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→ No caso da tiroide, o hipotálamo secreta a hormona TRH que atua sobre a adeno-hipófise. Esta, por - Apenas as hormonas livres participam no mecanismo de feedback negativo.
sua vez, produz a hormona TSH, que irá estimular a tiroide a produzir a T3 e T4. - Existem proteínas de ligação circulantes que protegem as hormonas da tiroide
da degradação.
- A somatostatina é uma hormona produzida nas células delta do pâncreas que
EFEITO DE FEEDBACK NEGATIVO vai regular os níveis de insulina e glucagon. Contudo, também pode ser produzida
no hipotálamo e, desta forma, atuar ao nível da adeno-hipófise inibindo a
secreção da hormona estimuladora da tiroide (TSH).
Se há muito produto no final → ocorre feedback negativo ao nível da hipófise e ao nível do hipotálamo.
HIPOTIROIDISMO HIPERTIROIDISMO
Outros sintomas: edema na zona dos olhos; retenção de líquidos; perda de audição; baixa Outros sintomas: exoftalmia; osteoporose; arritmias, fibrilação auricular ou ventricular;
estatura, cretinismo; aterosclerose; pele seca e escamosa, etc. hipertermia, sudorese; tremores; insónias; fraqueza muscular; sensibilidade à luz, etc.
- A causa mais comum é uma doença autoimune denominada tiroidite de Hashimoto. - A causa mais comum é uma doença autoimune denominada doença de Graves
(indivíduos apresentam exoftalmia – saliência do globo ocular).
FARMACOTERAPIA
FARMACOTERAPIA
Fármaco Indicações terapêuticas/Observações
- Tratamento padrão do hipotiroidismo → T4. Fármaco Indicações terapêuticas/Observações
- É convertida em T3 ao nível dos órgãos periféricos. - Tioaminas que inibem a síntese das hormonas da tiroide.
- Mais bem tolerada e com > t1/2 do que a T3. - O propiltiouracilo (PTU) bloqueia também a conversão periférica de T4
- Administrada uma vez ao dia → equilíbrio é alcançado entre 6 a 8 Propiltiouracilo a T3.
Levotiroxina semanas. Tiamazol - O metimazol é preferido ao PTU porque > t1/2 e < incidência de efeitos
sódica - Efeitos adversos incluem nervosismo, palpitações, taquicardia, (Metimazol) adversos.
intolerância ao calor e perda inexplicada de massa corporal. - O PTU é recomendado durante o 1.º trimestre da gravidez (metimazol
- Fármacos que induzem o citocromo P450 (fenitoína, rifampicina e → > risco de efeitos teratogénicos).
fenobarbital) → ↑ metabolismo. - O PTU foi associado com hepatotoxicidade e, raramente, com
- O organismo não tem capacidade de diferenciação entre a levotiroxina agranulocitose
endógena e exógena. - Usado para tratar a tempestade tiroideia ou previamente à cirurgia (↓
Liotironina - T3 Iodeto vascularização).
Mistura T4: T3 - Mistura 4:1 de levotiroxina (T4) e tri-iodotironina (T3), com o nome - Inibe a iodinação das tirosinas (efeito Wolff-Chaikoff).
Liotrix. - Tratamentos de curta duração por via oral.
- Os efeitos adversos incluem lesões, feridas na mucosa oral e garganta,
edema da língua ou laringe e gosto metálico na boca.
- No caso do paciente ser uma grávida → monitorização das hormonas T3 , T4, e da parte Iodeto - Utilizado na destruição da tiroide.
cardíaca, aumentar 30% na dose de levotiroxina. Suplementação com ácido fólico e iodo. radioativo - Captado pelas células foliculares da tiroide.
Bloqueadores - Propranolol (β1, β2), metoprolol (β1) e atenolol (β1).
adrenérgicos β - Adjuvantes do tratamento da tirotoxicose e crises tirotóxicas.
Causas:
Doença de Addison
Tratamento: Pasireotido, