indesejada e prolongada nos Seis Lokas do samsara? Samantabhadra
então explicou: Para se libertar dos Seis Lokas do samsara, é preciso primeiro
abandonar o engajamento do mantra-semente da deidade samsárica e sua mandala da
Ignorância e Perplexidade. À medida que se faz isso, a mente da Luz Nebulosa deve
retornar espontaneamente para ser a Mente de Luz Clara, do nosso familiar Reino do
Buda Dharmakaya. Você notará então que as formas aparentes e os seres da mandala da
Ignorância e Perplexidade se auto-transformarão nas formas e cores da Luz pura do
familiar Reino do Buda Sambhogakaya. E, finalmente, você alcançará um novo nível de
manifestação depois de ter dominado esse esporte selvagem e perigoso, você
manifestará a forma única do Buda que se manifesta em todos os seis Lokas em
benefício de outros Budas jogadores que precisam ser desenredados deste esporte
indisciplinado e imprevisível. Você ensinará então o mantra do desencarceramento
dentro dos Seis Lokas da Ignorância e Perplexidade. Vajrasattva perguntou então: Qual
é esse poderoso mantra que tem o poder de libertar os jogadores do esporte de Buda
dentro dos Seis Lokas do samsara? Samtantabhadra então repetiu: O mantra é o meu
mantra pessoal e mais secreto, o mantra-semente do AH Branco. Deve ser seguido com
os mantras secretos dos meus espaços mais secretos e protegidos escondidos
profundamente dentro dos Seis Lokas. O mantra é 'Ah A Sha Sa Ma Ha'. Ao usar esses
mantras sagrados, descobriremos que ninguém nunca deixou a dimensão pura do
Dharmakaya do Reino de Buda. Mas através do poder da ilusão mágica que produz o
mantra do "eu" ou "mim", pensa-se que alguém entra realmente neste reino sombrio e
imprevisível do sofrimento como experimentado dentro dos Seis Lokas do samsara.
Mas, como você irá descobrir, tudo está bem quando acaba bem! Ha, ha, ha, ha, ha, ha,
ha, ha, ha, ha, ha, ha ... !!!! Meus 12 risos serão compartilhados por todos no final !!!
Vajrasattva perguntou então: Pelo o que chamamos este esporte grande e arriscado dos
Budas? Samantabhadra declarou com riso: chamamos esse esporte nobre de todos os
Budas como o Grande Fingimento. Dado que neste esporte, todos fingem ser "seres
sencientes" perdidos dentro dos Seis Lokas do samsara !!! Com isso, Vajrasattva
exclamou: Ah, agora eu entendo o verdadeiro significado e método do esporte nobre e
arriscado de todos os Budas, bem como o método mais secreto e sublime do
desencarceramento. Vajrasattva então refletiu consigo mesmo... "agora, qual era aquele
mantra-semente para entrar no esporte nobre e arriscado de todos os Budas ...?" Ele
ponderou e ponderou. Eventualmente, ele se lembrou e exclamou "eu" com grande
intensidade e nunca mais foi visto ou ouvido novamente. E o segredo final a ser
revelado a você, oh filho ou filha nobre de boa conduta e bom cidadão do samsara,
aquele que desapareceu é você! Via Jackson Peterson
Domingo, 8 de outubro de 2017 às 09:04 UTC-03
Instruções Avançadas do Núcleo do Dzogchen – A Prática e a Teoria de Olhar Para o Céu
no Dzogchen "Sustentadamente fixe seu olhar no espaço à sua frente, na vaziez ao nível
da ponta de seu nariz, sem qualquer desordem ou duplicidade. Este é o benefício deste
olhar: no centro dos corações de todos os seres, existe o canal kati de cristal oco, que é
um canal de sabedoria primordial. Se estiver para baixo e fechado, a sabedoria
primordial é obscurecida, e a ilusão cresce. Assim, nos animais em que os canais são para
baixo e estão fechados, são insensatos e iludidos. Nos seres humanos em que os pontos
dos canais são horizontais e estão ligeiramente abertos, a inteligência humana é
brilhante e nossa consciência é clara. Em pessoas que alcançaram siddhis e em
bodisatvas, esse canal está aberto e está voltado para cima, de modo que surgem
samadhis inimagináveis, sabedoria primordial de conhecimento e vastas percepções
extrassensoriais. Estas ocorrem devido à qualidade aberta desse canal de sabedoria
primordial. Assim, quando os olhos estão fechados, esse canal é fechado e aponta para
baixo, então a consciência é ofuscada pela ilusão da escuridão. Ao sustentar fixamente o
olhar, esse canal faz face e abre, o que isola a "consciência pura da consciência impura"
(o rushan autêntico). Então, aparece um samadhi claro e livre de pensamentos, e
aparecem inúmeras visões puras. Assim, o olhar fixo é importante ..... o canal kati de
cristal oco é mantido em segredo, e não há discussões desse canal especial de sabedoria
primordial. Este canal é diferente do canal central, do canal direito, do canal esquerdo
ou de qualquer um dos canais dos cinco chacras; não é o mesmo que qualquer um deles.
Sua forma é como a de um grão de pimenta que é quase aberto, não há sangue ou linfa
dentro dele, e é límpido e claro. Os Yanas inferiores não têm nem o nome desse canal.
Assim, enquanto sustenta continuamente esse olhar fixo, coloque a consciência
inabalável, constante, clara, desnuda e fixa, sem ter nada para meditar na esfera do
espaço. Quando a estabilidade aumentar, examine a consciência que é estável. Em
seguida, solte e relaxe gentilmente ....." A claridade (gsal-ba) é o brilho do Dharmakaya.
É a natureza essencial de Rigpa, o aspecto essencial e atemporal que surge em cada
momento. É o aspecto da sabedoria não-conceitual de Rigpa também conhecido como
yeshe. Rigpa tem essencialmente dois componentes na unidade: o aspecto da vaziez
(kadag) do Dharmakaya e o surgimento da presença como a claridade da gsal-ba: Clara
Luz. (lhundrub). É esse aspecto emergente (natureza, rang-zhin) que é a luminosidade
que surge do centro do coração que brilha através do canal ka-ti através dos olhos. Mas
também é a consciência que permite ouvir, cheirar, provar e tocar para funcionar. É no
aspecto ou sensação de toque que é todo penetrante ao longo do corpo. Mas o aspecto
principal para a prática é o aspecto visual da clareza que está centrado na lâmpada dos
olhos, a lâmpada do laço fluido ". O Tantra do Buda Autossurgido afirma: A sabedoria
primordial desimpedida, que revela a si mesma nas personificações da sabedoria
primordial, tem por base os próprios olhos. A sua localização está no centro de uma das
pupilas. Sua luminosidade é a clareza da visão desimpedida. Esse desimpedimento
infinito no centro de suas pupilas é a personificação da sabedoria primordial
desimpedida dos budas. Esta luminosidade dos olhos que veem sem impedimento é
chamada de lâmpada do laço fluido. O Tantra do Significado Essencial de Avalokitesvara
afirma: Assim, a base da experiência da luz clara é a lâmpada do laço fluido. (Citações de
Um Caminho Espaçoso para a Liberdade e Consciência Desnuda, ambos de Karma
Chagme, século XVII) Lopon Tenzin Namdak diz em seus ensinamentos Dzogchen
Bonpo: A palavra Sal-ba (gsal-ba) significa clareza, mas essa não é uma luz física e visível.
Aqui 'clara' (gsal-ba) significa presente e consciente. Rigpa é um sinônimo de clareza.
(gsal-ba) (pp. 85) Da liberação natural, ensinamentos Padma Sambhava sobre os Seis
Bardos, como revelado por Karma Lingpa, comentário de Gyatrul Rinpoche: Do Tantra
das Três Frases da Liberação por Observação: Oh, Senhor dos Mistérios, a revelação do
Dharmakaya existe dependendo do seu corpo. Seu local é o núcleo do seu coração. Sua
clareza é a clareza que emana dos seus olhos. O Buda habita dentro de seu coração e,
embora esteja fechado pelo corpo de carne e sangue, não está coberto. Assim,
desobstruído pelo corpo, é claramente e desobstruidamente presente nos três tempos.
Essa é a qualidade não-nascida e eterna de sua consciência desperta. Gyatrul Rinpoche
comenta: A manifestação de clareza (gsal-ba) que emite seus olhos pertence ao canal
que conecta o coração aos olhos. Esta clareza é uma espécie de luminosidade, e uma vez
que está além dos três tempos do passado, presente e futuro, é não-nascida e imortal.
O Tantra continua: Oh, Senhor dos Mistérios, há as instruções para realizar o
Dharmakaya: o espaço externo é este espaço vazio intermediário: o espaço interno é o
canal vazio e oco que conecta os olhos e o coração (ka-ti) e o espaço secreto é o palácio
precioso de seu próprio coração. Dirija sua consciência para os seus olhos; dirija seus
olhos para o espaço intermediário, e deixando seu olhar fixo lá, a sabedoria primordial
surge livremente. Quando a consciência é dirigida para os seus olhos, a consciência não-
conceitual por si só aparecerá, sem ser obscurecida por qualquer ideação compulsiva.
Padma Sambhava continua: A prática principal da meditação, chamada de meditação do
espaço triplo, deve ser praticada enquanto o corpo está na postura de Vairocana com
seus sete atributos (postura de meditação sentada normal, ou em uma cadeira).
Concentre-se internamente nesta mente vazia-em-si na via interconectada do canal
vazio e oco (ka-ti). Identificando a abertura chamada "lâmpada do laço fluido"
direcionando sua consciência para os olhos. Deixe os olhos olhar fixamente para esse
espaço fresco e externo e também foque sua consciência no espaço à sua frente. Sem
meditar em nada, simplesmente sem vacilação, deixe-o ser estável, luminoso e tal como
é. Gyatrul Rinpoche comenta: "Esta prática é bastante semelhante à prática de Saltar-
Sobre (thogal). Você pode aprender o significado desta prática apenas experimentando
isso por si mesmo. Assim como você deve alimentar seus filhos para que eles cresçam,
você precisa se alimentar através da prática. Inicialmente lendo estes ensinamentos,
você pode ter alguma compreensão, mas só isso não é suficiente". Padma Sambhava
continua: Primeiro pratique em sessões curtas, e ao se acostumar a isso, pratique em
sessões cada vez mais longas. Quando você encerrar a sessão, não se levante
abruptamente, mas erga-se lentamente sem perder a sensação da meditação: e
prossiga sem perder a sensação de consciência, sem vacilação e sem agarramento. À
medida que você come, bebe, fala e se envolve em todas as atividades, faça sem perder
a sentinela da atenção plena inabalável. Se isso acontecer em equilíbrio meditativo, e
não posteriormente, integrando isso com sua prática espiritual e todas as atividades de
se mover, andar, deitar e sentar, tudo o que você fizer aparecerá como meditação. pp
177 De "Maravilhas da Mente Natural" por Tenzin Wangyal pp 119: "É de grande
importância ter a compreensão experiencial, e não meramente conceitual, da
inseparabilidade do espaço externo circundante, do espaço interno com objetos e do
espaço secreto na mente. Quando os ensinamentos de Dzogchen falam sobre a
integração da mente com o espaço através da prática de contemplar o céu, o praticante
está tentando estar presente na inseparabilidade desses três espaços. A razão pela qual
a prática é realizada olhando não é limitar a percepção sensorial apenas à consciência
sensorial. É possível experimentar a inseparabilidade dos três espaços através de todos
os sentidos. O órgão sensitivo do olho é favorecido porque é o mais importante das
cinco consciências sensoriais e porque está associado ao elemento espaço. É através dos
olhos que vemos a sabedoria da base enquanto contemplamos o espaço. A
luminosidade interna se origina no coração e passa através de dois canais que conectam
o espaço vazio do coração com o espaço vazio externo do céu através dos olhos, as
portas de luz de água da luz interna. Assim, é através dos olhos que a luminosidade
interna é projetada para o espaço externo. Desta forma, o elemento espaço do coração,
o elemento espaço da consciência do sentido do olho e o elemento externo do espaço
circundante do céu estão conectados. *** Esta é a integração com o espaço, e já não nos
sentimos limitados por nossos corpos a um local específico, mas estão presentes em
todo o espaço sem fronteiras ". *** Continuação: (pp 127) "Pode-se dizer que, quando
experimentamos a fruição da prática de olhar para o céu, nós estamos vendo a própria
consciência primordial através dos nossos olhos físicos, experimentando e percebendo,
enquanto a consciência da mente em movimento está presente de forma contínua e
não-distraída através da consciência do sentido do olho. Desta forma, desenvolvemos a
prática da contemplação de trekchod de permanecer em união com o espaço". Espero
que os materiais acima tenham ajudado a esclarecer e a explicar a teoria e a prática da
prática de "olhar para o céu". Eu tenho muitas fontes textuais adicionais que eu poderia
continuar a citar, mas acho que estas são algumas das melhores. Tenho praticado
pessoalmente olhar para o céu por muitos anos desde que recebi as transmissões e
instruções de Norbu Rinpoche há quase 30 anos. Seria um grande benefício para todos
fazer uso desta prática. Eu incluí muitas instruções específicas em postagens anteriores,
em relação a posturas, olhares, etc. Nunca encare o sol ao fazer esta prática. Você pode
realmente fazê-lo em qualquer espaço não apenas no céu. Em um quarto, basta
concentrar-se no espaço à sua frente, não nos objetos ou nas paredes. Através dessas
práticas e as introvisões experienciais diretas resultantes que surgem; fica claro que
nenhum estudo, empoderamentos, rituais ou conceitos são necessários no Dzogchen
Ati Yoga. Via Jackson Peterson
Sábado, 7 de outubro de 2017 às 09:26 UTC-03
Alguns ensinam que você tem que esvaziar e aquietar a mente antes que a consciência
desnuda possa ser conhecida. Isso é como dizer que você tem que se livrar de todos os
objetos visuais antes que a visão possa ocorrer. Ou você deve se livrar de todos os sons
antes que a audição real possa funcionar. A consciência não é pior durante estados
mentais confusos ou melhor num estado de quietude mental. É o anfitrião sempre vazio
e imutável de todos os fenômenos.
Sábado, 7 de outubro de 2017 às 08:59 UTC-03
Boas notícias! Tudo o que causa todo o seu sofrimento e confusões é o seu próprio
pensamento! Os pensamentos podem se manifestar como representações geométricas
3D de identidades, como em seus sonhos à noite; alguns como aparências sensoriais e
outros como anúncios (pensamentos) de "significado" vazio. Mas sua verdadeira
identidade é o vazio imutável, como espaço consciente, no qual todas essas projeções
aparecem e desaparecem.
Sábado, 7 de outubro de 2017 às 08:50 UTC-03
O Cerne da Instrução Oral sobre o Reconhecimento Direto da Essência Mahamudra Pelo
incomparável Drikungpa Kyobpa Jigten Gönpo (1147-1217) "Removendo a Escuridão da
Ignorância Através do Ornamento da Luminosa Sabedoria Primordial" A introvisão
superior: A postura do corpo e o olhar são como antes. Além disso, com o seu olhar
direcionado para o espaço do céu, a consciência ligeiramente revigorada e a mente
estabelecida, relaxada e à vontade em seu estado natural, fita a essência da mente
luminosa que permanece em completa clareza, de modo que a mente olha fixamente
para si mesma: Como é essa essência da mente? Ao praticar dessa maneira e obter uma
certeza perfeita, uma consciência cristalina, genuína, desnuda e vivida de uma mente
luminosa, porém não definível se desenrola. Até que você atinja esse estado ... (através
da prática), os processos mentais diminuem por sua própria iniciativa e essa
permanência relaxada e unidirecional da mente em sua própria natureza é o "calmo
permanecer". Nesse estado, não existe expressão linguística ou intelectual para a
natureza da mente, mas, apesar disso, a consciência luminosa e incessante, cristalina,
genuína, desnuda e vivida [da natureza da mente] é uma coisa a ser vista que não é vista,
uma coisa a ser experimentada que não é experimentada e uma coisa que se torna
confiante ou certa. Entretanto, é linguisticamente não expressável. Esta é uma
"introvisão superior".
Quinta-feira, 5 de outubro de 2017 às 07:59 UTC-03
"Os assim chamados" seres sencientes "são meras ilusões autossurgindo do dhātu de
luminosidade". - Ju Mipham
Quinta-feira, 5 de outubro de 2017 às 07:51 UTC-03
Alzheimer e Demência no Budismo Quando nascemos, não temos identidade fixa, nem
preferências adquiridas, nem personalidade definida, nem padrões de hábito
psicológico, nem auto-imagem, nem memórias favoritas, nem relacionamentos, nem
senso de si mesmo, nem amigos nem inimigos e nenhuma história do "eu" "ou" meu
mundo ". Aos 85 anos, estudos indicam que cinquenta por cento dos idosos sofrem de
uma forma de demência como a doença de Alzheimer. Lentamente, a mente retorna a
esse estado mental de um bebê recém-nascido, mas agora devido a ter um cérebro
muito insalubre. O eu, o "mim", a identidade e a personalidade que levou uma vida de
condicionamento para se desenvolver começa a se desmoronar. Na morte, todas as
qualidades de personalidade e identidade pessoal cessam de repente e para sempre. O
eu pessoal nunca existiu além de uma história que o cérebro/mente gerou durante toda
a vida. Isso nunca existe realmente, mesmo durante a vida de uma pessoa saudável. O
eu não é mais do que uma coleção ou conjunto de vários processos mentais suportados
e mantidos pela função cerebral. Quando o cérebro é danificado o "eu" pode ser
radicalmente alterado, permanentemente. Isto é o que acontece progressivamente no
Alzheimer. O Buda ensinou que nosso senso de eu, individualidade e personalidade são
meramente o conjunto de muitas abstrações mentais, crenças fictícias, memórias e
condicionamentos, e que é a história psicológica "sobre" esse eu imaginário que está
causando todo o sofrimento emocional. A crença em um eu pessoal é a principal ficção
confusa da mente. Não é uma pessoa, é apenas uma coleção contínua de pensamentos e
memórias, mas com "ninguém" realmente "lá". O Buda disse que é o mesmo com a
crença fictícia em ser uma alma espiritual que escapa da morte do corpo com sua
personalidade e senso de auto-identidade totalmente intactas. Muitos que
testemunharam a progressão da doença de Alzheimer em um membro da família, amigo
ou paciente; sabe como a "pessoa individual" desaparece lentamente. O Buda apontou
enfaticamente que todos os agregados compostos de todos os tipos são
impermanentes ou "anicca"em Pali. A identidade pessoal ou o eu mental, decaem ao
passar do tempo e finalmente desaparecem para sempre. Isso prova que nenhum eu ou
pessoa independente e inerentemente existente jamais existiu em primeiro lugar; só
parecia; e essa é a realização do "não-eu" ou anatta em Pali. O eu pessoal é apenas uma
coleção de respostas condicionadas e traços de memória que são subconscientemente
projetados na consciência, como a pessoa que você parecia ser no sonho da noite
passada. Seu "eu" acordado é igualmente imaginário e irreal, bem como os outros
"indivíduos" com os quais parece ter relações. Este eu imaginário (nosso único eu
pessoal) não poderia atingir a iluminação mais do que o seu eu do sonho da noite
passada poderia. Além desse eu imaginário, não há nenhuma outra auto-identidade
pessoal real na mente para ser descoberta. Quando a mente vê que não há um eu real;
ela cessa a projeção subconsciente e "você" desaparece, assim como na morte ou no
estágio final de Alzheimer. Esse é o fim da personalidade e de toda sensação de ser uma
auto-entidade histórica que "teve um corpo e vida pessoal", simplesmente
desapareceram. Mas o Buda não parou por aí. No Budismo, explicamos que, na morte,
tudo o que é impermanente cessa, no entanto, o que não é impermanente permanece,
pois não pode cessar, decair ou morrer. Nós chamamos isso de Dharmakaya ou Mente de
Luz Clara. É a natureza do Nirvana permanente. É o fundo sempre-presente do
"Conhecimento" que não tem personalidade individual, nem preferências, nem
identidade histórica, nem forma, nem um eu, nem história e nem local no espaço ou no
tempo. Embora seja vazia de todas as aflições, não é desprovida de suas próprias
qualidades positivas do estado do ser: onisciência, paz total, amor incondicional e
felicidade. No Dzogchen ela é referida como a "base do ser" (Zhi) ou o "Todo Bom,
Samantabhadra" como o Buda primordial; nossa verdadeira natureza. O "eu" não
consegue vislumbrar isso a qualquer momento, mas só em sua própria ausência é
conhecido. (o "eu" na verdade é apenas um fluxo de pensamentos que não podem
"vislumbrar" qualquer coisa de qualquer maneira) No Dhammapada, o Buda explica a
noção de Nirvana assim: "Existe aquela dimensão em que não existe nem a terra, nem a
água, nem o fogo, nem o vento, nem a dimensão da infinitude do espaço, nem a
dimensão da infinitude da consciência, nem a dimensão do nada, nem a dimensão da
percepção nem da não-percepção. Nem este mundo, nem o próximo, nem o sol, nem a
lua. E aí, eu digo, não há nem vir, nem ir, nem estresse, nem falecimento nem
surgimento: sem ponto de vista, sem fundamento, sem apoio [objeto mental]. Isto,
apenas isto, é o fim do estresse (sofrimento) ". Do Mestre Budista Sri Lankano
Niyananda: "Se, por exemplo, um redemoinho no oceano vir a cessar, pode-se perguntar
para onde o redemoinho foi? Será como perguntar onde o fogo que se extinguiu
desapareceu. Pode-se dizer que o redemoinho se ‘juntou’ ao oceano. Mas isso também
não seria uma declaração adequada para fazer. Desde o inicio, o que de fato havia era o
grande oceano, então não se pode dizer que o redemoinho tenha ido a algum lugar,
nem se pode dizer que não tenha ido. Também é incorreto dizer que "se juntou" ao
oceano. A cessação de um redemoinho dá origem a uma situação tão problemática. Ao
que, em resumo, isso equivale? O redemoinho cessou e agora "tornou-se" o grande
oceano em si? Esse é o significado mal compreendido da comparação do Emancipado
(um Buda) com o grande oceano. Mas quando se pensa na relação entre o redemoinho e
o oceano, é como se o praticante realizado se tornasse um com o oceano. Mas isso é
apenas uma corrupção da fala. Na realidade, o redemoinho é meramente um certo
estado momentâneo do próprio oceano. Esse estado momentâneo (um eu pessoal) não
mais existe. Cessou. É por causa desse estado alterado momentâneo e seu auto-apego
giratório que havia uma manifestação de sofrimento (e do eu pessoal). A cessação do
sofrimento poderia, portanto, ser comparada à cessação do redemoinho, deixando
apenas o grande oceano como é. Só enquanto houver um redemoinho giratório (mente
conceitualizadora), podemos apontar um 'aqui' e um 'ali'. No vasto oceano, sem limites
como é, onde há um redemoinho, ou um vórtice, podemos apontá-lo com um "aqui" ou
um "ali". Mesmo assim, no caso do indivíduo saṃsárico, enquanto o rodopio estiver
acontecendo na forma do redemoinho, há uma possibilidade de designação ou
nomeação como "assim-e-assim" (identidade). Mas uma vez que o redemoinho tenha
cessado, não há realmente nada com que se identificar, para fins de designação
(pessoal). O que mais pode ser dito sobre isso, é referir-se a ele como o lugar onde um
redemoinho cessou. Tal é o caso de um Buda também. A liberdade da dualidade é a
cessação do próprio redemoinho (a mente conceitualizadora e o próprio eu imaginário).
Nós explicamos em uma ocasião anterior como um redemoinho veio a ser. Uma corrente
de água, tenta ir contra o corrente principal, quando sua tentativa é frustrada, em
choque com a corrente principal, é lançada para fora e empurrada para trás, mas
contorna para rodopiar e rodopiar como um redemoinho. Esta não é a norma. Isso é algo
anormal. Aqui está uma distorção resultante de uma tentativa (a mente egoica) de fazer
o impossível (para sobreviver como um eu). É assim que uma coisa chamada "um
redemoinho" (mente samsárica e o eu) é ". "Yā c 'eva kho pana ajjhattikā pa ṭhavidhātu,
yā ca bāhirā paṭhavidhātu, paṭhavidhātur ev' esā. Taṃ n 'etaṃ mama, n' eso 'ha ṃ asmi,
na meso attā' ti evam etaṃ yathābhūtaṃ sammappaññāya daṭṭhabbaṃ." (por Buda)
"Agora, qualquer elemento da Terra que seja interno, e qualquer elemento da Terra que
seja externo, ambos são simplesmente elementos da terra. Isso deve ser visto como é,
com a correta sabedoria assim: "isto não é meu, isso não sou eu, isto não é meu eu.'" A
implicação é que este chamado indivíduo, ou pessoa, é de fato um redemoinho,
formado a partir do mesmo tipo de elementos primários que se obtêm fora dele. Então,
toda a ideia de um indivíduo ou de uma pessoa é uma mera auto-ilusão momentânea. A
noção de individualidade existente nos seres é comparável à aparente individualidade
de um redemoinho. É apenas uma pretensão. É por isso que se chama asmimāna, a
presunção ‘Eu sou’. Na verdade e de fato, é apenas uma presunção. No Dzogchen, na
Essência do Mahamudra e Zen; nós apontamos a presença viva do Nirvana como esse
conhecimento de fundo aparente de onde se está sempre, já a "Ver". Via Jackson
Peterson
Quinta-feira, 5 de outubro de 2017 às 07:30 UTC-03
A essência de Trekchod é: Uma condição em que todos os aspectos da experiência são
deixados exatamente assim como-são. Não há nenhum vestígio de prática, porque não
há nenhum propósito para uma prática se tudo for deixado exatamente assim como-é. A
"prática" é sempre devida a uma perspectiva distorcida em que uma "prática" é o
antídoto imaginário para um problema imaginário. Outro ponto é que trekchod e rigpa
sempre estão co-presentes; não há ninguém lá que esteja "deixando as coisas assim
como-são”. Se você está praticando "deixar as coisas assim como-são", então é um
antídoto para remediar uma condição que não está sendo "deixada assim como-é". A
metáfora da "co-presença de trekchod e rigpa" é: quando se derrama um copo de água
pura em outro copo de água pura, não é necessária nenhuma mistura. J.P.
Quarta-feira, 4 de outubro de 2017 às 09:11 UTC-03
De outro tópico: No Chan, dizemos "um corte". Ao ver a natureza vazia do pensamento e
das percepções, o samsara chega ao fim; não que tenha começado alguma vez. No
Dzogchen, o que quer que ocorra, quer como sofrimento emocional, emoções negativas
ou estados mentais confusos; são todas as expressões perfeitas da Mente Búdica. Por
conseguinte, não é necessário transformar ou corrigir nada. Todos os estados são
perfeitos e primordialmente vazios, formações energéticas da Natureza Búdica e são
deixadas "como-é". J.P.
Quarta-feira, 4 de outubro de 2017 às 09:11 UTC-03
O reflexo da lua sobre a água aparece sem obstrução e parece brilhar claramente, no
entanto, é simplesmente a aparência de algo que não existe. Não existe uma lua na
água. Da mesma forma, quando se reconhece que os pensamentos não têm existência
verdadeira, se reconhece a Consciência, e isso é o dharmakaya. - Dilgo Khyentse
Rinpoche do livro "Testamento de Zurchungpa"
Quarta-feira, 4 de outubro de 2017 às 09:11 UTC-03
O reflexo da lua sobre a água aparece sem obstrução e parece brilhar claramente, no
entanto, é simplesmente a aparência de algo que não existe. Não existe uma lua na
água. Da mesma forma, quando se reconhece que os pensamentos não têm existência
verdadeira, se reconhece a Consciência, e isso é o dharmakaya. - Dilgo Khyentse
Rinpoche do livro "Testamento de Zurchungpa"
Quarta-feira, 4 de outubro de 2017 às 09:09 UTC-03
Do antigo Tibetano "Épico de Gesar": "Agora, Como um raio de luz, como um grito
agudo toda a sabedoria do espelho cósmico se condensa. Um ponto repentino (thigle),
vibrante, vivo e desperto, Pulsa na extensão infinita do espaço luminoso. Agora é a visão
todo-penetrante da vida, ternura e coragem. O Reino de Shambhala Eleva-se para além
do tempo Completo, brilhante e onipresente em todos os instantes”.
Quarta-feira, 4 de outubro de 2017 às 09:02 UTC-03
O Intelecto Quem quer que esteja seguindo um caminho para obter a iluminação, está
sendo conduzido pelo demônio interno do intelecto que procura por si mesmo para
poder atingir a paz e a bem-aventurança definitivas. Não está interessado em conseguir
sua própria dissolução ou, se estiver, quer estar lá para desfrutar sua própria ausência! É
o intelecto que reúne toda a informação para praticar, assegura que a prática ocorra e
junta-se a todos os clubes e cultos que promovem o mito de um eu imaginário ser capaz
de alcançar a iluminação. O que é tão engraçado, é que o intelecto gera um eu
conceitual e esquece que o está gerando e depois tenta obter ajuda para iluminar o seu
eu imaginário! Não se trata da liberdade para um eu, trata-se da liberdade de um eu.
Jackson Peterson
Quarta-feira, 4 de outubro de 2017 às 09:00 UTC-03
Apenas Rigpa Todo momento de experiência é rigpa se expressando como esse
momento cognitivo e perceptivo. Não há separação entre rigpa e o que é
experimentado. Esta é uma grande notícia! Rigpa (natureza Búdica) aparece como seus
três aspectos de sua natureza intrínseca: Vaziez, clareza cognitiva e formações
energéticas. Isso é tudo que o universo é. Isso significa que sua consciência existente é
sempre rigpa em um ou mais dos três modos de sua natureza. Quando, como uma
formação energética do pensamento, como um "eu" reificado, é inconsciente de sua
natureza vazia e conhecedora. Isso seria como quando aparece como um personagem
que você parece ser em um sonho durante a noite que não conhece a verdadeira
identidade. Quando essa consciência se volta para si mesma, ela reconhece sua natureza
vazia e conhecedora e a formação energética colapsa. Assim é como a rigpa se auto-
obscurece, bem como se autolibera. "Quando algo aparecer ou surgir, reconheça-o
como a rigpa desnuda e desobstruída. Não deve ser encarado como um "outro"
minimamente. Longchenpa de seu "Comentário sobre o Espaço Básico" Via J.P.
Quarta-feira, 4 de outubro de 2017 às 08:08 UTC-03
Notar o Notar Quando a atenção consciente recai em sua própria vaziez, o Dharmakaya
puro e imutável é conhecido. É um espaço cognitivo vazio e consciente que parece estar
bem acima e atrás dos olhos. É o espaço vazio que hospeda todas as suas projeções
como percepções sensoriais, visões, sonhos acordados, sonhos noturnos e pensamentos
que aparecem inofensivamente como reflexos transparentes em um espelho vazio.
Quando ocorre esta dissolução momentânea da atenção consciente em sua natureza
vazia como o Dharmakaya, isto é chamado de rigpa; é sempre seguido por um senso
cognitivo de que essa "clareza" foi perdida. Há uma sensação de ser uma auto-entidade
que agora está "fora" de sua verdadeira natureza. O que ocorreu é que a projeção da
auto-identidade tornou-se energizada e está dominando o espaço vazio da consciência.
Então está aparecendo como um "alguém", um "eu", que agora está tentando
furiosamente dissolver-se de volta em sua própria vaziez. Esse esforço é exatamente o
que bloqueia a sua dissolução natural no Dharmakaya. O Dharmakaya vazio projetou
uma identidade como um auto-fantoche pessoal, e o bombeou com uma identidade
egoica, assim como se bombeia um pneu com ar. Esse é o eu que se sente como um
"mim" real. A intensidade máxima disso é chamada de "identificação". Isso dá a
impressão e o sentimento de que você como desprovido dum eu, Dharmakaya vazio, na
verdade "tornou-se" um eu egoico. Isso não aconteceu, é só que a auto-projeção é um
momento de intensa consciência "egoica" que aparece e domina o palco vazio em que
desempenha o seu papel. Essa também é a mesma maneira exata em que a auto-
identidade ocorre em um sonho à noite. O eu diurno não pode acordar de seus sonhos,
porque não está sendo projetado como um eu "desperto". Está sendo projetado como
um eu "deludido". Quando o Dharmakaya vazio deixa de projetar o eu, o eu não
desperta, mas simplesmente desaparece. O que resta é o Dharmakaya vazio e
consciente; o projetor de eus e identidades imaginárias. O que fazer quando
aparentemente estiver sendo capturado nesta auto-identidade imaginária que se sente
como um "eu" válido? Feche seus olhos, relaxe e "note" seu estado atual de consciência.
Em seguida, note o próprio "notar" em vez de notar o estado de consciência. Para citar
Norbu Rinpoche: "A autoliberação significa que você encontra a si mesmo como esse
"notar" puro. “Agora, há sempre nesse momento, mesmo que não haja pensamento,
uma espécie de presença ou consciência. E essa presença, que nota ou percebe é
chamada Rigpa”. Namkhai Norbu Rinpoche O que você está procurando é o que está
procurando ... Jackson Peterson
Quarta-feira, 4 de outubro de 2017 às 08:01 UTC-03
Ondas do clima perceptivo rolam para os cinco sentidos, circulam por dentro e as mãos
se movem e os sons saem da boca; o clima externo foi processado e expressado
externamente, pois o clima interno, uma vez expressado, agora é novamente o clima
externo. Ninguém está "lá dentro" sendo o responsável pelo processo ou que controla
alguma dessas coisas. Está acontecendo apenas por conta própria, até o pensamento:
"Eu sou o único a pensar e a decidir o que fazer!" está acontecendo sozinho. Via J.P
Quarta-feira, 4 de outubro de 2017 às 08:01 UTC-03
Ondas do clima perceptivo rolam para os cinco sentidos, circulam por dentro e as mãos
se movem e os sons saem da boca; o clima externo foi processado e expressado
externamente, pois o clima interno, uma vez expressado, agora é novamente o clima
externo. Ninguém está "lá dentro" sendo o responsável pelo processo ou que controla
alguma dessas coisas. Está acontecendo apenas por conta própria, até o pensamento:
"Eu sou o único a pensar e a decidir o que fazer!" está acontecendo sozinho. Via J.P
Quarta-feira, 4 de outubro de 2017 às 08:00 UTC-03
Espaço Anterior Antes do "big bang", quem era você, o que você era? Imagine que há um
campo infinito de Espaço Vazio Consciente e você é isso. Formas, cores, espaço, tempo e
todas as aparências surgem subitamente dentro desse Espaço Consciente como seus
próprios potenciais manifestos. Mas o próprio Espaço Vazio Consciente nunca se move
ou muda. É como um espelho que os reflexos infinitos aparecem dentro, sem alterar ou
mudar o espelho de forma alguma. Você é este Espaço Vazio Consciente imutável. Garab
Dorje no ensinamento Dzogchen, apontou que nossa verdadeira natureza é uma
consciência pura (Rigpa) que é a mesma durante a ausência de pensamentos como o é
durante pensamentos e percepções; é a mesma consciência pura imutável em ambos e
todos os estados de vaziez, bem como durante as aparências e enquanto vários estados
mentais estão se manifestando. Nada a altera, a danifica ou a melhora. No budismo,
chamamos essa imutável Vaziez Consciente, Dharmakaya. Só o Dharmakaya está ciente
e conhece. Não é que um universo apareceu repentinamente por conta própria, mas
uma consciência secundária apareceu e dado que era um ponto localizado de onde se
podia "ver" aquilo que poderia ser visto como todos os potenciais do Dharmakaya,
apareceu simultaneamente. O "vedor" e o "visto" são codependentes. Esse "vedor" é a
mente. Ele vê suas próprias construções mentais, nomes e rótulos sem entender sua
verdadeira fonte, além de não entender sua natureza fictícia. O ponto localizado de
onde se ver é também um potencial do Dharmakaya, sua aparência mais íntima. É como
um cubo de gelo localizado ou "globo ocular de consciência" dentro do oceano
Dharmakaya. Todos "nós" aqui são como globos oculares do Dharmakaya localizados e
contraídos. A boa notícia é que se pode conhecer a natureza vazia ou Dharmakaya de
sua própria aparência. Pela consciência olhando para sua própria natureza vazia, em vez
de para os fenômenos da mente e das percepções, ela é revertida ao estado do
Dharmakaya. Ela percebe que nunca deixou seu estado vazio do Dharmakaya, é apenas
sua mente que "pensou" fazê-lo. Isso é muito parecido com um sonho. Portanto, feio ou
bonito, condições positivas ou negativas, céus ou infernos ou transmigração não afetam
de modo algum a natureza subjacente da consciência que é o estado do espelho em si.
Namkhai Norbu "Agora, há sempre nesse momento, mesmo que não haja pensamento,
uma espécie de presença ou consciência. E essa presença, que nota ou percebe é
chamada Rigpa". Namkhai Norbu Rinpoche "Mas, no sentido absoluto, a condição
subjacente do indivíduo, sua consciência primordial nunca foi e nunca pode ser
impedida ou obstruída". Namkhai Norbu Rinpoche "Nós permanecemos num senso de
presença (Rigpa) que é brilhante e clara, assim como um espelho que reflete todas essas
mesmas coisas no mundo, mas não é afetado ou alterado pelo que reflete. Nós nos
tornamos como esse espelho. Todos eles são meramente reflexos e não fazem
alterações ou modificações no nosso Estado Natural. Não importa em que
circunstâncias ou em que mundos nos encontramos, estamos sem expectativas ou
mudanças. Somos exatamente o que somos, o Estado Natural que é como um espelho. É
claro e vazio, e ainda assim reflete tudo, todas as existências e vidas possíveis. Mas
nunca muda e não depende de mais nada. É apenas ela mesma, e nada de especial.
Mesmo que a mente se encontre embotada, sonolenta ou agitada, o Estado Natural não
é de modo algum perturbado ou modificado por isso. Portanto, não há nada a ser
removido e nada a ser purificado de maneira particular". Lopon Tenzin Namdak Via
Jackson Peterson
Quarta-feira, 4 de outubro de 2017 às 07:51 UTC-03
Diferenciar entre rigpa e a mente cármica, como seus pensamentos e "significados" são
a chave. Rigpa é o espelho e sabedorias duma clareza cristalina não-dependente como
'yeshe' (sabedoria). A mente cármica são reflexos que aparece como pensamentos
produzidos de forma dependente, com significados convencionais. Arranjando os
pensamentos, a mente e o corpo de alguma forma, nunca produzirá a yeshe (sabedoria)
de rigpa que conhece sua própria natureza. Isso é como tentar arrumar as nuvens em
um esforço para criar o espaço primordialmente presente e vazio do céu. J.P.
Quarta-feira, 4 de outubro de 2017 às 07:49 UTC-03
Euísmo* Quando o "euísmo" surge na consciência, as histórias sempre o acompanham.
Quando o "euísmo" está ausente, a história que retrata e encarna seu sofrimento,
também está ausente. Isso nos diz que aquele no samsara é a ficção fabricada por essa
mente de um eu imaginário que controla, pensa, intenta e atua. A Totalidade move-se
como tudo em movimento. Isto é como todas as aparências; Interno e externo são as
flutuações do Tao. Ninguém controla ou faz o clima. Da mesma forma, ninguém está
fazendo o clima interno da mente, pensamentos, intenções e ações; mas a mente gera
um "eu" imaginário com a ideia de que está fazendo e controlando o clima interno e
suas ações. Pior, o "eu" está sendo gerado com a ideia de que existe com livre arbítrio,
escolha e existência independente. Essas são apenas mais ideias adicionadas aos
pensamentos. Este eu que aparece como seu "eu", é um produto, e não um produtor de
qualquer coisa. Você não está criando a si próprio como um "eu". Isso porque não há
você lá como um criador de pensamentos e ações. Tudo o que existe é flutuações do
clima externo causando flutuações do clima interno que afetam o clima externo; com
ninguém, nenhuma entidade provocando nada disso. É claro que "ninguém" está
fazendo ou faz "chover". Mas não é tão claro que "ninguém" está causando
pensamentos, intenções e que ninguém existe como "fazedor" ou como receptor de
ações realizadas. O "eu" ocorre como um processo interno do cérebro/mente (clima
interno) que ninguém controla. O processo do euísmo pode de repente cessar. Essa é a
liberação do samsara; é um tipo engraçado de liberação em que ninguém foi liberado!
Deixando a mente como é, em um estado de não-meditação, permite que os processos
da mente diminuam. Quando a mente se abranda, eventualmente, as lacunas vazias
entre pensamentos podem ser notadas. Mas a lacuna vazia é realmente preenchida com
o "mim" como o eu que parece estar percebendo o espaço vazio entre os pensamentos.
Continuando, uma lacuna, ausente de um observador pessoal como um "eu" que
observa, é revelada, mas para ninguém. Não é que este processo esteja gradualmente
produzindo a "consciência pura" (rigpa) ou Mente Búdica, mas que está gradualmente
revelando a natureza vazia e a ausência real de um eu pessoal como uma identidade,
fazedor, pensador e aquele que sofre. É visto que nunca existiu. Por outro lado, a
"consciência pura" (rigpa) é o hospedeiro vazio e imutável no qual todo o euísmo e suas
histórias ocorrem de forma inofensiva, como nuvens que aparecem e desaparecem
dentro desse céu imutável, consciente e vazio. Jackson Peterson *Senso de eu
Segunda, 2 de outubro de 2017 às 19:15 UTC-03
Não Existem Indivíduos Alguns professores ensinam pessoas imaginárias a fazer coisas
ou a estudar para se libertarem. Os professores sábios não veem indivíduos existentes
para liberar e, portanto, não sobrecarregam corpo/mente com práticas e coisas para
estudar. Eles apenas comunicam como é visto a partir de sua perspectiva. Eles apontam
que no Budismo há apenas um oceano não-dual de Consciência chamado Dharmakaya,
sem indivíduos ou partes. É esse Dharmakaya que está apontando isso, para si mesmo.
Se um indivíduo é como uma única gota no oceano, que distância há entre a gota e o
oceano? A individualidade da "gota" só pode ser imaginária porque não há muro de
separação e nunca houve. A existência de uma gota ou indivíduo separado é uma
construção do pensamento. Tomar esse imaginário e não-existente eu, como uma base
assumida como uma entidade real para dar instruções, é apenas permitir que a mente se
torne mais insana. Não há ninguém como um eu pessoal existente para ensinar ou
libertar. Há apenas um campo não-dual de Consciência como o Dharmakaya aparecendo
como vários fenômenos, como as ondas não-duais do oceano único. A física quântica
mais recente nos diz que tudo o que há, é um campo infinito de informação, e que não
existem substâncias rotuladas como objetos sólidos, partículas ou energias sob esses
rótulos como substâncias "físicas". É como se houvesse apenas mapas, mas nenhum
território subjacente, como está sendo descrito! O universo e todas as experiências são
o jogo da "informação". A informação é algo que apenas uma mente pode decifrar.
Qualquer coisa que aparece em uma mente é em si, mental ou consciência, incluindo a
mente. Dizer então que o universo é informação, não está longe de dizer que a
verdadeira informação é um aumento da sabedoria. Eu diria que o universo é sabedoria
ou prajna e que a aparência "desta" informação particular é gnose ou jnana não-
conceitual. Esta prajna é a sabedoria não-conceitual abrangente que revela a natureza
vazia de toda informação; isto é, a natureza vazia do universo e pessoas aparentemente
individuais e separadas. Essa sabedoria ou prajna também não é propriedade de um eu
como "minhas" introvisões de sabedoria: O mestre de Soto Zen Okumura Roshi
escreveu: "Prajna não é uma sabedoria pessoal e individual que possamos possuir;
antes, cada coisa é em si, a realidade e cada coisa é em si, prajna, ou sabedoria". "Tudo é
prajna em si". Ao refutar um eu imaginário, nenhum eu existente foi negado
niilisticamente, porque nunca houve um eu para ser negado. Mas, contudo, o sofrimento
imaginário de um eu imaginário, foi assim, trazido à cessação. Jackson Peterson
Segunda, 2 de outubro de 2017 às 18:11 UTC-03
Notas Adesivas e Vaziez Dupla Imaginemos que existe um campo único e infinito de
vibrações energéticas sem partes separadas, tal como os estados da teoria do campo
quântico. Com exceção de que é um campo energético infinito e único da Consciência,
sem partes, como um único rio. Ao longo deste único campo de Consciência, aparece um
número infinito de redemoinhos localizados de consciência, cada um com uma mente
que pode analisar fenômenos. Os redemoinhos começam a colocar rótulos de "nota
adesiva" sobre todos os fenômenos que são inseparáveis do todo, criando uma ilusão de
diversidade entre as "partes" rotuladas. A separação de partes só existe em virtude do
rótulo "reivindicando" a separação. Agora, o redemoinho coloca uma nota adesiva em
seu próprio redemoinho localizado de consciência, afirmando "eu" e coloca notas
adesivas sobre todos os "outros" redemoinhos afirmando "não eu". E, finalmente, o
redemoinho coloca notas adesivas sobre todos os fenômenos dentro de sua gama
rodopiante mais próxima como "meu". Agora lembre-se, todos os redemoinhos existem
como se fossem manifestações inseparáveis de um único rio, onde o único rio está
rodopiando aqui e ali dentro de sua natureza unificada. A nota adesiva que afirma "eu" é
a única forma de identidade possível; que sem, o redemoinho não possui uma
identidade separada, distinta do todo. Do mesmo modo, os fenômenos "individuais" e
diversos não têm existência independente além de sua nota adesiva grudada a eles
afirmando coisas como "árvore", "coisa", "objeto separado" ou "pessoa individual".
Todos eles são apenas redemoinhos momentâneos inseparáveis do rio. Então, um dia,
um homem sábio vem e rasga todos os rótulos de notas adesivas de tudo. O que resulta
é a introvisão da vaziez dupla de não existir eus e objetos independentemente
existentes; onde nada é rotulado e definido com notas adesivas. Sem os rótulos de
notas adesivas do "eu", a individualidade separada e independente é não-encontrável.
Sem os rótulos "meu", nada é propriedade. Sem o "não eu" e outros rótulos de notas
adesivas nomeados, as "coisas" individuais e independentemente existentes
desaparecem em sua verdadeira condição real de totalidade; que nunca foi alterada
pelas notas adesivas, de forma alguma, em primeiro lugar. Alguns podem chamar esse
único rio de Consciência, o Tao. Jackson Peterson
Segunda, 2 de outubro de 2017 às 18:10 UTC-03
Pensamentos Vazios As mentes que "parecem" lutar com esta mensagem simplesmente
não perceberam que TODOS os seus sofrimentos emocionais e de vida são causados por
pensamentos e conceitos cridos. Nada tem maior capacidade para criar uma história
sobre um "eu" sofredor do que pensamentos. O "você" que se acredita ser você como
uma identidade é apenas uma desordem de pensamentos, como uma aglomeração
temporária de nuvens no céu. O único "você pessoal" lá, é aquele construído de
pensamentos. Caso contrário, o que você é, os pensamentos não conseguem descrever.
J.P.
Segunda, 2 de outubro de 2017 às 18:03 UTC-03
Que Prática é Necessária Para uma Xícara de Chá Ser uma Xícara de Chá? Não há práticas
no Dzogchen, porque todas as práticas exigem o uso da "mente", intenção, atenção e
algum esforço mental. A maioria das outras abordagens e tradições usam a "mente"
como a ferramenta de trabalho da libertação. O Dzogchen não confia na "mente" nem
um pouco; ele confia em rigpa (consciência pura) como a única ferramenta. A
ferramenta é rigpa como a “introdução” à visão, caminho e resultado, onde a visão, o
caminho e o resultado são todos idênticos, sem nenhuma noção de uma progressão em
direção a um "resultado". Usar a "mente" como ferramenta é o mesmo que ter a raposa
guardando a casa da galinha. A "mente" (sem) é a mente do buscador, e o buscador é ele
próprio uma entidade imaginária da "mente". A mente (sem) é a dinâmica da própria
ignorância (marigpa) que se agarra através de conceitos e esforços para obter o estado
ultimo da iluminação para o seu "eu" imaginário desfrutar. Rigpa é como uma xícara de
chá. A mente é como um líquido despejado nela. O líquido está sempre em movimento,
oscilando e mudando como pensamentos, onde a xícara de chá é perfeitamente estável,
independentemente do seu conteúdo. A xícara de chá é o espaço vazio consciente
sempre estável (rigpa) em que os pensamentos e percepções são conhecidos; a clareza
vazia e transparente como um céu imutável onde as nuvens (pensamentos) aparecem e
desaparecem. Rigpa é a consciência presente agora mesmo, onde essas palavras e os
pensamentos resultantes sobre elas estão aparecendo. Jakcson Peterson
Segunda, 2 de outubro de 2017 às 18:01 UTC-03
De outro tópico: O Dzogchen confia unicamente na "consciência pura" ou na nossa
Mente Búdica; para que tudo se solva primeiro relaxa-se em um estado de testemunha
totalmente aberto e livre sem analise, permitindo que todos os estados mentais e
sabedorias apareçam e desapareçam por conta própria. Então surge uma vipassana
natural que vê também o estado vazio da testemunha; onde a testemunha passa de ser
um "experimentador" subjetivo para ser apenas outro objeto mental "experienciado".
Não é que você seja uma pessoa que tenha experiências, mas antes a "pessoa" é
descoberta como sendo apenas uma outra experiência que aparece na "consciência
pura" impessoal. J.P.
Segunda, 2 de outubro de 2017 às 17:59 UTC-03
Superando a Dualidade Imaginária de Consciência e Percepção Não se pode encontrar a
consciência separada de suas percepções sensoriais ou eventos mentais. Não há, em
primeiro lugar, uma percepção sensorial ou um evento mental, seguido por uma
consciência deles. Experimente para confirmar: Pode haver uma experiência de som
além da consciência do som? Olhe atentamente se há algum espaço entre os dois. Pode
haver uma experiência de "vermelho" na consciência ausente? Olhe atentamente se é
possível separá-los. Faça o mesmo com cheiros, gostos e sensações. Agora, note um
pensamento. Existe uma lacuna entre o pensamento e a consciência disso? Será que, ao
invés de percepções que ocorrem "na" e "para" a consciência, a consciência está
aparecendo COMO pensamentos e percepções? E o "senso do eu egoico"? Será que, ao
invés do "senso do eu egoico" aparecendo como um elemento de distração e bloqueio
"para" a consciência, a consciência está aparecendo COMO um momento do "senso do
eu egoico"? Contemplando isso, as batalhas dualistas da mente com ela mesma
colapsam imediatamente e cessam. Uma percepção sensorial ou um evento mental É
exatamente o que a consciência é. A consciência não é uma "espectadora" de
percepções, mas É percepções. Isto é o que se entende no Dzogchen quando dizemos
que tudo já é perfeito como sendo a Grande Perfeição aparecendo COMO tudo, sem
uma lacuna, necessidade de corrigir, eliminar ou adicionar. Todo momento é a
consciência pura expressando a si mesma como essa expressão pura. Sendo assim, que
prática poderia torná-la "melhor"? Aquele que está olhando, É o que está sendo
procurado! Jackson Peterson
Segunda, 2 de outubro de 2017 às 07:16 UTC-03
Os Cinco Princípios da Realização e Liberação Jackson Peterson O primeiro princípio é
tomar consciência dos nossos pensamentos e da natureza do pensamento. Ao assumir a
posição de ser apenas um observador dos pensamentos e imagens que vem e vão,
descobrimos que todos os pensamentos são os mesmos: são aparências temporárias
que vem e vão como nuvens no céu. Não dê mais importância para um pensamento do
que para outro. Se não prestamos atenção a qualquer pensamento, mas permanecemos
no papel de "observador", parece que o espaço de consciência se torna mais aberto e os
pensamentos menos exigentes de atenção. Descobrimos que todos os pensamentos são
sem substância e importância. Podemos dizer que nossos pensamentos são "vazios",
como nuvens: aparências sem núcleo ou entidade. O segundo princípio é reconhecer
que nossas histórias e os dramas emocionais são estruturados apenas a partir do
pensamento, nossos pensamentos "vazios". Ao continuar observando nossos
pensamentos, devemos notar como eles tendem a se interligar em cadeias de sentido e
significado particular. É essa associação entre pensamentos que cria nossas histórias,
crenças e dramas emocionais de forma convincente e poderosa. Como resultado,
podemos passar a maior parte do nosso tempo indo de um mini-devaneio a outro. É este
estado de mente semelhante a um transe que precisamos quebrar repetidas vezes
sempre que possível. Fazemos isso, deslocando nossa atenção do pensamento para a
presença dos cinco sentidos na agoridade imediata. Basta notar seu ambiente físico e a
experiência sensorial direta sem análise. Pratique esse deslocamento do engajamento
mental no pensamento para perceber seus arredores físicos com a maior freqüência
possível. Espera-se que o hábito semelhante a um transe de viver em seus pensamentos
constantemente seja quebrado. Desta forma, podemos libertar-nos da ansiedade e do
sofrimento emocional, pois ambos são causados pelas histórias da mente que
raramente são desafiadas. É possível descobrir que nossas histórias e dramas
emocionais são tão vazios quanto os sonhos da noite passada. De fato, nossos
devaneios e histórias não são mais reais do que nossos sonhos à noite. Nós descobrimos
que nossas histórias também são tão vazias quanto às nuvens que se agrupam no céu
em várias formações que se dispersam e desaparecem no momento seguinte sem deixar
vestígios. O terceiro princípio é reconhecer que o próprio senso do eu é apenas uma
história vazia feita de pensamento; uma construção mental sem uma identidade real
como uma entidade que existe de forma independente e com auto-determinismo.
Estudos determinaram que nosso senso coerente de identidade pessoal não aparece
até as idades entre 18 e 24 meses. Isso significa que antes desse tempo não havia
nenhuma história pessoal dum "eu" ou auto-imagem. Isso também significa que o
recém-aparente senso do "eu" é totalmente o resultado de histórias de pensamento
que a mente constrói sobre identidade. Não há um eu pessoal presente, além desta
história dum "eu" de faz-de-conta. Mesmo a ciência deixa claro que há apenas um campo
de energia unificado como o universo sem partes separadas. O campo inteiro é
interdependente sem intervalos ou divisões na unidade. A sensação de ser uma
entidade independente como um "eu pessoal" é apenas uma ilusão e nunca existiu de
fato. Ao observar os pensamentos "eu" que surgem de momento a momento, podemos
notar que o "eu pessoal" não é mais do que uma cadeia de pensamentos relacionados
sobre identidade que são suportados por memórias e imaginação. Vendo isso de forma
direta e clara, não apenas intelectualmente, a vaziez da identidade pessoal torna-se
óbvia para a mente, nessa altura, a ilusão cessa. Mas essa cessação só ocorrerá de
acordo com o grau de profundidade deste auto-inquérito. Se isso não ocorrer, o
entendimento é muito superficial e não suficientemente convincente para os níveis mais
profundos da mente fundamentados no condicionamento e no "euísmo" habitual. Nesse
caso, devemos revisar o primeiro e o segundo princípio novamente e estabelecer um
estado de observação mais profundo em relação à experiência do pensamento "eu"
surgindo e se dissolvendo até ficar claro que nenhum eu pessoal existe fora da crença
da mente de outro modo. Quando surge o reconhecimento, fica claro que a noção de
haver um eu pessoal é tão vazia quanto uma única grande nuvem que domina o céu, mas
desaparece no próximo momento sem deixar rastros. O quarto princípio é reconhecer o
que exatamente é a natureza do que está observando e experimentando a natureza
vazia de pensamentos, histórias e egoidade pessoal. O que está fazendo o
"reconhecimento"? O que é essa consciência impessoal consciente que percebe e sabe?
Nesses reconhecimentos, parece haver uma evolução ou revelação cada vez maior da
sabedoria. Como resultado, o espaço cognitivo de alguém parece expansivo, aberto e
vividamente transparente sem um centro. O que é exatamente esse estado de
consciência impessoal? É claramente uma sensação de estar ciente; vazio e conhecedor.
Podemos estar cientes de estar ciente? Esta consciência consciente está presente em
toda a experiência, inseparavelmente desse modo? Olhemos diretamente para esta
inteligência consciente impessoal: em um quarto bem iluminado, feche seus olhos.
Observe nas pálpebras que a luz da sala que brilha nas abas dos olhos cria um brilho
interno sobre as pálpebras translúcidas fechadas. Você verá sobre as pálpebras uma cor
vermelha alaranjada. O que é que está observando esta cor? Parece que sua consciência
consciente ocupa um lugar a poucos centímetros atrás dos olhos e sua atenção é
dirigida para frente das pálpebras. Observe sua presença consciente como sendo o
lugar de onde você está olhando para a cor alaranjada. Você está "ciente" da cor? Agora
esteja ciente da sua consciência tal como é. Essa consciência tem alguma cor, forma,
substância ou dimensão própria? Ou é simplesmente uma presença vazia de sabedoria
consciente? Revise estas duas últimas perguntas repetidas vezes até ficar claro que
"você" é realmente essa cognição vazia, clara e consciente. Quando isso é visto
claramente em vez de reconhecer a vaziez dos pensamentos e do eu como a natureza
vazia das nuvens que aparecem no céu, a natureza vazia do próprio céu é reconhecida; o
espaço cognitivo vazio em que aparecem e desaparecem todas as aparências. O quinto
princípio é reconhecer a relação inseparável entre o próprio vazio, o "ver" consciente e
os cinco sentidos. Não se pode encontrar uma consciência separada das próprias
percepções sensoriais. Não há, em primeiro lugar, uma percepção sensorial e, depois,
uma consciência disso. Os cinco sentidos são essa "cognição da consciência" que parece
ser dividida em cinco componentes sensoriais separados. Essas capacidades sensoriais
não se limitam aos cinco sentidos físicos. A "cognição da consciência" pode perceber
independentemente dos cinco sentidos físicos sem limitações quanto ao tempo e ao
espaço. Fundir nossa atenção completamente com os cinco sentidos em vez de com os
fenômenos mentais dos pensamentos, das histórias e das crenças na identidade
pessoal, revela um estado de "agoridade" total além do pensamento e da mente. Um
panorama ilimitado de transparência cognitiva e Clara Luz revela-se como nossa
verdadeira natureza além de qualquer descrição ou suposição mental. Ao fundir nossa
atenção totalmente com os cinco sentidos, a natureza luminosa das aparências se revela
como o caráter vívido de nossa própria consciência. Adaptado para o português por
Kadag Lundrub.
Segunda, 2 de outubro de 2017 às 07:15 UTC-03
O mestre Mahamudra, Saraha escreve: Ao examinar a mente através da lógica, Negando
uma das muitas realidades substanciais, Alguém perderá a clareza inata da mente E,
assim, vagará pelos reinos do samsara. O que pode ser mais lamentável do que alguém
Caminhando direto para um abismo à vista? Uma mente não agitada pelo exame
permanece imóvel, como espaço. Este espaço sem morada transcende todas as
definições conceituais; Essa mente não-discriminativa não precisa ser examinada ou
analisada. Savari explica: Uma análise crítica confinará a mente na escravidão. Virupa
declara: A auto-natureza da mente é inexprimível. Sua identidade essencial permanece
desprendida de toda relatividade interdependente. Não pode ser examinada nem
analisada. Nem pode ser ilustrada através de uma analogia. Via J.P.
Segunda, 2 de outubro de 2017 às 07:09 UTC-03
Como é a consciência comum por trás do eu que parece estar percebendo? Aqui está um
diagrama para ajudar a apontar isso: E é para a experiência. P é para o percebedor das
experiências. D é para o Dharmakaya, Consciência desperta como rigpa. E -----------> P
-----> D É como se experiências passassem através do eu imaginado como um
percebedor "P" no espaço vazio e consciente da imutável rigpa "D". No entanto, o
"percebedor" como um eu é geralmente onde a pessoa parece ser definida e onde as
experiências são "finalmente" recebidas. No Dzogchen, essa "pessoa que tem
experiências" é, em si, apenas uma experiência que ocorre na consciência vazia e
impessoal de rigpa. "Não é que haja uma pessoa que tenha experiências, mas sim a
pessoa é, em si, apenas uma outra experiência". Jackson Peterson
Segunda, 2 de outubro de 2017 às 07:07 UTC-03
Grande Perfeição Qualquer que seja a ideia parece contradizer a Perfeição total de tudo
o que é; causa sofrimento. Quando esta Perfeição total é conhecida de "dentro para
fora", todas as condições são vistas como reflexos positivos desta Grande Perfeição.
Essa clareza da Grande Perfeição revela um estado de mente primordialmente positivo.
Quando as formas "físicas" são vistas com precisão como sendo apenas formações
enérgicas divertidas da consciência, sem pessoas reais, eus ou identidades dentro de
qualquer uma delas; a narrativa dos sonhos de pessoas, lugares e coisas aparece como
hologramas vívidos momentâneos que dançam no espaço vazio consciente. Nada disso é
agarrável nem há um agarrador encontrável; como identidades fixas ou em mudança,
tudo isso, é quem você não é. Samantabhadra é realmente o "Todo Positivo", como um
cristal invulnerável e vazio de clareza e transparência de diamante em que todos os
pensamentos, imagens e mundos aparecem e desaparecem momentaneamente. Isto é
quem você sempre é. Surpreendido por esta visão momentânea e clara da Realidade
Perfeita, a Grande Perfeição em si, canta: "ah la la ho"! Jackson Peterson
Segunda, 2 de outubro de 2017 às 06:58 UTC-03
"Interno e externo são todos a mesma função. Isso significa que quando praticamos,
tomamos todos os fenômenos do universo físico, interno, externo, mental ou físico,
bem como o movimento e a atividade, e consideramos a todos como a atividade sublime
da Mente Verdadeira (Consciência Desperta Rigpa). Assim que surgir qualquer
pensamento ou estado mental, é então a aparência desta função sublime. Uma vez que
todas as coisas são esse funcionamento sublime, onde a mente deludida pode estar?
Este é o método de extinção da delusão ao ver que todas as coisas externas e internas
são a mesma função da Mente Verdadeira (Rigpa, Natureza Buda). Mestre Zen Chinul
(1158-1210 a.d.)
Segunda, 2 de outubro de 2017 às 06:57 UTC-03
Primeiros Princípios do Dzogchen Como me ensinou o professor Dzogchen, Namkhai
Norbu, o primeiro princípio do Dzogchen é perceber que sua capacidade de conhecer
como consciência pura já é perfeita. Tudo o que aparece surge como a exibição dessa
perfeição natural. Isso significa que tudo já é perfeito. Portanto, tudo é deixado "como-
é", sem esforço para corrigir, melhorar, alterar, adicionar, nem eliminar ou reduzir,
qualquer aspecto da ação, comportamento, pensamento, imaginação ou estados
emocionais. Não há objetivo de realizar nada, nem alcançar a transformação do corpo
em um corpo de luz. É por isso que não há necessidade de prática, meditação ou para
adquirir introvisões especiais através do estudo ou inquirição interior. Tudo é deixado
"como-é", porque, não importa o que ocorra, isto é em si mesmo, um desdobramento da
Grande Perfeição em todos os casos. Não há nada que você possa fazer para torná-la
mais perfeita. Relaxe e não tente manter nenhum estado especial de atenção plena.
Todas as aparências e experiências são sempre o mandala perfeito de Samantabhadra.
Samantabhadra é a sua consciência atual que é como um espelho imutável em que todas
as suas expressões radiantes aparecem sem benefício ou dano e sem alterá-la de forma
alguma. Jackson Peterson
Segunda, 2 de outubro de 2017 às 06:53 UTC-03
Apenas Agora No Dzogchen tudo o que você vê e experimenta através dos cinco
sentidos, é a projeção energética de rigpa ocorrendo “agora mesmo”. Rigpa não é
meramente uma projeção conceitual "sobre" um universo pré-existente que já está aqui.
Mas isso é verdade em cada momento. Nada "paira sobre" uma fração de um segundo
atrás. Tudo é completamente fresco e novo, sem atividade entre as aparências que
interagem em algum paradigma de "causa e efeito" livremente entre si; o mesmo como
num sonho à noite. Considere rigpa como um projetor de filme subconsciente. Não é o
seu "eu" ou mente consciente normal, que em si, é apenas uma projeção da dança DE
rigpa na tela da consciência de rigpa; como reflexos da lua aparecendo na superfície de
um lago à noite. Agora, considere todas as aparências dos cinco sentidos, aparências
mentais e uma sensação de ser um ‘eu’ localizado e individualizado, como sendo apenas
reflexos projetados "ao vivo" e aparecendo sobre e dentro da tela vazia de rigpa; sua
verdadeira natureza. Isso é muito parecido com um sonho noturno onde a mente
subconsciente está projetando "você", seu corpo, as paisagens e várias pessoas com as
quais você interage. Tudo o que aparece, é pensado ou feito é tudo gerado e projetado
por essa única mente subconsciente. O Karma não pode existir porque não há
"fazedores" independentes que cometem bons ou maus atos em relação aos outros. As
"pessoas" individuais que aparecem na experiência cotidiana são os fantoches
projetados por rigpa sem capacidade para ser, fazer ou ter; assim como os personagens
e você mesmo, que aparecem em seus sonhos à noite como meras projeções
impotentes da mente subconsciente. Todo pensamento, percepção, sentimento e ação
está sendo projetado por rigpa, incluindo o pensamento e o sentimento de sua "própria
individualidade e existência independentes", como em um sonho noturno onde você se
"sente" ativo como um eu que existe e é totalmente auto-empoderado. Rigpa
projetando um Jackson vendo isso claramente; rigpa então manifesta um Jackson rindo!
Jackson Peterson
Segunda, 2 de outubro de 2017 às 06:52 UTC-03
Como em um sonho ... Durante um sonho, a Mente subconsciente está projetando um
"eu percebedor", como um "você" que está percebendo a paisagem dos sonhos e as
pessoas sonhadas. Da mesma forma, na consciência diária comum, a Mente
subconsciente está projetando um "você" percebedor que parece está percebendo as
projeções da mente de paisagens "reais" e pessoas "reais" com as quais ela está
interagindo. Em ambos os casos, o "eu que percebe" é tanto uma projeção ilusória da
Mente quanto as paisagens e seus "habitantes". Quando a Mente subconsciente projeta
um personagem imaginário que conhece sua própria natureza vazia, além de projetá-lo
como sabendo que todas as paisagens e habitantes são hologramas vazios, projetados
pela Mente, então esse duplo evento de vaziez marca o fim desta rodada de "esconde-
esconde". Jackson Peterson
Segunda, 2 de outubro de 2017 às 06:50 UTC-03
Mahamudra "De acordo com Jamgon Kongtrul, as fontes teóricas indianas da tradição
mahāmudrā são os textos de Yogacara Tathagatagarbha (Natureza-Buda), como o sutra
de Samdhinirmocana e o Uttaratantra. A prática e a linhagem real do mahāmudrā
podem ser rastreadas até mahasiddhas errantes ou grandes adeptos durante a dinastia
Indiana de Pala (760-1142), começando com o siddha Saraha do século VIII. Os Dohas de
Saraha (músicas ou poemas) são a literatura de mahamudra mais antiga e promovem
algumas das características únicas do mahamudra, como a importância da instrução de
apontamento por um guru, a natureza não-dual da mente e a negação dos meios
convencionais de alcançar a iluminação, como a meditação samatha-vipasyana, o
monasticismo, os rituais, as práticas tântricas e o estudo doutrinário em favor do
mahamudra "não meditação" e "não- ação'." Via J.P.
Segunda, 2 de outubro de 2017 às 06:47 UTC-03
Do tradutor do "Grande Comentário" de Vimalamitra sobre os 17 Tantras Nying Thig:
"Trekchö é definido como "a instrução íntima e superior para os preguiçosos que
alcançam o estado búdico instantaneamente sem a prática da meditação" e "o sistema
do estado búdico através da libertação imediata como uma realização percebida
diretamente que não está conectada a aparências (thogal)". Via J.P.
Segunda, 2 de outubro de 2017 às 06:44 UTC-03
Entrando na Dimensão dos Arquétipos Primordiais A partir do repouso como a "não
meditação" por longos períodos de tempo, a consciência irá para baixo da consciência
superficial de pensamentos e imagens cármicas e entrará na dimensão dos Arquétipos
Primordiais. Aqui, manifesta sabedorias invisíveis e visões de Arquétipos
Sambhogakaya. Isto é o que começa a se desenvolver durante a prática de Thogal e
Yangti. Mas também começará a aparecer quando descansar em trekchod. Os principais
arquétipos são as sabedorias Búdicas, que são a base primordial, ontológica, da própria
Grande Perfeição. Isso é semelhante à ideia de Roger Penrose de "Valores Platônicos"
sendo incorporada ao nível da Escala Planck em sua teoria da física quântica. É devido a
este fundamento de valores e sabedorias primordiais que a natureza de Samantabhadra
é sempre "totalmente boa". É por isso que os "mestres" autênticos não podem fazer
nada de errado. Sua mente cármica foi substituída pela Mente de Clara Luz, que é ela
própria a matriz espiritual das Sabedorias Primordiais como o Arquetípico da Base do
Ser. Jackson Peterson
Segunda, 2 de outubro de 2017 às 06:43 UTC-03
Rigpa não é um Entendimento ou uma Introvisão Especial Aqui está um exemplo vivo;
atualmente, estou sentado em um café no sul da Áustria. Eu olho em volta da sala para
os vários clientes e garçons. Em vez de ser a minha identidade física olhando ao redor da
sala, sou de repente o espaço vazio imutável e transparente no qual tudo está
aparecendo. É como ser um reflexo em um espelho que de repente troca a identidade
para ser o espelho cristalino no qual todos os reflexos estão aparecendo. Os reflexos
não impedem o espelho, e o espelho não altera os reflexos. Quando a "mente pensante"
ainda não tem nenhum tópico conceitual, é o estado vazio momentâneo que se funde
com o Espaço Vazio Puro do Dharmakaya. É como derramar água límpida em água
límpida. Não é mais complicado do que isso! Qualquer esforço bloqueia a "fusão" sem
esforço da mente e seu Terreno Basico (Zhi). --Jakcson Peterson
Segunda, 2 de outubro de 2017 às 06:40 UTC-03
Rigpa e Prana O espaço vazio da consciência primordial não está vazio de seus
potenciais; eles brilham como uma radiância luminosa que conhecemos como prana, chi
ou kundalini. Tudo isso é primordialmente puro e são o que compõe todas as aparências
no universo e todas as dimensões possíveis. Em Madhyamaka e especialmente
Prasangika, todas as aparências são meras "designações conceituais" como pensamento.
A realidade convencional não é definida energéticamente. No Dzogchen, por outro lado,
todas as aparências são formações geométricas do prana chamado "tsal". A arquitetura
das formações radiantes é conceitualmente designada pela mente, no entanto, todas as
formações sempre surgem sem qualquer duração; elas "se liberam após o surgimento"
sem esforço em todos os casos. Não é que haja uma "substância" formativa no
Dzogchen que não esteja vazia de uma essência substancial, mas antes, o
Sambhogakaya radiante é a luminescência energética do Dharmakaya. São formações
como aparências mentais e perceptivas, embora vazias de substância inerentemente
existente, são o Nirmanakaya. Samsara é a divisão conceitual artificial e fictícia das
formações energéticas em sujeitos e objetos nas interdependências de "causa e efeito".
Tal como determinado na teoria do campo quântico, nenhuma substância fundamental
real é encontrável exceto um campo vibrante e infinito de freqüências vazias. Essas
freqüências luminosas são a luz radiante e vibracional da consciência primordial que
aparece como pulsos de consciência triádicos momentâneos. Eles se manifestam como
energias auto-organizadas como representações ou símbolos dos Arquétipos ou
atributos intrínsecos de Buda. Cada pulso da consciência ou manifestação energética é
uma fractalização do Terreno Básico no modelo triádico de Dharmakaya, Sambhogakaya
e Nirmanakaya ou essência vazia, clareza cognitiva e formações energéticas. Como
todos somos Budas, o supracitado descreve nossa natureza perfeitamente. Nossa
Consciência é vazia de substância material, consciente e conhecedora, e
energeticamente incorporada. Isso significa que a mente cármica também está vazia,
conhecida e energeticamente formada. Pegando nossa mente cármica atual para
observar sua natureza vazia, olhando ligeiramente "para dentro", a contração reificada
se dissolve em seu conhecimento como Rigpa. Em Thogal, o Nirmanakaya está olhando
para a sua natureza Sambhokaya como os aparentes thigles. Ao continuar com este
processo, a formação mental contraída como mente e corporificação energética, ambos
se dissolvem de volta na sua própria Natureza luminescente primordial, vazia e
conhecedora, da qual já são, mas em seu estado temporariamente contraído. A mente
funciona de forma semelhante com três possibilidades: como uma formação energética,
como um cérebro bio-computador. Então, mais sutilmente, como a inteligência da
mente prânica do complexo chakra da coroa e, finalmente, como o mais sutil espaço
vazio interno de consciência que é a coroa da sabedoria do coração e irradia como o
coração da coroa que manifesta o amor incondicional e a compaixão, como um,
inseparavelmente assim. Jackson Peterson
Segunda, 2 de outubro de 2017 às 06:39 UTC-03
O Núcleo do Buscador O que leva todos os "buscadores" em seus esforços intermináveis
para buscar? Os seres humanos têm uma mente biologicamente orientada que busca a
sobrevivência do organismo; é estruturada e guiada pelo DNA dentro dos neurônios do
cérebro. Os dois objetivos principais subjacentes a todas as suas diversas atividades
mentais, consistem em garantir a sobrevivência e a reprodução do organismo. Analisa
continuamente novas informações perceptivas recebidas e desenvolve estratégias de
curto e longo prazo para os objetivos da sobrevivência do organismo. Sempre agarrando
a próxima melhor oportunidade por auto-aprimoraramento. É quase sempre um bio-
computador orientado para a sobrevivência, e as funções de software (suporte lógico)
são como pensar e conceitualizar. Não é que os pensamentos e conceitos sejam "ruins",
de forma alguma, é só que eles são sempre o maquinario do cérebro a operar. A
consciência como uma função cognitiva básica não é um "maquinario cerebral". Não tem
origem física, é atemporal e não está encerrada "dentro" do universo, mas o “hospeda”,
o permeia e o projeta. A independência da Consciência é facilmente comprovada pela
sua capacidade de "observar" as atividades mentais do cérebro como pensamentos,
conceitos, imagens mentais, memórias, emoções, impulsos e intenções. O "buscador" é
uma construção mental e conceitual da auto-identidade que a mente do cérebro
atribuiu a si mesma. É uma construção do software (suporte de programação) que
consiste apenas nas atividades neurais do pensamento e da conceitualização. Não há um
"eu" pessoal, exceto aquele designado pelo software e dirigido pelo DNA. Por outro
lado, a Consciência não tem identidade, pensamentos ou conceitos de si própria, nem
tem interesse na "sobrevivência" do organismo. É como o céu vazio que não tem
preocupações com as nuvens que momentaneamente aparecem e se dissolvem dentro
dele. É uma Mente que conhece por sua própria clareza cristalina, não por pensamentos
e conceitos; ela vê a todos como ficções vazias geradas por uma mente-cérebro humana.
Então, é a mente do "analisador" do cérebro que busca a iluminação, visto que parece
ser um bom investimento que pode mesmo permitir que ele sobreviva à morte ou pelo
menos ao sofrimento. Isto é o que eu e o Buda estamos apontando quando a idéia de
um eu pessoal está sendo refutada: há apenas um eu virtual produzido dentro do
software neural do cérebro. Isso significa que o karma é apenas uma história conceitual
vazia sobre entidades imaginárias e fictícias de softwares afetando-se mutuamente.
Fora do "pensamento" nada e ninguém realmente aconteceu. No entanto, o corpo, o
cérebro e o eu imaginário são uma projeção da própria Consciência, aparecendo dentro
de si mesma como hologramas 3D. Para "sair" do show holográfico (samsara), apenas
"seja" a única Consciência que já conhece e experimenta os pensamentos, conceitos,
imagens mentais, percepções, memórias, senso do eu, emoções, impulsos e intenções
que agora estão aparecendo na Consciência Consciente. Jackson Peterson
Segunda, 2 de outubro de 2017 às 06:32 UTC-03
Suzuki Roshi escreveu: "Fazer algo, viver em cada momento, significa ser a atividade
temporal de Buda. Sentar-se dessa maneira é ser o próprio Buda, ser como o Buda
histórico. O mesmo se aplica a tudo o que fazemos. Tudo é Atividade Búdica. Então, o
que quer que você faça, ou mesmo se você continuar fazendo alguma coisa, Buda está
nessa atividade. Como as pessoas não têm tal compreensão de Buda, eles pensam que o
que eles fazem é o mais importante, sem saber quem é que está realmente fazendo
isso. As pessoas pensam que estão fazendo várias coisas, mas, na verdade, Buda está
fazendo tudo. Cada um de nós tem seu próprio nome, mas esses nomes são os muitos
nomes de um Buda. Cada um de nós tem muitas atividades, mas essas atividades são
todas atividades de Buda. Sem saber disso, as pessoas colocam ênfase em alguma
atividade. Quando colocam ênfase no zazen, não é o verdadeiro zazen. Parece como se
estivessem sentados do mesmo modo que Buda, mas há uma grande diferença na
compreensão de nossa prática. Eles entendem esta postura sentada como apenas uma
das quatro posturas básicas do homem, e eles pensam: "Eu agora tomo essa postura".
Mas o zazen é todas as posturas, e cada postura é a postura de Buda. Este
entendimento é a compreensão correta da postura de zazen. Se você praticar dessa
maneira, é o Budismo. Este é um ponto muito, muito importante."
Segunda, 2 de outubro de 2017 às 06:29 UTC-03
Quem é aquele no samsara? Rigpa ou Consciência Pura manifesta-se como um eu
subjetivo em seus sonhos noturnos e diurnos. Como um ator que interpreta um papel. O
ator é rigpa em si aparecendo como sua própria formação energética na forma do ator.
O papel ou a narrativa do eu dependem do eu que protagoniza em sua própria peça.
Quando o ator desaparece, a narrativa também se vai. Esta é uma boa notícia porque
você, como rigpa, está projetando sua própria existência como o ator kármico. Isso
significa que a inteligência básica do ator é a sabedoria de rigpa, embora auto-limitada.
Ao olhar para a natureza consciente e vazia de sua atual contração de rigpa da auto-
identidade, ela se dissolverá como um cubo de gelo que se derreteu como a água que
sempre foi como rigpa. É apenas esse auto-estado contraído de rigpa que habita o
samsara. Ao perceber a natureza vazia da sua identidade cármica, você se libera no
Nirvana, o habitat de rigpa. Longchenpa escreveu em seu "Choying Dzod": "O método
está em direcionar a atenção (a luz da consciência) sobre a atenção ou consciência.
Quando qualquer surgimento for experienciado, especialmente pensamentos, humores,
emoções ou sentimentos de auto-identidade pessoal, simplesmente se nota a
consciência nua (qualidade vazia) do presente". Jackson Peterson
Domingo, 1 de outubro de 2017 às 08:04 UTC-03
O samsara nunca é mais do que seu pensamento atual sendo energizado e acreditado.
Quinta-feira, 28 de setembro de 2017 às 08:13 UTC-03
Não-prática e Não-meditação em Dzogchen Em Dzogchen, há um tipo de meditação se
dedica regularmente. É chamada de "não-meditação" onde se senta numa postura
relaxada e confortável, enquanto simplesmente está presente como um espelho.
Nenhum esforço, pensamento ou programação é exercido; você deixa toda experiência
aparecer e desaparecer por conta própria, como se "você" não estivesse lá como um
controlador, crítico ou buscador. Nenhum esforço para ser consciente ou "não se
distrair" é exercido. Simplesmente observe sem crítica. Os olhos estão olhando imóveis
diretamente para fora ou ligeiramente para baixo. Pode-se também praticar olhar o céu
onde os olhos olham para o céu sem mover-se. Intercala-se longas sessões de até três
horas com sessões curtas de quinze minutos. Ao "ser a observação vazia", a "mente
pensante" secundária se dissolverá na observação vazia. Quando terminar com uma
sessão de sentar, o período pós sentar, não deve ser distinto e diferente que durante a
sessão de sentar. São recomendadas várias sessões sentadas diariamente. Eu também
pratico o mesmo por cerca de uma hora todas as manhãs enquanto ainda estou na cama
com os olhos fechados e por cerca de dez minutos quando vou dormir. --Jackson
Peterson
Quinta-feira, 28 de setembro de 2017 às 07:18 UTC-03
A Natureza da Liberação Existe essencialmente apenas um vasto e impessoal vazio
consciente, no qual os pensamentos aparecem e desaparecem. O único alguém lá, é um
pensamento sobre alguém estar lá. O único problema é um pensamento sobre alguém.
O alguém sofredor é um pensamento sobre um "eu" sofrendo. Além do pensamento
"eu", não há eu ou identidade no qual o pensamento "eu" está aparecendo. A ideia de
um caminho é apenas um pensamento. A ideia de alguém num caminho é apenas um
pensamento. A ideia da morte é apenas um pensamento. A ideia de nascimento é
apenas um pensamento. Um Buda é apenas um pensamento. Todos os pensamentos são
vazios de ser algo mais que apenas pensamentos vazios, que não pertencem a ninguém
e que não aparecem a ninguém. Os pensamentos são a única causa de todo sofrimento;
tanto quanto ser tudo um eu ou identidade possa ser. Se um eu é apenas um
pensamento, não há ninguém para realizar [perceber] ou reconhecer qualquer coisa de
forma gradual ou súbita. Agora isso é um pensamento!
Quinta-feira, 28 de setembro de 2017 às 06:51 UTC-03
O que é "materialismo espiritual"? Aquele que está buscando a iluminação, a liberdade,
o amor e o êxtase, é uma mente capturada em sua própria presunção egoica. A tarefa
mais inverossímil é o processamento mental que produz um pensamento-construto que
surge dependente da mente que aparenta ser um eu, um indivíduo, uma pessoa ou uma
alma; é de se supor que, quando a mente deixa de gerar esse autoconstruto, que exista
algum tipo de eu que permaneça para conhecer sua própria ausência, estabilizar sua
própria ausência e apreciar sua própria ausência. Da mesma forma, quando a mente
deixa de gerar o imaginário eu individual ou pessoa, já não vê alguém para libertar. Isso
significa algum esforço para libertar "a si mesmo" ou para libertar "os outros", é
precisamente tudo o que o termo "materialismo espiritual" trata.
Quinta-feira, 28 de setembro de 2017 às 06:28 UTC-03
Acantonada Imagine que sua consciência pura é primordialmente apoiada num canto.
Não há nada mais além deste canto. Esse canto é o lugar imutável donde sua consciência
está sempre olhando para suas próprias projeções.
Segunda, 25 de setembro de 2017 às 20:11 UTC-03
P: é correto dizer que "marigpa" também está sendo manifestada por rigpa? caso
contrário, parece ser um dualismo. R: Marigpa não é uma entidade que se distingue de
rigpa como uma entidade. Marigpa é uma consciência, shes pa, que não sabe seu status
real. Isso seria quem você parece ser num sonho durante a noite. No sonho, acha que
você e as paisagens são reais. Isso é marigpa. Durante o dia você acredita que é um
corpo e personalidade, isso também é marigpa. É uma ausência de rigpa, não uma
"coisa" rivalizante. Faz sentido? ... ... é uma ausência de introvisão, ou um conceito falso
sendo gerado como uma exibição de rigpa. � ... Rigpa é fácil de confundir porque é
usada como uma sabedoria e um base imutável (Zhi), como um espelho. Sabedoria e
ignorância são mutuamente excludentes. Como um quarto escuro não pode ser um
quarto iluminado ao mesmo tempo. Agora, rigpa Dharmakaya é o espelho vazio no qual
apenas os potenciais vazios são exibidos como reflexos. Embora "como" isso, a
sabedoria yeshe de rigpa é presente. Isso é o nosso Grande Eu (Dag Nyid Chenpo). ...
Uma consciência secundária (shespa) surge como uma das cinco luzes tal como uma
consciência neutra que se conhece como Dharmakaya ou não; conhecer-se é rigpa, não
se conhecer é marigpa. ... ... um sonho ou pesadelo surge no espelho vazio de rigpa
Dharmakaya. Mas ambos são igualmente aparências fictícias. ... Consciência desperta
unicamente está presente quando não se está sonhando. Sonhar é ignorância, onde há
apenas identificação como uma entidade sonhada. A sabedoria é a ausência de sonhar.
Segunda, 25 de setembro de 2017 às 18:43 UTC-03
Rigpa Dharmakaya Quando a perspectiva de rigpa é atualizada, que você é o espaço
vazio de consciência, em que todas as experiências aparecem como reflexos aparecendo
dentro de uma cristalina transparência de vaziez vívida. Não há compromisso num papel
tal como uma pessoa no sonho. Sua Consciência Vazia é incorpórea, o vasto hospedeiro
no qual o universo se encaixa perfeitamente.
Segunda, 25 de setembro de 2017 às 17:15 UTC-03
Diferenciar entre rigpa e a mente cármica enquanto seus pensamentos e "significados"
é a chave. Rigpa é o espelho e suas sabedorias são clareza cristalina não-dependente
como yeshe (sabedoria). A mente cármica são os reflexos que aparecem como
pensamentos produzidos de forma dependente, com significados convencionais.
Arranjar os pensamentos, a mente e o corpo de alguma maneira, nunca produzirá o
yeshe (sabedoria) de rigpa que conhece sua própria natureza. Isso é como tentar
arrumar as nuvens num esforço para criar o primordialmente presente e vazio espaço do
céu.
Domingo, 24 de setembro de 2017 às 10:06 UTC-03
O Princípio Essencial de Dzogchen Existe uma razão muito forte para que não exista
práticas em Dzogchen. Uma prática é usada onde está se tentando transformar uma
condição existente em uma que seja melhor. Em Dzogchen, existe uma única fonte de
todos os fenômenos, mentais e sensoriais, como o perfeito Buda Samantabhadra. Tudo
o que surge de Samantabhadra é, portanto, perfeito tal como é. Portanto, qualquer
noção de prática é uma desaprovação à Natureza Buda perfeita que já está emanando
todo pensamento, emoção, sensação e percepção como um holograma vazio de
perfeição. Isso significa que aquele que está se esforçando para realizar, como se
tivesse escondido um estado perfeito, não percebeu que todos os estados são
plenamente perfeitos tal como são. São apenas pensamentos vazios que insistem no
contrário. O eu confuso que parece ser, é o próprio Samantabhadra que aparece como
esse confuso alguém. Este ensinamento é como um sinal de rua ao longo de uma
rodovia perfeita, que diz, ao ver a natureza vazia do eu e das aparências, e que seu autor
é o verdadeiro eu, você vê a perfeição que sempre foi tudo. Qualquer coisa que se
defronte é exatamente a coisa perfeita. Seja o que for que faça é Samantabhadra
fazendo-o. Seja o que for que pense, também é Samantabhadra "pensando" esses
pensamentos. Tudo quanto sinta é como Samantabhadra sente. Seja o que for que ouça
ou veja é Samantabhadra. Assim, num lugar como este, o relaxamento é profundo; a
alegria continuamente surge, dessa forma Samantabhadra, o "Completamente Bom",
desempenha ambos os papéis em um interminável jogo de "esconde-e-busca".
Domingo, 24 de setembro de 2017 às 08:15 UTC-03
"Ver a mente da perspectiva da Grande Perfeição é reconhecer que nunca foi outra
coisa senão uma exibição de consciência primordial. Quando a mente é despojada de
todas as elaborações conceituais, incluindo as construções de sujeito e objeto e mesmo
existência e não-existência, a sua natureza essencial é revelada como consciência
prístina (Sânscrito: vidyā, Tibetano: rig pa). Esta é a dimensão primordial da consciência,
que não é contaminada por aflições mentais nem melhorada através da prática
espiritual. Permanecendo no "quarto tempo" além do passado, presente e futuro,
transcende todas as categorias conceituais de surgimento e passagem, permanência e
impermanência, e existência e não-existência. Sua natureza é primordialmente pura,
vazia, luminosa e tudo-penetrante, sem diferenciação interna, é impregnada com a
perfeição de todas as virtudes." Tradutor Dzogchen, B. Alan Wallace
Domingo, 24 de setembro de 2017 às 07:55 UTC-03
"A essência não-fabricada de dharmata diz-se ser desnuda, o que significa ser despojada
dos revestimentos conceituais. Diz-se ser sem modificação artificial ou não-fabricada, o
que significa ser deixada livre de manipulação e alteração, livre de toda avidez e fixação.
Por esta razão, é conhecida como consciência desnuda, e é exatamente isso que é
deteriorado através da análise e da meditação especulativa." -Nyoshul Khen Rinpoche,
O Destemido Rugido do Leão.
Domingo, 24 de setembro de 2017 às 07:33 UTC-03
Quando a mente está envolvida em conceitos e pensamentos, a ligação com o banco
cármico enquanto alayavijnana, (kunzhi nampar shespa), está ativa. É como puxar as
nuvens escuras do prana cármico para baixo sobre a clareza cristalina da consciência
Rigpa.
Sábado, 23 de setembro de 2017 às 15:59 UTC-03
Coração e mente são distintos apenas enquanto dualidade fictícia. �
Sábado, 23 de setembro de 2017 às 15:54 UTC-03
Não há estudantes individuais e nem professores que ensinam. São ambos apenas
construções conceituais.
Sábado, 23 de setembro de 2017 às 15:51 UTC-03
Na verdade, a visão relativa é inferior porque é baseada em conceitos de ficção, onde o
Absoluto não é conceitual, de nenhuma forma.
Sábado, 23 de setembro de 2017 às 15:40 UTC-03
Bem, há um entendimento relativo e o amor relativo e compaixão da avó. Contudo, a
compreensão e o amor absolutos são idênticos. O amor é a ação expressada a partir da
compreensão.
Sábado, 23 de setembro de 2017 às 15:38 UTC-03
Mas ninguém existia como uma entidade para "entrar no nirvana". �
Sábado, 23 de setembro de 2017 às 15:37 UTC-03
Muitos erroneamente concebem que Rigpa é uma mente que funciona "dentro" da
experiência como se existisse alguma dimensão que não seja ela própria uma projeção
de Rigpa.
Sábado, 23 de setembro de 2017 às 15:33 UTC-03
Sobre as categorias instantânea e lenta: É uma categoria imaginária de entidades não-
existentes como "realizadores instantâneos" e lentos. Nem um nem outro existe!
Ninguém, nenhuma entidade existe que possa chegar à Rigpa. Você sempre é Rigpa
vazio, hospedando seu mundo holográfico.
Sábado, 23 de setembro de 2017 às 15:33 UTC-03
Sobre as categorias instantânea e lenta: É uma categoria imaginária de entidades não-
existentes como "realizadores instantâneos" e lentos. Nem um nem outro existe!
Ninguém, nenhuma entidade existe que possa chegar à Rigpa. Você sempre é Rigpa
vazio, hospedando seu mundo holográfico.
Sábado, 23 de setembro de 2017 às 15:17 UTC-03
A seguir uma citação do mais importante tantra raiz Dzogchen, o Kunje Gyalpo,
traduzido por Keith Dowman. Ó! A Essência da Fala Vajra, escute! Eu, Samantabhadra,
ensino que em virtude do primeiro princípio - que a gnose intrínseca (rigpa) é não-
nascida e não-morta - não há a mínima diferença entre uma pessoa que mata milhões de
seres sencientes e quem pratica as dez perfeições da prática religiosa (paramitas). Ó
Fala Vajra! Eu, Samantabhadra, ensino que em virtude do segundo princípio - que a
natureza da realidade é não estruturada - não há a mínima diferença entre uma pessoa
que sempre medita sobre o vazio e alguém que nunca mesmo momentaneamente
cogitou a idéia de vazio. Ó Fala Vajra! Eu, Samantabhadra, ensino que em virtude do
terceiro princípio - que rigpa é não-condicionada - quanto à realização das acumulações
de virtude e consciência, não há a mínima diferença entre uma pessoa religiosa que
realizou incontáveis virtudes condicionais e um assassino psicopático. Ó Fala Vajra! Eu,
Samantabhadra, ensino que em virtude do quarto princípio - que a natureza da
consciência rigpa é imóvel - quanto à visão da natureza real das coisas, não há a mínima
diferença entre uma pessoa cujo corpo e linguagem exibem todos os sinais de
entendimento e quem nunca se importou momentaneamente em ouvir ou estudar o
ensinamento ou pensar sobre isso. Ó Fala Vajra! Eu, Samantabhadra, ensino que em
virtude do quinto princípio - que a natureza do ser é não-nascida e não-morta - quanto
ao acesso à realização não há a mínima diferença entre uma pessoa que experimenta o
tormento do inferno e uma que experimenta a bem-aventurança do Buda. Ó Fala Vajra!
Eu, Samantabhadra, ensino que em virtude do sexto princípio - a imutabilidade de rigpa
- quanto à intuição da condição natural não há a mínima diferença entre uma pessoa que
tenha restringido as funções mentais discriminatórias e uma que tenha um vigoroso e
apegado eu[ego]. Ó Fala Vajra! Eu, Samantabhadra, ensino que em virtude do sétimo
princípio - a intrinsecabilidade do ser puro - quanto ao potencial de fruição não há a
mínima diferença entre uma pessoa que realiza todos os tipos de oferendas externas,
proferindo louvores e orações, e quem vive livre de toda atividade religiosa. Ó Fala
Vajra! Uma pessoa que vive por estes sete grandes princípios autossurgidos ganha
confiança, portanto, na realização sem esforço, convicção na compreensão da aparência
como inseparável do Trikaya e a intuição de que ele ou ela é buda. Via Jackson Peterson
Sábado, 23 de setembro de 2017 às 14:22 UTC-03
Anyen* está contribuindo para a destruição de Dzogchen como um ensino não-gradual.
A natureza não-gradual de Dzogchen é seu núcleo não-dual. Nossa consciência tal como
é, é sempre rigpa. O único método de Dzogchen é esta sempre presente rigpa que é
apontada. Então [de súbito um] CLARÃO!!!! ESTRONDO!!! *União de Dzogchen e
Bodhichitta Um guia para a realização da sabedoria Por Anyen Rinpoche
Sábado, 23 de setembro de 2017 às 14:10 UTC-03
Em primeiro lugar, em Dzogchen, tudo é uma projeção de rigpa sobre o primeiro plano,
enquanto é o segundo plano; contudo inseparável da projeção. Rigpa não vê seres para
ajudar ou salvar, porque eles são apenas suas próprias projeções. Isto é como um
espelho manifestando "TUDO BEM" a respeito de todas as reflexões.
Sábado, 23 de setembro de 2017 às 13:49 UTC-03
P: Acho que Dzogchen é uma consciência não-conceitual, mas estou curioso sobre onde
a compaixão se encaixa nele? ... Eu não quero ser desrespeitoso, mas muito do que li
surge como muita falta de empatia ..... soa como um ensinamento perfeito para robôs
ou sociopatas [apenas brincando um pouco] mas estou curioso sobre o lugar da
Bodhicitta em Dzogchen. Bodhicitta tem um lugar em Dzogchen? R: Oi! A função de
Rigpa É a compaixão. Essa compaixão desperta a mente confusa, não está funcionando
dentro do sonho como uma avó amorosa e gentil. Rigpa não vê seres para libertar e
nenhum ser para amar. Ela vê tudo como a si própria sem partes. Sem partes, quem
existe separado dela para amar? Anyen* está falando como um idiota. *União de
Dzogchen e Bodhichitta Um guia para a realização da sabedoria Por Anyen Rinpoche
Sábado, 23 de setembro de 2017 às 13:06 UTC-03
Nada tem maior capacidade para criar uma história sobre um "eu" sofredor do que
pensamentos. J.P.
Sábado, 23 de setembro de 2017 às 12:59 UTC-03
Quando o nó ou contração no chacra do coração subitamente libera-se, aquele que
estava ávido por liberdade, a liberação e a iluminação, simplesmente desaparece,
juntamente com aquele que estava sofrendo. Nunca foi um eu real, mas era um
resultado mecânico do prana contraído no coração. Não existe um eu pessoal localizado
que não seja essa ilusão criada pela contração dos corações.
Sábado, 23 de setembro de 2017 às 12:47 UTC-03
Muitos pensam e acreditam que existe um universo objetivo real "lá fora". Mas o que
está se manifestando são cores, sons, sabores, cheiros, sensações e cognições. Essas são
apenas as texturas da consciência. Observe qualquer um dos itens acima e observe se
algum pode ser encontrado como diferente da própria consciência [que os percebe].
Onde você pode encontrar a linha divisória entre a consciência e esses seis itens? Existe
unicamente Consciência aparecendo como cores, sons, sabores, cheiros, sensações e
cognições. Não há coisas ou objetos inanimados.
Segunda, 18 de setembro de 2017 às 06:59 UTC-03
Física quântica: forma e vaziez Nossas mentes funcionam em um código estritamente
binário de é e não é: A e B. Onde um A nunca é um B sem renunciar a suas características
únicas de "A". Os estados quânticos permitem "AB" como um único bit quântico. É como
se um interruptor de luz estivesse totalmente ligado enquanto estava completamente
desligado, ao mesmo tempo. Nossa mente dualista e humana não pode compreender
completamente isso, não é projetada para tal. Por centenas de anos, pensamos em
termos de um universo real em que diferentes coisas ou estados, eram coisas diferentes
e estados diferentes, apenas como sendo uma coisa de cada vez. Newton pintou uma
imagem do espaço e tempo estático habitada por objetos reais e várias forças fixas.
Einstein nos iluminou para o fato de que o tempo e o espaço são puramente relativos e
subjetivos de acordo com quem os observa de um certo ponto. Os objetos tornaram-se
extensões do espaço/tempo. O espaço se curva em proporção a uma massa localizada.
Objetos sólidos foram vistos como sendo apenas energia. Isso certamente é complicado
para as capacidades de nossa mente. Em seguida, entraram no "princípio da incerteza"
da física quântica, onde a realidade objetiva era considerada impossível sem um
observador participante e consciente. A realidade foi determinada pela forma como um
experimento era configurado, em vez de ter um experimento sobre uma coisa objetiva,
pré-existente. Um fóton, elétron, átomos e moléculas pequenas estavam determinados
a não ter existência objetiva antes de serem forçados a algum status específico, entre
vários possíveis, por um experimento para medir ou observá-los. Isso significa que a
subestrutura, os fundamentos do nosso universo não tem status fixo, objetivo e
ontológico até que medidos e observados! Oy veh! Um fóton pode aparecer como uma
partícula com uma localização ou como uma onda infinita sem identidade local ou
similar a partículas. Verifica-se de uma maneira somente de acordo com a forma como
um experimento foi configurado para que ele apareça nesse modo ou outro. Também
encontramos na física quântica que duas partículas separadas refletiam mudanças em
uma como na outra "instantaneamente", mesmo quando bilhões de anos-luz afastadas.
A mecânica quântica desafiou o senso comum e o raciocínio humano de muitas maneiras
críticas e importantes, no entanto produziu resultados que excederam em muito a
precisão por qualquer outro modo de cálculo. A física quântica sugere que precisamos
de outra maneira mais "quântica" de observar e conhecer a realidade. Na verdade, a
iluminação é uma mudança quântica na consciência, onde as formas são claramente
vistas como vaziez e a vaziez é vista como as formas; e onde os seres sencientes
deludidos são experienciados como Budas aparecendo como seres sencientes deludidos
ao mesmo tempo, sem a sensação de um ser seciente deludido "se esgueirando"
progressivamente ou gradualmente em sua Budeidade. Mas este reconhecimento
imediato dos dois como um, é a visão quântica única conhecida na "iluminação". O fóton
de luz individual é "luz infinita" ao mesmo tempo. Depende de como você "olha" para
ela. Você está vendo e conhecendo a sua luz da plataforma de visualização de partículas
como a "mente pensante", que só concebe um mundo similar de partículas individuais,
ou vê e conhece sua luz em seu estado de onda? Ou você está conhecendo os dois ao
mesmo tempo, como a transparência cristalina inerente de um estado de aparência
quântica holográfica, que conhece a si mesmo como tudo que aparece, enquanto nunca
se afasta de ser a consciência vazia que é sempre absolutamente nada? É apenas essa
"consciência quântica" que conhece todas as respostas aos enigmas mentais do Zen
chamados koans. Ao perguntar aos alunos para refletir sobre esses enigmas, a
consciência quântica é forçada a jogar. É apenas essa mesma "consciência quântica" não-
dual que conhece a si mesma como a experiência quântica de rigpa no Dzogchen.
Segunda, 18 de setembro de 2017 às 06:56 UTC-03
Refugio Imediato Quando a natureza atenta da consciência dobra-se sobre si mesma,
em vez de se engajar em imagens e percepções de pensamentos, descobre uma alegria
natural, um vaziez aberta, uma sabedoria e uma presença indestrutível de consciência.
Não há um refúgio mais elevado ou um caminho mais rápido. Desta forma, a mente
descobre que sua própria natureza sempre foi um Buda.
Domingo, 17 de setembro de 2017 às 15:21 UTC-03
CONSCIÊNCIA NUA Neste ensinamento sobre as instruções da mente do mestre
Dzogchen Khenpo Gangshar, Khenchen Thrangu Rinpoche explica como o véu dos
pensamentos e emoções é removido quando descansamos na natureza da mente como
é, sem tentar alterá-la de forma alguma. Um kusulu é alguém que leva uma vida muito
simples, sem complicações e faz coisas facilmente e sem muito esforço. Da mesma
forma, na meditação em repouso de um kusulu, não fazemos muito esforço para fazer a
meditação. Não se trata de examinar alguma coisa completamente, nem de se estudar;
nós apenas descansamos simplesmente em equilíbrio tal como é. Isso é extremamente
importante. A razão é que a realização da natureza da mente não é algo que possamos
encontrar procurando por ela à distancia. Está presente na essência da própria mente.
Se não alterar ou mudar isso de forma alguma, isso é suficiente. Não é como se
estivéssemos carentes de alguma coisa antes, então fosse necessário fazer algo novo
através de nossa meditação. Não é como se estivéssemos ruins e tivéssemos que passar
por todos os tipos de esforços para nos tornar bons. A bondade é algo que todos nós
temos. Ela sempre esteve presente dentro de nós, mas simplesmente não a procuramos
nem a vimos ainda, então ficamos confusos. Portanto, tudo o que precisamos fazer é
apenas descansar dentro dela sem mudá-la. Nós vemos onde ela fica e descansamos lá,
então somos como um kusulu. Isso significa que descansamos livre e fácil com nada para
fazer, muito simplesmente. Não precisamos pensar que estamos fazendo algo bom ou
que precisamos meditar corretamente. Basta saber o que já temos. Bem, então, o que
precisamos fazer? Nós apenas precisamos reconhecer a maneira como a nossa mente é
como é, e então descansar em equilíbrio dentro disso, como é. Nas instruções sobre
Mahamudra, isso é o que chamamos de mente comum. Isso é apenas saber como a
nossa mente é e como é a sua essência, e depois descansar em equilíbrio dentro disso.
Às vezes, chamamos isso de estado natural, o que significa que não o alteramos de
forma alguma. Ambos os termos significam que não analisamos nem examinamos
demais, nem alteramos as coisas minimamente. Simplesmente descansamos na
natureza da mente como é. É o que chamamos descansar em meditação. Descansar aqui
significa que deixamos isto sozinho. Não precisamos fazer muito ou alterar de forma
alguma. Basta descansar em equilíbrio dentro de sua essência, seja como for. Indo
Direto à Meditação Há duas partes para as instruções sobre a meditação em repouso do
kusulu. A primeira parte é a instrução sobre a resolução. A palavra Tibetana traduzida
aqui como resolução significa literalmente escalar em linha reta uma passagem sem
fazer ziguezagues de um lado para o outro – significa ir diretamente ao ponto. Aqui
significa ir direto para a meditação samadhi. A segunda parte das instruções é distinguir
a mente da consciência. Às vezes, estamos distraídos, e às vezes não estamos. Quando
estamos distraídos, isto é mente, e quando não estamos distraídos, isso é consciência.
Quando não estamos distraídos, é muito fácil conhecer a natureza da mente. Mas
quando estamos distraídos, temos muitos pensamentos diferentes que nos impedem de
conhecer a essência da mente. Este é o aspecto da confusão. "Distinguir" significa
perceber esses dois estados separadamente. Para a prática principal da meditação em
repouso de um kusulu, deixe sua mente e seu corpo ficarem confortáveis, suaves e
relaxados. Não pense em nada e descanse naturalmente. O ponto importante aqui é
que não pensamos em nada. Não pense sobre o passado nem sobre o futuro. Não pense
em nada absolutamente. Você não deve fazer isso restringindo ou segurando, mas em
vez disso, sendo solto, relaxado e confortável. Apenas permita-se descansar
naturalmente dentro disto, sem pensar. Na meditação analítica do pandita, há um
exame de onde a mente está, como é, qual sua cor, e assim por diante. Mas aqui não há
tal exame: deixe sua mente descansar livre e naturalmente. Basta olhar para qualquer
sentimento que surja. Descansando o Corpo e a Mente As instruções de Khenpo
Gangshar sobre a meditação do insight começam com quatro pontos sobre a postura:
Mantenha seu corpo ereto, abstenha de falar, abra a boca levemente e deixe a
respiração fluir naturalmente. A primeira instrução é manter seu corpo ereto, de modo
que a mente fique clara. A segunda instrução é abster-se da falar. Se conversarmos
enquanto meditamos, teremos muitos pensamentos. Será difícil para nossas mentes
descansar e ficar clara, então nos abstemos de falar. A terceira instrução é abrir a boca
levemente. Não feche a boca, mas não permita que fique muito aberta. Isso significa
deixar seu corpo relaxar. Como a grande Machig Labdrön disse: "Deixe os quatro
membros relaxarem". Isso é importante para sua meditação. A quarta instrução é
permitir que a respiração flua normalmente. Se a respiração estiver se movendo
rapidamente, deixe-a se mover rapidamente. Se estiver se movendo lentamente, deixe-a
mover-se lentamente. Não tente fazer suas respirações longas em respirações curtas;
não tente fazer respirações curtas em respirações longas. Não prenda a respiração ou
faça qualquer outra coisa do tipo. No entanto, a deixamos como ela é, o que significa
não alterá-la de forma alguma. Estes quatro pontos nos dizem como deixar o corpo
descansar. Isso é ensinado para que possamos reconhecer claramente a natureza da
mente. Além disso, Khenpo Gangshar também ensina métodos para descansar a mente:
Não persiga o passado e não convide o futuro. Basta descansar naturalmente na mente
comum desnuda do presente imediato sem tentar corrigi-la ou "re-colocá-la". A
instrução aqui é que as aparências externas, sejam elas quais forem, realmente não
podem nos fazer mal. Tudo se resume à mente. A mente é alguma massa endurecida e
sólida para a qual não podemos fazer nada? Não é. A mente é naturalmente vazia de
essência, mas também é clara. Esta é a união de claridade e vaziez, e a união da
sabedoria e da extensão ensinada no caminho dos sutras. Isso está presente na natureza
da própria mente. Mas nós realmente não pensamos sobre o que isso significa.
Dirigimos nossa atenção para fora, seguimos pensamentos sobre todos os tipos de
coisas e nos distraímos. Mas tudo o que realmente precisamos fazer é saber o que está
presente na mente. A fim de saber disso, Khenpo Gangshar diz: "Não persiga o
passado". Muitas vezes lembramos coisas que aconteceram no passado e pensamos
sobre elas. Nós pensamos: "No ano passado eu fui a tal lugar. Eu tive tal e tal conversa.
Quando fiz isto, tudo correu muito bem. Quando fiz aquilo, tudo ocorreu mal. "Estes e
muitos outros pensamentos surgem, mas não devemos persegui-los quando estivermos
meditando. Devemos ficar soltos e relaxados e não seguir o passado. Khenpo Gangshar
também diz: "Não convide o futuro". Muitas vezes pensamos em nós mesmos: "No ano
que vem, devo fazer isso. O que devo fazer no próximo mês? Eu tenho que fazer isso
amanhã. O que devo fazer esta noite? "Estes são todos pensamentos sobre o futuro.
Normalmente, precisamos pensar sobre eles, mas não quando estivermos meditando,
então não devemos acolher o futuro. Devemos colocar todos os pensamentos do
passado ou do futuro de lado. Em particular, durante esta meditação, "Não perseguir o
passado" significa que nem sequer se pensa sobre coisas que aconteceram há pouco.
Não tente lembrar, "Sobre o que eu estava pensando? Eu estava apenas descansando?
Eu estava apenas estável? Era aquela clareza? Sobre o que eu estava meditando? "Não
devemos tentar pensar ou lembrar o que estávamos fazendo na nossa meditação dessa
maneira. Do mesmo modo, normalmente entendemos "Não convide o futuro"
significando que não devemos pensar em planos futuros em geral, mas nesse contexto
significa nem sequer pensar sobre o que faremos no próximo momento. Não
precisamos pensar em nós mesmos: “Agora tenho que ficar atento. Preciso ficar
consciente agora. Agora vou começar a meditar com mais clareza.” Nós não precisamos
pensar em nada. Portanto, não pensamos nem no passado nem no futuro. Nós
simplesmente olhamos a mente como é agora e descansamos naturalmente na mente
nua e comum. Quando dizemos "mente comum", isso significa descansar no presente
imediato sem tentar alterar a mente de forma alguma. A mente comum não é algo ruim
que precisamos tornar em algo bom. Nem é algo que não está vazio e que precisamos
tornar vazio. Isso não é assim. Não precisamos tomar algo que não esteja claro e torná-
lo claro. Não devemos tentar mudar nada de forma alguma. Se você a alterar, não é
comum. Se você seguir muitos pensamentos, não é o que queremos dizer com a mente
comum. Basta descansar na natureza da mente como é, sem quaisquer pensamentos
que sejam virtuosos, não-vituosos ou neutros. A maneira como é agora é a mente
comum. Há duas maneiras diferentes em que podemos entender o termo "mente
comum". Uma maneira é não assumir o controle sobre nada e acabar seguindo nossas
aflições. Quando um pensamento de raiva surge, nós o seguimos; quando a cobiça
surge, perdemos o controle sobre nós mesmos. Da mesma forma, perdemos o controle
sobre nós mesmos para o nosso orgulho e ciúmes. Embora possamos pensar nisso como
nosso estado de mente comum, não é isso que estamos nos referindo aqui. Aqui não
significa perder o controle de nós mesmos para nossas emoções negativas. Em vez
disso, significa que não precisamos fazer nada sequer à essência da mente em si. Não
precisamos alterar essa essência de forma alguma. Não precisamos nos preocupar com
o que pensamos, o que é prazeroso ou o que é doloroso. Podemos deixar essa mente
como é. Se tentarmos alterar a mente de qualquer maneira, surgirão pensamentos. Mas
se não fizermos nada disso e a deixarmos descansar facilmente, então é sem alteração.
Os mestres da Kagyu do passado chamavam isso de mente comum, ou do estado
natural. Eles chamaram isso de sua experiência. Esta mente comum em si é a expansão
do dharma e a essência dos budas: é a nossa natureza búdica. Isto é exatamente o que o
termo significa; isto é o que precisamos experimentar e reconhecer. Khenpo Gangshar
chama essa mente comum de"nua". Se apenas tivermos uma mera compreensão, há uma
pequena lacuna entre nossa mente e nossa compreensão. Quando tentamos investigar
ou analisar, é como se a mente estivesse coberta por uma espécie de membrana. Mas
aqui não há nada disso. Dizer "nua" significa que não há cobertura ou qualquer coisa no
caminho. Nós simplesmente descansamos diretamente nela, sem tentar corrigi-la ou
"re-colocá-la". Nós não pensamos: "Isso está certo? Eu preciso fazer isso direito. "Não
nos preocupamos," Minha meditação é ruim; Eu tenho que fazer isso certo. "Sem
quaisquer esperanças ou preocupações, não tentamos corrigi-la ou endireitá-la de
forma alguma. Quando Khenpo Gangshar diz "re-colocar", isso significa que não
tentamos resolver a mente duma maneira e depois doutra. Apenas deixamos que seja
como é naturalmente, descansando facilmente nessa mente comum desnuda.
Reconhecendo a Experiência do Descanso Qual a sensação de descansa assim? Khenpo
Gangshar diz: Se você descansar assim, sua mente-essência é clara e expansiva, vívida e
nua, sem qualquer preocupação sobre pensamento, lembrança, alegria ou dor. Isso é
consciência desperta (rigpa). Neste ponto, não há preocupação sobre o que você está
pensando, o que você lembra, o que é bom ou o que é doloroso. Você não pensará: "Ah,
isso é o que é". Você não pensará: "Isto é vazio" ou "Isso não é vazio". Você não pensará:
"Oh, isso é bom" ou "Oh, Isso não é tão bom ", ou" Isso é ruim ". Não haverá qualquer
pensamento de prazer ou desprazer de qualquer maneira. Esta é apenas a essência
natural da mente. Não é algo que nos faz feliz jubilosamente, nem é algo que nos
perturba ou nos torna infelizes. Mas você verá a essência da mente e será clara,
expansiva, vívida e nua. Quando dizemos "clara", isto é como o aspecto claro da mente.
Quando falamos sobre isso sendo claro ou luminoso, às vezes entendemos isso como
significando um tipo de luz – uma luz esplendorosamente brilhante. Mas não é isso que
significa. Isto significa que pode conhecer e entender. Não se limita. Não nos convertem
em algum tipo de pedra. Isso não é o que acontece: há o aspecto claro e conhecedor da
mente. Também é expansivo, o que significa que a clareza é vasta: podemos ver e
conhecer muitas coisas. Então, o texto diz "vívida e nua". "Vívida" significa que é como
se estivéssemos realmente vendo – está bem ali e estamos realmente vendo isto. Não
há dúvidas de se é ou não isto – está bem ali. É nua: não estamos pensando nisso com
lógica ou vendo isso de longe; está aqui mesmo. Não há nenhum véu ou qualquer coisa
que a cubra minimamente. É assim que descansamos; esta é a natureza da mente. Não
tentamos mudar nada; descansamos diretamente em equilíbrio – o kusulu medita de
forma descomplicada. A razão para descansar livrimente assim é que nossa meditação
não é algo que seja mentalmente construído e recém-fabricado. Em vez disso, é apenas
a maneira como a mente é, inalterada. Normalmente, somos iludidos por muitas
aparências confusas, mas a meditação do kusulu deve ser entendida como conhecendo a
natureza da mente como ela é, clara e sem erros. Isso não é apenas algo que Khenpo
Gangshar diz. Também é dito em O Supremo Continuum e O Ornamento da Clara
Realização de Maitreya, bem como em Os Dois Livros, o tantra do glorioso de Hevajra.
Todas estas obras dizem: Nisto não há nada a ser removido Nem nada para adicionar.
Vendo com devida exatidão e Vendo corretamente – liberação! Não há nada a ser
removido. Não precisamos parar ou nos livrar de nada, pensando: "Isto é vaziez. Isso não
pode ser estabelecido como uma coisa." A natureza da mente é ótima tal como é. Nem
há nada a acrescentar à essência da mente, pensando: "Isso está faltando. Isso é
claridade. Isso é algo que eu preciso ganhar." Se apenas olharmos a essência da mente
corretamente e descansarmos em equilíbrio dentro dessa natureza da mente, tal como
é, não seguindo nossos pensamentos, veremos que é ideal. Não precisamos pensar: "É
vaziez" – a sua essência é naturalmente vazia. Não precisamos pensar: "É clara" – a sua
essência é naturalmente clara. Descansar com essa mente, como é, é "ver com devida
exatidão". Quando vemos essa essência como ela é, naquele momento, seremos
liberados de nossas falhas e do samsara. É por isso que apenas descansamos na
natureza da mente como é. A natureza do dharma é imutável. Quando os grandes
meditadores do passado meditaram nela, viram que não precisamos alterá-la de forma
alguma. Nós precisamos apenas conhecer completamente a natureza do dharma como
é. Quando vemos isso, esta é a mente que chamamos de clara e expansiva, vivida e
desperta. Quando Marpa o Tradutor conheceu seu guru Naropa e desenvolveu
experiência dentro de si mesmo, ele disse: Por exemplo, quando um mudo come cana-
de-açúcar, É uma experiência inexprimível. Quando uma pessoa muda comem cana-de-
açúcar, ele coloca a cana na boca, a saboreia, e sabe qual é o gosto, mas se você
perguntar o que é, ele não pode lhe dizer. Da mesma forma, Marpa teve uma
experiência de realização, mas quando sentiu isso, não podia expressá-la de forma
alguma – era uma experiência inexprimível. Era algo? Não era. Não foi nada? Não foi. Era
indescritível. Isto é o que significa quando Khenpo Gangshar diz que não há
preocupação sobre o que você pode estar pensando, o que você pode lembrar, o que é
prazeroso ou o que é doloroso. Sem qualquer pensamento de bem ou mal ou qualquer
coisa parecida, a essência da mente é clara e expansiva, vivita e nua. Você pode se
perguntar se esta é uma natureza que temos de alguma forma criar, mas não é. É a
natureza da mente que esteve presente dentro de nós desde o início. Mas até este
ponto, nós simplesmente não buscamos isso. Não a vimos porque não a procuramos. Se
soubermos como buscá-la, podemos saber como é. Tudo o que precisamos fazer é
buscá-la e vê-la. Essa é a essência da mente. A Qualidade de Conhecer da Mente Há uma
distinção entre tranquilidade e meditação de insight. Na tranquilidade, há muita
estabilidade, mas não muito discernimento, enquanto que na meditação de insight
temos cognição completa. Em geral, existem três tipos de inteligência: a inteligência
nascida do ouvir, aquela nascida da contemplação e aquela nascida da meditação. O
discernimento nascido do ouvir e contemplar é direcionado para fora. Depende da
dedução, por isso é uma compreensão conceitual. Isso significa a clareza da mente que
sabe, "Isso é certo. Isso é o que é." Mas esta é a inteligência presente durante a
meditação de insight? Não é. A inteligência presente na meditação é a inteligência
nascida da meditação. A diferença entre isto e o conhecimento completo nascido de
ouvir e contemplar é que o último é o conhecimento conceitual que chega ao ponto
através da dedução. Na inteligência nascida da meditação, não há muitos pensamentos
desse tipo; na verdade, está se vendo e experienciando. É uma experiência direta da
essência da mente. Quando experimentamos a nossa essência, experimentamos isto
como uma espécie de coisa? Essa não é a experiência que temos. Experimentamos isso
como vaziez? Não experimentamos isso como vaziez. É vazia – algo que você não pode
estabelecer, nada minimamente, mas, ao mesmo tempo, há clareza. Você poderia
chamar isto de aspecto da sabedoria. Não é apenas um nada em branco, é a união de
clareza e vaziez. Há clareza, mas a essência desta clareza é a vaziez. Isto é o que
realmente experimentamos. Se pensássemos nisso, diríamos: "Oh, isso é o que é a
mente." Claro que isso seria apenas um pensamento produzido por nossas mentes;
quando realmente a experimentamos, não temos esse pensamento. Em vez disso,
temos um sentimento. Esta é a inteligência nascida da meditação que vem de ver
diretamente a natureza da mente como ela é. Quando nós vemos diretamente a
natureza da mente como é, não é apenas um nada, um branco ou escuridão. Em vez
disso, experimentamos essa inteligência e descansamos calma e uniformemente nessa
experiência. Olhando Para Dentro Em um de seus manuais de meditação, Jamgön
Kongtrul Rinpoche diz que a razão pela qual não realizamos a natureza da mente não é
porque é muito difícil, mas porque é muito fácil. A natureza da mente é algo que temos,
então pensamos: "Não pode ser isto". Não há nada que precisemos fazer com isto; não
há nada complicado nisto. Não percebemos isso porque está longe? Não, não é – em vez
disso, está muito perto. Está tão perto de nós que já a temos, mas não percebemos isso.
Por esta razão, não precisamos inventar uma essência para descansar; nós estamos em
nossa própria natureza como é. É assim que devemos meditar. Quando eu era jovem,
estudei filosofia, incluindo o caminho meio. Os textos do caminho do meio falam muito
sobre diferentes tipos de vaziez, como a vaziez categorizada, vaziez não categorizada e
assim por diante. Quando perguntei a Khenpo Lodrö Rabsal, "O que é isso? O que a
vaziez significa? ", Ele disse: "Não pense demais sobre o exterior. Pense um pouco sobre
o interior, e isso ajudará." Ah", pensei. "Como você pode fazer isso? Como você pode
pensar sobre o interior?" Não entendi o que ele queria dizer. Achei que provavelmente
não havia nada a pensar no interior. Depois, conheci Khenpo Gangshar. Todos disseram:
"Ele é um lama estranho. Há algo diferente sobre ele. Você tem um sentimento
diferente dele." Perguntei-me o que eles queriam dizer. A primeira vez que o vi, não
havia sentimento diferente. Perguntei-me o que estava acontecendo e o que
aconteceria. Então, ele deu uma espécie de apotamento. Ele perguntou: "Você
reconheceu alguma coisa?", mas nada aconteceu. Mas enquanto passava algum tempo
em sua presença, tive o pensamento: "Ah, é isso. Esta é a vaziez de que Nagarjuna falou,
não é! "Antes eu pensava que a vaziez era algo distante, mas então cheguei a ver que a
vaziez está muito próxima. Isso aconteceu por causa das bênçãos do lama. Naquele
momento percebi ao que Jamgön Kongtrul Rinpoche se referia, quando disse que
estava muito perto. Eu percebi ao que ele se referia dizendo que era muito fácil. A
mente não está longe; está dentro de nós. Se você mexer muito com ela e alterá-la,
então ela se torna fabricada. Isso não funciona. A essência da própria mente, no
entanto, pode ser, é exatamente como ela é. Precisamos meditar olhando isto do jeito
que é. Existem muitos métodos diferentes para apontar a natureza da mente através de
símbolos e assim por diante. Muitas vezes, os alunos ganham algum tipo de sentimento
durante estes, mas não é muito estável. Mas essas instruções sobre a resolução, ou de ir
direto à meditação, são o melhor método para apontar a natureza da mente. Você
simplesmente vai direto à meditação. Você investe muito esforço nisso. Você medita.
Você pensa sobre isso. Você pensa sobre o que as instruções dizem inúmeras vezes. Às
vezes, o sentimento é claro, e às vezes não é claro. Mas quando não está claro, você não
desiste. Coloque esforços nela e medite, e então ficará estável. De todas as maneiras
diferentes de apontar a natureza da sua mente, esta é a melhor. Via Jackson Peterson.
Adaptação para o portugues Marcos Paulo.
Domingo, 17 de setembro de 2017 às 15:20 UTC-03
Visão de Longchenpa, Thogal e Yangti Os ensinamentos de Longchenpa diferiram de
todos os outros sistemas em relação à natureza da realidade. A maior parte dizia que o
universo é "mente", o produto da mente, como sonhos. Mas ele disse que o Dzogchen
ensina que o universo é a energia (tsal) de rigpa e essa mente é ela mesma um produto
dessa energia. A mente (aparentemente) produz sonhos pessoais, devaneios e
pensamentos que são representações mentais dos contatos sensoriais com o que é
"real". O que é "real" no Dzogchen é essa luminosidade fundamental que é o brilho
natural de rigpa que aparece espontaneamente e não é produzido ou fabricado pela
"mente". Essa energia "real" (tsal) é descrita como sendo vazia, com uma clareza
cognitiva (salwa) e aparece em formações energeticas e auto-organizadas. A própria
mente é uma contração desta energia primordial, não uma criadora dela. A mente gera
uma representação mental do que está "lá fora", mas não produz o que está "lá fora",
como o que está fazendo contato sensorial com o corpo através dos cinco sentidos. O
que está "lá fora" são as terras puras de Buda, as mandalas e as deidades
interdependentes como a energia tsal espontânea de rigpa. Mas, na verdade, somos "o
que está lá fora", aquilo que está tentando funcionar com as construções mentais da
mente daquilo que se "pensa" e em seguida são representadas como "lá fora". A mente
parece transformar deidades búdicas luminescentes em eus mortais como sendo corpos
físicos com autocentros egoícos fictícios, sobre os quais, eles giram infinitamente; e
transforma as dimensões da Luz Pura em um mundo aparentemente sólido de coisas
mortas e objetos materiais separados. Essa visão distorcida da realidade é chamada de
"samsara". O Dzogchen inverte (rulog) essa visão distorcida da Realidade. Através do
Dzogchen, a mente reconhece sua própria natureza divina e através do Olho Divino
dessa natureza divina, o universo é visto como uma visão luminosa da Grande Perfeição.
Quando praticamos thogal, vemos imediatamente visões (thigles) da verdadeira
Realidade como as Terras Puras de Buda. A partir desta prática, o véu da egoidade
construída torna-se transparente e Rigpa se torna o único olho através do qual Vemos.
No retiro escuro da prática de Yangti, começamos a ver claramente a Realidade
luminosa diretamente sem nossos olhos físicos. Achamos que as coisas comuns da
realidade são auto-luminosas e visíveis e vistas sem nossos olhos físicos. Nós vemos as
luzes multicoloridas da Realidade brilharem a partir de nossas pontas dos dedos;
porque nossos corpos reais são Corpos de Luz. Isso tudo aconteceu aqui quando
Namkhai Norbu supervisionou meu Retiro Escuro. Então, isso pode acontecer para
qualquer outra pessoa também. Não requer nenhuma crença, mas só aparece em uma
dimensão além do pensamento, da mente e da crença. Longchenpa criticou todos os
professores e tradições que declararam e denegriram a natureza do universo como
sendo meramente uma invenção e projeção da mente samsárica; alayavijnana. Ele
promulgou a visão do Dzogchen em que nosso mundo é realmente uma mandala
divinamente perfeita e auto-luminosa habitado por Budas envolvidos em infinitas
variedades de Canções Vajra e Dança Vajra. Emaho!
Domingo, 17 de setembro de 2017 às 15:19 UTC-03
As Bases de Designação no Dzogchen Nos ensinamentos da vaziez é mencionado como
todas as aparências aparentemente existentes existem convencionalmente em virtude
de serem designadas ou imputadas conceitualmente. Mas o que é "isto" que esses
rótulos e descrições conceituais estão descrevendo uma vez que as características das
aparências existem apenas em virtude de serem designadas conceitualmente? No
Dzogchen, a vaziez "aparece" e essa vaziez é consciência luminosa ou cognição em si,
como as cinco luzes coloridas ou sabedorias, mas não como substâncias materiais. É essa
luminosidade vazia como lhundrub, que a mente conceitualizadora designa, rotula e
sobre a qual imputa as características. Quando uma mesa ou som aparece na
consciência, é a própria consciência que está aparecendo. A "mente conceitualizadora",
que também é um estado luminoso co-surgido de consciência, então funciona para
bifurcar, descrever e rotular, dividindo a mente em um sujeito que descreve um objeto
aparentemente separado. A mente também gera rótulos e descrições sobre si mesma.
Assim, a "base de designação" é em si mesma o brilho de arco-íris da aparência vazia;
enquanto permanece vazia da própria existência inerente. Portanto, todas as aparências
são realmente proto-aparências que só assumem características quando imputadas
conceitualmente; e essas características são apenas as próprias projeções conceituais da
mente. Rigpa conhece suas próprias exibições radiantes como "proto-aparências",
luminosidades do Sambhogakaya, como todas elas são antes de serem conceitualmente
construídas e reificadas pela mente. Nós dizemos que as aparências são inerentemente
vazias, mas ainda aparecem. Embora as proto-aparências (ainda não conceitualizadas) se
manifestem espontaneamente, a sua realidade nunca é mais do que ser
conceitualmente estabelecida na mente, como sonhos acordados ou sonhos à noite. O
Sambhogakaya é a dimensão das proto-aparências. É como um estágio de
desdobramento em que os potenciais infinitos se desdobram na consciência; como
arcos-íris aparecendo espontaneamente no céu claro depois de uma chuva. No
surgimento das Cinco Luzes originais do Sambhogakaya, uma luz está no centro como
uma proto-consciência. A capacidade é ainda potencial. Tanto é possível reconhecer as
luzes e a si mesmo como sendo proto-aparências puras e vazias do Dhamrmakaya, ou
não. Se não, então, essa proto-consciência se torna uma "mente" conceitualizadora
(sem). Se reconheces a sua natureza Dharmakaya vazia como sendo o que é e as luzes
radiantes como realmente são, então essa proto-consciência manifesta-se como um
Buda chamado Samantabhadra, o Adi Buda primordial. Rigpa é essa proto-consciência
Sambhogakaya naquele momento de reconhecimento. Porque é uma proto-consciência,
é fundamentalmente neutra e pode ir para qualquer lado; para reconhecer ou não.
Como é feito o "reconhecimento"? Ela simplesmente cumpre sua própria qualidade
vazia de observar a consciência através de um olhar cognitivo ligeiramente para dentro
do que está observando. Quando a natureza verdadeira não é reconhecida, ela se
transforma em uma mente conceitualizadora (sem) que concebe a si mesma como
sendo uma auto-observação externa e independente de objetos e fenômenos
independentes. Esse "eu" é uma mera construção de uma mente conceitualizadora. É a
proto-consciência primordial (shes pa) que não reconhece a si mesma, isso é o que a
ignorância fundamental é, que impulsiona os 12 nidanas que evoluem a partir disto, mas
apenas "conceitualmente", como sonhar acordado. A dimensão Sambhogakaya dos
protótipos, é como o estado dos potenciais chamados de "superposição" na física
quântica. A sua reificação em entidades independentes como "coisas" é puramente
conceitual. Sua base de aparência não é conceitual, e não se pode dizer que seja real ou
não real, nem ambos, real e não real, nem nenhum; muito parecido com arco-íris. A
mente conceitualizadora não pode compreender o que as "aparências vazias" realmente
são, e, portanto, é interminável e fútil agarrar-se através do pensamento para
estabelecer um eu duradouro e estabelecer seu mundo duradouro
Domingo, 17 de setembro de 2017 às 15:18 UTC-03
O que está "lá fora"? O que é que existe além da nossa pele e o que é "isso" que está
fazendo contato com os cinco sentidos? É a totalidade da Plenitude como "Thigle
Chenpo", a "Única Grande Hiperesfera", como descrito no Dzogchen Tibetano. É um
"Campo de Consciência" infinito dotado de um potencial infinito. Quando os cinco
sentidos estão em contato com este Campo, ele começa um processo de representação
dos momentos de contato dentro da mente. Mas a mente mentalmente "corta em
pedaços" a totalidade deste Campo sem partes, em fragmentações imaginárias, através
da geração de descrições conceituais. A mente então vive em seu mundo fragmentado
de sujeitos e objetos ficticiosamente separados; ambos apenas existentes como
modelos mentais conceitualmente construídos da informação sensorial reproduzida
como hologramas 3D. O cérebro/mente humana é "o que está lá fora", mas parece
"aqui" como sendo dentro da fronteira imaginária que separa "aqui" de "lá fora". Mas a
pele e o cérebro também são "o que está lá fora". É este conceito fictício de um "aqui"
que permite a geração de um espaço imaginário, privado e separado em que um
indivíduo imaginário e separado vive "aqui" e experimenta "o que está lá fora". Este eu
particular e pessoal é a representação fictícia da mente da própria Consciência que a
mente encontra como Consciência cognitiva; a Consciência primordial do Campo em si. É
como um redemoinho momentâneo e único de Consciência (como um rodopiar de
pensar e conceitualizar) dentro do rio infinito da Consciência, que constrói a si mesma a
partir de e como meros pensamentos "sobre" ser uma consciência separada e interior. O
eu pessoal e separado é apenas pensamentos sobre ser um eu pessoal e separado. Não
há nenhum; há apenas uma totalidade sem partes. Conhecer isso na experiência direta é
o Nirvana que o Buda descreveu. O famoso mestre do Zen, Suzuki Roshi chamou nosso
pequeno mundo interior imaginário e fragmentado, como "mente pequena" e a
realidade de nossa Totalidade sem partes, como "Mente Grande".
Domingo, 17 de setembro de 2017 às 15:16 UTC-03
Um Buda não decide sobre coisas, nem faz escolhas sobre coisas, nem age em relação a
coisas, nem pensa sobre coisas, nem reage em relação a coisas, nem aprende sobre
coisas, nem deseja coisas. Isso porque um Buda é todas as coisas. Há apenas uma única
Totalidade, sem quaisquer partes independentes em ação entre si.
Terça-feira, 12 de setembro de 2017 às 18:48 UTC-03
Rigpa Vazia manifesta um pensamento dentro de sua própria consciência imutável e
pura: "Como me torno livre?", então o pensamento desaparece. Outro pensamento
aparece: "Como descubro Rigpa?", então o pensamento desaparece. Outro pensamento
aparece: "Quem eu sou realmente?", e então desaparece. Outro pensamento aparece:
"Eu tenho uma dúvida sobre minha prática e entendimento", e então desaparece. Outro
pensamento aparece: "Eu não estou feliz", e então desaparece. Outro pensamento
aparece: "Eu sou", e então desaparece. Outro pensamento aparece: "Eu", e então
desaparece. A consciência Vazia Rigpa é como o espaço vazio do céu onde as nuvens
(como pensamentos) aparecem e desaparecem sem nenhuma melhoria ou dano à
consciência vazia em que aparecem. Todos os pensamentos são ocos, sem um núcleo,
assim como nuvens vazias. --Jakckson Peterson
Quinta-feira, 31 de agosto de 2017 às 07:58 UTC-03
Diferenciando Rigpa da Mente Cármica Rigpa não pode ser tornado mais vazio e claro
do que sempre foi, mas a mente cármica (alaya) pode se tornar mais nublada ou menos
nublada. O "eu" pertence à mente cármica, rigpa não tem eu pessoal. No entanto,
durante rigpa, a alaya ou a mente cármica é dissolvida naturalmente. Em algum
momento, se essas sessões de meditação forem repetidas consistentemente, haverá
momentos em que a mente é clara e vazia de pensamentos. É um estado maravilhoso de
clareza pacífica; mas isso não é rigpa. Ainda mais sutil do que o "céu" vazio, é o espaço
vazio muito sutil em que está aparecendo mesmo o "céu da mente" aparentemente
vazio. Este mais sutil, "espaço vazio de consciência pura" (kadag) é o Dharmakaya e o
conhecimento disso, é "rigpa". O ensino desta consciência vazia mais sutil é único,
exclusivo do Dzogchen. Todos os outros ensinamentos descrevem a realização como
sendo o estado mental da mente clara e vazia, como um estado calmo, vívido e claro em
shamatha. No entanto, este estado mental claro ainda é permeado por uma rede sutil
de potencialidades kármicas inativas (alayavijnana). Rigpa é o espaço de consciência
imutável em que esta rede de aflições e seus estados mentais derivados aparecem sem
que seja afetado ou modificado por eles. Rigpa é o contexto vazio em que a "alaya" e
todos os estados mentais aparecem. É por isso que rigpa pode ser apontado enquanto
qualquer estado mental está ativo e presente. Rigpa não pode ser tornado mais vazio e
claro do que sempre foi, mas a mente kármica (alaya) pode se tornar mais nublada ou
menos nublada. O "eu" pertence à mente kármica, rigpa não tem eu pessoal. No
entanto, durante rigpa, a alaya ou a mente kármica é dissolvida naturalmente. O que
geralmente acontece é que quando se começa a meditar, a mente se torna mais
silenciosa ao longo do tempo. Quando a mente cármica torna-se perfeitamente imóvel e
livre de pensamento, ela pode se fundir no Dharmakaya rigpa momentaneamente. Isso
dá à mente o ímpeto para perseguir experiências de rigpa repetidas vezes. No entanto,
a mente manifesta seu "eu" como um experienciador DE rigpa em vez de ser o próprio
rigpa. Isto é como reflexos tentando se tornar o espelho. Todos os níveis da mente são
conhecidos como os oito tipos de consciência. O Dzogchen aponta um nono tipo de
consciência; Dharmakaya rigpa, que é a fonte imutável de todos eles. No Dzogchen, nós
apontamos para aquela parte transparente da consciência, que é a mais profunda
qualidade de consciência, uma consciência perfeitamente transparente e cristalina que
se encontra abaixo enquanto permeia a mente e TODOS os estados mentais como seu
contexto não-dual. Rigpa está sempre presente como o contexto da experiência
imutável. Somente rigpa tem a qualidade cognitiva de estar ciente. Nenhum outro
estado mental está ciente. Se a consciência reside como sendo o que está ciente, isso é
sempre rigpa. Jackson Peterson
Quinta-feira, 31 de agosto de 2017 às 07:32 UTC-03
O Eu Pessoal é Sempre uma Fantasia Quando você vai dormir à noite, "você" de repente
parece surgir em um sonho. Uma hora depois você acorda do sonho estressante e
reconhece; "Ó que bom, ainda bem que não era realmente eu!". Vinte minutos depois
você está agora em outro sonho, onde você está sendo perseguido por tigres, quando,
de repente, você acorda e reconhece "Ó que bom, ainda bem que não era realmente
eu!". Você volta a dormir e o alarme do relógio dispara ... mas quando você começa a
pensar sobre o seu dia estressante, você não pensa; "Ó que bom, ainda bem que não era
realmente eu!". O "eu" definido e suas histórias contextuais são sempre projeções
mentais do condicionamento prévio, seja dormindo em um sonho ou enquanto esteja
acordado durante o dia. Em vez de empoderar suas identidades sonhadas e suas
histórias imaginadas, por que não simplesmente descansar como a Consciência Pura que
não tem um eu para sonhar ou pensar sobre? Operando como Consciência Pura em vez
do eu imaginário, a vida funciona perfeitamente em tudo o que é feito. Jackson
Peterson
Quinta-feira, 31 de agosto de 2017 às 07:29 UTC-03
Quem está Sofrendo? Quem é Infeliz? A verdade é que "você", o "você" real, nunca
sofreu nem nunca foi infeliz. Aquele que sofre e é infeliz é um eu imaginado que ocupa
o espaço imutável da Consciência Pura, como uma imagem que aparece num espelho
cristalino. Este eu imaginado é o mesmo eu imaginado que você parece ser durante um
sonho durante a noite. É apenas uma projeção fictícia em todos os casos. Quando "você"
está se sentindo para baixo e deprimido, ansioso ou irritado; basta notar a Consciência
Pura em que esta projeção mental como um “eu” sofredor imaginado está aparecendo.
Ver isso claramente é a realização de subitamente despertar da estória dos sonhos
sobre um "eu" que nunca existiu. Jackson Peterson
Segunda, 28 de agosto de 2017 às 06:56 UTC-03
Os Três Vajras É ensinado no Dzogchen que nosso "corpo de luz" primordial tem como
núcleo, três centros de energia cuja "substância" etérea é a luz da consciência; sendo
consciência pura, não derivados. No centro do crânio está o chacra esférico cuja cor é
branca e brilhante e cujo som vibracional é "Om". É o aspecto do Nirmanakaya. Na
garganta é uma esfera vermelha rubi cujo som vibracional é "Ah", que é o aspecto de
Sambhogakaya como pura energia de expressão e prana. No coração é uma esfera azul
radiante e profunda cujo som vibracional é "Hung", que está associado à mente mais
essencial e vazia do Dharmakaya. Eles estão todos (inseparavelmente) dentro de um
único tubo vertical como um canal de luz primordial. Embora esses chacras sejam puros
e imutáveis, seus campos energéticos podem ser expansivos ou contraídos. Quando
contraídos, tem-se a sensação de ser um "eu" energético localizado. Quando
expansivos, toda localização e o senso de ser uma entidade "própria" desaparecem. A
contração do "eu" é impulsionada pelo erro da mente de se conceber como uma
autoentidade separada e inerentemente existente. A contração é centrada em torno
dessa forma de pensamento prânica como um "eu". O propósito de trekchod é cortar as
contrações através da diferenciação entre a mente cármica e rigpa. Trekchod quebra e
libera a contração no nível psicológico da autoidentificação. Até lá, relaxando na
condição do "não-eu" e na "não-mente" como rigpa, as contrações nos chacras da
garganta e do coração irão relaxar. Quando a introvisão do "não-eu" se aprofundar na
mente subconsciente, de repente o subconsciente cessará de projetar a autoidentidade
cármica equivocada. Nesta conjuntura única, os Três Vajras primordiais se
autoiluminarão como o Trikaya. A vastidão vazia da consciência primordial será
totalmente autoconhecida. Quando isso acontecer, será autoevidente que nenhum eu
pessoal jamais existiu ou tenha nascido e nem existe um eu pessoal que possa morrer.
Essa é a verdadeira liberação; não uma liberação para um eu, mas uma liberação de um
eu. As tradições do ioga referem-se aos três "granthi" ou nós. Esses nós estão na
cabeça, no coração-garganta e nas localidades do sacro-umbigo. Esses nós são
contrações semelhantes a nós de prana que bloqueiam a subida da kundalini e devem
ser relaxados e desobstruídos. Se não forem desobstruídos, mesmo que as introvisões
sobre o "não-eu" tenham surgido, a funcionalidade total de um Buda encarnado não
ocorrerá. É por isso que o texto didático principal do Dzogchen, "Yeshe Lama",
recomenda diariamente o uso do tumo yoga (kundalini yoga), juntamente com as
sessões de prática de trekchod e thogal. O meu livro (O Gozo Natural de Existir) oferece
uma instrução de "kundalini yôga" fácil e segura para este fim. No entanto, a realização
de rigpa precisa vir primeiro e pode ser suficiente. Eu recomendo antes do Dzogchen
que se torne intelectualmente "iluminado" através da realização da "vaziez dupla¹"
segundo os ensinamentos da Vaziez de Madhyamaka Prasangika. Esta preliminar
necessária está faltando em todas as outras tradições não-Budistas, bem como em 95%
dos Budistas. Nota 1: Vaziez Dupla: a realização da vaziez do sujeito interno e dos
objetos externos. Via Jackson Peterson
Domingo, 27 de agosto de 2017 às 22:30 UTC-03
Lama Anam Thubten: "Nós simplesmente nos livramos de todos os nossos conceitos,
todos os nossos conceitos dolorosos, quaisquer conceitos com os quais estamos tendo
um caso. Estamos sempre tendo um caso com conceitos e há muitos deles. Todo
conceito tem uma linha de história. Pense nisso. "Eu sou pobre". Esse é um conceito. "Eu
sou estúpido". Esse é um conceito. "Eu sou uma mulher." Esse é um conceito. "Eu sou um
homem". Esse também é um conceito. Todos eles são conceitos. "Eu não tenho dinheiro
suficiente, mas se eu tivesse um milhão de dólares, então eu ficaria feliz." Esse é um
conceito. Todos eles são conceitos. Livrar-se deles em um único momento, sem sequer
tomar um tempo para meditar, sem tomar um tempo para analisá-los. Transcenda todos
os conceitos limitantes assim que eles surgirem. Deixe-os ir antes mesmo de terem tido
tempo para meditar, antes de terem tido tempo para tirar a pele para examinar o que
está dentro, antes de ter visto se eles são reais ou não. A ideia é simplesmente deixá-los
ir. " Meu comentário: Como isso é "feito"? É como se estivéssemos dirigindo e, de
repente, se pegar "sonhando acordado"; o sonho desaparece repentinamente. O que
alguém "faz" para desperta de um devaneio ou de um processo de pensamento de
qualquer tipo? A atenção de repente deixa de envolver (energizar) os pensamentos e
alguém tem um momento de clareza vazia. Alguém então reside como essa "clareza
vazia" com sua própria atenção natural que não evolui para o pensamento. Descobrimos
dois pontos importantes: um é que o nosso "estado natural" envolve sua própria
criatividade mental e que a criatividade mental envolvida é simplesmente a própria
"atenção" estruturada. Nossa atenção é a nossa "presença" natural e vividamente clara
quando não é estruturada. Quando "estruturada" em formas de pensamento e
devaneios, a consciência subjacente perde seu fator de "presença" atenta. Rigpa é
"presença de consciência", onde a presença natural, viva e atenta permanece
desestruturada e não estabelecida em pensamentos. No Dzogchen, nós diríamos que
Samantabhadra é a Consciência da Base (Zhi), e a Claridade Cognitiva auto-surgida é a
sua Presença. É essa "consciência" de clareza cognitiva (shes pa) que permanece
"presente" como a radiância pura de Samantabhadra (um Buda) ou se perde no
desenvolvimento de formas de pensamento sujeito/objeto (samsara) que então
aparecem dentro da Consciência Base (Zhi) como hologramas flutuantes. No Dzogchen
estamos introduzindo essa "consciência errante" a sua própria essência interior como
sendo Samantabhadra ou Consciência da Base original (Zhi).
Sábado, 26 de agosto de 2017 às 15:16 UTC-03
O Eu Fictício Quando digo que não há "nenhum eu", quero dizer que não há um eu
psicológico. O eu psicológico é aquele que a mente inventa. É imaginário. É a identidade
do "eu" que a mente começa a gerar por volta de 15 a 24 meses de idade. Antes desse
tempo, não existe um eu psicológico. Então, o que está presente na consciência antes
que um "eu" seja gerado? Há simplesmente "consciência consciente", mas menos a
própria identidade de um "eu". É como a "extensão" de um programa de software que
não é necessário para o funcionamento humano. O eu psicológico é aquele que sofre
emocionalmente e se identifica com vários grupos e nacionalidades. É o que causa
guerras, comete crimes e provoca desequilíbrios planetários a partir de sua ganância. É
o que fica deprimido e comete suicídio. É aquele que fica preso a drogas e álcool. Mas a
boa notícia é que é apenas uma coleção de pensamentos e nada mais. No entanto, não é
o "conhecimento" dos pensamentos; essa é a "consciência original" antes e na qual o
"eu" aparece pela primeira vez e que conhece os pensamentos e o "eu" à medida que
surgem e desaparecem.
Sábado, 26 de agosto de 2017 às 14:52 UTC-03
Dzogchen, Vaziez e Vimalamitra Abaixo estão algumas citações de Vimalamitra sobre a
natureza e o significado de "vaziez" no Dzogchen. O termo "Dharmata" é usado com
freqüência, então forneci uma boa definição funcional imediatamente abaixo. Seguindo
Vimalamitra forneci um link para um texto valioso sobre a natureza de "Dharmata" e sua
relação com os "dharmas". Dharmata (Skt. Dharmatā; Tib. ཆཆཆཆ ཆཆཆཆ, chönyi; Wyl. chos nyid)
– talidade, ou a verdadeira natureza da realidade. Sogyal Rinpoche escreve: A palavra
sânscrita dharmatā, ཆཆཆཆ ཆཆཆཆ, chö nyi em Tibetano, significa a natureza intrínseca de tudo,
a essência das coisas como elas são. Dharmata é a verdade nua, incondicionada, a
natureza da realidade ou a verdadeira natureza da existência fenomenal. O Tantra Não
Escrito: "Um séquito aparente, pórem não-existente, ouça bem! Não há nenhum objeto
para distinguir em mim, a visão da sabedoria auto-originada, não existia antes, não
surgirá mais tarde, e também não aparece de qualquer maneira no presente. O caminho
não existe, a ação não existe, os traços não existem, a ignorância não existe, os
pensamentos não existem, a mente não existe, prajñā não existe, o samsara não existe,
o nirvana não existe, nem mesmo a própria rigpa existe, totalmente não aparecendo de
qualquer maneira ". O último parágrafo do comentário de Vimalamitra sobre esta
passagem afirma: "Uma vez que nenhum desses existe [isto é, samsara ou nirvana],
entende-se que o rigpa originalmente puro que apreende a base, o rigpa do insight e as
cadeias vajra dos thigles, não existem senão como meras designações conceituais ..."
( Aviso a respeito de thogal) * Uma vez que a essência de rigpa não existe, a rigpa da
base duradoura (a fonte de ambos, energia (rtsal) e qualidades, e também a capacidade
de apreensão de características não existe. Uma vez que as aparências de sabedoria da
própria rigpa das pessoas que são vistas na experiência pessoal, não são estabelecidas
como entidades de qualquer tipo, é a aparência do esgotamento em dharmatā ".
Vimalamitra afirma em A Lâmpada que Resume a Vaziez: "Agora, a vaziez de dharmatā:
o dharmatā natural é a vaziez da não-existência de uma substância primordial. Assim,
todas as aparências nunca foram estabelecidas de acordo com os oito exemplos da
ilusão. Quando as aparências proliferam, essa base da vaziez de dharmatā não muda
absolutamente nada, nunca transcendendo a vaziez de dharmatā. Tudo surgiu do não-
surgmento; mesmo surgindo nunca surgiu. O dharmatā em si mesmo é vazio e sem uma
base, presente em todo o tempo como a única natureza de grande vaziez da base,
caminho e resultado. Além disso, a vaziez primordial é vazia deste o início. As coisas
vazias estão vazias por natureza. Uma vez que a vaziez de dharmatā está presente sem
ser forjada e sem ser transformada na base, os iogues também são liberados por
permanecerem naturalmente sem artifícios e sem transformações ". "Essa vaziez de
dharmatā habita em uma fortaleza e é capturado numa fortaleza: a fortaleza (que é
como um círculo no céu) circunda (sem um começo ou um fim) dharmatā, ou seja, a
existência é dharmatā, a não-existência é dharmatā, ambos são dharmatā e nem são
dharmatā. Como tal, (dharmatā) está envolto pelos nomes "claro e não-claro", "vazio e
não-vazio", "existência e não-existência", "permanência e aniquilação", e assim por
diante . Essa falta de encontrar evidências em si é dharmatā. Além disso, na realidade,
nada existe além de dharmatā. Sendo assim, essa vaziez (como uma mera
representação, sem base e não-referencial, sendo inexistente como um pretexto) é
entendida com as escrituras, aceito pelo raciocínio, comprovado por argumento e
capturado em uma fortaleza. Tenha certeza de que dharmatā é a verdadeira vaziez
inconfundível ". "Distinguindo Dharma de Dharmata" Livro:
http://lirs.ru/lib/Distinguishing_Dharma_and_Dharmata,Levinsion,2001.pdf
Sábado, 26 de agosto de 2017 às 14:50 UTC-03
Dzogchen "Introdução Direta a Rigpa ou Mente Buda" Esta citação é do famoso ciclo de
ensinamentos conhecido como o Livro Tibetano dos Mortos. O texto foi descoberto por
Karma Lingpa (nascido no Tibete em torno de 1329). Foi considerado originalmente
escrito pelo mestre Padmasambhava do século VIII, que escondeu o texto antes de
deixar o Tibete. Mais tarde, foi descoberto por Karma Lingpa. É parte do que é chamado
de "A Introdução Direta à Consciência" do ensino Dzogchen e é destinado a "despertar"
aqueles que simplesmente leem e entendem o texto sem necessidade de qualquer
prática anterior ou posterior: "E no momento presente, quando sua mente permanece
em sua própria condição sem construir nada, a Consciência (Rigpa), naquele momento
em si é bastante comum. E quando você olha para si mesmo de forma tão nua, sem
quaisquer pensamentos discursivos, Uma vez que há apenas esta observação pura, será
encontrada uma clareza lúcida sem que ninguém esteja lá, que seja um observador,
apenas uma consciência manifesta desnuda está presente. Esta Consciência é vazia e
imaculadamente pura, não sendo criada por nada, absolutamente. É autêntica e não-
adulterada, sem qualquer dualidade de clareza e vaziez." (Da tradução de John
Reynolds, AutoLiberação Através do Ver Com a Consciência Nua).
Sábado, 26 de agosto de 2017 às 12:46 UTC-03
Um Rápido Vislumbre de Não Eu Quando o vermelho é visto, há apenas um momento de
consciência vermelha. Quando um som é ouvido, há apenas um momento de consciência
sonora. E assim é com todos os cinco sentidos... Não há necessidade de um "eu" estar
presente como um "vedor" ou "ouvidor". Os cinco sentidos funcionam perfeitamente
sem que alguma autoidentidade esteja presente na mente. A mente adiciona nos
eventos sensoriais independentes e depois deles "eu vi vermelho" ou "eu ouvi um som".
Este "eu" é sempre imaginário. Há apenas momentos ocorrendo de consciência
impessoal e sem um possuidor, mas não para alguém ou pertencente a alguém. O "eu"
como um "alguém" é uma crença ficcional que também nunca surge para alguém como
um momento de consciência impessoal e sem um possuidor.
Sábado, 26 de agosto de 2017 às 11:42 UTC-03
P: Existe realmente alguma diferença entre o conceitual e o não conceitual? R: É como
se a consciência fosse a TV e os conceitos fossem os programas de TV. Quando não há
TV mostrando-se como conceitos em sucessão, a TV, então, conhece a si mesma como
efetivamente É.
Quinta-feira, 24 de agosto de 2017 às 13:52 UTC-03
Yangthang Rinpoche "Sem conceitos de bom ou mau, agradável ou desagradável,
apenas permita que a mente relaxe, de tal forma que não haja nenhuma apreensão por
um apreensor. Neste estado de relaxamento onde já não experiência os pensamentos
dos três tempos, você foi além da experiência da conceitualização intelectual e está na
consciência de rigpa, a natureza que é totalmente aberta e vazia, luminosidade clara, e
compaixão desobstruída. Esta experiência é inexprimível; isso é uma experiência de
luminosa não-existência. Quando você reconhece o que é isso, e permanece nela, isto é
rigpa - consciência prístina - isso não é a mente." "Simplesmente relaxar" significa que
não se pensa numa única coisa. Não gera fé ou respeito fervoroso, ou dá origem a
pensamentos virtuosos, ou tem algum pensamento devocional para o guru, nem faz os
pensamentos parar, mudar ou os obstrui. Você não faz nada senão simplesmente
relaxar. Naquele estado de relaxação simples, o surgimento de pensamentos ou
conceitos é naturalmente detido, cortado, como se cortado fora com uma faca. No
momento daquela experiência, não há experiência de pensamento sobre o passado,
antecipação do futuro, ou estar distraído no presente. Simplesmente se permanece no
estado natural. "Este estado natural, onde não há presença da mente pensante ou
proliferações conceituais, é diferente de sua experiência prévia da mente. De fato, isso
é inexprimível. Não pode ser compreendida intelectualmente; isso simplesmente é a sua
própria experiência, seu próprio encontro com sua própria natureza, e nada mais do que
isso. Se tentar expressar algo sobre isso, pode dizer que sua essência é um nada
vibrante; isso é a vaziez, totalmente aberta e vasta. Sua natureza é lucidez pura,
claridade incessante. E essa experiência de abertura total e claridade e ainda nada, é
rigpa, consciência intrínseca. Quando se está no estado de consciência intrínseca, a
mente deixa de existir. A mente é a experiência de pensamentos e proliferações
conceituais, e nada mais do que isso. Essa é a distinção. Quando você permanece no
estado natural, permanece na consciência intrínseca (rigpa) que não é obstruída pela
mente."
Quinta-feira, 24 de agosto de 2017 às 13:52 UTC-03
Revelando Rigpa Se a mente se torna completamente vazia, calma e quieta, continua a
existir uma consciência cognoscente daquele estado vazio e quieto. Essa consciência é
rigpa. Se um movimento energético de pensamento ou percepção ocorre dentro dessa
quietude vazia; é observado pela consciência cognoscente, que novamente é rigpa.
Aquilo que observa o momento-mental de quietude vazia; bem como o momento-
mental de atividade mental vigorosa; que observa consciente é a incondicionada e
imutável rigpa que continua a ser a mesma tanto nestes como em todos os estados
[mentais]. O estado quieto revela seu vazio. A atividade energética revela sua exibição
vibracional. Por causa de sua vaziez absoluta, há muito espaço para sua exibição
energética infinita. O que é a exibição energética? É um campo de vibração vazia, como
o cintilante espaço consciente. Não se pode separar a exibição energética do espaço
vazio consciente no qual aparece, mais do que se pode separar o espaço vazio do céu
das nuvens aparecendo nele. Rigpa já é vazia e consciente e qualquer esforço para
torná-la, tão somente vivifica o próprio esforço energético como o próximo conteúdo
exibido. Porque rigpa continua a ser exatamente a mesma em toda experiência, não há
necessidade de ajustar as qualidades de qualquer experiência, pois qualquer
experiência é unicamente rigpa aparecendo a si mesma. ~Jackson Peterson
Quinta-feira, 24 de agosto de 2017 às 07:14 UTC-03
Desidentificação Qualquer identidade que esteja identificada com uma entidade
singular dentro do tempo e do espaço é sempre a causa do sofrimento. Se identificado
com o pedaço de carne chamado um corpo físico, estará sempre preocupado e
estressado pela sobrevivência daquele corpo. Proteger o corpo é muito importante. A
morte é aniquilação certa. Se identificado com o corpo de energia sutil, como uma alma,
mente ou espírito; ainda será atormentado na vida após a morte como no bardo, céu e
talvez na condenação eterna ao inferno! Caramba! No entanto, o Buda descobriu uma
dimensão completamente aberta, livre de toda identidade e identificação de qualquer
tipo. Em tal dimensão o sofrimento não é possível porque não há alguém ou uma
entidade existente para sofrer. Ele chamou esta dimensão "nirvana". Compreendendo
isso, é óbvio que nenhum sentido de identidade pessoal associado a qualquer
pensamento, forma ou de energia poderia sobreviver no nirvana. Isso porque todas as
formas de energia, até mesmo a energia mental, estão sujeitos à decadência e mudança.
A identidade ou entidade estaria sempre em risco e, portanto, estressada e o
sofrimento continuaria. A nossa natureza real é o Vazio Absoluto sem identidade de
nenhum tipo. Nada pode ameaçar ou danificar o espaço vazio, que não decai ou muda.
Não é individual. Não pode ser concebido ou fabricado. No entanto, conhece a sua
própria natureza. Em tibetano o "conhecer sua própria natureza" é chamado rigpa. Em
japonês é chamado kensho ou satori. Em grego é chamado gnose. Perceber as "duas
partes vazias" plenamente, é o nirvana. A primeiro "parte" é perceber que qualquer
sentido de identidade pessoal baseada na identificação com auto imagens,
personalidade, memória, mente, formas de energia ou corpos; são todas imaginárias. A
segunda "parte" das "duas partes vazias" é perceber que os nossos nomes, rótulos e
conceitos que definem e criam o nosso mundo, incluindo todos os objetos, pessoas,
criaturas, relações e eventos, são meras construções conceituais. Fenômenos aparecem,
mas não como descrito e imaginado; o mapa não é o território. Sempre que o termo
"eu" é usado, aponta para uma auto-entidade imaginária que não existe senão na
imaginação. Sempre que o termo "meu" é usado, aponta para coisas cujo proprietário é
imaginário. --Jackson Peterson
Quinta-feira, 24 de agosto de 2017 às 07:10 UTC-03
Relaxe! O Significado de "Chozhag" em Dzogchen O conceito central de trekchod é a
presença da condição conhecida como "Chozhag". Chozhag pode ser definido como
"deixar ser". Deixar todos os aspectos de suas condições internas e externas ser
exatamente como são sem qualquer tentativa de alterar qualquer uma delas. Toda
experiência é deixada "como-é". Não temos a intenção de alterar, remover ou melhorar:
nosso estado mental, nossa condição corporal, nossa energia sutil, nossos estados
emocionais, nosso sofrimento, nossa sensações, nossas percepções, nosso euísmo
egoico, nossas relações com os outros, coisas, situações ou nosso mundo. Toda
experiência é deixada completamente como-é. Pode-se erroneamente pensar que isto é
uma "aceitação total" de como as coisas são ou uma "rendição completa" a toda
experiência. Mas ambos seriam os atos egoicos de uma entidade imaginária que procura
um meio para tornar-se livre do estresse, livre de alguma condição ou livre do
sofrimento emocional. Neste caso a implementação de "chozhag" ou "completo deixar
ser", seria meramente um antidoto para algum estado ou condição que simplesmente
não pode ser deixado "como-é"! Portanto, há sempre uma sutil sub-corrente de desejo
para transformação de algum aspecto perturbador da experiência atual para [outra]
tomar lugar. Mas a condição "como-é" não é uma estratégia para reduzir a resistência ou
desdém a certos aspectos atuais da experiência. É mais como um cubo de gelo
involuntariamente derretendo num vasto oceano de água morna e desaparecendo. A
formação rígida do gelo relaxou completamente em sua própria ausência. Como um
cubo de gelo, sempre teve de resistir a todos os aspectos da experiência que poderiam
levar à sua dissolução. Mas agora, como o vasto oceano não tem elementos opositores
para resistir, alterar ou melhorar. Isso significa repousar relaxado, eternamente como o
oceano calmo? De modo algum, o oceano igualmente expressa suas qualidades
dinâmicas como um número infinito de ondas mornas momentâneas que não congelam
em cubos de gelo, mas sim derretem todos os cubos de gelo congelados com os quais
entram em contato, sem esforço. Assim, em termos práticos, por relaxamento total,
"deixar ser" ou chozhag; a consciência goteja no oceano cálido do coração, em vez de
ficar isolada e presa no mundo congelado de suas construções conceituais reificadas
localizadas na cabeça. Esta mudança de lugar da consciência experienciante ocorre
quando a consciência se dissolve no coração do Dharmakaya. As pessoas notarão o
"deslocamento"; parece que emana um calor maior e uma presença profundamente
relaxada. Isso porque é verdade. E é esse calor involuntário de presença profundamente
relaxada que atrai e derrete os corações de todos os que buscam o mesmo alívio.
Quarta-feira, 23 de agosto de 2017 às 15:08 UTC-03
Alguns perguntam: "Tudo bem, gosto do modelo do Dzogchen, como faço para
começar?" Primeiro é entender a causa de todo o seu sofrimento: o seu pensamento
atual, que você acredita [nele] e que está aparecendo em sua mente agora. Tudo no
samsara está incorporado naquele único pensamento. Libere o pensamento atual ou
veja a sua vaziez, e o samsara não poderá começar. --Jackson Peterson
Sábado, 19 de agosto de 2017 às 12:53 UTC-03
Desenraizando a Atividade Autocentrada Observe como "você" estuda e pratica Dharma
para "seu" próprio benefício. Observe como "você" deseja ser livre de todo "seu"
sofrimento pessoal. Observe como "você" busca reviver "suas" introvisões e quanto
"você" deseja estabilizar "seus" momentos de rigpa. Observe como "você" deseja
compartilhar "suas" elevadas introvisões. Observe como "você" deseja auxiliar aos
outros. Observe como "você" busca "sua" iluminação. Observe como "você" busca
entender. Observe como "você" busca reduzir "seu" eu[ego]. Observe como "você" vê
"seus" pensamentos como se estivessem ocorrendo em "você". Observe como "você"
parece estar repousando "em" rigpa. Observe como "você" tem preocupação com a
morte e o que acontecerá no Bardo para "você". A Consciência Pura como rigpa, não
tem autorreferenciamento ou autocentro, de nenhuma forma. Rigpa não tem eu para
cuidar ou para proteger. Rigpa é verdadeiramente vazia de si mesma. Rigpa não é "seu"
estado para conhecer e desfrutar. Não há "ninguém" que já tenha realizado ou
desfrutado de rigpa.
Sábado, 19 de agosto de 2017 às 12:34 UTC-03
De outro tópico em relação a ação de um Bodisatva: Você vê, a questão é uma
verdadeira compaixão para aqueles cujas mentes estão bloqueadas em um ciclo fechado
do "eu" gerando sofrimento. É expresso por apontar em uma comunicação
transformadora, que o eu que sofre é apenas uma construção mental. É difícil ter uma
verdadeira simpatia por um conjunto de pensamentos confusos sem um dono.
Prajnaparamita Sutra em 8.000 linhas: "Mas quando a noção de sofrimento e de seres o
leva a pensar: 'O sofrimento eu vou remover, o sofrimento do mundo, eu vou remover!'
Os seres são então imaginados, um eu é imaginado, - A prática da sabedoria, a perfeição
suprema, esta faltando." "Quando o Bodisatva pensa: 'Viajando na sabedoria dos Budas,
estabelecerei um vasto número de seres, de seres tocados por muitos males': Este
Bodisatva é aquele que imagina a "noção de seres" E esta NÃO é a prática da sabedoria,
a principal perfeição ". Prajnaparamita Sutra "Esta sabedoria revela que todos os seres
são como uma ilusão, assemelhando-se a uma grande multidão de pessoas, evocadas
numa encruzilhada, por um mago, que então corta muitos milhares de cabeças; ele
conhece todo esse mundo vivo como um show simulador, e ainda permanece sem
medo". O Prajnaparamita em 8.000 Linhas Via J.P.
Sábado, 19 de agosto de 2017 às 12:32 UTC-03
Imagens Aparecendo num Vidro Chandrakirti escreveu: "Tudo é como a imagem num
vidro". (Madhyamakavatara) Aqui Chandrakirti está apontando que nada é "real". Em seu
sistema de Prasangika Madhyamaka, todos os fenômenos (de todos os tipos) só existem
como construções conceituais. Isso inclui o "vidro", bem como todas as aparências que
aparecem dentro “dele”. Muitos conseguem isso, mas esquecem que o "espaço vazio de
consciência" (o vidro) também tem apenas uma "existência" imaginária e conceitual
como sendo apenas uma metáfora. Nesse caso, o autoconceito simplesmente mudou de
ser identificado com os cinco skandhas (corpo/mente) para ser identificado com o
"espaço vazio de consciência pura"; rotulado como "rigpa". Rigpa não é uma entidade de
identidade "verdadeira". Em vez disso, rigpa é a sabedoria prajna de "nenhuma
autoidentidade" de qualquer tipo. "Você" não é o espírito ou o universo tampouco, pois
ambos são meros conceitos vazios também. Não existe um verdadeiro "você" à espreita
no fundo da experiência como "conhecedor" da experiência. Nirvana é o que permanece
para sempre indescritível por conceitos e permanece para sempre um mistério para
todo e qualquer "estado" de consciência. Jackson Peterson
Sábado, 19 de agosto de 2017 às 12:30 UTC-03
Abrindo o Coração Do ponto de vista Budista, o universo é uma exibição infinita da
natureza de Buda. A Natureza de Buda é a misteriosa Natureza divina que surge de sua
própria Vaziez para se expressar como a personificação de todos e de tudo. Imagine que
tudo que existe é uma ilha de ouro puro. Tudo e todos são ouro puro. Podemos moldar
o ouro em formas infinitas, mas cada formação é idêntica em substância. Considere que
o ouro puro seja a Natureza de Buda. Cada pessoa é um campo formativo da natureza
de Buda. A Natureza de Buda tem três qualidades: tem uma natureza vazia, uma clareza
de conhecimento, e formações energéticas. A natureza de Buda pode se contrair e se
expandir. Também temos um corpo energético mais sutil dentro. Tem seus próprios
órgãos que são muito mais sutis do que os órgãos físicos. Nós chamamos esses órgãos
sutis de "chakras" e nós os chamamos de órgãos porque eles têm funções únicas. Para
os nossos propósitos aqui, só discutirei o chakra da coroa e o chakra do coração. Alguns
pensam equivocadamente que a coroa e o coração estão separados um do outro, mas
não são. O coração é a profundidade da coroa e a coroa é a elevação do coração. O canal
central que os contém, é a unidade inseparável. Quando uma criança nasce, os chakras
são expansivos e claros. Os eventos da vida podem fazer com que o coração se contraia.
Quando isso acontece, a natureza de Buda se sente desconectada e separada de todo o
campo da Natureza de Buda ilimitada. Essa sensação contraída de separação é o núcleo
da ilusão de ser um eu separado. Quando essa contração ou "nó" no coração se libera, a
senso de individualidade desaparece, como mágica, juntamente com todas as suas
histórias e problemas. O proprietário e experimentador do samsara de repente
desaparece. O "eu sofredor" é a ilusão de ser um eu separado produzido pela contração
da Natureza de Buda dentro e como o coração. As contracções iniciais e posteriores são
causadas pelas crenças fictícias da mente sobre a verdadeira natureza da experiência. A
mente divide um campo aberto da natureza de Buda em partes isoladas, o que reforça
ainda mais a contração do coração que se "sente" separado e sozinho. O eu é sentido
como um "eu" contraído e todos e tudo são sentidos como "outros". Desta forma, a
mente e o coração ficam presos em uma espiral cada vez menor de frustração e
isolamento. Essa é a verdadeira natureza do samsara. A cura mais direta seria
reconhecer a natureza vazia e pura da própria Natureza de Buda, pois tanto a mente
como o coração são sempre apenas este ouro puro e imaculado, quer estejam
contraídos ou não. A verdadeira natureza do coração está ausente de um auto-centro
como um"eu". É sentir o tom, é amor incondicional e alegria. A expressão energética é a
bondade, a compaixão e a curiosa qualidade de Ver todos e tudo como a si mesmo.
Escrevi meu livro como um guia para todos os interessados em resolver finalmente os
problemas que causam e perpetuam nossos estados de sofrimento do coração e mente.
Você tem que ler a teoria e depois "envolver" os exercícios descritos em vez de apenas
ter uma leitura rápida. O objetivo em todos os caminhos espirituais é a liberação total
da contração do coração como sendo um eu pessoal aparentemente separado e
independente. O Capítulo 7 é dedicado a como especificamente liberamos a contração
do coração. Mas isso não é possível até liberarmos os nós que vinculam a mente dentro
de suas próprias narrativas fictícias sobre um "eu" separado que vive dentro de uma
bolha pessoal de frustração e isolamento. Para isso, os primeiros seis capítulos são
necessários para leitura e absorção. Mais informações sobre o meu livro, visite:
http://www.wayoflight.net/
Sábado, 19 de agosto de 2017 às 12:29 UTC-03
Nota interessante da pesquisa do meu novo livro: O dzogchen instrui que rigpa está nos
olhos (Nying Thig) associado ao canal Kati ligado ao coração citta. A fruição de Thogal é
a transformação do corpo físico em um corpo de Luz Gnóstica. O ioga Taoista diz que o
"shen" ou o verdadeiro espírito original é a luz nos olhos surgida da luz do coração. É
totalmente yang e, quando totalmente ativado, transforma o corpo yin em um corpo de
luz de yang puro. O Zohar da Cabala afirma que a Luz está nos olhos. E tem muitas
práticas de luz que resultam em transformar o corpo em Luz. Cristo falou sobre fazer o
olho "único" e o corpo se encher de Luz. A Igreja Oriental ortodoxa discute muito sobre
"Theosis" como sendo Deus através da transformação na Luz de Cristo. Eles também
documentam muitos santos, como os Padres do Deserto que experimentaram a Luz
Divina como uma metamorfose física. Meu professor Sufi na Caxemira me orientou a
olhar para os raios do sol ao nascer e ao pôr do sol. Há muito, muito mais detalhes para
cada uma dessas tradições de luz, bem como muitas outras menos conhecidas, mas
importantes, e cada tradição tem um capítulo completo que lhe é concedido no meu
novo livro, O Caminho da Luz (The Way of Light). O livro estabelece a premissa de que
existe uma transmissão dos ensinamentos da Luz através de muitas culturas diferentes,
que é o núcleo real de toda experiência religiosa e mística verdadeira. O fato de termos
o ensinamento Thogal tão disponível para nós e fácil de implementar é uma
oportunidade incrivelmente auspiciosa e fortuita que precisamos levar a sério! 20
minutos de prática de thogal proporcionam um estado de Luz Clara de rigpa que
décadas de meditação nunca podem alcançar. Aprenda o método, faça perguntas e
pratique diariamente. Vários aqui que não tiveram nenhuma experiência anterior de
Dzogchen ou Thogal compartilharam comigo em particular e em meus retiros,
momentos muito profundos de introvisões de rigpa e da Mente de Sabedoria de Luz
Clara Luz sua prática de Thogal. Essas introvisões estavam totalmente de acordo com as
introvisões reais de rigpa induzidos por thogal. Não se conhece a verdadeira
profundidade de clareza e ausência de um "eu" até Thogal. Oferecer Thogal neste
formato de internet era apenas uma experiência para ver se era possível: e provou ser
um sucesso total para aqueles que diligentemente seguiram a prática e fizeram
perguntas conforme necessário. Não é necessário estudar textos. Basta fazer a prática
que a consciência profunda de rigpa surgirá instantaneamente e não poderá ser
perdida! Jackson Peterson
Sábado, 19 de agosto de 2017 às 12:24 UTC-03
Jackson Peterson adicionou 3 novas fotos.
Somente no Dzogchen existem "canais de luz" extremamente sutis que são mais sutis
do que os chacras e nadis da prática tântrica. Eles são como cristais transparentes e
alongados de Luz Clara e são os canais através dos quais flui a luz clara de rigpa. Eles são
primordiais (Sambhogakaya) e são a estrutura do "corpo de luz". A luz interna flui para
cima do centro do coração através do canal de luz principal chamado Kati. Quando
atinge o cristal interno do prisma interno da coroa, ele projeta a luz do arco-íris que
forma os hologramas 3D que vemos como um mundo "externo" aparente, sonhos,
devaneios e fenômenos de thogal. A luz ilumina os canais de luz dos olhos e o canal de
luz do terceiro olho. Jackson Peterson
Sexta, 18 de agosto de 2017 às 19:08 UTC-03
Harada Roshi: "Considere o vazio como uma condição em que todos os conceitos foram
retirados."
Quinta-feira, 17 de agosto de 2017 às 13:05 UTC-03
Quando é sabido diretamente que toda experiência, de todo tipo, é uma única Natureza
Buda conhecendo-se, o esforço para manejar percebedor e percebido separadamente
em dois, desaparece. A ilusão de haver uma "pessoa percebendo", num lado, e os
fenômenos internos e externos sendo observados, num outro, solve-se em "só isso"
conhecendo-se como "só isso".
Terça-feira, 15 de agosto de 2017 às 16:28 UTC-03
De outro trecho: ..... você não entende que não há "seu" fluxo mental que tenha
inteligência ou capacidade de despertar? Há apenas pensamentos individuais que
aparecem em Rigpa; um após o outro, mas sem um possuidor. Então, quem finalmente
"obtém isso"?
Terça-feira, 15 de agosto de 2017 às 07:24 UTC-03
"Quando essa contração ou "nó" no coração se libera, o sentido de individualidade
desaparece, como mágica, juntamente com todas as suas histórias e problemas. O
possuidor e experimentador do samsara desapareceu repentinamente".
Terça-feira, 15 de agosto de 2017 às 07:24 UTC-03
"Quando essa contração ou "nó" no coração se libera, o sentido de individualidade
desaparece, como mágica, juntamente com todas as suas histórias e problemas. O
possuidor e experimentador do samsara desapareceu repentinamente".
Terça-feira, 15 de agosto de 2017 às 07:15 UTC-03
Quem está sofrendo? Quem é infeliz? A verdade é que "você", o "você" real, nunca
sofreu nem foi infeliz. Aquele que sofre e é infeliz é um eu imaginado que ocupa o
espaço imutável da Consciência Pura, como uma imagem que aparece em um espelho
cristalino. Esta é a auto-imagem onírica. É apenas uma projeção imaginária em todos os
casos. Quando "você" está se sentindo para baixo e deprimido ou ansioso ou irritado;
Basta notar a consciência pura em que esta projeção mental como um "eu" imaginado
sofredor está aparecendo. Ver isso claramente é a realização do despertar súbito da
história onírica sobre "eu" que nunca existiu.
Domingo, 13 de agosto de 2017 às 13:00 UTC-03
Aparência Vazia Alguns podem pensar que a "vaziez" e as aparências são dois
fenômenos diferentes ou dois aspectos de uma realidade. Mas se pensarmos assim,
estamos vendo a realidade como composta e não como não-dual. Alguns podem pensar
que as aparências surgem da vaziez, mas na verdade não há "conexão causal" entre a
vaziez e as aparências. As aparências SÃO vazias, não em um relacionamento "causa e
efeito", mas no fato de que o que chamamos de "aparência" é meramente uma rede de
relacionamentos que não podem ser determinadas como sendo uma parte aparente
mais do que outra. A ausência de natureza independentemente existente da aparência é
a sua vaziez. É vazia de si mesma. Então você não encontra a vaziez das aparências em
algum outro lugar ou tempo senão como a aparência em si. Também não é que a vaziez
está "dentro" ou é a "verdadeira natureza" da aparência. A aparência é em si a vaziez,
pois não pode ser encontrada como existindo como a mente acredita que exista de
forma independente. Há, de fato, um evento de aparência que ocorre, mas não há
realmente uma maneira de localizá-la ou capturá-la. Isso é tão inútil como tentar separar
um rio de seu leito, a gravidade e seu movimento. Raramente consideramos esses
aspectos como a definição de um rio. Mas não há possibilidade de haver um rio sem que
esses aspectos estejam presentes. Assim, também é com todas as aparências, elas
apenas "existem" como dentro de seu contexto total, o que em si não tem centro ou
fronteira. Isso pode trazer uma sensação do "sentimento" de vaziez. Se as aparências
fossem causadas, isso significaria que alguma coisa independente foi realmente
"causada" e, portanto, tendo sido causada, agora "existe". Se examinarmos qualquer
"existência" aparente, não seremos capazes de encontrar uma unidade fixa de uma
"coisa" separada, além de seu campo de relacionamentos. Existem apenas relações
interdependentes; mas nenhuma "coisa" independente. A "coisa" supostamente
causada desaparece entre seus vários aspectos e condições que, em si mesmas, não
podem ser fixadas como sendo uma coisa separada. Somente seus nomes e rótulos
oferecem alguma ideia de sua existência independente e separada fictícia. Uma vez que
claramente não há coisas "causadas" de forma independente, isso significa que "causa e
efeito" é uma ilusão. Há apenas um fluxo de relações interdependentes, onde nenhuma
das quais atinge o status legítimo de ser uma "causa" ou um "efeito". Ao aplicar esta
introvisão para a noção de haver uma entidade independente e individual como um
"eu", também falhamos em encontrar qualquer "coisa" que possamos apontar como
essa "entidade" conhecida como um eu. Isso também se perderá em uma teia de
relacionamentos interdependentes, sem qualquer parte abanando sua mão no ar,
dizendo: "Ei, essa parte é o verdadeiro eu!". Bem, quase nenhuma parte, exceto as
partes "eu" ou "mim". Então, quando buscamos esse "eu", o que encontramos? Podemos
separar um "eu" independente para além do seu contexto mais eficazmente do que
poderíamos separar um rio de seu leito, a gravidade e o movimento? Neste caso, o "eu"
é inseparável de pensamentos, autoimagens, memórias, emoções, sentimentos,
condicionamentos, histórias de identidade, corpo, mente, consciência e experiência
sensorial. Ponderando isso, podemos ter a sensação da natureza vazia do "eu" também.
Quem seria alguém sem uma história, e os pensamentos que definem um "eu" pessoal
separadamente existente? A aparência como um "eu" ou mim é vista como "vazia de si
mesma". Tendo reconhecido a natureza dupla da vaziez das "coisas" independentes e
separadamente existentes e da vaziez de um "eu" independente e separadamente
existente ... simplesmente continuamos sem o esforço inútil de reificar aparências além
de sua própria vaziez e, portanto, encontrar a abertura ilimitada como a verdadeira
natureza da experiência. Jackson Peterson
Domingo, 13 de agosto de 2017 às 12:45 UTC-03
Grande Eu (Dagnyid Chenpo) Do capítulo 22 do Sutra do Nirvana, temos algumas
referências anteriores ao "Grande Eu", como usado nos primeiros ensinamentos
Dzogchen, juntamente com a noção das capacidades "soberanas" de um Buda, como
descrito no Tantra raiz do Dzogchen, "O Rei Todo-Criador" (Kunje Gyalpo). "Como há o
Grande Eu, falamos do "Grande Nirvana". Como o Nirvana é a ausência do eu (ou seja,
não-ego) e "Grande Soberania" (ou seja, grande liberdade de todas as restrições,
autonomia ilimitada, a capacidade de fazer o que quiser), falamos de "o Grande Eu". O
que queremos dizer com 'Grande Soberania'? "Se há oito soberanias, falamos do ‘Eu’. "O
que são estas oito? "Em primeiro lugar, um único corpo pode se manifestar como
muitos. O número de corpos é como o número de partículas de pó. Eles preenchem os
inumeráveis mundos em todas as direções. O corpo do Tathagata não é uma partícula de
pó. (Mas) devido a essa soberania, ele pode projetar um corpo-partícula. Essa soberania
é o "Grande Eu". "Em segundo lugar, vemos que um microcorpo preenche os 3.000 mil
grandes mundos. O corpo do Tathagata não preenche, na verdade, os 3.000 mil grandes
mundos. Por que não? Por causa da ausência de impedimentos. Devido à soberania, ele
preenche os 3.000 mil grandes mundos. Tal soberania é chamada de "Grande Eu".
"Terceiro, com este corpo que bem preenche os 3.000 mil grandes mundos, ele voa
levemente no ar, passando por terras de Buda tão inumeráveis como o número de grãos
de areia de 20 Ganges, e não há nada que o obstrua. O corpo do Tathagata não pode,
dizendo a verdade, ser designado como possuidor de peso leve ou pesado. (Sua)
soberania decide a leveza ou o peso. Essa soberania é o "Grande Eu". "Em quarto lugar,
por causa da soberania, a soberania é adquirida. O que é soberania? O Tathagata
permanece (calmamente) com unidirecionalidade da mente, sem oscilar. (No entanto)
ele é capaz de manifestar inúmeros tipos de formas e dota cada uma delas com uma
mente. Em algumas ocasiões, o Tathagata pode criar um fenômeno único e levar a cabo
as necessidades de cada ser. Embora o corpo do Tathagata permaneça em uma única
terra, ele faz com que todos os que estão nas outras terras o vejam. Essa forma de
soberania é chamada de "Grande Eu". "Quinto, ele é soberano sobre seus órgãos dos
sentidos. Como ele é soberano sobre seus órgãos dos sentidos? Um órgão sensorial do
Tathagata pode realmente ver cores, ouvir sons, registrar o cheiro, conhecer o gosto,
sentir o toque e conhecer os dharmas. Por causa de (sua) soberania, ele é soberano
sobre seus órgãos dos sentidos. Essa soberania é chamada de "Grande Eu". "Em sexto
lugar, devido à (sua) soberania, (ele) adquire todos os dharmas (todas as coisas) e, no
entanto, não há nenhum conceito de realização na mente do Tathagata. Por que isso?
Porque não há nada a ser adquirido. Se houvesse algo (para ser adquirido), então isso
poderia ser chamado de "aquisição", mas porque não há nada realmente a ser adquirido,
como pode ser chamado de "aquisição"? Se alguém supusesse que o Tathagata tinha a
noção de adquirir, então os Budas não adquiririam o Nirvana. Uma vez que não há
(nenhuma noção de) aquisição, pode-se dizer que ele adquire o Nirvana. Devido à
soberania, ele adquire todos os dharmas. Visto que ele alcança todos os dharmas, ele é
chamado de "o Grande Eu". "Sétimo, falamos de soberano. O Tathagata expõe todo o
significado. E por inumeráveis kalpas, o significado não tem fim, e esse significado é: os
preceitos morais, o samadhi, o dar e a Sabedoria. Nesses momentos, o Tathagata não
tem sentido ou pensamento como: "Eu falo", "eles ouvem". Além disso, não existe um
único pensamento de um único gatha (verso). As pessoas do mundo falam de um gatha
composto por quatro linhas de verso. Isto é apenas para concordar com o caminho do
mundo, e nós falamos de um 'gatha'. A natureza de todas as coisas também não possui
nada do qual se possa falar. Devido à soberania, o Tathagata expõe o (Dharma). Por este
motivo, dizemos "o Grande Eu". "Em oitavo lugar, o Tathagata permeia todos os lugares,
como o espaço. A natureza do espaço não pode ser vista, do mesmo modo, o Tathagata
não pode realmente ser visto, e, no entanto, ele faz com que todos o vejam através de
sua soberania. Tal soberania é denominada ‘o Grande Eu’. O Grande Eu é denominado de
"Grande Nirvana”. Nesse sentido, é denominado ‘Grande Nirvana’.” Via Jackson
Peterson
Domingo, 13 de agosto de 2017 às 12:40 UTC-03
A Superioridade de Thogal A razão pela qual praticamos thogal no Dzogchen é
desenvolver completamente as qualidades de sabedoria mais sutis da Consciência de
Clara Luz. Nosso estado mental normal é um estado mais denso de Clara Luz chamado
prana ou chi. É o reino do pensamento; o pensamento é prana. A Clara Luz é a sua
natureza essencial. A sabedoria de rigpa pertence apenas à dimensão da Mente de Clara
Luz, não à mente cármica do pensamento. Não é que essas mentes estejam separadas e
à parte umas das outras, mas é simplesmente uma diferença na vibração energética. É
parecido como voar em um jato; você levanta voo enquanto voa através dum céu
nublado para subir até o céu claro acima; é um único céu, mas com diferentes
qualidades. Nossa mente pensante é uma mente anuviada com prana como
pensamentos. Com essa mesma mente, reconhecendo sua natureza vazia e consciente,
revela-se a Mente de Clara Luz sem pensamentos, e o prana se revela como a sabedoria
de rigpa. O método de trekchod seria relaxar e reconhecer a consciência clara dentro da
mente cármica ao diferenciar entre consciência pura e atividade mental ou mente
cármica. O método de thogal é primeiro trazer a consciência aos olhos e depois olhar
para o espaço vazio sem mover os olhos. Isso ativa e exterioriza a consciência de Clara
Luz nos olhos. Neste ponto, seguindo as instruções para a prática de thogal, a Mente de
Clara Luz surgirá completamente com suas sabedorias autovalidantes de Rigpa. A
clareza de thogal é como um garuda que voa através de um vasto céu de transparência e
sabedoria (gnose). É uma dimensão completamente além e acima da mente pensante ou
das nuvens mentais prânicas abaixo. À medida que a Mente de Clara Luz surge, tudo o
que alguém sempre procurou é totalmente revelado em um contínuo cintilar da
sabedoria de Rigpa. Enquanto em trekchod experimenta-se lampejos descontínuos de
rigpa. Longchenpa descreve sete superioridades de thogal sobre trekchod. Via Jackson
Peterson
Domingo, 13 de agosto de 2017 às 12:36 UTC-03
Um Momento Livre de Pensamento Observe estar em um momento entre o último
pensamento e antes do próximo pensamento surgir. Há apenas um momento indefinido
de consciência pura. Essa "consciência pura" entre pensamentos está vazia, livre de toda
descrição, livre dum eu e sem problemas. Essa é a sua verdadeira natureza. O próximo
pensamento não condiciona o espaço vazio e consciente entre os pensamentos. Sem
condições de pensamento neste espaço vazio consciente entre pensamentos. Há uma
total liberdade entre os pensamentos. Há uma paz total entre os pensamentos. Você é
sempre apenas este espaço vazio e consciente entre os pensamentos. Nada acontece
entre os pensamentos. Nada acontece durante os pensamentos, exceto o pensamento
de que "algo acabou de acontecer". --Jackson Peterson
Domingo, 13 de agosto de 2017 às 12:35 UTC-03
Aqui está a "clara consciência vazia" que você é: { } Os fenômenos aparecem e
desaparecem, mas você permanece: { *• *• } { } Mas o saber/ver é permanente e
imutável. Orientado fisicamente, este "espaço vazio consciente" que permanentemente
"conhece" e "vê", fica diretamente atrás da testa no centro do cérebro. Feche seus olhos
e você estará imediatamente lá, exatamente onde você sempre esteve. É um espaço
claro e transparente que "conhece". Imagens, percepções e pensamentos aparecem
neste espaço de "consciência pura" sem alterá-la; como reflexos cintilantes em um
espelho de vidro. Como este "espaço vazio consciente" você nunca muda, apenas os
pensamentos, sentimentos e percepções o fazem. Mesmo os "pensamentos" sobre a
identidade como um "mim" ou eu definido não se aplicam ao que você sempre é. Feche
seus olhos; relaxe como sendo este espaço perfeitamente puro de conhecimento
transparente em que todos os fenômenos mentais e perceptivos aparecem e
desaparecem sem alterar, melhorar ou danificar sua consciência vazia. Embora o corpo
morra, "você" não morre. Você é sempre este imutável "espaço vazio de consciência
perfeita" que é o protagonista de suas próprias projeções energéticas como hóspedes
temporários; como imagens autogeradas que aparecem em um espelho vazio de
consciência. --Jackson Peterson
Domingo, 13 de agosto de 2017 às 12:27 UTC-03
Identificando Rigpa ou Consciência Pura Digamos que você tenha uma roda com um
milhão de raios. Cada um é diferente. Alguns raios estão em boas condições e alguns
estão em mau estado. Alguns são brilhantemente coloridos e alguns são sem brilho.
Alguns são finos e alguns são grossos. Alguns são de madeira e alguns são de metal.
Todas as variações imagináveis de raios estão presentes na roda. Agora imagine que
você está no meio no eixo ou cubo. Não importa a que raio é dada atenção, você
permanece o mesmo. Isto é como a imutabilidade de rigpa ou consciência pura. Agora
vamos fazer os raios em milhões de diferentes corpos, emoções, sentimentos,
pensamentos, estados mentais, sensações, senso do eu, identidades, imagens, cores,
gostos, cheiros, sons e percepções. Novamente você está no eixo central, no centro de
tudo. Seja qual for o "raio" de sua atenção, você permanece o mesmo no conhecimento
de cada um. Namkhai Norbu apontou para mim que a questão não é se vários
pensamentos, sentimentos, sensações ou percepções estão presentes ou não, mas sim
"quem" está presente que sabe que cada um [deles] está ocorrendo. Esse imutável
"quem" é rigpa. Garab Dorje ensinou: "O que está presente durante um pensamento,
bem como o que está presente na ausência do pensamento, é a imutável rigpa".
--Jackson Peterson
Domingo, 13 de agosto de 2017 às 12:24 UTC-03
"Estabelecido na base desnuda, -- minha cabeça banhada por um ar jovial e elevada no
espaço infinito, -- todo egoísmo vil desaparece. Eu me tornei um globo ocular
transparente; eu não sou nada; eu vejo tudo ...... " Ralph Waldo Emerson.
Domingo, 13 de agosto de 2017 às 12:22 UTC-03
Diferenciando Rigpa (Consciência Pura) de Sem (mente cármica) Rigpa é uma
Consciência não-dual. A mente cármica é uma consciência dualista. Quando você abre os
olhos, há apenas cores: isto é não-dual. Quando você abre os olhos e depois a mente
adiciona cores "eu vejo", isto é dualista. Há um objeto como "cores" e um "observador"
imaginário de cores. Mas na verdade, porém, as cores não estão acontecendo para
ninguém. Isto é verdade para todas as percepções, pensamentos e experiências
também. A percepção de Rigpa aparece COMO cores, sons, gostos, cheiros e sensações
e não é um espectador "deles”. A consciência dualista está ciente de "cores, sons,
gostos, cheiros, sensações e pensamentos junto com um "percebedor" imaginado como
um "eu" que parece perceber. Mas este "eu" não pode ser encontrado como existindo
quando procurado, porque não está lá; somente as percepções e pensamentos "sobre"
um "eu" estão acontecendo. Este "eu" imaginário é o buscador. É o que aparentemente
existe, que pratica e toma instruções de um guru, e é o imaginário "quem" o guru está
ensinando! Todos os problemas da vida e o karma imaginado pertencem a este "eu"
imaginário. Quando a mente de repente deixa de projetar esse "eu" imaginário, a
liberação é realizada não para o "eu", mas do "eu". Sempre que há o pensamento "Eu
estou percebendo" ou "Estou experimentando" que é sempre a sem dualista (mente
cármica). Caso contrário, existe apenas Rigpa que aparece COMO percepções e COMO
experiências. Rigpa aparece como tudo, incluindo o pensamento "eu" como o sujeito
imaginário das experiências; enquanto a mente cármica está aparecendo como um
espectador "de" tudo. O "buscador" e o "praticante" nunca existiram, exceto como
histórias de pensamento imaginário que aparecem para "ninguém". --Jackson Peterson
Domingo, 13 de agosto de 2017 às 11:46 UTC-03
Qual é a Diferença? Por que alguns "veem" como rigpa (consciência pura) e outros não?
A diferença é saber se rigpa está projetando uma consciência secundária que é um
microssegundo mais lenta ao testemunhar as projeções momentâneas COMO estão
sendo projetadas e, portanto, é "vê-las" como se já estivessem lá e [fossem]
preexistentes. Caso contrário, rigpa está "vendo" suas projeções como sua própria
criatividade imediata; e elas se liberam a partir do surgimento. Ver, repentinamente que
rigpa é em si a projeção da consciência secundária "atrasada no tempo", é a sua
liberação imediata. --Jackson Peterson
Domingo, 13 de agosto de 2017 às 11:40 UTC-03
Mente Buda e a Iluminação Súbita O propósito das tradições Essência Mahamudra,
Dzogchen e Zen é apontar diretamente a nossa verdadeira Natureza Buda. Vários meios
hábeis são usados para esse propósito. Todos os itens acima são considerados sistemas
não-graduais de "iluminação súbita". Esta transmissão única foi transmitida a
Mahakasyapa pelo Buda histórico, e sobreviveu como a tradição zen do "despertar
instantâneo". Recebi com sucesso transmissões para as três dessas tradições de mestres
e professores dessas tradições. Como mencionei em meu livro "O Êxtase Natural de
Existir", fiquei muito interessado em compreender plenamente os mecanismos que
desencadeiam essa experiência perspicaz desde 1966. Então, queria ver se havia uma
tecnologia genérica que pudesse ser extraída do meio cultural e religioso em que esses
ensinamentos estavam embutidos. Sinto-me confiante de que agora posso compartilhar
o que parece ser o verdadeiro meio hábil, o que resulta em uma mudança tão súbita de
introvisão e percepção. É um meio que qualquer pessoa poderia facilmente aprender e
aplicar. Aqui estão as citações chave que expõem o mais essencial: "A razão para isso é
que a ushnisha (chakra da coroa superior) não tem tamanho, mas permeia a extensão
final. Quando a mente do vento (sem) se dissolve no chakra da ushnisha (chakra da
coroa superior), o estado búdico é atingido". "E quando a mente do prana (sem) se
dissolve no chakra da ushnisha (chakra da coroa superior), a ‘exaustão’ dos fenômenos
na talidade (chos nyid zad sa, a quarta visão do thogal), o estado búdico é alcançado".
Das notas finais de "O Tesouro das Qualidade Preciosas" de Jigme Lingpa "A ushnisha de
Buda, a protuberância no topo da cabeça, não é feita de carne e sangue, mas representa
a abertura do chakra espacial. Também é conhecido como o "chakra da coroa do grande
êxtase". Khenchen Palden Sherab Rinpoche O chakra da coroa ou "chakra espacial" é
onde reside a nossa Mente Buda. A mente Buda não reside no crânio ou na cabeça, mas
sim o crânio ou a cabeça é a sua projeção energética, assim como o corpo e o "mundo
externo". Todos são a projeção da Mente Buda aparecendo dentro da Mente Buda,
como reflexos aparecendo em um espelho vazio. A "mente pensante" comum (sem)
também aparece dentro da Mente Buda e parece estar onde a nossa atenção reside
energicamente envolvida em suas histórias e imagens. Quando a atenção é direcionada
ou colocada dentro da própria Mente Buda, a "mente pensante" se dissolve. O que resta
é apenas a Mente Buda. Este é o único objetivo do "caminho súbito" em todas as três
tradições acima mencionadas. Como esse "deslocamento" para a Mente Buda deve ser
realizado? Vários mestres do Dzogchen ofereceram essas instruções precisas: "É como
se seus olhos estivessem voltados para trás em vez de para frente, como costumamos
fazer. Você está olhando com os olhos, mas está olhando para trás ao mesmo tempo.
Não tente pôr esforço demais nisso, caso contrário, você vai realmente cometer um
grande equívoco. Você apenas olha para trás..." Mingyur Rinpoche "A maneira de fazer
isso é apenas atrair sua atenção ligeiramente para dentro; não olhar profundamente
para dentro, mas apenas voltar o seu foco de fora para dentro de maneira muito leve. O
momento de reconhecer esse estado é a benção da linhagem". Tsoknyi Rinpoche "Sem
qualquer dentro ou fora – abertura total. Como é essa ‘abertura’? É vazia, desperta,
luminosa e simples ... " Tsoknyi Rinpoche Aqui está uma maneira que uso em meus
retiros: Sente-se em uma postura confortável em um lugar bem iluminado e claro ou
num espaço ao ar livre. Feche seus olhos. Observe a cor em suas pálpebras fechadas.
Geralmente parecerá uma cor alaranjada com uma coloração acastanhada ou cinza. Seja
qual for a cor, basta observar a cor que parece estar na frente de sua consciência que
está percebendo as cores. Agora, em vez de se concentrar nas cores nas pálpebras;
repare o que é que "observa" as cores. Traga a atenção do objeto para o lado do sujeito
que está fazendo a observação. Observe a natureza vazia de sua própria consciência que
está observando. Há um espaço vazio de consciência que conhece a si mesmo, mas não
como uma coisa com contorno, forma ou substância. Relaxe a atenção repetidamente
das cores ou de qualquer fenômeno interno, de modo que a atenção e a consciência
observadora vazia ocupem o mesmo espaço exato, de forma inseparável. "Relaxar no
espaço básico além de começo e fim", introduz a natureza da mente. Depois de
reconhecê-lo, não há necessidade de esperar por outro momento no futuro. O espaço
básico nunca começou e não termina de forma alguma. Rigpa nunca começou e não
termina. É totalmente infinito, absolutamente sem começo ". Tulku Urgyen "Este estado
desperto que é primordialmente puro é a qualidade vazia da natureza de nossa mente
(Mente Buda). No momento em que reconhecemos nossa natureza, não vemos
nenhuma "coisa" absolutamente. Já é totalmente puro e perfeito. Isso é exatamente o
que chamamos de pureza primordial. Inseparável duma qualidade de conhecimento:
somos conscientes, ao mesmo tempo. Esta é a presença espontânea. Estes dois
aspectos são indivisíveis". Tulku Urgyen Uma vez que estas instruções revelam o que
está sendo apontado: Uma citação antiga de um Tantra fundamental da Grande
Perfeição, ou texto escritural, chamado "O Amontoado de Joias". Resume
completamente o método exclusivo da prática do Dzogchen: "A mente está equilibrada
num estado de consciência desnuda, não há como dirigir a mente. Não se procura por
nada, não se está olhando para nada. Permite-se simplesmente que a mente descanse
em seu próprio estado natural. A natureza vazia, clara e desimpedida da mente (Mente
Buda) pode ser experimentada se pudermos descansar em um estado de consciência
não-fabricado, sem distração e sem que a centelha da consciência se perca." ngchenpa,
Publicações Padma) Kalu Rinpoche: "A mente está equilibrada num estado de
consciência desnudo, não há como dirigir a mente. Não se procura por nada, não se está
olhando para nada. Permite-se simplesmente que a mente descanse em seu próprio
estado natural. A natureza vazia, clara e desimpedida da mente (Mente de Buda) pode
ser experimentada se pudermos descansar em um estado de consciência não-fabricado,
sem distração e sem que a centelha da consciência se perca". Na vida diária: "É fácil re-
conhecê-lo (rigpa). Você só tem que deixar de pensar e está lá. Não há muito a ser feito".
Mingyur Rinpoche Alternativamente, também pode-se utilizar a yoga tumo (kundalini
yoga) para que a mente se dissolva na Mente Buda: Lama Yeshe explica o que acontece
quando a kundalini entra no chakra da coroa: "É a chave secreta que o abre para todas
as realizações". "Essa felicidade nascida simultaneamente unifica totalmente a não-
dualidade e realmente se torna a sabedoria da vaziez, a experiência da clara luz ". Lama
Yeshe também escreveu: "O ponto que eu estou tentando chegar é que você tem a
experiência, mas você mesmo desaparece totalmente". "O ‘você’ relativo desaparece,
bem como qualquer impressão do objeto sensorial relativo que está experimentando".
"No momento, estamos muito envolvidos com "meu" corpo, "minhas" coisas, “meu"
chakra do coração. Tudo isso tem que ser dissolvido na vaziez". Métodos simples para
fácil aplicação são oferecidos no meu livro "O Êxtase Natural de Existir".
Www.wayoflight.net Mais "instruções do apontar" Dzogchen estão aqui:
www.dzogchen.be Jackcson Peterson
Domingo, 13 de agosto de 2017 às 11:25 UTC-03
Gênese Nos ensinamentos Dzogchen, nossa Natureza Buda definitiva é simbolizada
como o Buda Samantabhadra. Também é conhecido como o Adi-Buda, referindo-se ao
seu penúltimo estado de Ser primordial. Todo o objetivo e propósito do Dzogchen é que
cada pessoa perceba que eles mesmos são a natureza Buda absoluta como
Samantabhadra. A história começa assim: Samantabhadra, o Adi-Buda, sempre esteve
primordialmente presente. Como um aspecto de sua energia dinâmica cognitiva, surge
uma consciência secundária dentro da vaziez natural do Adi-Buda. Essa consciência
secundária é um estado neutro e virgem do potencial da Mente Buda. Tem a capacidade
de reconhecer sua natureza como uma emanação cognitiva do Adi-Buddha ou não. Se
não, então, a capacidade cognitiva se torna a mente ordinária conceitualizadora. Define
a si mesma e as energias radiantes do Adi-Buda através da conceitualização, e assim cria
um eu fictício e o reino ficcional em que aparece. O resultado é o eu samsárico e os
reinos samsáricos ficticios. O dzogchen aponta a verdade real para essa consciência
samsárica em relação à sua verdadeira natureza absoluta de ser Samantabhadra. Porque
a base da consciência secundária, chamada mente, é cognitivamente Samantabhadra,
pode ocorrer uma dissolução imediata da mente secundária na consciência de
Samantabhadra. Esse momento é uma sabedoria de reconhecimento chamada Rigpa. A
consciência secundária então se re-manifesta, mas desta vez como uma "consciência de
sabedoria" (yeshe) chamada de Mente Buda junto com todas as suas capacidades e
funções Búdicas. Samantabhadra tem uma consciência secundária funcional que
aparece como uma Mente Buda ou como uma mente samsárica; mas ambos estão
existindo no espaço cognitivo interno primordial de Samantabhadra, que é a imutável
Vaziez. Uma vez que Rigpa surge, simplesmente se permanece nesse samadhi
completamente desperto, nirvikalpa (sem pensamento) samadhi (ting e dzin). O
samadhi é como um cubo de gelo que derreteu em sua própria natureza como água. O
estado congelado é a mente samsárica e o estado da água é Rigpa. Eles são
mutuamente excludentes. Rigpa é o estado cognitivo do Buda primordial
Samantabhadra. Em ambos os casos, Samantabhadra está manifestando ativamente sua
consciência como uma mente samsárica ou como uma Mente Buda. Portanto, o eu
samsárico não possui autonomia. Samantabhadra está sempre no fundo, puxando suas
cordas como uma marionete. Se a sabedoria inicial de Rigpa desaparece, então, relaxa-
se novamente no Samadhi Vajra de Rigpa. Mas toda a ideia e ação de "relaxar" de volta
ao samadhi, está sendo orquestrada por Samantabhadra e não pelo "praticante".
Samantabhadra está sempre no comando e nunca deixou seu "trono". Ha, ha ha! Ah la la
ho! Via Jackson Peterson
Domingo, 13 de agosto de 2017 às 11:20 UTC-03
Consciência Sem um Dono A consciência a ser apontada aqui, não é revelada quando se
sente "estou consciente". Isso implica que há um eu que POSSUI uma qualidade de
consciência. A consciência não é pessoal. Quando o "eu sou" é removido da frase "estou
consciente", o que está sendo apontado é muito mais próximo da realidade. O "eu sou"
é uma construção mental fictícia; a consciência já é atemporal, sem centro e sem
fronteiras. Sem um "eu sou" central ou "mim" na consciência, qual é a relação entre
consciência e percepções? Feche os olhos e ouça os sons. Observe quanta distância
existe entre um som e a consciência quando o "eu sou" está ausente. Percepções não
estão mais acontecendo PARA um "eu sou" como um "mim"; a consciência simplesmente
se expressa COMO percepções. Um recém nascido tem consciência total sem uma
construção de pensamento "eu sou". Os pensamentos "eu sou" e "mim" são como
reflexos que ocorrem em um espelho. A consciência é o espelho e o "Eu sou" é sempre
um reflexo. Não há "eu sou" como o espelho. Rigpa no Dzogchen é o espelho e o
espelho não tem "eu sou" como parte de sua natureza intrínseca. E o "eu sou" ou "mim"
nunca pode ser o espelho, é sempre apenas uma reflexão momentânea. Afirmar "estou
apenas descansando como rigpa" não faz sentido considerando o que foi explicado
acima. Rigpa é a consciência que não pode ser propriedade de uma construção mental,
tal como um "mim" ou "eu sou". Afirmar "meu rigpa não é estável porque ele vem e vai",
está invertido. Antes, rigpa é sempre estável e o "eu sou" ou "mim" vem e vai. --Jackson
Peterson
Domingo, 13 de agosto de 2017 às 11:04 UTC-03
"... em vez de tentar realizar a budeidade, sempre resida naquela Mente Buda Não-
nascida. Então, enquanto dorme, estará dormindo na Mente Buda, e quando estiver
acordado, estará acordado na Mente Buda; você sempre é um buda vivo, e não há um
tempo em que não seja um buda. Já que é um buda o tempo todo, não há mais nenhuma
budeidade especial para realizar. Em vez de tentar tornar-se um buda, nada poderia ser
mais simples do que tomar o atalho de remanescer um buda!" Mestre Zen Bankei
Domingo, 13 de agosto de 2017 às 10:28 UTC-03
Como você é, é isso! Quando o Mestre estava no Nyohoji, instruiu a Assembleia,
dizendo: "Todos vocês têm sorte de ter encontrado um professor! Sem ter que
desgastar suas sandálias de palha, desperdiçando sua força [perseguindo] flores no céu
ou [se envolvendo em] práticas difíceis e penosas. Você [pode] entrar diretamente no
verdadeiro ensino. Que boa sorte! Não desperdice seu tempo!" Um monge que estava
presente disse: "Mesmo assim, há apenas uma Suposição, veja bem, alguém quer sair da
cidade e cruzar o rio: sem usar uma canoa, muito menos sequer dar um passo, nunca
chegará a lugar algum." O Mestre disse: "Como você é, aqui mesmo neste momento, é
isso. Não há como chegar em qualquer lugar ou nem algum lugar a chegar. Isto é o que
se entende pelo ensino da iluminação repentina, Hesite e está perdido; vacile e parece
cada vez mais longe." (Zeigo. Zenshu, p. 311)
Domingo, 13 de agosto de 2017 às 09:39 UTC-03
Uma antiga estória zen conta que um dia, um discípulo monge foi ao seu professor Zen
e perguntou: "Mestre, como poderei perceber minha Natureza Buda?" O mestre
respondeu: "Não pode perceber sua Natureza Buda, porque aquilo que percebe É sua
Natureza Buda." --Via Jackson Peterson �
Sábado, 5 de agosto de 2017 às 09:57 UTC-03
Milarepa e Não Meditator "É por estas razões que em "Um Retrato Autêntico do
Caminho do Meio", Jetsun Milarepa cantou: "Sem meditador e sem objeto de
meditação, Sem caminhos e níveis a percorrer e sem sinais, E nenhum corpo de fruição e
nenhuma sabedoria, E, portanto, não há nirvana lá, Apenas designações usando nomes e
afirmações. "Toda esta passagem é um raciocínio lógico que progride por etapas.
Primeiro, Milarepa cantou que não há meditador. Não há meditador porque não existe
um eu. Se não houver meditador, não pode haver qualquer objeto de meditação, e se
não há objeto de meditação, não pode haver nenhum caminho ou nenhum sinal de
progresso no caminho. Se não houver caminho, não pode haver qualquer resultado no
final do caminho na forma dos corpos e sabedorias da fruição. Se não houver corpos ou
sabedorias na fruição, não existe tal coisa como o nirvana. Todos esses termos são
apenas designações, meros nomes e imputações". Khenpo Tsultrim Gyamtso, -- "O Sol
da Sabedoria"
Sábado, 5 de agosto de 2017 às 09:56 UTC-03
O Uttaratantra afirma: "A natureza intrínseca da mente é luminosamente clara, é
imutável, como o espaço". Feche seus olhos e perceba como sua consciência atual é esse
espaço interior claro e imutável da Mente Buda, em que pensamentos e percepções
aparecem e desaparecem. Via Jackson Peterson
Sábado, 5 de agosto de 2017 às 09:56 UTC-03
Tilopa afirma: uma mente sem foco direcionado é Mahāmudrā.
Sábado, 5 de agosto de 2017 às 09:56 UTC-03
As Duas Verdades Ao discutir Dzogchen aqui, muitas vezes as pessoas confundem os
entendimentos do nível inferior das "Duas Verdades" com o entendimento Dzogchen e
tântrico. No Dzogchen, não há "duas verdades". O absoluto e o relativo são ambos,
igualmente, conceitos vazios. Todos os fenômenos são igualmente a única expressão da
Grande Perfeição e, portanto, são perfeitos. A visão inferior afirma que existe uma
verdadeira variação entre fenômenos e valores "relativos": melhor/pior, bom/ruim,
moral/imoral, certo/errado, consecução / não consecução, realização/ausência de
realização. Uma vez que todos os fenômenos e ideias são igualmente vazios de
existência inerente, nenhuma "outra" existência é encontrável. Pema Rigtsal: "Não
importa o que surge no samsara e no nirvana, no próprio momento de sua aparição,
surge na vaziez última atemporal. Não há um pingo de bem para ser cultivado ou de mal
para ser rejeitado. Isso é chamado de "grande verdade inseparável atemporal". Vazio
embora aparente, aparente embora vazio, essa magnífica igualdade atemporal de vaziez
e aparência é chamada de "visão do Dzogchen" e também "a visão do sacrifício último"
ou "a visão livre de todas as proposições". Na realidade, portanto, todos os fenômenos
são apenas rótulos mentais, e, na realidade, nem a menor coisa existe para ser cultivada
ou rejeitada". Via Jackson Peterson
Sábado, 5 de agosto de 2017 às 09:55 UTC-03
Alegria Infinita Nosso Estado Natural é alegria infinita; uma alegria intrínseca que é
inseparável de existir. É sempre notada e presente quando a mente está livre de todos
os pensamentos e tópicos. É como se você fosse uma TV que tenha seu "canal de
alegria" natural, mas a mente continua girando para todos os outros espetáculos nos
diferentes canais. Essa alegria não tem causa. Não tem eu pessoal. Isso não requer que
algo seja entendido. Não requer nenhuma prática. É o que resta quando tudo o que a
mente produz, cessa na vaziez total. É cristalina, transparente, infinitamente sábia e
vazia de todos os "outros". Conhecer isso na experiência real é essa alegria. Quando
vários pensamentos e estórias estão na mente, produzem tons emocionais e estados,
nenhum dos quais é a nossa "alegria natural". Quando a mente é cristalina, vazia e
desperta, a nossa alegria natural está presente. Quando qualquer pensamento é
focado, refrata-se a alegria num milhão de sentimentos possíveis, como um prisma
refratando luz branca em cores. Pema Rigstal: "Esta presença pura (Rigpa) é
primordialmente livre de elaboração conceitual e é a contemplação das mentes de
todos os budas. Colocar qualquer esforço para purificá-la ou adulterá-la por conceitos
tende a ocultar sua natureza e é contraproducente. Precisamos abandonar todo o
esforço, juntamente com raciocínio dedutivo e conceitos especulativos ". --Jackson
Peterson
Sábado, 5 de agosto de 2017 às 09:55 UTC-03
Dzogchen Apenas Pema Rigtsal escreveu: "Agora, e se simplesmente dependermos do
Dzogchen apenas? Não preste atenção aos pensamentos ou a qualquer coisa que ocorra
na mente, mas examine de onde o pensamento ou a imagem vem, onde permanece e
para onde vai. Se fizermos isso por tempo suficiente, descobriremos que todas as
formas de pensamento são vazias e que não há nada substancial na mente. Mantenha a
mente em seu próprio lugar, não modificada e sem distração, à vontade em seu estado
de vaziez desnuda. Não tente parar a mente e não a siga. Desta forma, somos liberados
de todo o sofrimento da aflição emocional, e seguimos em paz. A felicidade engendrada
é uma profunda calma, e nós a chamamos de "serenidade". --Jackson Peterson
Sábado, 5 de agosto de 2017 às 09:55 UTC-03
"Quando todo pensamento discursivo e conceitos e todas as construções da mente
dualista se dissolvem em sua espacialidade, a mente luminosa real em toda a sua clareza
brilha em seu próprio espaço, e não há necessidade de procurá-la em qualquer outro
lugar". Pema Rigtsal
Sábado, 5 de agosto de 2017 às 09:54 UTC-03
Milarepa e Não Meditator "É por estas razões que em "Um Retrato Autêntico do
Caminho do Meio", Jetsun Milarepa cantou: "Sem meditador e sem objeto de
meditação, Sem caminhos e níveis a percorrer e sem sinais, E nenhum corpo de fruição e
nenhuma sabedoria, E, portanto, não há nirvana lá, Apenas designações usando nomes e
afirmações. "Toda esta passagem é um raciocínio lógico que progride por etapas.
Primeiro, Milarepa cantou que não há meditador. Não há meditador porque não existe
um eu. Se não houver meditador, não pode haver qualquer objeto de meditação, e se
não há objeto de meditação, não pode haver nenhum caminho ou nenhum sinal de
progresso no caminho. Se não houver caminho, não pode haver qualquer resultado no
final do caminho na forma dos corpos e sabedorias da fruição. Se não houver corpos ou
sabedorias na fruição, não existe tal coisa como o nirvana. Todos esses termos são
apenas designações, meros nomes e imputações". Khenpo Tsultrim Gyamtso, -- "O Sol
da Sabedoria"
Sábado, 5 de agosto de 2017 às 09:49 UTC-03
A Sabedoria do Canal de Cristal Kati Um aspecto da fruição do Caminho do Thogal é a
abertura do canal de Cristal Kati. Este é um canal extremamente sutil que liga o coração
diretamente aos olhos. Esta fruição é muitas vezes descrita como a resolução de todos
os fenômenos, ou o esgotamento de tudo em dharmata. Isso significa que seu coração
está jorrando para fora de seus olhos enquanto se conecta com sua natureza como a
essência da realidade. Neste processo você está aprendendo a ver com seu coração.
Abrir o canal de Cristal Kati é ignorar o seu cérebro inteiramente! Vou dizer novamente
porque é tão profundo. O dzogchen trata de deixar sua mente conceitual e aprender a
ver com seu coração. Seu coração, e não o seu cérebro contém a semente da radiância
que é a sua visão desta vida. Então, deixe de lado seus conceitos e descanse na abertura
de seu ser.
https://www.reddit.com/r/Dzogchen/comments/38onb9/the_wisdom_of_the_crystal_k
ati_channel/
Sábado, 5 de agosto de 2017 às 09:48 UTC-03
De Liberação Natural, os ensinamentos de Padma Sambhava sobre os Seis Bardos, como
revelado por Karma Lingpa, comentário de Gyatrul Rinpoche: Do Tantra das Três Frases
da Liberação pela Observação: Oh Senhor dos Mistérios, a revelação do Dharmakaya
existe dependendo do seu corpo. Seu local é o núcleo do seu coração. Sua clareza é a
clareza que emana dos seus olhos. O Buda habita dentro de seu coração e, embora
esteja fechado pelo corpo de carne e sangue, não está coberto. Assim, desobstruído
pelo corpo, está claramente e desobstruidamente presente nos três tempos. Essa é a
qualidade não-nascida e eterna de sua consciência desperta. Gyatrul Rinpoche comenta:
A manifestação de clareza (gsal-ba) que emite seus olhos pertence ao canal que liga o
coração aos olhos. Esta clareza é uma espécie de luminosidade, e uma vez que está além
dos três tempos do passado, presente e futuro, é não-nascida e imortal. Oh, Senhor dos
Mistérios, há as instruções para realizar o Dharmakaya: o espaço externo é este espaço
vazio intermediário: o espaço interno é o canal vazio e oco que liga os olhos e o coração
(ka-ti) e o espaço secreto é o palácio precioso de seu próprio coração. Dirija sua
consciência para os seus olhos; dirija seus olhos para o espaço intermediário, e deixando
seu olhar lá, a sabedoria primordial surge livremente. Quando a consciência é dirigida
para os seus olhos, a consciência não-conceitual por si só aparecerá, sem ser
obscurecida por qualquer ideação compulsiva. ******************* Do Mestre
Dzogchen, o ensino de Gyatrul Rinpoche: "Sustentadamente fixe seu olhar no espaço à
sua frente, na vacuidade no nível da ponta de seu nariz, sem qualquer desordem ou
duplicidade. Este é o benefício deste olhar: no centro dos corações de todos os seres,
existe o canal kati de cristal oco, que é um canal de sabedoria primordial. Se estiver para
baixo e fechado, a sabedoria primordial é obscurecida, e a ilusão cresce. Assim, nos
animais em que os canais são para baixo e estão fechados, são insensatos e iludidos.
Nos seres humanos em que os pontos dos canais são horizontais e estão ligeiramente
abertos, a inteligência humana é brilhante e nossa consciência é clara. Em pessoas que
alcançaram siddhis e em bodhisattvas, esse canal está aberto e está voltado para cima,
de modo que surgem samadhis inimagináveis, sabedoria primordial de conhecimento e
vastas percepções extra-sensoriais. Estas ocorrem devido à qualidade aberta desse
canal de sabedoria primordial. Assim, quando os olhos estão fechados, esse canal é
fechado e aponta para baixo, então a consciência é ofuscada pela ilusão da escuridão.
Ao sustentar fixamente o olhar, esse canal faz face e abre, o que isola a "consciência
pura da consciência impura" (o rushan autêntico). Então, aparece um samadhi claro e
sem pensamentos, e aparecem inúmeras visões puras. Assim, o olhar fixo é
importante ..... o canal kati de cristal oco é mantido em segredo, e não há discussões
desse canal especial de sabedoria primordial. Este canal é diferente do canal central, do
canal direito, do canal esquerdo ou de qualquer um dos canais dos cinco chakras; não é
o mesmo que qualquer um deles. Sua forma é como a de um grão de pimenta que é
quase aberto, não há sangue ou linfa dentro dele, e é límpido e claro. Uma técnica
especial para abrir isso está escondida nas instruções sobre a liberação natural
pertencente ao orifício inferior, grande felicidade e desejo. Os Yanas inferiores não têm
nem o nome desse canal. Assim, enquanto sustenta continuamente esse olhar fixo,
coloque a consciência inabalável, constante, clara, desnuda e fixa, sem ter nada para
meditar na esfera do espaço. Quando a estabilidade aumentar, examine a consciência
que é estável. Em seguida, solte e relaxe gentilmente ..... " Via JP.
Sábado, 5 de agosto de 2017 às 09:47 UTC-03
De outro tópico: ... melhor perceber que não existem nós sutis, corpo físico ou sutil.
Ambos são meras construções conceituais vazias. Toda a realidade, objetos, energias,
pessoas, corpos e coisas, só existem como construções conceituais e mentais flutuando
na consciência; o espaço vazio de sua Mente. JP
Sábado, 5 de agosto de 2017 às 09:45 UTC-03
Jigme Lingpa Em outros lugares no PK Jigme Lingpa implica que os caminhos e os
estágios são uma restrição conceitual sobre a verdadeira liberdade do praticante da
Grande Perfeição: "Porque nós iogues temos esse caminho, temos uma felicidade
contínua que é livre do cansaço de ser capturado na gaiola dos caminhos e estágios, e
da rede de conceitualização, análise, disputa e contradições das escrituras originais do
Pāramitāyāna." Um modo comum do discurso na Grande Perfeição é a rejeição das
práticas dos outros veículos; é uma característica fundamental do Künje Gyalpo, por
exemplo. No Longchen Nyingtig, o primeiro capítulo da KGN contém uma crítica dos
modos de prática associados aos outros oito veículos. Aqui, cada veículo está associado
a um tipo particular de percepção errônea da própria mente (sem nyid). O não-budista
(mu stegs can, Skt. Tīrthika) está associado às posições extremistas do eternalismo e
niilismo. O śrāvaka é criticado por fazer da própria mente um fenômeno cognoscível
(shes bya'i chos), e o pratyekabuddha por atender egoicamente apenas a sua própria
consciência. O bodisatva está associado a uma crença conceitual nos dois níveis da
verdade (bden gnyis). Quanto aos três tantras inferiores, a prática de kriyā está
associada à aceitação e rejeição do bem e do mal, a upa está associado a um código de
atividade ou meios (thabs) que prescreve maneiras de se comportar e o yôga é criticada
pela construção de um selo (Phyag rgya) após a luminosidade. Nos tantras superiores, a
anuyoga está associada à meditação causal e a meditação mahāioga está associada à
conceitualização de aparências e sons como corpo e mantra da deidade; no entanto,
neste caso, é um erro (gol sa) na prática de mahāioga que é rejeitado, em vez do veículo
em si. Esses oito veículos também são às vezes criticados, de passagem, no decurso da
exaltação das virtudes do nono veículo (a Grande Perfeição). Em YL, Jigme Lingpa
escreve o seguinte sobre o reconhecimento de rigpa: "Então, agora, através das
instruções do lama, rigpa é instantaneamente completado. Nada é construído sobre seu
estado natural, que surge de rigpa sozinho. Portanto, em nenhum momento você está
distraído e, em nenhum momento se dedica à meditação. Este é o ensinamento que
ilumina o núcleo da mente iluminada do Buda original, Samantabhadra". Sam escreve:
ESTA DECLARAÇÃO INEQUÍVOCA afirma que a iluminação, ou o estado búdico, ocorre
instantaneamente (skad cig) sobre o reconhecimento de rigpa. Qualquer atividade
adicional é rejeitada, uma vez que o resultado foi alcançado. Isso conflita fortemente
com o discurso gradualista budista em geral ... Via JP
Sábado, 5 de agosto de 2017 às 09:38 UTC-03
Causação Última no Dzogchen No budismo básico, incluindo Madhyamaka, todos os
fenômenos dependem de condições e circunstâncias anteriores e coexistentes. Todos
os objetos e pessoas dependem de outros objetos e pessoas anteriores. Portanto, a
causação é uma origem dependente. Em Prasangika Madhyamaka é feita uma distinção
ainda mais sutil: todos os fenômenos dependem de serem designados conceitualmente.
Os fenômenos não possuem características inerentes além do que designa o
observador (mente). Causação é apenas construção conceitual em Prasangika.
Dzogchen não nega os dois primeiros processos, mas vai além em dizer que essas
cadeias de causalidade dependem unicamente de um tipo de agente causador chamado
Rigpa ou Mente Buda. O dzogchen inicial simbolizou esta causa final chamando-a de
"fonte suprema", Kunje Gyalpo, "o Rei Todo-Criador". Cada pessoa é esse "Rei Todo
Criador" que cria tudo através do seu poder energético chamado "tsal". Ele cria o
mundo "externo", gerando hologramas 3D de tsal e dando-lhes significado através da
geração de nomes e rótulos. O mundo "exterior" projetado só aparece dentro do seu
mundo "interior" como o imutável espaço vazio de consciência pura (Dharmakaya).
Jackson Peterson
Sábado, 5 de agosto de 2017 às 09:04 UTC-03
Rigpa no Dzogchen A maioria, incluindo professores, confunde rigpa (Consciência Pura)
com um estado de mente "produzido", daí a popularidade das práticas e vários esforços
diversos. Mas é dito no Dzogchen que se rigpa foi "causada" por uma prática, então não
seria uma qualidade permanente de ser como a Mente Buda. Portanto, rigpa deve estar
sempre presente em todos os momentos. Compreendê-'la' também não ajudará. Então,
obter os conceitos corretos é inútil. E não pode ser produzida através de uma prática.
Esta é a natureza do "koan" do Dzogchen. Mas, apesar desses obstáculos cognitivos,
rigpa é o que você sempre é, não é algo que "se torna". Uma vez que já é totalmente
presente em cada momento de consciência, então, onde poderia "ela" estar à espreita?
Está escondido na consciência toda-aberta como essa consciência desnuda. Observe
esta imagem que tirei hoje num café em Viena, como o reflexo do vidro e a mesa em
que se reflete não interferem entre si. J.P.
Sábado, 5 de agosto de 2017 às 08:56 UTC-03
Consciência Sem um Dono A consciência a ser apontada aqui, não é revelada quando se
sente "Estou consciente". Isso implica que há um eu que POSSUI uma qualidade de
consciência. A consciência não é pessoal. Quando o "eu sou" é removido da frase "estou
consciente", o que está sendo apontado é muito mais próximo da realidade. O "eu sou"
é uma construção mental fictícia; a consciência já é atemporal, sem centro e sem
fronteiras. Sem um "eu sou" central ou "mim" na consciência, qual é a relação entre
consciência e percepções? Feche os olhos e ouça os sons. Observe quanta distância
existe entre um som e a consciência quando o "eu sou" está ausente. Percepções não
estão mais acontecendo PARA um "eu sou" como um "mim"; a consciência simplesmente
se expressa COMO percepções. Um recém nascido tem consciência total sem uma
construção de pensamento "eu sou". Os pensamentos "eu sou" e "mim" são como
reflexos que ocorrem em um espelho. A consciência é o espelho e o "Eu sou" é sempre
um reflexo. Não há "eu sou" como o espelho. Rigpa no Dzogchen é o espelho e o
espelho não tem "eu sou" como parte de sua natureza intrínseca. E o "eu sou" ou "mim"
nunca pode ser o espelho, é sempre apenas uma reflexão momentânea. Afirmar "estou
apenas repousando como rigpa" não faz sentido considerando o que foi explicado
acima. Rigpa é a consciência que não pode ser propriedade de uma construção mental,
tal como um "mim" ou "eu sou". Afirmar "minha rigpa não é estável porque vem e vai",
está invertido. Antes, rigpa é sempre estável e o "eu sou" ou "mim" vem e vai. Jackson
Peterson
Sábado, 5 de agosto de 2017 às 08:50 UTC-03
Gênese Nos ensinamentos Dzogchen, nossa Natureza Buda definitiva é simbolizada
como o Buda Samantabhadra. Também é conhecido como o Adi-Buda, referindo-se ao
seu penúltimo estado de Ser primordial. Todo o objetivo e propósito do Dzogchen é que
cada pessoa perceba que elas mesmas são a natureza Buda absoluta como
Samantabhadra. A história começa assim: Samantabhadra, o Adi-Buda, sempre esteve
primordialmente presente. Como um aspecto de sua energia dinâmica cognitiva, surge
uma consciência secundária dentro da vaziez natural do Adi-Buda. Essa consciência
secundária é um estado neutro e virgem do potencial da Mente Buda. Tem a capacidade
de reconhecer sua natureza como uma emanação cognitiva do Adi-Buddha ou não. Se
não, então, a capacidade cognitiva se torna a mente ordinária conceitualizadora. Define
a si mesma e as energias radiantes do Adi-Buda através da conceitualização, e assim cria
um eu fictício e o reino ficcional em que aparece. O resultado é o eu samsárico e os
reinos samsáricos fictícios. O dzogchen aponta a verdade real para essa consciência
samsárica em relação à sua verdadeira natureza absoluta de ser Samantabhadra. Porque
a base da consciência secundária, chamada mente, é cognitivamente Samantabhadra,
pode ocorrer uma dissolução imediata da mente secundária na consciência de
Samantabhadra. Esse momento é uma sabedoria de reconhecimento chamada Rigpa. A
consciência secundária então se re-manifesta, mas desta vez como uma "consciência de
sabedoria" (yeshe) chamada de Mente Buda junto com todas as suas capacidades e
funções Búdicas. Samantabhadra tem uma consciência secundária funcional que
aparece como uma Mente Buda ou como uma mente samsárica; mas ambos estão
existindo no espaço cognitivo interno primordial de Samantabhadra, que é a imutável
Vacuidade. Uma vez que Rigpa surge, simplesmente se permanece nesse samadhi
completamente desperto, nirvikalpa (sem pensamento) samadhi (ting e dzin). O
samadhi é como um cubo de gelo que derreteu em sua própria natureza como água. O
estado congelado é a mente samsárica e o estado da água é Rigpa. Eles são
mutuamente exclusivos. Rigpa é o estado cognitivo do Buda primordial Samantabhadra.
Em ambos os casos, Samantabhadra está manifestando ativamente sua consciência
como uma mente samsárica ou como uma Mente Buda. Portanto, o eu samsárico não
possui autonomia. Samantabhadra está sempre no fundo, puxando suas cordas como
uma marionete. Se a sabedoria inicial de Rigpa desaparece, então, relaxa-se novamente
no Samadhi Vajra de Rigpa. Mas toda a ideia e ação de "relaxar" de volta ao samadhi,
está sendo orquestrada por Samantabhadra e não pelo "praticante". Samantabhadra
está sempre no comando e nunca deixou seu "trono". Ha, ha ha! Ah la la hô! Via Jackson
Peterson
Domingo, 30 de julho de 2017 às 10:42 UTC-03
Causação Última no Dzogchen No budismo básico, incluindo Madhyamaka, todos os
fenômenos dependem de condições e circunstâncias anteriores e coexistentes. Todos
os objetos e pessoas dependem de outros objetos e pessoas anteriores. Portanto, a
causação é uma origem dependente. Em Prasangika Madhyamaka é feita uma distinção
ainda mais sutil: todos os fenômenos dependem de serem designados conceitualmente.
Os fenômenos não possuem características inerentes além do que designa o
observador (mente). Causação é apenas construção conceitual em Prasangika.
Dzogchen não nega os dois primeiros processos, mas vai além ao dizer que essas
cadeias de causalidade dependem unicamente de um tipo de agente causador chamado
Rigpa ou Mente Buda. O dzogchen inicial simbolizou esta causa final chamando-a de
"fonte suprema", Kunje Gyalpo, "o Rei Todo-Criador". Cada pessoa é esse "Rei Todo
Criador" que cria tudo através do seu poder energético chamado "tsal". Ele cria o
mundo "externo", gerando hologramas tridimensionais de tsal e dando-lhes significado
através da geração de nomes e rótulos. O mundo "exterior" projetado só aparece
dentro do seu mundo "interior" como o imutável espaço vazio de consciência pura
(Dharmakaya). --Jackson Peterson
Domingo, 30 de julho de 2017 às 10:26 UTC-03
Pensar, conceituar, sonhar acordado e imaginar são todos os sintomas e as únicas causas
do samsara como mente cármica. Rigpa é a Mente de Luz Clara, que é primordialmente
ausente todos esses sintomas. --JP
Sábado, 29 de julho de 2017 às 09:43 UTC-03
A Visão Radical que Transcende Todas as Vitimizações Como Sendo Causada pelo Outro
O dzogchen é transmitido por uma introdução à sua "visão". A "visão" é que você está
neste e em cada momento criando e projetando o seu mundo. Não há um mundo
objetivo de objetos e pessoas "lá fora" que existam independentemente fora de sua
consciência. Você está projetando ativamente seu corpo, estados mentais e emocionais,
bem como todas as percepções. Você também está criando uma pseudoentidade como
um "percebedor" de suas projeções. Não há "causas e efeitos" que estão ocorrendo
entre os objetos, mas você é a única causa de cada nova projeção que exibe uma
mudança; pois nenhum objeto está afetando outro. Todo o texto abaixo é do livro de
Namkhai Norbu, "A Fonte Suprema", que discute a escritura mais importante do
Dzogchen e a visão do Dzogchen: "Kunjed Gyalpo (o Rei Todo Criador) denota assim o
estado primordial de cada indivíduo. Por que, então, é chamado de" criador "? Porque
todo o samsara e o nirvana, tudo o que consideramos positivo ou negativo, tudo o que
diferenciamos, definindo-o como bom ou ruim, e assim por diante, pode ser comparado
a uma reflexo num espelho. O estado de consciência (rigpa), por outro lado, é como a
condição do espelho que permanece clara e pura sem mudar. Assim, todos os
fenômenos surgem do estado de consciência (rigpa) da mesma forma que os reflexos
aparecem na superfície de um espelho: daí se chama Kunjed Gyalpo, "o rei todo-criador".
Este capítulo explica que a condição de existência, externamente e internamente, não é
algo concreto. Todos os fenômenos são nossa própria manifestação (projeção) ". "Em
Dzogchen há um amplo uso da palavra kadag: ka é a primeira consoante do alfabeto
tibetano, correspondente ao ocidental ou sânscrito A, e significa "o começo", dag
significa “puro.” “Puro desde o início " é um sinônimo de sunyata, ou vaziez, cujo
significado real é que nada de concreto existe ". "Eu, a fonte suprema, sou o único
criador, e nenhum outro agente existe no mundo. A natureza dos fenômenos é criada
através de mim, os três professores se manifestam de mim e as três classes de
discípulos surgem de mim. A própria manifestação da própria existência depende de
mim. Vou explicar minha natureza para você, Sattvavajra. " "Eu sou a fonte suprema de
tudo, consciência pura e total: Como Eu sou a essência da mente, a substância
fundamental, Eu sou a fonte de todos os fenômenos. "Supremo" refere-se à sabedoria
autossurgida, o supremo criador que dá origem à criação de todos os fenômenos da
existência. "Fonte" refere-se ao "criador": uma vez que os professores, os ensinamentos,
os discípulos, os lugares e as épocas se manifestam da sabedoria autossurgida que
existiu desde o início, ele próprio é o único criador.” “Pergunta: Poderíamos então dizer
que somos uma manifestação de Samantabhadra (Kunje Gyalpo)? Resposta: Não, nós
mesmos somos Samantabhadra (Kunje Gyalpo) ... " Via Jackson Peterson
Sábado, 29 de julho de 2017 às 09:41 UTC-03
Rigpa não é gerado através de conceitualização, meditação, práticas, rituais ou
transmissões de um professor. Para conhecer rigpa, a mente precisa parar de olhar para
seus produtos. Em vez disso, a mente precisa olhar para o que está olhando para seus
produtos. O que está olhando diretamente para estas palavras impressas É rigpa.
Jackson Peterson
Sábado, 29 de julho de 2017 às 09:41 UTC-03
Rigpa não é gerado através de conceitualização, meditação, práticas, rituais ou
transmissões de um professor. Para conhecer rigpa, a mente precisa parar de olhar para
seus produtos. Em vez disso, a mente precisa olhar para o que está olhando para seus
produtos. O que está olhando diretamente para estas palavras impressas É rigpa.
Jackson Peterson
Sábado, 29 de julho de 2017 às 09:37 UTC-03
Ética no Dzogchen Para ser um verdadeiro Dzogchenpa, a ética deve ser perfeita e
impecável. Esse é o estado natural de rigpa. Não há regras a seguir. Não há moral social
para se adequar. Não se trata de pensar primeiro nos outros. Não se trata de assistir e
monitorar como você se comporta. Trata-se de encarnar pura integridade em todas as
situações; isso significa sempre fazer a coisa "certa". Qual é a "coisa certa"? Você sabe.
Sua natureza é sempre Rigpa, a bondade e a clareza de Samantabhadra. Honestidade
interna e externa ... Jackson Peterson
Sábado, 29 de julho de 2017 às 09:34 UTC-03
Alguns pensamentos sobre identidade pessoal e nirvana: É interessante comparar a
identidade subjetiva do nosso estado dos sonhos com a nossa identidade subjetiva do
estado acordado. Em nossos sonhos à noite, podemos ter alguma tarefa ou objetivo que
estamos tentando realizar. No sonho, se sente e parece que nossa identidade possui
alguma liberdade de autonomia e livre vontade de agir. No entanto, sabemos que cada
pensamento, intenção, sensação, percepção e característica da identidade, é
programado 100% pelo subconsciente. Não existe nenhuma entidade preexistente. É
tudo ficção criativa, incluindo personagens e cenários. Digamos que vejamos um sino de
igreja e depois ouçamos o som do ding-dong em nosso sonho. Agora sabemos que o
"sino" nunca fez o som que ouvimos. Nenhum som entrou nos nossos ouvidos. A mente
não criou o som ding-dong de nenhuma causa mecânica que gerou o som. Todos os
pensamentos, intenções e senso de identidade são criados da mesma maneira, porque
não há auto-entidade além daquela que a mente gerou. A natureza completamente
fictícia deste eu de sonho é reconhecida após o despertar. O forte sentimento de "eu-
dade" como pessoa ou entidade autônoma fazia parte da projeção subconsciente. Era
apenas o cenário subjetivo enquanto a igreja e o sino tocando eram o cenário objetivo.
Sem igreja, sem sino, nenhum "eu" realmente existiu fora da projeção da mente. Às
vezes percebemos no sonho que estamos "sonhando" e depois acordamos. Sentimos o
nosso eu acordado de repente aparecer no sonho e se dar conta "Oh, isso é um sonho!"
E então nós acordamos. Mas, em vez disso, considere que o subconsciente criou um "eu"
que "notou que estava sonhando" como seu conteúdo criativo. Não é que o eu "real"
acordado apareceu no sonho. Mas, no entanto, parece haver um senso persistente da
continuidade deste eu quando depois refletimos sobre esse sonho em que o
personagem do sonho percebeu que estava sonhando. É como se o meu "eu real" fosse
o verdadeiro no sonho ao longo do tempo e de alguma forma conseguiu notar sua
situação sonhadora e acordou. O que não é notado é algo realmente profundo: o "eu
real desperto" também é apenas uma outra projeção subconsciente. Todas as suas
características de personalidade, senso de identidade pessoal, pensamentos e intenções
são programados em e como a autoentidade do "eu" pelo subconsciente, e que não há
nenhum "eu real" lá! A autoidentidade como um"eu" é simplesmente uma projeção
subconsciente criada por condicionamentos, memórias e imaginação anteriores.
Especialmente confuso é o elemento ou conteúdo subconsciente particular que dá a
certeza convincente de ser um eu "válido" e "real". Essa "autossegurança" é apenas
parte do conteúdo subconsciente. É um ingrediente necessário para tornar a autoilusão
tão duradoura. A sensação de "autonomia" também é uma característica mental
projetada. Portanto, um "buscador" não é uma identidade ou pessoa autônoma que está
escolhendo buscar, mas é realmente uma projeção de características subconscientes
"buscando". Do mesmo modo, não existe um verdadeiro "mim" ou eu que experimenta
sofrimento, mas o subconsciente está projetando um personagem dum "eu sofredor". O
"eu" e o sofrimento são de uma só composição. Isto é como quando em nossa noite
sonhamos quando experimentamos medo. Não é que exista um "eu" que tenha uma
emoção separada do medo, mas, nesse momento, o subconsciente está projetando um
"eu medroso" como uma peça única. A maior e mais importante ilusão é que há um "eu"
real que existe ao longo do tempo, tendo várias experiências ocorrendo com "ele". Esse
"eu" próprio é 100% fabricação subconsciente sem nenhum "eu" próprio real lá. Quando
nascemos, não havia nenhum "eu". Demora quase dois anos antes que o subconsciente
realmente consiga fabricar um "eu" e o faça funcionar na consciência. O que é
realmente interessante é que o subconsciente pode de repente cessar de criar uma
identidade dum "eu" na consciência. Então, nos tornamos cientes da consciência sem
uma história de autoidentidade sendo fabricada. "Onde o “eu” entra nesse caso?", Pode-
se perguntar. Eu sugeriria "Para o mesmo lugar, que um redemoinho de água vai quando
ela cessa de girar ... e isso não quer dizer a localização e a substância do redemoinho; o
oceano, também cessou. Neste caso, o "oceano" é o estado de nirvana não estabelecido
e não-fabricado. Jackson Peterson
Sábado, 29 de julho de 2017 às 09:31 UTC-03
"Descansar" na consciência vazia não é tão vazio quanto a "consciência", tal-como-é.
Ainda pode haver um conceito sutil de "Estou agora no ato" de descansar na
consciência, como entrar e descansar em uma banheira de hidromassagem. Alguém
"descansando na consciência" ainda é dualista; como um "eu-testemunha" fictício que
pode descansar ou residir em diferentes estados mentais. Uma árvore não está
descansando em "árvori-dade", é apenas o que é. Não requer nenhum passo extra para
ser estavelmente uma árvore. Nunca se torna um cão ou um gato ou outra coisa. Você já
está na "consciência", sem necessidade de outras etapas, como "descansar" ou "manter"
ou "integrar" ou "estabilizar". Você permanece consciente permanentemente sem
nenhuma outra opção possível. Todos as introvisões de sabedoria iluminada possíveis
não a melhoram nem um pouquinho. Apenas "é" como é. Essa consciência simples que
está ciente dessas pequenas letras de texto nesta página é a consciência nua ou vazia
que eu estou apontando. Note; você está ciente deste texto em sua frente? Se assim for,
você vê a consciência sem esforço, sem necessidade de suporte secundário; assim como
ver e ouvir estão funcionando como funções básicas. A consciência é uma senciência
básica. A consciência já é consciente e nunca repousa! É a base imutável, fundamental e
vazia da Realidade. Do Tantra raiz Dzogchen "Kunje Gyalpo" "A consciência pura e total
(rigpa) é como o espaço. Na verdadeira condição da natureza da mente, semelhante ao
espaço, não há visão sobra a qual meditar nem comprometer-se a observar, não há
capacidade de ação espiritual para obter nem sabedoria para desenvolver, não há níveis
de realização para cultivar nem caminho para percorrer, não há consideração de
substâncias sutis (pranas) nem de uma dualidade para ser reintegrada como unidade,
não há ensino final além da consciência pura e total (rigpa em si). Sendo [a verdadeira
natureza] além da afirmação e da negação, não existe um ensinamento secreto que
possa se comparar com ela. Esta é a visão da perfeição total, a consciência pura e total ".
Via Jackson Peterson
Sábado, 29 de julho de 2017 às 09:27 UTC-03
Porque Não Está Funcionando e Como é Possível Muitos aqui em nossos grupos e em
retiros compartilharam comigo que, mesmo depois de 10, 20, 30, 40 e 50 anos de prática
Dharma diligente; eles ainda não estão estáveis em rigpa, não tiveram nenhum
"descoberta final" e ainda sofrem muito como sempre sofreram. Eu então tentei
descobrir por que as pessoas não conseguem encontrar sucesso em sua prática.
Descobri a maior falha no paradigma do "projeto da iluminação" inteiro. Deixe-me
explicar: Um aluno vai a um professor com o problema básico do sofrimento humano.
Eles estão procurando alívio através da aplicação do Dharma. O professor dá-lhes coisas
para ler, práticas para fazer e uma série de conselhos. Eles então se apresentam ao
professor ou a um mestre de tempos em tempos para obter conselhos. Alguns têm
competência suficiente e apenas praticam por conta própria. Esse é o modelo típico.
Temos duas questões sempre presentes: o sujeito que busca o alívio e as questões
objetivas de que procuram alívio. Nas suas interações com um professor, o tema está
sempre lidando com o lado "questões": "Meus pensamentos turbulentos e estados
emocionais negativos se tornam menos intensos? Meus momentos ocasionais de
consciência clara (rigpa) duraram mais tempo e ficaram estáveis? Meus problemas em
minha vida não são uma carga tão pesada? Minhas dúvidas sobre meus estados internos
de reconhecimento foram resolvidas? " Estas são apenas algumas questões típicas que
alguém estaria buscando resolver em suas trocas com um professor ou como um
praticante solitário. O professor também está interessado em resolver e melhorar as
preocupações do praticante. A ideia é que, se pudéssemos gerenciar a resolução sobre
todos os problemas acima, o praticante acabaria por ser um exemplo vivo da viabilidade
do Dharma e a prova de que a aplicação bem-sucedida de todos os conselhos e
instruções do professor garante sucesso. O problema é que não há nenhum ou muito
pouco sucesso acontecendo. Desde 1966, quando eu tinha 16 anos e comecei a praticar
o Soto Zen sob as instruções de Matsuoka Roshi, nunca encontrei um único praticante
em nenhuma tradição budista (ou qualquer não budista) que teve sucesso completo de
acordo com suas próprias avaliações e padrões. Então, o que é que está errado com esse
cenário? Eu acredito com grande convicção, que o problema reside na forma como o
Dharma está sendo ensinado e aplicado. O modelo no Ocidente baseia-se na noção de
"o que o Buda Dharma pode fazer por mim?", com foco total em "eu" e "meu" benefício.
Nosso barômetro para medir nosso sucesso baseia-se em se, "eu" me sinto melhor, "eu"
estou tendo uma experiência de rigpa mais estável, "meus" estados emocionais são
menos turbulentos, "eu" estou experimentando uma alegria mais estável, "minha" vida
está indo melhor, "eu" estou sofrendo menos. É tudo sobre “mim”! Como resultado,
apenas um lado do processo está recebendo atenção e está sendo abordado; "meus"
problemas e sua resolução. Isso então se torna nossa base para julgar o sucesso em
nosso "projeto de iluminação" geral. Mas ninguém nunca pergunta ou se concentra em
"a quem esses problemas e questões pertencem?" Este é o lado do sujeito da dicotomia
sujeito/objeto. É o "burro de carga" fundamental da nossa nova abordagem: "A quem
esses problemas e questões pertencem?" Podemos responder "para mim!". Mas então,
veja se esse "eu" pode ser encontrado para além de pensamentos e sentimentos
“sobre” um eu sem encontrar o “eu” ao qual os pensamentos estão descrevendo.
Quando em um estado mental difícil, examine esta questão para descobrir o verdadeiro
fundamento para toda a questão. O "eu" que possui os problemas, as questões ou
estados emocionais não podem ser encontrados. Podemos descobrir que todos os
nossos problemas e questões (o lado do objeto) são meros devaneios ou construções
conceituais vazias. Isso pode ser realizado com grande sucesso através da meditação
vipassana e aplicação diligente dos ensinamentos da vaziez. No entanto, aquele que
"possui" os problemas (o lado do sujeito) é geralmente deixado ileso e talvez apenas
mais encorajado pelo fato de agora está livre de suas obrigações. Pode até ter
aumentado em auto-orgulho devido aos seus sucessos e "ideias brilhantes" em como ele
conseguiu superar seus problemas e agora poder controlar melhor o mundo.
Infelizmente, por todo esse foco em resolver os desafios e as obrigações do "lado do
objeto", o "eu" subjetivo pode ter se tornado mais reificado e solidificado por toda a
atenção voltada para o autoaperfeiçoamento e seu "projeto de iluminação". O que é
sempre não entendido é que sem a construção conceitual do eu fictício, não há ninguém
que possua questões e problemas no "lado do objeto". Retire o sujeito imaginário como
o "eu" fictício que é a "história do mim" e, instantaneamente, todos os problemas e
questões desaparecem. É assim que o Dharma precisa ser aplicado. Khenpo Tsulstrim
Gyatso: "Quando percebemos a ausência do eu do indivíduo, no entanto, todo esse
processo para. As visões errôneas que têm sua raiz na crença no eu cessam, então as
aflições mentais cessam, então cessam as ações cármicas, e como resultado disso, o
nascimento no ciclo da existência no samsara cessa”. A pedra angular dos ensinamentos
do Buda estava centrada em "anatta" ou não-eu. Hoje, este ensino foi reduzido a uma
interpretação de "não-eu" que implica que existe um eu, mas que deve ser focado em
não ser independente e inerentemente existente, deve-se ver o "eu" como sendo uma
parte interdependente do todo. O sujeito "eu" permanece de pé, mas em um traje novo
e mais integrado. Acredita-se que o eu mentalmente inventado existe validamente por
seu "próprio direito", mas que deve se libertar de todo euísmo egoico. Este é o erro
principal. Não há nenhum eu pessoal valido encontrável. Então, talvez os ensinamentos
comecem pelo "não-eu", os ensinamentos de anatta em vez de tentar reduzir o samsara.
Como a maioria ou muitos descobriram, pode demorar toda a vida para remover ou
dissolver todas as folhas cármicas da árvore samsarica através de práticas, estudo e
esforço. Pode até remover alguns galhos de apoio importantes. Mas nada pode
comparar-se a extrair e destruir as raízes que sustentam, nutrem e asseguram que a
árvore seja mantida firmemente no lugar pela crença fictícia da mente e pela
construção mental de um eu ilusório. Corte as raízes e a árvore cai de uma só vez. Não-
Eu Parece haver muitos equívocos em relação à questão da individualidade e se um eu
pessoal e individual de qualquer tipo realmente existe. Alguns pensam que existe um eu
pessoal que está subjacente ao eu fictício, que é apenas uma construção conceitual.
Esta é a visão de um "atman" ou "auto-alma" que o Buda refutou completamente. O
chamado eu convencional não pode ser encontrado como existindo dentro do corpo-
mente nem fora do corpo-mente. Isso não deixa nenhuma outra opção para a sua
existência, exceto dentro da imaginação. Em um quarto escuro, uma corda pode ser
confundida com uma cobra, juntamente com todas as descrições sobre cobras que a
mente contém. Sentimos ansiedade, medo e nossa adrenalina e pressão sanguínea
aumentam, bem como os batimentos cardíacos. Mas se olharmos atentamente a corda
com uma luz mais brilhante, não poderemos encontrar uma cobra dentro da corda ou
sobre a corda, nem fora da corda. Isso deixa apenas a imaginação como morada. É o
mesmo em relação ao nosso eu-cobra. Nosso corpo-mente é como a corda. A mente
infere um eu como um "eu" pessoal e dentro do corpo-mente na escuridão do
funcionamento mental confuso. Nós temos sentimentos reais sobre esse "eu"
imaginário que cria humores, bioquímica alterada e sensação de um "eu sofredor". Mas
se nós introspectivamente olharmos dentro de nossos eventos mentais, não
encontraremos um "eu" em qualquer lugar; nem no corpo, nem na mente; só
encontramos pensamentos e sentimentos SOBRE um eu, mas nenhum eu é descoberto.
Então as luzes acendem e de repente a mente subconsciente deixa de gerar a crença
equivocada de um "eu". O eu pessoal ou "mim" não era mais real do que a cobra
imaginária! Não há "liberação ou iluminação" além desta introvisão direta e a cessação
desse erro cognitivo, e nenhuma sem isto. "Quando percebemos a ausência do eu do
indivíduo, no entanto, todo esse processo para. As visões errôneas que têm sua raiz na
crença no eu cessam, então as aflições mentais cessam, então cessam as ações cármicas,
e como resultado disso, o nascimento no ciclo da existência no samsara cessa”. Khenpo
Tsulstrim Gyamtso "Podemos formular o seguinte raciocínio lógico: as ações e
resultados cármicos são meras aparências desprovidas de existência verdadeira, porque
não existe nenhum eu, nenhum ator, para executá-las. Essa é uma maneira válida de
colocar as coisas, porque se o eu do indivíduo não existe, não pode haver nenhuma ação
e, portanto, também não pode haver qualquer resultado de qualquer ação ". Khenpo
Tsulstrim Gyamtso "Alguém poderia perguntar: “Não é niilista pensar que as ações
cármicas e seus resultados não existem?” Na verdade, essa não é uma visão niilista,
porque não existe nenhum eu para ter qualquer visão niilista. Pode haver uma visão
niilista apenas se houver alguém para sustentá-la, mas como não há "ninguém" para ter
qualquer visão, então não pode haver niilismo. Além disso, uma vez que o pensamento
do niilismo nem surge, nem permanece nem cessa, não pode haver niilismo na realidade
genuína. A realidade genuína transcende as formas conceituais de realismo e niilismo.
Ela transcende as ações e resultados cármicos e a ausência de ações e resultados
cármicos também. Se as ações cármicas e seus resultados não existem na natureza
permanente da realidade, então, qual é a qualidade de sua aparência?" Nagarjuna
descreve isso no trigésimo terceiro verso do capítulo: “Aflições mentais, ações e corpos,
bem como atores e resultados, são como cidades de seres imaginários, como miragens e
como sonhos ". Khenpo Tsulstrim Gyatso Via Jackson Peterson
Sábado, 29 de julho de 2017 às 09:27 UTC-03
Porque Não Está Funcionando e Como é Possível Muitos aqui em nossos grupos e em
retiros compartilharam comigo que, mesmo depois de 10, 20, 30, 40 e 50 anos de prática
Dharma diligente; eles ainda não estão estáveis em rigpa, não tiveram nenhum
"descoberta final" e ainda sofrem muito como sempre sofreram. Eu então tentei
descobrir por que as pessoas não conseguem encontrar sucesso em sua prática.
Descobri a maior falha no paradigma do "projeto da iluminação" inteiro. Deixe-me
explicar: Um aluno vai a um professor com o problema básico do sofrimento humano.
Eles estão procurando alívio através da aplicação do Dharma. O professor dá-lhes coisas
para ler, práticas para fazer e uma série de conselhos. Eles então se apresentam ao
professor ou a um mestre de tempos em tempos para obter conselhos. Alguns têm
competência suficiente e apenas praticam por conta própria. Esse é o modelo típico.
Temos duas questões sempre presentes: o sujeito que busca o alívio e as questões
objetivas de que procuram alívio. Nas suas interações com um professor, o tema está
sempre lidando com o lado "questões": "Meus pensamentos turbulentos e estados
emocionais negativos se tornam menos intensos? Meus momentos ocasionais de
consciência clara (rigpa) duraram mais tempo e ficaram estáveis? Meus problemas em
minha vida não são uma carga tão pesada? Minhas dúvidas sobre meus estados internos
de reconhecimento foram resolvidas? " Estas são apenas algumas questões típicas que
alguém estaria buscando resolver em suas trocas com um professor ou como um
praticante solitário. O professor também está interessado em resolver e melhorar as
preocupações do praticante. A ideia é que, se pudéssemos gerenciar a resolução sobre
todos os problemas acima, o praticante acabaria por ser um exemplo vivo da viabilidade
do Dharma e a prova de que a aplicação bem-sucedida de todos os conselhos e
instruções do professor garante sucesso. O problema é que não há nenhum ou muito
pouco sucesso acontecendo. Desde 1966, quando eu tinha 16 anos e comecei a praticar
o Soto Zen sob as instruções de Matsuoka Roshi, nunca encontrei um único praticante
em nenhuma tradição budista (ou qualquer não budista) que teve sucesso completo de
acordo com suas próprias avaliações e padrões. Então, o que é que está errado com esse
cenário? Eu acredito com grande convicção, que o problema reside na forma como o
Dharma está sendo ensinado e aplicado. O modelo no Ocidente baseia-se na noção de
"o que o Buda Dharma pode fazer por mim?", com foco total em "eu" e "meu" benefício.
Nosso barômetro para medir nosso sucesso baseia-se em se, "eu" me sinto melhor, "eu"
estou tendo uma experiência de rigpa mais estável, "meus" estados emocionais são
menos turbulentos, "eu" estou experimentando uma alegria mais estável, "minha" vida
está indo melhor, "eu" estou sofrendo menos. É tudo sobre “mim”! Como resultado,
apenas um lado do processo está recebendo atenção e está sendo abordado; "meus"
problemas e sua resolução. Isso então se torna nossa base para julgar o sucesso em
nosso "projeto de iluminação" geral. Mas ninguém nunca pergunta ou se concentra em
"a quem esses problemas e questões pertencem?" Este é o lado do sujeito da dicotomia
sujeito/objeto. É o "burro de carga" fundamental da nossa nova abordagem: "A quem
esses problemas e questões pertencem?" Podemos responder "para mim!". Mas então,
veja se esse "eu" pode ser encontrado para além de pensamentos e sentimentos
“sobre” um eu sem encontrar o “eu” ao qual os pensamentos estão descrevendo.
Quando em um estado mental difícil, examine esta questão para descobrir o verdadeiro
fundamento para toda a questão. O "eu" que possui os problemas, as questões ou
estados emocionais não podem ser encontrados. Podemos descobrir que todos os
nossos problemas e questões (o lado do objeto) são meros devaneios ou construções
conceituais vazias. Isso pode ser realizado com grande sucesso através da meditação
vipassana e aplicação diligente dos ensinamentos da vaziez. No entanto, aquele que
"possui" os problemas (o lado do sujeito) é geralmente deixado ileso e talvez apenas
mais encorajado pelo fato de agora está livre de suas obrigações. Pode até ter
aumentado em auto-orgulho devido aos seus sucessos e "ideias brilhantes" em como ele
conseguiu superar seus problemas e agora poder controlar melhor o mundo.
Infelizmente, por todo esse foco em resolver os desafios e as obrigações do "lado do
objeto", o "eu" subjetivo pode ter se tornado mais reificado e solidificado por toda a
atenção voltada para o autoaperfeiçoamento e seu "projeto de iluminação". O que é
sempre não entendido é que sem a construção conceitual do eu fictício, não há ninguém
que possua questões e problemas no "lado do objeto". Retire o sujeito imaginário como
o "eu" fictício que é a "história do mim" e, instantaneamente, todos os problemas e
questões desaparecem. É assim que o Dharma precisa ser aplicado. Khenpo Tsulstrim
Gyatso: "Quando percebemos a ausência do eu do indivíduo, no entanto, todo esse
processo para. As visões errôneas que têm sua raiz na crença no eu cessam, então as
aflições mentais cessam, então cessam as ações cármicas, e como resultado disso, o
nascimento no ciclo da existência no samsara cessa”. A pedra angular dos ensinamentos
do Buda estava centrada em "anatta" ou não-eu. Hoje, este ensino foi reduzido a uma
interpretação de "não-eu" que implica que existe um eu, mas que deve ser focado em
não ser independente e inerentemente existente, deve-se ver o "eu" como sendo uma
parte interdependente do todo. O sujeito "eu" permanece de pé, mas em um traje novo
e mais integrado. Acredita-se que o eu mentalmente inventado existe validamente por
seu "próprio direito", mas que deve se libertar de todo euísmo egoico. Este é o erro
principal. Não há nenhum eu pessoal valido encontrável. Então, talvez os ensinamentos
comecem pelo "não-eu", os ensinamentos de anatta em vez de tentar reduzir o samsara.
Como a maioria ou muitos descobriram, pode demorar toda a vida para remover ou
dissolver todas as folhas cármicas da árvore samsarica através de práticas, estudo e
esforço. Pode até remover alguns galhos de apoio importantes. Mas nada pode
comparar-se a extrair e destruir as raízes que sustentam, nutrem e asseguram que a
árvore seja mantida firmemente no lugar pela crença fictícia da mente e pela
construção mental de um eu ilusório. Corte as raízes e a árvore cai de uma só vez. Não-
Eu Parece haver muitos equívocos em relação à questão da individualidade e se um eu
pessoal e individual de qualquer tipo realmente existe. Alguns pensam que existe um eu
pessoal que está subjacente ao eu fictício, que é apenas uma construção conceitual.
Esta é a visão de um "atman" ou "auto-alma" que o Buda refutou completamente. O
chamado eu convencional não pode ser encontrado como existindo dentro do corpo-
mente nem fora do corpo-mente. Isso não deixa nenhuma outra opção para a sua
existência, exceto dentro da imaginação. Em um quarto escuro, uma corda pode ser
confundida com uma cobra, juntamente com todas as descrições sobre cobras que a
mente contém. Sentimos ansiedade, medo e nossa adrenalina e pressão sanguínea
aumentam, bem como os batimentos cardíacos. Mas se olharmos atentamente a corda
com uma luz mais brilhante, não poderemos encontrar uma cobra dentro da corda ou
sobre a corda, nem fora da corda. Isso deixa apenas a imaginação como morada. É o
mesmo em relação ao nosso eu-cobra. Nosso corpo-mente é como a corda. A mente
infere um eu como um "eu" pessoal e dentro do corpo-mente na escuridão do
funcionamento mental confuso. Nós temos sentimentos reais sobre esse "eu"
imaginário que cria humores, bioquímica alterada e sensação de um "eu sofredor". Mas
se nós introspectivamente olharmos dentro de nossos eventos mentais, não
encontraremos um "eu" em qualquer lugar; nem no corpo, nem na mente; só
encontramos pensamentos e sentimentos SOBRE um eu, mas nenhum eu é descoberto.
Então as luzes acendem e de repente a mente subconsciente deixa de gerar a crença
equivocada de um "eu". O eu pessoal ou "mim" não era mais real do que a cobra
imaginária! Não há "liberação ou iluminação" além desta introvisão direta e a cessação
desse erro cognitivo, e nenhuma sem isto. "Quando percebemos a ausência do eu do
indivíduo, no entanto, todo esse processo para. As visões errôneas que têm sua raiz na
crença no eu cessam, então as aflições mentais cessam, então cessam as ações cármicas,
e como resultado disso, o nascimento no ciclo da existência no samsara cessa”. Khenpo
Tsulstrim Gyamtso "Podemos formular o seguinte raciocínio lógico: as ações e
resultados cármicos são meras aparências desprovidas de existência verdadeira, porque
não existe nenhum eu, nenhum ator, para executá-las. Essa é uma maneira válida de
colocar as coisas, porque se o eu do indivíduo não existe, não pode haver nenhuma ação
e, portanto, também não pode haver qualquer resultado de qualquer ação ". Khenpo
Tsulstrim Gyamtso "Alguém poderia perguntar: “Não é niilista pensar que as ações
cármicas e seus resultados não existem?” Na verdade, essa não é uma visão niilista,
porque não existe nenhum eu para ter qualquer visão niilista. Pode haver uma visão
niilista apenas se houver alguém para sustentá-la, mas como não há "ninguém" para ter
qualquer visão, então não pode haver niilismo. Além disso, uma vez que o pensamento
do niilismo nem surge, nem permanece nem cessa, não pode haver niilismo na realidade
genuína. A realidade genuína transcende as formas conceituais de realismo e niilismo.
Ela transcende as ações e resultados cármicos e a ausência de ações e resultados
cármicos também. Se as ações cármicas e seus resultados não existem na natureza
permanente da realidade, então, qual é a qualidade de sua aparência?" Nagarjuna
descreve isso no trigésimo terceiro verso do capítulo: “Aflições mentais, ações e corpos,
bem como atores e resultados, são como cidades de seres imaginários, como miragens e
como sonhos ". Khenpo Tsulstrim Gyatso Via Jackson Peterson
Sábado, 29 de julho de 2017 às 09:19 UTC-03
Responsabilidade Última Através dos ensinamentos da vaziez, a mente descobre que o
eu não é o que se pensa ser. O eu pessoal gerado pela mente é tão fictício como o eu no
sonho da noite passada. O dzogchen inicial se referiu ao seu verdadeiro eu como sendo
o Grande Ser. Grande Ser (Kunje Gyalpo) significa um Buda que cria seu mundo através
de sua própria energia (tsal). Rigpa é o reconhecimento do fato de você SER e sempre
ter sido um Buda que funciona plenamente, que cria ativamente e projeta todas as
identidades e experiências como uma exibição espontânea. O eu imaginário que você
parece ser em sua mente, é apenas um fantoche brincalhão de sua Mente de Buda. Você
não é o fantoche mentalmente projetado, antes você é um Buda que gosta de fingir ser
seu próprio fantoche imaginário perdido no samsara. Você não se torna um Buda
através da prática, uma vez que você já é um Buda que funciona plenamente como
Dogen ensinou. Basta notar o que você está projetando com seu poder infinito. Você
tem certeza de que deseja projetar um eu que sofre como seu fantoche? O zen
geralmente se refere à nossa natureza de Buda como nosso verdadeiro eu. Na Cabala,
dizemos que Deus gosta de brincar de "esconde-esconde". Na Cabala, eles percebem
que SÃO deus, eles não se "tornam" deus. No sufismo, eles percebem que são Deus ou
Allah, porque não há "outro" que possa ser encontrado. No Shivaismo da Caxemira eles
percebem que são Shiva que cria livremente um universo de sua própria autoria. Shiva
se contrai em uma consciência individual para jogar o jogo de encontrar a si mesmo mais
uma vez. No misticismo cristão, eles também descobre que são deus através da teose.
Tudo o que você experimenta é a sua própria projeção, incluindo o seu eu pessoal que
parece existir no espaço e no tempo. De um Buda para outro: O poder de Buda mais
fácil de reconhecer e utilizar é o seu poder de atenção; o próximo é o seu poder de
intenção. Use-os sabiamente e conscientemente. Jackson Peterson
Sábado, 29 de julho de 2017 às 09:04 UTC-03
O Trekchod na Pratica do Dzogchen Para a maioria há uma continuidade de um
"controlador" e "observador" como aspectos do próprio guia interno. É o que diz "Eu
devo praticar agora" ou "Meu estado deve ser mais calmo e claro" ou "Eu realmente
preciso me concentrar na minha prática". Isso é perfeitamente adequado para os
iniciantes, a fim de fazer a coisa andar. Muito impulso negativo requer algum esforço
para mudar de atitude. Trata-se de quebrar estados de trance de hábitos de sonhar
acordado e distração. No entanto, uma vez que nossa mente se tornou um tanto estável
e clara; é o momento em que o "controlador" e o "observador" desaparecem. Eles são
apenas a atual personificação da mente egoica. Precisamos tirar nossa vida das mãos
desses falsos aliados em algum momento em breve. Eles também são aqueles que
julgam nosso "progresso" de acordo com sua agenda. Eles só querem que o organismo
seja livre de sofrimento e tenha salvação eterna. Pobrezinhos, eles não veem que são a
causa desse sofrimento que requer uma salvação. Quando ambos se dissolvem, o
sofrimento é dissolvido, bem como a necessidade de alguma salvação. Simplesmente
descansamos na viva experiência de nosso momento imediato, no entanto, é o que se
deduz. Não o julgamos ou tentamos controlá-lo, melhorá-lo, entendê-lo ou alterá-lo de
qualquer maneira. Nós também não tomamos uma posição de observação destacada
como uma estratégia. Apenas deixe ser. A "prática" mais essencial na primeira fase do
Dzogchen, chamada Trekchod ou "cortando através", é a prática dos quatro "Deixar Ser",
chamado Os Quatro Chozhag, em tibetano. Reconhecemos nossa consciência nua como
o espaço vazio e transparente do conhecimento, claro, vívido e desperto. Em seguida,
aplicamos os Quatro Deixar Ser de uma só vez: 1. O corpo permanece como está, como
uma montanha estável em sua presença física existente. Alguns ensinamentos indicam
"sentar na postura de meditação de Vairocana" como uma montanha. No entanto, o
relaxamento total do corpo é o ponto, não uma postura especial. 2. Os olhos
simplesmente veem o que estão vendo. Os olhos são como o oceano em que todas as
aparências são refletidas como-são. 3. A mente como rigpa está simplesmente num
estado de presença de consciência para o que quer que surja como eventos mentais.
Não se intrometa com fenômenos mentais, simplesmente deixe-os como-são. 4. A visão
completa de toda a experiência sensorial e interior como um todo é deixada como-é.
Não há julgamento nem esforço para modificar a experiência de QUALQUER maneira.
Esta é a "prática" do coração ou do núcleo do Dzogchen Trekchod. É suficiente por si só.
Nesta condição, não há lugar para um "controlador" ou "observador" crítico. A
consumação desta prática é chamada de "não-meditação". A prática autêntica de um
Dzogchenpa é "não-meditação" cujas características são os quatro Chozhag ou os "4
Deixar Ser". Jackson Peterson
Sábado, 29 de julho de 2017 às 08:51 UTC-03
Teoria e prática do Thogal Estou escrevendo isso como um guia de instruções de "início
rápido" que permitirá que qualquer um comece a praticar thogal de forma eficaz e
segura. Thogal significa "sobre o crânio", "sobre a crista". Na verdade, significa chegar
instantaneamente sem saltar para chegar lá, como um salto quântico. A prática de
thogal torna muito fácil experimentar, conhecer e diferenciar rigpa de todos os outros
estados mentais, na sua forma mais pura. Rigpa é nossa Mente de Buda primordial que é
intrinsecamente e permanentemente perfeita. Uma vez que é permanente, está sempre
presente. Mas não é nossa experiência, em vez disso a nossa experiência é outro estado
de mente mais grosseiro como conteúdo, que está aparecendo dentro do espaço da
consciência imutável de rigpa. Ao praticar Thogal, o próprio rigpa se torna sua própria
autoexperiência. O que é experimentado é a sua própria transparência penetrante,
claridade lúcida, sabedorias e ausência de uma identidade dum "eu" egoico, bem como a
ausência do sentido de um universo "externo". Eventualmente, o corpo físico se
dissolverá em Luz pura, pois a prática chega a uma perfeita fruição. Thogal enfoca o
aparelho visual. Isso significa que usamos nossos olhos como nosso caminho.
Tradicionalmente, usamos o sol olhando para o sol no início da manhã e no final da
tarde. Não se olha diretamente para o sol, mas logo embaixo ou para o lado, e com
óculos de sol. Eu acho que usar um olho de cada vez funciona melhor. Olhar com os
olhos meios fechados de modo que a bola do sol não seja mais visível, mas apenas um
padrão de difração de raios coloridos e uma tapeçaria de círculos de fundo como se
fosse similar a olhar para a pena de um pavão. Dentro desse padrão de difração, você
pode ver pequenas esferas redondas que podem ter pequenos anéis circulares dentro
delas também. No começo, eles podem parecer assim, mas completamente circulares:
@ As imagens de exemplo são postadas abaixo. Eles ficam maiores ao longo do tempo
com uma prática consistente. Eles são chamados de "thigles" em tibetano.
(Pronunciada: teeglay) Alguém então começa a se concentrar em uma pequena esfera
ao não mover os olhos. Você apenas olha fixamente para ela. Então faça isso por várias
sessões. Eu recomendo uma maneira mais segura e fácil de fazer thogal: Use o seu
iPhone ou telefone similar com apenas a tela preta. Mantenha-o em direção a sua
cintura e incline-o para que você possa olhar para baixo e ver o reflexo do sol. Mantenha
seus olhos meio fechados até a bola desaparecer na refração da luz e continue como
descrito acima. Isso permite praticar ao longo do dia, mesmo ao meio dia. Mas
certifique-se de usar óculos de sol. Entre a absorção de UV no vidro preto do telefone e
seus óculos de sol, nenhum raio UV prejudicial deve entrar nos seus olhos. São apenas
os raios UV que danificam os olhos. Eu recomendo sessões de 20 minutos. 10 minutos
com cada olho. Comece com uma sessão por dia e adicione uma sessão mais tarde no
dia, se desejar. Mas pratique todos os dias. Os efeitos vão durar e são crescentes. Se o
sol não estiver disponível, você pode virar o telefone e usar o recurso da lanterna
elétrica como se olhasse o sol, mas nenhum óculos de sol é necessário. Você também
pode usar uma lâmpada comum. Há posturas específicas recomendadas durante a
prática do thogal, mas não as achei necessárias e Namkhai Norbu afirmou que, uma vez
que a prática está funcionando, as posturas não são mais necessárias. Eu ensinei a
dezenas de pessoas essa abordagem em meus retiros e funciona para todos, sem
exceção. Uma vez que você se familiarizar um pouco com a paisagem interior e poder se
concentrar facilmente nessas esferas de Thigle, então, enquanto olha para as esferas,
pergunte a si mesmo "quem ou o que está olhando?". "Onde está exatamente o
observador?" Há um "alguém" que olha ou há apenas uma percepção vazia? ". Também,
de tempos em tempos, observe o espaço vazio entre o thigle e o lugar de onde você
está observando. Observe que espaço completamente claro e transparente. Sinta esse
espaço atrás de você e ao seu redor e através de você. De tempos em tempos observe
também seu estado de clareza vazia interna, transparente e vividamente desperto.
Preste menos atenção à condição dos thigles do que à sua consciência vazia que está
olhando. Depois de terminar, observe atentamente as várias texturas e superfícies
próximas e observe a nitidez dos detalhes. Às vezes, você pode sentir as texturas só de
olhar. A visão se tornará incrivelmente clara, juntamente com uma sensação de
transparência e ausência completa de um eu. É essa transparência (zangtal) e ausência
dum eu que transforma a mente completamente em sua própria vaziez vívida. Não há
nada para pensar ou exercitar. A prática faz tudo automaticamente. Há muitos mais
aspectos para tudo isso. Para saber mais e para obter suporte adicional, junte-se ao
nosso grupo thogal aqui no FB, Dzogchen Thogal. Estou publicando isso no grupo geral
do Dzogchen para encorajar os interessados a praticar. Atualmente, há muitas
informações erradas sobre o thogal e eu gostaria de manter esta tecnologia disponível
em um formato fácil e viável que possa trazer benefícios infinitos a qualquer praticante
competente que queira aprender. Agora, há vários livros autorizados de linhagem no
mercado público aberto que explicam o thogal com detalhes completos. Agora, a
linhagem tradicional dos Lamas permitiu que esses ensinamentos do thogal fossem
propagados amplamente para o benefício de todos também por medo de que esses
preciosos ensinamentos possam desaparecer eventualmente. Recebi reservadamente
as instruções de transmissão e treinamento do thogal, em 1985, através do texto Yeshe
Lama apresentado por um Lama Nyingma, que foi ensinado por Dudjum Rinpoche. Mais
tarde, recebi a transmissão detalhada do Bon, do texto de Shardze Rinpoche "Gotas do
Coração do Dharmakaya" e instruções de trekchod e thogal pessoalmente do Bon Menri
Lopon. Shardza Rinpoche atingiu o "corpo de luz de arco-íris" na década de 1930.
Nenhum dos meus professores pediu-me para manter esses ensinamentos secretos,
nem eu prometi qualquer samaya em relação a não compartilhar nenhum dos
ensinamentos do Dzogchen com outros. Compartilhe seus sucessos e introvisões no
nosso grupo thogal, bem como os seus problemas e dificuldades na prática. Eu
recomendo ler meu livro e ganhar familiaridade com todas as práticas no apêndice antes
de começar a prática de thogal: "A Felicidade Natural do Ser", assim como participar de
um dos meus retiros thogal. Que todos os seres possam se beneficiar! Emaho! Jackson
Peterson
Timeline
2017
Sábado, 29 de julho de 2017 às 08:51 UTC-03
Teoria e prática do Thogal Estou escrevendo isso como um guia de instruções de "início
rápido" que permitirá que qualquer um comece a praticar thogal de forma eficaz e
segura. Thogal significa "sobre o crânio", "sobre a crista". Na verdade, significa chegar
instantaneamente sem saltar para chegar lá, como um salto quântico. A prática de
thogal torna muito fácil experimentar, conhecer e diferenciar rigpa de todos os outros
estados mentais, na sua forma mais pura. Rigpa é nossa Mente de Buda primordial que é
intrinsecamente e permanentemente perfeita. Uma vez que é permanente, está sempre
presente. Mas não é nossa experiência, em vez disso a nossa experiência é outro estado
de mente mais grosseiro como conteúdo, que está aparecendo dentro do espaço da
consciência imutável de rigpa. Ao praticar Thogal, o próprio rigpa se torna sua própria
autoexperiência. O que é experimentado é a sua própria transparência penetrante,
claridade lúcida, sabedorias e ausência de uma identidade dum "eu" egoico, bem como a
ausência do sentido de um universo "externo". Eventualmente, o corpo físico se
dissolverá em Luz pura, pois a prática chega a uma perfeita fruição. Thogal enfoca o
aparelho visual. Isso significa que usamos nossos olhos como nosso caminho.
Tradicionalmente, usamos o sol olhando para o sol no início da manhã e no final da
tarde. Não se olha diretamente para o sol, mas logo embaixo ou para o lado, e com
óculos de sol. Eu acho que usar um olho de cada vez funciona melhor. Olhar com os
olhos meios fechados de modo que a bola do sol não seja mais visível, mas apenas um
padrão de difração de raios coloridos e uma tapeçaria de círculos de fundo como se
fosse similar a olhar para a pena de um pavão. Dentro desse padrão de difração, você
pode ver pequenas esferas redondas que podem ter pequenos anéis circulares dentro
delas também. No começo, eles podem parecer assim, mas completamente circulares:
@ As imagens de exemplo são postadas abaixo. Eles ficam maiores ao longo do tempo
com uma prática consistente. Eles são chamados de "thigles" em tibetano.
(Pronunciada: teeglay) Alguém então começa a se concentrar em uma pequena esfera
ao não mover os olhos. Você apenas olha fixamente para ela. Então faça isso por várias
sessões. Eu recomendo uma maneira mais segura e fácil de fazer thogal: Use o seu
iPhone ou telefone similar com apenas a tela preta. Mantenha-o em direção a sua
cintura e incline-o para que você possa olhar para baixo e ver o reflexo do sol. Mantenha
seus olhos meio fechados até a bola desaparecer na refração da luz e continue como
descrito acima. Isso permite praticar ao longo do dia, mesmo ao meio dia. Mas
certifique-se de usar óculos de sol. Entre a absorção de UV no vidro preto do telefone e
seus óculos de sol, nenhum raio UV prejudicial deve entrar nos seus olhos. São apenas
os raios UV que danificam os olhos. Eu recomendo sessões de 20 minutos. 10 minutos
com cada olho. Comece com uma sessão por dia e adicione uma sessão mais tarde no
dia, se desejar. Mas pratique todos os dias. Os efeitos vão durar e são crescentes. Se o
sol não estiver disponível, você pode virar o telefone e usar o recurso da lanterna
elétrica como se olhasse o sol, mas nenhum óculos de sol é necessário. Você também
pode usar uma lâmpada comum. Há posturas específicas recomendadas durante a
prática do thogal, mas não as achei necessárias e Namkhai Norbu afirmou que, uma vez
que a prática está funcionando, as posturas não são mais necessárias. Eu ensinei a
dezenas de pessoas essa abordagem em meus retiros e funciona para todos, sem
exceção. Uma vez que você se familiarizar um pouco com a paisagem interior e poder se
concentrar facilmente nessas esferas de Thigle, então, enquanto olha para as esferas,
pergunte a si mesmo "quem ou o que está olhando?". "Onde está exatamente o
observador?" Há um "alguém" que olha ou há apenas uma percepção vazia? ". Também,
de tempos em tempos, observe o espaço vazio entre o thigle e o lugar de onde você
está observando. Observe que espaço completamente claro e transparente. Sinta esse
espaço atrás de você e ao seu redor e através de você. De tempos em tempos observe
também seu estado de clareza vazia interna, transparente e vividamente desperto.
Preste menos atenção à condição dos thigles do que à sua consciência vazia que está
olhando. Depois de terminar, observe atentamente as várias texturas e superfícies
próximas e observe a nitidez dos detalhes. Às vezes, você pode sentir as texturas só de
olhar. A visão se tornará incrivelmente clara, juntamente com uma sensação de
transparência e ausência completa de um eu. É essa transparência (zangtal) e ausência
dum eu que transforma a mente completamente em sua própria vaziez vívida. Não há
nada para pensar ou exercitar. A prática faz tudo automaticamente. Há muitos mais
aspectos para tudo isso. Para saber mais e para obter suporte adicional, junte-se ao
nosso grupo thogal aqui no FB, Dzogchen Thogal. Estou publicando isso no grupo geral
do Dzogchen para encorajar os interessados a praticar. Atualmente, há muitas
informações erradas sobre o thogal e eu gostaria de manter esta tecnologia disponível
em um formato fácil e viável que possa trazer benefícios infinitos a qualquer praticante
competente que queira aprender. Agora, há vários livros autorizados de linhagem no
mercado público aberto que explicam o thogal com detalhes completos. Agora, a
linhagem tradicional dos Lamas permitiu que esses ensinamentos do thogal fossem
propagados amplamente para o benefício de todos também por medo de que esses
preciosos ensinamentos possam desaparecer eventualmente. Recebi reservadamente
as instruções de transmissão e treinamento do thogal, em 1985, através do texto Yeshe
Lama apresentado por um Lama Nyingma, que foi ensinado por Dudjum Rinpoche. Mais
tarde, recebi a transmissão detalhada do Bon, do texto de Shardze Rinpoche "Gotas do
Coração do Dharmakaya" e instruções de trekchod e thogal pessoalmente do Bon Menri
Lopon. Shardza Rinpoche atingiu o "corpo de luz de arco-íris" na década de 1930.
Nenhum dos meus professores pediu-me para manter esses ensinamentos secretos,
nem eu prometi qualquer samaya em relação a não compartilhar nenhum dos
ensinamentos do Dzogchen com outros. Compartilhe seus sucessos e introvisões no
nosso grupo thogal, bem como os seus problemas e dificuldades na prática. Eu
recomendo ler meu livro e ganhar familiaridade com todas as práticas no apêndice antes
de começar a prática de thogal: "A Felicidade Natural do Ser", assim como participar de
um dos meus retiros thogal. Que todos os seres possam se beneficiar! Emaho! Jackson
Peterson
Sábado, 29 de julho de 2017 às 08:48 UTC-03
De outro tópico: Os ensinamentos levam a mente a perceber que uma autoidentidade
pessoal é apenas uma alucinação. Quando isso acontece, o subconsciente deixa de gerar
essa alucinação. De repente, seu eu pessoal está ausente na consciência, assim como
quando você era um bebê recém nascido. Via Jackson Peterson
Sábado, 29 de julho de 2017 às 08:47 UTC-03
Dzogchen Thogal e a Mente de Clara Luz Thogal significa "um salto sobre a crista ou
crânio". Isso realmente significa um salto quântico onde não ocorre uma passagem de
um ponto para outro. Enquanto permanece no lugar, de repente você chega. Nosso
estado atual de consciência como mente ordinária "de repente" revela-se como a Mente
de Luz Clara. Isto é como um cubo de gelo que de repente se revela como vapor de água
transparente. Nossa mente samsárica é um estado contraído da radiância da Clara Luz
chamado tsal; é uma densificação do resplendor (tsal) da Mente de Clara Luz. Thogal
concentra-se na Clara Luz em si como seu único método. É a abordagem mais elevada e
direta. Usamos a Clara Luz para iluminar a si mesma sem nenhuma outra dependência. É
melhor desativar primeiro a mente cármica ao perceber a vaziez de todas as projeções
subjetivas e objetivas que reificam um eu psicológico pessoal e um mundo "objetivo"
ilusório. Fazemos isso através dos ensinamentos da vaziez primeiramente. * Se
perdermos esse passo, thogal pode causar problemas, pois as projeções de luz podem
ser entendidas erroneamente como se fossem "reais", assim como o observador
imaginário que pode ter medo de suas próprias projeções. Nossa verdadeira natureza é
sempre a Mente de Clara Luz. É uma matriz de luz de sabedoria radiante que expressa
continuamente suas potencialidades em um número infinito de exibições holográficas
(tsal radiante) como seu mundo interior e exterior. O mais próximo da Mente Pura de
Clara Luz, é uma consciência secundária e derivada como mente. É essa consciência que
é reabsorvida de volta à Mente de Clara Luz. Chamamos esses momentos de sabedoria
de reabsorção, momentos de "Rigpa". O momento de "rigpa" é o aspecto da sabedoria
da Mente de Clara Luz que se manifesta em lugar de e na ausência da consciência
comum ou mente cármica. O que chamamos de "ver" é a clara luz. Em um nível comum,
um momento de "ver" é realmente um momento de cores. Mas, mais precisamente, um
momento de "ver" é um momento de Clara Luz. Nunca vemos com os olhos, os olhos
não podem ver. O mundo que vemos é um holograma de Clara Luz radiante como
projetado e experimentado dentro da Mente de Clara Luz. Os hologramas são
expressões 3D (tsal radiante) de sabedoria (informação) reproduzidas
geometricamente. Isso também é verdade para nosso sonhar acordado e sonhos
noturnos. Thogal, especialmente a exposição dos olhos à luz, faz com que os
hologramas da mente, do cérebro e do corpo se convertam de volta para sua frequência
mais elevada de Clara Luz. Existe apenas a Clara Luz que aparece em vários
comprimentos de onda e densidades (tsal). Quanto maior o "karma", mais sólida é a
densidade. Karma são pensamentos reificados e construções mentais (tsal); portanto,
primeiro a mente tem que ver a vaziez de todas as suas reificações subjetivas e
objetivas. Uma reificação é apenas uma densificação da radiância da Clara Luz devido a
uma crença fictícia do estreitamento em torno da presunção de um "eu" ou auto-
construção. A contração ou estreitamento fundamental da radiância da Clara Luz é a
crença fictícia em um "eu" pessoal ou mim. A mente kármica então projeta hologramas
(tsal) desse eu imaginário como quem parece estar em devaneios (sonhando acordado),
sonhos noturnos e dentro da consciência como sua autoimagem e identidade do corpo.
No Dzogchen, chamamos essa inversão ou conversão de volta para a Mente de Clara Luz
de "rulog". Um método perfeitamente fino e viável é chamado trekchod, ou "cortando
através de toda rigidez" por meio da visão e do relaxamento total expresso como os
"quatro chozhag" ou "deixar ser". Isto é como deixar o cubo de gelo de Clara Luz relaxar
em sua própria transparência de sabedoria (zangthal). Para aqueles mais enérgicos,
temos thogal, que é anos-luz mais rápido e imediato. Significado imediato "sem sair do
lugar, de repente se chega". Não há nenhum ponto em seguir qualquer abordagem
antes que a vaziez dupla surja dentro da mente *. No entanto, thogal também
aprofundará muito a introvisão em vaziez, como descrevi na minha instrução "inicio
rápido" do thogal postada no meu grupo Dzogchen Thogal. * Mipham Rinpoche compôs
um breve texto chamado O Baluarte da Certeza, no qual afirma: "Para ter uma certeza
perfeita no Dzogchen, kadag, é preciso ter uma compreensão perfeita da visão do
Madhyamaka Prasangika. Kadag, ou pureza primordial, original é a visão do Dzogchen, e
para aperfeiçoar essa visão, é preciso aperfeiçoar a compreensão da visão Prasangika do
Caminho do Meio. O que isso implica é que a visão do Dzogchen, kadag e a visão da
escola Prasangika são as mesmas ". Jackson Peterson
Sábado, 29 de julho de 2017 às 08:38 UTC-03
De outro tópico: Nesses ensinamentos, isso só leva à sua morte imediata como um eu
pessoal. Não há nada aqui para "você". Jackson Peterson
Domingo, 23 de julho de 2017 às 19:48 UTC-03
De outro tópico: Nesses ensinamentos, isso só leva à sua morte imediata como um eu
pessoal. Não há nada aqui para "você". --Jackson Peterson
Domingo, 23 de julho de 2017 às 09:03 UTC-03
O Dzogchen é apenas outra cura imaginária para alguém imaginário que nunca existiu.
--Jackson Peterson
Domingo, 23 de julho de 2017 às 08:59 UTC-03
O CORAÇÃO DA PRÁTICA DO DZOGCHEN A prática do Dzogchen, embora
aparentemente bastante simples, é extremamente profunda; quanto mais você pratica,
quanto mais profundo e mais vasto se torna é que você percebe que tudo está reunido
e se irradia para fora do ‘ponto’ essencial do Dzogpachenpo. Na prática Dzogchen, o
ponto principal é ser o mais natural possível, liberando e relaxando sem esforço em sua
natureza, em Rigpa. Você apenas permite que toda confusão se dissolva no absoluto, e
você assume sua natureza semelhante ao céu. O espírito do dzogchen é muito bem
expresso por Nyoshul Khen Rinpoche: Descanse na grande paz natural Essa mente
exausta Espancada impotentemente pelo carma e pensamento neurótico Como a fúria
implacável de ondas triturantes No oceano infinito do samsara.[8] 8. De Repouse na
Grande Paz Natural, Canções Experienciais por Nyoshul Khen Rinpoche, Rigpa, London
1989. Com a confiança e o humor da Visão, você pode relaxar o coração, em um
abandono despreocupado. E pode acontecer de você perguntar a si mesmo, Quando é
Rigpa e quando não é? Como diz Dilgo Khyentse Rinpoche: "Se você está em um estado
inalterado, é Rigpa". Isso significa que, se você não estiver de forma alguma inventando
ou manipulando, mas deixando sua mente em seu estado natural, então isto é Rigpa.
Quando você está inventando ou manipulando, não é Rigpa. Esta única diferença aponta
para o coração do Dzogpachenpo. Ao começar, você deve se sentar de forma muito
inspiradora, como um foguete decolando. Eleve-se, sem distração, claro e desperto!
Esta inspiração é a chave para a qualidade da sua sessão e para a prática do Dzogchen.
Se você se senta de forma muito inspiradora, você verá que mesmo seu corpo responde
e torna-se mais agradável. No Dzogchen, sua postura deve ser como uma montanha –
inspiradora e majestosa, embora sem qualquer rigidez ou tensão sequer. Há uma
qualidade de realmente deixar sua mente subir, elevar-se e voar. Muitos dos cantos
Dzogchen ecoam esse sentimento de subir e elevar-se no céu, como uma águia ou um
garuda[9] em vôo e seu corpo expressa esse estado de sua mente. Se você estiver em
um estado de espírito inspirador; até a sua postura irá dizer isso. 9. O garuda, um
pássaro mítico, é usado frequentemente como uma imagem no Dzogchen, pois é o mais
elevado pássaro voador, e é dito que nasce totalmente crescido de seu ovo. No
Dzogchen, na meditação, diz-se que não só a postura de alguém, mas também a Visão
de alguém deve ser como uma montanha. Há uma conexão interessante entre a postura
corporal e a Visão. Você se senta na inspiração da Visão, para que sua Visão inspire sua
postura. É quase como se a Visão se tornasse o núcleo de seu ser, e expressa isso em sua
postura. E, por mais forte que seja o vento, ele não derruba a montanha. Ele permanece
firme e imperturbável, porém completamente relaxado e à vontade consigo mesmo.
Sente-se sem sentar-se. Uma montanha apenas é, não precisa de confirmação. Olhe para
os grandes mestres do Dzogchen, como Tubten Chokyi Dorje, ou Dilgo Khyentse
Rinpoche, e a maneira como eles se sentam: eles são como uma montanha. Sua
confiança, sua Visão, sua compreensão, sua atitude e sua espacialidade devem ser como
a montanha. Ou como uma vaca de Katmandu. Na Índia e no Nepal, a vaca é tão sagrada
que, se você matar ou abater uma vaca, é um crime mais grave do que matar um ser
humano. As vacas sabem disso. Então, mesmo que você continue a tocar sua buzina, elas
não se movem. Elas simplesmente se movem graciosamente em seu caminho, com
confiança. Os olhos devem ser mantidos abertos. Quando você começa a praticar,
algumas vezes pode ser útil fechar os olhos por um tempo e entrar silenciosamente em
seu "lugar tranquilo", especialmente se sentir perturbações de fora. Uma vez que você
estabeleceu esse centramento, então você gradualmente abre seus olhos, porque não
há intenção na prática do Dzogchen de fugir de qualquer coisa. Você deve realmente
experimentar a natureza de tudo, e não escorregar para algum estado de absorção ou
trance, nem experimentar um estado de consciência alterado, ou "estado de euforia".
No Dzogchen, diz-se que seu olhar deve ser como o oceano. Também se diz que a sua
Meditação deve ser como um oceano, vasto e profundo. Sua maneira de olhar e sua
meditação, ou como você deixa sua mente, estão ligados; ambos são todo-penetrantes,
como o oceano. Seu olhar é sua meditação, porque na meditação você está expressando
sua Visão. Seus olhos são como os do Buda, olhos longos que veem e entendem tudo.
No caminho do bodisatva, diz-se que a compaixão brilha através dos olhos, como
Chenrezi, ‘O Senhor da Compaixão’, cujo nome significa ‘os olhos compassivos que veem
as necessidades de todos’. Ou a Sua Santidade o Dalai Lama, por exemplo, cujo olhar,
juntamente com o riso e o seu próprio ser, encarnam essa compaixão. No Dzogchen,
você não desliga seus sentidos; você os mantém vivo. Como Dudjom Rinpoche
aconselha: Deixe tudo fresco, natural, vívido e intocado. Quando você deixa cada coisa
em seu próprio estado, então sua forma não muda, sua cor não desvanece e seu brilho
não desaparece. Portanto, você mantém seus olhos abertos. No Dzogchen, há uma
prática em que você coloca sua consciência em seus olhos e seus olhos no céu,
unificando seu Rigpa com o espaço e usando a natureza do céu para inspirar sua própria
natureza semelhante ao céu. Depois, há outros motivos pelos quais os olhos não devem
ser fechados. Em primeiro lugar, se você fechar os olhos, pode adormecer com mais
facilidade. Muito poucas pessoas adormecem com os olhos abertos. No entanto, o
significado mais profundo é que no Dzogchen, por exemplo, no ensino do Togal, a
prática da luminosidade, diz-se que toda a luz da sabedoria-energia reside no centro do
coração. Na verdade, é dito que o Buda Primordial Samantabhadra, com sua mandala
completa, descansa no coração. Mas no momento esta luminosidade é obscurecida e
escondida, como se uma lâmpada fosse colocada dentro de um vaso: a luz não pode ser
vista de fora, mas uma pequena luz emerge do topo. O topo é como seus olhos, que são
conectados através de "canais de sabedoria" com seu coração. Então, na prática Tögal
do Dzogchen, os olhos são muito usados para trabalhar com a luz, e é por isso que,
geralmente, você mantém seus olhos abertos para não bloquear esse canal de
sabedoria. Embora Togal seja uma prática muito avançada, somente ensinada a um
aluno que tenha realizado a prática de Trekcho, ainda assim praticar dessa forma criará
uma condição auspiciosa para a futura prática de Tögal. Então, você mantém sua boca
ligeiramente aberta, como se estivesse prestes a dizer um "Aaaaaah" profundo e
relaxante. A sílaba 'A' representa a Prajnaparamita – a Mãe de todos os Budas, e
também o Dzogpachenpo. Em certas práticas de guru yôga no Dzogchen, você
simplesmente usa apenas um "A" branco, unifica sua mente e entra no estado de Rigpa.
O 'A' incorpora todos os mestres Dzogchen, e o 'A' é Rigpa. Apenas diga "Aaaaah". Seu
maxilar está relaxado. Desta forma, você pode respirar através da boca ou através do
nariz. No Dzogchen, você é recomendado a manter sua boca ligeiramente aberta porque
assim os obstáculos que são provocados pelos "ventos cármicos" são menos propensos
a surgir. Este é um método especial do Dzogpachenpo. Suas mãos ficam relaxadas,
repousando em seus joelhos. Esta é a postura chamada 'mente em conforto e sossego'.
Então, e sobre a mente? Há um ditado tibetano bem conhecido que diz: Chu ma nyok na
dang Sem ma chö na dé que significa: se você não agitar a água, ela se tornará clara por
si mesma; se você não alterar ou manipular a mente, mas deixá-la em seu estado
natural, ela ficará espontaneamente em paz. Portanto, se você não altera a sua mente,
mas a deixa como é, há paz e felicidade. Todas as diferentes instruções dadas para a
meditação são apenas vários meios para chegar a um ponto de coragem, uma atmosfera
acolhedora, de onde você pode deixar ir, e simplesmente deixar sua mente no estado de
Rigpa. No Dzogchen, a maneira como sentamos é mesmo livre de sentar. Como meu
mestre Jamyang Khyentse Chokyi Lodro diz em seu Conselho do Coração: Permanecer é
apenas uma expressão – Na realidade, é totalmente livre daquilo que permanece e da
permanência em si. Muito naturalmente, deixe sua mente em Rigpa. Deixe-a se assentar
e purificar. E simplifique. Enquanto você permanece presente, focado e inalterado. Isso
serve como uma preliminar meditativa para a introdução de Rigpa. Agora, aqui há um
perigo de entender mal o verdadeiro significado do Dzogpachenpo. Hoje em dia, há uma
tendência bastante ingênua e simplista de entender mal a "naturalidade". Muitas
pessoas imaginam que, ao serem naturais, elas podem esperar que Rigpa surja.
Simplesmente ao falar sobre o estado "inalterado" ou natural, no entanto, não significa
que você chegará automaticamente no estado do Dzogpachenpo. Na verdade, a
naturalidade é enfatizada em todos os níveis do ensino, pelo simples motivo de que,
quando não é natural, obscurece a natureza da mente. Assim, em todas as práticas, o
praticante é aconselhado a não seguir pensamentos passados, nem a convidar
pensamentos futuros, mas a permanecer, atentamente, no momento presente. Seja
qual for o foco da prática, por exemplo, em shamatha ou vipashyana, é aconselhável
permanecer "naturalmente" na consciência do presente. No Dzogchen, a mesma
palavra, naturalidade, ma chö pa em Tibetano, é usada, mas refere-se a algo bastante
diferente, refere-se ao estado natural e inalterado de dharmata que foi alcançado
através da investigação meditativa e através da introdução do mestre à sabedoria de
Rigpa que se seguiu. Caso contrário, quando você simplesmente permanecer
naturalmente, você estará apenas descansando na natureza de alaya, não Rigpa. A
diferença, como é dito no Dzogchen, é ‘maior do que entre a terra e o céu’. Mas ... isso é
mais fácil dizer do que fazer! Isto aponta para o quão importante é no Dzogchen
realmente realizar diretamente o estado de Rigpa. Este é o ponto crucial, a linha
divisória. Caso contrário, há sempre o perigo de cair em armadilhas conceituais, mesmo
quando falamos sobre Rigpa e terminamos como aqueles de quem Patrul Rinpoche
comentou: "Mesmo que eles possam proclamar termos como 'vaziez' e 'dharmakaya',
estes são nada mais do que conceitos feitos pela mente que eles estão apenas
repetindo". Dudjom Rinpoche acrescenta: “Muitas pessoas sabem como falar sobre isso
de forma muito brilhante, mas eles não sabem como praticá-lo e é apenas algo que eles
recitam como um papagaio dizendo suas orações”. Do livro Dzogchen e
Padmasambhava – Sogyal Rinpoche. Adaptado para o português M.P.
Domingo, 23 de julho de 2017 às 08:54 UTC-03
Não há ninguém para ter um despertar ou realização. Uma vez que ninguém existe para
ter qualquer realização, nenhuma metodologia poderia ser benéfica. Vê? --Jackson
?
Peterson
Sábado, 22 de julho de 2017 às 19:27 UTC-03
A Vaziez do Pensamento Muitos professores Budistas Tibetanos e Dzogchen
mencionam que o Dzogchen, Mahamudra e Madhyamaka oferecem todos os meios para
a realização da Budeidade. Madhyamaka significa "caminho do meio". É um caminho do
meio porque está livre dos erros de expor pontos de vistas extremos que favorecem a
natureza permanente imaginada das coisas e das pessoas ou a sua completa
inexistência imaginada. Em ambos os casos, o erro seria incorporado como uma crença.
Essas crenças fictícias são o que suporta todo o sofrimento experienciado como o
samsara. Todas as crenças são meras construções conceituais fabricadas dentro de uma
mente. Todas as construções conceituais são pensamentos. Os pensamentos são
originados dependentemente de pensamentos anteriores, informações como memória
e experiências. Qualquer pensamento está inserido dentro de um vasto meio de
significados associativos dos quais todos também são apenas pensamentos.
Descobrimos, portanto, que o samsara é composto apenas de pensamentos que se
acredita. Os ensinamentos Madhyamaka reconhecem o papel único de conceitos e de
pensamentos acreditados para estabelecer o nosso sofrimento pessoal. Samsara tem
apenas uma causa: pensamentos acreditados. Madhyamaka não recomenda suprimir,
negar ou ignorar os pensamentos como uma solução viável para a nossa causa de
sofrimento. Em vez disso, Madhyamaka recomenda ver a natureza "vazia" do
pensamento. É como alguém no escuro acreditar no pensamento de "cobra" enquanto
apenas se percebe uma corda enrolada. Neste caso, o pensamento "cobra" está vazio de
qualquer realidade acerca das percepções atuais. Descobrimos que todos os
pensamentos sofrem com o mesmo erro apenas em um grau maior ou menor. Este erro
é geralmente em direção ao extremo de reificar e atribuir um status existencial válido a
uma percepção ou construção conceitual. Isto é como crianças acreditando que as
histórias sobre o Papai Noel são verdadeiras e que o Papai Noel realmente existe. Nós
também não podemos dizer que o Papai Noel não tem absolutamente nenhuma
existência, ou então negaríamos nossos pensamentos imaginários como não tendo
acontecido. Papai Noel tem um status como sendo pelo menos um personagem
imaginário existente na mente de alguém. E assim, podemos convencionalmente ter
discussões sobre um Papai Noel imaginário. Embora todos os pensamentos apenas
existam como construções conceituais imaginárias que afirmam representar
perfeitamente uma realidade subjacente que tentam descrever; de fato, podemos ter
discussões convencionais a respeito de nossas descrições conceituais. Através de nossos
pensamentos, na verdade, vivemos em nosso mundo de faz-de-conta de descrições
conceitualmente construídas, como se os nomes e rótulos realmente representassem
realidades solidamente existentes exatamente como descritos conceitualmente.
Chamamos esse mundo de "realidade convencional". O maior mestre Madhyamaka,
Nagarjuna, escreveu: "A verdade Ultima é a vaziez, a verdade convencional é ficção.
(Prapañca)" A realidade ultima é simplesmente como realmente é sem nossas
descrições ficcionais aplicadas às percepções e aos fenômenos mentais. Vazio significa
vazio de toda ficção. Todo pensamento é uma ficção porque este nunca pode ser mais
do que um retrato mental ou uma descrição mental em relação a algum evento
sensorial ou mental. O pensamento nunca pode ser exatamente o que ele está
apontando. Como Korzybski afirmou com grande satisfação; "O mapa não é o território".
Na conversa convencional, discutimos nossos mapas de palavras como se estivessem
representando paisagens reais com precisão. Nossos pensamentos nunca são mais do
que representações que podem ser total ou parcialmente imperfeitas. Usando nossos
mapas de pensamento como guias confiáveis na vida, a maioria dos humanos encontra-
se bastante perdidos e muitas vezes muito profundamente perdidos nos pântanos da
grande ansiedade, depressão e angústia suicida. Felizmente, o Buda descobriu e
ofereceu um caminho para sair de nossas delusões de pensamento auto-impostos e
seus sofrimentos resultantes. Nirvana é simplesmente uma mente livre de todas as
descrições fictícias sobre o eu e a realidade. Essa mente seria livre de todos os
pensamentos acreditados em relação a aparências e experiências. Examinando
pensamentos individualmente, descobrimos que eles são todos vazios, sem núcleo ou
centro. Não são mais reais do que nuvens momentâneas no céu. A mente pode se
concentrar em uma única nuvem e acreditar que o céu é apenas essa nuvem particular
ou que a nuvem é permanente e tem uma existência independente em si própria. Seja
qual for o caso, um pensamento nunca é mais do que um punhado mental de prana
energético que carrega uma pequena mensagem ou um pouco de significado
condicionado e imaginado. Não temos que reprimir, negar ou afastar nossos
pensamentos; apenas veja sua natureza intrinsecamente vazia. Todos os pensamentos
são descrições de ficção igualmente vazias sem status duradouro. Todos eles se liberam
após o surgimento como o único pio de um pássaro. Meu "eu" pessoal é um pensamento
fictício e vazio. Outros "eus" também são pensamentos fictícios vazios. O pensamento
"meu" também é um pensamento fictício. Todo pensamento que ocorre em sua mente é
intrinsecamente vazio, ficcional e auto-liberador. Ver a natureza vazia de todos os
pensamentos é o que Madhyamaka realiza. Então, a Madhyamaka não é apenas o
"caminho do meio", mas em relação à liberdade do samsara auto-gerador da mente,
parece ser o "único caminho". A liberação é a mente que vê seu próprio conteúdo como
vazio e ficcional em natureza. Vendo isso, é óbvio que ninguém existia para ser liberado
em primeiro lugar, exceto exatamente como outro pensamento vazio e fictício.
--Jackson Peterson
Sábado, 22 de julho de 2017 às 19:04 UTC-03
Nirvana Fácil Os ensinamentos, especialmente o Zen, apontam que o Nirvana que
buscamos sempre está ao nosso redor em plena visão. Conseguir apenas um vislumbre é
como saltar de um avião sem pára-quedas e sem terreno para pousar. Não há como
retornar ao avião. Tome isso como uma metáfora, não como um esquema mecânico:
Digamos que a percepção da Consciência pura é uma câmera de vídeo. Está gravando ou
vendo tudo “como-é” sem adicionar qualquer comentário ou preferência. Esse é o
nirvana. Mas nossa câmera de vídeo está equipada com uma função de "analisador" que
nomeia, rotula e julga o que está sendo filmado. Alcance e desligue a função “análise”.
Basta pressionar o pequeno botão que diz “parada completa”. O último passo é
primeiro notar que "alguém" como um "eu" parece estar olhando através da lente da
câmera de vídeo para ver o que está sendo filmado. Alcance e deslize o botão que diz
"modo de visualizador subjetivo" para a posição "desligado". A sensação de um "eu"
percebendo as imagens do vídeo está agora ausente. Agora, a câmera está de volta ao
seu modo padrão "nirvana". Por favor, compartilhe essas instruções com todas as
câmeras de vídeo que também parecem estar temporariamente bloqueadas em seus
modos de "analisador" e "visualizador subjetivo". A sabedoria da consciência padrão
(modo nirvana) é incrivelmente mais do que suficiente para a navegação quando os
modos "analisador" e "visualizador subjetivo" estão desligados. Somente no padrão
original, o "modo nirvana", é que a instrução Zen: "cortar madeira, buscar água" se
aplicam como ação verdadeiramente espontânea de Buda. Não há "ninguém" fazendo a
ação e nenhuma análise sobre a atividade. --Jackson Peterson
Sábado, 22 de julho de 2017 às 09:18 UTC-03
Um Personagem Onírico Iluminado Durante um sonho no sono à noite, parece que você
é um verdadeiro personagem e um eu. Você tem um corpo, uma mente com
pensamentos e você realiza várias atividades. Faz sentido pensar que o eu de seus
sonhos tem a capacidade de se iluminar e continuar a existir como um Buda fazendo o
que os Budas fazem? Espero que todos concordem que o "eu" sonhado é apenas uma
projeção momentânea da mente, sem capacidade inata ou possibilidade de se
transformar em um verdadeiro Buda iluminado. Não importa quantas meditações e
práticas de alto nível o eu sonhado se envolva; ele nunca se transformará em um Buda.
Em vez disso, ele apenas desaparece quando acordamos de manhã. Mas, de manhã,
quando acordamos, percebemos que parece ter um corpo e uma mente também. Nós
sentimos que somos um eu com uma identidade e memórias para provar isso. No
entanto, pode-se descobrir, após a investigação, que nossa própria identidade também
é apenas uma projeção da mente estabelecida pelo mesmo mecanismo subconsciente
que produz o nosso eu sonhado; ambos são meras formas de pensamento que não têm
uma vida independente em si mesmos. Às vezes, em um estado de clareza muito
profundo, o pseudo-eu da identidade pessoal imaginada desaparece. Neste momento,
sabe-se que não existe um eu pessoal que jamais se torne iluminado, não importa o
quanto a meditação ou esforço na prática seja exercido. É visto que não há um eu que
possa se iluminar porque esse eu não passa de um monte de pensamentos decorrentes
do subconsciente. Como um monte de pensamentos se torna um Buda? Isso significaria
que seus pensamentos sobre marmelada poderiam se transformar em Budas
totalmente funcionais! Pensamentos sobre marmelada não são mais do que
pensamentos que descrevem um "eu". Não há um eu para se tornar iluminado! Não há
um eu que nasce, vive e morre mais do que o seu eu sonhado nasce, vive e morre. Então,
quando as pessoas disserem que "eles" são seguidores de um caminho gradual ou
súbito para a iluminação, por favor, tente conter seu riso. Quando a mente deixa de
gerar a "identidade do eu", o que resta é a Mente de Buda eterna que não tem
identidade pessoal, e que nunca nasceu ou poderia morrer ou que poderia se tornar um
Buda novamente. Então, o próximo pensamento seria "Certo, entendo, agora, o que ‘eu’
faço para realizar essa visão?" Ha, ha, ha ... (rindo alto) desculpe, não podia conter a
risada! O que "quem" faz ??? (mais risadas) ... Jackson Peterson
Sábado, 22 de julho de 2017 às 09:15 UTC-03
A Lâmpada do Bindu Vazio Ou Thigle Tongpa Dronma Onde estão ocorrendo ou
aparecendo pensamentos, imagens, percepções e sensações? Com os olhos fechados,
você pode isolar sua localização? Eles estão aparecendo no olho interno ou espaço vazio
da consciência. Todas as percepções e pensamentos aparecem ali; como hologramas
transparentes. O mundo externo está aparecendo e é conhecido apenas dentro do
mundo interior. Os conteúdos aparentes são originados de forma puramente
dependente. O espaço vazio e consciente em que aparecem não é um fenômeno
dependente. O "espaço vazio consciente " está atrás dos olhos em direção ao meio do
crânio, em orientação à cabeça. Não só as percepções sensoriais aparecem, mas também
pensamentos, devaneios, sonhos e introvisões. Dentro do chakra da coroa, uma série de
chakras menores estão incorporados como bonecos russos empilhados. Cada um é mais
sutil que o outro. O thigle mais interno ou bindu é um espaço vazio sem dimensões, o
espaço da Consciência Pura. Todos os fenômenos aparecem neste "espaço", como os
hologramas aparecendo em uma bola de cristal ou reflexos em um espelho. Mas
parecem como se surgissem externamente diante do corpo e da cabeça de alguém. O
"espaço de consciência" permanece inalterado, não importa o que apareça dentro dele.
O sentimento de identidade pessoal também é apenas uma reflexão momentânea que
aparece na consciência pura. Outro nome para este espaço interior de consciência pura
é a "Mente de Clara Luz" ou "Mente de Buda". Quando a "introdução direta" a Rigpa é
dada, é em direção a esse espaço vazio interno de Consciência Pura que a mente se
orienta. É um olhar muito sutil "de volta" para o que é consciente e sabe. É possível que,
de repente, a mente energética que está olhando dentro de si mesma se dissolva em
sua própria origem vazia; o bindu ou thigle vazio primordial. Naquele momento, a
sabedoria inerente, primordial do bindu vazio é o estado cognitivo de alguém; isso é o
que a percepção de Rigpa significa. Jackson Peterson
Sábado, 22 de julho de 2017 às 09:11 UTC-03
A Vida Complexa e Sofisticada de um Dzogchenpa "Já que não tinha nenhum lugar
permanente para ficar, não tinha interesse em esconder quaisquer tesouros, e desde
que estava com as mãos vazias, não tinha medo de ser roubado no caminho. Caminhei
com toda a facilidade, desprezando o prazer de andar em cima dum palanquim e encher
meu estômago de comida grosseira, evitando o luxo da carne. Inclinei meus passos em
qualquer direção que desejasse, sem um roteiro a seguir. Minhas únicas preocupações
mundanas eram se seria capaz de encontrar um lugar adequado para dormir à noite e se
as sandálias de palha eram do tamanho certo para os meus pés." – BASHŌ, OI NO
KOBUMI (REGISTROS DE UM MALA DE VIAGEM USADA) -- Jackson Peterson
Sábado, 22 de julho de 2017 às 09:00 UTC-03
A Raiz do Euísmo e do Sofrimento Se você se sentar em silêncio, você notará que os
pensamentos surgem sem a sua vontade. Mesmo se uma "intenção volitiva" surgir
ninguém a intencionou voluntariamente. Os estados mentais emocionalmente tingidos
também podem surgir sem um esforço deliberado em gerá-los. Sentado por períodos
mais longos, pode-se notar que a sensação de ser um eu, que é experimentado como
um sentimento de "eu" definitivo, também pode ser visto surgir sem ser volitivamente
gerado. Você também pode notar que sempre que o pensamento "meu" surge em
relação a posses ou família, o "eu" a quem eles pertencem está sempre implícito. Isso
implica o "eu" como o proprietário que está subconscientemente presente. Um exemplo
clássico seria fenômenos mentais e emocionais: os pensamentos não estão apenas
ocorrendo, mas os pensamentos são experimentados como "meus" pensamentos.
Vários sentimentos e emoções que ocorrem são sempre considerados "meus"
sentimentos e "minhas" emoções. As memórias são sempre consideradas como
"minhas" memórias. O "eu" como dono das memórias é uma suposição subconsciente.
Mas este "eu" em si como o proprietário imaginário de pensamentos, memórias e
estados emocionais não pode ser isolado e claramente identificado como uma entidade
que existe por conta própria nem como dono de nada. O "mim" ou o eu pessoal é ele
próprio apenas uma outra projeção subconsciente, como o "eu" que aparece no papel
principal de nossos sonhos noturnos. Quando acorda pela manhã, o sonho do "mim"
desaparece. Mas não percebeu que ao acordar de manhã que o "eu" que se supõe ser
um "eu" real ou mim, também é apenas uma outra projeção subconsciente. O "eu"
pessoal é um personagem de história subconscientemente inventado. É esse
personagem fictício que é o "dono" de todo o karma que é parte integrante de sua
narrativa do enredo. É também este "eu" fictício que está sendo subconscientemente
projetado como o "buscador" da iluminação, e que é caracterizado como aquele que
está fazendo várias práticas e meditações para atingir seu objetivo imaginário de
iluminação. O "buscador" no ato de procurar, é apenas uma projeção subconsciente do
condicionamento e das reificações contínuas de identidades pessoais e fictícias. Não
existe um buscador real ou uma entidade pessoal que desperte ou sofra fora do
imaginário gerado pelo subconsciente. Estar completamente "desperto" como o Buda
descreveu, é a condição em que o subconsciente deixa de gerar esse personagem
fictício como um "eu" inerentemente existente. Não se trata de "ver através" da ilusão
de um eu pessoal; mas é antes uma cessação completa e sua ausência, sem que ninguém
permaneça para notar sua ausência. Khenpo Tsulstrim Gyatso: “Quando realizamos a
ausência do eu do indivíduo, no entanto, todo esse processo pára. As visões errôneas
que têm sua raiz na crença no eu cessam, então as aflições mentais cessam, então as
ações kármicas cessam, e como resultado disso, o nascimento no ciclo da existência do
samsara cessa.” -- Jackson Peterson
Sábado, 15 de julho de 2017 às 08:59 UTC-03
Pensamentos sobre Marigpa Marigpa é o oposto de rigpa. Rigpa é nossa Consciência de
sabedoria primordial. É uma consciência que sabe que é a própria natureza como sendo
o que sempre é. Marigpa é um estado cognitivo de ignorância. É ignorante de sua
própria natureza verdadeira. Rigpa e marigpa são mutuamente excludentes. Rigpa sabe
que é a verdadeira natureza não-conceitual. Não é um pensamento "sobre" é a
verdadeira natureza. No Dzogchen descrevemos dois tipos de cognição; um é "togpa"
(namtok) como pensamentos comuns e o outro é "sherab" ou "yeshe" como sabedoria
não-conceituada de rigpa. Pensamentos comuns como namtok são sempre marigpa. A
sabedoria primordial, não conceitual, como yeshe e sherab, são cognições de rigpa. É
por isso que todas as tradições dizem que não há namtok nem pensamentos em rigpa.
Todo pensamento é marigpa manifestando-se como fragmentos do incessante e
cármico sonhar acordado da mente. A famosa ignorância que Buda declarou ser a raiz de
todo sofrimento é de fato encontrada como apenas seu pensamento atual. Sua
ignorância ou marigpa atual não pode ser o último pensamento nem o pensamento
seguinte; a totalidade do samsara nunca pode ser mais do que seu pensamento atual.
Pode-se notar que, durante qualquer pensamento, a auto-certeza da sabedoria
transparente de rigpa está sempre ausente. Portanto, é óbvio que qualquer
pensamento ou conceitualização nunca conterá as sabedorias iluminadas de rigpa, mas
apenas é o oposto. Vamos esclarecer ainda mais sobre Rigpa e pensamentos ... Um dos
maiores mestres de Dzogchen deste século foi Tulku Urgyen. Ele escreveu sobre este
assunto com frequência e com grande ênfase. Aqui está uma citação de seu livro
intitulado 'Tal Como É', volume 2, páginas 168 e 169: Um aluno pergunta: pode haver
algum pensamento durante Rigpa? Rinpoche: "É essencial resolver o fato de que não há
nenhum namtog (pensamento) no estado de rigpa, é impossível. A escuridão não pode
permanecer quando o sol nasce. Um cabelo não pode permanecer em uma chama. É
apenas em um momento de distração que você perde a continuidade de rigpa. É
somente por essa perda, que é marigpa, inconsciente, que o pensamento pode começar
a se mover. Essa perda de continuidade, no sentido de esquecer e distrair-se, é chamada
de ignorância co-emergente. Para reiterar, o pensamento significa conceitualizar o
estado de desconhecimento. O pensamento só começa depois que marigpa se instala, à
falta de rigpa! Durante a não-distração de rigpa, nenhum pensamento pode aparecer.
Não posso enfatizar isso o suficiente – não há pensamento durante o estado de rigpa! "
O Buda ensinou isso: "Conceitualizar é uma doença, conceitualizar é um câncer,
conceitualizar é uma flecha. Ao ultrapassar toda conceitualização (pensamentos),
monge, é dito ser um sábio em paz". MN 140 Dhātuvibhaṅga Sutta Via Jackson Peterson
Sábado, 15 de julho de 2017 às 08:51 UTC-03
Rigpa No Dzogchen, o único tópico é "rigpa". Muitas pessoas falam sobre terem uma
"experiência" de rigpa. Alguns falam sobre tentar "estabilizar" rigpa. Se você teve uma
experiência de rigpa; então não era rigpa. Rigpa não pode ser experienciado. Rigpa não
é um estado a ser estabilizado. Rigpa não é uma experiência. Rigpa é o que conhece a
experiência, mas não é experienciável. Como você pode estabilizar algo que não pode
ser experienciado? Uma vez que realizou a natureza vazia de um eu pessoal, na sua
ausência, qual entidade permanece para experimentar rigpa? --Jackson Peterson
Sábado, 1 de julho de 2017 às 16:42 UTC-03
Sa-pan Kun-dga 'rgyal-mtshan (1181-1282) afirma: "a teoria de Atiyoga é Gnose, não um
meio. Para fazer um Sujeito — que não pode ser expresso em palavras — um objeto de
discussão, não é um pensamento do aprendido."
Sábado, 1 de julho de 2017 às 11:45 UTC-03
Não há regras em Dzogchen. Dzogchen não é uma filosofia ou modo de vida com um
código de conduta. Dzogchen é simplesmente sua consciência rigpa, não é um caminho
ou sistema.
Segunda, 26 de junho de 2017 às 08:37 UTC-03
O imperador Wu perguntou a Bodhidharma, "Qual é o significado mais elevado das
verdades sagradas?" Bodhidharma respondeu: "Vastidão vazia, nada sagrado."
Sábado, 24 de junho de 2017 às 20:23 UTC-03
Este momento é vacuidade Primeiro percebemos a vacuidade (natureza fictícia) dos
pensamentos. Então percebemos a vacuidade (natureza fictícia) de nossa própria
existência pessoal e a vacuidade (natureza fictícia) de todas as outras pessoas. Então, a
vacuidade (natureza fictícia) de todas as energias e objetos aparentes é realizado. Então
percebe-se que cada momento está vazio (sem substância) e está tão vazio quanto
qualquer outro momento possível do passado, presente e futuro. Todas as experiências
e momentos são iguais no sentindo de que eles nunca surgiram em primeiro lugar. O
surgimento deste momento só pode ocorrer porque o último momento já se auto-
liberou após o seu surgimento. Este momento deve sempre se auto-liberar
imediatamente ou o momento futuro não teria qualquer lugar para surgir. Ponderando
isso profundamente, fica claro que nunca houve um surgimento que possua duração.
Sem nenhuma duração possível, quando há tempo suficiente para o Samsara começar?
Quando há tempo suficiente para ser possível sofrer? Quando há tempo para um eu
pessoal persistir se cada momento não tiver duração? Desta forma, torna-se óbvio que a
crença profunda em um "eu pessoal" duradouro não pode mais ser mantida.
Sábado, 24 de junho de 2017 às 20:22 UTC-03
Jeans Azul e Sonhos Você já reparou isso em um sonho a noite, que você aparece no
sonho já vestido? Talvez você estivesse vestindo jeans azuis em um sonho. O
subconsciente projetou sua imagem 3D com um jeans azul sem sua escolha. Do mesmo
modo, seu estado emocional foi gerado juntamente com o jeans azul. Seu estado
emocional não foi "causado" por nada que ocorresse no sonho, porque o que estava
acontecendo no sonho também estava sendo projetado ao mesmo tempo. Não há um
eu neutro no sonho em que os eventos de sonhos causem diferentes estados
emocionais para visitar. Não existe um eu neutro e persistente para o qual as emoções
possam se aproximar. É o mesmo em relação às emoções em nossos estados diurnos.
Nós não possuimos um eu contínuo e imutável em que várias emoções o visitem de
tempos em tempos. Nosso subconsciente está projetando nosso senso de eu
juntamente com seu estado emocional e pensamentos. Você não é um eu neutro que
atravessa diferentes estados emocionais e humores; em vez disso, o subconsciente
projeta diferentes eus. Às vezes, projeta um eu feliz, ou um eu triste ou um eu ansioso.
Não existe um eu real que seja contínuo através de vários estados. A cada segundo o eu
passado cessa e um eu completamente novo, mas semelhante, é projetado pela mente
subconsciente. Devido à rapidez dos quadros de filme dos "eus", parece que existe um
eu que persiste ao longo do tempo. Na meditação, o eu pode ser visto apenas como
uma série de personagens subconscientes e fictícios baseados no condicionamento e na
memória, que surgem na consciência. No intervalo de cada momento de uma auto-
projeção, não há nenhum eu ou identidade de forma alguma. Quando visto diretamente
em um momento de contemplação interior, a vacuidade do eu é plenamente realizada.
Além desses flashes momentâneos de projeções subconscientes de um eu, ninguém
está lá. A auto-identidade que você parece ser enquanto lê isso, não é mais autêntica e
real do que o eu que você sonhava ser na noite passada. Mas o "espaço vazio de
consciência pura" em que essas projeções de um eu surgem e cessam, permanece vazio
em si mesmo, sem qualquer identidade ou história pessoal absolutamente.
Sábado, 24 de junho de 2017 às 20:20 UTC-03
Projetor e Projeções No sufismo, todo o ensino é centrado em torno da dissolução do
eu imaginário conhecido como "nafs". Considera-se que existem três níveis de nafs: o
sentido físico do eu, o sentido emocional do eu e o sentido intelectual do eu. Cada um
tem sua própria auto-imagem do "eu". A identificação como um eu usualmente é uma
auto-imagem e auto-sensação que incorpora os três níveis do "ego". A sensação de ser
um eu ou alma espiritual independente seria incluída no contexto e na dinâmica do "eu
intelectual". No sufismo, nenhum nível do eu ou nafs é real. O budismo caiu na minha
opinião porque perdeu a priorização original do Buda em relação ao seu ensino sobre
"não-eu" ou anatta em Pali. Anatta era a marca registrada de seus ensinamentos que
diferenciava seus ensinamentos de todas as tradições e religiões concorrentes de seu
tempo. Hoje, o budismo prioriza a conduta, a renúncia, o estudo, a ação meritória, as
preliminares, os rituais, as práticas e a realização de metas, acima da visão única sobre a
vacuidade do eu e a sua cessação final. Em vez disso, o budismo de hoje embeleza e
"melhora" o eu imaginário que nunca existiu por um segundo! Esse eu não pode sequer
ter insights sobre sua própria natureza verdadeira! Não existe um eu que reencarna. A
reencarnação diz respeito apenas a um eu imaginário que nunca encarnou em primeiro
lugar. Não há um eu que viaja para as "Terras de Buda" puras. Não há um eu que entre
nos bardos na morte. Não há um eu que desperta. Não há um eu que se torne iluminado.
Todos os "eus" são projeções imaginárias da Mente. A liberação é a cessação do eu ou
das auto-projeções. Mas nessa auto-cessação, nenhum eu é liberado. Simplesmente
cessou. Você nunca foi o eu projetado, mas sim você é o Projetor que não possui um eu
próprio. Conhecer isso diretamente na experiência é chamado de "rigpa" em tibetano e
"gnose" em grego. É a essência do coração de todas as tradições místicas. Somente o
Projetor conhece o Projetor. Somente o Projetor Pode conhecer o Projetor. Todo o
karma pertence à projeção. Todo o sofrimento pertence à projeção. Como o projetor;
você nunca se moveu ou mudou. No sufismo, nos concentramos em conhecer o projetor
através da cessação da auto-projeção. No budismo, nos concentramos em conhecer o
nirvana através da vacuidade da auto-projeção. No Dzogchen chamamos o Projetor de
"Kunje Gyalpo" ou o "O Monarca Todo-Criador". Nós também chamamos o Projetor no
Dzogchen: Samantbhadra ou o "Todo-Bom". No Shaivismo de Caxemira chamamos o
Projetor: "Shiva". Na Cabala chamamos o Projetor: "Ein Sof" como Luz Infinita. Todos
esses termos absolutos estão apontando para quem Você realmente é como o Projetor.
Sábado, 24 de junho de 2017 às 19:57 UTC-03
Virūpa afirma: "Conceituar ou dualizar a realidade final é criar a fundação de sa ṃsāra e
tornar-se um vagabundo desamparado. Observe a natureza intrínseca da mente, que é a
base de todas as coisas. À medida que cessa-se todas as atividades mentais e percebe o
vazio, certamente haverá liberação."
Quarta-feira, 21 de junho de 2017 às 18:37 UTC-03
Longchenpa escreveu: "Seis lokas" é apenas um nome. Quando examinados são vazios.
Seres sencientes são o carma e os kleshas. Se estes são examinados, são infundados.
São livres dos extremos de um e muitos. São desprovidos de essência. O Khyungchen
diz: Nesta mente para a qual o desejo é totalmente impossível, Pois depende das
vasanas amadurecidas que não tem fundamento, Como um flor celeste, os seres não
tem suporte ou existência. Não é possível que nossos corpos possam depender de
vasanas mentais, quando a mente não existe. O Mala de Pérolas diz: Quanto aos cinco
kleshas raízes dos seres sencientes, na realidade não têm existência. São meramente
como núvens dentro do céu, uma combinação de condições temporárias. Assim como as
nuvéns surgem dentro do céu, da mesma maneira dissolvem-se e desaparecem. Por
aqueles que sabem que é assim que as coisas são chamadas de um estado indiviso."
Longchenpa de seu "Comentário..."
Quarta-feira, 21 de junho de 2017 às 18:11 UTC-03
"A natureza do samsara, a cidade dos seis lokas, surge do Dharmadhatu como um mero
reflexo. (holograma) Diversidade aparente — alegria e tristeza, nascimento e morte — É
como um espetáculo dentro do espaço da própria mente." Longchenpa, de seu
"Comentário..."
Quarta-feira, 21 de junho de 2017 às 18:01 UTC-03
Dzogchen é essencialmente diferente de todas as outras tradições Budistas Tibetanas
porque não oferece nenhum caminho e nenhuma realização: Sua própria-natureza é em
si um Buda, no ensino Dzogchen. Dzogchen chama esta Natureza Buda, "rigpa"; Que
significa "consciência pura original". Você é sempre apenas rigpa, com nada mais a fazer.
Tudo o que você vê e experiencia é sua própria projeção energética que ocorre no
espaço vazio de sua própria consciência, como um filme projetado numa tela de filme.
Não há causas secundárias ou outras causas do que vê, sente, percebe ou pensa como
experienciado. Você é o "olho de rigpa" imaculado que vê suas próprias projeções; E é
assim que sempre foi.
Sábado, 17 de junho de 2017 às 17:54 UTC-03
Quando a mente se concentra em pensamentos, samsara surge continuamente. Quando
concentrada no chacra da coroa na fontanela, a liberação surge continuamente.
Sábado, 17 de junho de 2017 às 09:32 UTC-03
Estar num estado deludido é o senso de ser um percebedor e experienciador de um
ambiente já existente, em vez de ser o projetor dele.
Sábado, 17 de junho de 2017 às 09:31 UTC-03
[unicamente] Desista dos pensamentos, Não há necessidade de desistir de nada mais.
Quinta-feira, 15 de junho de 2017 às 09:07 UTC-03
Para fins comuns, temos "livre-arbítrio" na estória, assim parece. Unicamente quando
olhamos para o processo de pensar, intentar e decidir durante a meditação vipassana
quando a mente lentamente desacelera; não podemos encontrar o pensador ou o
intentador ou o decedidor. Esses eventos mentais simplesmente irrompem na
consciência. Se "você" não está originando esses pensamentos, talvez o próprio "você"
está simplesmente irrompendo na consciência também. Caramba! �
Quarta-feira, 14 de junho de 2017 às 10:41 UTC-03
Como entrar no caminho direto do Dzogchen sem qualquer preparação,
desenvolvimento ou manutenção posterior? Observe a qualidade sempre-presente de
uma observação consciente que é apenas um saber desnudo e observação vazia. Não é
produzida ou fabricada. É a única "constante" em toda experiência.
Quarta-feira, 14 de junho de 2017 às 10:27 UTC-03
Seja qual for a experiência que pareça reificada e opressiva, essa experiência é uma
contração de prana ou energia psíquica. Quando sua natureza vazia é "vista", a
contração instantaneamente libera-se.
Quarta-feira, 14 de junho de 2017 às 08:49 UTC-03
Marpa expressa desta forma: "A realização é por natureza instantânea. Pois que ocorre
repentinamente, não há nada a adicionar ou subtrair dela. Isto é autoliberação, o grande
gozo do estado primordial. Ser livre de esperanças e preocupações é o resultado."
Quarta-feira, 14 de junho de 2017 às 08:34 UTC-03
Isto é chamado o "Mahamudra como visão." Como diz o Tantra Raiz Hevajra: "Você vê
que não há forma que exista por sua própria natureza. Não há som, e ninguém que o
ouça. Não há odor, e ninguém que o sinta. Não há sabor, e ninguém que o experimente.
Não há nada tocado, e ninguém que o toque." Tilopa expressa desta forma: "Se quiser
realizar o estado além do pensamento, no qual não há nada a ser feito, investigue os
fundamentos de sua própria mente e repouse na consciência desnuda." E o Senhor
Milarepa afirma: "Sem deuses e sem demônios é o que significa confiar na visão." E
também: "Do ponto de vista da verdade definitiva, não há tal coisa como budeidade,
muito menos algo como espíritos obstrutores".
Quarta-feira, 14 de junho de 2017 às 07:51 UTC-03
"Todos os objetos de percepção não são mais que manifestações da mente; não são
objetos externos, mas a própria mente. Reconhecer isto pacifica o jogo de nossas
reações emocionais, porque então não há mais separação entre nossa mente e suas
criações, entre sujeito e objeto. Tudo o que experimentamos é a expressão de nossa
própria mente. A mente e a manifestação são uma e a mesma; não são separadas
minimamente. Assim como a mente não é um objeto que poderia ser descrito ou
delimitado, também as aparências que a mente projeta estão além de toda imaginação
e descrição." Lama Gendun
Terça-feira, 13 de junho de 2017 às 19:34 UTC-03
"Sanguinários, prostitutas, os culpados dos cinco crimes mais hediondos, proscritos, os
desfavorecidos: todos são plenamente a substância da existência e nada menos que o
êxtase absoluto." A Fonte Suprema - O Kunjed Gyalpo O Tantra Fundamental do
Dzogchen Semde
Terça-feira, 13 de junho de 2017 às 18:49 UTC-03
Caro Dzogchenpas Kunje Gyalpo Tantra (Tib., Kun-byed rGyal-po 'i rgyud, "O Rei que
Tudo Cria"), um texto pertencente à Classe da Mente (Tib., Sems-de) dos Tantras
Internos Ati Yoga. Creio que isso tudo abaixo é uma parte do Kunje Gyalpo, mas de
qualquer maneira o que já está aí é muito bom para ler e fácil como todos os textos
Dzogchen para entender. É o diálogo entre Vajrasattva e Samantabhadra Boa
apreciação e os melhores votos para a nossa prática Dzogchen Kalden Yungdrung. Kunje
Gyalpo Tantra (Tib., Kun-byed rGyal-po 'i rgyud) 1. Sobre a visão Entenda bem,
Vajrasattva! Em termos da fonte, na raiz de todos os fenômenos não há nada como um
observador e um objeto a observar. Quem entende a essência sem julgá-la o objeto da
visão entende minha natureza. Ouça! Todos os fenômenos da existência, sem exceção,
permanecem na fonte suprema em uma condição sem nascimento. Que aqueles que
querem compreender este significado fundamental compreendam a minha natureza! Se
eu não ensinasse este ensinamento definitivo, toda a posteridade da fonte suprema,
que é o antepassado de todos os iluminados, seria interrompida e todos continuariam a
transmigrar. Ouça! Assim, Vajrasattva, supere qualquer idéia de ter ou não ter uma
visão. Como ter uma visão significa cobrir o verdadeiro significado com conceitos, não
baseie sua compreensão nesta visão de causa e efeito! Neste veículo atiyoga em que
nada é confirmado, tentar observar e examinar [a verdadeira natureza] equivale a
interromper a percepção dela. Assim, compreendam isto: a verdadeira natureza da
fonte, a essência inalterada, não pode ser percebida baseando-se em uma visão. Ouça!
Eu, a fonte suprema, consciência pura e total, sou o espelho em que todos os
fenômenos são refletidos. Embora carente de auto-natureza, tudo se manifesta
claramente; sem necessidade de uma visão, esta natureza brilha claramente. Entender
que esta condição essencial não-nascida não é um objeto para observar dualisticamente
é este grande entendimento! 2. Sobre o Compromisso [Samaya] Os professores das três
dimensões, minhas emanações, ensinando com base nas diversas capacidades dos
discípulos, transmitem o entendimento de que essa fonte é algo a ser mantida por
compromisso. Alguns entendem que eles têm que manter seus votos e disciplina pura,
outros observam os votos Vidyadhara, enquanto outros se baseiam nas numerosas
regras fundamentais e secundárias. Mas, por mais profundo que seja o seu escrutínio,
eles não alcançam o verdadeiro entendimento. O compromisso da fonte suprema está
além de qualquer dualismo de manter ou não manter. Quem entende esse significado
de "além de manter ou não manter" entende esse compromisso como tal. Ouça! Eu, a
fonte suprema, professor de professores, sou a igualdade de todos os fenômenos na
consciência pura e total que é a raiz. Assim, eu sou a essência fundamental de todos os
compromissos. Entenda isto: estou além de qualquer dualismo de manter e não manter!
Ouça! Como o céu não-nascido, qualquer compromisso da visão da fonte suprema
transcende todos os limites: quem entende isso bem entende esse compromisso da
fonte suprema. Ouça! Como a única raiz de todos os fenômenos é a consciência, a única
raiz desse compromisso não é algo para manter: isso significa ter compreendido a
mente não-nascida. Através dos quatro pontos de ausência, onipresença, simplicidade e
auto-perfeição, todos os compromissos são transcendidos. Os compromissos da fonte
suprema referem-se à compreensão do estado não-nascido. De acordo com a
compreensão ou não de que essa essência fundamental não é alguma coisa a proteger,
e com base na subdivisão nos [ensinamentos] do "significado provisório" e do
"significado definitivo", a necessidade ou a falta de necessidade de um compromisso
para manter é ensinado. Ouça! Como desta forma se entende que não há compromisso
a manter esta compreensão é igual ao estado dos Budas dos três tempos. Os
praticantes sem esse entendimento estão realmente em contradição com essa essência
de sua mente. Aqueles que observam o compromisso dos professores das três
dimensões em vez de manter esse compromisso terão dificuldade em encontrar este
verdadeiro significado por centenas de milhares de kalpas. Assim, como você recebeu
este ensinamento, entenda que não há compromisso a manter! O capítulo sobre o
compromisso que não precisa ser mantido, 3. Sobre a capacidade da ação espiritual
Vajrasattva, entenda bem! Os professores das três dimensões, emanados dessa
natureza, tomam a forma mais apropriada para os discípulos e lhes dão a entender isso:
para realizar o objetivo, é necessário se envolver em mudras; da voz, para recitação dos
mantras; da mente, para visualizar a radiação e a reabsorção [da luz]. Eles não entendem
isso: pode-se alcançar a auto-realização deixando livres as três portas do corpo, da voz e
da mente. Ouça! Qualquer capacidade de ação espiritual não é algo que se busca por
meio da ação. Ouça! Qualquer capacidade de ação espiritual não é algo que deva ser
buscado. Como o benefício para si mesmo já é espontaneamente perfeito, aqui não há
necessidade de ação. Como benefício para os outros é a igualdade dessa dimensão
última, ela não precisa ser buscada. Entenda bem isso! Ouça! Como tudo já está
realizado na consciência pura e total, dentro dela não há necessidade de agir. Quem
poderia atribuir a definição de "agir" ou "não agir" à própria essência da iluminação, que
é incriada e além da ação? Ouça! Para obter qualquer capacidade de ação espiritual, não
há necessidade de formar mudras com o corpo, recitar mantras com a voz, ou visualizar
a radiação e reabsorção com a mente. A iluminação de todos os Budas de qualquer
passado, presente e futuro depende unicamente da compreensão da verdadeira
natureza da capacidade espiritual: a não-ação. Como [a iluminação] dos Budas dos três
times se baseia na compreensão, vocês também, Vajrasattva, [deveria] entender bem
estas palavras! Ouça! Os professores das três dimensões ensinam àqueles atraídos pela
multiplicidade das características dos conceitos os ensinamentos sobre as ações para
pacificar, aumentar, conquistar e eliminar de forma irada, com base na variedade dos
conceitos de seus discípulos. Ouça! Eu, a fonte, o mestre supremo, ensino isto: todas as
ações são o caminho dos conceitos. Compreendendo o verdadeiro significado da ação
espiritual que transcende a ação, todos os seres podem se tornar esta fonte suprema.
[61. O capítulo sobre a compreensão da natureza das três portas além da ação e da
busca, 4. Sobre a Mandala Entenda Vajrasattva! Os professores das três dimensões,
minhas emanações, ensinam aos discípulos atraídos pela multiplicidade de
características a necessidade de visualizar a mandala e o ganacakra. Aqueles que
seguem o caminho das três dimensões procuram ganhar entendimento por meio da
multiplicidade de características, e por centenas e milhares de kalpas estes não
entendem que não há mandala para visualizar. Esta é a minha mandala: a mandala que
surge de si mesma já é perfeita porque tudo está completo em sua essência e está além
de qualquer possibilidade de crescimento ou diminuição. Sem precisar visualizá-la,
instantaneamente é a mandala perfeita. Ouça! [Este é o significado da palavra mandala,
em tibetano – khyil khor –]: khyil ou "centro" denota a essência verdadeira; khor ou
"circunferência" significa que esta essência possui a felicidade do samsara e do nirvana
em sua totalidade. Esta é a essência e raiz de todas as mandalas; todas as mandalas
estão contidas nela. Ouça! A mandala da fonte suprema é a mandala em que tudo é
aperfeiçoado em essência. Quem entende esta perfeição é perito no significado de "não
há mandala para visualizar". Ouça! Com a mandala não-nascida da consciência pura e
total, eu, a fonte suprema, professor de professores, sem ir e vir, preencho o universo
inteiro. Somente através do conhecimento se acessa o não-nascido. Ouça! Se a mandala
das cinco sabedorias se manifesta ou não depende do conhecimento ou da ignorância.
Assim, existem as noções distintas de ter ou não ter que visualizar. No entanto, quando
se tem uma compreensão suprema, essa distinção não existe mais. Portanto, sem se
demorar com as palavras Vajrasattva, entenda bem o significado! Quem entende
imediatamente permanece no estado da fonte suprema. Ouça! Assim como eu te
ensinei que as cinco paixões são a consciência pura e total que nunca nasceu, você
também Vajrasattva, ensine assim aos seus discípulos com base no seu próprio
entendimento! [62. O capítulo sobre a compreensão de que a mandala não deve ser
criada por visualização, 5. Na Iniciação Vajrasattva, entenda bem! Eu sou a fonte
suprema do professor, e os professores das três dimensões que são minhas emanações
ensinam que existem métodos de conferir iniciação. Ligados ao caminho dos conceitos,
eles não vêem minha natureza. Ouça! Eu sou a fonte suprema do professor, e como
minha natureza cria tudo e permeia tudo, não tenho outro objetivo. Entenda assim que
estou além de conferir ou não conferir [uma iniciação]. Os vários tipos e níveis de
iniciações são ensinados a indivíduos atraídos pela variedade de características. Para
aqueles que permanecem no significado do estado inalterado, eu ensino a condição
natural além da conferência de que não há necessidade de receber a iniciação! Ouça! À
medida que a natureza da fonte suprema permeia tudo, ensine aqueles praticantes que
reconhecem e compreendem o que significa permanecer na condição natural além da
conferência de que não há necessidade de receber iniciação! Ouço! Eu, a fonte suprema,
professor de professores, entendo e ensino que não é necessário receber uma iniciação.
Uma vez que se tenha obtido o poder da pura mente não-nascida, não há mais
necessidade do esforço da iniciação das dez naturezas. Já não se colocam as esperanças
na iniciação em mantras e mudras e não se está mais ligado à iniciação em símbolos e
objetos sagrados. Reconhecendo a pureza da mente, já não se distingue entre planetas,
constelações e conjunções astrológicas particulares. Ouça! Meu modo de entender não
é compartilhado pelos professores das três dimensões, conseqüentemente, o
verdadeiro significado das dez naturezas é impedido. Assim, minha natureza não é
compreendida. Ouço! Eu, a fonte suprema, professor de professores, ensino os
professores das três dimensões, meus primeiros discípulos, a condição inalterada,
autêntica e natural. Não há necessidade de confiar numa pratica de "deidade" para
visualizar ou depender de ganacakras ou de iniciação. Como tudo se aperfeiçoa no
poder da pura presença não-nascida, deixando-a como está sem buscar nada, todas as
metas são espontaneamente realizadas. Ouça! Eu sou a fonte suprema do professor, e
os professores das três dimensões são criados por mim. O que eles ensinam também é
criado por mim: porém eu não tenho necessidade de criar a mim mesma! Ouça! Quem
quer que entenda a natureza da fonte desta forma reconhece que é a natureza de
todos: assim entenda a minha natureza e não dependa mais das iniciações baseadas no
apego às características conceituais! [63. O capítulo sobre o poder de compreender o
estado auto-surgido, 6. No Caminho Ouça! A natureza da fonte suprema, professor de
professores, permanece na única condição do não-nascido. No entanto, como é difícil
perceber o significado do "não-nascido", para conduzir seus seguidores em caminhos
satisfatórios, os professores das três dimensões, meus primeiros discípulos, ensinam
que é necessário trilhar caminhos graduais. Assim, para conduzir aqueles de menor
capacidade para o verdadeiro significado, eles transmitem ensinamentos provisórios.
Ouça! [Eles ensinam que] seguindo os caminhos graduais da acumulação, da aplicação,
da visão, da meditação e da realização final é possível realizar o fruto após centenas de
kalpas, dentro de sete vidas, dentro de três vidas, etc. Desta maneira eles não permitem
que as pessoas entendam o meu caminho. Ouça! Vou explicar-lhe o caminho da fonte
suprema. Como a verdadeira natureza não-nascida, eu transcendo a definição limitadora
de tomar ou não tomar [um caminho]: assim, não há necessidade de trilhar um caminho
gradual. Os cinco caminhos são condicionados por conceitos. Entretanto, à medida que
transcendo os objetos dos conceitos, não posso ser alcançada seguindo um caminho
conceitual. Ouça! Meu caminho não tem etapas e é sempre igual nesta imensa esfera do
não-nascido: compreendendo essa única natureza, descobre-se a futilidade de trilhar
um caminho gradual. Ouça! Para me alcançar, professor de professores, a fonte
suprema, não há etapas relacionadas a um caminho gradual. A sabedoria auto-
emergente é instantaneamente perfeita: deixando a condição natural como ela é, ela se
encontra na meta sem nunca ter começado a jornada! Assim Vajrasattva, não me persiga
de uma maneira gradual! Ouça! Eu sou ilimitado como o céu. Assim como tentar alcançar
os limites do espaço significa incomodar-se em vão, não há doença pior do que a
daqueles que procuram realizar a minha natureza seguindo um caminho gradual! Assim
você também Vajrasattva, ensine minha natureza a seus discípulos. Assim, eles também
entenderão que tudo é minha natureza, e eles não mais permanecerão ligados aos
caminhos com características mundanas e não mais se envolverão em discussões
baseadas em palavras. Permanecendo calmamente no estado inalterado, eles
alcançarão a outra margem, e eles encontrarão o caminho da essência universal! O
caminho universal da fonte suprema nunca foi alterado e não pode ser trilhado de
forma gradual: aqueles que a seguem de forma gradual não entendem o verdadeiro
significado da iluminação e nunca realizarão a minha natureza. Entenda assim o
verdadeiro significado de "nenhum caminho para trilhar". [64. O capítulo sobre a
compreensão de que não há caminho para trilhar, 7. Nos Níveis de Realização
Vajrasattva, entenda bem! O ensino da fonte suprema, professor de professores, pelo
qual não há necessidade de treinar-se para avançar pelos vários níveis, não é apropriado
a todos e é difícil de entender. Ouça! A fim de permitir aqueles de menor capacidade,
atraídos pela multiplicidade de conceitos, a progredir, os professores das três
dimensões, minhas emanações, ensinam os dez e os seis níveis. O que eles ensinam,
seus discípulos entendem. No entanto, tudo isso pertence apenas à esfera dos
conceitos. Ouça! Estes são os seis níveis: luz total, suporte Vajra, Vajradhara, densa
variedade, dotado do lótus, nível de Vajrasattva. Eles são ensinados aos praticantes
seguindo um caminho gradual de acordo com o tipo de contemplação e deidade. Ouça!
Este é o nível da fonte suprema do professor. Como todos os fenômenos da existência
são uma única coisa na dimensão última do não-nascido, não há distinção entre os vários
níveis de realização. Entenda que há apenas um nível! Se alguém não está no meu nível,
os diversos níveis de compreensão que podem ser alcançados são apenas projeções de
conceitos pessoais e não permitem que eu me encontre, a fonte. Ouça! A natureza do
nível da fonte suprema é a perfeição espontânea da presença pura, nunca alterada ou
melhorada através do progresso. Mesmo treinando para progredir, não encontraríamos
o verdadeiro significado, enquanto que a compreensão da verdadeira natureza traz
instantânea auto-perfeição. Ouça! Como, apesar de não ter origem, o nível do único
veículo de consciência pura e total, a fonte, é todo-penetrante, buscando alcançar a
compreensão seguindo um caminho gradual é como tentar alcançar os limites do
espaço. Se, em vez disso, deixamos a condição natural tal como ela é, sem seguir um
caminho gradual, ela se auto-libera. Ouça! Eu, a fonte suprema, professor de
professores, me manifesto como a essência dos níveis de realização, assim, em mim não
há níveis mais altos ou mais baixos. Entenda o significado do meu nível! Mesmo que eu
me manifeste claramente na frente de todos, os discípulos das três dimensões [tentam]
entender-me [encerrando-me] em conceitos. Contudo, o estado da fonte é tão profundo
que, por muito que a examinem, não a vêem. Ouça! Os professores das três dimensões,
meus primeiros discípulos, transmitem ensinamentos que são adequados a diversas
disposições: para cada veículo do Corpo, Voz e Mente eles ensinam um nível de
realização, um caminho e um fruto. Mas até que meu nível seja compreendido, os
diversos níveis não permitem que se descubra o caminho fundamental. Assim, a
natureza da mente é o veículo universal, o nível da consciência pura e total. Entenda
este nível fundamental que eu estou te ensinando! Quando você reconhece que essa
verdadeira natureza da realização não depende do progresso, você finalmente
permanecerá no nível da consciência pura e total, a fonte! [65. O capítulo sobre a
compreensão de que não há progresso através dos níveis de realização, 8. Sobre a
Conduta Ouça! Eu sou a fonte suprema do professor. Entre os professores das três
dimensões emanadas de mim, alguns entendem que é necessário comportar-se
acumulando virtudes e eliminando atos negativos; outros, que se deve aceitar o puro e
rejeitar o impuro; outros ainda, que se pode empregar puro e impuro. No entanto, desta
forma, estes não compreendem o significado de transcender [a restrição de]
comportamento ou de não se comportarem de uma certa maneira. Aqueles que
cumprem estas condutas procuram purificar-se por meio de antídotos;
conseqüentemente, seu entendimento permanece ligado a um conceito artificial. Estes
não entendem o comportamento além de aceitar e rejeitar. Ouça! Este é o
comportamento da fonte suprema. Como todos os conceitos de virtude e vício, de
aceitar e rejeitar, de puro e impuro, de grande e pequeno são apenas uma coisa na
consciência pura e total não nascida, entenda que não há nada para aceitar ou rejeitar!
Entenda o estado onde não há diferença entre fazer e não fazer! Entenda o que não
pode ser dividido em centro e borda! Compreenda que a raiz é a consciência pura e total
não nascida! Ouça! Este é o comportamento da fonte suprema. Seja qual for a ação que
se faça, não há conflito [com a verdadeira natureza]: ao reconhecer que fazer e não
fazer são ambos o não-nascido, qualquer ação que alguém execute permanece não-
nascida. Ouça! Meu comportamento, como o do céu, não pode ser limitado ou medido.
Sendo não dual, transcende os limites do ser e do não-ser. Entenda que este é o
comportamento da consciência pura e total, a fonte! Entenda que esses cinco objetos
dos sentidos são o comportamento da consciência pura e total! Compreenda que as
cinco causas ornamentais [os cinco elementos] são o comportamento da consciência
pura e total! Entenda que os três mundos e as três existências são o comportamento da
consciência pura e total! Eu, o antepassado de todos os Iluminados, nunca ensinei um
comportamento que ignore o significado do não-nascido! [66. O capítulo sobre a
compreensão de que não há conduta para aceitar ou rejeitar, 9. Sobre a Sabedoria Os
professores das três dimensões, emanados de mim, compreendem que é necessário
eliminar obstáculos para realizar a sabedoria. Isto é o que eles ensinam a seus
discípulos, e isto é o que os discípulos entendem: ligados às suas próprias metas
pessoais, estes não se tornam meus discípulos. Ouça! Ensino a meus discípulos que
todos os fenômenos visíveis e audíveis são uma única coisa na condição fundamental
não-nascida. Portanto, eu não dou origem à distinção entre obstrução e não obstrução,
e conseqüentemente, eu não ensino que a sabedoria possa alguma vez ser impedida. Eu
não considero os conceitos de "impedimento ou não impedimento" dualista, eu não
julgo em termos quantitativos o verdadeiro significado onde não há meta, e não
procuro dar origem à essência baseando-me em causa e efeito. Ouça! Meu ensino não
corresponde ao que é ensinado pelos professores das três dimensões. Eu não meço a
condição não-nascida, única, a fim de definir qualquer quantidade de suas
características, eu não julgo em termos de consciência e objeto, e eu não confio em
antídotos. Como conhecimento e ignorância são uma única coisa na dimensão última do
não-nascido, eu não divido o que é um por meio do pensamento dualista. Eu não
produzo julgamentos, eu não restrinjo a percepção no interior ou sigo um método de
alternância [para permanecer na verdadeira natureza], mas eu sei tudo
instantaneamente. Compreenda isto Vajrasattva! Ouça! Minha sabedoria não pode ser
sondada, e ela transcende todos os números. Explicar diversas sabedorias relacionadas
a qualidades específicas não leva à verdadeira compreensão. Ouça! Minha sabedoria não
envolve julgamento e transcende a elaboração conceitual. É supremamente serena, sem
mesmo uma partícula infinitesimal, assim como o céu: daí é chamada de "não-nascida".
Sem nunca se separar de uma única sabedoria que se origina de si mesma, as diversas
formas se manifestam distintamente na clareza sem serem alteradas. Quem entende e
realiza este [estado] é o filho da fonte suprema. Vajrasattva perceba este conhecimento
da sabedoria não-nascida! Ouça! Eu sou a sabedoria, a fonte suprema: afasto a visão da
ignorância, rompo todas as redes de obstáculos, faço a luz da sabedoria brilhar. Eu sou a
fonte, a sabedoria auto-surgida. Não existe sabedoria que não derive de mim, todas as
sabedorias são a minha manifestação: assim, sou chamada de "sabedoria suprema".
Quem quiser ver suas paixões brilhar como sabedoria deve entender este meu
ensinamento! [O capítulo sobre a compreensão de que o conhecimento não tem
obstáculos, 10. Sobre a Auto-perfeição Eu sou o professor, a fonte suprema. Eu sou
auto-aperfeiçoado e não o objeto de uma busca. Vou mostrar-lhe a minha natureza:
entenda isso bem! Ouça! Eu sou o professor, a fonte suprema. Como minha natureza é
difícil de entender, os professores das três dimensões, emanados de mim, ensinam que
devo ser buscado por meios específicos. Como? [Os sravakas] ensinam que ao entrar no
caminho das quatro nobres verdades, é necessário se esforçar para renunciar às paixões
e aumentar a sabedoria. Apegados ao caminho [dos 12 elos] da interdependência, [os
pratyekabuddhas] ensinam que é necessário se esforçar para bloquear as paixões e
obter sabedoria. Depois de terem introduzido seus discípulos no caminho das duas
verdades, [os Bodhisattvas] ensinam que é necessário obter o fruto através do esforço e
do treinamento. Com base no esforço de ações dualistas, [os seguidores do kriya]
consideram que a realização permanece na manifestação da deidade. Com base no
esforço de ação e meditação, [os seguidores do ubhaya] consideram que o fruto pode
ser obtido por meio da aceitação e rejeição. Com base no esforço das três
contemplações, [os seguidores do yoga] acreditam que podem obter o fruto por meio
de aceitar e rejeitar. Com base no esforço da meditação que envolve a radiação e a
reabsorção [da luz], [os seguidores do mahayoga] acreditam que podem obter o fruto
que transcende a aceitação e a rejeição. Com base no esforço da meditação sobre causa
e efeito, [os seguidores do anuyoga] acreditam que podem obter o fruto dos três kayas
de Vajrasattva. Ouça! Todos esses resultados implicam busca e esforço; entretanto,
estes não permitem a compreensão de minha natureza. Ouça! Eu, o professor, a fonte, a
consciência pura e total, sou todo-penetrante como o céu, portanto estou em contato
com tudo e benefício a todos: assim não há necessidade de buscar-me e obter-me
através do esforço. O que eu ensinei serve para permitir que você entenda isso: aqui
não há nada para procurar ou esforçar-se para. Transmita aos meus discípulos esse
entendimento que você agora obteve! Ouça! Como eu sou auto-aperfeiçoado e além da
busca, transmito-lhe esta compreensão. Através dela, você chegará a entender todos os
fenômenos da mesma maneira em que eu entendo estes. Então, animado pela
consciência com a qual não há nada a obter pelo esforço, você se tornará a fonte
suprema. Assim sábio Vajrasattva, transmita o conhecimento "além do esforço" àqueles
que se sacrificaram por muitos kalpas para que estes também possam permanecer sem
esforço neste nível do estado inalterado. [O capítulo sobre o entendimento de que a
auto-perfeição não pode ser o resultado de uma busca, III. CONCLUSÃO Então
Vajrasattva falou com a fonte suprema, a consciência pura e total: Você é a fonte
suprema. Todos os fenômenos da existência foram criados por você, o autor supremo.
Tudo é uma manifestação sua. No entanto, em vós, que sois o autor supremo, não há
necessidade de agir: tudo já está realizado desde o princípio. Maravilhoso Vajrasattva,
Corpo, Voz e Mente de todos os Vitoriosos! Agora que você tomou posse do tesouro
secreto, você é o leão supremo da fala. Você é a Mente que entende esse grande
segredo. Você é a Voz que expressa o oceano dos segredos. Você é o Corpo dotado
dessas qualidades auto-perfeitas. Você é o descendente dos Vitoriosos. Como eu, a
fonte suprema, seja o antepassado de todos os Vitoriosos! Dispense a escuridão em
todos os lugares! Seja o professor de todos os yogues! Transmita aos yogues este
ensinamento secreto adicional, supremo entre todos os segredos!
Terça-feira, 13 de junho de 2017 às 17:30 UTC-03
De outro tópico: Tudo o que está ocorrendo exteriormente e interiormente é a nossa
"natureza pura original" aparecendo e sendo cada pensamento e sentimento, ação e
percepção. Existe apenas a "natureza original" que aparece como você. Já é perfeita!
Você é o Absoluto que aparece como você. Esta é uma revelação ou sabedoria que não
pode ser negada. --Jackson Peterson
Terça-feira, 13 de junho de 2017 às 17:26 UTC-03
O Poder de Rigpa No Dzogchen, considera-se que rigpa tem um poder ou energia
criativa; é chamado de "tsal". Tem diferentes modalidades chamadas rolpa e dang. Mas
os três são igualmente a energia radiante de Rigpa em si. É mais fácil usar a palavra
“tsal” para nossos propósitos como “poder energético”. Literalmente, cada aparência é
uma aparência de tsal seja como um fenômeno mental ou o que parece ser objetos
externos. A aparência mais comum de tsal é a nossa atenção e intenção. Nós
energizamos tudo o que dirigimos nosso poder ou tsal para ou sobre. Sem a nossa
infusão de tsal nada pode se desenvolver em atenção. Nosso poder de foco também é
tsal. Quando nós ensinamos no Dzogchen a direcionar nossa consciência "para trás"
sobre a consciência, nós realmente dirigimos nossa tsal para a nossa própria essência
interior da consciência. Tsal é em si uma forma condensada da Clara Luz radiante,
mesmo com prana e kundalini. No Dzogchen, o corpo físico é ele próprio tsal. Se na
meditação focamos a atenção em um objeto pequeno em nossa frente, a focalização do
nosso tsal provoca a cessação de pensamentos e de todas as atividades mentais. Isso
porque os pensamentos exigem o tsal disponível para gerá-los. Nós construímos o
samsara com nosso próprio tsal como pensamentos. Ser "distraído" é quando nosso tsal
está em um estado difuso e disperso. Neste estado, pensamentos aleatórios surgem
frequentemente associados a memórias recentes e à ruminação obsessiva. Quando
nossa atenção é fixada sobre o nosso autoconceito e auto-imagem, nosso próprio tsal
alimenta, energiza e desenvolve nosso senso de separação e individualidade isolada.
Quando nosso tsal se concentra em nossa "mente pensante", nossa clareza torna-se
engolfada como um céu claro que se torna completamente nublado. Quando nosso tsal
permanece inativo, mas vividamente atento, é a "presença" de consciência. É a atenção
natural de rigpa. Quando, como verdadeira "presença de consciência", a mente é
transparentemente clara, livre de sonhar acordada e de distração. Esse é o nosso estado
ideal. Tsal tem a qualidade cognitiva única de ser também a sabedoria de rigpa como
"yeshe". Ainda mais sutil, é descoberto que a natureza vazia de tsal é ela própria rigpa.
Na famosa tríade do Dzogchen como a essência vazia, clareza vívida e formações
energéticas; tsal é o estado das "formações energéticas", mas é inseparável dos outros
dois aspectos. No processo de receber as "instruções de apontamento" ou "introdução
direta à rigpa" ཆཆཆཆ ཆཆཆ (no sprö), o professor está fazendo o aluno redirecionar sua
presença atenta (tsal) "para trás" para ver sua própria natureza vazia e consciente como
rigpa. As tradições Chan Chinesas e Taoístas referem-se a isso como "virando a luz
primordial na direção de iluminar a sua própria Natureza". Essa luz primordial é "tsal".
Jackson Peterson
Terça-feira, 13 de junho de 2017 às 17:20 UTC-03
No Dzogchen, diz-se que nossa Natureza Búdica primordial é "Kuntuzangpo" ou
"Samantabhadra", o "Todo-Bom". É a fonte incondicionada de toda a experiência; como
um projetor de filme. Ele projeta nosso mundo de vida holográfica em 3D sem participar
disso. Como a noite, nossa mente projeta o mundo dos nossos sonhos e a nossa
identidade sonhada, sem a própria mente estar dentro do sonho. Pense em você mesmo
como um projetor de filmes que não tem nenhum papel ou identidade relacionado a
nenhum dos personagens projetados ou paisagens que aparecem no holograma. Isto é
o que significa que "você" como o projetor (sem identidade ou local no espaço ou no
tempo) projeta o holograma sem estar nele. Não há ninguém no filme holográfico além
de projeções de luz momentâneas que aparecem como personagens de sonhos e
paisagens de sonhos. Isso significa que não há ninguém para salvar ou despertar, nem
há alguém que sofre. É tudo apenas um filme holográfico que você, você mesmo
projeta, mas que nunca esta nele. Nada de ruim jamais aconteceu com você ou com
alguém porque ninguém e nenhum lugar nunca realmente existiu. Jackson Peterson
Terça-feira, 13 de junho de 2017 às 17:14 UTC-03
Refúgio O único refúgio real é aquele que é sempre incondicionado, imutável e é uma
paz permanente. Temos que encontrar esse "refúgio" dentro de nossa própria
consciência. Já é totalmente presente porque é permanente. Não pode ser a nossa
mudança de pensamentos e mente. Não podem ser nossos estados emocionais
condicionados. Não pode ser a nossa mudança de percepções e sensações. Não pode ser
o nosso senso de eu. E não podem ser nossos corpos mortais. O Buda falou: "Existe
aquela dimensão em que não existe nem a terra, nem a água, nem o fogo, nem o vento,
nem a dimensão da infinitude do espaço, nem a dimensão da infinitude da consciência,
nem a dimensão do nada, nem a dimensão da percepção nem da não-percepção. Nem
este mundo, nem o próximo mundo, nem o sol, nem a lua. E aí, eu digo, não há nem vir,
nem ir, nem êxtase, nem falecimento nem surgimento: sem posição, sem fundamento,
sem necessidade de apoio. Isto, apenas isto, é o fim do sofrimento ". O que é esse
refúgio? Lembre-se do que está situado fora da "causa e efeito" e, portanto, não há
esforços progressivos que possam criá-lo ou mantê-lo. A única coisa que é sempre
estável em cada experiência é a "presença sabedora" que conhece a experiência que
está ocorrendo. "Uma vez que existe apenas esta observação pura, haverá uma clareza
lúcida sem que ninguém esteja lá, que seja o observador, apenas uma consciência
manifesta desnuda está presente. Essa consciência é vazia e imaculadamente pura, não
sendo criada por absolutamente nada". Padmasambhava como revelado por Karma
Lingpa "Não importa em que circunstâncias ou em que mundos nos encontramos,
somos sem expectativas ou mudanças. Nós somos exatamente o que somos, o Estado
Natural, que é como um espelho. É claro e vazio, e ainda assim reflete tudo, todas as
existências e vidas possíveis. Mas nunca muda e não depende de mais nada ". Bon Lopon
Tenzin Namdak
Sexta, 9 de junho de 2017 às 17:08 UTC-03
Por que pensar, conceituar, praticar e estudar sobre o que é além de conceitos, práticas
ou realização?
Quinta-feira, 8 de junho de 2017 às 19:29 UTC-03
Invertendo a inversão dualista Na dualidade, parece que cores, sons, gostos, cheiros,
sensações, pensamentos, emoções e imagens estão aparecendo "para" a consciência. Na
realidade a "consciência" está aparecendo COMO cores, sons, gostos, cheiros,
sensações, pensamentos, emoções e imagens. Não há sujeito ou percebedor,
percebendo os fenômenos que aparecem "para" ela. O oceano não "percebe" suas
ondas, mas o oceano está aparecendo "como" ondas.
Quarta-feira, 7 de junho de 2017 às 21:03 UTC-03
Muitas vezes fui chamado com razão de "Absolutista" em relação a minha apresentação
do Buda Dharma e especialmente do Dzogchen. Em Dzogchen toma-se o "absoluto" ou
verdade última como o caminho. Para entender o que isso significa, devemos definir o
que se entende por absoluto ou a verdade última em Dzogchen. A maior autoridade
sobre este tema no Budismo Mahayana é, inquestionavelmente, um professor Budista
chamado Nagarjuna que viveu durante o segundo século. Ele sugeriu que podemos
delinear a realidade em duas categorias para discussões filosóficas: a verdade última e a
verdade convencional. Ele escreveu que a verdade última é "vazio" (sunyata) e a verdade
convencional é ficção (prapañca). A verdade ficcional ou convencional/relativa são as
nossas construções conceituais que tomamos como inerentemente, objetivamente reais
e autoexistentes a sua própria maneira, independentes de nossa própria mente como
sendo sua única fonte. Nagarjuna escreveu sobre a "realidade convencional":
"Quaisquer chifres lá, na cabeça de um coelho, são apenas imaginados e não existem.
Assim também, todos os fenômenos são imaginados (conceitualmente construídos) e
não existem." Nagarjuna apontou em seus "Louvores ao Dharmadhatu" que essa
verdade última do vazio não é apenas uma vaziez vazia, mas que é uma "mente de luz
clara", como a absoluta Natureza Buda chamada Dharmadhatu. Nagarjuna: "O
Dharmadhatu nunca nasceu, nem cessará. Sempre é livre de todas as aflições; no início,
no meio e no fim, livre de mácula." Ele ainda esclarece: "O Dharmadhatu não é o eu.
Também não é homem nem mulher; e é além de tudo percebível, assim, como poderia
ser pensado como um eu?" Dzogchen reconhece a única verdade real como a Natureza
Buda ou o próprio Dharmadhatu. Unicamente tomamos refúgio no Dharmadhatu que é
nossa própria consciência (yeshe). Dzogchen é o único caminho Budista que toma a
verdade última ou absoluta como seu único caminho. Isso significa que o meio hábil
Dzogchen é apontar unicamente para a própria verdade última ou absoluta, ignorando
todas as narrativas fictícias. Todos os outros caminhos Budistas apontam para algum
nível de ficção, e é por isso que eles falham sistematicamente. Se alguém está tentando
chegar a Roma por um caminho que conduz na direção errada, ainda que prometa
chegar a Roma algum dia; tal caminho se mostraria árduo, deprimente e infrutífero. E a
maioria dos praticantes e professores que conheci em mais de 50 anos de minha
caminhada, nenhum chegou a Roma; livre de sofrimento e liberado do auto-
aprisionamento mental, da dupla ignorância (Crença num eu fictício e crença em alguma
realidade objetiva). É por isso que sou um Absolutista, e unicamente estou interessado
em apontar a rota mais curta entre aqui e aqui. --Jackson Peterson
Quarta-feira, 7 de junho de 2017 às 18:02 UTC-03
Rigpa é uma consciência testemunha? Quando usamos termos como observador,
conhecedor, consciência e percepção; todos descrevem uma entidade ou processo que
está em um papel passivo de receber informações, percepções e experiências. As
experiências parecem ser eventos que estão ocorrendo e são conhecidos enquanto
“eles” ocorrem. Isso significa que eventos mentais ou físicos estão ocorrendo “para” e
são conhecidos “por” algum tipo de consciência. Mas isso significa que toda experiência
é dualista. Muitas vezes, parecemos julgar o nosso progresso pela forma como
sobrevivemos de forma estável ou suportamos vários eventos emocionais e de vida
desafiadores. Há sempre um sujeito exposto a várias experiências. Nós pensamos e
acreditamos que temos que estar preparados para os eventos que ocorrerão "para" nós
na nossa morte. Eventos da morte que estarão acontecendo "para" um receptor e
percebedor de experiências do bardo. Ou acredita-se que "receberemos" boas
experiências de nosso futuro evento de iluminação. Vê? É estruturado que sempre
somos uma espécie de testemunha passiva que ainda é afetada pelo que acontece. Ou
mesmo que firmemente não sejamos influenciados por vários eventos da vida e pós-
vida, ainda estamos no papel de ser o "receptor" ou perceptor de percepções e
sensações. O paradigma dualista parece um circuito fechado; samsara. E se, ao invés de
ser um "percebedor" individual, que esteja ciente de experiências, exista apenas a
Consciência que aparece “como” tudo? Em outras palavras, em vez de ser uma
consciência percebedora de eventos e experiências, você “é” experiências e eventos.
Não é que um “você” separado se identifique com fenômenos, mas sim você realmente
“é” fenômenos sem relação sujeito/objeto separado. Você, como Consciência universal,
está se manifestando COMO tudo, mas não se separou para ser um observador da sua
exibição. O espelho não está experimentando seus reflexos, o espelho é ele mesmo
reflexos. Quem é você então em um paradigma verdadeiramente não dual? Você É esse
momento de consciência, porém manifesta sem partes observando outras partes. Você
não é um observador de momentos de consciência, você é esse momento; de que outro
modo a Consciência poderia ser tudo? Você nasce em cada momento todo-abrangente
como este, e morre no mesmo momento para surgir como isso, no próximo lampejo de
consciência. Na realidade, você não está percebendo um som, antes você está
aparecendo COMO som. Você não está percebendo a cor vermelha, você está
aparecendo COMO vermelho. Os sons e as cores são a consciência que aparece como
sons e cores. Você não está percebendo pensamentos, você é a consciência que aparece
como pensamentos. Bahiya percebeu isso nos ensinamentos do Buda. Isso se aplica a
todos os pensamentos, o senso do eu, sentimentos, emoções, sensações e percepções;
todos são apenas lampejos momentâneos de consciência. Você existe apenas como
aquele lampejo momentâneo de consciência sem nenhum eu ou consciência em
segundo plano observando. É um truque da mente dividir as experiências em um
percebedor e o que é percebido. É este truque que isola um percebedor imaginário de
ser a Totalidade. Mas, então, essa experiência dualista é como a Consciência que se
manifesta como um "você" imaginário em uma experiência dualista. Isso é muito
parecido com a forma como a Consciência aparece como "você" em um sonho durante a
noite. A consciência aparece como todos os personagens dos sonhos e as paisagens.
Então, subitamente, a Consciência aparece como um "você" diferente que acorda na
cama em um quarto. Existe realmente apenas a Consciência (Dharmakaya) que aparece
como tudo e todos, sem partes separadas, observando partes separadas. Sabendo disso,
a Consciência aparece como essa sabedoria, e essa sabedoria é chamada rigpa. Jackson
Peterson
Segunda, 5 de junho de 2017 às 18:26 UTC-03
Conhecedor e Conhecido; e o Dzogchen Nos ensinamentos budistas, especialmente, a
noção de não-dualidade é um importante axioma. Isso significa que um sujeito que está
vendo um objeto, como um ato referente a duas partes separadas como um espectador
que vê algo visto, é uma ilusão produzida pela mente dicotomizante. Sabemos, na nossa
física mais avançada e até hoje, a mais exata, conhecida como teoria do campo quântico,
que qualquer noção de formas substantivas separadas e à parte umas das outras é
impossível. E isso vale tanto para o macro como para os micro-níveis dos fenômenos.
Tudo o que há, são campos de força sem separação entre os campos. Portanto, ver duas
partes não conectadas independentemente umas das outras, só poderia ser uma
percepção equivocada. Isso significa que um sujeito separado e à parte do seu objeto
observado é impossível. Isso significa que não há separação entre um conhecedor e o
que é conhecido. Eles são um fenômeno único e não dual. O dzogchen pode nos ajudar
aqui: Nos ensinamentos Dzogchen todos os fenômenos de todos os tipos são de três
qualidades inerentes: vaziez, claro saber e formação energética. Essas qualidades
existem simultaneamente para todos os fenômenos, seja como pensamentos ou como
formações energéticas mais substanciais. Assim, o “conhecedor” seria os dois primeiros
como vaziez/claro-saber e o conhecido seria a formação energética como o “conhecido”.
Mas conhecedor / conhecido são um único fenômeno. O “conhecedor” se manifesta
como o “conhecido”. O aspecto manifesto ou (formação energética) do conhecedor, é o
que é conhecido. A mente dualista conceitualizadora tenta isolar o conhecedor de seu
aspecto auto-manifesto chamando-o de “o conhecido”. Para provar essa não-dualidade,
observe para ver quanta distância existe entre o que sabe e o que está sendo conhecido
no momento de conhecê-lo. Os sons são um bom lugar para começar, com os olhos
fechados. Depois, tente pensamentos. Em seguida, tente o resto das percepções,
deixando a visão para o final. Mesmo com a visão, o momento de conhecer um objeto da
visão não pode ser separado daquilo que o conhece. É apenas o fato de que nossos
olhos não podem ver que não há espaço vazio entre o objeto e os nossos olhos; há em
vez disso um campo de energia inseparável no qual seus olhos e o objeto observado são
um campo, uma parte totalmente conectada. Não há duas partes. Causa e efeito
também desaparecem. Além disso, o Dzogchen ensina que todas as formações
energéticas são "extensões" (tsal) da própria rigpa e não são objetos livres
independentes. Se rigpa fosse o sol, então todos os fenômenos como formações
energéticas seriam como feixes de luz ou raios solares. Os raios do sol nunca são uma
extensão do sol. Do mesmo modo, o "conhecido" é uma extensão do conhecedor, da
mesma maneira. Assim como o sol não pode ver seus raios como à parte e separados,
tampouco o conhecedor pode ver o conhecido como separado e dissociado, exceto
como uma ilusão de separação espacial. O “conhecido” quando conhecido, só ocorre
dentro do conhecedor, porque É o conhecedor que se manifesta como o conhecido.
Portanto, de acordo com Longchenpa, quando aparentemente sobrecarregado por
alguma formação mental energética opressiva, apenas observe o "conhecedor" daquilo
que é conhecido, e a formação energética entrará em colapso na natureza vazia do
conhecedor. Todas as energias manifestas são o "conhecedor" na raiz. A natureza vazia
do "conhecedor" é a natureza vazia do conhecido. O "conhecido" é simplesmente a
natureza manifesta do conhecedor vazio. No Dzogchen o universo é simplesmente uma
extensão de "você" como o "conhecedor vazio" que expressa seus infinitos potenciais e
sabedoria. Observe que o universo, os seres e "você" estão se estendendo ao seu redor
o tempo todo, como pinceladas coloridas em uma tela esférica em branco. A auto-
identidade ou o eu que você acredita ser é apenas uma extensão do "conhecedor", uma
formação enérgica vazia, mas não é o "conhecedor vazio". Conheça o "conhecedor
vazio" dentro desse senso de identidade e do eu, e eles vão se dissolver. Há um Único
Conhecedor, olhando através de um Único olho, estendendo-se infinitamente para fora
de um ponto adimensional (thigle nyagchik) enquanto reside para sempre em Pura
Vaziez. Todos nós somos esse Olho Único na extensão completa do manifesto;
aparecendo como conhecedor e conhecido, mas nem sempre sabendo, "conhecedor e
conhecido" são sempre um e o mesmo ... Jackson Peterson
Segunda, 5 de junho de 2017 às 17:22 UTC-03
A Transição da Testemunha Sutil para o Não-dualismo É perfeitamente adequado falar
do "observador" ou do "sabedor" nos estágios iniciais da liberação. A razão é que a
contração das formações energéticas da mente domina a qualidade espaçosa do saber
vazio que está sempre presente. Ao apontar o aspecto igualmente presente do saber ou
da consciência vazia, ocorre uma diferenciação onde é realizado a identificação da
mente unicamente com seu aspecto de energia. A mente reconhece seu próprio aspecto
intrínseco de saber puro. No entanto, esse reconhecimento geralmente é enquadrado
no contexto do modelo dualista de haver um sujeito que testemunha observando os
objetos energéticos tais como pensamentos, imagens, auto-identidades pessoais,
emoções, sensações e percepções. Isso pode trazer um grande alívio e uma sensação de
liberação. O sofrimento é definitivamente reduzido, uma vez que a mente não é mais
identificada tão completamente com suas próprias identidades e histórias dinâmicas e
imaginadas. Mas, novamente, o terreno ainda está maduro para o próximo momento
potencial de sofrimento, já que a raiz do sofrimento não foi cortada. A raiz do
sofrimento é a crença no paradigma dualista através do qual a mente experimenta seu
mundo. Tudo é dividido em sujeitos e objetos separados que na verdade não existem
separadamente, só parece ser assim. As realizações associadas à transição do estado de
testemunha sutil para a não-dualidade é algo assim: Em vez de pensamentos que
ocorram "na" consciência; a consciência é vista aparecendo "como" pensamentos. Em
vez de haver duas partes, há apenas uma, consciência ou cognição. Os pensamentos são
a consciencia desperta aparecendo "como" pensamentos, não uma consciência separada
que experimenta aparências separadas que chamamos de pensamentos. As ondas são o
oceano: apenas um fragmento. O oceano não consegue observar suas ondas porque o
oceano É as ondas. Em vez de nos tornarmos conscientes de nossas emoções, a nossa
consciência está se manifestando como uma emoção. Não há nenhuma entidade que
experimenta emoções, mas sim que as emoções são a consciência. Não é que a
consciência desperta esteja ciente das emoções, mas sim as emoções são a consciência
e, portanto, são auto-conhecidas. A própria qualidade atenta e consciente é a natureza
da emoção. Por exemplo, observe quando um pensamento ocorre "em" sua consciência
e veja se é possível separar o pensamento daquilo que o conhece. Quanta distância
existe entre o pensamento e a consciência que o conhece? Não poderemos encontrar
distância ou separação, nem qualquer linha de demarcação separando uma da outra.
Isso porque não há duas coisas lá, há apenas uma: consciência. O pensamento é
consciência. As ondas são o oceano. Podemos fazer o mesmo com todas as aparências.
Por exemplo, vamos dar uma olhada no “eu” que aparece "na" consciência. Quando a
sensação de egoísmo ou "mim" está presente, observe a distância entre o sentimento
"mim" e a consciência disso. É impossível separar o senso de “mim” e nossa consciência
disso. Se houvesse a menor separação, não seria possível sentir o sentimento de "eu" na
consciência, pois não se tocariam um ao outro. Tudo o que você está fora de contato
não pode ser diretamente conhecido. Por isso, percebe-se que o senso de "mim" é a
própria consciência que aparece como o sentimento de "mim". Novamente, não há duas
coisas lá. Também não existe um "verdadeiro eu" separado do "eu" que pode tornar-se
livre da identidade do eu. O "verdadeiro eu" é também a mesma consciência exata. Há
APENAS uma consciência que aparece como tudo. Isso também é verdade para as
percepções. Não há uma consciência "de" percepções ou objetos. Quando uma
percepção é conhecida, essa percepção é conhecida apenas "na" consciência. Não pode
ser conhecida como estando "lá fora". No momento da percepção, a percepção é 100%
na consciência. Se olharmos atentamente um som, por exemplo, não poderemos
encontrar duas partes, o som e a consciência disso. Eles são inseparáveis, porque o som
é a consciência. Isso é verdade para todas as percepções. Percepção É consciência. O
conhecedor separado e o conhecido são vistos como não-duais. A testemunha é vista
como o testemunhado. Eles são a mesma consciência. Todos os fenômenos são vistos
como consciência sem exceção. A prova é que ninguém em qualquer momento já teve
uma experiência de qualquer tipo que ocorreu em algum lugar fora da consciência. Não
é possível. A consciência ou cognição possui três características intrínsecas: é vazia
como o espaço; é inteligente e conhecedora. Está sempre aparecendo como uma
formação energética impermanente, muito sutil, sutil ou grosseira. Todos os fenômenos
do universo e da realidade são exatamente essa consciência trina, incluindo nosso corpo
e nossa mente. Se você tomar um momento e notar sua própria consciência, você
sempre encontrará este presente de qualidade trinitária como cada momento de
cognição e percepção. Ou sua mente está apenas vazia e conhece com um senso muito
sutil de clara luz e limpidez ou é reificada como vários graus de formações energéticas
impermanentes como pensamentos, imagens, identidades concebidas, sensações ou
percepções. Portanto, todos os pensamentos, imagens, identidades concebidas,
sensações ou percepções também são de natureza trina: vazias sem um núcleo sólido,
cognitivamente auto-conhecidas e com uma aparência energética impermanente. Como
a consciência aparece COMO sua natureza vazia, sua formação energética se libera.
Quando a consciência energiza seu aspecto formativo, as aparências aparecem mais
"sólidas". Quando a mente re-conhece o aspecto consciente e vazio de qualquer evento
ou percepção mental, a formação energética revela a si mesma como o conhecimento
vazio. Pela mente re-conhecendo suas próprias qualidades inerentes de vaziez, bem
como suas formações energéticas como sendo vazias, a mente encontra a liberação.
Pela mente percebendo a qualidade conhecedora e vazia de sua própria natureza, bem
como suas formações energéticas, a liberação é completa. Jackson Peterson
Domingo, 28 de maio de 2017 às 19:03 UTC-03
"Podemos perguntar: "Quem é que reconhece a irrealidade dos pensamentos? "Afinal
de contas, deve haver alguém que pense e faça essa descoberta!" Mas quando olhamos
para aquele que reconhece a natureza dos pensamentos, novamente não
descobriremos nenhuma forma, nem cor, etc. Assim, veremos que não há "eu", ou
sujeito, que experimente esse reconhecimento". Lama Gendun
Domingo, 28 de maio de 2017 às 18:50 UTC-03
"Seria errado julgar uma mente calma como sendo "bom" e uma mente agitada como
sendo "ruim". Se não podemos deixar de pensar dessa maneira, então devemos olhar
diretamente para os pensamentos "bons" e "ruins". Quando fizermos isso, veremos que
tais julgamentos são novamente meras projeções de nossa mente. Podemos também
olhar diretamente para aquele que comenta sobre essas experiências e tentar encontrar
o pensador. O reconhecimento de que não há pensador nos liberta de ambos o
pensador e o pensamento – e esse é o momento da realização." Lama Gendun
Domingo, 28 de maio de 2017 às 18:36 UTC-03
Não-Dualidade "Quando algo aparecer ou surgir, reconheça-o como rigpa desnuda,
desobstruída. Não deve ser considerado como um "outro" de forma nenhuma."
(Longchenpa de seu "Comentário sobre o Espaço Básico")
Domingo, 28 de maio de 2017 às 18:24 UTC-03
"Não corrompa a pureza natural da mente por um ato de concentração." Saraha
Domingo, 28 de maio de 2017 às 18:18 UTC-03
O mestre de Mahamudra Je Gyare conclui: "Esta consciência de uma pessoa comum é
dharmakāya; pode-se perceber isso sem ter um guru para revelá-la." Mahamudra: O Luar
-- Quintessência da Mente e Meditação
Domingo, 28 de maio de 2017 às 17:56 UTC-03
Tongpa Melong Chenpo O Grande Espelho Vazio Inicialmente ao observarmos o que
está observando, descobrimos rigpa desnuda. É vazia, consciente e cristalina. Essa
atenção que se observava dissolveu-se nessa consciência transparente. Não há mais
instruções.
Domingo, 28 de maio de 2017 às 17:43 UTC-03
Muitíssimos lamas e estudantes de Dzogchen tentam "repousar em rigpa". Ao fazê-lo
em "momentos curtos, muitas vezes", acreditam que "repousando em rigpa" começarão
a ter um estado estável de rigpa. Mas ninguém nunca repousou em rigpa. Isso seria uma
contradição. A auto-entidade que repousaria em rigpa é ausente em rigpa. [Em] Rigpa
sempre é ausente aquele que repousaria em rigpa.
Domingo, 28 de maio de 2017 às 17:32 UTC-03
A liberação requer que exista a "crença" que alguém ou alguma entidade exista para ser
liberada. Essa "crença" é a escravidão!
Domingo, 28 de maio de 2017 às 10:05 UTC-03
Tulku Urgyen e Sam Harris: Ele disse de Tulku Urgyen, "ele poderia apontar a natureza
da mente com a precisão e a praticidade de ensinar uma pessoa a como enfiar uma linha
numa agulha e poderia fazer com que um meditador comum como eu reconhecesse que
a consciência é intrinsecamente livre do eu. Pode haver alguma luta inicial e incerteza,
dependendo do aluno, mas uma vez que a verdade da não-dualidade tinha sido
vislumbrada, tornava-se óbvio que estava sempre disponível e nunca houve qualquer
dúvida sobre como vê-la novamente. Vim à Tulku Urgyen ansiando pela experiência de
auto transcendência e em poucos minutos ele me mostrou que eu não tinha um eu para
transcender. [...] Depois de alguns minutos Tulku Urgyen simplesmente me deu a
capacidade de cortar a ilusão do eu diretamente, mesmo em estados ordinários de
consciência. Esta instrução foi, sem dúvida, a coisa mais importante que alguma vez já
fui explicitamente ensinado por outro ser humano ".
Domingo, 14 de maio de 2017 às 21:30 UTC-03
MOMENTOS MENTAIS Tudo o que existe são lampejos momentâneos de consciência.
Eles não estão conectados entre si. Mas eles ocorrem tão rapidamente e são tão
semelhantes que obtemos a experiência de um contínuo mundo sólido e de um eu
contínuo. A mente pode desacelerar significativamente o suficiente para que isso possa
ser visto e conhecido com certeza perfeita. O sentimento de identidade surge e
desaparece instantaneamente a cada meio segundo. Entre o último momento-mental
do "mim" e antes do próximo surgir, não há nenhum eu ou "mim" que se estenda nesse
intervalo; há apenas vacuidade ou não-eu. Dessa forma, é visto que não há eu individual
ou "mim" pessoal a não ser uma seqüência de pensamentos "desconectados", mas
similares, que surgem tão rapidamente que dão um senso de um eu pessoal
continuamente existente. Reduza o fluxo de momentos-mentais e a continuação do eu
ou "mim" desaparecerá. Isto é como girar um incenso iluminado em torno de um círculo
em um quarto escuro; parece que existe um círculo de fogo. Reduza o giro e só um único
ponto é visto e a ilusão de círculo de fogo desaparece. É o mesmo com o nosso processo
de pensamento que gera uma ilusão de um "mim" contínuo ou eu quando operando em
seu ritmo rápido normal. Deixe a mente por si só aquietar-se e o eu desaparecerá! Todas
as nossas histórias sobre a nossa vida e o mundo serão vistas como não mais do que
pensamentos individuais que não têm um significado particular quando vistos como
quadros individuais de filmes, em vez dos quadros do filme rodando a toda velocidade.
Jackson Peterson
Domingo, 14 de maio de 2017 às 20:53 UTC-03
Deterioração Mental em Lamas e Mestres Soube hoje que um Lama Tibetano,
professor/mestre meu, muito querido, está com demência devido a Alzheimer. Muitos
vão ficar chocados porque eles não entendem como tal mestre realizado poderia perder
o controle da sua mente, memória e clareza de consciência. Acho que de alguma forma
pensamos que "realização" faz um super-homem ou super-mulher além de todas as
enfermidades físicas e doenças cerebrais. Esquecemos que Buda ensinou a
"Impermanência" de todos os fenômenos. Uma personalidade, uma identidade, um
senso de individualidade pessoal são todos flutuações mentais temporárias surgindo na
Consciência Vazia impessoal (Dharmakaya). Não existe uma pessoa persistente,
personalidade, mente ou alma que sobrevive à morte intacta. Na morte ou lesão
cerebral grave ou doença cerebral, o conjunto de fatores mentais temporários que
definem uma pessoa, uma individualidade pessoal desmorona para sempre. O indivíduo
mental é apenas um conjunto temporário de atividades e processos cerebrais/mentais.
Nosso eu não é mais real e duradouro do que parece ser a identidade eu experienciada
num sonho à noite. Nosso eu diurno também é apenas uma projeção do subconsciente
condicionado, memórias, pensamentos e imaginação; tudo sendo projetado a partir de
uma fonte mais profunda. Nossa Natureza mais profunda como o Vazio Último ou
Verdade Absoluta, Dharmakaya, é como um projetor projetando o nosso corpo, cérebro,
identidade eu e mundo como um filme sobre a tela da própria Consciência, como um
holograma denso (ou reflexos aparecendo num espelho). É possível que de repente o
projetor possa cessar de projetar "nosso" filme virtual. Nesse momento tudo o que
resta é a Mente Absoluta do projetor. Este momento é chamado de "Rigpa" ou gnosis,
mas o indivíduo está totalmente ausente nesse momento. Quando "vocês" não estão,
então Vocês são. Então veja, ninguém jamais conseguiu alcançar o Nirvana ou realizou a
iluminação. Como pode uma figura projetada na tela do cinema ir para casa ou em
qualquer lugar quando o projetor está desligado, mesmo que a estrela do filme seja
projetada, estava estrelando no papel temporário de ser um "grande mestre espiritual"?
Domingo, 7 de maio de 2017 às 09:58 UTC-03
Como pode-se "praticar" Dzogchen ou Essência Mahamudra ou Zen? A consciência atual
simplesmente existe por si mesma, com sua dinâmica cognitiva (mente) simplesmente
repousando inativa como a presença pura de consciência. Um Apontamento Direto -
Lama Tsultrim Allione Quando eu digo, a mente é como o céu Não é a mente pesante a
mente pesante é como uma rua movimentada Não é como o céu Se você tomar essa
mente, e depois voltá-la, para olhar a si mesma e olhando a si mesma, é imediatamente
uma espécie de abertura ela para, em seguida, aquela vastidão é experienciada Que é
como o céu É muito simples É algo que realmente qualquer um pode entender Se você
tomar a mente pensante e tentar descobrir qual é a sua fonte você olha, de onde isto
vem ? e você sempre tem uma espécie de branco, que você não pode encontrar coisa
alguma e ainda assim, ela está lá, de modo que dizemos: a natureza da mente é vazia e
ainda cognoscente ou vazia e ainda radiante ou vazia e ainda luminosa então sua
natureza é essa abertura, isso que você vê e isso não é algo que tem que desenvolver
não é algo que tem que meditar por um longo tempo, em então você vê ela é em todos
os momentos você pode simplesmente virar e olhar e ver e abrir-se para essa vastidão é
algo que é realmente presente, em todos os lugares e para todos e não é somente
presente para os seres humanos esta condição é universal e todos os seres a possuem
como sua fonte é a grande, vasta e ilimitada abertura quanto mais pudermos fazer isso
voltar a mente que vagueia e voltá-la novamente para ver a sua natureza que é vazia e
ainda sabe que é, e está consciente é vazia e ainda assim tem consciência quanto mais
pudermos fazer isso quanto mais pudermos descansar, relaxar, na nossa verdadeira
condição em um estado que não é fabricado, não é algo que é criado quando fazemos
isso é sempre presente, mas em sua maioria podemos nos agarrar em nossas projeções
e estamos sempre perseguindo coisas externas que não nos damos conta esse é
realmente o propósito da meditação é realmente parar olhar e repousar, e, em seguida,
a mantermos como hábito para que possamos nos afastar desse tipo de galope do
cavalo da mente um carro de corrida, ou de um avião ou de um jato e nós descansamos
isso é tudo! https://youtu.be/i34IuGJUj30
Sexta, 31 de março de 2017 às 07:42 UTC-03
Distração e Dzogchen Os sistemas dualistas vêem "pensamentos que distraem" como
algo "diferente" de rigpa e recomendam evitar estar "distraídos" por tais pensamentos
através de um sutil esforço para permanecerem atentamente presentes. Mas no
Dzogchen não-dualista, "distração" é em si rigpa aparecendo como aqueles
"pensamentos que distraem". TODOS os pensamentos e ações resultantes são rigpa em
ação. Sabendo disto, qual é o ponto de uma prática meditativa ou um esforço para
escolher alguns estados mentais como sendo muito melhores que outros? Na Grande
Perfeição alguns fenômenos poderiam ser mais ou menos perfeitos que outros? Relaxe,
seu projeto de iluminação foi concluído antes mesmo de começar!
Sexta, 31 de março de 2017 às 07:31 UTC-03
Um Momento Livre de Todo Estresse Obter a ideia ou realmente ter um breve momento
sem quaisquer pensamentos em sua mente, seja quais forem. Nesse momento
plenamente consciente, mas ausente de TODOS pensamentos, é possível ter e estar
consciente de quaisquer problemas, questões ou temas de preocupação?
Sexta, 31 de março de 2017 às 07:15 UTC-03
Um espelho vazio permanece o mesmo antes, durante ou após reflexos aparecerem.
Domingo, 26 de março de 2017 às 13:25 UTC-03
Jackson Peterson compartilhou o próprio vídeo.
"Não-meditação" no Dzogchen Parece que muitos em nossos grupos de Dzogchen não
entendem que Dzogchen não é um caminho de práticas de "causa e efeito" que levam a
um desenvolvimento como resultado. O método de Dzogchen é "introdução direta" à
verdadeira natureza de nossa própria consciência desperta; então simplesmente se "é"
o que foi apontado. "Não-meditação" não é algo que você faz. É apenas ser o que
sempre e permanentemente é. O mesmo que dizer a uma rocha: "você já é
simplesmente uma rocha". Então, a rocha continua a ser apenas uma rocha, sem
necessidade de praticar ser como-rocha ou tentar estabilizar a ser uma rocha. Se a rocha
esquece que é uma rocha, ainda é simplesmente uma rocha. Do mesmo modo, nossa
consciência desperta já é uma consciência desperta. Você não pode apreendê-la, ou
cultivá-la, ou estabilizá-la. Não é um estado de clareza intelectual ou um êxtase
espiritual que requer remodelação ocasional; é muito mais básico e fundamental. Uma
vez que o "apontamento" atinge o alvo ou vira o interruptor; "faz"-se como segue:
Domingo, 26 de março de 2017 às 10:11 UTC-03
Lama Shakbar escreveu: "Apesar dos inúmeros nomes com os quais é rotulada, sei que o
verdadeiro significado é o seguinte: Deixe sua mente relaxar e descansar
espontaneamente. Quando deixada a si mesma, a mente comum é fresca e desnuda. Se
observada, é uma clareza vívida sem nada a ser visto, uma consciência direta,
penetrante e desperta. Não possuindo existência, é vazia e pura, uma clara abertura de
luminosidade e vaziez não-dualista. Não é permanente, uma vez que não existe, de
nenhuma forma. Não é não-existência, pois é vividamente clara e desperta. Não é
unicidade, pois muitas coisas são conhecidas e sabidas. Não é pluralidade, pois as muitas
coisas sabidas são inseparáveis num único sabor. Não está em qualquer outro lugar; é
sua própria consciência. A face deste Protetor Primordial, habitando em seu âmago,
pode ser diretamente percebida neste mesmo instante."
Domingo, 26 de março de 2017 às 09:38 UTC-03
Uma Sessão de Não-meditação Atiyoga Nenhum tópico na mente. Nenhuma atenção
focalizada. Nenhum esforço de atenção plena deliberada. Não devanear. Presença de
Consciência Natural: rigpa https://youtu.be/CpcH46uJiSM
Segunda, 20 de março de 2017 às 19:17 UTC-03
A liberação no Budismo é baseado na realização do duplo vazio; que é a essência total
da liberação. Vaziez é ver que todos os fatores da mente, consciência e energia são
vazios como nuvens sem centro sólido e sem duração estática. Não há nada
fundamentalmente acontecendo, mas o que "não está acontecendo" é vividamente
aparente como se estivesse acontecendo, como um sonho à noite. A primeira introvisão
do vazio é ver que não há eu, alma, mente ou identidade pessoal, exceto o que é
ficcionalmente acreditado; muito semelhante a quem você "parece" ser num sonho à
noite. A segunda introvisão do vazio é ver que tudo que aparece como objetivamente
real, adquire seu status ilusório de existência puramente a partir de pensamentos que
assim o dizem. Todos os fenômenos "existem" unicamente em virtude de suas
descrições conceituais. Ver e saber diretamente o vazio, a natureza vívida de TODOS os
fenômenos subjetivos e objetivos, é o que Nirvana é. Isto não é um resultado gradual,
mas é uma introvisão "de uma só vez" que vê que a natureza genérica de TODOS os
fenômenos são vazios, sem exceção. É a natureza súbita, toda-inclusiva, toda-
penetrante da introvisão do vazio que abre a porta da prisão samsárica para o bem. A
mente conceituante fica em silêncio quando seu ardil foi totalmente exposto. Não há
outra verdadeira liberação.
Segunda, 20 de março de 2017 às 18:45 UTC-03
Onde quer que a atenção da mente é focada, isso se torna a experiência. Focado nos
pensamentos, os pensamentos aumentam. Focado no eu, o eu agita. Focado no
sofrimento, apenas piora. Quando a atenção é focada em si mesma, algo indescritível e
maravilhoso é revelado!
Segunda, 20 de março de 2017 às 18:21 UTC-03
Não exista tal coisa como um 'indivíduo'; esse indivíduo não é nada senão uma aparência
não pode ter alguma 'escravidão' e, portanto, não há problema de alguma 'liberação'
para uma aparência. Como uma aparência conceitual sabe se está fazendo algum
progresso conceitual em direção à sua liberação conceitual ?
Segunda, 20 de março de 2017 às 17:13 UTC-03
Nada Jamais Realmente Acontece ...a fim de compreender a verdadeira natureza da
realidade, devemos perceber que nada jamais realmente acontece. Devemos
compreender que o surgimento e o nascimento não são reais. Khenpo Tsultrim
Gyamtso, Rinpoche, Sun of Wisdom (Shambhala Publications), 3-4. Olhe para as formas
aparências-vazias, Ouça o som e sons vazios, Repouse na natureza da mente, clareza-
vazia, E quando seus pensamentos liberarem-se, Ria, ó ria "Ra ra! Ri ri!" - KHENPO
TSÜLTRIM GYAMTSO RINPOCHE http://www.ktgrinpoche.org/quote/nothing-ever-
really-happens
Segunda, 20 de março de 2017 às 16:50 UTC-03
Aflições A maioria dos professores reifica as aflições como sendo coisas reais que
precisam ser purificadas ou transformadas. As aflições são indefiníveis e nunca
realmente surgiram e, portanto, não tem poder para obstruir. Quando você entra num
quarto escuro e vê uma corda enrolada no chão; sua mente pensa uma "cobra". O medo
surge, adrenalina surge e o coração bate mais rápido. Acendendo as luzes, vê-se que há
apenas uma corda enrolada, mas não uma cobra. A "cobra" era apenas uma "informação
falsa". Todas as aflições são igualmente vazias como a cobra. Todas "informações falsas".
Sabendo disso, pode vencer qualquer cobra que tente tocar seus fios!
Segunda, 20 de março de 2017 às 16:49 UTC-03
Aflições A maioria dos professores reifica as aflições como sendo coisas reais que
precisam ser purificadas ou transformadas. As aflições são indefiníveis e nunca
realmente surgiram e, portanto, não tem poder para obstruir. Quando você entra num
quarto escuro e vê uma corda enrolada no chão; sua mente pensa uma "cobra". O medo
surge, adrenalina surge e o coração bate mais rápido. Acendendo as luzes, vê-se que há
apenas uma corda enrolada, mas não uma cobra. A "cobra" era apenas uma "informação
falsa". Todas as aflições são igualmente vazias como a cobra. Todas "informações falsas".
Sabendo disso, pode vencer qualquer cobra que tente tocar seus fios!
Segunda, 20 de março de 2017 às 16:31 UTC-03
Pois bem, não há escolha. Você é o vazio consciente no qual o corpo, mente e universo
aparecem.
Sábado, 11 de março de 2017 às 16:17 UTC-03
A Presença da Consciência Nossa natureza fundamental é uma esfera cristalina de
consciência transparente; como o espaço sem centro e sem bordas. Esse é o
conhecimento da Base do Ser: "consciência vazia". De dentro dessa consciência, uma
refulgência de vivacidade enérgica espontânea e continuamente iluminada, permeia a
consciência com suas próprias qualidades intrínsecas de presença atenta. Quando a
cognição e a presença são coerentemente ordenadas; a mente se dissolve e as
sabedorias da Clara Luz primordial infundem a consciência com uma miríade de
introvisões transcendentais sobre a natureza do Ser e da Realidade. No entanto, quando
a energia atenta da "presença" se difunde em pensamento, a mente cármica surge em
um conjunto incessante de autoidentidades fictícias e crenças ilusórias em um mundo
externo e independente. O que se deve fazer? A consciência já está ciente; não há nada
para fazer lá. Nossa presença vívida simplesmente permanece relaxada, vazia de
conteúdo e vividamente presente. Jackson Peterson
Sábado, 11 de março de 2017 às 16:15 UTC-03
Visão Budista "Tudo vem de nossa própria mente, pois tudo é meramente imputado
(concebido) e toda a imputação vem de nossa mente, tudo vem de nossa mente. Todas
as aparências acontecem por rotulagem, tudo o que nos parece acontece por
rotulagem. A vida vem da nossa mente ". Lama Zopa "Nossa ignorância passada (crença
em conceitos ) deixou uma marca em nosso continuum mental e essa impressão é
projetada, como um projetor projetando um filme em uma tela ou um canal de TV
mostrando pessoas lutando, dançando ou fazendo outras coisas". Lama Zopa
Sábado, 11 de março de 2017 às 16:14 UTC-03
De outro tópico: Bem, reconheça que "você" é o vasto vazio consciente em que todos os
fenômenos estão aparecendo, como esplendor espontâneo. Jackson Peterson
Sábado, 11 de março de 2017 às 16:14 UTC-03
De outro tópico: Aqui está o que queremos dizer: nenhum evento tem uma duração
apreensível. Cada momento não tem duração. Todos os fenômenos não têm duração. Se
nada tem qualquer duração, então como você pode dizer que algo existe? Jackson
Peterson
Sábado, 11 de março de 2017 às 16:14 UTC-03
De outro tópico: Aqui está o que queremos dizer: nenhum evento tem uma duração
apreensível. Cada momento não tem duração. Todos os fenômenos não têm duração. Se
nada tem qualquer duração, então como você pode dizer que algo existe? Jackson
Peterson
Sábado, 11 de março de 2017 às 16:12 UTC-03
O Comentador Observe o fluxo de narração verbal constante que se passa em sua
cabeça. É a voz que diz "oh, eu deveria fazer mais prática" e "espero que eu desperte em
breve!" E "Eu não deveria ter feito isso." E "agora eu só preciso manter isso." E "Eu me
sinto tão mal" e "Quero ajudar todos os seres a serem liberados". E "eu preciso seguir
exatamente o que meu professor diz." E "vamos ficar bêbados" e "eu quero me matar."
Etc, etc ... O eu egoico é um parasita com sua própria agenda que se expressa como a
incessante conversa mental e monólogos internos. Nossa consciência já esclarecida
(rigpa) não fala nem comenta mais do que o espaço. Observe que a consciência pura que
está ciente dos monólogos do comentador interno, não é aquele comentarista, e nunca
comenta, analisa, julga ou prefere. Distinguir entre o "comentarista" e a consciência
semelhante a um espelho que ouve o comentário, é um bom lugar para começar. Aquele
que comenta é o comentarista, e o comentador é o falso eu parasítico. N: Monólogo -
Espetáculo ou cena em que uma personagem teatral está sozinho e fala consigo mesmo.
Jackson Peterson
Domingo, 5 de março de 2017 às 17:43 UTC-03
Não Eu, Nenhum Sabedor e Dogen Não é que sejamos um sabedor individual equipado
com a sabedoria prajna da vaziez, que então olha para os fenômenos e assim vê o seu
vazio. Pelo contrário, os fenômenos são eles mesmos, a sabedoria prajna da vaziez. É
por isso que todos os fenômenos liberam-se em consequência de tudo surgir por si
mesmo. O mestre Zen Shohaku Okumura autor de "Realizando Genjokoan" explica o
ensino de Dogen: "Em outras palavras, tudo é prajna paramita porque tudo é vazio.
Prajna (sabedoria) não é uma sabedoria individual e pessoal que podemos possuir; pelo
contrário, cada coisa é a própria realidade e cada coisa é em si prajna, ou sabedoria."
Domingo, 5 de março de 2017 às 17:43 UTC-03
Não Eu, Nenhum Sabedor e Dogen Não é que sejamos um sabedor individual equipado
com a sabedoria prajna da vaziez, que então olha para os fenômenos e assim vê o seu
vazio. Pelo contrário, os fenômenos são eles mesmos, a sabedoria prajna da vaziez. É
por isso que todos os fenômenos liberam-se em consequência de tudo surgir por si
mesmo. O mestre Zen Shohaku Okumura autor de "Realizando Genjokoan" explica o
ensino de Dogen: "Em outras palavras, tudo é prajna paramita porque tudo é vazio.
Prajna (sabedoria) não é uma sabedoria individual e pessoal que podemos possuir; pelo
contrário, cada coisa é a própria realidade e cada coisa é em si prajna, ou sabedoria."
Domingo, 5 de março de 2017 às 17:13 UTC-03
De outro tópico: Bem, é reconhecido que "você" é o vasto Vazio Consciente no qual
todos os fenômenos estão aparecendo, como espontânea refulgência.
Domingo, 5 de março de 2017 às 17:03 UTC-03
O Tantra de Rigpa Autossurgida afirma: "Livre de fenômenos a abandonar, não há nada
a abandonar. Igualmente, um abandonador não pode ser percebido. Portanto, onde
pode haver um objeto a abandonar?"
Terça-feira, 28 de fevereiro de 2017 às 12:51 UTC-03
Porque a Noção de Caminho Gradual é Delusão A ideia básica no Budismo Tibetano é
aquela das "duas verdades": a verdade última como vaziez e a verdade convencional
como aparências relativas. A escola gradualista alegaria, erroneamente, que enquanto a
nossa natureza última já é em seu estado de Budeidade, nossa natureza convencional ou
eu, como mente, vasanas (traços cármicos) e aflições, ainda não foram resolvidos e
purificados. Mas o equívoco aqui está na crença de que a natureza convencional tem
uma realidade ontológica ou objetiva que é mais substancial que a verdade última como
vaziez, e que a "natureza convencional impura" precisa ser transformada por alguns
meios. Isso implicaria que metade da realidade é vazia por natureza e a outra metade
não é. E isso significa que estamos imputando alguma pequena quantidade de
existência inerente à "realidade" convencional que a diferencia de ser naturalmente
auto-vazia! A imputação ou crença é que aspectos da "realidade" convencional têm
características intrínsecas próprias, por si mesmas, que podem ser "transformadas" ou
purificadas. Acredita-se que uma "aparência" convencional tenha um estado de
existência ou ontológico, independente e precedendo a sua construção conceitual e
rotulagem convencional. Isto se aplica a um "ser" ou um eu como um agente ativo na
parte do sujeito, assim como traços de carma, aflições, formações mentais, um corpo
físico, e o universo na parte do objeto. É essa falsa crença de que sujeitos e objetos
existem ANTES de serem construídos conceitualmente, que impulsiona os esforços de
um praticante "convencional" construído conceitualmente para tentar eliminar ou
purificar suas aflições, traços cármicos e obstáculos à liberação. O praticante é uma
construção conceitual e suas aflições e obstáculos são meras construções conceituais;
todas as crenças e estórias de ficção. Construções conceituais, pensamentos, crenças e
estórias são todas por natureza já vazias. Isso significa que a "realidade convencional" já
é vazia por natureza, como sua única substância verdadeira não é nenhuma "substância",
de nenhuma forma! Isso significa que as duas verdades são inseparáveis. A realidade
última é 100% vaziez (nada encontrável) e a realidade convencional é 100% vaziez (nada
apreensível). Quando esta sabedoria prajña do vazio universal desponta; a "liberação
súbita" é simultânea. Mas nesta liberação total, ninguém foi liberado e nenhuma amarra
solta.
Domingo, 26 de fevereiro de 2017 às 20:06 UTC-03
UMA CANÇÃO VAJRA DE REALIZAÇÃO DO SENHOR DE IOGUIS MILAREPA "Do ponto de
vista da verdade que é genuína, não há fantasmas, não há nem mesmo budas, nem
meditadores e nem meditação, nem caminhos e nem sinais, e nenhuns corpos de fruição
e nenhumas sabedorias, e portanto não há nirvana lá, apenas designações usando
nomes e declarações."
Domingo, 26 de fevereiro de 2017 às 19:52 UTC-03
Udāna 8: Pāṭaligāmiyavaggo: "Há, monges, um não-nascido, não-tornado, não-feito, não-
condicionado. Se, monges, não houvesse esse não-nascido, não-tornado, não-feito, não-
condicionado, não poderiam saber uma liberação aqui do nascido, tornado, feito e
condicionado. Mas porque há um não-nascido, não-tornado, não-feito, não-
condicionado, consequentemente sabe uma liberação do nascido, tornado, feito, e
condicionado."
Domingo, 26 de fevereiro de 2017 às 19:35 UTC-03
"Como a essência de rigpa (consciência pura) não existe, de nenhuma forma, é
Samantabhadra. Como é vazia, luminosa e transparente, é o Espaço de Vajrasattva.
Reconhecer esta vastidão é chamado de atingir a budeidade interiormente. Se for
procurado em qualquer outro lugar, não será encontrada. Dentro das dez direções e
quatro tempos, A perfeição da budeidade não será encontrada. Como a própria mente é
budeidade perfeita, Não busque nenhum outro buda." Longchenpa, do seu "Comentário
sobre o Espaço Básico"
Domingo, 26 de fevereiro de 2017 às 19:21 UTC-03
"Todas as alegrias e tristezas tem a maneira de ascender como rigpa. Por ter fixado
estes numa forma dualística, Aceitando e rejeitando, se é aprisionado no samsara."
"Seria sem sentido desenvolver uma fixação sobre duas ondas que haviam surgido de
um único corpo de água, aceitando uma e rejeitando a outro. Assim também, fixar as
percepções da consciência que surgem de rigpa única como as saudáveis sendo aceitas e
as dolorosas rejeitadas é sem sentido." "Tudo surge do poder de rigpa única.
Consciência de alegria e tristeza, bem e mal, realização, não-realização, e assim por
diante, tudo existe dentro da igualdade de rigpa." Longchenpa, do seu "Comentário
sobre o Espaço Básico"
Domingo, 26 de fevereiro de 2017 às 18:48 UTC-03
A Sabedoria Transcendente dos Magnânimos também diz: Já que a própria mente é
budeidade perfeita, Não busque nenhum outro buda. "Quando isto é praticado, quer
haja surgir ou não-surgir, não pense que os objetos externos estão "lá fora". Não
conceitue a mente como sendo "aqui". Não repouse o ainda não nascido em seu próprio
lugar entre eles. A penetração instantânea em rigpa transparente será reconhecida."
Longchenpa, do seu "Comentário sobre o Espaço Básico"
Domingo, 26 de fevereiro de 2017 às 18:12 UTC-03
O Ensino Dzogchen Mais Essencial "Quando algo aparecer ou surgir, reconheça-o como
rigpa, desnuda e desobstruída. Não deve ser considerado como uma "outra" [coisa], de
nenhum modo." (Longchenpa do seu "Comentário sobre o Espaço Básico") Aqui está
uma verdadeira chave para o segredo último de rigpa; que todos os estados mentais,
condições, consciência, pensamentos, imagens, sensações, sensações, percepções,
objetos, energia, criaturas, vazio, os cinco elementos, o corpo físico, sabedoria, seres,
Budas, aparências e todos os fenômenos, são flutuações da própria rigpa. Há
unicamente rigpa ou "consciência pura" aparecendo como todas as coisas, sem exceção.
Em Dzogchen todas as manifestações dentro da Base ou Zhi. A Base existe como
essência vazia, claridade (rigpa) e formações energéticas. Mas, estes três não podem ser
separados uns dos outros, porque são idênticos. Considere a água como vapor invisível,
como clara e fluída, e como gelo. Estes três aspectos nunca podem ser outra coisa senão
"água". Da mesma forma, toda a realidade é rigpa com suas qualidades intrínsecas de
vaziez, claridade (consciência rigpa) e como formações energéticas rigpa. Isso significa
que qualquer estado atual da mente é em si próprio rigpa aparecendo COMO esse
estado de mente e É esse estado de mente. O que rotulamos como "distração" é
também rigpa aparecendo como essa experiência. Em vez de muita explicação sobre
este ponto, é provavelmente melhor re-ler este [texto] algumas vezes e deixá-lo
aprofundar e auto-esclarecer... Relaxe, você já é sempre rigpa. Ao relaxar sua formação
energética como mentação ativa, os aspectos mais profundos de sua auto-natureza
rigpa surgirão espontaneamente. --Jackson Peterson
Domingo, 26 de fevereiro de 2017 às 17:34 UTC-03
O GERENTE DE PROJETO PARA A ILUMINAÇÃO O processo do eu egóico assume muitos
papéis altamente disfarçados. Pode aparecer como um "eu" que sofre como uma vítima,
um "eu" sofredor como um eu oprimido pela culpa, um "eu" arrogante, cheio de
orgulho, um "eu" deprimido, um "eu" ansioso, um "eu" vingativo, ou talvez um "eu" feliz,
um "eu" relaxado, um "eu" que busca ou talvez um "eu" que "obtenha", mas continua
perdendo. Mas o "eu" que geralmente se esgueira no despercebido é o "gerente de
projeto da iluminação". Esse "eu" egóico dirige o espetáculo como o chefe e controlador
do "projeto da iluminação". Na verdade, é uma versão do "eu sofredor" assumindo o
controle, a fim de finalmente estar livre de todos os modos de sofrimento pessoal. Ele
também é atraído para o prometido pagamento da eterna felicidade, paz, onisciência e
amor. Quando os pensamentos "eu deveria meditar hoje", ou "eu preciso fazer mais
prática" ou "eu preciso obter este novo livro sobre a iluminação", ou "eu preciso ir para
este próximo retiro especial" ou "eu preciso seguir as instruções de meu lama ou guru"
ou "eu preciso ser mais consciente" ou "eu preciso desistir de todos os esforços na
busca" ou "eu preciso olhar para a natureza da minha própria mente"; sabemos que tudo
o que foi referido acima é o eu egóico em ação como o "gerente de projeto da
iluminação". O eu egóico pode então responder, "bem, se eu não fizer algum esforço (ou
nenhum esforço), então como posso realizar ou me tornar iluminado?". A confusão aqui
é baseada no fato de a mente não reconhecer que não há um eu para fazer ou não fazer
qualquer dessas coisas, e que não há um eu para perceber nada e ninguém para se
tornar iluminado. Não há um eu que sofra e que precisa de ajuda. Tudo o que existe é
um fluxo de pensamentos e sentimentos SOBRE um ego sofredor ou "eu". O "gerente
de projeto da iluminação" é uma narrativa do fluxo da ausência de um "alguém" sendo
referenciado. As crianças podem conversar de forma convincente durante todo o dia
sobre a crença no Coelhinho da Páscoa e no Papai Noel; mas as duas entidades que
estão sendo comentadas no entanto, não existem. O que "você" pensa ser o seu "eu"
como expresso como "mim", é apenas um fluxo de pensamentos e sentimentos sobre
um "eu". Mas a entidade como uma identidade pessoal nunca aparece. Curiosamente,
quando a mente entra em um profundo estado meditativo de absolutamente "nenhum
pensamento", o "eu" desaparece durante essa quietude total. Isso acontece todas as
noites quando adormece; no momento que cai no sono profundo, "você" desaparece.
Isso é porque "você" é apenas uma construção mental de pensamentos da consciência
diurna que agora deixou de ser gerada. Então, o subconsciente gera uma paisagem de
sonho com um eu totalmente novo, mas semelhante, no sonho que desaparece quando
você acorda. Nem o "eu" diurno nem o sonho do "eu" a noite são mais reais do que o
outro. Ambos são apenas um fluxo de pensamentos individuais que fluem
rapidamente ... alguém que aparece como um eu fictício de sonho noturno e o outro
como um eu fictício de sonho de dia. --Jackson Peterson
Quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017 às 20:42 UTC-03
"Você deve ter confiança que a mente Buda original que é realizada e isso que realiza a
mente Buda original não são diferentes." Mestre Zen Bankei
Quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017 às 20:36 UTC-03
Em Dzogchen não estamos tentando transformar nosso estado mental atual na
condição de consciência rigpa através de alguma prática ou purificação. Mas, sim, em
Dzogchen isso que já é "consciente e sabe", é apontado como sendo a identidade final
que nunca muda, se move ou flutua. Isso é o que "você" sempre é. Qualquer outro
"você" é ficção.
Quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017 às 20:21 UTC-03
A Consciência Rigpa é o Espaço Vazio no qual toda experiência ocorre. Rigpa não está
dentro ou é parte do universo.
Quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017 às 20:15 UTC-03
De vez em quando me perguntam se tenho alguma formação real nas linhagens
tradicionais Dzogchen. Então, a cada vez reproduzo uma curta "bio" sobre minha
experiência Dzogchen. Para aqueles curiosos saberem: Tenho todos os ensinamentos,
lung e instruções de prática para o Dzogchen Semde, Longde e Mangagde incluindo
Yangti de Namkhai Norbu em 1985-1988. Fui seu chef privado por um tempo e passei
muito tempo sozinho com ele. Ele me deu permissão para ensinar Dzogchen Semde.
Também recebi as instruções de Dzogchen trekchod e thogal de Shardza Rinpoche
diretamente do Bon Menri Lopon. Também recebi a transmissão thogal para o Yeshe
Lama através da linhagem de Dudjum Rinpoche. Também recebi os ensinamentos
Mahamudra num retiro de prática da linhagem do Dalai Lama. Em 1978 enquanto
[estava] no Nepal Sabchyu Rinpoche performou o empoderamento inicial para a prática
do estágio de geração do Karma Kagyu pessoalmente para mim. Recebi muito mais
transmissões de ambas, de Kagyu e Nyingma para o yoga gTumo. Recebi e pratiquei as
sadhanas tântricas de Vajrayogini e da tradição Siamukha de Ayo Khandro, bem como
uma prática Chod da tradição de Machig Labdron. Recebi instrução pessoal de Trungpa
Rinpoche em 1970 e de outros incluindo Kalu Rinpoche e Lama Wangdor nos anos 80.
Participei de um retiro com o Dr. Trogawa Rinpoche sobre a medicina tibetana
relacionada ao Dzogchen. Tenho liderado retiros por toda a Europa, América Central e
do Norte há quase dez anos com centenas de ex-participantes.
Quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017 às 19:40 UTC-03
"A natureza da iluminação é aquela do espaço. Não há esforço ou obtenção no espaço. A
iluminação, que é como o espaço, não acontecerá para aqueles que se entregam ao
esforço e obtenção." Do Tantra Dzogchen raiz, Kunje Gyalpo
Quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017 às 19:40 UTC-03
"A natureza da iluminação é aquela do espaço. Não há esforço ou obtenção no espaço. A
iluminação, que é como o espaço, não acontecerá para aqueles que se entregam ao
esforço e obtenção." Do Tantra Dzogchen raiz, Kunje Gyalpo
Domingo, 19 de fevereiro de 2017 às 21:45 UTC-03
"Seus cinco sentidos estão bem abertos, bem despertos e, no entanto, livre de
pensamentos. Permaneçam naquele estado, completamente abertos. Esta abertura é
como uma vidraça transparente. Não obstruí a visão de nada do exterior; é totalmente
transparente. Esta transparência significa não se agarrar a nada, não se fixar em nada —
uma abertura que não tem divisão entre o exterior e o interior. Como a vidraça, não há
nada bloqueando a visão do que está fora e o que está dentro. É diferente desta parede
que não é nem transparente, nem aberta." Tulku Urgyen
Quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017 às 08:30 UTC-02
Reflexos num espelho surgem espontaneamente dentro do espelho. O projetor não é
uma entidade.
Quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017 às 08:21 UTC-02
Um equívoco sutil que os Dzogchenpas podem fazer e não notar é assumir uma postura
"como-rigpa". Tal como "permanecer como consciência" no neo-Advaita. Rigpa não é
assumir a posição de "testemunha". Isso seria uma estado de separação egoico, e
reforça o dualismo de testemunha testemunhando as aparências, percepções,
pensamentos, sentimentos e todos estados mentais, enquanto se sente como um
observador intocado. Rigpa não é um "percebedor", mas sim um projetor. Conhece as
projeções no momento de projeção, não um momento depois, como faria uma
audiência. A testemunha ou audiência é, ela própria, uma projeção que surge dentro de
toda projeção como o sujeito ou eu. Isso é exatamente como a testemunha em seus
sonhos noturnos. Parece que há realmente um eu observando uma paisagem pré-
existente. Mas esse eu é tanto uma projeção quanto a paisagem dos sonhos. A posição
de testemunha não é uma etapa numa sequência de níveis Dzogchen. Não há níveis ou
estágios em Dzogchen. O projetor é sempre o projetor.
Segunda, 13 de fevereiro de 2017 às 21:38 UTC-02
"... mas a própria consciência mais profunda (rigpa), o fator profundo da mera
luminosidade e saber, a raiz final de todas as mentes — para sempre indestrutível,
imutável, e é de um continuum inquebrantável como um diamante." O Dalai Lama em
Dzogchen
Segunda, 13 de fevereiro de 2017 às 21:10 UTC-02
"Na Antiga Escola de Tradução do Budismo Tibetano, a mente diamantina (rigpa) é
posta como a verdade última. Esta verdade última não é posta do ponto de vista de ser
um objeto encontrado por uma consciência realizando o vazio, como na Escola do
Caminho do Meio; em vez disso, é a consciência mais íntima, a luz clara sem princípio e
sem fim, a base de todos os fenômenos da existência cíclica e de nirvana. Sendo além de
todos os fenômenos adventícios, é chamada a verdade última. O jogo, as manifestações,
a efervescência, ou as formas grosseiras dele são verdades convencionais." O Dalai
Lama em Dzogchen
Segunda, 13 de fevereiro de 2017 às 20:45 UTC-02
"Em vez disso, vividamente fique completamente dentro do fluxo, o fluxo natural de
não-conceitualidade; no ponto, deixe ir todo pensamento conceitual completamente."
O Dalai Lama discutindo Dzogchen
Segunda, 13 de fevereiro de 2017 às 20:23 UTC-02
Madhyamaka e a Visão Dzogchen Longchenpa esclareceu em seus Sete Tesouros, o
texto dos Sistemas Filosóficos, que Dzogchen é uma visão mais elevada do que a visão
de Madhyamaka. Explicou que o pilar central de Madhyamaka é "vazio", enquanto o pilar
central do Dzogchen é "rigpa". A visão vazia de Dzogchen é idêntica à visão vazia de
Madhyamaka Prasangika. São os ensinos do Terceiro Giro da Roda que descrevem a
Natureza Buda como explicada pelo Tantra de Uttara de Maitreya. Portanto, Dzogchen
considera o ensino do Terceiro Giro como definitivo e os ensinos do Segundo Giro do
"vazio" como provisórios. O Geluppa o vê em sentido inverso, pois não ensinam "rigpa",
que é tecnicamente uma negação afirmativa. Não sendo reconhecido em Prasangika
como válido.
Segunda, 13 de fevereiro de 2017 às 20:03 UTC-02
Quando a mente cessa todo pensamento espontaneamente, o projeto de iluminação
está completo!
Segunda, 6 de fevereiro de 2017 às 20:30 UTC-02
Não pense sobre isto! Chokyi Nyima Rinpoche: "Básica e fundamentalmente, nossa
mente é vaziez última, felicidade plena, totalmente desnuda. Nós não precisamos fazê-
la assim; não necessitamos cultivá-la pela meditação, nem criar este estado pela
meditação." "Desista de pensar sobre qualquer coisa, sobre o passado, o futuro ou o
presente. Permaneça livre-de-pensamento, como uma criança." "A talidade inata não é
obscurecida, [a percebe] no momento que não foi apanhado subitamente pelo
pensamento atual. "Isso nos impede de estar cara a cara com o verdadeiro Buda, o
estado natural da mente, aparenta bloquear o estado natural." "Este é o verdadeiro
Budadharma, não faça nada. Não pense em coisa alguma, como disse Saraha, "Tendo
abandonado completamente o pensador e o que é pensado, permaneça como uma
criança livre-de-pensamento." "Pensar é delusão." "Quando somos apanhados
subitamente por pensamentos estamos deludidos. Ser livre de pensamentos é ser livre."
"Essa liberdade consiste em como ser livre de nossos pensamentos." "Enquanto a teia
dos pensamentos não se dissolverem, haverá repetidamente nascimento e experiências
nos seis reinos." "Mas se quiser ser totalmente livre do pensamento conceitual, só há
uma maneira: através da prática do estado desperto livre-de-pensamento. (rigpa)."
"Despir a consciência até seu estado desnudo." "Se quiser atingir a liberação e a
onisciência iluminada, precisa estar livre do pensamento conceitual." "Ser livre dos
pensamentos é a liberação" "Isto não é algum estado que está longe de nós: estado
desperto livre-de-pensamento realmente existe em conjunto com cada pensamento,
inseparável dele... mas o pensamento obscurece ou oculta sua realidade inata. O estado
desperto livre de pensamentos (o estado natural) está presente no preciso momento
em que o pensamento se dissolve, no momento que se esvazia, dissipa, some.
"Simplesmente solte seu pensamento dentro do estado desperto livre de apego: essa é
a visão correta."
Segunda, 6 de fevereiro de 2017 às 20:10 UTC-02
Notícia Relâmpago! A liberação de todo sofrimento emocional imediatamente
disponível agora! Liberação imediata de todo sofrimento emocional e confusão; sem
perguntar sobre quem deve fazer isso, basta parar de pensar.
Segunda, 6 de fevereiro de 2017 às 19:49 UTC-02
Espontaneidade Tudo o que ocorre na mente, no pensamento, na intenção, na ação e na
percepção, espontaneamente apenas surge. Se pensa "eu pré-meditei uma ação", esses
pensamentos como pensamentos pré-meditativos, surgiram todos espontaneamente.
Se pensa "não, eu pensei esses pensamentos só depois de cuidadosa consideração",
cada um desses pensamentos que contribuem para esses pensamentos, surgiram por si
próprios, incluindo "não, eu pensei esses pensamentos só depois de cuidadosa
consideração". A percepção de "ser um agende autônomo e independente" surge, mas
essa percepção surge espontaneamente sem um agente que tenha causado essa
percepção de autonomia pessoal. Não há ninguém, nenhum eu pessoal independente
fazendo alguma coisa. A ideia de haver um "causador" independente de pensamentos e
ações é simplesmente o surgimento espontâneo dessa ideia. Então, relaxe, não há nada
que "você" possa fazer, simplesmente é como sempre foi. E se "decidir" finalmente fazer
algo por si mesmo, essa decisão também surgiu espontaneamente sem "seu" auxílio.
Quando as pessoas dizem "está chovendo"; "aquilo" que está chovendo, é idêntico ao eu
imaginário que surge quando dizemos "eu" fiz isso.
Segunda, 6 de fevereiro de 2017 às 18:58 UTC-02
Não há caminho para iluminação porque não há entidade para tornar-se iluminada!
Pensamentos confusos e um eu imaginário surgem numa mente tal como mudanças nas
condições atmosféricas no céu; enquanto o céu da mente permanece primordialmente
perfeito.
Segunda, 6 de fevereiro de 2017 às 18:07 UTC-02
Libertação do Sofrimento Emocional Todo nosso sofrimento emocional é incorporado
em nossa "crença" no pensamento atual, não o pensamento seguinte, nem o último
pensamento. Imagine que a mente tem uma porta de entrada, uma abertura estreita na
qual apenas um pensamento pode caber num momento. O que chamamos samsara;
nossa vida de sofrimento, é unicamente o pensamento atual nessa abertura. O
pensamento seguinte não tem efeito, nem o último neste momento atual de
experiência. Em Dzogchen recomenda-se que ao não fixar ou focar no pensamento atual
aparecendo na abertura estreitíssima da consciência sempre-presente, imediatamente o
libera como se nunca tivesse surgido. Esta é a ausência real de todo sofrimento
emocional naquele momento.
Segunda, 6 de fevereiro de 2017 às 17:42 UTC-02
"Se você compreende que, não importa o que apareça, seja para seus sentidos ou para
sua mente pensante, esses objetos são estabelecidos na dependência do pensamento,
superará a ideia de que os fenômenos existem por si próprios." S.S. Dalai Lama "O
sistema Budista mais elevado, chamado Escola do Caminho do Meio, e dentro dele a
Escola de Consequência (Prasangika de Chandrakirti), leva este ponto ainda mais longe,
dizendo que não é que uma consciência válida constata as coisas existentes por si
próprias. Em vez disso, essas coisas dependem de serem construídas pelo pensamento
conceitual. Nada pode existir exceto que seja construído pela conceitualidade. Tudo [o
que] é visto depende da mente — a mente é o autorizador. Assim é porque as escrituras
Budistas dizem que o "eu" e os outros fenômenos existem unicamente através do poder
do pensamento conceitual." O Dalai Lama
Segunda, 6 de fevereiro de 2017 às 17:00 UTC-02
A consciência não é cônscia ou consciente "de" cores, sons, sabores, odores, sensações,
sentimentos, pensamentos e o sentido de si mesmo [eu]. Isso seria dualista. A
consciência É cores, sons, sabores, odores, sensações, sentimentos, pensamentos e o
sentido de si mesmo [eu]. A consciência agora aparece como pensamentos
contemplando os parágrafos acima. --Jackson Peterson
Sábado, 4 de fevereiro de 2017 às 09:30 UTC-02
Como assim? Não é tão difícil entender quando é notado exatamente onde o observado
é observado. Onde está ocorrendo a observação? O que está observando precisamente
como um observador quando o observador e observado estão em contato? Comece
descobrindo que o observador está em sua própria consciência. Descobrirá que o
observador é a própria consciência cognoscente; não o corpo, cérebro ou olhos. Ou
pode perguntar onde exatamente estão suas paisagens oníricas durante um sonho? Elas
ocorrem unicamente na "consciência", o mesmo com suas percepções diárias ou o que é
"observado". Então, qual a distância entre um som durante a sua audição e a consciência
na qual é ouvido? Você não pode encontrar uma distância entre o som e a consciência na
qual está aparecendo. Descobrimos então que o observador e o observado são o
mesmo. Isso se aplica a todos os observáveis.
Sábado, 4 de fevereiro de 2017 às 08:22 UTC-02
Jody escreveu: "É divertido como não eu é sempre transformado numa experiência, mas
uma experiência precisa de um eu para experienciar, quando tudo o que é necessário é
um simples reconhecimento, onde um senso de eu é visto através e nisso que é visto
[mas] nunca foi eu!!!! Apenas um pensamento aparente que nasce de e morre de volta
no espaço vazio que é!" "O que poderia ser estabilizado???" "O que é!" é sempre
estabilizado antes de algum pensamento ou conceito tentar estabilizá-lo!! kkkkkk :-)"
Jackson: é isso!
Sábado, 4 de fevereiro de 2017 às 07:52 UTC-02
Pensamentos não aparecem "em você", isso seria dualismo. Pelo contrário, o Universo
Inteligente, aparece COMO pensamentos, corpos, pessoas, pássaros, nuvens e estrelas.
Sábado, 4 de fevereiro de 2017 às 07:49 UTC-02
Observador e observado são o mesmo.
Quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017 às 08:45 UTC-02
Estava ouvindo uma nova discussão disponibilizada digitalmente [podcast] esta noite
entre Sam Harris e Joseph Goldstein. Ambos são meditadores muito experientes e
ambos receberam ensinamentos pessoais de mestres Dzogchen, incluindo Tulku
Urgyen. Fiquei chocado ao ouvir a seção sobre "não eu" no qual ambos falaram por um
tempo, mas então discutiram como se pode estabilizar a experiência. Mas o que não foi
mencionado é que aquele que está tentando estabilizar a atenção plena como remédio,
é esse "eu" não visto que está firmemente no banco do motorista! No caso deles, "não
eu" era uma experiência que um "eu" secundário tentava estabilizar! Eles pensavam que
"você" poderia aperfeiçoar sua atenção plena até o ponto onde "você" poderia manter
seu "eu" [livre] de ser capturado pelo eu e seus pensamentos distraídos! Qual "eu" ficou
distraído? Qual entidade está executando o "projeto da atenção plena"? Meu ponto é
que se a observação do tráfego mental da mente é observada por um longo período de
tempo, todos os pensamentos, incluindo o pensamento "eu" serão vistos como não
pertencendo a ninguém e que o espaço cognitivo no qual estão aparecendo e
desaparecendo, é completamente vazio e ausente de um "meditador", observador ou
pessoa. Não há alguém lá para praticar a atenção plena, nem para praticar a não
distração; há unicamente pensamentos sem dono aparecendo e tagarelando sobre um
tal "eu" e seus esforços meditativos. Isso realmente é tão difícil de saber e ver
diretamente?
Terça-feira, 31 de janeiro de 2017 às 22:03 UTC-02
Qual é a introvisão mais essencial nos ensinamentos do Vazio? Você é unicamente o
Vazio infinito e imutável no qual o corpo, mente, eu egóico, percepções e o mundo
aparecem. Você é o anfitrião vazio e eles são seus convidados auto-gerados; tal como
reflexos transparentes num espelho.
Terça-feira, 31 de janeiro de 2017 às 21:14 UTC-02
O mestre Zen do século XVI Han-shan, disse sobre o homem iluminado que seu corpo e
coração são inteiramente inexistentes: são o mesmo, como o Vazio absoluto. De sua
própria experiência escreveu: "Fui dar um passeio. De repente fiquei parado, preenchido
com a realização que não tinha corpo ou mente. Tudo que podia ver era uma grande e
iluminada Completude - onipresente, perfeita, lúcida, e serena. Era como um espelho
todo-abrangente de onde as montanhas e os rios da terra eram projetados... Senti-me
claro e transparente."
Terça-feira, 31 de janeiro de 2017 às 08:46 UTC-02
Ondas da Grande Perfeição O que significa ninguém, nenhum indivíduo existir
independentemente? Imagine um oceano infinito de Consciência Pura. Há também um
número infinito de ondas aparecendo naquele oceano que surgem num momento e
desaparecem noutro, assim como as ondas no mar. Cada onda é uma expansão de
consciência em movimento. É essa onda de consciência que momentaneamente tem
uma forma e postura dinâmica fluida. Esse é o aparente eu individual. No momento
seguinte a energia dinâmica da onda cessa e aquelas características individuais da onda
desaparecem para sempre. Mas o oceano nunca desaparece, unicamente as aparências
como ondas. Isso é mais que apenas uma metáfora; é uma descrição de nossa
individualidade momentânea e sua cessação, bem como o apontamento de onde parece
surgir como uma entidade independente, mas nunca existiu realmente, a não ser como
uma expressão momentânea, única e fluida do próprio oceano. Portanto, não há
necessidade de esperança ou medo; sem dúvida alguma sua identidade individual única
cessará completamente e desaparecerá para sempre muito em breve. Mas aquilo em
que sua onda momentânea apareceu, é uma Consciência Sabedora que incorporou-se
brevemente como aquela onda momentânea. Somos todos esse oceano único de
Consciência momentaneamente ondulando como eu e você. Quando nossas ondas
individuais cessam, como poderíamos distinguir entre eu e você? O movimento dentro
da onda que distingue um eu de você, é simplesmente ondas de pensamento. Quando
as ondas de pensamento de "eu" e "você" e todos os pensamentos cessam na quietude,
a base para um eu separado, você e os vários objetos e coisas desaparece. Eles nunca
tiveram outra base. Sabendo que todos nós somos esse único Grande Oceano
aparecendo como você e eu, até onde devemos viajar para encontrar o Mar?
Segunda, 30 de janeiro de 2017 às 08:17 UTC-02
Nosso "Estado Natural" Nos ensinamentos Indo/Tibetanos de Mahamudra falamos
sobre um "estado natural consciente e sem início" que não tem nenhuma causa e é
permanentemente nosso estado-base imutável. É este estado natural "imutável" que é
apontado e conhecido diretamente em Mahamudra. Em Dzogchen o momento do
"estado natural" de consciência primordial é apontado e experienciado diretamente, é
chamado "rigpa". Rigpa significa um relampejo de introvisão de reconhecimento da
Consciência intrínseca, o estado-base de ser que você é. Este "estado-base" é o que já é
consciente. Nada mais em nenhum universo tem a capacidade de saber ou estar
consciente. Sabendo isto, é possível ver que nossa consciência atual, assim como é, é o
que você sempre buscou. Não pode ser produzida, aperfeiçoada, limitada ou destruída.
É o mais simples reconhecimento possível; é por isso que a mente conceituante,
complicada nunca pode encontrá-la!
Segunda, 30 de janeiro de 2017 às 07:55 UTC-02
E se você fosse o espaço vazio de uma sala em vez da mobília? Que tipo de programa de
treinamento que precisaria antes que pudesse ser esse espaço real? Como poderia se
manter como espaço? Nossa consciência no momento presente é esse espaço vazio. O
espaço é o anfitrião em que toda mobília hóspede aparece.
Segunda, 30 de janeiro de 2017 às 07:39 UTC-02
A Visão Última Você é unicamente o vazio imutável no qual todos os pensamentos,
sentimentos, percepções, corpos, fenômenos, experiências e universos ocorrem com
sua própria radiância sem-duração.
Domingo, 29 de janeiro de 2017 às 08:28 UTC-02
No #Dzogchen não há nada a adicionar ou remover. Todas as experiências são
igualmente o que a Grande Perfeição é; nada mais perto que outra.
Domingo, 29 de janeiro de 2017 às 08:18 UTC-02
P: Gostaria de mais informação sobre como se relacionar com o caos que estamos vendo
no mundo. Tenho um momento difícil apenas desenhando o sofrimento do mundo em
projeções mentais e riscando-o da lista de coisas que vale a pena cuidar. Isso não
significa que não reconheça a ilusão incorporada em tudo. Mas..........! R: O único caminho
para a paz é perceber rigpa e permitir que sua dinâmica sem-eu funcione em sua própria
ausência.�
Sábado, 28 de janeiro de 2017 às 12:09 UTC-02
Do retiro que conduzi na Espanha ...
Sábado, 28 de janeiro de 2017 às 12:05 UTC-02
"Escolha" é uma ilusão, como um unicórnio. Podemos falar sobre unicórnios e "escolha",
mas isso não os torna válidos. O que chamamos escolha é a ilusão de haver um
"escolhedor" ou "fazedor" em vez de haver simplesmente um fluxo contínuo de origem
dependente. O dedo aponta para o sorvete de chocolate ou baunilha e a boca expressa
as palavras chocolate ou baunilha. O pensamento surge "chocolate" ou "baunilha", mas
ninguém criou esse pensamento que surgiu. Pensamentos, intenções e ações
simplesmente surgem de acordo com a origem dependente, resposta a estímulos. O
pensamento "eu escolho baunilha" simplesmente surgiu espontaneamente. O
pensamento "eu", também, simplesmente surgiu espontaneamente. Enquanto a
conceitualização dualista continuar a surgir, a roda do carma gira. Quando a mente
conceituante juntamente com seu polo subjetivo "eu" deixa de surgir, devido ao
esgotamento de suas causas, só então, surgirá espontaneamente sem causa. A chuva
cai, e meu guarda-chuva é aberto e segurado sobre minha cabeça. Quando a chuva
cessa, o guarda-chuva é sacudido para livrá-lo do excesso de água e é fechado e
carregado como uma bengala. Quão fácil é esta vida espontânea que vive através deste
corpo!
Sábado, 28 de janeiro de 2017 às 11:36 UTC-02
"Quando experiencia a perda completa do "eu", vê o caminho do Madhyamaka, o
Caminho do Meio." Lama Zopa
Sábado, 28 de janeiro de 2017 às 11:26 UTC-02
Visão Budista "Tudo vem de nossa própria mente. Pois tudo é meramente imputado
(concebido) e toda imputação vem de nossa mente, tudo vem de nossa mente. Todas as
aparências acontecem por rotulagem; seja o que for parece-nos acontecer por
rotulagem. Mais uma vez, todas as aparências de vida vem da nossa mente." Lama Zopa
"Nossa ignorância passada (conceitos que cremos) deixou uma impressão em nosso
continuum mental e esta impressão é projetada, como um projetor projetando um filme
numa tela ou num canal de TV mostrando pessoas lutando, dançando, ou fazendo
outras coisas." Lama Zopa
Sábado, 28 de janeiro de 2017 às 11:11 UTC-02
Como praticar #Dzogchen: http://youtu.be/fpyZLcpSaR0
Quinta-feira, 26 de janeiro de 2017 às 21:43 UTC-02
A Substituição de Pensar por puro Saber Feche seus olhos. Perceba seus pensamentos
por um minuto. Agora faça o mesmo novamente, mas desta vez perceba o que está
percebendo esses pensamentos. Somente os pensamentos mudam, mas não a
percepção. Com os olhos ainda fechados, perceba os vários sons ambientes. O que está
percebendo esses sons? Perceba o que está percebendo os vários sons. Somente os
sons mudam, mas não a percepção. Agora abra seus olhos. Perceba o quarto ou seus
arredores. O que está percebendo seus arredores? Perceba o que está percebendo seus
arredores. As percepções visuais e auditivas mudam, mas não a percepção. Essa
observação é um vazio imutável que hospeda todos os pensamentos, sensações e
percepções sem que elas jamais apareçam como algo. Essa é a sua verdadeira natureza
como puro Sabedor. Saber este Sabedor; é a instrução final.
Quinta-feira, 26 de janeiro de 2017 às 19:49 UTC-02
Lama Shabkar: "Quando um devaputra perguntou ao Buda: "Quem fez Meru, o sol e a
lua, e tudo mais?" O Buda disse: "Não há outro criador aqui. O apego aos traços da
própria conceituação imputa-os, agarre-os e então aparecem dessa maneira. Tudo é
criado por sua mente." Quando o devaputra perguntou ao Buda novamente: "Como
pode o apego aos meus conceitos produzir a solidez e estabilidade de Meru, do sol e da
lua, e tudo mais?" O Buda disse: "Em Varanasi, uma mulher idosa meditou [no] seu
próprio corpo como um tigre. Como os aldeões a viram como um tigre, esvaziaram a
aldeia. Se alguém é capaz de aparecer assim por algum tempo, se cultivarmos traços
mentais por vidas sem princípio, será capaz de aparecer assim por um ano." Portanto,
tudo é criado pela mente."
Quinta-feira, 26 de janeiro de 2017 às 19:19 UTC-02
Milarepa e Nenhum Meditador "É por estas razões que em "Um Retrato Autêntico do
Caminho do Meio", o Jetsun Milarepa cantou: 'Nenhum meditador e nenhuma
meditação, Nenhum caminho e níveis percorridos e nenhuns sinais, E nenhum corpo de
fruição e nenhumas sabedorias, E consequentemente não há nirvana lá, Apenas
designações usando nomes e afirmações.' "Esta passagem inteira é um raciocínio lógico
que progride por estágios. Primeiro, Milarepa cantou que não há meditador. Não há
meditador porque não há eu. Se não há meditador, não pode haver qualquer objeto de
meditação, e se não há objeto de meditação, não pode haver qualquer caminho ou
qualquer sinal de progresso no caminho. Se não há caminho, não pode haver qualquer
fruição no final do caminho na forma de corpos de fruição e sabedorias. Se não há
corpos de fruição ou sabedorias, não existe tal coisa como nirvana. Todos estes termos
são simples designações, meros nomes e imputações." Khenpo Tsultrim Gyamtso "O Sol
de Sabeoria"
Quinta-feira, 26 de janeiro de 2017 às 18:55 UTC-02
"Através do Dzogchen podemos realmente entender o que Deus é e não temos que nos
preocupar se existe um Deus ou não. Deus sempre existe como nossa verdadeira
natureza, a base, para todo o mundo." - Chögyal Namkhai Norbu
Quarta-feira, 25 de janeiro de 2017 às 18:58 UTC-02
Um Sumário do Mestre Zen Moheyan (8º Século) Introdução à Meditação Instantânea:
"Para aqueles que são capazes disso, existe a entrada instantânea, também conhecida
como o caminho curto, o portão secreto, e o portão para o caminho da liberação. Para
aqueles que não são capazes, há cinco métodos. Quais são esses cinco? Quando você
está repousando na não-conceitualização: 1. Se experiencia os movimentos da mente
deludida, este é um estado neutro. 2. Se experiencia os movimentos da mente deludida
e segue essa experiência, este é o estado de um ser sensível comum. 3. Se experiencia
os movimentos da mente deludida e entende esse movimento como um engano, então
essa experiência irá parar os vários movimentos. 4. Se experiencia os movimentos da
mente deludida e sabe que são sem eu, então esta é uma paz unilateral, quiescente no
vazio. 5. Se experiencia os movimentos da mente deludida e não conceitualiza ou os
segue, então, cada pensamento é liberado assim que surge. Esta é a meditação correta."
Quarta-feira, 25 de janeiro de 2017 às 18:20 UTC-02
De outro tópico: Meu ponto é que nenhum estudante pode ser encontrado após uma
investigação. Tudo o que encontramos são pensamentos sobre um "eu", mas não
podemos encontrar o "eu" em si. Se não há eu, não há ninguém para seguir um caminho
ou para realizar sua fruição. vê?
Quarta-feira, 25 de janeiro de 2017 às 17:49 UTC-02
Em Dzogchen Garab Dorje ensinou: A "Consciência vazia" é sempre primordialmente
presente igualmente durante momentos de quietude vazia, bem como durante
momentos de atividade mental e turbulência." O Dalai Lama escreveu: "Como diz
Dodrubchen, a mera luminosidade e o conhecimento permeiam todas as consciências e
podem até ser identificadas durante a geração de uma forte emoção aflitiva sem ter
que cessar as seis consciências operacionais."
Quarta-feira, 25 de janeiro de 2017 às 09:09 UTC-02
Nada jamais surgiu, exceto construções conceituais fictícias. �
Quarta-feira, 25 de janeiro de 2017 às 08:57 UTC-02
Zen Tibetano e Madhyamaka "Embora a influência do Madhyamaka sobre o Zen Chinês
foi discutida, esta influência é ainda mais evidente entre os manuscritos do Zen
Tibetano. Por exemplo, um texto curto chamado 'Um Ensino sobre a Essência da
Contemplação' do Mestre Haklenayaśas apresenta o Zen como "a abordagem
instantânea ao Madhyamaka": "Há muitas portas para a meditação no grande veículo. A
última entre elas é a abordagem instantânea ao Madhyamaka. A abordagem
instantânea não tem método. Simplesmente cultiva-se a natureza da realidade desta
maneira: os fenômenos são mente, e a mente é não-criada. Naquilo é não-criada, é
vaziez. Já que é como o céu, não é um sujeito para as seis faculdades dos sentidos. Este
vazio é o que chamamos de experiência. Mesmo assim, dentro dessa experiência, não
existe tal coisa como experiência. Portanto, sem permanecer nas introvisões obtidas
com estudo, cultive a mesmice de todos os fenômenos." Este texto curto — atribuído ao
mestre Indiano que veio a ser contado como o vigésimo terceiro na linhagem indiana de
patriarcas Zen — oferece uma prática baseada em Madhyamaka, onde o vazio é
entendido através de dois estágios, primeiro entendendo que todos os fenômenos são
mentais, e segundo que a mente é "não-criada" — não existe em ou sobre si própria.
Esta abordagem para o Madhyamaka era também muito popular nas tradições
Tibetanas posteriores Sakya e Kagyü." Estudioso do Budismo Tibetano, Sam Van Schaik,
de seu livro: "Zen Tibetano: Descobrindo uma Tradição Perdida"
Quarta-feira, 25 de janeiro de 2017 às 08:17 UTC-02
"Pergunta: Como todos os fenômenos são puros? Resposta: Não existe fenômenos nem
mente. Quando a mente conceitual surge, tudo está equivocado. Se a mente é não-
conceitual, todos os fenômenos são perfeitos." De: "Zen Tibetano: Uma Tradição
Perdida"
Terça-feira, 24 de janeiro de 2017 às 19:01 UTC-02
sarvopalambhopaśamaḥ prapañcopaśamaḥ śivaḥ | na kva cit kasyacit kaścid dharmo
buddhena deśitaḥ "Esta interrupção de conhecer (pensar sobre) todas as coisas, a
interrupção de conceitualizar, é jubiloso. Nenhum Darma, qualquer que seja, foi
ensinado pelo Buda a alguém." Nagarjuna
Terça-feira, 24 de janeiro de 2017 às 18:52 UTC-02
Todos são adequados para o caminho instantâneo Dzogchen. Depende da habilidade do
professor, não da capacidade do aluno. Como assim? O estudante já é o Buda
Samantabhadra e nunca se desviou desse Estado, mesmo minimamente.
Segunda, 23 de janeiro de 2017 às 21:24 UTC-02
Dharmakaya, num "momento de conscientização de si", é o que "rigpa" é. Rigpa não
surge dum esforço do buscador, mas surge dentro do Dharmakaya durante uma
ausência do "buscador" e seus esforços.
Segunda, 23 de janeiro de 2017 às 08:52 UTC-02
Outro trecho: A melhor aposta é desistir de todas as suas perguntas e esforços e
simplesmente repousar na mente-consciente livre de todos os pensamentos e pensar.
Repouse nesse vazio claro sem assuntos mentais. Deixe o vazio claro manifestar seus
próprios tesouros de sabedoria sem interferência.
Domingo, 22 de janeiro de 2017 às 10:43 UTC-02
Reconhecer a vaziez e a transparência semelhante a um cristal da consciência (não-
pensante) imediata; é melhor percebida simplesmente deixando esse espaço vazio, mas
conscientemente cônscio, como-é. A energia prânica do pensamento cármico nublará
esse espaço claro quando engajado em pensar. Deixe a sua esfera de consciência em sua
vazia condição de completa pureza e saber sem-objeto. Sua sabedoria natural é contida
dentro de sua completa pureza cristalina, brilhante de claridade intrínseca; e
espontaneamente se auto-revela se deixada completamente relaxada.
Quarta-feira, 18 de janeiro de 2017 às 08:01 UTC-02
"No vazio não há tal coisa como um você e eu. No vazio não há tal coisa como isto e
aquilo. No vazio não há nada." "No vazio não há samsara, nem liberação, nem inferno,
nem iluminação, nem carma negativo, nem carma bom. No vazio não há ganho, nem
perda. No vazio não há ganhar um amigo, nem perder um amigo." "Tais coisas existem
unicamente na visão da mente obscurecida, ao rotular "ganho" e "perda", ao rotular
"ganhei um amigo" e "perdi um amigo", ao rotular "iluminação" e "inferno", ao rotular
"liberação" e "samsara", ao rotular "virtude" e "não-virtude". "No vazio não há leste e
oeste. No vazio não há eu e nem ele ou ela, nem outra pessoa separada. No vazio não há
aqui e ali." "Pode ser útil meditar desta maneira quando tem um problema na sua vida. É
uma grande proteção psicológica, cessa a depressão e também cessa a criação de
pesado carma negativo." Visão Prasangika Lama Zopa
Quarta-feira, 18 de janeiro de 2017 às 07:45 UTC-02
"Do "eu" e dos agregados corpo/mente, até as partículas atômicas, tudo é rotulado com
mais um rótulo. Algo é atribuído a uma base, que é rotulada com mais um rótulo, e essa
base é rotulada com mais um rótulo. Tudo existe sendo rotulado. Tudo é um rótulo,
começando com nossos agregados corpo/mente. Assim, do eu e dos agregados
corpo/mente até as partículas atômicas, tudo é completamente vazio de existência de
seu próprio lado. As coisas concretas que aparecem são alucinações." Lama Zopa
Segunda, 16 de janeiro de 2017 às 17:42 UTC-02
"Outra maneira de meditar sobre o vazio é perguntar-se: "O que estou fazendo agora?
Você responde, estou sentado." "Então, pergunte-se: "Por que digo que "eu" estou
sentado?" "Não há outra razão, necessariamente, para acreditar que "eu" estou sentado,
exceto que meu corpo está executando a ação de sentar." "E quando você diz, "estou
pensando" ou "estou ouvindo os ensinamentos", por que acredita que "você" está
pensando ou ouvindo ensinamentos? Não há outra razão, necessariamente, exceto que
sua mente está pensando ou ouvindo ensinamentos." "Esta maneira de meditar nos
auxilia a reconhecer o objeto a ser refutado. É apenas porque os agregados
(corpo/mente) estão sentado, de pé, comendo, bebendo ou dormindo que nós
acreditamos "estou sentado", "estou de pé", "estou comendo", "estou bebendo", "estou
dormindo". O eu é meramente atribuído na dependência dos agregados (corpo/mente)
e as ações dos agregados (corpo/mente). Com este raciocínio, subitamente ocorre uma
grande mudança em sua visão do eu. O eu concreto, o eu aparentemente real,
subitamente se torna vazio precisamente ali. O eu aparentemente real do seu lado que
apareceu antes não está ali. Visão Prasangika Lama Zopa
Segunda, 16 de janeiro de 2017 às 17:17 UTC-02
"Olhar para um objeto significa olhar para uma criação de sua própria mente." "Olhe o
que não existe e o que isso faz. Se não pode diferenciar entre eles, pergunte-se: "Como
as coisas aparecem para mim? Esta forma aparece para mim rotulada ou não-rotulada?
Se aparece para você não-rotulada, isso é uma alucinação, porque não existe forma não-
rotulada. Se é uma forma, tem que ser rotulada "forma" pela mente. Essa é a única
maneira que pode existir. Se aparece não-rotulada, isso significa que é uma alucinação.
Você então medita no significado da alucinação." Visão Prasangika Lama Zopa
Segunda, 16 de janeiro de 2017 às 09:08 UTC-02
"A verdadeira raiz é o conceito de um eu verdadeiramente existente. Reconhecer
precisamente isso, sem equívoco, é muito importante. Caso contrário, não há maneira
de escapar do sofrimento total do samsara. A menos que reconheçamos a raiz, não
poderemos cortá-la." Lama Zopa
Segunda, 16 de janeiro de 2017 às 09:00 UTC-02
"Formas, sons, cheiros, sabores, objetos tangíveis — todos são meramente atribuídos
pela mente em dependência de se tornarem objetos dos próprios sentidos. Não há tal
coisa como formas reais, sons reais, cheiros reais, sabores reais ou objetos tangíveis
reais do seu lado. São completamente vazios. O que existe é unicamente o que é
meramente atribuído pela mente, o que vem da mente. Esses fenômenos existem, mas
aqueles outros fenômenos aparentemente "reais" não. As formas, sons, cheiros,
sabores e objetos tangíveis que aparecem para nós não tendo relação com a nossa
mente, reais do seu lado, são ilusões completas, ou alucinações. Todo o samsara e
nirvana, tudo que tagarelamos de manhã até a noite, existe desta maneira. Todas essas
coisas são vazias de existência de seu lado. O que existe é o que veio de nossa mente, o
que é meramente atribuído por nossa mente." Lama Zopa Ensino Prasangika
Segunda, 16 de janeiro de 2017 às 08:36 UTC-02
"Aquele eu real, o eu que existe em seu lado, é uma completa alucinação. É
completamente vazio. Temos de pensar na realidade de como o eu existe; devemos
pensar no surgimento dependente sutil ou na vaziez do eu (que significa a mesma
coisa). Pensar na vaziez do eu traz o entendimento que o eu é um surgimento
dependente; pensar que o eu é um surgimento dependente, meramente atribuído pela
mente em dependência dos agregados (corpo/mente), permite-nos ver que o eu é vazio.
Quando praticamos a conscientização de que o eu é um surgimento dependente ou que
o eu é vazio, quando alguém nos critica é como alguém nos criticando num sonho. Não
há sujeito a ser prejudicado e não há objeto, alguém que prejudique. "Ao eliminar esta
ignorância e a semente desta ignorância (a crença num "eu"), eliminamos todas as
outras delusões que surgem dela: apego, raiva e o resto das seis delusões raiz e as vinte
delusões secundárias também. Todos esses pensamentos perturbadores e o carma
terminam. Já que a verdadeira causa do sofrimento foi erradicada, todo o verdadeiro
sofrimento cessa..." Lama Zopa
Domingo, 15 de janeiro de 2017 às 09:52 UTC-02
Esta é uma página não oficial! Dúvidas sobre Dzogchen escreva para:
https://www.facebook.com/jackson.peterson.73?fref=ts
Domingo, 15 de janeiro de 2017 às 09:06 UTC-02
Dza Kilung Rinpoche P: Como nós, num grupo de meditação, estamos repousando na
natureza da mente, estou repousando na natureza de minhas experiências, que são
provavelmente diferentes daquelas das pessoas sentadas perto de mim. Isso significa
que a natureza da mente é diferente para cada um de nós? R: A mente verdadeiramente
impertubável não é uma experiência privada; é mais "pública". Essa mente clara é de
uma natureza única, então é realmente a natureza da mente de todos. Essa consciência
pode ser aplicada ou pode estar observando pensamentos de diferentes indivíduos —
então há uma diferença. Mas o estado puro da natureza não nascida da presença
primordial é a mesma para todos. Jackson: imagine o vasto Dharmakaya como a única e
universal Base de Existir, e cada individuo é um olho através da qual o Dharmakaya único
vê.
Domingo, 15 de janeiro de 2017 às 08:00 UTC-02
Nenhum eu: Quando estamos dormindo à noite, o caráter ou a nossa identidade parece
no sonho estar frequentemente amedrontada e que está tentando escapar de algum
perigo, fugindo ou por alguma estratégia. Mas quando acordamos aquela identidade-
de-si-mesmo não sobrevive na consciência desperta como sendo [existindo] num estado
mais desperto; mas logo aquela entidade desaparece pois o subconsciente já não está
projetando-a. Nunca teve uma existência passada, presente ou futura. Era pura
imaginação fictícia. Mas não é percebido que quando despertamos de manhã, o
subconsciente cessa de criar aquela identidade-de-si-mesmo unicamente para começar
a criar e projetar a identidade-de-si-mesmo fictícia que acredita, independente de
estarmos em consciência desperta. Sua presente projeção de identidade-de-si-mesmo
(subconsciente) durante o estado desperto nunca teve existência no passado, presente
ou futuro. É uma ficção completa, tanto quanto a identidade-de-si-mesmo onírica. O
"você" que a mente acredita ser real e autônoma com livre-arbítrio e poder de escolha,
não existe e nunca teve existência alguma mais que a onírica identidade-de-si-mesmo.
Quando a mente subconsciente subitamente vê que esta crença ficcional é uma
suposição equivocada, cessa de gerar a identidade-de-si-mesmo pessoal. O Buda se
referiu a esta cessação da identidade-de-si-mesmo fictícia como "despertar". Mas é o
curioso despertar na qual ninguém despertou e ninguém foi liberado! O que resta é
simplesmente mencionado como "nirvana", um estado de super-clareza onde ficções
não estão presentes. --Jackson Peterson
Domingo, 15 de janeiro de 2017 às 07:59 UTC-02
O Fundamento Básico -- Jackson Peterson Dzogchen, Zen e Mahamudra, todos tentam
apontar o Fundamento de Ser sempre-presente através de suas várias metodologias.
Todos se referem a este Fundamento Básico de Ser como o Dharmakaya ou Corpo da
Verdade Absoluta. Não é um estado relativo ou dependente. Simplesmente "é" o que é.
Fora deste Fundamento de Ser uma consciência secundária surgiu. É esta consciência
secundária que está aprisionada em sua própria teia contraída de ilusões como
determinada pelas suas construções conceituais ou pensamentos sozinhos. A substância
deste aparente casulo-de-teia é "pensamento" como expressado através de pensar e
conceitualizar. É como uma entidade mental aprisionada em seu próprio sonho. É esta
pseudo-entidade que busca sobrevivência e liberdade de seu sofrimento auto-imposto.
Entretanto, nosso Fundamento de Ser é Conscientização imutável, como espaço
senciente sem centro ou borda. É um estado de "ser[sendo]" que não evolui ou "torna-
se". A consciência secundária aparece nesta Consciência fundacional principal como
imagens aparecem num espelho prístino e imaculado. O objetivo do Dzogchen, Zen e
Mahamudra é apontar e diferenciar a consciência secundária do imutável Fundamento
de Ser, nossa Natureza Verdadeira (Dharmakaya). Uma vez apontada com sucesso, uma
mudança ocorre onde o complexo-mente secundário desmorona e o imutável
Fundamento de Ser permanece sozinho com suas sabedorias que tornam-se plenamente
auto-conhecidas espontaneamente. É como se a identidade mudasse de ser mero
reflexos no espelho, identificando-se como sendo o espelho em si. É como isto, e é de
tirar o fôlego em sua revelação de claridade total e liberdade expansiva. Engajar-se em
conceitualizar, pensar, preocupar autocentrado, buscar, e devanear é estar perdido em
reflexões. A consciência secundária está sempre num estado agitado de "tornar-se",
enquanto que o Fundamento Básico de Conscientização é simplesmente uma condição
de "ser[sendo]" que imutavelmente sempre "é". Este estado de "ser" é sempre
presente; como o espelho [onde] os reflexos estão presentes sempre vindo e indo.
Identificar este já plenamente presente "estado de ser" é o que cada mestre destas
tradições devem estar tentando apontar impiedosamente em todas as oportunidades
possíveis. Isto é a verdadeira compaixão auto-surgida em ação. O que está sendo
apontado é a presença de um padrão "cognoscente de consciência" que não tem
pensamentos, problemas, agendas ou assuntos seus particulares. Aqueles que
aparecem nela como reflexos, aparecem num espelho sem afetar o espelho em si de
nenhuma forma. A mudança repentinamente da identidade imaginária para a verdadeira
identidade é o "caminho direto" através do qual nenhuma entidade percorre o "tornar-
se" alguma outra coisa ou nova [coisa]. É um salto quântico virtual onde quem pula
desaparece e uma identidade diferente aparece no mesmo lugar. Essa verdadeira
identidade estava sempre lá, nunca foi notada. Os reflexos não podem ver o espelho
devido a sua total transparência e vaziez. Desista do "projeto de iluminação"
completamente e simplesmente "seja" o vazio, cognoscência padrão que é sempre livre
de pensar, conceitualizar e devanear. O espelho não pensa para saber. Unicamente os
reflexos são os pensamentos, conceitos e crenças que agitam e bloqueiam a clareza
cognitiva. Tome um momento numa sala bem iluminada ou ao ar livre, feche seus olhos
e observe a luz em suas pálpebras fechadas e translucidas. Geralmente é uma cor
alaranjada brilhante ou fosca. Em seguida, observe que há uma consciência presente
que está percebendo a luz. Essa consciência que está na experiência da luz, conhecendo-
a, é o imutável Fundamento de Ser que é sempre presente. É sua identidade Verdadeira
que é sempre quem e o que você é. Não pode ser produzida, melhorada ou danificada.
Quando o corpo morre essa consciência permanece intocada. Não é pessoal porque
"personalização" é tão somente pensamentos sobre um personalidade imaginária. Não
tem história e nunca teve mudança. Simplesmente "é". Agora que você foi introduzido
na sua Identidade Verdadeira, repousará como é em completa paz e tranquilidade ou a
mente permanecerá agitada e continuará a buscar uma solução "melhor" e
conceitualmente um remédio mais agradável? MeasureMeasure
Domingo, 15 de janeiro de 2017 às 07:57 UTC-02
Durante nosso dia, um sentido de si-mesmo como quem parecemos ser, está surgindo e
desaparecendo completamente em cada segundo. Não há um contínuo "você" como
uma entidade que é contínuo de momento a momento. A cada momento surge um novo
devaneio como "eu" desconectado do momentâneo "eu" anterior. Não há nenhuma
identidade própria que continua de momento a momento, nem de vida para vida. Mas
porque os momentos do projetado "eu" ocorrem tão estreitamente juntos, a mente cria
a ilusão de um "eu" contínuo. Quando sentamos em meditação silenciosa, e apenas
observamos a atividade mental, é possível perceber como o "eu" é simplesmente o
pensamento "eu" atual, onde nenhum "eu" individual como uma entidade contínua é a
ponte entre os vãos dos "eu" pensamentos. Isso é notado quando a atividade da mente
desacelera de forma natural. Ao reconhecer a inexistência de um "eu" contínuo, nada
poderia existir como "meu". Que "eu" faz as coisas e a quem pertencem, se não existe
,realmente, "eu" no tempo, como um possuidor? Quem possui o "carma"? Qual carma?
Se o "eu" é apenas um pensamento momentâneo e inanimado sem autonomia e sem
duração, quem sempre fez alguma coisa? Vendo isto claramente; samsara não perdeu
seu fundamento completamente? Vendo isto claramente, quem está lá para entrar no
nirvana? Não encontrar ninguém para estar no, ou já tenha estado no, samsara e não
encontrar ninguém remanescente para entrar no nirvana; que maior nirvana poderia
haver? --Jackson Peterson
Domingo, 15 de janeiro de 2017 às 07:54 UTC-02
Apontando o que é conhecido subitamente no Dzogchen - Jackson Peterson Você não
pode "vir a ser" o espelho imutável como "consciência pura". O que é feito em termos
de práticas, meditação e inquisição interior, nunca fará com que um reflexo venha a ser
um espelho. O pensamento de ser "alguém" é um reflexo. A sensação de ser um
"buscador" é um reflexo. Não importa que práticas ou esforços o "alguém" como um
"buscador" se engaje, nunca transformará o "buscador", assim como um reflexo nunca
se tornará um espelho. O que acontece é um súbito clarão e aquele clarão de percepção
pertence a sabedoria do espelho, não ao reflexo. Você é unicamente o espelho. Nada
pode afetar sua natureza. É o contexto espacial de toda experiência como conteúdo
onde todas as experiências são meros reflexos. Pensamentos são reflexos vazios. As
memórias são reflexos vazios. O eu é um reflexo vazio. Sua "identidade pessoal" é um
reflexo vazio. Seu si-mesmo sofredor é um reflexo vazio. Identificações são reflexos
vazios. Apegos são reflexos vazios. Carma é reflexo vazio. Vasanas são reflexos vazios.
Qualquer estado mental é um reflexo vazio. Emoções são reflexos vazios. Sensações são
reflexos vazios. Percepções são reflexos vazios. O corpo é um reflexo vazio. A vida é um
reflexo vazio. O universo é um reflexo holográfico 3D vazio. Para o espelho, todos os
reflexos são igualmente vazios e não podem afetar o espelho de nenhuma forma. Não
pode ser mais perfeito do que isso! Comentário do Capítulo 53 por Namkhai Norbu a
partir do Kunje Gyalpo: "O capítulo discute a condição "imutável" e diz que todos os
fenômenos habitam nele, ou seja, na condição original, onde nenhuma mudança jamais
ocorreu. Mas então, de onde surgiu o dualismo? O único exemplo possível é novamente
aquele do espelho e os reflexos. Se o reflexo se altera, isso não significa que o espelho
também deve fazer o mesmo. Para o espelho, nada jamais muda, pois não tem nenhuma
intenção e nunca sofre alteração. Se o espelho reflete uma divindade primorosa, não
sente nenhum prazer, se reflete algo terrível, não sente nenhum desprazer. Porque
nunca "modificou-se", nunca entrou em movimento: sua condição tem a qualidade da
reflexão, e os reflexos manifestam-se através do princípio dualístico da
interdependência. Qualquer definição, de ser ou não ser, qualquer análise filosófica
elaborada, refere-se aos reflexos e acontecem na esfera dos reflexos e nunca na
condição do espelho." "Então, feiura ou beleza, condição positiva ou negativa, céus ou
infernos ou transmigração não afetam de nenhuma forma a natureza subjacente da
consciência que é o estado do espelho em si." Namkhai Norbu "Consciência (rigpa)
permanece como o aspecto que está consciente, sob quaisquer circunstâncias, e então
ocorre naturalmente, sem transição ou mudança. Por este motivo, isto deve ser
entendido em última análise como efetivação da Talidade. Longchenpa "Como existe
apenas esta observação pura, aí será encontrada uma claridade lúcida sem alguém
estando aí que seja o observador; somente uma consciência nua manifesta está
presente. (Esta consciência) é vazia imaculadamente pura, não sendo criada por coisa
alguma." Karma Lingpa "Não importa quais as circunstâncias ou quais mundos nos
encontramos, somos sem nenhuma expectativa ou mudança. Somos simplesmente o
que somos, o Estado Natural que é como um espelho. É claro e vazio, e ainda reflete
tudo, todas as existências possíveis e todos os tempos-de-vida possíveis. Mas nunca
muda e não depende de qualquer outra coisa." Bön Lopon Tenzin Namdak
Domingo, 15 de janeiro de 2017 às 07:51 UTC-02
A Grande Perfeição: A Visão no tocante a Lhundrub ou A Luminosa Exibição Espontânea
de Rigpa Em Dzogchen os objetos ou coisas vistas, ouvidas ou percebidas na vida
cotidiana, são as sabedorias manifestas de sua Natureza de Buda ou Rigpa; incluindo o
seu corpo e mente. Tudo que surge é o seu próprio esplendor luminoso. Isso se aplica a
eventos internos, bem como inclui a identidade egóica e todas suas ações. TUDO surge
espontaneamente sem a necessidade de intenção ou esforço. Perceba isso! É a mente
conceitual que pensa que você está vendo e experimentando algo "diferente" do seu
próprio esplendor ou exibição luminosa. A mente cármica, conceitual, também é a
exibição esplendorosa de rigpa. --Jackson Peterson
Domingo, 15 de janeiro de 2017 às 07:50 UTC-02
Uma Checagem de identidade Rotineira P: Desculpe-me senhor, precisamos de provas
de sua identidade. R: Eu não tenho nenhuma. P: Você não tem provas ou não tem uma
identidade? R: Nenhuma delas. P: Como podemos comprovar que você existe então? R:
"Você" não pode. P: Então com "quem" estamos conversando? R: "Quem" está
perguntando? P: Desculpe-me senhor, "eu" fiz as perguntas. R: — relaxando ...
Domingo, 15 de janeiro de 2017 às 07:41 UTC-02
Quem ou o quê desperta? Até que a mente subconsciente, cesse de projetar auto-
identidade, várias estratégias e manobras continuarão a se manifestar como apego
egoico pelo nirvana derradeiro. O "buscador" é esta dinâmica de apego personificada.
Diz "vou parar a busca, e simplesmente relaxarei" também é uma manobra executada
pela identidade subconsciente. Há ainda uma entidade imaginária na mente que é "não
buscar", mas aquela entidade está agora ativamente "relaxando" como uma estratégia
de esperança. A situação é definida da mesma forma com meditador ou "praticante".
Aquela entidade que está ativamente meditando é uma projeção da identidade
subconsciente formada de amontoados de condicionamento passado e memória. Não
há nenhuma entidade real que busca, medita ou desperta; ao contrário o subconsciente
de repente cessa de projetar aquele imaginário "eu" ou auto-entidade. Isso resolve
tudo. É a mesmo como quando num sonho à noite com um cenário aterrorizante e de
repente se "desperta". Aquela identidade de sonho não "despertou" de verdade, mas
em vez disso o subconsciente cessou de sonhar ou projetá-lo. Mas não é notado que
nossa identidade diurna atual é também simplesmente mais uma projeção
subconsciente de condicionamento passado e memória; no entanto, também agora
incluindo percepções físicas sensoriais. Não há nenhuma auto-identidade "eu" conforme
definida pela memória, experiência e condicionamento; as projeções subconscientes ou
sonhos na consciência desperta. É esta identidade sonhada que busca iluminação, que
sofre, e que busca liberação do sofrimento. A maioria dos professores falam para esta
identidade imaginária "eu" como se fosse um "ser" real que precisa de ajuda e liberação.
Então, esta entidade imaginária tenta seguir as instruções do professor com vários
graus de esforço. Um buscador buscando com esforço é tão imaginário como um
buscador repousando em total relaxamento. Ambos são igualmente entidades
imaginárias. O segredo está em como conseguir que o subconsciente cesse de projetar
esta identidade diurna "eu" completamente. Então não há nenhum buscador e nenhuma
entidade "eu" que sofre. Então não há um "eu" para tentar estabilizar um estado de
"não-eu". Mas, o "eu" não pode manejar esta projeção assim como que deveria
unicamente ser aprofundado o "eu" dinâmico naquela ação. O "eu" não é nem um pouco
volitivo. A resolução vem somente através da mais elevada ou profunda sabedoria que
não é conteúdo subconsciente. Esta sabedoria é chamada "prajna", que então
imediatamente se torna "jnana". Não é parte do cenário do sonho diurno. É a Sabedoria
de Luz Clara de nossa Verdadeira Natureza brilhando como Consciência Pura. Esta
"Sabedoria de Luz Clara" é desencadeada pela entrada de certo conhecimento ou
informação no continuum-da-mente ativa e deve atingir a mente subconsciente sempre
presente; o projetor da própria identidade auto-eu. Isso é semelhante a estar num
quarto escuro e ver uma "cobra" enrolada no chão. A mente está projetando a ideia de
"cobra" que provoca medo e ansiedade. Mas quando acendemos as luzes e vemos que
era apenas um pedaço de corda enrolada, a "cobra" que nunca existiu, mas ainda assim
causou medo e ansiedade, desaparece totalmente. Da mesma forma nossa mente
subconsciente engana nosso corpo físico, pensamentos, memórias e emoções para ser
um "eu". Não existe um real "eu" pessoal lá. Pela investigação de nossa atividade
mental, a "luz" de nossa verdadeira consciência ilumina o ambiente mental tal que o
"eu" é visto como uma suposição equivocada, tal como era a suposição de uma "cobra".
Então e só então, a mente subconsciente sendo um "eu" cessa. Isto é o quê nirvana é. A
realização da natureza vazia do "eu" é uma sabedoria chamada "prajna". Então
imediatamente o "eu" é substituído pelo que sempre esteve presente mas não foi
notado por causa do conteúdo do "eu" distraído, agora conhecido através da sabedoria
chamada "jnana", gnosis ou rigpa. Prajna é a sabedoria da vaziez e jnana é a sabedoria da
"Natureza Verdadeira" ou Mente de Buda conhecendo a si mesma. O caminho mais fácil
para tudo isto ser realizado é buscar um professor cuja mente é auto-iluminada como
descrito acima. Você pode pedir para eles descreverem do quê "iluminação" ou
"despertar" se trata. A maioria pensa numa entidade ou auto despertar depois do
refinamento, purificação e a própria realização. Mas isso é como esperar a cobra
"realizar" que é apenas um pedaço de corda! -- Jackson Peterson
Domingo, 15 de janeiro de 2017 às 07:39 UTC-02
"Quando olhamos diretamente para a natureza de nossa consciência consciente,
encontramos unicamente vaziez absoluta. Olhando para a natureza daquela vaziez
absoluta, descobrimos tudo. Como é incrível!" De outro tópico: "Sim, 'você' é o infinito
abismo vazio no qual tudo flui para a frente como você mesmo. Que misterioso!"
--Jackson Peterson
Domingo, 15 de janeiro de 2017 às 07:32 UTC-02
Revelando Rigpa Se a mente se torna completamente vazia, calma e quieta, continua a
existir uma consciência cognoscente daquele estado vazio e quieto. Essa consciência é
rigpa. Se um movimento energético de pensamento ou percepção ocorre dentro dessa
quietude vazia; é observado pela consciência cognoscente, que novamente é rigpa.
Aquilo que observa o momento-mental de quietude vazia; bem como o momento-
mental de atividade mental vigorosa; que observa consciente é a incondicionada e
imutável rigpa que continua a ser a mesma tanto nestes como em todos os estados
[mentais]. O estado quieto revela seu vazio. A atividade energética revela sua exibição
vibracional. Por causa de sua vaziez absoluta, há muito espaço para sua exibição
energética infinita. O que é a exibição energética? É um campo de vibração vazia, como
o cintilante espaço consciente. Não se pode separar a exibição energética do espaço
vazio consciente no qual aparece, mais do que se pode separar o espaço vazio do céu
das nuvens aparecendo nele. Rigpa já é vazia e consciente e qualquer esforço para
torná-la, tão somente vivifica o próprio esforço energético como o próximo conteúdo
exibido. Porque rigpa continua a ser exatamente a mesma em toda experiência, não há
necessidade de ajustar as qualidades de qualquer experiência, pois qualquer
experiência é unicamente rigpa aparecendo a si mesma. ~Jackson Peterson
Domingo, 15 de janeiro de 2017 às 07:29 UTC-02
Não pense sobre isto! Chokyi Nyima Rinpoche: "Básica e fundamentalmente, nossa
mente é vaziez última, felicidade plena, totalmente desnuda. Nós não precisamos fazê-
la assim; não necessitamos cultivá-la pela meditação, nem criar este estado pela
meditação." "Desista de pensar sobre qualquer coisa, sobre o passado, o futuro ou o
presente. Permaneça livre-de-pensamento, como uma criança." "A talidade inata não é
obscurecida, [a percebe] no momento que não foi apanhado subitamente pelo
pensamento atual. "Isso nos impede de estar cara a cara com o verdadeiro Buda, o
estado natural da mente, aparenta bloquear o estado natural." "Este é o verdadeiro
Budadharma, não faça nada. Não pense em coisa alguma, como disse Saraha, "Tendo
abandonado completamente o pensador e o que é pensado, permaneça como uma
criança livre-de-pensamento." "Pensar é delusão." "Quando somos apanhados
subitamente por pensamentos estamos deludidos. Ser livre de pensamentos é ser livre."
"Essa liberdade consiste em como ser livre de nossos pensamentos." "Enquanto a teia
dos pensamentos não se dissolverem, haverá repetidamente nascimento e experiências
nos seis reinos." "Mas se quiser ser totalmente livre do pensamento conceitual, só há
uma maneira: através da prática do estado desperto livre-de-pensamento. (rigpa)."
"Despir a consciência até seu estado desnudo." "Se quiser atingir a liberação e a
onisciência iluminada, precisa estar livre do pensamento conceitual." "Ser livre dos
pensamentos é a liberação" "Isto não é algum estado que está longe de nós: estado
desperto livre-de-pensamento realmente existe em conjunto com cada pensamento,
inseparável dele... mas o pensamento obscurece ou oculta sua realidade inata. O estado
desperto livre de pensamentos (o estado natural) está presente no preciso momento
em que o pensamento se dissolve, no momento que se esvazia, dissipa, some.
"Simplesmente solte seu pensamento dentro do estado desperto livre de apego: essa é
a visão correta."
Sábado, 14 de janeiro de 2017 às 11:27 UTC-02
"A linha básica ao ser introduzido na essência da mente é reconhecer que é vazia,
cognoscente, auto-existente, repleta de conhecimento. Esse é o verdadeiro
treinamento em reconhecer a natureza da mente. O ponto essencial, depois de ser
apresentado e reconhecer, é não fazer nada com o estado natural. Não temos que
tentar melhorar essa consciência vazia, ou tentar corrigí-la de algum modo em particular
que exija esforço de nossa parte. De fato, nós não precisamos fazer nada para tornar
nossa mente vazia e consciente. Não requer qualquer tipo de trabalho, seja qual for.
Este não-fazer é o próprio treinamento, e é o oposto de nosso hábito usual.
Simplesmente treine não corrigir essa consciência vazia, que é o nosso estado natural."
Tulku Urgyen
Sábado, 14 de janeiro de 2017 às 10:59 UTC-02
Transmissão Primária do Caminho Não-Gradual Se alguém realmente quer experimentar
diretamente o que Dzogchen, Mahamudra e Zen estão apontando; percebo que nada
mais é necessário que o postado abaixo. Incluí dois de meus textos com "apontamentos"
com instruções de vários mestres Dzogchen e cinco vídeos-chave que devem juntos
representar um ensino completo e transmissão do caminho "não-gradual". Sendo assim,
não precisamos realmente nos engajar num monte de perguntas filosóficas ou
acadêmicas, minuciosas, "sobre" Dzogchen. Meu propósito é compartilhar uma
experiência viva que pode transformar confusão em clareza perspicaz, sofrimento em
alegria, e egoísmo em compaixão e amor incondicional; em vez de hospedar grupos para
discussão "sobre" teoria e tópicos relacionados. Então, por que não focamos
unicamente nos tópicos abaixo até que todos tenham alguma experiência direta real?
Vamos trabalhar com aqueles obstáculos que parecem impedir que isso seja totalmente
experienciado por cada um de vocês. Instruções Completas de Dzogchen Atiyoga
"Relaxe no espaço básico além de início ou fim," introduz a natureza da mente. Uma vez
que a reconheceu, não há necessidade de esperar por uma outra vez no futuro. O
espaço básico nunca iniciou e não finaliza de forma alguma. Rigpa nunca iniciou e não
finaliza. É totalmente infinita, completamente sem início." Tulku Urgyen "Este estado
desperto que é primordialmente puro é a qualidade vazia da natureza de nossa mente.
No momento em que reconhecemos a nossa natureza, não vemos alguma "coisa"
qualquer que seja. Já é totalmente pura e perfeita. Isso é o que chamamos de pureza
primordial. Inseparável disso é a qualidade de saber: somos conscientes, ao mesmo
tempo. Isto é a presença espontânea. Esses dois aspectos são indivisíveis." Tulku Urgyen
Introdução Direta à Consciência Pura (rigpa em Tibetano): Sente-se numa postura
confortável num quarto bem iluminado e brilhante ou espaço ao ar livre. Feche seus
olhos. Observe a cor em suas pálpebras fechadas. Parecerá geralmente como uma cor
alaranjada com matizes acastanhados ou cinzas. Seja qual for a cor, apenas observe a cor
que parece estar em frente de sua consciência, que está percebendo as cores. Agora,
em vez de estar atento as cores nas pálpebras; note que essa consciência "observadora"
que conhece aquelas cores está presente. Traga a atenção do objeto para o lado do
sujeito que está fazendo a observação. "Há uma instrução oral sobre a maneira de olhar.
É dito, "É como se seus olhos estivessem olhando através da parte de trás de sua cabeça
em vez de olhar para frente." Mingyur Rinpoche "É como se seus olhos estivessem
olhando para trás em vez de para frente, como costumam fazer. Você está olhando para
fora com seus olhos, mas está olhando para trás ao mesmo tempo. Não tente muito
forte isso, senão, você vai realmente fazer um grande equívoco. Simplesmente olhe
para trás..." Mingyur Rinpoche Observe a natureza vazia de sua própria consciência que
está observando. Há um espaço vazio de consciência que se conhece, mas não como
uma coisa com corpo, forma ou substância. "A maneira de fazer isso é simplesmente
voltar sua atenção levemente para dentro, não olhe profundamente para dentro,
apenas volte seu foco de fora para dentro, de uma maneira muito suave. O momento de
reconhecer este estado são as bençãos da linhagem." Tsoknyi Rinpoche Ser esse vazio,
observar a consciência; apenas observe novamente as cores nas pálpebras. As cores
alteram ou mudam sua consciência vazia ou simplesmente aparecem na consciência
como as nuvens que aparecem num céu imutável? Essa analogia se aplica também a
todos os pensamentos, imagens, senso de si, energias emocionais, sensações e
percepções que também aparecem inofensivamente no espaço vazio de consciência
imutável. Relaxe a atenção repetidas vezes das cores ou de qualquer fenômeno interior,
de modo que a atenção e a consciência vazia e observadora ocupem o mesmo espaço
exato, inseparavelmente. É possível notar a natureza vazia e transparente de sua
própria consciência observadora que se aprofunda à medida que ficamos vazios de
manter atenção a qualquer conteúdo mental ou percepção que não a própria
consciência vazia. "Sem nenhum dentro ou fora — abertura completa. Como é essa
'abertura'? É vazia, desperta, luminosa e simples..." Tsoknyi Rinpoche O que quer que
ocorra aos sentidos ou à mente, apenas deixe tudo como-é e relaxe em seu estado
nativo de consciência vívida e desperta. Sua consciência avivada guiará suas ações na
vida com grande precisão. Não há mais instruções. Aqui está uma antiga citação de um
Tantra da Grande Perfeição, ou escrituras, chamado "As Jóias Amontoadas". Resume
completamente o único método de prática Dzogchen. "Quando alguém repousa no
estado natural sem concentração, o entendimento se manifesta na mente desse
indivíduo, sem que alguém tenha que ensinar todas as palavras pelas quais a mente
entende esses significados. A medida que este entendimento desponta na mente, tudo
que é não-manifesto e todas as aparências sensoriais, que em si não implicam conceitos,
são vistas como sendo naturalmente puras." (Do Precioso Tesouro de Longchenpa,
Publicações Padma.) Kalu Rinpoche: "A mente está posicionada no estado de
consciência desnuda, não há direção para a mente. Não se olha internamente para
qualquer coisa, não se olha externamente para qualquer coisa. É simplesmente deixar a
mente repousar em seu próprio estado natural. A natureza da mente vazia, clara e
desimpedida pode ser experienciada se pudermos repousar num estado não-fabricado
de consciência desnuda sem distração e sem a centelha de consciência ser perdida." Na
vida diária: "É fácil re-reconhecê-la (rigpa). Simplesmente tem que soltar o pensamento
e está aí mesmo. Não há muito a ser feito." Mingyur Rinpoche Vê-la Claramente é Sê-la
Se fechar seus olhos, pode notar um espaço interno de consciência na qual vários
eventos mentais como pensamentos e imagens aparecem e desaparecem. Observe isso
por alguns minutos. Se então apenas repousar nesta consciência que percebe o tráfego
interno dentro desse espaço, os eventos mentais começarão a diminuir e a mente
acabará se tornando mais silente e clara. Neste momento desloque sua atenção dos
eventos mentais diminuindo e apenas perceba o espaço vazio, consciente no qual toda a
experiência está aparecendo. Esse espaço vazio, consciente é a Mente de Luz Clara; sua
Mente Buda imutável que é sempre perfeita. É o tráfego mental e as percepções que
aparecem nEla como pensamentos, que descrevem um eu, um mundo e a narrativa
concernente a esse eu; a história de "eu". Mas o espaço consciente cognitivo que está
hospedando todas aquelas aparências do pensamento é intocado por tudo e todas as
coisas aparecem nEla. Como vê, sua Mente Buda perfeita, a Mente de Luz Clara vazia,
nunca precisou de qualquer estudo, ensinamentos, purificação ou práticas. Nunca muda,
apenas mudam os visitantes que vêm e vão. Isto é o que "iluminação instantânea"
aponta. Não "pense" que é necessário mais; isso seria apenas o próximo pensamento
visitante falando. http://youtu.be/i34IuGJUj30 http://youtu.be/ncrNEAAMgSs
http://youtu.be/3vQHpfzQfBE http://youtu.be/zJ6nS-kkoyE
http://youtu.be/yxv2Yo_ISp4
Sábado, 14 de janeiro de 2017 às 08:48 UTC-02
Prasangika e #Dzogchen baseiam-se no paradigma da "iluminação imediata" porque não
reconhecem que uma entidade exista para se tornar iluminada, e não há ninguém,
portanto, para seguir um caminho e ninguém que possua Carma para purificar.
"Podemos formular o seguinte raciocínio lógico: as ações e resultados Cármicos são
meras aparências desprovidas de existência verdadeira, porque nenhum eu, nenhum
ator, existe para executá-las. Esta é uma maneira válida de colocar as coisas, porque se o
eu do indivíduo não existe, não pode haver qualquer ação, e, portanto, não pode haver
qualquer resultado de qualquer ação." Khenpo Tsultrim Gyamtso "Nagarjuna descreve
isso no verso do trigésimo terceiro capítulo: Aflições mentais, ações e corpos, assim
como atores e resultados, são como cidades de seres imaginários, como miragens, e
como sonhos." Khenpo Tsultrim Gyamtso "Nagarjuna responde a essa afirmação no
terceiro verso: "Aqueles que não se apegam ao "eu" ou "meu" não existem também.
Aqueles que não se apegam ao "eu" ou "meu" veem com precisão, então, não veem um
eu." Khenpo Tsultrim "Alguém poderia perguntar: "Não é niilista pensar que as ações
cármicas e seus resultados não existem?" "De fato, esta não é uma visão niilista porque
não existe um eu para ter alguma visão niilista. Pode haver uma visão unicamente se há
alguém para tê-la, mas como não há ninguém para ter qualquer visão, não pode haver
niilismo. Além disso, como o pensamento niilista não surge, não permanece, nem cessa,
não pode haver niilismo na realidade genuína." Khenpo Tsultrim Gyamtso, "Sol da
Sabedoria" Khenpo Tsultrim Gyamtso: "Se o praticante repousasse a mente em sua
própria natureza e visse este vazio, então, toda confusão desapareceria, e a mente seria
brilhante e clara e auto-consciente. Esta mente é chamada de "auto-iluminada, a mente
auto consciente" (shes pa rang rig rang gsal). É chamada assim porque é a mente se
experienciando (rang gis rang myongs ba)." "1. Um Exame de Condições Causais No
Sutra Requerido por Madröpa, o Buda disse: O que quer que surja de condições não
surje. Não tem a natureza de surgir. O que quer que dependa de condições é explicado
como sendo vazio, E conhecer o vazio é o caminho para ser consciencioso. NESTE
CAPÍTULO, Nagarjuna explica o significado desta passagem e prova sua validade com o
raciocínio lógico. A razão pela qual Nagarjuna compôs este capítulo foi que as pessoas
acreditam que as condições causais são reais. Como resultado disso, acreditam que as
coisas realmente acontecem. Acreditam que o surgimento é real. Quando acreditam
nisso, é difícil para eles acreditar no vazio e ganhar confiança de que todos os
fenômenos são vazios de existência inerente. No entanto, a fim de compreender a
verdadeira natureza da realidade, devemos perceber que nada realmente acontece.
Devemos perceber que surgir e nascer não são reais. Portanto, Nagarjuna analisa
causas, condições, e surgimento, e prova que são de fato vazios de qualquer natureza
inerente." Khenpo Tsultrim Gyamtso
Sexta, 13 de janeiro de 2017 às 08:16 UTC-02
"De dentro da luz clara basal, todas as aparências da existência cíclica e nirvana
resplandecem. E quando elas resplandecem de dentro da mente de luz clara, não se
separam dela, mas são como a refulgência dessa mente de luz clara. Assim, não há
fenômeno que não permaneça dentro daquela mente de luz clara quando resplandece."
Khetsun Sangpo Rinpoche
Sexta, 13 de janeiro de 2017 às 07:57 UTC-02
Quando a mente repousa em sua própria natureza essencial, júbilo surge. É o nosso
estado natural. --Jackson Peterson
Sexta, 13 de janeiro de 2017 às 07:52 UTC-02
No #Dzogchen todos os fenômenos são mantidos como-são. Não há nenhum esforço
para reduzir algum "desconforto" ou dissolver um pouco a energia "presa". É sempre
perfeito "tal-como-é". Por favor olhe para "quem" é que está executando o circo de
tentar corrigir, modificar ou "melhorar" isto ou aquilo. O domador de circo está sempre
na dinâmica auto-egóica. Jackson Peterson
Sexta, 13 de janeiro de 2017 às 07:51 UTC-02
O Espelho Uma analogia favorita usada nos ensinamentos #Dzogchen é a analogia de
um espelho. Um espelho é simplesmente o próprio vidro transparente e claro, o espaço
onde os reflexos parecem aparecer, residir e desaparecer. Quando surgem reflexos
embora pareçam surgir de dentro do vidro límpido, eles não condicionam ou modificam
o vidro límpido de nenhuma forma. Para que o vidro límpido possa ser reconhecido
como vidro límpido incondicionado, nós não temos que consertar algum dano causado
pelos reflexos anteriores primeiro. Os reflexos anteriores nunca condicionam ou
mancham o vidro límpido de alguma forma para começar. Reflexos nunca permanecem
no vidro. Então, qualquer tentativa para primeiro remover obscurecimentos causados
pelos reflexos anteriores seria completamente ilógico, fútil e um completo desperdício
de tempo e energia. Então, por que nós consideramos que algum tipo de purificação ou
conserto de nossa imutável "consciência pura" é útil, benéfica ou requerida? Como um
espelho, nossa imutável "consciência pura" simplesmente reflete as aparências sem
nunca ter sido condicionada por elas. Fazer práticas de meditação implica que algo está
faltando em nosso estado atual de "consciência pura" que nós sempre somos. Essa
"sensação de que algo está faltando" ou essa "sensação de que algo precisa ser
consertado" ou essa "sensação de necessidade de alívio", todos são apenas a corrente
de pensamentos vazios "refletidos" aparecendo em nossa imutável "consciência pura". E
isso também é verdade para todos os pensamentos, emoções, sensações e percepções.
Eles todos são igualmente reflexos vazios aparecendo momentaneamente no espelho
da consciência. Da mesma forma essa sensação de "continuidade de si-mesmo" ou "eu"
é também apenas reflexos da corrente de pensamentos aparecendo na imutável e
incondicionada "consciência pura". Olhando na natureza dos reflexos, nada pode ser
encontrado sendo permanente, sólido ou fixo. Qualquer definição ou descrição sobre o
próprio espelho são apenas mais pensamentos vazios refletidos aparecendo na
imutável "consciência pura". O espelho em si não pode ser encontrado. Apenas relaxe e
"reflita" sobre isso um pouco... Subitamente se tornará límpido cristal. Jackson Peterson
Sexta, 13 de janeiro de 2017 às 07:48 UTC-02
No #Dzogchen não temos designações conceituais tais como conduta, carma ou uma
entidade para experienciar construções imaginárias de melhor ou pior. É tudo
aparência/vazia sem duração. Com nenhuma possível duração, não existe tempo para
alguém existir ou para alguma ação cármica ocorrer e dar frutos. Nada surgiu, nem
surgirá. Quando poderia? --Jackson Peterson
Sexta, 13 de janeiro de 2017 às 07:46 UTC-02
Uma prática simples Para aqueles que ainda não tem clareza sobre o Estado Natural,
isto pode ajudar: Encontre um lugar confortável. Suponha que você é um espelho e
observe todos os pensamentos, intenções, senso de si mesmo, imagens, sonhos,
emoções, sentimentos, sensações e percepções como os reflexos que aparecem na sua
consciência como um espelho. No princípio faça isso com os olhos fechados. Você não
está tomando nenhuma posição subjetiva a respeito do que quer que apareça. Não é
necessário nenhum esforço porque você está apenas percebendo livre de julgamentos.
Se ocorrerem julgamentos apenas perceba os julgamentos que ocorrem. Depois de
algum tempo reconheça como todas os reflexos revelam sua vaziez desaparecendo. A
seguir perceba a natureza vazia de suas percepções, o próprio espelho. As formas como
os reflexos que aparecem são a natureza formativa vazia do próprio espelho. O vazio
dos reflexos é idêntico ao vazio do espelho. O potencial criativo do espelho aparece
como seus reflexos, vazio ainda vividamente claro. Não faz sentido falar de um espelho
sem reflexos. Também é sem sentido ver reflexos existindo independentemente de um
espelho. Sem reflexos onde podemos encontrar o espelho da consciência? Com reflexos,
onde podemos encontrar o espelho da consciência? Onde está o observador dentro dos
reflexos? Ponderando o significado um pouco, continue a prática. Procedendo assim,
isto pode revelar a natureza vazia e não-dual da consciência e de toda a experiência. Ver
a natureza vazia de todos os pensamentos, histórias e emoções alivia o núcleo do
sofrimento. Ver a natureza vazia de nossa consciência essencial revela a Luz Clara da
Percepção Primordial aparecendo como reflexos de nossa experiência. Jackson
Peterson
Segunda, 9 de janeiro de 2017 às 18:27 UTC-02
Mipham Rinpoche compôs um texto breve chamado O Farol da Certeza, no qual afirma:
"A fim de ter a certeza perfeita em Dzogchen kadag (pureza primordial, vaziez), deve-se
ter o perfeito entendimento da visão do Madhyamaka Prasangika. Kadag, ou a original,
pureza primordial, é a visão de Dzogchen, e de forma a aperfeiçoar essa vissão, deve-se
aperfeiçoar o entendimento do Caminho do Meio, a visão Prasangika. O que isso implica
é que a visão de Dzogchen kadag (pureza primordial, vaziez) e a visão da escola
Prasangika são a mesma."
Domingo, 8 de janeiro de 2017 às 10:01 UTC-02
O pensamento de "eu" ocorre na impessoal, Consciência Vazia, como um devaneio
momentâneo. Essa consciência é uma Grande Consciência única de onde todo o
pensamento de "eu" surge, aparece e desaparece nela. Não veja os outros como seus
pensamentos os descrevem; veja-os como aquilo que está Vendo eles.
Domingo, 8 de janeiro de 2017 às 09:18 UTC-02
Kunje Gyalpo "Os primeiros textos da Grande Perfeição a serem traduzidos e
disponibilizados no Tibete foram aqueles agora conhecidos como a série da mente
(sems sde). Desenvolvimentos posteriores na Grande Perfeição trouxeram doutrinas e
práticas muito mais complexas, mas os primeiros textos da série da mente são próximos
a um tema central: a presença imediata da mente iluminada, e a consequente inutilidade
de qualquer prática que vise criar, cultivar ou descobrir o estado iluminado. David
Gelmano cunhou a eficaz frase "Grande Perfeição prístina" para referir-se a este tipo de
discurso. O maior e mais conhecido desses textos é o Kun byed rgyal po'i rndo, no qual
se encontra uma rejeição das elaboradas imagens e práticas associadas com os tantras
(Vajrayana)." Acadêmico e pesquisador de Dzogchen, Sam Van Shaik
Domingo, 8 de janeiro de 2017 às 08:56 UTC-02
"É fácil re-reconhecê-la (rigpa), simplesmente tem que soltar o pensamento e está aí
mesmo. Não há muito a ser feito." Mingyur Rinpoche
Domingo, 8 de janeiro de 2017 às 08:35 UTC-02
"Consciência não fabricada, a mente ordinária, Livre e aberta, o dharmakaya inato, Pode
ser visto desnudamente nesta mente agora mesmo; Deixe que os pensamentos, o seu
resplendor, sejam liberados à medida que surjam." --Patrul Rinpoche
Sábado, 7 de janeiro de 2017 às 09:04 UTC-02
O que é aqui conhecido através dos cinco sentidos e do saber da consciência direta, é
nirvana. O que é aqui conhecido através de nossos pensamentos, conceitos e histórias é
samsara. --Jackson Peterson
Quinta-feira, 5 de janeiro de 2017 às 20:53 UTC-02
KHENPO TSULTRIM GYAMTSO RINPOCHE Aberto, Espaçoso, e Relaxado. "Se pudermos
ver que as coisas não são verdadeiramente reais – que são meras aparências cuja
verdadeira natureza é além de todos os conceitos do que poderia ser – então, nossa
experiência de eventos bons ou ruins na vida será aberta, espaçosa e relaxada."
Quinta-feira, 5 de janeiro de 2017 às 20:46 UTC-02
Harada Roshi escreveu: "Entretanto, enquanto você estiver consciente de samadhi, isso
significa que o "você" que está consciente dele ainda está fora de samadhi. Se está
verdadeiramente em samadhi, não é possível estar consciente ou perceber que está em
samadhi." Por "samadhi" ele entende Dharmakaya rigpa. Rigpa como a Consciência Base
(Zhi) não tem experiência de si mesma ser numa condição especial ou estado. Não há
uma consciência secundária que é auto-consciente nalguma maneira. Rigpa está ausente
de toda auto-consciência e auto-referência como um espaço vazio que não tem olhos
para olhar a si mesma. Não há ninguém "em" rigpa desfrutando-a e tentando estabilizá-
la. Nossa cognoscência desnuda, vazia, é totalmente presente agora mesmo como o
espaço vazio que hospeda todas as experiências, sem ser ela mesma experienciável. Não
há nada sobre isso que poderia ser mantido como sua vaziez absoluta de todas as
características variáveis. Isso é a única contante na equação.
Quinta-feira, 5 de janeiro de 2017 às 20:15 UTC-02
O Último O Último é o imutável e consciente, o segundo plano vazio que o primeiro
plano, nosso universo, aparece nele como a criativa exibição espontânea do segundo
plano. Este já é o caso. É apenas no primeiro plano que o eu onírico tão ardentemente
busca encontrar o segundo plano surgir; contudo, o próprio primeiro plano já é
inseparavelmente embutido no infinitamente vazio e imutável segundo plano! Nuvens
buscam o céu! Ondas buscam o oceano! É apenas o "segundo plano" vazio que é
sabedor e consciente. Ao ver isto diretamente, como alguém poderia conter sua risada
enquanto experimenta uma súbita ausência de todo medo possível?
Quinta-feira, 5 de janeiro de 2017 às 19:52 UTC-02
Harada Roshi escreveu: "Por favor, considere o vazio como uma condição onde todos os
conceitos se foram."
Quinta-feira, 5 de janeiro de 2017 às 19:47 UTC-02
Repouse na paz grandiosa e natural por Sogyal Rinpoche Sobre o poema de Nyoshul
Khenpo Rinpoche: Repouse na paz grandiosa e natural. Essa mente exausta, castigada
impiedosamente pelo carma e por pensamentos neuróticos. Como a fúria implacável
das ondas arrebentando no oceano infinito do samsara. Repouse na paz grandiosa e
natural. Descanse. Apenas descanse. Tradução livre de Jeanne Pilli
https://youtu.be/8oUrkHCagqw
Quinta-feira, 5 de janeiro de 2017 às 19:42 UTC-02
A mente egoica odeia a verdade óbvia de que não existe tal coisa como ação volitiva e
livre-arbítrio. Penetra profundamente em sua arrogância narcisista e presunção.
Quarta-feira, 4 de janeiro de 2017 às 08:41 UTC-02
Psique ou mente é um processo, não uma entidade; "si-mesmo" como um individual "eu"
é uma suposição equivocada daquele processamento de informação (pensar), como o
equívoco de uma corda ser uma cobra num quarto escuro. Este equívoco é a única causa
de todo sofrimento mental e emocional; como é tudo sobre acreditar num imaginário
"eu", "meu" e "outros" como "seres" existentes inerentemente e independentemente.
Quarta-feira, 4 de janeiro de 2017 às 08:23 UTC-02
Do coração dos ensinamentos de Buda, expresso em seu Sutra do Diamante: SEÇÃO
XXV. A ILUSÃO DO EU "Subhut, o que você pensa? Que ninguém diga que o Tathagata
sustenta a ideia: eu devo liberar todos os seres vivos. Não permita tal pensamento,
Subhuti. Por que? Porque na realidade não há seres vivos a serem liberados pelo
Tathagata. Se houvesse seres vivos para o Tathagata liberar, compartilharia a ideia de
individualidade, entidade pessoal, e individualidade separada." E também do Sutra do
Diamante: "No entanto, quão vasto, incontáveis e imensuráveis números de seres foram
assim liberados, em verdade, nenhum ser foi liberado. Por que isso, Subhuti? É porque
nenhum Bodhisattva que é um real Bodhisattva sustenta a ideia de uma entidade-eu,
uma personalidade, um ser, ou uma individualidade separada." "Um Bodhisattva deve
desenvolver uma mente que não se apoie em nada, não importa o que. "A mente deve
ser mantida independente de quaisquer pensamentos que surjam dentro dela." (O
princípio do khorde rushen")
Quarta-feira, 4 de janeiro de 2017 às 07:49 UTC-02
Pensamentos são algo para se conscientizar, não algo para pensar...
Quarta-feira, 4 de janeiro de 2017 às 07:43 UTC-02
Do capítulo 17 do Sutra do Diamante: Buda ensinou: "Subhuti, da mesma forma, quando
um discípulo fala de liberar inúmeros seres sencientes. Se possuem na mente alguma
concepção arbitrária de seres sencientes ou de números definidos, então, são indignos
de serem chamados de discípulos. Subhuti, meus ensinamentos revelam que mesmo tal
coisa chamada 'discípulo' é inexistente. Além disso, não há realmente nada para um
discípulo liberar." "Um verdadeiro discípulo sabe que não existe tal coisa como um eu,
uma pessoa, um ser vivo, ou um eu universal. Um verdadeiro discípulo sabe que todas as
coisas são desprovidas de individualidade, desprovidas de alguma individualidade
separada."
Terça-feira, 3 de janeiro de 2017 às 08:26 UTC-02
Jackson Peterson publicou uma nota.
Segunda, 2 de janeiro de 2017 às 19:50 UTC-02
"Simplesmente deixe o que é exatamente como é." Chökyi Nyima Rinpoche
Segunda, 2 de janeiro de 2017 às 19:47 UTC-02
Isso significa, então, que não há absolutamente nenhuma necessidade de se livrar de
distração, pensamentos deludidos. Não há nenhuma necessidade de tentar ser liberto."
--Harada Roshi
Segunda, 2 de janeiro de 2017 às 19:10 UTC-02
Uma nuvem no céu é uma formação momentânea devido a várias condições
atmosféricas. Quando essas condições mudam ou cessam, a nuvem desaparece sem
deixar vestígios de ter estado lá. Nosso eu pessoal qual-nuvem é o mesmo e
eventualmente se dissolve dentro do vasto céu da mente impessoal, sem deixar
vestígios de ter estado lá. É interessante observar a partir da perspectiva do vasto céu
vazio da consciência, como a nuvem do eu nunca realmente se tornou nada, de nenhuma
forma.
Domingo, 1 de janeiro de 2017 às 08:43 UTC-02
"Quando todas as camadas de identidade falsa forem despojadas, não há mais nenhuma
versão desse velho eu. O que resta é consciência pura (rigpa). Esse é nosso ser original.
Essa é nossa verdadeira identidade. Nossa verdadeira natureza é indestrutível. Não
importa se estamos doentes ou saudáveis, pobres ou ricos, sempre permanece divina e
perfeita como é. Quando realizamos nossa verdadeira natureza, nossa vida é
transformada de uma maneira que não poderíamos ter imaginado antes. Realizamos o
próprio significado de nossa vida e pomos um fim a toda procura precisamente aí."
Lama Anam Thubtan
Domingo, 1 de janeiro de 2017 às 08:33 UTC-02
"Tentar adquirir a iluminação do exterior, de um professor muito impressivo ou de uma
prática exótica, é também uma ilusão. Essas são simplesmente outras maneiras que o
ego usa para sustentar sua realidade ilusória." Lama Anam Thubtan
Domingo, 1 de janeiro de 2017 às 08:26 UTC-02
"Olhe. O que procura a iluminação? Se direcionamos a consciência para nossa mente
agora, vemos que é o mesmo "eu" que procura por tudo. O que procura a fama? O que
procura o prazer? O que procura um modo de chegar à verdade? É o mesmo "eu". O "eu"
que procura por iluminação é o mesmo "eu". Este "eu" é algumas vezes muito santo e
algumas vezes extremamente sórdido. Você vê, este "eu" tem um grande armário cheio
de todos os tipos de máscaras. Há mascaras para ser santo e máscaras para ser muito
sinistro. O "eu" que quer torcer o pescoço de alguém é o mesmo "eu" que procura
iluminação. Você vê, tudo isso é ocupação do "eu". Não há "eu" bom. Não há "eu" ruim.
Há unicamente um "eu" e isso é chamado ego. Ego é uma construção mental, uma
fabricação. Não tem nenhuma relação com quem realmente somos." Lama Anam
Thubtan

Timeline
2016
Sábado, 31 de dezembro de 2016 às 11:50 UTC-02
Dzogchen não ensina meditação, ensina não-meditação; que é uma ausência de todos os
vestígios de meditação. A Sabedoria Buda já é totalmente presente e "meditação" é dar
a entender que algo precisa ser feito para vê-la ou conhecê-la.
Sábado, 31 de dezembro de 2016 às 11:43 UTC-02
Mestre Dzogchen Changchub Dorje "Você sabe, pode investigar e meditar por uma
centena de anos e não caminhar em direção à liberdade. A grande perfeição natural é a
consciência presente aqui e agora."
Sábado, 31 de dezembro de 2016 às 11:35 UTC-02
Changchub Dorje atingiu o corpo de arco-íris. O tio de Namkhai Norbu foi uma
testemunha. Changchub Dorje escreveu: "O "olho de sabedoria" é agora aberto:
Clarividência aqui agora, seu corpo não é mais sólido pode viajar sem restrições."
Sábado, 31 de dezembro de 2016 às 11:28 UTC-02
Seja qual for a direção que olhe, vê unicamente a si mesmo. Existe unicamente
Consciência conhecendo a si mesma! ཆ�ཆ
Sábado, 31 de dezembro de 2016 às 11:23 UTC-02
A Dupla Natureza de Buda Pensar sobre nosso estado mental atual não é a Mente Buda
que nós buscamos, é negar que o gelo na realidade é água. Negar que o que vemos e
experimentamos não é a Natureza Buda que buscamos reconhecer, é negar que o gelo
na realidade é água. Costumam dizer "aquilo que você procura é aquilo que vê", mas
raramente é dito "isso que você vê, é também aquilo que vê isso."
Sexta, 30 de dezembro de 2016 às 13:20 UTC-02
Examinemos primeiro suas crenças: não há ninguém que venha a encarnar, apenas
pensamentos sobre isso. Ninguém carrega bagagem cármica porque não há nenhuma.
Não há carma a ser considerado psicologicamente. Não há psicologia. Como poderia ser
isso? Porque se algo acima realmente existisse, então, deveriam ser inerentemente
existentes, mas são construções conceituais dependentemente originadas. Qualquer
coisa dependentemente originada nunca surgiu fora de seu infinito campo de pré-
condições, exceto através de uma partição conceitual através de designação conceitual.
Isso significa que todos os tópicos acima nunca surgiram senão como conceitos fictícios.
Vê? Isso não é Dzogchen, mas Candrakirti e Nagarjuna concordam!
Sexta, 30 de dezembro de 2016 às 12:53 UTC-02
Relaxe a mente; a "ignorância inata" manifesta-se como o surgir de pensamentos. O
samsara é unicamente o pensamento atual. A ignorância também é a simples crença no
pensamento atual. Não há ignorância oculta além do próprio pensamento atual. Relaxe
todo o engajamento mental e a ignorância estará ausente.
Sexta, 30 de dezembro de 2016 às 10:23 UTC-02
"Simplesmente permitir que a manifestação da atividade do pensamento diminua
naturalmente, mais uma vez e de novo, os momentos de rigpa genuína automática e
naturalmente começam a durar mais tempo. Quando não há pensamentos (namtok),
quaisquer que sejam, então você é um buda. Neste ponto o estado livre-de-pensamento
é sem esforço, assim como a habilidade para beneficiar todos os seres." Tulku Urgyen
Sexta, 30 de dezembro de 2016 às 09:40 UTC-02
Iluminação no Zen Aqui está um vídeo extraordinário de um dos meus professores Zen,
Harada Roshi, que visitei em seu templo no Japão há cerca de nove anos. Não é
necessário assistir ao vídeo inteiro porque o "néctar" real começa no ponto 22 min, 21
segundos. Esta seção chave termina às 29:24. Mas continue assistindo até 32:57. Através
da observação destas pequenas seções do vídeo, o segredo misterioso inteiro da
introvisão zen, satori ou kensho, é totalmente revelado. http://youtu.be/NL49M0WkcLc
Sexta, 30 de dezembro de 2016 às 09:20 UTC-02
Caminho Não-Gradual Os princípios mais básicos e importantes do caminho não-gradual
são a introvisão imediata que nada é o ponto, que não há eu pessoal para tornar-se
iluminado, você não é o corpo, que não é a mente, que não existem eus independentes
ou pessoas, que nenhuma coisa existe fora da própria consciência. Pensar de forma
diversa é apenas engajar-se em pensamentos fictícios. Isso significa que os
pensamentos são a única causa de não saber como a realidade é. Ver a natureza vazia e
fictícia de algum pensamento é ver a natureza vazia e fictícia de todos os pensamentos.
O que permanece é além do pensamento.
Sexta, 30 de dezembro de 2016 às 08:51 UTC-02
Relaxe! O Significado de "Chozhag" em Dzogchen O conceito central de trekchod é a
presença da condição conhecida como "Chozhag". Chozhag pode ser definido como
"deixar ser". Deixar todos os aspectos de suas condições internas e externas ser
exatamente como são sem qualquer tentativa de alterar qualquer uma delas. Toda
experiência é deixada "como-é". Não temos a intenção de alterar, remover ou melhorar:
nosso estado mental, nossa condição corporal, nossa energia sutil, nossos estados
emocionais, nosso sofrimento, nossa sensações, nossas percepções, nosso euísmo
egoico, nossas relações com os outros, coisas, situações ou nosso mundo. Toda
experiência é deixada completamente como-é. Pode-se erroneamente pensar que isto é
uma "aceitação total" de como as coisas são ou uma "rendição completa" a toda
experiência. Mas ambos seriam os atos egoicos de uma entidade imaginária que procura
um meio para tornar-se livre do estresse, livre de alguma condição ou livre do
sofrimento emocional. Neste caso a implementação de "chozhag" ou "completo deixar
ser", seria meramente um antidoto para algum estado ou condição que simplesmente
não pode ser deixado "como-é"! Portanto, há sempre uma sutil sub-corrente de desejo
para transformação de algum aspecto perturbador da experiência atual para [outra]
tomar lugar. Mas a condição "como-é" não é uma estratégia para reduzir a resistência ou
desdém a certos aspectos atuais da experiência. É mais como um cubo de gelo
involuntariamente derretendo num vasto oceano de água morna e desaparecendo. A
formação rígida do gelo relaxou completamente em sua própria ausência. Como um
cubo de gelo, sempre teve de resistir a todos os aspectos da experiência que poderiam
levar à sua dissolução. Mas agora, como o vasto oceano não tem elementos opositores
para resistir, alterar ou melhorar. Isso significa repousar relaxado, eternamente como o
oceano calmo? De modo algum, o oceano igualmente expressa suas qualidades
dinâmicas como um número infinito de ondas mornas momentâneas que não congelam
em cubos de gelo, mas sim derretem todos os cubos de gelo congelados com os quais
entram em contato, sem esforço. Assim, em termos práticos, por relaxamento total,
"deixar ser" ou chozhag; a consciência goteja no oceano cálido do coração, em vez de
ficar isolada e presa no mundo congelado de suas construções conceituais reificadas
localizadas na cabeça. Esta mudança de lugar da consciência experienciante ocorre
quando a consciência se dissolve no coração do Dharmakaya. As pessoas notarão o
"deslocamento"; parece que emana um calor maior e uma presença profundamente
relaxada. Isso porque é verdade. E é esse calor involuntário de presença profundamente
relaxada que atrai e derrete os corações de todos os que buscam o mesmo alívio.
Terça-feira, 27 de dezembro de 2016 às 17:48 UTC-02
Mestre Ch'an HUANG PO: Perguntador: Neste momento, enquanto pensamentos
errôneos surgem na minha mente, onde está o Buda? Huang Po: Neste momento, você
está consciente desses pensamentos errôneos. Bem, sua consciência é o Buda! Talvez,
possa entender isso, se fosse livre desses processos mentais delusórios, então não
haveria 'Buda'! Por quê? Porque quando permite que um movimento de sua mente
resulte num conceito de Buda, está trazendo à existência um ser objetivo, capaz de ser
Iluminado. Assim, qualquer conceito de seres sencientes que necessitem de liberação,
GERA esses seres como objetos de seus pensamentos.
Terça-feira, 27 de dezembro de 2016 às 17:23 UTC-02
Os Quatro Equívocos sobre a Consciência Natural, Rigpa "Tão perto que não pode vê-la.
Tão profunda que não pode imaginá-la. Tão simples que não pode acreditá-la. Tão
explendida que não pode aceitá-la. Kalu Rinpoche
Terça-feira, 27 de dezembro de 2016 às 17:14 UTC-02
"Quando se diz que mahamudra não tem causas, nem condições, nem métodos, nem
caminho, e nenhum fruto ou resultado, fala-se do ponto de vista da essência da mente.
Esta essência da mente é além de ser um objeto que possa ser experienciado pela
menta conceitual dos seres comuns. A essência da mente não tem uma forma, não tem
uma cor; sua natureza é além de surgir, permanecer e cessar." Tenga Rinpoche
Terça-feira, 27 de dezembro de 2016 às 17:14 UTC-02
"Quando se diz que mahamudra não tem causas, nem condições, nem métodos, nem
caminho, e nenhum fruto ou resultado, fala-se do ponto de vista da essência da mente.
Esta essência da mente é além de ser um objeto que possa ser experienciado pela
mente conceitual dos seres comuns. A essência da mente não tem uma forma, não tem
uma cor; sua natureza é além de surgir, permanecer e cessar." Tenga Rinpoche
Terça-feira, 27 de dezembro de 2016 às 17:06 UTC-02
"No entanto, para alguém que experienciou e ganhou alguma realização da
transparência aberta da consciência (rig pa'i zang thal), então, mesmo seu corpo, olhos e
sentidos, fala, mente, e certamente todos os fenômenos aparentes são experienciados
como vazios insubstanciais. Não há nada a ser encontrado em qualquer lugar que exista
intrinsecamente, uma vez que seu próprio existir e todos os objetos da percepção são
descobertos como ilusórios e imatérias. Tudo o que resta de sua experiência do mundo
fenomenal é simplesmente uma transparência desimpedida sem objetos (yul med zang
thal). Khenpo Nyoshul O Rugido do Leão Destemido - Instruções Profundas sobre
Dzogchen, a Grande Perfeição, Nyoshul Khenpo, Jamyang Dorje Com comentários sobre
O Rugido do Leão de Jigme Lingpa e Longchenpa Descansar Facilmente na Ilusão
TRADUZIDO POR David Christensen SNOW LION BOSTON & LONDRES 2015
Terça-feira, 27 de dezembro de 2016 às 16:32 UTC-02
Quando rigpa está conscientemente presente, quem a experimentaria está ausente.
Sábado, 24 de dezembro de 2016 às 09:56 UTC-02
Do Tantra Dzogchen "Kunje Gyalpo" "Buscar entender-me por meio de conceitos, é não
encontrar nada para "ver". Então, não me faça o objeto de sua visão, deixe-me na
condição natural! Como nunca houve qualquer separação no estado inefável, não
nascido, não há necessidade de observar votos e compromissos. Como a essência
fundamental é espontaneamente perfeita desde o início, não há utilidade em se
esforçar na prática para obtê-la. Como a sabedoria autossurgida nunca pode ser
obstruída, não há utilidade em buscar tornar mais clara a sabedoria da presença pura.
Como tudo já é no meu nível, não há níveis de realização para cultivar ou percorrer.
Como permeio toda a existência em sua totalidade, não há caminho que possa levar a
mim. Como sempre transcendo o dualismo de sujeito e objeto, não há nada a definir
como "substância sútil". Como minha forma é presente em tudo, a dualidade nunca
existiu. Como sou a sabedoria primordialmente autossurgida, não há mais ninguém que
possa me confirmar. Como sou a essência da iluminação universal, não há outra
instrução secreta."
Sexta, 23 de dezembro de 2016 às 08:28 UTC-02
O mestre Zen do século XVI, Han-shan disse: "Fui caminhar. Subitamente parei imóvel,
preenchido com a realização que não tinha corpo ou mente. Tudo o que podia ver era
uma grande Completude luminosa --omnipresente, perfeita, lúcida, e serena. Foi como
um espelho todo-abrangente de onde as montanhas e os rios da terra foram
projetados... Senti-me claro e transparente."
Quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 às 13:57 UTC-02
Nos Filmes Dzogchen Pense em quando assistiu um filme completo em 3D que foi
totalmente envolvente. Se identificou com certos personagens e não com outros.
Durante o filme em 3D tudo tinha uma qualidade de ser uma verdadeira realidade, mas
de fato, havia unicamente imagens de luz projetadas sobre uma tela. Pouco depois do
filme, seu "encanto todo envolvente" desapareceu. Acontece que tudo o que aconteceu
no filme não tinha importância alguma ou significado último. Do mesmo modo, veremos
que a experiência diária 3D chamada "minha vida" não é mais que um jogo de imagens
holográficas 3D muito realistas de luz e som representada dentro da tela esférica do
Existir imutável. Cada duração de vida é apenas mais um dia nos filmes. Nada do que
aconteceu no filme-vida holográfico 3D tem importância real ou significado último além
dos significados relativos dentro do próprio filme. Como integrar essa visão de
Realidade: Relaxe! (Tudo está sempre perfeito) Passe a pipoca por favor!
Quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 às 12:14 UTC-02
Instrução Perfeita! Yangthang Tulku Rinpoche Ensinamentos de Natureza da Mente
(Excertos dos ensinamentos dados nos EUA em 1990/91) "A grande perfeição é a
experiência da natureza do vazio, sua claridade radiante e sua compaixão desobstruída.
Quando você senta em meditação, no equilíbrio da natureza da mente, essa essência
completamente aberta, inexprimível, é vaziez. A medida de sua radiância, a claridade
natural é a qualidade, e a natureza dessa qualidade é compaixão desobstruída. Esses
três - vaziez, claridade natural e compaixão desobstruída - são a natureza da mente. Na
prática de dzogchen deve-se permanecer, completamente relaxado, na consciência não
fabricada. Simplesmente permanecer no equilíbrio da natureza da vaziez livre de
elaborações, limitações, ou o intelecto conceituante. Simplesmente permanecer
completamente relaxado, nada esperando nesse estado. No momento preciso que os
conceitos se dissipam, rigpa, a consciência pura, é aí, e isso é ela. Não há experiência de
rigpa além disso. Quando a mente se dissolve, e a experiência da sabedoria primordial
dharmakaya surge, isto é rigpa."
Quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 às 09:15 UTC-02
"Alguém poderia perguntar: "Não é niilista pensar que as ações cármicas e seus
resultados não existem?" "De fato, esta não é uma visão niilista porque não existe um eu
para ter alguma visão niilista. Pode haver uma visão unicamente se há alguém para tê-la,
mas como não há ninguém para ter qualquer visão, não pode haver niilismo. Além disso,
como o pensamento niilista não surge, não permanece, nem cessa, não pode haver
niilismo na realidade genuína." --Khenpo Tsultrim Gyamtso, "Sol da Sabedoria"
Terça-feira, 20 de dezembro de 2016 às 07:36 UTC-02
Mingyur Rinpoche: "É fácil reconhecê-la (rigpa). Você apenas solta o pensamento e ela
está justamente aí. Não há muito a ser feito. Você não tem que fazer isso e aquilo e
outras [coisas]. É como no exemplo de tentar tocar o espaço com seu dedo. Para tocar o
espaço, você não precisa mover seu dedo de nenhuma forma, você — isso é tudo — já
está tocando o espaço, não é mesmo?" Há uma instrução oral sobre a maneira de olhar.
É dito, "É como se seus olhos estivessem olhando através da parte de trás de sua cabeça
em vez de olhar para frente." "É como se seus olhos estivessem olhando para trás em
vez de para frente, como costumam fazer. Você está olhando para fora com seus olhos,
mas está olhando para trás ao mesmo tempo. Não tente muito forte isso, senão, você
vai realmente fazer um grande equívoco. Simplesmente olhe para trás..." Tsoknyi
Rinpoche escreveu sobre o reconhecimento de Rigpa no Dzogchen: "Sem nenhum
dentro ou fora — abertura completa. Como é essa 'abertura'? É vazia, desperta,
luminosa e simples..." "A maneira de fazer isso é simplesmente voltar sua atenção
levemente para dentro, não olhe profundamente para dentro, apenas volte seu foco de
fora para dentro, de uma maneira muito suave. O momento de reconhecer este estado
são as bençãos da linhagem."
Segunda, 19 de dezembro de 2016 às 18:15 UTC-02
Interessante conexão com Dzogchen? Existe uma escola de Budismo Theravada
chamada: "Vijja Dhammakaya". Vijja é Pali para a Sânscrita "Vidya" Vidya é traduzida no
tibetano exatamente como "rigpa". http://www.vjdms.org/downloads/vdms-the-
teachings-7_bases-ebook.pdf
Segunda, 19 de dezembro de 2016 às 17:57 UTC-02
Apesar de o Buda de fato ter ensinado que a natureza da mente — na verdade, a
natureza de todos os fenômenos — é a vaziez, ele não quis dizer que sua natureza fosse
verdadeiramente VAZIA, como um vácuo. Ele disse que ela era vaziEZ, termo que, em
tibetano, é composto de duas palavras: tongpa-nyi. A palavra tonpa significa “vazio",
mas somente no sentido de algo além de nossa habilidade de perceber com nossos
sentidos e nossa capacidade de conceitualizar. Talvez uma tradução melhor fosse
"inconcebível" ou "que não pode ser nomeado". A palavra nyi, por sua vez, não tem
nenhum significado específico no vocabulário tibetano cotidiano. Mas, ao ser agregada
a outra palavra, ela transmite um senso de "possibilidade" — um senso de que tudo
pode surgir, tudo pode acontecer. Então, quando os budistas falam da vaziez, eles não
querem dizer "o nada", mas sim um potencial ilimitado que algo tem de surgir, mudar ou
desaparecer. –Yongey Mingyur Rinpoche, "Alegria de Viver", Capítulo Quatro: A Vaziez: a
realidade além da realidade
Sexta, 16 de dezembro de 2016 às 17:42 UTC-02
............quase! Mas Dzogchen aponta para "rigpa", a verdadeira condição do contexto
todo penetrante da experiência corrente. Não é um resultado de samadhi ou alguma
prática ou ensino, qual seja. É como o espaço vazio defronte de seus olhos que não
requer nenhuma técnica especial para que seja sempre o que é. Mas nossos olhos
(mente) olham para além dos conteúdos ou objetos ou pensamentos e perde o óbvio, o
sempre presente vazio, espaço desperto que sempre somos.
Sexta, 16 de dezembro de 2016 às 08:17 UTC-02
Dzogchen é definido por dois termos: Kadag e Lhundrub Kadag significa
primordialmente puro e vazio. A prática de trekchod é a realização do aspecto kadag.
Lhundrub é a espontaneidade luminosa da consciência. Thogal é a prática que revela
lhundrub. Aqui está a descrição escritural de kadag: No tantra da "Auspiciosidade
Belíssima" (bKra shis mdzes ldan gyi rgyud), esta Grande Pureza Primordial é definida
como segue: "O que é conhecido como a grande "Pureza Primordial" (kadag) é o estado
permanente antes dos autênticos Budas surgirem e antes dos seres sencientes impuros
aparecerem; é chamado de grande resplendor da consciência imutável." --Jackson
Peterson
Sexta, 16 de dezembro de 2016 às 08:02 UTC-02
A propósito, recebi as introduções preliminares e a transmissão da linhagem e as
práticas atuais de Namkhai Norbu para a linhagem Yangti assim como a orientação
pessoal dele sobre meu "retiro no escuro Yangti" sob sua direção. --Jackson Peterson
Sexta, 16 de dezembro de 2016 às 07:43 UTC-02
A tradição Yangti era uma revolta contra o estabelecido Dzogchen gradual Vajrayana.
Tentou como um movimento restaurar o original Semde ala Kunje Gyalpo Ati.
Juntamente com o sPyi-Ti, ambos os movimentos morreram. No entanto, este texto é
muito claro quanto aos seus esforços. É por isso que apoio Yang Ti mais que Nying Thig
tradicional com sua poluição Vajrayana. --Jackson Peterson
Sexta, 16 de dezembro de 2016 às 07:35 UTC-02
Isso é a compaixão final, como a expressão irada da sabedoria. Os yanas inferiores são
deludidos porque assumem equivocadamente que "alguém" existe para percorrer esses
caminhos. Esse "alguém inexistente" torna-se mais reificado pelas próprias visões e
suposições básicas desses caminhos.
Sexta, 16 de dezembro de 2016 às 07:17 UTC-02
Do Tantra Yangti Negro: "Qualquer purificação desses quatro tipos de obstruções seria
uma prática dualística, com níveis de purificação e razões para fazer a purificação. Esses,
portanto, não são o Yangti. Os veículos inferiores, embora muitos possam existir, são
depravados. É um esforço para pôr fim a esses motivos de depravação que estou
ensinando isto.
Quarta-feira, 14 de dezembro de 2016 às 08:22 UTC-02
Apenas esclarecendo; reconhecer-se como sendo rigpa (o guru) é o que significa o
verdadeiro "ioga do guru". Não tem relação com uma visão holográfica de um guru
exterior com o qual se identificar. �
Segunda, 12 de dezembro de 2016 às 17:31 UTC-02
"Karmapa Mikyö Dorje explica que esse modo de ser é o ponto vital do significado
definitivo de todos os sutras e tantras e nada mais que "Mahamudra do não-
engajamento mental que é além da cognição" que foi transmitido de Saraha e Savaripa
para Marpa e Milarepa." Karl Brunnholzl Os praticantes de Dzogchen, Mahamudra e Zen,
não se "engajam" em pensar, conceitualizar ou devanear. Não se trata de rejeitar o
pensamento, simplesmente é deixar toda experiência como-é, livre de todo esforço para
nomear, rotular ou julgar através do engajamento mental. Desta forma, a natureza
espontaneamente vazia de todos os fenômenos é óbvia. Jackson Peterson
Segunda, 12 de dezembro de 2016 às 17:11 UTC-02
"O mestre tibetano contemporâneo Dzongsar Khyentse Rinpoche disse em uma de suas
palestras: "Algumas pessoas têm medo de que, no Budismo, perderiam seu ego[eu]. Isso
é verdade, mas pode dizer-lhes que não precisam se preocupar, voltará." "Esta
afirmação é certamente boa para uma gargalhada, mas — como veremos em breve —
ao mesmo tempo elucida o problema básico." Karl Brunnholzl
Segunda, 12 de dezembro de 2016 às 07:29 UTC-02
Este vídeo é perfeito, exceto pela discussão sobre o "segundo estágio" como uma
testemunha em segundo plano. Há unicamente o "terceiro estágio"; o segundo estágio
é na verdade também o terceiro estágio que aparece como o "sabedor" que parece ser
uma testemunha em segundo plano. Mas o sabedor é o que sabe que parece
"testemunhar" a experiência. Leia isto depois de assistir o vídeo. Essa é a razão pela qual
dizemos no Dzogchen que há unicamente um estágio; o próprio absoluto, tudo o mais
também é unicamente o absoluto aparecendo COMO essas experiências, sem exceção.
Vê? --Jackson Peterson http://youtu.be/G7ny0zQXKTc
Segunda, 12 de dezembro de 2016 às 07:05 UTC-02
Não há tempo suficiente para um momento de "agora" existir! "Não pode haver duração
de tempo entre o passado que não existe e o futuro que ainda não existe. Não existe
tempo como um momento chamado "agora" espalhando um limite de "não-duração"
entre memórias do passado e imaginação do futuro. --Jackson Peterson
Domingo, 11 de dezembro de 2016 às 10:51 UTC-02
Quanto à "prática" de um eu que está tentando não [se] distrair e manter a atenção
plena: Norbu criticou esta "sentinela da atenção plena constante". Ele diz que é apenas
a mente cármica tentando estabilizar um estado de atenção plena. Rigpa (consciência
pura) não tem nenhuma relação com uma atenção plena que é fabricada, porque não é
um sujeito que pode ou não ser atento. --Jackson Peterson
-------------------------------------------------------------------------- Regarding the "practice" of a self that
is trying to maintain undistracted mindfulness: Norbu criticized this "sentry of
unwavering mindfulness". He says it is just karmic mind attempting to stabilize a state
of mindfulness. Rigpa (pure awareness) has nothing to do with a mindfulness that is
fabricated because it is not a subject that can or can't be mindful. --Jackson Peterson
Sábado, 10 de dezembro de 2016 às 08:56 UTC-02
Informe de Pessoas Desaparecidas Não é que seja uma "pessoa" que tenha experiências;
mas a pessoa é meramente uma experiência que surge na consciência impessoal e vazia.
Isto é o mesmo que sonhar à noite; não é que sejamos realmente o personagem onírico
ou a pessoa no sonho, porque ao despertar pela manhã, notamos facilmente que a
"pessoa" sonhada que parecíamos ser, era simplesmente uma experiência.
Sábado, 10 de dezembro de 2016 às 08:29 UTC-02
Jackson Peterson adicionou um novo vídeo: Prática Rigpa -- Tulku Lobsang.
Prática Rigpa -- Tulku Lobsang
Sexta, 9 de dezembro de 2016 às 08:03 UTC-02
Chandrakirti, de seu "Madhyamakavatara" ii. Esse entendimento faz com que se alcance
o fruto da completa liberdade. Comentário de Ju Mipham: "Uma vez que o eu, como o
objeto do inato eu-apegado, não é mais que uma designação, pode ser erradicado. Uma
vez que o eu é descoberto como inexistente quando é submetido à análise sétupla,
poderíamos muito bem perguntar: "Pois bem, o que é isso ao qual estamos apegados?"
A resposta é que, fixando no imaginário eu (como a base ou alicerce), os seres
constantemente apreendem e agarram-se a um "eu"; e apreendem como "meu"
qualquer coisa que esteja conectado com isso como uma propriedade. Este eu da
experiência cotidiana é a manifestação da ignorância; aparece tanto quanto não é
examinado. Não existe em si mesmo. E o fato de que não é mais do que uma
designação, significa que pode ser dissolvido. Quando o eu é erradicado, a noção de
"eu" e "meu" também deixará de ocorrer. Assim como não pode haver objeto de ação
sem um agente, um pote sem um oleiro, da mesma maneira, sem o "eu" como o
possuidor, não pode haver noção de "meu". Se "eu" e "meu" não existem mais, a
liberação é possível, os iogues percebem que "eu" e "meu" são vazios de existência
inerente e, habituando-se continuamente a isso pela reflexão, liberam-se
completamente das cadeias do samsara. Além disso, se alguém entende que "eu" e
"meu" não têm existência real, terá a convicção de que os fenômenos são meras
designações conceituais. Isso é algo que deve ser bem examinado!"
Quinta-feira, 8 de dezembro de 2016 às 21:27 UTC-02
Jackson Peterson publicou uma nota.
Quinta-feira, 8 de dezembro de 2016 às 07:58 UTC-02
Se há uma de minhas postagens que se destaca de todas as outras; é esta. Recomendo
muitíssimo lê-la e contemplá-la regularmente. Pode desligar toda construção da
programação samsárica instantaneamente: No Dzogchen não há nada para adicionar ou
remover. Todas as experiências são igualmente aquilo que a Grande Perfeição é; [não
há] nada mais perto "disso" do que outra. Uma experiência é um momento de pura
consciência. Um momento de consciência é uma presença energética de saber; o tecido
da consciência. É o vazio incompreensível que aparece como [seu] tecido. Todas as
experiências são simplesmente isso. Não importa qual o caminho que esteja diante, está
diante da direção correta. Quem ou o que pareça ser, você não poderia ser mais do que
realmente é. Qualquer que seja sua condição ou estado mental, você não poderia estar
mais perto de como deveria ser. Observe o "sabedor" presente em todas as
experiências, como todas as experiências; é sempre estável, indestrutível e livre de
esforço. ********************************** P.S., isto não significa ser uma nova
filosofia para acreditar e implementar, mas sim um convite para simplesmente ver e
conhecer diretamente a natureza desse "sabedor" em si que aparece COMO todas as
experiências. Cesse de dividir a consciência da experiência. --Jackson Peterson
Quinta-feira, 8 de dezembro de 2016 às 07:44 UTC-02
"Mas a característica especial do Dzogchen é introduzir ou apontar diretamente a
consciência desnuda, o estado desperto auto-existente. Isto é para estudantes que são
apropriados, ou seja, aqueles que têm faculdades mentais aguçadas. Em vez de passar
por um monte de rodeios, se iria apresentá-los diretamente a sua essência da mente, a
sua consciência auto-existente." Tulku Urgyen
Terça-feira, 6 de dezembro de 2016 às 18:15 UTC-02
No Dzogchen não há nada para adicionar ou remover. Todas as experiências são
igualmente aquilo que a Grande Perfeição é; [não há] nada mais perto "disso" do que
outra. Uma experiência é um momento de pura consciência. Um momento de
consciência é uma presença energética de saber; o tecido da consciência. É o vazio
incompreensível que aparece como [seu] tecido. Todas as experiências são
simplesmente isso. Não importa qual o caminho que esteja diante, está diante da
direção correta. Quem ou o que pareça ser, você não poderia ser mais do que realmente
é. Qualquer que seja sua condição ou estado mental, você não poderia estar mais perto
de como deveria ser. Observe o "sabedor" presente em todas as experiências, como
todas as experiências; é sempre estável, indestrutível e livre de esforço. --Jackson
Peterson
Terça-feira, 6 de dezembro de 2016 às 17:43 UTC-02
Quando há "não eu", então tudo está simplesmente "acontecendo" sem ninguém a que
isso aconteça. Quando há "o eu" presente, então tudo está simplesmente
acontecendo(incluindo o eu) sem ninguém a que isso aconteça. --Jackson Peterson
Segunda, 5 de dezembro de 2016 às 17:13 UTC-02
Não há nada no universo que possa lhe fazer mal, exceto seus próprios pensamentos. E
mesmo assim, o mal é somente mais pensamentos fictícios. --Jackson Peterson
Sexta, 2 de dezembro de 2016 às 08:12 UTC-02
"A maior distinção entre todos essas tradições está entre dzogchen comum e incomum.
Dzogchen inclui três classes de instrução. São chamadas de mente, espaço, e instruções
de classes. Dzogchen incomum refere-se a classe de instrução, que é considerada por
aquela tradição o mais elevado nível de instrução. Dentro dela há a essência da
instrução de classe, chamada as gotas-do-coração ou ensinos nying thig. A distinção
feita neste texto entre a abordagem nying thig e daquelas outras tradições meditativas
é muito sutil, e diz respeito ao que você faz quando um pensamento surge. Na maioria
das tradições de meditação, como expliquei, quando um pensamento surge, olha
diretamente para esse pensamento e, assim, experiencia diretamente sua natureza
vazia. No entanto, na tradição nying thig, quando um pensamento surge, em vez de
olhar diretamente para natureza do pensamento, você olha diretamente para natureza
"disso" que reconhece o surgimento do pensamento. Esta é, obviamente, uma distinção
muito sutil, mas a ideia é que ao olhar diretamente para natureza "disso, ou quem, ou o
que", reconhece o surgimento do pensamento, você encontra diretamente o dharmata
(consciência última), a natureza de todas as coisas. No primeiro caso, há um leve senso
de sua consciência sendo dirigida exteriormente para o pensamento; e no segundo, há
um leve senso dela sendo dirigida interiormente para si mesma. Neste ponto você está
se relacionando com esta distinção como entendimento teórico. Não é difícil de
entender intelectualmente a diferença entre essas duas maneiras de olhar, mas o
importante, uma vez que é uma instrução meditativa, é realmente praticá-la. Se você
olha para o que surge ou olha para isso que reconhece o que surge, para entender o que
as duas abordagens significam, precisa realmente ter tentado. Precisa tentar repetidas
vezes até que realmente as experiencie, porque a diferença entre elas é profunda."
Thrangu Rinpoche
Sexta, 2 de dezembro de 2016 às 07:29 UTC-02
Thrangu Rinpoche em Encarnação "A ideia básica aqui é que você está purificando a
maneira como é concebido e como vem ao mundo. No final de [sua] vida anterior você
está sozinho e então morre. Antes de renascer já há os pais e etc. O corpo que tem é
uma mistura de três coisas: o constituinte branco, que é o esperma do pai, o
constituinte vermelho, que é o óvulo da mãe, e o elemento vento, que é a montaria de
sua consciência como entra, realmente, no ventre e combina com aqueles outros dois. A
função de todas essas visualizações é corresponder e, portanto, purificar a fixação na
mistura ou combinação desses três elementos."
Quinta-feira, 1 de dezembro de 2016 às 07:58 UTC-02
"Da mesma forma, você precisa ser totalmente livre da mera vacilação de dúvida com
respeito ao estado de saber desnudo. Jigmey Lingpa disse sobre ter estabilidade no
saber desnudo: neste ponto não há necessidade de 100 panditas (professores) e suas
milhares de explicações. Você saberá o que é necessário. Mesmo quando questionado
por esses estudiosos, não estará em dúvida. Então, o ponto principal é ser estável no
saber desnudo através da experiência. Este saber desnudo não é introduzido através de
um entendimento intelectual, como uma ideia." Tulku Urgyen
Quinta-feira, 1 de dezembro de 2016 às 07:46 UTC-02
"Mas em Dzogchen o mestre irá desde o início apontar o estado não-conceitual,
instruindo o estudante a permanecer livre de conceitos." Tulku Urgyen
Quinta-feira, 1 de dezembro de 2016 às 07:44 UTC-02
Os assim chamados "seres sencientes" são meras delusões autossurgidas do dhātu da
luminosidade. -Ju Mipham
Quarta-feira, 30 de novembro de 2016 às 16:36 UTC-02
O Estado Natural de Nirvana As Duas Verdades Últimas Primeira Verdade: "Nossa
condição permanente é sempre Nirvana" Segunda Verdade: "Seja o que for que pareça
contradizer ou refutar a 'Primeira Verdade', é simplesmente um pensamento fictício" A
beleza deste caminho é que tão logo pensa que não poderia melhorar; melhora.
--Jackson Peterson
Segunda, 28 de novembro de 2016 às 20:13 UTC-02
"É nossa habilidade pensar e tornar-se prisioneiro, ou largar o pensamento e deste
modo ser livre." --Ramana Maharshi
Domingo, 27 de novembro de 2016 às 13:13 UTC-02
"Não importa em que circunstâncias ou em quais mundos nos encontramos, não temos
expectativas ou mudanças. Somos simplesmentes o que somos, o Estado Natural que é
como um espelho. É claro e vazio, mas reflete tudo, a totalidade de existências possíveis
e a totalidade das possíveis durações de vida. Mas nunca muda e não depende de nada
mais." Bön Lopön Tenzin Namdak
Domingo, 27 de novembro de 2016 às 10:17 UTC-02
"Dado que existe unicamente esta observação pura, haverá uma clareza lúcida sem que
haja alguém lá que seja o observador; é presente unicamente uma consciência desnuda
manifesta. (Esta consciência) é vazia e imaculadamente pura, não sendo criada por
qualquer coisa que seja. --Karma Lingpa
Domingo, 27 de novembro de 2016 às 10:02 UTC-02
"O estado autêntico último -- isto é, o existir fundamental, que é completamente puro
por natureza -- é como o espaço, no qual isso é não-composto. Não obstante, carma,
estados de aflição, e fatores que alimentam experiências de prazer e dor no samsara,
manifestam-se dentro disso como formações de nuvens. Pode-se mostrar que o
sofrimento é tão efêmero quanto as nuvens, pois resultam de estados de aflição, do
funcionamento falacioso da mente ordinária. Pode-se mostrar que o carma é como
imagens oníricas, pois manifesta-se ainda carecendo de alguma natureza
independente." Longchenpa em seu "Tesouro de Sistemas Filosóficos"
Domingo, 27 de novembro de 2016 às 09:33 UTC-02
Longchenpa no seu Lungi Terdzö: "Os métodos de alcançar plenamente a liberdade de
extremos e semelhantes, de acordo com as tradições desta Grande Perfeição Natural,
são geralmente similares ao Prāsaṅgika Madhyamaka. No entanto, o vazio no
Madhyamaka é calculado como sendo um vazio como o espaço, e é feito a base. Aqui, a
mera constância de rigpa, sempre-pura, desnuda, toda-penetrante, e não-fabricada, é
feito a base. Os fenômenos que surgem da esfera de tal base são apreendidos como
livres de extremos, como o espaço."
Domingo, 27 de novembro de 2016 às 09:18 UTC-02
"Então, condições positivas ou negativas, bonitas ou feias, céus ou infernos ou
transmigração não afetam de nenhum modo a natureza subjacente da consciência que é
o estado do próprio espelho." --Namkhai Norbu
Domingo, 27 de novembro de 2016 às 08:29 UTC-02
Muitos com um conhecimento superficial de Dzogchen, bem como falta de experiência
direta, ocasionalmente contestam o que escrevo como sendo muito extremo de uma
posição não validada pelos ensinamentos reais de Dzogchen. Esta postagem abaixo
deve auxiliar a esclarecer a única visão de Dzogchen: "...você não está entendendo o
princípio mais importante de Dzogchen: *além de causa e efeito*. Está confundindo
[com] Vajrayana que é baseado numa abordagem gradual de "causa e efeito". Dzogchen
considera essa visão como ilusão porque nossa consciência presente não pode ser
melhorada ou posteriormente "realizada". O maior estudioso Dzogchen, Longchenpa, é
muito claro sobre isso. Leia algumas vezes e pondere o significado: Salve este único!
Longchenpa esclarece a visão Dzogchen: "Porque a Consciência (Rigpa) não tem
essência finita, e porque a talidade e a atividade deliberada são mutuamente
excludentes, e porque a Consciência já é intemporalmente e espontaneamente
presente, nada precisa ser feito sobre os níveis de realização sobre os quais treinar,
caminhos espirituais para percorrer, mandalas para visualizar, empoderamentos a serem
concedidos, caminhos para cultivar em meditação, samaya para manter, atividades
iluminadas para completar, e assim por diante. Isto é porque não há necessidade de
realizar de novo o que já é intemporalmente e espontaneamente realizado. Se houvesse
tal necessidade, seria inapropriado usar a designiação convencional "espontaneamente
presente e não-composto". E se seguiria que o dharmakaya estaria sujeito à destruição,
porque seria composto, e isso porque seria criado por causas e condições". (práticas,
etc.) Longchenpa, Choying Dzod, Um Tesouro de Transmissão Escritural, página 120,
primeiro parágrafo. Publicações Padma. Página 190: primeiro parágrafo principal:
Longchenpa escreve: "Como todos os fenômenos são intemporalmente livres, nada
precisa ser feito para libertá-los novamente através de realização". Próximo parágrafo:
"Mesmo o pensamento que a liberdade se origina através da introdução direta é
deludido. Se esforçam para liberar esta essência de tudo o que a prende, mas nada
precisa ser feito para liberá-la, pois a Consciência desobstruída, que nunca existiu como
qualquer coisa, seja o que for, não implica qualquer dualidade de algo a ser realizado e
alguém para realizá-lo. Há igualdade porque nada é melhorado pela realização ou
piorado por sua ausência, por isso não há necessidade de qualquer realização
adventícia. E porque nunca existiu nada para realizar-- pois a natureza última dos
fenômenos é além da consciência ordinária-- falar de realização mesmo de forma
relativa, nada mais é que delusão. O que pode ser mostrado neste ponto é a
transcendência de visão e meditação, na qual nada precisa ser feito com respeito à
realização, ninguém precisa ser introduzido diretamente, e nenhum estado de
meditação precisa ser cultivado. Portanto, há a expressão "é irrelevante se tem ou não
realização". Página 191: metade do parágrafo: "Neste caso, o que faz perfeitamente
sentido na abordagem Ati é a realização superior por meio da qual se experimenta
diretamente o estado desobstruído em sua desnudez, sem confiar em qualquer coisa
que seja. Uma vez que não experimenta a separação da essência da Consciência mesmo
por um instante, dizer que é realizado ou percebido é meramente usar uma expressão
convencional". "A Consciência permanece como o aspecto que é consciente em
quaisquer circunstâncias, e portanto, ocorre naturalmente, sem transição ou
mudança..." Longchenpa
Sábado, 26 de novembro de 2016 às 10:58 UTC-02
Não-escravidão e não-liberação O Buda ensinou como o nirvana deve ser realizado. Seus
ensinamentos mais poderosos e mais sutis são os "ensinamentos do vazio", que foram
explicados mais tarde por Nagarjuna e Chandrakirti. O primeiro princípio é perceber a
natureza fictícia de TODAS as construções conceituais da mente. Essas construções
conceituais referem-se ao sujeito como identidade pessoal ou a seus objetos; Como
outros, e as várias relações entre os dois. Começamos examinando as crenças fixas da
mente que não são mais do que construções conceituais. Como construções conceituais
eles nunca são a realidade ou a paisagem real, mas são apenas o mapa representacional.
Acreditando em nossas construções conceituais .como sendo "real" é não notar que elas
nunca são mais do que ficções provisórias. A crença em um "eu" existente como uma
identidade pessoal ou pessoa separada, é uma tal construção conceitual fictícia. A
crença em objetos independentes e outras pessoas é outra categoria de construções
mentais ficcionais. Até a física deixa claro que existe apenas um único campo unificado,
sem partes. As "partes", como indivíduos e coisas, são apenas construções mentais sem
qualquer realidade correspondente. O primeiro estágio é ver que todos os sujeitos e
objetos são todos construções conceituais ficcionais que só existem na mente. A
segunda etapa é a cessação natural de toda construção conceitual como resultado das
profundas idéias sobre a primeira etapa. Nosso sofrimento é devido apenas às histórias
de ficção que nossas construções conceituais tecem. Fora de nossas histórias ficcionais
sobre nós mesmos, nossas identidades aparentes, nossos corpos e nosso mundo;
nenhuma causa de sofrimento realmente existe. Aqui está uma lista de construções
conceituais ficcionais que precisam ser desconstruídas ou vistas como pura ficção: 1. Um
"eu" ou "mim". 2. Um "você" ou "outro". 3. O conceito de "meu". 4. O conceito de "seu".
4. A crença "Eu sou um corpo". 5. Os conceitos "Eu sou uma alma" ou "espírito". 6. O
conceito: "Eu sou consciência". (Rigpa) 7. O conceito "Eu sou consciência". 8. O conceito
"Eu sou Deus". 9. O conceito "Eu sou um Buda". 10. O conceito "Eu existo". 11. O
conceito "Eu não existo". 12. O conceito "Eu ajo e faço". 13. O conceito de "Eu sou
responsável". 14. O conceito "Eu posso ser prejudicado". 15. O conceito "eu posso
prejudicar". 16. O conceito de "outra pessoa existe". 17. O conceito "outra pessoa pode
agir e fazer coisas". 18. O conceito "outro pode ser prejudicado". 19. Os conceitos de:
Certo e errado, bom e mau, melhor e pior, belo e feio, puro e impuro, libertação e
escravidão. 20. Os conceitos de realização e conquista. 21. Os conceitos de iluminação
súbita ou gradual. 22. Os conceitos de um caminho e progresso. 23. O conceito de
tempo. 24. O conceito de espaço. 25. O conceito de objetos separados. 26. O conceito
de que as aparências têm duração. 27. O conceito de que as aparências têm
características inerentes que não são primeiramente concebidas mentalmente. 28. O
conceito de que existem construções conceituais. Adicione à lista quaisquer outras
construções conceituais que você possa observar. A segunda etapa como a cessação de
construções conceituais se desenvolverá espontaneamente. Observe às vezes ao
contemplar a natureza ficcional dos itens da lista um momento ocasional do vazio calmo
ocorre em uma introspecção do vazio. Uma percepção de vazio é aquela em que a
natureza ficcional do item de lista é percebida. Nenhuma das descrições em um mapa
nunca se tornou a paisagem real. Da mesma forma, nenhuma de suas construções
conceituais listadas, se tornaram uma realidade. Sua realidade "aparente" é a ficção a
ser refutada. O Nirvana é simplesmente a ausência de todas as construções conceituais
junto com a cessação natural de tais devaneios ficcionais. --Jackson Peterson -
#Dzogchen
Sexta, 25 de novembro de 2016 às 07:03 UTC-02
Como e Porque a Abordagem de Não-Meditação, Não-Prática Dzogchen Funciona
Dzogchen ensina que nossa consciência mental tem dois componentes básicos: Há uma
mente ordinária cármica que contém imagens, pensamentos, conceitos, memórias, eu
egóico e processamento intelectual. Então há o que é chamado nossa Mente Buda,
Mente de Luz Clara, consciência pura, o "estado natural" ou rigpa. O método Dzogchen
requer uma diferenciação muito sutil entre estes dois aspectos básicos de todos os
momentos de consciência. Esta diferenciação não é uma compreensão intelectual ou
introvisão, mas é uma separação energética momentânea. É como se o espaço vazio do
céu fosse conhecido fora das nuvens que aparecem nele por uma experiência
momentânea real de claridade requintada. Neste caso o espaço vazio do céu é nossa
rigpa ou "Mente de Luz Clara" e a nuvem é nossa mente cármica. A "Mente de Luz Clara"
perfeita é a nossa condição permanente, e a mente cármica é uma esfera de energia de
prana cármico que aparece nela. O eu egóico é simplesmente como a mente cármica se
define. Nos primeiros textos Dzogchen é ensinado que se deve simplesmente relaxar
todos os esforços e permanecer num estado de claridade vívida sem nenhum tópico
mental na mente. Isso seria muito parecido com o estado mental de um bebê de dois
dias de idade. Nenhum pensamento está deliberadamente ocorrendo, nem alguma
agenda mental. Se está simplesmente presente nesta claridade atenta. Esse é o
método. O que acontece através desta ausência sem esforço de fixação mental, é esse
processo de separação entre a Mente de Luz Clara e a mente cármica na experiência
real. Subtamente a consciência cognoscente experimenta sua não-dependência e não-
conexão com a mente cármica. O contexto torna-se diferenciado do conteúdo, ainda
não há uma separação dualista real, mas unicamente uma diferenciação de qualidades.
Em outras palavras, o espaço vazio do céu é inseparável das nuvens, mas elas tem
diferentes qualidades. São temporárias e dependentes e o outro é permanente e não-
dependente. Recomendo sentar numa postura confortável com os olhos fechados
enquanto observa o estado interno da consciência. Se bem repousado, pode-se fazer
isso na cama ou deitado. Apenas note essas duas qualidades da consciência: a
consciência que conhece e os estados mentais que são conhecidos. Em algum momento
claramente começará a aparecer como você é o conhecedor inafetado e os eventos
mentais não são diferentes de devaneios. Reconhecer que você é o conhecedor
inafetado, é o aspecto de sabedoria de rigpa. Não é uma postura filosófica, mas uma
experiência que é vívida e inegável. Ao continuar nessa "não-meditação", novas
introvisões de rigpa surgirão espontaneamente. Qualquer esforço interno ou modo sutil
de prática bloqueia esse desdobramento natural da sabedoria. Enquanto a consciência
estiver ocupada com a mente e eventos mentais energéticos, o espaço cognitivo não é
vazio o suficiente para permitir espaço para que as sabedorias surjam da Mente de Luz
Clara. As sabedorias surgem instantaneamente quando a mente está totalmente
ausente. O vazio completo da mente é o momento do aparecimento da sabedoria.
Engajar-se na atividade mental é chamado de "distração" em Dzogchen. Mas "tentar"
não se engajar na atividade mental é também "distração". É mais um arranjo natural dos
pranas ou energias cármicas ativos na mente como pensamentos e imagens através do
método de não-meditação em si. A "não-meditação" Dzogchen é muito mais uma arte
que um procedimento mecânico. As sabedorias contem convicção e começam a
substituir a atividade mental comum. A convicção de rigpa elimina todas as dúvidas.
Mais algumas instruções profissionais aqui: http://youtu.be/ncrNEAAMgSs
Quarta-feira, 23 de novembro de 2016 às 07:18 UTC-02
"Nosso propósito é apresentar os ensinamentos Dzogchen em um contexto
completamente genérico e neutro em termos de cultura. Creio que o Dzogchen é para
todos estudarem, aprenderem e praticarem sem considerar restrições religiosas ou
tradicionais". --Jackson Peterson ------------------------------------------------------------------------- "Our
purpose is to present the Dzogchen teachings in a completely generic and culture-
neutral context. I believe Dzogchen is for everyone to study, learn and practice without
regard to religious or traditional restrictions." --Jackson Peterson
Terça-feira, 22 de novembro de 2016 às 17:12 UTC-02
Em Dzogchen dizemos: "A visão é rigpa, o caminho é rigpa e o fruto é rigpa; sendo todos
idênticos em cada posição. Poderíamos, portanto, dizer: a visão é nirvana, o caminho é
nirvana e o fruto realizado é nirvana; com cada posição sendo idêntica a nirvana. Em
Dzogchen tomamos o próprio nirvana como o único meio desde o começo! --Jackson
Peterson
Segunda, 21 de novembro de 2016 às 17:11 UTC-02
Projetor e projeções No sufismo todo o ensinamento é centrado na dissolução do eu
imaginário conhecido como "nafs". Considera-se que existem três níveis de nafs: o
sentido físico do eu, o sentido emocional do eu e o sentido intelectual do eu. Cada um
tem sua própria auto-imagem "eu". A identificação como um "eu" normalmente é uma
auto-imagem e auto-sensação que incorpora todos os três níveis de "EGO". O sentido de
ser um "eu" ou uma alma espiritual independente seria incluído dentro do contexto e da
dinâmica do "eu intelectual". No Sufismo nenhum nível de eu ou nafs é real. O budismo
desviou-se na minha opinião porque perdeu a priorização original do Buda em relação
ao seu ensinamento sobre "nenhum eu" ou anatta em Pali. Anatta era a marca
registrada de seus ensinamentos que diferenciavam seus ensinamentos de todas as
tradições e religiões concorrentes de seu tempo. Hoje, o budismo prioriza a conduta, a
renúncia, o estudo, a ação meritória, as preliminares, os rituais, as práticas e a realização
de metas, acima da percepção única sobre o vazio do eu e sua cessação final. Em vez
disso, o budismo de hoje prepara e "melhora" o eu imaginário que nunca existiu nem
por um segundo! Esse eu não pode sequer ter introvisões sobre sua própria verdadeira
natureza! Não existe um eu que reencarne. A reencarnação se refere apenas a um eu
imaginário que nunca encarnou em primeiro lugar. Não há nenhum eu que viaja para as
puras "Terras do Buda". Não há um eu que entre nos bardos na morte. Não há nenhum
eu que desperta. Não existe um eu que se ilumine. Todos os "eus" são projeções
imaginárias da Mente. A liberação é a cessação das próprias projeções ou do eu. Mas
nesse auto-cessar, nenhum eu foi liberado. Simplesmente cessou. Você nunca foi o eu
projetado, mas sim você é o projetor que não tem um "eu" próprio. Conhecer isso
diretamente na experiência é chamado de "rigpa" em tibetano e "gnosis" em grego. É a
essência do coração de todas as tradições místicas. Somente o Projetor conhece o
Projetor. Somente o projetor pode conhecer o projetor. Todo o carma pertence à
projeção. Todos os sofrimentos pertencem à projeção. Como o projetor; você nunca se
moveu ou mudou. No Sufismo, nos concentramos em conhecer o Projetor através da
cessação da autoprojeção. No Budismo, nos concentramos em conhecer o nirvana
através do vazio da projeção do eu. No Dzogchen chamamos o projetor "Kunje Gyalpo"
ou "O Monarca Todo Criador ". Também chamamos o Projetor no Dzogchen:
Samantabhadra ou o "Todo Bom". No Shaivismo da Caxemira chamamos o Projetor:
"Shiva". Na Cabala chamamos o Projector: "Or Ain Sof" como Luz Infinita. Todos estes
termos absolutos estão apontando para quem você realmente é como o projetor. --
Jackson Peterson
Segunda, 21 de novembro de 2016 às 07:03 UTC-02
Pensamento Representativo --Jackson Peterson Nossas questões que causam
sofrimento, desespero e ansiedade; não são sobre momentos de experiência perceptiva
verdadeira em "tempo real". Nossas questões preocupantes são os PENSAMENTOS que
supostamente representam realidades verdadeiras ou fenômenos no espaço e tempo. A
mente gera unicamente TODO seu próprio estresse e sofrimento através do
engajamento em seu sonhar acordado sobre um eu imaginado e suas relações
conceituais, com coisas conceituais e "outros" conceituais nos contextos presente,
futuro ou passado. O Buda, Nagarjuna e Chandrakirti entre muitos outros, viram isto
claramente e em consequência desta introvisão súbita, todo sofrimento e confusão
cessaram. Longchenpa escreveu: Um Buda é alguém que não tem "mente pensante"
(sem) ativa. Uma sofredora pessoa comum é um Buda, mas com uma "mente pensante"
ativa. A Grande Perfeição parece não ser tão perfeita unicamente durante os momentos
de pensamento. Não é que pensar seja ruim, mas que o pensamento sempre deturpa e
distorce a experiência de quão perfeita as coisas realmente são.
Domingo, 20 de novembro de 2016 às 20:04 UTC-02
Introdução Direta à Consciência Pura (rigpa em tibetano) Sente-se em uma postura
confortável em um quarto bem iluminado e brilhante ou espaço ao ar livre. Feche seus
olhos. Observe a cor em suas pálpebras fechadas. Ela geralmente vai parecer uma cor
alaranjada com reflexos acastanhados ou cinzentos. Seja qual for a cor, basta observar a
cor que parece estar na frente de sua consciência que está percebendo as cores. Agora,
em vez da atenção está nas cores nas pálpebras; Observe que é a consciência
"observadora" que sabe que as cores estão presentes. Traga a atenção do objeto para o
sujeito que está fazendo a observação. Observe a natureza vazia de sua própria
consciência que está observando. Há um espaço vazio de consciência que se conhece,
mas não como uma coisa com forma ou substância. Sendo o vazio, observando a
consciência; Apenas observe novamente as cores nas pálpebras. As cores alteram ou
mudam sua consciência vazia ou apenas aparecem na consciência como as nuvens que
aparecem em um céu imutável? Essa analogia se aplica também a todos os
pensamentos, imagens, senso de si, energias emocionais, sensações e percepções que
também aparecem inofensivamente no espaço vazio de consciência imutável. Relaxe a
atenção repetidas vezes das cores ou de qualquer fenômeno interior, de modo que a
atenção e a consciência vazia e observadora ocupem o mesmo exato espaço ,
inseparavelmente. É possível notar a natureza vazia e transparente de sua própria
consciência de observação, que se aprofunda à medida que ficamos vazios de atenção a
qualquer conteúdo mental ou perceptual que não a própria consciência vazia. Se
envolvendo neste simples exercício diário, especialmente cedo nas manhãs , a "pureza
primordial" de sua consciência de observação se tornará evidente. A mente então se
dissolve natural e espontaneamente naquela pureza vazia e consciente. A energia que
estava surgindo como eventos mentais ordinários surgirá agora como introvisão
profunda (insights) de sabedoria em sua própria natureza vazia e imutável. É assim que a
sabedoria do Dzogchen é totalmente auto-revelada. Nada nunca tinha realmente dado
errado. É apenas que a atenção fixada no conteúdo, em vez de sua própria consciência
primordialmente pura e perfeita consciente. Tulku Urgyen: "Rigpa não é capturada no
objeto percebido nem com o órgão sensorial através do qual a percepção ocorre. Não é
capturada na mente dualista percebedora. Rigpa não é capturada em alguma coisa,
qualquer que seja. Rigpa é, portanto, descrita como o dharmakaya imaculado, o que
significa sem defeito. Se rigpa fosse mesmo minimamente afetada por alguma
tendência habitual, não poderia chamá-la sem defeito. Rigpa significa o estado que é
totalmente não contaminado por algum obscurecimento, carma negativo ou marcas
habituais, assim como o mercúrio não é afetado por tudo quanto toca."
http://youtu.be/yxv2Yo_ISp4 http://youtu.be/Fwh5_I4HdnA
http://youtu.be/ncrNEAAMgSs
Domingo, 20 de novembro de 2016 às 18:04 UTC-02
O Maior Problema As pessoas que estão tentando aprender e se engajar nos
ensinamentos Dzogchen estão usualmente presas num ciclo autoperpetuado de esforço
mental. A maioria pensa que rigpa é um "estado mental" que se pode reconhecer e
mantê-lo eventualmente. Mas rigpa é "antes" da mente num certo sentido; mas não
num sentido de antes e depois como uma sequencia de tempo. Rigpa como Dharmakaya
não é envolvido nos dramas da vida; é mais como "todo o espaço vazio penetrante" que
nunca se move. Não podemos imaginar o espaço vazio em movimento ou tornando-se
mais estável ao longo do tempo. O eu e a mente nunca podem se transformar em rigpa
através da introvisão, prática ou relaxamento. Os reflexos nunca se tornarão o espelho.
A maioria dos alunos e professores estão ocupados ajustando, corrigindo, purificando e
refinando os reflexos-mentais com a esperança de que quando os reflexos finalmente
são corrigidos e purificados; a mente ou eu "tornar-se-á" o espelho vazio. O eu pessoal
presente em qualquer nível de consciência é sempre um reflexo momentâneo. Ele não
pode "alcançar" rigpa ou Dharmakaya. O reflexo não pode se tornar o espelho vazio!
Este é um ensinamento único de Dzogchen. Não há níveis em Dzogchen, assim como o
espaço vazio não tem níveis de maior ou menor vaziez. Um espelho não tem níveis de
maior ou menor reflexividade. Nenhum reflexo tem mais valor ou peso para o espelho. E
um espelho não começa a praticar o desapego de seus reflexos. Nem o espelho teve
que praticar a rendição e a aceitação em relação aos reflexos. Nossa consciência de
rigpa é a mesma; sempre exatamente como é sem necessidade de praticar, manter ou
ter "controle" ocasional. Como um reflexo (um eu ou mente), você nunca pode chegar lá
a partir daqui, mais do que os personagens imaginários em seus sonhos à noite podem
realmente aparecer em seu quarto na parte da manhã quando desperta. Rigpa é como
um samadhi profundo ou dhyana além da mente, como um pano de fundo que permeia
todos os estados de consciência sem que ela mesma mude ou interaja. Ela não tem
emoções, pensamentos, auto-imagem ou opiniões. Mas rigpa é o único elemento
sempre presente que é consciente. --Jackson Peterson
Domingo, 20 de novembro de 2016 às 17:32 UTC-02
Tulku Urgyen: "Rigpa não é capturada no objeto percebido nem com o órgão sensorial
através do qual a percepção ocorre. Não é capturada na mente dualista percebedora.
Rigpa não é capturada em alguma coisa, qualquer que seja. Rigpa é, portanto, descrita
como o dharmakaya imaculado, o que significa sem defeito. Se rigpa fosse mesmo
minimamente afetada por alguma tendência habitual, não poderia chamá-la sem
defeito. Rigpa significa o estado que é totalmente não contaminado por algum
obscurecimento, carma negativo ou marcas habituais, assim como o mercúrio não é
afetado por tudo quanto toca."
Domingo, 20 de novembro de 2016 às 17:17 UTC-02
TSELE NATSOK RANGDROL "As tentativas de estabelecer intelectualmente, Por
escrutínio e conceitualização, Os modificadores arrogam-se que algo é vazio ou não
vazio, E com ou sem limitações, Nunca é ensinado ser a visão de Mahamudra ou
Dzogchen. E acreditar "Isso é livre de limites!" ou "Isso é vaziez!" Não é nada além de se
desviar da visão."
Sexta, 18 de novembro de 2016 às 18:55 UTC-02
O Texto Fonte Ati Yoga, Kunje Gyalpo tem sido chamado de "Bíblia Dzogchen".
Enquanto isto indica corretamente seu status como uma autoridade definitiva em uma
classe especial de confiabilidade das escrituras, O termo "bíblia" pode trazer conotações
impróprias. A voz do Professor em KG é Samantabhadra, a Presença Pura e Perfeita da
Sabedoria Dharmakaya. Isto não se assemelha de modo algum ao deus tribal dos
hebreus, que é ciumento, punitivo e que requer obediência absoluta à moral e às leis
que ele "escreveu em pedra". Javé em muitos aspectos é semelhante a Alá. Ele exorta
seu povo a cometer genocídio contra inimigos, a preocupar-se com a dieta e outras
formas de pureza ritual, e a se destacar dos infiéis, que são tidos como sendo muito
desagradáveis e merecedores de punição. Eles devem ser julgados no último dia, e eles
vão sofrer. Por outro lado, Samantabhadra, o Supremo Mestre em KG, é idêntico à
Grande Perfeição que brilha através de todas as manifestações no universo, porque
nenhuma delas afastam-se, nem por uma fração de segundo, da pureza da totalidade
primordial. Não há conceito de "eu e outro" em Kunje Gyalpo. O Criador Supremo é
também o Mestre supremo, e os discípulos que são o público, são partes de seu próprio
ser universal, não "outros". As palavras do Grande Mestre não são comunicadas de um
ser divino elevado a uma humanidade caída. Pelo contrário, o diálogo é interno à própria
consciência. Este tantra é um colóquio entre dharmakaya e sambhogakaya, ou seja,
entre Samantabhadra e Vajrasattva (que no texto é chamado Sattvaraja, ou "grande
ser"). A comunicação é uma ultima, Verdade não-dual , que flui da Fonte inefável (Pura,
Presença Perfeita) para a consciência luminosa, o Buda-Sambhogakaya. Estas são
dimensões de nosso próprio ser, não divindades externas. Não há apoio em KG para a
criação de mais uma "religião do livro", porque os ensinamentos são uma afirmação de
não-separação, não-dualidade e libertação no reconhecimento de rigpa. Portanto,
embora o termo "bíblia" não sugira um ensino exclusivamente autoritativo da qualidade
das escrituras, o Kunje Gyalpo não tem nenhuma das associações históricas e religiosas
que coloriram o texto-fonte para o cristianismo sobre sua história às vezes violenta por
mais de dois milênios. (Comentários feitos no Grupo Dzogchen Discussion pelo membro
Roger Calverley).
Sexta, 18 de novembro de 2016 às 18:17 UTC-02
No Capítulo 6 (de 84) em Kunje Gyalpo, o Professor indica que todos os dharmas
concluem em Dzogpa Chenpo. Ele explica o significado da letra A, que representa a
vaziez e a essência. Em seguida, ele descreve como o karma surge, as causas dos cinco
agregados e paixões, que fazem com que o ser senciente ingresse gradualmente numa
experiência dualista e transmigre através das seis classes de seres e suas experiências
diversas. Neste processo, vários condicionamentos são acumulados. Os seres que são
fortemente condicionados devem, ao que parece, amadurecer lentamente, e no nível
convencional as implicações do carma parecem indicar que é importante purificar-se,
coletar mérito, e assim por diante. Mas isso está muito longe do verdadeiro significado
da contemplação, como revelado nos ensinamentos Fonte, como KG. O conselho de
Samantabhadra não é compartilhar suas palavras com aqueles que seguem caminhos de
causa e efeito. Para os que vivem em visão e experiência cármicas, o efeito das ações
aparentemente existe, e o verdadeiro ensinamento só pode levantar dúvidas na mente
daqueles que se esforçam por meio de uma ação focalizada. Isso pode atrasar seu
progresso, ou fazer com que eles deixem o caminho. Na realidade, tudo que existe tem
uma única raiz, o estado de consciência (consciência, rigpa). Quando se vive na mente, os
dois níveis de ensinamentos parecem fazer sentido, mas "quando entra em rigpa ocorre
que tudo perde importância". (Namkhai Norbu). Isso pode ser benéfico (se alguém está
aberto a idéias liberadoras) ou uma queda, dependendo do indivíduo. Neste fórum do
Facebook, um tem a experiência repetida, ao compartilhar idéias baseadas em KG com
indivíduos que ainda podem estar ocupados em um caminho de tipo Vajrayana-
Dzogchen, em vez de situarem-se em uma abordagem "Puro Ati Yoga" baseada nos
textos primários. Para esses indivíduos, parece que toda a estrutura das práticas
preliminares e crenças acompanhantes são sacrossantas e além da crítica. Apontar
certas verdades simples do Kunje Gyalpo, ou o significado real do vazio de si mesmo do
Madyamaka, frequentemente provoca irritação, raiva ou ataque pessoal. Por outro lado,
como é possível graduar-se na VISÃO do Puro Ati Yoga a menos que os ensinamentos da
fonte primária sejam encontrados e assimilados? Mais uma vez, gratidão a Jackson por
corajosamente e sabiamente cruzar esta ponte e convidando-nos junto. O que poderia
ser mais precioso! (Comentários feitos no Grupo Dzogchen Discussion pelo membro
Roger Calverley).
Sexta, 18 de novembro de 2016 às 16:56 UTC-02
Consciência Livre de pensamentos - (Rigpa) Apego à um Ego é simplesmente um
pensamento. Apegar-se à noção de eu é um pensamento. Apegar-se à noção de outro é
também um pensamento. Apegar-se à dualidade é um pensamento. O conceito de bem
é um pensamento, e o conceito de mal é um pensamento. Um conceito neutro é
também um pensamento. Sempre que há pensamento, segue-se que há apego. A
atitude de apego segue as trilhas dos três venenos - Paixão, agressão e ignorância. Uma
vez que a formação do pensamento envolve os três venenos, isso significa que o
pensamento causa o samsara, o sofrimento infinito da existência cíclica. Sempre que
houver envolvimento no pensamento, nossa experiência será samsárica. O pensamento
deludido é a raiz do samsara. Se você quer alcançar a liberação e a iluminação
onisciente, você precisa estar livre do pensamento conceitual. O treinamento de
meditação, no sentido de sustentar a natureza da mente, é uma maneira de ser livre de
apego e a atitude conceitual de formar pensamentos, E, portanto, livre das causas do
samsara: karma e emoções perturbadoras. A linha profunda é esta: precisamos saber
como dissolver os pensamentos. Sem saber disso, não podemos eliminar o karma e as
emoções perturbadoras. E, portanto, os fenômenos cármicos não desaparecem; A
experiência iludida não termina. Compreendemos também que um pensamento não
pode desfazer outro pensamento. A única coisa que pode fazer isso é a consciência livre
de pensamentos - (Rigpa). Este não é um estado que está longe de nós: Rigpa -
(consciência livre de pensamentos) realmente existe junto com todo pensamento,
inseparável dele - mas o pensamento obscurece ou oculta essa realidade inata. Rigpa
está imediatamente presente no momento em que o pensamento se dissolve, no
momento em que some, desaparece, desmorona. Excerto do livro; Mahamudra e
Dzogchen CHOKYI NYIMA RINPOCHE
Sexta, 18 de novembro de 2016 às 07:59 UTC-02
Maravilhosa e Esplêndida A própria mente permanece como algo maravilhoso e
esplendido, pois as qualidades do espaço básico permanecem intemporalmente como
os kayas e a consciência intemporal, que não se unem nem se separam. O pináculo real
das abordagens espirituais, a vastidão na qual o sol e a lua orbitam, a montanha mais
majestosa, é a vastidão da essência do coração vajra espontaneamente presente e
completamente lúcido, a vastidão do estado naturalmente estabelecido que não exige
esforço ou realização[obtenção]. Ouça como explico esta esplêndida, vastidão
intemporalmente infinita. Dentro da vastidão da presença espontânea está a base para
tudo o que surge. Vazia em essência, contínua por natureza, nunca existiu como
qualquer coisa, seja o que for e ainda assim surge como qualquer coisa. Dentro da
vastidão dos três kayas, embora samsara e nirvana surjam naturalmente, não se desviam
do espaço básico – tal é o reino jubiloso que é a verdadeira natureza dos fenômenos.
~Longchenpa [Um tesouro de transmissão das escrituras]
Quarta-feira, 16 de novembro de 2016 às 21:06 UTC-02
Jackson Peterson - Uma boa prática preliminar Uma boa preliminar é compreender o
papel do intelecto e "pensamento" na criação de sofrimento: Vamos olhar o "intelecto"
um pouco como é usado nos ensinamentos Dzogchen e Mahamudra e nos ensinamentos
de Buda também. Intelecto é considerado um processo de análise. Algum conceito é
examinado. Intelecto pode apenas examinar conceitos, que é sua linguagem de
programação. Ele não pode funcionar fora de sua programação. Sua programação é
inerentemente defeituosa porque seus processos são baseados num modelo de
sujeito/objeto, dualismo. Seu mecanismo de eu-mente para navegar seu mundo
imaginário. Nestas tradições Tibetanas "intelecto" faz parte de "sem", a mente do eu
cármico. É o motorista da experiência samsárica. Levar o intelecto a ir fora de operação,
permite sabedoria surgir. Sabedoria não é parte da programação, pelo contrário, é parte
do "sistema operacional". O núcleo do intelecto é "conceitualizar" ou conceber ideias.
Aqui está o que Buda diz sobre este núcleo da função do intelecto: O Buda: MN 140
Dhātuvibhaṅga Sutta: "'Ele tem sido silente onde as correntes do conceber não fluem. E
quando as correntes de conceber não fluem, ele diz ser um sábio em paz.' Assim foi dito.
Com referência ao quê foi dito? Monge, "Eu sou" é uma concepção. "Eu sou isso" é uma
concepção. "Eu serei" é uma concepção. "Eu não serei" ... "Eu serei possuído de forma" ...
"Eu serei sem forma" ... "Eu serei percepção" ... "Eu serei não-percepção" ... "Eu serei
nem-percepção-não-nem-percepção" é uma concepção. Conceber é uma doença,
conceber é um câncer, conceber é uma flecha. Por ir além de toda concepção, monge,
ele diz ser um sábio em paz. Além disso, um sábio em paz é não nascido, não envelhece,
não morre. É sem agitação, e é livre de ânsia. Não tem nada pelo qual nasceria. Não
sendo nascido, como poderia envelhecer? Não morrendo, como poderia ser agitado?
Não sendo agitado, por que durará? Então, foi em referência a isto que foi dito, 'Ele tem
sido silente onde as correntes do conceber não fluem. E quando as correntes de
conceber não fluem, ele diz ser um sábio em paz.'" Nagarjuna: "O que a linguagem
descreve é não-existente. O que o pensamento descreve é não-existente. As coisas não
surgem nem dissolvem, simplesmente como em Nirvana." "Pensamento é escravidão; a
incomensurável abertura da conscientização vazia é liberdade." Mestre Dzogchen
Nyoshul Khenpo Vamos dar uma olhada no que dois mestres Dzogchen tem a dizer,
começando com Chokyi Nyima Rinpoche e, em seguida, Longchenpa. Ele diz em seu
livro: Estado Desperto Presente e Fresco "Desista de pensar em alguma coisa, sobre o
passado, o futuro ou o presente. Permaneça livre-de-pensamento, como uma criança."
"Talidade inata é não-obscurecida, o momento que você não é apanhado em
pensamento presente." "Aquilo que nos impede de estar cara a cara com o verdadeiro
Buda, o estado natural da mente, ó o nosso próprio pensamento. Ao que parece
bloqueia o estado natural." "Rigpa, o Estado Natural, não é cultivado em meditação. O
estado desperto não é um objeto do intelecto. Rigpa é além do intelecto e conceitos."
"Este é o Budadarma real, não fazer uma coisa. Não pensar em nada. Como Saraha disse,
"Tendo abandonado totalmente pensador e o que é pensado, permaneça como uma
criança livre-de-pensamento." "Pensamento é delusão." "Quando pegos em
pensamentos estamos deludidos. Ser livre de pensamento é ser livre." "Essa liberdade
consiste em como ser livre de nosso pensamento." "Enquanto a teia de pensamento não
dissolver, repetidamente haverá renascimento em e as experiências dos seis reinos (de
sofrimento)." "O método: Mas se você quer ser totalmente livre de pensamento
conceitual só há um caminho: através do treinamento em estado desperto livre-de-
pensamento. (rigpa)." "Despir a conscientização ao seu estado desnudo." "Se você
deseja obter a liberação e iluminação onisciente, você precisa ser livre de pensamento
conceitual." "Sendo livre de pensamento é liberação." "Isto não é um estado que está
longe de nós, estado desperto livre-de-pensamento realmente existe juntamente com
cada pensamento, inseparável dele... mas o pensamento obscurece ou oculta essa
realidade inata. Estado desperto livre-de-pensamento (o estado natural) é
imediatamente presente no exato momento que o pensamento dissolve, o momento
que desaparece, se desfaz, desmorona." "Simplesmente suspenda seu pensamento
dentro do estado de não-apego do estado desperto: essa é a visão correta."
Longchenpa disse: "Um Buda com uma mente pensante é um ordinário ser senciente
(não-iluminado), mas um ser senciente sem uma mente pensante (sem) é um Buda."
Quarta-feira, 16 de novembro de 2016 às 20:57 UTC-02
Jackson Peterson, livro "O Êxtase Natural de Existir": "Questão: existe um método ou
aplicação daquilo que tem compartilhado aqui que possa ajudar a reduzir um
sentimento total de inquietação e descontentamento? Resposta: Todas as várias causas
de descontentamento e inquietação são causadas por nossas crenças como
corporificadas em nossos pensamentos. Imagine neste momento se todas suas crenças
sobre tudo desaparecessem repentinamente e sua mente se tornasse livre-de-
pensamento. Desde que sua mente é livre-de-pensamento, você não pode ter quaisquer
preocupações ou problemas na mente. Você não teria conceito de relativo ou absoluto.
Você não teria conceito de si-mesmo ou outro. Você não teria conceito de escravidão ou
liberação. Você não teria nenhum sentimento de "busca". Você não teria nenhum
sentimento de "unidade" ou separação. Você não teria nenhum conceito de sofrimento
ou liberação. Enquanto permanecer neste momento de presença total, além da mente-
pensante, nada poderia perturbar seu sentimento de paz e serenidade. No entanto,
você está totalmente vivo e alerta para o quê está acontecendo e age instintivamente
como envolvido na dança."
Terça-feira, 15 de novembro de 2016 às 12:16 UTC-02
Liberdade Total Observe como sua Natureza Absoluta está se manifestando em total
liberdade em cada momento. Pensamentos sobre isto ou aquilo, estados emocionais
que surgem e cessam, movimentos, ações, percepções, auto-identidades, pensamentos-
individuais, narrativas, conversas, estarem quietos ou agitados ... Todos são Isto
aparecendo e desaparecendo no exercício de sua perfeita liberdade e criatividade
espontânea. “Sua condição agora é completamente sem necessidade de qualquer tipo
de cultivo através da prática ou treinamento. Tudo o que você pode ver, ouvir ou pensar,
tudo isso é o que chamamos de verdadeira sabedoria de Buda". Mestre Zen Harada
Roshi "Como, então, pode ser contingente à prática e à iluminação?" Dogen Zenji "Já
estamos no Caminho do meio, já estamos no meio da Verdade. Não há necessidade,
então, de quaisquer meios ou procedimentos, para a prática ou a libertação, para a
iluminação ou kensho.Todos estes são completamente desnecessários. Deixar as coisas
como estão, esquecendo o ego[eu], esse é o objetivo, o objetivo último da prática ". -
Harada Roshi "Os seres humanos experimentam toda uma gama de estados emocionais
e racionais, incluindo alegria, raiva, tristeza, compreensão e não compreensão, tudo isso
é parte do Dharma ou do Caminho. Podemos sentir livremente essas coisas, pensar
livremente nessas coisas. Que outra liberdade além disso você está procurando? Eu
realmente gostaria que você acreditasse que, em nossa condição atual, estamos
dotados com o Dharma desta maneira.” - Harada Roshi “Interno e externo são todos a
mesma função. Isso significa que quando estamos praticando, tomamos todos os
fenômenos do universo físico, interno, externo, mental ou físico, bem como movimento
e atividade, e os consideramos todos como a atividade sublime da Mente Verdadeira
(Consciência). Assim que surge qualquer pensamento ou estado mental, é então o
aparecimento dessa função sublime. Uma vez que todas as coisas são este
funcionamento sublime, onde pode a mente iludida permanecer? Este é o método de
extinguir a ilusão, vendo que todas as coisas externas e internas são a mesma função da
Mente Verdadeira (Natureza de Buda). Mestre Zen Chinul
Domingo, 13 de novembro de 2016 às 17:50 UTC-02
O Sutra Joia do Estojo diz: "Não há a mínima diferença a ser feita entre aflições e
qualidades de Buda."
Sexta, 11 de novembro de 2016 às 07:06 UTC-02
Ausência de Autoconsciência Imagine experiências vívidas ocorrendo, mas ausente
quaisquer pensamentos de autorreferência que afirmam ou clamam que as experiências
se relacionam com "você". Imagine nunca pensar pensamentos sobre como as
experiências parecem com "você"; uma completa ausência de preferências
autorreferenciais para ou contra o que está acontecendo. Desta forma a vida flui livre
de atrito, livre de sofrimento e livre de estresse. Não há mais pensamentos que
conectem experiências a um "eu" como um experimentador. É exatamente assim que
nossa consciência primária padrão experiencia em cada momento. É unicamente a
mente secundária que relaciona as experiências com um imaginário "eu". --Jackson
Peterson
Quinta-feira, 10 de novembro de 2016 às 07:11 UTC-02
Quando a energia de sabedoria kundalínica entra no chacra da coroa; tudo é
perfeitamente óbvio, tão espontâneo! --Jackson Peterson
Quinta-feira, 10 de novembro de 2016 às 06:59 UTC-02
Há unicamente um oceano/campo de Consciência único e indiviso, sem interagir com
partes individuais. PARE completamente! --Jackson Peterson
Quarta-feira, 9 de novembro de 2016 às 07:38 UTC-02
"Sem nenhuma modificação nos três tempos, a essência de existir é 'imutável' (mi-gyur),
pois não se modifica em outra coisa. É invunerável, pois não pode ser danificada por
nada. É indestrutível, pois não é destruída por si mesma ou por qualquer outra coisa. É
autêntica, pois permanece como a base comum de todo o samsara e nirvana. É
incorruptível, pois não é afetada por qualidades boas ou más. É estável, pois é livre de
flutuações. É em todos os sentidos desobstruída, pois é capaz de penetrar mesmo o
obscurecimento cognitivo sutil. É em todos os sentidos invencível, pois nenhum objeto
ou condição é igual a ela. Dudjom Lingpa de "Budeidade sem Meditação"
Quarta-feira, 9 de novembro de 2016 às 07:14 UTC-02
Tudo que veja, ouça ou experiencie é aquilo que você é. --Jackson Peterson
Segunda, 7 de novembro de 2016 às 17:58 UTC-02
Quando a mente está no processo de dar atenção a quaisquer pensamentos ou
conceitos; a experiência será limitada exatamente por esses pensamentos e conceitos.
--Jackson Peterson
Quinta-feira, 3 de novembro de 2016 às 07:55 UTC-02
Capítulo 6: A VISÃO DZOGCHEN Ensinado por Lopon Tenzin Namdak, Devon e
Amsterdã, Primavera de 1991: "Se dependermos apenas da especulação intelectual,
estaremos muito longo da visão Dzogchen. Não é uma questão de pensar "Talvez
Dzogchen seja como isto ou aquilo." Isso é algo artificial; não é a experiência direta. O
que é preciso em primeiro lugar é uma introdução direta ao Estado Natural (rig-pa ngo-
sprod). Este Estado Natural é a visão Thegchod. A introdução direta é muito simples:
apenas olhamos para nós mesmos."
Quinta-feira, 3 de novembro de 2016 às 07:42 UTC-02
Do Lama Yeshe por Jigmed Lingpa, traduzido por Lama Chonam e Sangye Khandro
Publicações Leão das Neves Isto é uma real e secreta Introdução Direta Dzogchen para
Rigpa "Kye! Não invente ou elabore a conscientização neste exato momento. Permita
que seja simplesmente tal como é. Isso não é estabelecido como existente, não-
existente, ou tendo uma direção. Isso não discerne entre vaziez e aparências e não tem
as características do niilismo e eternismo. Dentro deste estado onde nada existe, não é
necessário exercer esforço através da visão ou meditação. A grande liberação primordial
não é como ser liberado da escravidão. É radiância natural não-fabricada pelo intelecto,
sabedoria não-maculada por conceitos. A natureza dos fenômenos, não contaminada
pela visão e meditação, é equitabilidade sem localização... sem premeditação. É a
clareza sem características e vastidão que não perdeu uniformidade. Embora todos os
seres sencientes nunca foram separados da sua própria habitação de sabedoria nem por
um instante, ao não reconhecer isto, torna-se como um fluxo natural de água
solidificada em gelo. Com a apegada mente interior como causa raiz e apegado objetivo
externo como circunstâncias contribuintes, seres vagueiam no samsara
indefinidamente. Agora, com as instruções orais do guru, no momento de encontro com
conscientização -- sem qualquer construção mental -- repouse na forma como as coisas
realmente são, sem oscilações a partir de [qualquer coisa] ou meditando em qualquer
coisa. Isto revela plenamente o núcleo-intenção de sabedoria do Buda primordial
Kuntuzangpo."
Quarta-feira, 2 de novembro de 2016 às 21:06 UTC-02
Rigpa e marigpa, clareza e obscuridade. Dentro da mente, Marigpa está surgindo como
contínuas ondas de pensamento. Estamos tão acostumados com isso como uma
condição habitual que realmente não entendemos o processo. O que está acontecendo?
O pensamento é apego mental. A mente interrompe o fluxo da experiência; reifica,
nomeia e agarra. O fluxo do Tao inefável torna-se uma fantasia girando a mente, fixada
em um "este" imaginário; ou uma multiplicidade de "estes". Por que a mente humana se
aprisiona neste hábito de fixar o fluxo da experiência na fantasia mental? A fome de
experiência é como um vento varrendo de encarnação para reencarnação, e ela
chicoteia ondas sem fim na superfície do oceano da Consciência Infinita.... O
mentalmente apreendido "isto" não é reconhecido como a luminosidade de rigpa, mas é
imaginado existir em seu próprio direito. O que simplesmente aparece é pensado como
sendo uma "coisa", um "isto" que existe por direito próprio. Então, o mentalmente
compreendido "isso" é afirmado como "ser", como em "ESTE É". Em seguida vem a
separação, no pensamento de que "Isto é isto" (e "Isso é que" (e eles são diferentes)).
Então vêm as histórias mentais, que são nossas coleções pessoais de "Isto é isto e é isso"
crenças, memórias e condicionamentos mentais. Todos os quais estão profundamente
enraizados na mente por anos e décadas em instituições educacionais que perfuram o
hábito de pensar desta forma profundamente na psique. Marigpa em inumeráveis
formas. Com talvez algumas novas "estórias Dzogchen" adicionado à mistura. O frescor
da criança, a condição primitiva de consciência no primeiro ano ou segundo de forma
terrena, assume todos esses condicionamentos mentais e começamos a alcançar uma
forma que com o tempo se tornará nossa "idade adulta". E então, quando isso causa
sofrimento, vem a busca para se livrar de tudo isso. Isto começa frequentemente
reconhecendo a natureza limitada do "EGO". Portanto, há uma substituição, e o
"egoísmo espiritual" é abraçado como uma estratégia para curar os condicionamentos
mentais contratados. Fazemos um "ego espiritual" por um tempo e o sofrimento
diminui. Isso sugere que "nós" estamos no caminho de "progresso" e depois
"alcançamos" a libertação. YAY! A maioria das " Estórias Dzogchen " são sobre como
você pode fazer um "ego espiritual " com habilidade e sucesso e tornar-se feliz e
livre.Resultado: um novo e melhor "você". Este mais novo, mais agradável "você"
experimentará menos sofrimento. Os programas para chegar lá são altamente
negociáveis. Existem muitas marcas e muitos comerciantes em torno de quem fornece
os benefícios de práticas e técnicas, e há muitos livros sobre como "você" pode manter
ocupado "fazendo" as técnicas que ajudarão "você" a "progredir" e "atingir" Maior
felicidade. As tradições veneráveis da Índia e do Tibete são marcas respeitáveis,
bastante impressionante para fins de reconhecimento do cliente. "Espiritual Ego"
caminhos são muitas vezes comercializados sob a marca de Dzogchen. Mas esses
chamados caminhos para a liberação são (na maioria das vezes, algumas exceções) mais
histórias sobre o "auto-desenvolvimento espiritual". Eles não são puro Ati Yoga como
apresentado nos Textos de Origem Semde e Longde. Qualquer pessoa pode ler e
comparar as fontes originais, puras com livros modernos sobre Dzogchen e ver isso. Mas
poucos fazem. Você poderia? O resultado de fazer esta leitura e comparação é
vislumbrar toda a gama e alcance de marigpa. E isso poderia ser uma coisa muito boa!
Mas para quem? --Dzogchen Discussion Group
Quarta-feira, 2 de novembro de 2016 às 13:03 UTC-02
Pergunta: A essência ... a Jackson Peterson uma pergunta, o que você acha que é o
futuro do Dzogchen, sobre as escolas atuais e professores, você acha que a visão
Dzogchen se tornará mais proeminente. Resposta: James é um amigo e também Keith
Dowman. Nós todos concordamos que Dzogchen tem que ser liberado da cultura
budista tibetana e do seu modelo. Os Lamas de hoje ensinam uma versão poluída de
Dzogchen com Vajrayana gradualista e visões tântricas que aleijam a potência do puro
Ati.
Terça-feira, 1 de novembro de 2016 às 07:00 UTC-02
Um "caminho gradual" é delusão. Um caminho "súbito" é delusão. "Aquilo" que seguiria
um destes caminhos é uma delusão. --Jackson Peterson
Segunda, 31 de outubro de 2016 às 07:13 UTC-02
No preciso momento em que os conceitos se dissipam, rigpa, consciência pura, está lá, e
é isso. Não existe experiência de rigpa além disso. Quando a mente se dissolve, e a
experiência da sabedoria primordial dharmakaya surge, esta é rigpa." Yangthang
Rinpoche
Domingo, 30 de outubro de 2016 às 11:18 UTC-02
A Senhora Tsogyal perguntou ao mestre Padma Sambhava: Pode o estado desperto
aparecer ou desaparecer? O mestre respondeu: "A cognoscência desperta aparecendo
em você é em si brilhante desde o início, de tal forma que sua identidade é luz clara
natural, livre de externo ou interno. Este estado desperto é vasto, presente por si
mesmo, a cognoscência natural. Você pode resolutamente decidir sobre isso." (Este
volume baseia-se principalmente nos termas revelados pelo terton do século 12, Nyang
Ral Nyima Ózer (1124-1192).
Domingo, 30 de outubro de 2016 às 10:42 UTC-02
A definição de prática meditativa, rituais, mantra, e purificação é: "apego egóico". Quem
está praticando e por qual razão? A nossa natureza rigpa não necessita praticar com o
fim de ser ela mesma. Então, qual entidade continua praticando? --Jackson Peterson
Sábado, 29 de outubro de 2016 às 09:55 UTC-02
Aqui estão alguns "apontamentos" de dois mestres realizados, Thrangu Rinpoche e
Khenpo Gangshar: "Mas verá a essência-da-mente e será clara e expansiva, vívida e
desnuda. Quando dizemos "clara", isto é como o aspecto claro da mente. Quando
falamos sobre ser clara ou luminosa, às vezes entendemos que significa algum tipo de
luz -- uma luz incrivelmente brilhante. Mas não é isso que significa. Significa que pode
conhecer e compreender. Não para. Não se transforma em algum tipo de rocha. Não é
isso que acontece: existe o claro, aspecto conhecedor da mente. Também é expansiva, o
que significa aqui que a claridade é vasta: podemos ver e conhecer muitas coisas. Em
seguida, o texto diz "vívida e desnuda." "Vívida" significa que é como se realmente
estivéssemos vendo -- está ali mesmo e estamos realmente vendo isso. Não há dúvida se
é isso ou não -- está bem ali. É desnuda: não estamos pensando sobre ela com lógica ou
vendo de longe; está bem aqui. Não há véu ou nada cobrindo-a de algum modo. É nisto
que repousamos; esta é a natureza da mente." "Não tentamos mudar nada; repousamos
diretamente em equilíbrio --... de forma descomplicada. A razão para repousar
relaxadamente desta maneira é que nossa meditação não é alguma coisa construída
mentalmente e recém feita. Em vez disso, é assim que a mente é, inalterada.
Normalmente somos deludidos por muitas aparências confusas, mas a meditação deve
ser entendida como conhecer a natureza da mente, como é, claramente e sem
equívoco." "Isto não é simplesmente algo que diz unicamente Khenpo Gangshar.
Também é dito em 'O Supremo Continuum' e 'O Ornamento da Realização Clara por
Maitreya', bem como em 'Os Dois Livros', o tantra do glorioso Hevajra. Todas estas obras
dizem: Nisto não há nada para remover Nem algo para acrescentar. Pela correta visão
equânime Ao ver corretamente -- liberação!" "Não há nada para remover. Não
precisamos parar ou se livrar de qualquer coisa, pensando, "Isto é vaziez. Isto não pode
ser estabelecido como uma coisa." A natureza da mente está bem tal como é. Não há
nada para acrescentar à essência-da-mente, pensando, "Isso está faltando. Isto é
claridade. Isto é algo que preciso obter." Se apenas olharmos para a essência-da-mente
corretamente e repousar em equilíbrio dentro desta natureza da mente tal como é, não
seguindo nossos pensamentos, veremos que é equanime. Não precisamos pensar, "É
vaziez" -- sua essência é naturalmente vazia. Não precisamos pensar, "É clara" -- sua
essência é naturalmente clara. Repousar com esta mente, como é, é "correta visão
equânime". Quando vemos essa essência como é, nesse momento seremos liberados de
nossas falhas e do samsara." "Eis porque simplesmente repousamos na natureza da
mente como é. A natureza do dharma é imutável. Quando os grandes meditadores do
passado meditaram sobre ela, viram que não precisamos alterá-la de nenhum modo.
Apenas precisamos conhecer plenamente a natureza do dharma como é. Quando vemos
que, esta é a mente que chamamos clara e expansiva, vívida e desperta." "De fato, rigpa
está vindo o tempo todo. Está sempre lá, assim não há nada para fazer. Não há
meditação para fazer porque está lá o tempo todo. Não há necessidade de mantra, não
há necessidade de fazer algo em particular, não há necessidade de visualizar algo; está
simplesmente lá."
Sábado, 29 de outubro de 2016 às 09:52 UTC-02
Mestre de Dzogchen do século XIX, A Essência Vital de Shakya Shri Jnana: "Em todas
situações há uma qualidade de consciência que é tanto vazia e cognoscente e nem
alterada nem corrompida por quaisquer pensamentos. Apenas mantenha este estado
natural e permaneça sem se afastar dele."
Sábado, 29 de outubro de 2016 às 09:51 UTC-02
Citação Norbu Rinpoche: "Autoliberação significa encontrar-se direto naquela
"percepção" pura, essa presença pura de Rigpa."
Sexta, 28 de outubro de 2016 às 08:14 UTC-02
Mestre de Dzogchen, Chökyi Nyima diz em seu livro: Estado Desperto Presente e Fresco
"Básica e fundamentalmente, nossa mente é completamente vazia, simples felicidade,
totalmente desnuda. Não precisamos fazê-la assim, não precisamos cultivá-la pela
meditação, para criar este estado através de meditação." "Desista de pensar em alguma
coisa, sobre o passado, o futuro ou o presente. Permaneça livre-de-pensamento, como
uma criança." "Talidade inata é não-obscurecida, o momento que você não é apanhado
em pensamento presente." "Isto não é um estado que está longe de nós, estado
desperto livre-de-pensamento realmente existe juntamente com cada pensamento,
inseparável dele... mas o pensamento obscurece ou oculta essa realidade inata. Estado
desperto livre-de-pensamento (o estado natural) é imediatamente presente no exato
momento que o pensamento dissolve, o momento que desaparece, se desfaz,
desmorona."
Sexta, 28 de outubro de 2016 às 07:44 UTC-02
Novamente a partir de Tsoknyi Rinpoche: "O estilo de meditação em Mahamudra e
Dzogchen é meditação que é não-meditação. O que é essa não-meditação? Como nós
meditamos sem meditação? Em qualquer situação a mente está nela, se existem
pensamentos discursivos de bom, ruim, limpo, sujo, e assim por diante, se soltar tudo
isso tal que você seja sem nem um triz de atividade conceitual da mente, a natureza da
mente resplandecerá como claridade não-interrompida e isso é chamado rigpa auto-
surgida. Isso não necessita ser criado ou produzido ou adquirido; quando deixa a mente
em si-mesma, tal como é, resplandece e permanece naquilo, isso é chamado rigpa auto-
surgida. Alguém que medita usando processos lógicos nunca poderia meditar sobre
isso, nunca poderia realizá-lo." "Para fazer isso, você precisa reverter sua atenção
direcionada para fora, para dentro e olhar dentro para a mente. Esta forma de olhar
dentro para a mente significa repouso auto-enraizado na claridade desobstruída. Tendo
liberado todas as amarras da paixão, agressão, orgulho e assim por diante, permaneça
no estado dessa rigpa auto-surgida de claridade não interrompida, claridade cristalina,
como o sol brilhando no céu. Não sendo capturado por isso ou aquilo, mas descansando
na claridade não-interrompida de tudo o que está ocorrendo na mente, isso é chamado
rigpa auto-surgida."
Sexta, 28 de outubro de 2016 às 07:40 UTC-02
Tsoknyi Rinpoche escreveu sobre reconhecimento de Rigpa em relação ao Dzogchen:
"Sem qualquer dentro ou fora -- total abertura. Como é essa 'abertura'? É vazia,
desperta, luminosa e simples..." "A maneira de fazer isso é simplesmente desviar sua
atenção ligeiramente para dentro, não olhe profundamente para dentro, apenas altere
seu foco de fora para dentro de uma forma muito leve. O momento de reconhecimento
deste estado são as bençãos da linhagem."
Sexta, 28 de outubro de 2016 às 06:57 UTC-02
Sua completa ausência* é o que Presença significa. *do imaginário 'eu' pessoal...
--Jackson Peterson
Terça-feira, 25 de outubro de 2016 às 21:06 UTC-02
A inesperada mudança de se apegar ao vazio, para subitamente "ser vazio" não é só de
tirar o fôlego, mas também a liberação mais libertadora possível! --Jackson Peterson
Terça-feira, 25 de outubro de 2016 às 20:26 UTC-02
Comece examinando a possibilidade de que TODOS os pensamentos são ficção, e
pratique repousar no "não pensamento" da melhor maneira possível. Observe a
liberdade e alegria no "não pensamento". Está é a chave para a dimensão de pura
alegria, onde os pensamentos nunca foram! --Jackson Peterson
Terça-feira, 25 de outubro de 2016 às 20:19 UTC-02
Momentos Interiores Quando a transparente e completamente pura natureza da
consciência subitamente alvorece, um relaxamento completo e liberação ocorre em
todo interior, tal que atinge profundamente dentro do próprio coração dos corações.
Uma onda de pura alegria, centrada no coração, é repentinamente sentida e não pode
ser diferenciada do fascínio do amor; a fascinação que nos leva a ver que é mais do que
suficiente simplesmente "existir". Ó, tanta alegria! Lágrimas de puro amor e alegria
brotando, transbordando imediatamente da intimidade e graça do amor. Ó, céus, tanta
alegria! --Jackson Peterson
Segunda, 24 de outubro de 2016 às 18:10 UTC-02
No Dzogchen temos interesse unicamente naquela consciência vazia na qual todos os
tópicos e aparências surgem, e não temos interesse nos tópicos e aparências que
surgem. Aquilo que tem interesse nos tópicos e aparências que surgem, é por si só uma
aparência. --Jackson Peterson
Segunda, 24 de outubro de 2016 às 18:03 UTC-02
Dzogchen expõe unicamente a visão última porque TODAS as outras visões são
ficção!� --Jackson Peterson
Domingo, 23 de outubro de 2016 às 18:10 UTC-02
"O iogue que acredita que o caminho de buda, o processo da mente luminosa, é um
caminho gradual está se desviando por um caminho de níveis e estágios. Não há
estágios na modalidade Dzogchen; não há graus de realização. Um caminho gradual de
purificação é inconciliável com a espontaneidade sem esforço no qual não há o esforçar-
se. Este é o caminho da imperativa não-ação. A relaxação última num caminho não
estruturado não permite se esforçar por um objetivo estruturado." Kunjed Gyalpo
(Keith Dowman, trad.) No Budismo Tibetano, a abordagem é essencialmente etiquetar o
Dzogchen no fim de um caminho gradual de purificação que habitua o praticante a
esforçar-se, agir, ocupar-se e acumular um grande número (como nas centenas de
milhares) de prostrações, mandalas e outras oferendas, mantras, etc. Anos e às vezes
décadas são gastos desta forma antes que o estudante possa (ou talvez não) ser
introduzido ao Ioga Ati (que é chamado o mais elevado dos yanas). A tendência
arraigada de esforçar-se, estar ativo, manter-se ocupado, completar sadhanas
envolvendo muitas repetições, e assim por diante, é, então, profundamente enraizada
na psique e mente subconsciente do infeliz aluno. É neste ponto que a abordagem Ioga
Ati pode ser introduzida (embora tenha sido durante séculos mantida super secreta e
unicamente apresentada a poucos afortunados), e o ensino Ioga Ati é oposto a todas
estas ocupações e afazeres. Kunjed Gyalpo é o principal texto fonte para Ioga Ati, e é
definitivamente considerado autorizado, de modo que o contraste é gritante, de fato.
As pessoas que foram conduzidas por este caminho às vezes sentem que poderia haver
uma maneira melhor. Felizmente isto está claro neste forum. Muita gratidão por isso.
--do grupo Dzogchen Discussion
Domingo, 23 de outubro de 2016 às 16:55 UTC-02
É muito decepcionante descobrir que, mesmo, Padmasambhava ensina Dzogchen em
termos dualistas. Lendo a citação de Orgyen Chowang, poderíamos inferir que há um
"você", e que este "você" "reconhece" algo que é de propriedade de si próprio, chamado
"consciência prístina inata". Isto feito, algo é "atingido" (pelo "você", é claro), ou seja, a
iluminação. Assim, a iluminação é uma realização do "você". O Orgyen continua com
este ponto de vista da forma como descreve os vários tipos de "eus espirituais" que flui
desde ser um "você" que faz algo e alcança alguma coisa. Mas o Ati Ioga Puro não é
certamente identico aos "eus espirituais". Ensinamentos sobre "Mente Prístina" exigem
linguagem prístina, não tão pesadamente carregada com o "você" e o "fazer" e o
"atingir". Os melhores exemplos de linguagem prístina são os textos Semde.
Claramente, no momento em que Padmasambhava estava forjando o Dzogchen
Tântrico, ou Dzogchen Vajrayana como uma extensão dos muitos yanas inferiores, as
coisas se desviaram da pureza que encontramos, por exemplo, nas palavras de Garab
Dorje. --do grupo Dzogchen Discussion
Domingo, 23 de outubro de 2016 às 16:33 UTC-02
Na página 50 de "Nossa Mente Prístina" por Orgyen Chowang (recém-publicado), lemos:
"Guru Padmasambhava diz: "Se você reconhece sua própria consciência prístina inata,
certamente irá alcançar a iluminação." O autor continua: Com nossa crescente
compreensão e prática constante de meditação, descobrimos que quando nossa mente
está turva ou irritada, podemos voltar a nossa calma, estado prístino em vez de seguir
nossos eventos mentais, e, em seguida, todos os eventos mentais se dissolverão. Com
mais e mais experiência, sempre que se sentir agitado, triste ou estressado, podemos
simplesmente voltar a este estado prístino. Sempre que estamos ansiosos ou com
medo, basta retornar a este estado. ... É claro que quando não estamos em meditação
formal, temos que lidar com nossas circunstâncias diárias. Mas cada vez mais, vamos ser
capazes de manter a nossa consciência ao fazê-lo."
Domingo, 23 de outubro de 2016 às 15:34 UTC-02
Os pensamentos são lampejos de "marigpa"! As sábias introvisões são lampejos de rigpa
--Jackson Peterson
Domingo, 23 de outubro de 2016 às 10:41 UTC-02
Só existe a Grande Perfeição; apenas a mente conceitual a vê de forma diferente.
--Jackson Peterson
Domingo, 23 de outubro de 2016 às 10:28 UTC-02
Mas Sr. Norbu, qual entidade que opta por não seguir os pensamentos ou não? Rigpa
nunca segue os pensamentos; então, enquanto em rigpa, qual entidade que escolhe não
seguir os pensamentos que surgem? ;-) http://youtu.be/UHmaBRlmYNw?
list=PL8E113A7104C9FE3B
Domingo, 23 de outubro de 2016 às 06:55 UTC-02
O reconhecimento imediato Dzogchen Por Jackson Peterson Jackson Peterson: Essas
questões humanas fundamentais foram transformadas. “Alguém pergunta": Então, o
caminho direto é realmente para aqueles que estão prontos para o caminho direto?
Peter Jackson: Bem, o caminho direto, assim, há outra maneira; faz o mesmo trabalho se
você pode trabalhar com ele e vou compartilhar isso com vocês agora, obrigado pela
pergunta. Se ouvir atentamente o que estou dizendo agora e gastar um pouco de tempo
nisso, isso te poupa de um monte de tempo fazendo um monte de meditação e o libera
imediatamente, se entender isso. Quando fazemos alguma prática como esta sequencia
imediata, a que vou compartilhar com vocês agora, para torná-la mais clara: "não
importa que estado mental, estado emocional esteja presente, não importa que
pensamentos estejam em sua mente, há sempre a consciência daquele pensamento, há
sempre a consciência”. Este “ser consciente”, esta experiência perceptiva, está sempre
presente, há uma mudança agora da consciência para o “ser consciente”, cognoscência,
há esse “ser consciente”, vocês estão conscientes que estou aqui sentado falando com
vocês, há um “ser consciente” que é um pouco menos substantivo do que a consciência,
é um “ser consciente”, “ser consciente” desnudo ocorrendo. Portanto, não importa o
que você está experimentando, seja o sofrimento, você está consciente, há um “ser
consciente” do sentimento da experiência do sofrimento. Se está feliz há um “ser
consciente” dessa condição feliz, se está ansioso há um “ser consciente” sobre esta
ansiedade, onde mais poderia ser experimentada?!, Então algo tem que “ser consciente”
da condição de ansiedade, da ansiedade. Portanto, não importa em que condição
podemos pensar, há sempre um “ser consciente” dessa condição. Essa condição não
muda em qualquer condição, este “ser consciente” é sempre um imutavelmente puro
“ser consciente”, não está separado da condição, assim como os reflexos no espelho não
estão separados, os reflexos do espelho estão ocorrendo no espelho, podemos dizer, é
como ondas na água, no oceano, você não pode separar as ondas do oceano, e neste
caso o oceano é o “ser consciente” e as ondas são as experiências. Portanto, não
importa que experiência de qualquer tipo que esteja ocorrendo, há sempre o “ser
consciente” daquela experiência e o “ser consciente” daquela experiência nunca é
condicionado por essa experiência, é sempre apenas um “ser consciente” vazio, está
presente em toda experiência, não é um observador como um conhecedor, é só o “ser
consciente” na experiência, o que é meio difícil de comunicar conceitualmente, isso é
experimentalmente, compreendendo a unicidade deste “ser consciente” e a
experiência, mas a chave aqui é entender e esta é a comunicação mais importante no
Dzogchen: é o “ser consciente” que está presente em qualquer experiência, é
incondicionado por cada experiência, não é alterado, modificado, danificado ou
melhorado por qualquer experiência. Assim, esse “ser consciente” de qualquer
percepção, não é alterado por essa percepção, o “ser consciente” de qualquer
experiência negativa poderosa do samsara não é condicionado, porque é sempre apenas
“ser consciente” novamente. Algo poderia acontecer com vocês horrivelmente, serem
molestados, torturados, o que quer que seja, e posso vir até vocês e dizer: como está se
sentindo? Resposta: terrível! E digo: está consciente disso? Resposta: Sim, estou
consciente, é horrível. Então, esse “ser consciente” não importa qual é a situação, está
sempre presente, essa é a parte que nunca está condicionada. Isso é Rigpa. É um “ser
consciente” vazio que está sempre presente. Então não há nada que você deva fazer,
não tem que fazer meditação alguma, não precisa fazer prática alguma, não precisa
fazer coisa alguma ou filosofar, você está apenas reconhecendo que o “ser consciente”
está presente em qualquer experiência que esteja [experienciando], mas é aquilo que é,
você é aquele “ser consciente”. Não o corpo, não é a mente, não é a historia, não é o
“eu”, não é o “meu”, quando o senso de “meu” surge, um forte senso de “eu”, algo está
consciente daquele sentimento, aquele “ser consciente” é Rigpa. Rigpa, o “ser
consciente” está sempre presente em cada momento nada pode mudá-la. Então quando
na mente algo acontece, ahhhh! (espanto), e assim esse pseudo senso de uma auto-
identidade dissolve-se no momento em que a identidade, agora, é apenas o “ser
consciente”, você é esse “ser consciente”, foi reconhecido, reconhecendo que é este
“ser consciente” e estando consciente de que é esse “ser consciente” não-
conceitualmente como sua atual condição, é o que é rigpa, estamos sempre em rigpa,
mas não estamos sempre conscientes que somos esse “ser consciente”. É por isso que
não há nada que ou para corrigir ou melhorar em nossa condição ou condição da vida ou
condição corporal qualquer condição, porque o “ser consciente” da nossa condição
nunca muda, é apenas as alterações que mudam, as formas mudam, as energias mudam,
mas esta consciência que está consciente agora que nunca muda é sempre apenas o “ser
consciente”, não tem substância, não tem forma, mas a sua própria consciência “é
consciente”, isso é o que você é, essa é a sua essência última, é este “ser consciente”.
Quando você reconhece que é simplesmente este “ser consciente” em todas as
circunstâncias, em seguida, não há tal coisa como a morte, não há tal coisa como o
nascimento, porque você é o “ser consciente” em todas as circunstâncias, morte e
nascimento não se aplicam ao “ser consciente”, uma condição de morte ocorrendo no
corpo e estou morrendo, você está consciente disso? Resposta: Sim! O “ser consciente”
está sempre presente, “ser consciente” que nunca vai embora. Então essa é a outra
rodada, reconhecendo simplesmente que vocês são o “ser consciente” em todas as
circunstâncias, é tão simples, todos os mestres dizem que a razão a qual as pessoas não
entendem isto e fazem isto e aquilo, é tão simples, tão óbvio, tão direto, tão imediato,
tão aqui e agora que você é simplesmente esse “ser consciente” deste momento e em
cada momento esse “ser consciente” nunca muda. Tradução: Lauro Gomes, feita a partir
do vídeo Edição e revisão: Algum desconhecido (https://www.youtube.com/watch?
v=zJ6nS-kkoyE)
Quinta-feira, 20 de outubro de 2016 às 17:54 UTC-02
A Grande Perfeição: A Visão no tocante a Lhundrub ou A Luminosa Exibição Espontânea
de Rigpa Em Dzogchen os objetos ou coisas vistas, ouvidas ou percebidas na vida
cotidiana, são as sabedorias manifestas de sua Natureza de Buda ou Rigpa; incluindo o
seu corpo e mente. Tudo que surge é o seu próprio esplendor luminoso. Isso se aplica a
eventos internos, bem como inclui a identidade egóica e todas suas ações. TUDO surge
espontaneamente sem a necessidade de intenção ou esforço. Perceba isso! É a mente
conceitual que pensa que você está vendo e experimentando algo "diferente" do seu
próprio esplendor ou exibição luminosa. A mente cármica, conceitual, também é a
exibição esplendorosa de rigpa. --Jackson Peterson
Quinta-feira, 20 de outubro de 2016 às 17:52 UTC-02
O Dzogchen aponta para o fato de que a sabedoria iluminada de rigpa está plenamente
disponível em sua consciência agora mesmo. Não requer uma prática para desenvolvê-la
ou descobrí-la. O método é cessar todo esforço mental, meditação, atenção plena e
prática, e simplesmente permanecer vividamente presente sem nenhum assunto na
mente; então, surgirá espontaneamente porque já está lá. Ao cessar todas as atividades
mentais, você abre espaço suficiente para a sabedoria surgir na consciência. Surgirá, eu
asseguro! --Jackson Peterson
Quinta-feira, 20 de outubro de 2016 às 17:51 UTC-02
Quando a mente repousa em sua própria natureza essencial, júbilo surge. É o nosso
estado natural. --Jackson Peterson
Quinta-feira, 20 de outubro de 2016 às 17:50 UTC-02
A vida está muito bem se você não pensa nela. Os cinco sentidos não pensam, não
lembram e não imaginam; mas a sua vivacidade é a única realidade não-conceitual
possível. Através dos cinco sentidos é óbvio o que fazer a seguir. Como eu disse, a vida
está muito bem se você não pensa nela! Tome este conselho para uma "experiência" e
deixe-me saber como foi! --Jackson Peterson
Quinta-feira, 20 de outubro de 2016 às 17:50 UTC-02
Iluminação Súbita "Você tem que ter uma intensa fé que a mente original de Buddha é
realizada e aquele que realizou a mente original de Buddha não são diferentes." mestre
Zen Bankei Neste caso, qual a distância em espaço mensurável há entre os "dois"? No
caso de "não distância", quanto tempo deve passar antes deles "fundirem-se"? Um
monge perguntou a seu mestre Zen: "Como posso conhecer minha Mente de Buddha?"
O mestre respondeu: "Você não pode conhecer sua Mente de Buddha, porque aquilo
que conhece É sua Mente de Buddha." Quão mais direto pode um "apontamento" ser?
Mingyur Rinpoche: "Qual é a essência da Mente? É um saber sem objeto." --Jackson
Peterson
Quinta-feira, 20 de outubro de 2016 às 17:48 UTC-02
Simplesmente Existir Muitas pessoas pensam que o Dzogchen oferece muitas
introvisões maravilhosas e novas perspectivas que podem-se integrar com sucesso na
sua vida diária como aprimoramentos ou melhorias na sua vida ocupada e em constante
mudança. Mas Dzogchen é muito mais raiz. Revela que sua natureza real é um estado de
"Existir", em oposição a um de constante devir, buscar e ter. A autoconsciência, fictícia,
que está sempre num estado de devir, vai-se. A mente consciente, reativa, que está
sempre tentando, pensando e planejando, vai-se. Eram, ambas, muletas que
mantinham-no mancando e coxo. O que permanece é uma consciência pura que
simplesmente é. É "Existir", sem objetivos, sem planos, não interessada em melhorias
para sobrevivência, sem medos sobre não-existir, não interessada em aquisições
materiais ou receber rendimentos. A vida de um Dzogchen-pa seria muito semelhante à
de uma pessoa sem-teto, sem residência fixa e sem nenhum lugar para chegar. Tudo
está "muito bem" sempre, por mais que [situações] surjam. No entanto, uma tremenda
criatividade perspicaz surge continuamente, expressa espontaneamente seu tesouro
interior da "autonatureza de Existir". Testemunhar a "arte da vida em ação" Zen de
Existir, deixa o espectador inspirado e um pouco transformado. As próprias ações e
movimentos são vistos encorporando a dinâmica universal da própria Realidade; sem
nenhum vestígio de autoconsciência ou esforço pessoal. Tudo flui desta ou daquela
maneira, sem resistência ou preferência por como a Realidade se desdobra. Isto porque
Existir, vida e Realidade são todos apenas uma peça, devido à serem um só e o mesmo.
--Jackson Peterson
Quinta-feira, 20 de outubro de 2016 às 17:47 UTC-02
Não há nenhuma prática no Dzogchen. Nossa natureza consciente já é como é. Isso não
muda ao longo do tempo ou através de várias experiências. Isso [é] simplesmente
apontado. --Jackson Peterson
Quinta-feira, 20 de outubro de 2016 às 05:42 UTC-02
De outro trecho: Oi! Bem, este texto que citou diz que algo necessita se tornar mais
consciente e que alguma entidade existe que possa se beneficiar dessas questões de
melhorar a consciência. Tudo aquilo é um artifício fantasioso e não é "existir como já
sendo isso". O que é consciente e enxerga através de seus olhos estas letras é ISSO."
--Jackson Peterson
Quinta-feira, 20 de outubro de 2016 às 05:29 UTC-02
"A bodhicitta pode ser definida como a realização da natureza de vazio dentro da qual a
compaixão sem esforço surge, como o calor surge do fogo. A compaixão, ou bodhicitta,
é inerente no vazio como uma qualidade inata, e se se realizou a vaziez é impossível que
a compaixão não esteja lá." Yangthang Rinpoche
Quarta-feira, 19 de outubro de 2016 às 18:21 UTC-02
“O que é necessário, antes de tudo, antes mesmo de considerar a consciência intrínseca,
é realizar que a natureza da mente é vazia e estabelecer essa realização com convicção.
Ela é realizada apenas como sendo nada, vazia, da natureza da vaziez. Quando a
consciência da vaziez é estabelecida com uma firme convicção, a pessoa é facilmente
introduzida à consciência intrínseca. A pessoa é capaz de encontrar a consciência
intrínseca claramente uma vez que a natureza do vazio é realizada. Por isso, é melhor,
inicialmente, realizar a natureza vazia da mente antes de ir para as práticas que lidam
com consciência intrínseca (rigpa). A mente e rigpa não são definitivamente a mesma.
Na hora de realizar a natureza de Buda, a mente não existe mais. Não é parte daquela
experiência. O que é experienciado é o estado onisciente da sabedoria primordial, que
definitivamente não é a mente.” Yangthang Rinpoche Experiência aqui confirma suas
palavras exatamente! Emaho! Jackson Peterson
Quarta-feira, 19 de outubro de 2016 às 17:37 UTC-02
Yangthang Rinpoche "Sem conceitos de bom ou mau, agradável ou desagradável,
apenas permita que a mente relaxe, de tal forma que não haja nenhuma apreensão por
um apreensor. Neste estado de relaxamento onde já não experiencia os pensamentos
dos três tempos, você foi além da experiência da conceitualização intelectual e está na
consciência de rigpa, a natureza que é totalmente aberta e vazia, luminosidade clara, e
compaixão desobstruída. Esta experiência é inexpressível; isso é uma experiência de
luminosa não-existência. Quando você reconhece o que é isso, e permanece nela, isto é
rigpa - consciência prístina - isso não é a mente." "'Simplesmente relaxar' significa que
não pensa numa única coisa. Não gera fé ou respeito fervoroso, ou dá origem a
pensamentos virtuosos, ou tem algum pensamento devocional para o guru, nem faz os
pensamentos parar, ou mudar ou os obstrui. Você não faz nada senão simplesmente
relaxar. Naquele estado de relaxação simples, o surgimento de pensamentos ou
conceitos é naturalmente detido, cortado, como se cortado fora com uma faca. No
momento daquela experiência, não há experiência de pensamento sobre o passado,
antecipação do futuro, ou estar distraído no presente. Simplesmente se permanece no
estado natural. "Este estado natural, onde não há presença da mente pensante ou
proliferações conceituais, é diferente de sua experiência prévia da mente. De fato, isso
é inexpressível. Não pode ser compreendida intelectualmente; isso simplesmente é a
sua própria experiência, seu próprio encontro com sua própria natureza, e nada mais do
que isso. Se tentar expressar algo sobre isso, pode dizer que sua essência é um nada
vibrante; isso é o vazio, totalmente aberto e vasto. Sua natureza é lucidez pura,
claridade incessante. E esse experiência de abertura total e claridade e ainda nada, é
rigpa, consciência intrínseca. Quando se está no estado de consciência intrínseca, a
mente deixa de existir. A mente é a experiência de pensamentos e proliferações
conceituais, e nada mais do que isso. Essa é a distinção. Quando você permanece no
estado natural, permanece na consciência intrínseca (rigpa) que não é obstruída pela
mente."
Terça-feira, 18 de outubro de 2016 às 19:54 UTC-02
Yangthang Tulku Rinpoche: Ensinamentos sobre Natureza da Mente (Trechos de
ensinamentos dados nos EUA em 1990/91) "A grande perfeição é a experiência da
natureza do vazio, a sua clareza radiante, e sua compaixão desobstruída. Quando você
se senta em meditação, no equilíbrio da natureza da mente, esta inexprimível essência,
totalmente aberta é o vazio. A medida da sua radiante, claridade natural é a qualidade, e
a natureza daquela qualidade é a compaixão desobstruída. Estes três - vazio, clareza
natural, e compaixão desobstruída - são a natureza da mente. Na prática de dzogchen
deve-se permanecer, naturalmente relaxado, com a consciência não-fabricada.
Simplesmente permanecer no equilíbrio da natureza do vazio livre de elaborações,
limitações ou conceituação intelectual. Simplesmente permanece-se totalmente
relaxado, sem esperar nada nesse estado. No preciso momento em que os conceitos se
dissipam, rigpa, consciência pura, está lá, e é isso. Não existe experiência de rigpa além
disso. Quando a mente se dissolve, e a experiência da sabedoria primordial dharmakaya
surge, esta é rigpa."
Terça-feira, 18 de outubro de 2016 às 19:30 UTC-02
A consciência pura não requer nenhuma prática. Aquilo que já está consciente é a sua
verdadeira natureza. Experiências de todos os tipos surgem na consciência, mas a
consciência permanece vazia e consciente como o espaço inalterado. Práticas, esforços
e seguir caminhos que prometem a iluminação, são todas experiências vazias que
surgem em sua consciência, sem melhorá-la, como as nuvens não melhoram o céu vazio.
Reflexos ilusórios em um espelho que prometem melhoria para o espelho, nunca podem
melhorar o espelho que é o espaço vazio dentro do qual todas os reflexos aparecem.
--Jackson Peterson
Terça-feira, 18 de outubro de 2016 às 18:34 UTC-02
Consciência pura não requer nenhuma prática Aquilo que já está consciente é a sua
verdadeira natureza. Experiências de todos os tipos surgem na consciência, mas a
consciência permanece vazia e consciente como o espaço inalterado. Práticas, esforços
e seguir caminhos que prometem a iluminação, são todas experiências vazias que
surgem em sua consciência, sem melhorá-la, como as nuvens não melhoram o céu vazio.
Reflexões ilusórias em um espelho que prometem melhoria para o espelho nunca
podem melhorar o espelho que é o espaço vazio dentro do qual todas as reflexões
aparecem. - Jackson Peterson
Domingo, 16 de outubro de 2016 às 18:10 UTC-02
Devanear é o Campo de Jogos do Eu Qualquer preocupação e interesse em sua futura
liberação do sofrimento ou interesse em tradições espirituais, a fim de encontrar a
iluminação, êxtase ou nirvana; é por si mesmo o infinito apego autocentrado do eu.
Samsara é o próprio esforço para escapar do samsara. Devanear desapercebidamente é
o que samasa é. Não mais devaneie, apenas relaxe...� --Jackson Peterson
Domingo, 16 de outubro de 2016 às 14:31 UTC-02
"Alguém pode perguntar: "Não é niilista pensar que as ações cármicas e seus resultados
não existem?" Na verdade, isso não é uma visão niilista, porque não existe um eu para
ter alguma visão niilista. Poderá haver alguma visão niilista somente se houver alguém
para segurá-la, mas como não há ninguém para ter qualquer visão, então, não pode
haver niilismo. Além disso, uma vez que o pensamento niilista não surge, não habita,
nem cessa, não pode haver o niilismo na realidade genuína." Khenpo Tsultrim Gyamtso
"Sol da Sabedoria"
Domingo, 16 de outubro de 2016 às 13:57 UTC-02
Khenpo Tsultrim Gyatso: "Se o praticante repousasse a mente em sua própria natureza e
visse este vazio, então, toda confusão desapareceria, e a mente seria brilhante e clara e
auto-consciente. Esta mente é chamada de "auto-iluminada, a mente auto consciente"
(shes pa rang rig rang gsal). É chamada assim porque é a mente se experienciando (rang
gis rang myongs ba)."
Domingo, 16 de outubro de 2016 às 07:19 UTC-02
Trecho de Tulku Urgyen: "Alguns professores budistas podem dizer sobre mim: "Como
pode tentar, possivelmente, apontar imediatamente a essência da mente sem ter feito
seus alunos passarem pelo ngöndro purificando obscurecimentos e juntando as
acumulações." Alguns [professores] podem levantar essa objeção, mas, com todo o
respeito, eu sinto que não é incorreto fazer isso. Por que? Porque nós estamos agora na
Idade das Trevas, e há uma predição que, "No final da Idade das Trevas, os ensinamentos
do Mantra Secreto irão resplandecer como um incêndio." Mantra Secreto aqui se refere
ao Mahamudra e Dzogchen." "Eu não sinto que há qualquer coisa inapropriada em dar a
instrução de apontar para as pessoas."
Domingo, 16 de outubro de 2016 às 06:27 UTC-02
A mente transforma processos impessoais em nomes como coisas. Por exemplo, a
mente assume que há visão, então, deve existir um "vedor". Ou porque há observação,
deve existir um observador. O pensamento ocorre sem um "pensador"; o que significa
que os pensamentos não tem dono. E só porque a consciência ocorre a mente assume
que deve existir "alguém" que é consciente: um eu consciente ou um ser consciente;
quando não há um [eu, ser]. Esta é a raiz de toda a ignorância e sofrimento. --Jackson
Peterson
Sábado, 15 de outubro de 2016 às 17:25 UTC-03
Não divida, aparências como estando lá e consciência como estando aqui. Deixe que
aparência e conscientização sejam indivisíveis. ~ Tulku Urgyen Rinpoche
Sábado, 15 de outubro de 2016 às 17:14 UTC-03
A NATUREZA UNIFORME Do espaço da absolutamente pura extensão dos fenômenos, a
sabedoria profunda e clara se expande. A natureza primordial da mente é para sempre
livre de elaboração. Não deludida pela mente habitual o samsara e o nirvana surgem
naturalmente, À essa expansão, a natureza uniforme de todas as coisas, eu me curvo.
Notas Essa breve homenagem à natureza uniforme de todos os fenômenos poderia
também ser usada como prática de conscientização. A pura extensão dos fenômenos é
uma outra maneira de denominar a vaziez. Desse espaço vasto, a sabedoria intrínseca
nele se desdobra. A mente habitual é a coleção de tendências alojadas na consciência
base de tudo (alayavijnana); quando as condições corretas aparecem, os hábitos são
ativados em conceitos que trazem experiências. Isso, por sua vez, deixa seus traços na
consciência base de tudo, e assim continua o ciclo do samsara, entendido aqui como a
relação ininterrupta de um conceito para outro. No entanto, a natureza primordial da
mente é livre de tais elaborações ou conceitos. Enquanto você permanece nessa
natureza, o samsara e o nirvana surgem naturalmente. A aparência e a vaziez são
inseparáveis; vendo isso, você sabe que todos os fenômenos são iguais ou têm a
natureza uniforme. Curvar-se a essa natureza é reconhecê-la e apreciá-la e, por meio da
humildade, talvez deixar o eu de lado o tempo bastante para fazer uma conexão
verdadeira com ela. Esse verso é outro que o Karmapa deu a Lama Tenam para usar em
sua prática de meditação o qual ele compartilhou generosamente.
Sábado, 15 de outubro de 2016 às 16:48 UTC-03
Khenpo Tsultrim Gyatso "Se você não está convencido que se comporta
emocionalmente como se tivesse um eu permanente, único e independente, então, é
importante dirigir-se a esta questão antes de passar a considerar a doutrina do não-eu.
Pense cuidadosamente sobre a dor e sofrimento e pergunte-se quem ou o que é que
está sofrendo. Quem tem medo do que vai acontecer; quem se sente mal com o que
aconteceu; por que a morte parece uma ameaça quando o presente desaparece a cada
momento, quase não tendo a chance de surgir? Você descobrirá que o seu pensamento
é cheio de contradições, inconsistências e paradoxos insolúveis. Isto é normal. Todo
mundo (exceto, talvez, o insano) tem uma noção de senso comum do que ou quem são,
que funciona (mais ou menos) e permite funcionar como seres humanos normais. No
entanto, quando o praticante dirige-se para o que ou quem é esse eu, não pode
encontrá-lo. Assim fazendo, lentamente, despontará nele que a razão pela qual não
pode encontrá-lo é que não está lá e nunca esteve.
Sábado, 15 de outubro de 2016 às 08:51 UTC-03
Do Tantra Dzogchen Semde, Kunje Gyalpo (Capítulo 28) "Ouça! Como sou na condição
autêntica, todos os fenômenos autoliberam na natureza fundamental. Sem a
necessidade de alterar nada, o professor autolibera na natureza fundamental. Sem a
necessidade de alterar nada, o ensinamento autolibera na natureza fundamental. Sem
necessidade de alterar nada, o séquito de discípulos, também, autoliberam a liberação
no natureza fundamental. Ouça! Como tudo [é] autoliberado não há necessidade de
corrigir a postura corporal ou visualizar uma deidade. Não há necessidade de corrigir a
voz ou a fala. Não há necessidade de corrigir a mente através da meditação. Ao corrigir a
si mesmo, não é possível encontrar a condição autêntica, e sem encontrar a condição
autêntica, não se pode autoliberar."
Sábado, 15 de outubro de 2016 às 08:26 UTC-03
Lopon Tenzin Namdak: "Então, vejamos como exatamente esse "reconhecimento" surge.
E no "reconhecimento", nada novo foi adicionado à sua própria condição, nem nada foi
removido, simplesmente um re-focar de atenção de estar focado nas "construções
mentais" como pensamentos, sentimentos e percepções, para por em destaque o
próprio estado puro e desnudo de imutável Consciência desperta como "presença
imediata e intrínseca".
Sábado, 15 de outubro de 2016 às 08:06 UTC-03
Ngöndro não tem nada a ver com dzogchen. Dzogchen não tem necessidade de uma
acrobacia mais complexa do que simplesmente trazer a atenção para repousar sobre
sua própria claridade interior. Shamatha como tal não é dzogchen. Nada está
"bloqueando" a atenção de voltar-se para si. --Jackson Peterson
Quinta-feira, 13 de outubro de 2016 às 18:03 UTC-03
Os Caminhos Graduais de Liberação Temos a questão fundamental de que existe essa
entidade que possui alguma autonomia para praticar ou se comportar de um modo mais
ético. O caminho gradual é completamente ilógico porque nenhum eu pode ser
encontrado que siga um tal caminho, nem que possa se beneficiar de tal caminho. O eu
que busca a iluminação ou se livrar do sofrimento não é mais real que quem você
parecia ser no último sonho noturno. Será que alguns unicórnios gradualmente
desaparecem por causa de suas tendências habituais profundamente arraigadas? Ou
discutir as diferentes questões a respeito de unicórnios é completamente absurdo?
--Jackson Peterson
Quarta-feira, 12 de outubro de 2016 às 08:35 UTC-03
Rigpa Na tradição Nyingma de Dzogchen é ensinado que o primeiro professor de
Dzogchen na Terra foi uma pessoa chamada Garab Dorje. Ele tornou-se conhecido por
ensinar um método de iluminação que transcende qualquer noção de "causa e efeito".
Isto significa que a consciência que é naturalmente iluminada desde o início sem-início,
não é produzida através de uma purificação gradual ou um caminho de prática de "causa
e efeito". Pelo contrário, esta consciência iluminada é e sempre tem sido, totalmente
presente e não pode ser alcançada por qualquer tipo de esforço. Em tibetano a palavra
para essa consciência iluminada é "rigpa", que significa a condição da consciência
iluminada que conhece a si mesma pela sua própria capacidade primordial de conhecer-
se. Durante esta claridade perspicaz, nenhuma dúvida permanece. A única maneira é
através da experiência direta dentro de nossa própria mente por um relampejo muito
sútil da nossa própria mente atual e consciência. Em vez da atenção estar focada nos
vários eventos mentais como pensamentos e imagens na mente, presta-se atenção na
faculdade cognoscente que é ela própria consciênte e sabe que os eventos mentais
estão ocorrendo. Isso cria um estado introvertido da mente cada vez mais consciente de
sua própria consciência cognoscente, em vez e seus conteúdos mentais. Pode-se notar
que a sua consciencia parece ser como "espaço de consciência", sem características
materiais, vazia, mas conscientemente consciente. Ao notar esta natureza vazia da
própria consciência, agora deixe esta atenção sutil repousar e dissolver-se em seu
próprio "vazio consciente" sem tópico ou agenda na mente. A isto poderíamos chamar
de "rigpa samadhi", pois estamos repousando no estado primordial de rigpa desnuda.
No entanto, antes que isso possa ser chamado "rigpa iluminada", sua sabedoria
autorreconhecedora ainda tem que surgir. Neste caso, repousamos nesta rigpa
vividamente desperta que permite que as sabedorias intrínsecas surjam por conta
própria como botões florais que florescem sob o brilho da luz solar. As sabedorias
surgem unicamente durante um ponto de total equilíbrio ou quietude através da
ausência de QUALQUER outra atividade mental. Esta quietude cristalina ocorre
naturalmente quando a atenção vem a repousar na sua própria consciência cognitiva
interior. A atenção é um pulso energético que surge de sua base como aquela "quietude
cristalina". Primeiro libera-se de seus tópicos mentais, depois volta-se para seu próprio
centro como consciência e finalmente se dissolve retornando a sua origem. Essa mesma
energia da atenção, no exato momento de sua dissolução interna, reaparece como a
sabedoria autorreconhecedora da própria rigpa, como um relampejo que ilumina o céu
noturno. É uma autodecorrente, introvisão cristalina que esclarece tudo o que o
buscador já buscou e mais, muito mais. Isso é rigpa! Qualquer esforço para encorajar
surgir a sabedoria de rigpa, a bloqueia. Ocorre unicamente no momento de perfeita
quietude mental provocada pelo sutil relampejo interior de ter sua própria luz atenta
olhando para si mesma e [é] auto-iluminada. É assim que ocorre agora e continua
depois. É um método viável para quase todos. --Jackson Peterson
Sábado, 8 de outubro de 2016 às 17:00 UTC-03
A mensagem filosófica do Dzogchen, no sentido de Grande Perfeição, é que a realidade
já é perfeita em todos os momentos. Relaxe, é sempre perfeita não importa o que
aconteça ou surja. Todas as aparentes exceções estão incluídas. Nada para corrigir. Nada
para buscar. Nada para evitar. Sempre no comando a Grande Perfeição. "Você" pode
relaxar! --Jackson Peterson
Sábado, 8 de outubro de 2016 às 16:47 UTC-03
O ponto essencial, depois de ser apresentado e reconhecer, é não fazer nada com o
estado natural. Não temos que tentar melhorar essa consciência vazia, ou tentar corrigí-
la de algum modo em particular que exija esforço de nossa parte. De fato, nós não
precisamos fazer nada para tornar nossa mente vazia e consciente. Não requer qualquer
tipo de trabalho, seja qual for. Este não-fazer é o próprio treinamento, e é o oposto de
nosso hábito usual. Simplesmente treine não corrigir essa consciência vazia, que é o
nosso estado natural. Essa é a maneira de experienciar. E isto é exatamente o que os
seres sencientes não fazem. Pelo contrário, eles sempre obscurecem a si próprios. Tulku
Urgyen
Sábado, 8 de outubro de 2016 às 07:18 UTC-03
A NATUREZA DA MENTE Jetsunma Tenzin Palmo Todo o conteúdo que vem á nossa
mente se o reconhermos no momento em que surge se o aceitarmos nós podemos
então apenas deixá-lo ir Nós não temos que nos segurar a ele não temos que dar
energia não temos que ser varridos por ele Nós estamos à margem de um rio
observando o rio fluir nós não estamos no meio do rio sendo carregados por ele todos
podemos fazer isso a natureza da mente é de naturalmente "conhecer" sem isso,
estaríamos mortos tudo o que temos que fazer é retornarmos àquilo que
verdadeiramente somos e pararmos de nos identificar com a coisa errada Existe um
grande mestre tailandês da floresta chamado Ajahn Chah e recentemente estava lendo
sua biografia e quando ele estava na floresta treinando com vários mestres em certo
ponto ele chegou a exatamente isto: ele compreendeu que basicamente a mente -
adoraria ter o livro aqui comigo - ele coloca de forma tão simples mas basicamente que
a mente é aquilo que é conhecido e aquilo que conhece e que a questão toda é
simplesmente repousar naquilo que conhece começar a se identificar com aquilo que
conhece e parar de se identificar com o que é conhecido Isso é tudo! É tão fácil! De
verdade! Quero dizer... 98% do seus problemas estarão resolvidos senão 100% Apenas
fazendo isso! Mas nós não fazemos Interessante não fazermos Quando uma pessoa está
na presença de um grande lama ou com alguém com quem tem uma profunda conexão
cármica pode ocorrer, se a nossa mente estiver bem aberta e receptiva, completamente
sem expectativas mas bastante aberta ele pode oferecer o que é chamado de - em
tibetano é chamado "ngo sprod"- ele pode apontar, introduzir você e ele pode
introduzir você à natureza da mente ele não te dá coisa alguma você já a tem e é uma
experiência muito simples não é assim, luzes de arco-iris e trompetes é muito simples,
mas naquele momento, apenas por um momento, tudo se desmorona e há um momento
de uma consciência totalmente nua extremamente simples é tão simples que você pode
perder muito facilmente porque sempre esperamos que, de alguma forma, será
realmente uma experiência muito grandiosa algo realmente... e normalmente é tão
singelo tão despido que as pessoas podem pensar - não pode ser isso! Uma vez, um de
nossos iogues, na colina, estava dando um "lung", uma transmissão oral, de um texto
Dzogchen muito famoso - Dzogchen é o treinamento da mente da Escola Nyingmapa - e
ele estava lendo o texto e então ele parou e disse - Sabe... o problema com esse tipo de
livros é que faz tudo parecer muito elevado muito distante e muito fantástico e é tão
simples! é tão... aqui mesmo e então você está buscando alí no futuro por alguma coisa
incrível que vai acontecer e o tempo todo, na verdade, momento a momento, já está
acontecendo! mas não reconhecemos! Você vê? A cada vez que ouvimos um som tudo o
que você vê você só pode ver, você só pode reconhecer um som por causa da
consciência! Se não tivéssemos consciência, seríamos como cadáveres! Mas nós não
reconhecemos essa consciência porque estamos tão fascinados pelos nossos sentidos
Você entende? Porque estamos tão cativados por este panorama externo e por todo o
panorama interno todos os pensamentos, memórias, devaneios, esperanças, sonhos,
nós perdemos o fato de que por trás disso tudo está o "conhecer" de tudo A NATUREZA
DA MENTE disponível em DVD
Sábado, 8 de outubro de 2016 às 06:24 UTC-03
Jackson Peterson adicionou um novo vídeo: Tenzin Palmo - A Natureza da Mente.
Rigpa é esta qualidade, pano de fundo, que está sempre desperta e consciente:
Quarta-feira, 5 de outubro de 2016 às 18:45 UTC-03
Tome um momento e apenas observe seus pensamentos, como passam por sua mente.
Tome a perspectiva que está olhando para o céu observando as diversas nuvens à
deriva. Neste caso, as nuvens à deriva são seus vários pensamentos passando através de
sua consciência. Não julgue os vários pensamentos ou deixe-se apanhar em suas
histórias, apenas observe o que aparece e desaparece em sua mente. --Jackson Peterson
Quarta-feira, 5 de outubro de 2016 às 18:11 UTC-03
"O pensamento unicamente surge após marigpa (ignorância) se estabelecer, com a
perda de rigpa. Durante a não-distração de rigpa, nenhum pensamento pode começar.
Não posso enfatizar isso o suficiente — não há pensamento durante o estado de rigpa!"
Tulku Urgyen
Quarta-feira, 5 de outubro de 2016 às 17:55 UTC-03
O "eu" é os pensamentos, auto-imagens, memórias, condicionamentos, imaginação,
personalidade, identificação corporal, identidades, senso de si-mesmo, crenças, senso
de uma história pessoal e narrativas pessoais. Jogue-os fora um por um e tente
encontrar o mesmo "eu" depois. --Jackson Peterson
Terça-feira, 4 de outubro de 2016 às 08:45 UTC-03
Uma boa instrução genérica: Não preste atenção aos seus pensamentos. Não acredite
em seus pensamentos. Não devaneie. Deixe a clareza resultante ser o seu piloto na vida.
--Jackson Peterson
Terça-feira, 4 de outubro de 2016 às 08:31 UTC-03
Pensamentos simplesmente ocorrem. Intenções simplesmente ocorrem. Ações
simplesmente ocorrem. Percepções simplesmente ocorrem e pensamentos sobre estas
percepções simplesmente ocorrem. O pensamento "eu penso que o pensamento [sou]
eu" simplesmente ocorre sem ninguém lá pensando aquele pensamento. O pensamento
"eu intento que a intenção [sou] eu" simplesmente ocorre sem ninguém lá que intente.
O pensamento "eu ajo e aquela ação foi feita por mim" simplesmente ocorre sem
ninguém lá como um fazedor da ação. Quaisquer que sejam os pensamentos que
ocorrerem na mente depois de ler este [texto] estão simplesmente acontecendo
baseados em condicionamento, memória e estimulação neural. Não há alguém "lá
dentro" pensando. A ideia que você é uma entidade auto-determinada que pensa,
intenta, e age é simplesmente os pensamentos atuais que estão acontecendo baseados
em condicionamento, memória e estimulação neural. --Jackson Peterson
Terça-feira, 4 de outubro de 2016 às 08:25 UTC-03
De outro trecho onde uma pessoa perguntava sobre seus medos com respeito à morte e
tudo relacionado aos pensamentos e sentimentos, e perguntando se aquela também
era minha experiência: Não... são o blá, blá, blá, do imaginário si-mesmo que é projetado
pelo subconsciente. Você não existe no tempo ou espaço: você não é um corpo, não [é]
um si-mesmo, não [é] uma pessoa, não [é] uma mente, não [é] um indivíduo. Você é o
espaço vazio em que tudo isso está surgindo. ~Jackson Peterson
Domingo, 2 de outubro de 2016 às 21:34 UTC-03
A Vaziez Última O que pode ocorrer é uma revelação súbita, uma experiência direta,
daquilo que você realmente é, fora do tempo e espaço. O fato de sua vaziez imutável
ser o espaço que universos, eus e mentes surgem e desaparecem dentro dele; como
reflexos dentro de um espelho. Quaisquer introvisões menores são simples delusões!
--Jackson Peterson
Sábado, 1 de outubro de 2016 às 12:16 UTC-03
Imagine uma torre única formada por todas as janelas e uma Consciência única no meio
da torre olhando para fora através de todas as janelas ao mesmo tempo. Mas para cada
moldura de janela parece que a moldura de janela é que é consciente e olha para fora. A
ilusão está na moldura da janela individual, mas a moldura da janela em si não é a
consciência olhando através dela. Essa é a "nossa" situação. Há unicamente uma
Consciência (Dharmakaya) olhando para fora através de todos nossos olhos. Não há uma
pessoa individual ou entidade que é consciente e desperta. O indivíduo é apenas uma
moldura de janela impermanente. Nossa consciência e a Consciência única são a mesma.
A "mente" individual é a moldura da janela. Vê? --Jackson Peterson
Sábado, 1 de outubro de 2016 às 11:45 UTC-03
O senso de uma auto identidade individual é apenas em si o pensamento momentâneo
"eu" ou "a mim" que é em si um evento do processo impessoal do subconsciente que
não pertence a ninguém; assim como o vento ou uma brisa não pertence a ninguém e
não é causada por alguém. --Jackson Peterson
Sábado, 1 de outubro de 2016 às 11:32 UTC-03
Clara, desperta e vazia de todo pensamento; sofrimento e confusão não podem ser
encontrados! Como um peixe mordendo a isca; agarre um único pensamento e a
armadilha do samsara subitamente dispara. --Jackson Peterson
Sábado, 1 de outubro de 2016 às 11:20 UTC-03
O reflexo da lua sobre a água aparece sem obstrução e aparenta brilhar intensamente,
mas é simplesmente a aparência de algo que não existe. Não existe tal coisa como uma
lua na água. Da mesma forma, quando se reconhece que os pensamentos não têm
existência verdadeira, reconhece a consciência, e isto é o dharmakaya. - Dilgo Khyentse
Rinpoche do livro "Testamento de Zurchungpa"
Quarta-feira, 28 de setembro de 2016 às 09:33 UTC-03
Revelando Rigpa Se a mente se torna completamente vazia, calma e quieta, continua a
existir uma consciência cognoscente daquele estado vazio e quieto. Essa consciência é
rigpa. Se um movimento energético de pensamento ou percepção ocorre dentro dessa
quietude vazia; é observado pela consciência cognoscente, que novamente é rigpa.
Aquilo que observa o momento-mental de quietude vazia; bem como o momento-
mental de atividade mental vigorosa; que observa consciente, é a incondicionada e
imutável rigpa que continua a ser a mesma tanto nestes como em todos os estados
[mentais]. O estado quieto revela seu vazio. A atividade energética revela sua exibição
vibracional. Por causa de sua vaziez absoluta, há muito espaço para sua exibição
energética infinita. O que é a exibição energética? É um campo de vibração vazia, como
o cintilante espaço consciente. Não se pode separar a exibição energética do espaço
vazio consciente no qual aparece, mais do que se pode separar o espaço vazio do céu
das nuvens aparecendo nele. Rigpa já é vazia e consciente e qualquer esforço para
torná-la, tão somente vivifica o próprio esforço energético como o próximo conteúdo
exibido. Porque rigpa continua a ser exatamente a mesma em toda experiência, não há
necessidade de ajustar as qualidades de qualquer experiência, pois qualquer
experiência é unicamente rigpa aparecendo a si mesma. ~Jackson Peterson
Quarta-feira, 28 de setembro de 2016 às 09:29 UTC-03
Sem Necessidade de Meditação ou Prática É necessário ter a consciência essencial mais
básica que é o que nós somos, sendo sempre assim, meramente é. Não tendo que fazer
nada. Tal como "ver" e "ouvir" não precisam de desenvolvimento, a consciência
fundamental já está consciente e nunca modifica-se, como o espaço vazio. Não pode ser
perdida ou reduzida, assim como o espaço vazio. ~Jackson Peterson
Segunda, 26 de setembro de 2016 às 08:02 UTC-03
[É necessário a mistura dzogchen com vajrayana?] Talvez a razão "Por que"? Eu nunca
poderia imaginar enquanto ao longo dos últimos 37 anos que tenho estudado
Dzogchen, haveria tão poucos alunos ou mesmo os professores que realmente teriam se
tornado livres de busca e sofrimento samsárico; embora afirmando ser praticantes
Dzogchen consistentes. Penso que a razão apenas ocorreu-me: é porque eles estavam
misturando a visão mais eficaz Dzogchen com as práticas de nível inferior ou seja,
Vajrayana. Os primeiros textos originais, autênticos registros Dzogchen descrevem uma
postura muito anti-tântrica, anti-prática, e anti-Vajrayana. Não há ambigüidade sobre
isso. O tantra raiz Dzogchen "Kunje Gyalpo" deixa isso bem claro. Os posteriores Nying
Thig Tantras e textos realmente misturam Dzogchen original e Varayana,
irremediavelmente assim. E esse é o única Dzogchen sendo promovido hoje. Esse é o
problema. Acredito que o Lamas, que compuseram o Nying Thig Tantras e textos
estavam muito preocupados com os riscos políticos muito reais de um Dzogchen que
não foi totalmente incorporadas na polêmica conservadora Vajrayana. A visão original e
mais antiga Dzogchen era esta: receber primeiro uma "introdução direta" à
primordialmente presente rigpa, pura consciência; um tipo de consciência que está
plenamente presente em todos os estados mentais e emocionais. Ela está sempre
presente como o espaço vazio, exceto que este "espaço vazio" é permanentemente
consciente com potenciais infinitos. Uma vez que a mente reconhece claramente essa
consciência primordialmente perfeita, então simplesmente repousa com essa
consciência primordial. As instruções eram claras: não se envolver em qualquer
atividade, pensamento ou conceituação. Não tente ser consciente deste estado, apenas
seja. Não tente mantê-lo. Não tente analisá-lo. Não se envolva em qualquer prática,
permaneçam completamente relaxados livres de toda intenção deliberada. Permanecer
nesse estado absolutamente claro que é como [o intervalo] "entre o último pensamento
e antes do próximo surgir". A partir deste equilíbrio perfeitamente fundamentado,
espontaneamente, as sabedorias de rigpa surgirão naturalmente. Mas só se estiver
completamente "livre-de-pensamento" e [numa] condição relaxada "livre-de-tarefa" é
permitido ficar sem intromissão ou interferência da atividade conceitual. Isso é não-
meditação. Este é o único caminho correto do Dzogpa Chenpo Atiyoga. Quando
misturamos este caminho com vários rituais, orações, sadhanas, técnicas de meditação,
meditações de piedade, acumulação de virtudes, estudos analíticos, ou qualquer outra
prática, que se desviaram da "mente clara sem nenhum assunto". Uma vez que misturar
os caminhos acima ou fazer alguma atividade prática perdemos o estado de
relaxamento natural que irá revelar a sabedoria de rigpa se deixados em seu próprio
estado de auto-perfeição. Temos de deixá-lo sozinho e desistir de toda a tentação de se
intrometer, ajustar, prolongar ou a se estabilizar. Deixar a consciência "como é" e não
"se envolver" com pensamento e imaginação. Esse é o método. Então, recomendo
quando se é um praticante Dzogchen real, desista de todas as outras práticas e buscas
com esforço. No entanto, é absolutamente crítico que tenha corretamente determinado
que o seu estado primordial real de rigpa foi realmente apontado e plenamente e com
rigor reconhecido. Isso pode ser conversado com um professor que reconheceu [rigpa].
(Nós esperamos!) Quando a sabedoria rigpa primeiro surge não requer verificação. É
esta certeza total que é uma característica da sabedoria rigpa manifestando-se como a
sua auto-natureza. Quando é estabelecido sem dúvidas, então você é obrigado a ajudar
os outros a ver o mesmo quando solicitado. Essa é a nossa única linhagem rigpa
verdadeira. Você irá falhar se você misturar visualizações graduais e Dzogchen. A visão
gradualista polui e torna a visão Atiyoga "além de causa e efeito" ineficaz e em conflito.
A única visão é sobre a alucinação interminável de "tornar-se" e o outro é sobre
reconhecer a perfeição de imediato "existir". Qualquer um está qualificado para receber
ensinamento Dzogchen sem preliminares anteriores. Dzogchen é um caminho completo
em si mesmo e é independente de todas as religiões, filosofias e tradições (por Namkhai
Norbu). Como apoio recomendo obter todos as quatro excelentes traduções de Chris
Wilkinson dos primeiros Tantras Dzogchen e textos de instrução de Vairocana.
Especialmente recomendo o texto de instrução pessoal de Vairocana que ele escreveu
para um estudante. Jackson Peterson
Domingo, 25 de setembro de 2016 às 14:33 UTC-03
A "visão" é o vazio de todas as entidades e seres, bem como o vazio de todos os
fenômenos. O vazio de quê? O vazio de todas as ficções. --Jackson Peterson
Sábado, 24 de setembro de 2016 às 09:02 UTC-03
A questão é realmente sobre o esforço da mente para interpor e personalizar um "eu"
constantemente em qualquer nível, que está sendo discutido ou experienciado. Quanto
de "eu" o céu vazio sente ou percebe? A consciência experiencia a mesma quantidade de
"eu". Não há "ninguém" como um observador central das experiências. O senso de
identidade "eu" é em si apenas uma experiência sem alguém presente que a
experiencie. --Jackson Peterson
Sábado, 24 de setembro de 2016 às 08:02 UTC-03
Apontando o óbvio Tome um momento e olhe para alguma coisa. Enquanto vê, observe
como não há sons, cheiros, sabores, sensações ou [então] pensamentos poluem sua
visão clara daquilo que está olhando. Agora faça o mesmo com ouvir um som. Não há
cores ou formas visuais, cheiros, sabores, sensações ou [então] pensamentos poluem a
audição daquele som. Agora faça o mesmo com a sua consciência cognoscente. Não há
cores ou formas visuais, sons, cheiros, sabores, sensações ou [então] pensamentos
poluem a sua capacidade de saber. Alguns podem pensar que estar "perdido no
pensamento" obscurece essa consciência cognoscente; mas isso não é verdade, os
pensamentos que estão aparecendo nessa consciência cognoscente, são claramente
percebidos. O conteúdo da consciência varia, mas a consciência não é poluída ou tocada.
Saiba que você é sempre apenas esta sabedoria imutável, cognoscência consciente e
nunca [nada] menos. --Jackson Peterson
Sexta, 23 de setembro de 2016 às 06:50 UTC-03
Integrando Rigpa na vida diária Por favor, fale mais sobre a integração, como ficar
enraizado em rigpa enquanto trabalha em ambientes exigentes e lidando com
relacionamentos, emoções e sentimentos: ...........no Dzogchen não há nada a integrar e
ninguém para se tornar proficiente em integração. Como poderíamos instruir o espaço
celeste vazio para se integrar com as várias nuvens e condições meteorológicas que
aparecem? Ou é a noção de "integração" em si mesma uma negação da não-dualidade
primordial? Se estamos num estado que chamamos de rigpa e, depois, tentamos mantê-
lo nas várias circunstâncias e condições; com certeza isso não é rigpa. Em vez disso é
apenas um estado muito agradável de mente cármica, que nunca pode ser mantido
[continuamente]. Então, o quê é rigpa? É a consciência desnuda essencial, a vivacidade
da experiência em si mesma. Não pode ser separada de alguma experiência porque É
aquela experiência, não é um estado vendo isso. Do contrário, está tentando manter a
serenidade observando a "testemunha" do estado. Vê agora? --Jackson Peterson
Quarta-feira, 21 de setembro de 2016 às 10:33 UTC-03
DZOGCHEN SIMPLIFICADO, de Jackson Peterson Traduzido para o português por Rafael
Roldan, a pedido de Eduardo Carvalho Muitos que não tem nenhuma transmissão
formal anterior de Dzogchen geralmente se indagam sobre como começar. Dzogchen é
um ensinamento muito direto que não requer toda a sorte de preliminares complicadas.
Qualquer um pode ter beneficio logo no começo. Vamos dar início! Há dois aspectos que
precisamos esclarecer logo no começo.: consciência e experiência. A consciência é
aquilo que sabe que uma experiência está ocorrendo. Sem consciência você seria um
zumbi. Experiencias são as “características” que definem o momento de consciência
desperta. A consciência não é “algo” material, mas o assunto experienciado é algum tipo
de aparência sendo conhecido, seja como sensorial ou como “interno” (mental ou
emocional). Dzogchen orienta a atenção da pessoa para a consciência em si, não para
uma experiência ou aparência. Ao trazermos nossa atenção suave, mas
consistentemente para nossa consciência em si, uma profundidade de infinita riqueza se
revelará. Toda a sabedoria ou iluminação que buscamos surgirá dessa profundíssima
penetração da consciência em si mesma. Nenhum outro método, pratica ou aprendizado
são necessários. Não encontraremos a iluminação dentro das aparências do
pensamento, da lógica ou da experiência energética. A consciência em si é a iluminação
quando totalmente autorrevelada. Para começar.: perceba que você está consciente.
Note esse fato. Tendo notado sua própria presença de consciência cognitiva, apenas
perceba seus pensamentos, sentimentos e percepções sensoriais como elas são; mas
note também aquilo que é vividamente cognoscente. Seja apenas a testemunha a
experimentar sem julgamento, opinião, rótulos ou enveredando por pensamentos a
respeito da experiência. Esse é o primeiro passo. Pratique apenas esse testemunho por
várias semanas. Em seguida, perceba a sensação ou noção de “ser uma testemunha”, ser
aquilo que está testemunhando e consciente. Isso aparece como “Eu estou consciente”.
Perceba a porcão “Eu sou” como sendo apenas uma experiência que pode ser
testemunhada, mas a consciência em si não pode ser objetificada e testemunhada.
Quando a consciência que testemunha se libera da testemunha como o sujeito que está
testemunhando e, ainda assim, a consciência está vividamente presente e desperta,
essa é nossa consciência primordial que nunca muda. Descanse nela, embora nenhum
“eu” esteja presente para fazer “isto”. Descansando como essa consciência nua que não
leva assunto algum à mente, relaxe como essa claridade vívida. O que quer que ocorra
aos sentidos ou à mente, deixa tudo como está e relaxa em seu estado nativo de
consciência vívida e desperta. Sua consciência aguçada guiará suas ações na vida com
grande precisão. Não há instruções mais avançadas. Aqui está uma antiga citação de um
Tantra, ou escritura fundamental, da Grande Perfeição, chamada de “As Joias
Empilhadas”. Ele resume completamente o método único da prática de Dzogchen.
“Quando alguém descansa no estado natural sem concentração, o entendimento se
manifesta naquela mente individual, sem que alguém tenha que ensinar todas as
palavras pelas quais a mente entenda esses significados. Quando esse entendimento
desponta na mente, tudo que é imanifesto e todas as aparências sensoriais, que em si
mesmas não envolvem conceitos, são vistas como naturalmente puras” (do Precioso
Tesouro de Longchenpa, publicado em inglês pela Padma Publications com o título
Precious Treasury) Kalu Rinpoche: “A mente se apruma no estado de consciência aberta,
não há um direcionamento da mente. A pessoa não está olhando para dentro
procurando nada. A pessoa está simplesmente deixando a mente descansar em seu
estado natural. A natureza vazia, limpa e desimpedida da mente pode ser
experimentada se pudermos descansar num estado não-elaborado de consciência
aberta sem distração e sem se perder a fagulha da consciência”.
Quarta-feira, 21 de setembro de 2016 às 07:58 UTC-03
"De fato, rigpa está se mostrando o tempo todo. Está sempre lá, então, não há nada
para fazer. Não há meditação para fazer porque está lá o tempo todo. Não há
necessidade de mantra, nenhuma necessidade de fazer algo em particular, nenhuma
necessidade de visualizar algo; simplesmente está [sempre] lá. --Tsoknyi Rinpoche
Quarta-feira, 21 de setembro de 2016 às 07:28 UTC-03
Rigpa surge como a mente de luz clara em todos os momentos; quando não é
reconhecida, aparece como a mente cármica. Quando a natureza vazia consciente da
mente cármica é vista, revela-se a si como rigpa. Tanto a atenção como a "presença" de
consciência repousam vazias na consciência como claridade brilhante ou
energeticamente se expandem como formações mentais. --Jackson Peterson
Quarta-feira, 21 de setembro de 2016 às 07:09 UTC-03
Alguns perguntam: "Ok, eu gosto do modelo Dzogchen, como faço para começar?"
Primeiro é entender a causa de todo o seu sofrimento: o seu pensamento atual, que
você acredita [nele] e que está aparecendo em sua mente agora. Tudo do samsara está
incorporado naquele único pensamento. Libere o pensamento atual ou veja o seu vazio,
e samsara não poderá começar. --Jackson Peterson
Quarta-feira, 21 de setembro de 2016 às 07:08 UTC-03
Não há corpo, unicamente projeção-mental. Não há universo; mas unicamente projeção-
mental. Ninguém nunca experienciou nada fora de sua mente. Está TUDO em sua
mente! --Jackson Peterson
Quarta-feira, 21 de setembro de 2016 às 07:08 UTC-03
Não há nenhuma prática no Dzogchen. Nossa natureza consciente já é como é. Isso não
muda ao longo do tempo ou através de várias experiências. Isso [é] simplesmente
apontado. --Jackson Peterson
Terça-feira, 20 de setembro de 2016 às 12:02 UTC-03
Longchen Rabjam (1308-1364) o grande sintetizador da transmissão Dzogchen ensina:
"A sabedoria autossurgida é rigpa, que é vazia, clara e livre de qualquer elaboração,
como uma esfera de cristal imaculado...não analisa os objetos... Ao reconhecer
simplesmente essa não-conceitual, prístina, desnuda rigpa, você realiza que não há nada
mais que sua natureza... Isto é a sabedoria não-dual autossurgida. Como um reflexo num
espelho (melôn), quando objetos e percepções manifestam rigpa, essa consciência
prístina e desnuda que não multiplica-se em pensamento é chamada de "poder interior
(tsal), a responsividade que é a base (gzhi) pelo surgir de todas as coisas'... Ao iogue que
percebeu o significado desnudo do Dzogpachenpo, rigpa é fresca, pura e desnuda, e os
objetos podem se manifestar e aparecer dentro de rigpa, mas ela não se perde a si
própria externamente nesses objetos." --Longchen Rabjam, O Tesouro do Dharmadhatu,
(Comentário), edição de Adzom Chögar, trecho contido no Dzogchen, S.S. Dalai Lama.
Terça-feira, 20 de setembro de 2016 às 07:29 UTC-03
"A primordial, a consciência original, a autoconhecedora rigpa que é além da mente
cármica, não está contaminada e não é deteriorada por qualquer coisa, seja
enevoamento, embotamento ou experiências de gozo, claridade, e não-pensamento, ou
de certeza, etc. É um estado de existir vazio e luminoso sem envolver apego, por isso é a
experiência direta de transparência total, exterior e interior. Neste estado, que é além
de existir como um objeto de expressão verbal..." Mestre Dzogchen Shakya Shri
Terça-feira, 20 de setembro de 2016 às 07:01 UTC-03
A Mente de Luz Clara
Terça-feira, 20 de setembro de 2016 às 06:57 UTC-03
Esta é a Natureza Buda não-dual da Grande Perfeição: O universo inteiro é a Natureza
Buda. Não há negatividades de nenhum tipo, pois tudo é apenas a exibição energética
da Natureza Buda, perfeita e toda boa. Qualquer coisa que pensar, imaginar, sentir ou
fazer é a Natureza Buda em movimento. Cada condição experienciada é a Natureza
Buda perfeita. Seu corpo e mente são a Natureza Buda perfeita. A qualidade essencial
da Natureza Buda é o vazio incompreensível, como o espaço infinito. A consciência é a
Luz perfeita que permeia esse vazio. Aparências são formações-luminosas holográficas
desse vazio consciente. No Dzogchen esta mandala universal de total perfeição é
chamada "Thigle Chenpo", a Grande Hiper-Esfera Toda Inclusiva. Esse Existir todo
penetrante é chamado Samantabhadra; o Todo Bom: Kuntuzangpo. Todas as formas são
a personificação da sua grande perfeição, Samantabhadri. --Jackson Peterson
#Dzogchen
Segunda, 19 de setembro de 2016 às 08:30 UTC-03
Rigpa é a sua consciência cognoscente basilar, tal como é. No início estão ocupadas, a
maioria das mentes, em ser na condição de ser um "eu" buscando descobrir rigpa; como
um buscador. Normalmente um buscador está ocupado também em ser um "pensador".
A primeira mudança é de ser um "pensador" para ser um "observador". Em vez de
pensar, agora é observar o pensamento. Eventualmente pode amadurecer em observar
o observador que pode resultar no "livre-observador cognoscente". Para aqueles que
são realmente brilhantes é possível perceber que o que está percebendo é em si um
"livre-observador, cognoscentemente consciente" presente todo tempo sem
necessidade de um caminho de pedras [para seguir]. --Jackson Peterson
Segunda, 19 de setembro de 2016 às 08:27 UTC-03
A liberação do sofrimento ocorre somente quando uma identidade não é criada e
associada com existir um corpo, mente, espírito, alma ou algo semelhante a Si-mesmo
Deus. --Jackson Peterson
Domingo, 18 de setembro de 2016 às 10:47 UTC-03
Não encontrado em locais separados, nem em momentos distintos Nirvana e samsara
não serão encontrados em locais separados ou em momentos distintos: a natureza vazia
do samsara é o próprio nirvana. Não ver a natureza vazia do nirvana é o próprio samsara.
Rigpa e a mente aflita não serão encontradas em locais separados ou em momentos
distintos. A natureza vazia da mente aflita é a própria rigpa. Não ver a natureza vazia de
rigpa é a mente aflita. O próprio-ego e o não-eu não serão encontrados em locais
separados ou em momentos distintos. A natureza vazia do próprio-ego é de fato o não-
eu. Apegar-se a natureza vazia do não-eu é de fato o próprio-ego. Ver a natureza vazia e
consciente do não-eu é de fato o conhecimento do Grande Eu[Si-mesmo]. (Dag nyid
Chenpo) A sabedoria e a ignorância não serão encontradas em locais separados ou em
momentos distintos. Ver a natureza vazia da ignorância é a própria sabedoria. Não ver a
natureza vazia da sabedoria é de fato ignorância. Obstáculos e liberação não serão
encontrados em locais separados ou em momentos distintos. A natureza vazia dos
obstáculos é a sua própria liberação. Ao não ver a natureza vazia da liberdade e
liberação, nós somos obstruídos e limitados pela nossa própria liberdade sem liberação.
Nós não vamos encontrar paz e turbulência em locais separados ou em momentos
distintos. A natureza vazia da turbulência é em si a nossa paz buscada por tanto tempo.
Ao não ver a natureza vazia de nossa paz, transformamos a paz em turbulência, como o
bater das ondas que parece nunca acabar. --Jackson Peterson
Domingo, 18 de setembro de 2016 às 09:38 UTC-03
Práticas As pessoas praticam e utilizam métodos porque existem pensamentos que
afirmam existir um eu [si-mesmo] e que a sua situação precisa ser melhorada. Quando
esses pensamentos desaparecem, tudo é, obviamente, tão perfeito como sempre foi.
--Jackson Peterson
Domingo, 18 de setembro de 2016 às 09:37 UTC-03
Desidentificação Qualquer identidade que esteja identificada com uma entidade
singular dentro do tempo e do espaço é sempre a causa do sofrimento. Se identificado
com o pedaço de carne chamado um corpo físico, estará sempre preocupado e
estressado pela sobrevivência daquele corpo. Proteger o corpo é muito importante. A
morte é aniquilação certa. Se identificado com o corpo de energia sutil, como uma alma,
mente ou espírito; ainda será atormentado na vida após a morte como no bardo, céu e
talvez na condenação eterna ao inferno! Caramba! No entanto, o Buda descobriu uma
dimensão completamente aberta, livre de toda identidade e identificação de qualquer
tipo. Em tal dimensão o sofrimento não é possível porque não há alguém ou uma
entidade existente para sofrer. Ele chamou esta dimensão "nirvana". Compreendendo
isso, é óbvio que nenhum sentido de identidade pessoal associado a qualquer
pensamento, forma ou de energia poderia sobreviver no nirvana. Isso porque todas as
formas de energia, até mesmo a energia mental, estão sujeitos à decadência e mudança.
A identidade ou entidade estaria sempre em risco e, portanto, estressada e o
sofrimento continuaria. A nossa natureza real é o Vazio Absoluto sem identidade de
nenhum tipo. Nada pode ameaçar ou danificar o espaço vazio, que não decai ou muda.
Não é individual. Não pode ser concebido ou fabricado. No entanto, conhece a sua
própria natureza. Em tibetano o "conhecer sua própria natureza" é chamado rigpa. Em
japonês é chamado kensho ou satori. Em grego é chamado gnose. Perceber as "duas
partes vazias" plenamente, é o nirvana. A primeiro "parte" é perceber que qualquer
sentido de identidade pessoal baseada na identificação com auto imagens,
personalidade, memória, mente, formas de energia ou corpos; são todas imaginárias. A
segunda "parte" das "duas partes vazias" é perceber que os nossos nomes, rótulos e
conceitos que definem e criam o nosso mundo, incluindo todos os objetos, pessoas,
criaturas, relações e eventos, são meras construções conceituais. Fenômenos aparecem,
mas não como descrito e imaginado; o mapa não é o território. Sempre que o termo
"eu" é usado, aponta para uma auto-entidade imaginária que não existe senão na
imaginação. Sempre que o termo "meu" é usado, aponta para coisas cujo proprietário é
imaginário. --Jackson Peterson
Domingo, 18 de setembro de 2016 às 09:30 UTC-03
Eu passei mais de quarenta e cinco anos de minha vida, desde a idade de dezesseis anos,
explorando várias vias e métodos que oferecem os meios para uma pessoa ser capaz de
descobrir seu próprio tesouro interior de bem-estar, felicidade e iluminação espiritual.
Estudei Zen Budismo na China, Japão, Coréia e nos Estados Unidos com vários mestres
Zen. Estudei e pratiquei o budismo tibetano inicialmente no Nepal, e mais tarde com
vários mestres ou professores de diferentes tradições, especialmente tibetano
Dzogchen e Mahamudra. Estudei e pratiquei Sufismo na Caxemira, Índia e Arábia
Saudita com mestres sufis de várias tradições. Estudei e passei algum tempo em Israel
aprendendo os ensinamentos essenciais da Cabala com rabino da tradição ortodoxa.
Estudei e pratiquei os métodos de meditação dentro cristianismo oriental ou ortodoxo
com sacerdotes gregos e coptas em Jerusalém. Aprendi e pratiquei métodos taoístas de
trabalhar a energia interior e o ioga taoísta. Inicialmente recebi ensinamentos de
meditação na Índia sobre métodos chamados Ioga da Kundalini. Há muitos outros
ensinamentos que explorei e pratiquei, mas os mencionados acima tiveram o maior
impacto sobre minha vida espiritual, psicológica e emocional. --Jackson Peterson
Domingo, 18 de setembro de 2016 às 09:22 UTC-03
Jackson Peterson atualizou a foto da capa dele.
Domingo, 18 de setembro de 2016 às 09:19 UTC-03
Jackson Peterson atualizou a foto do perfil.

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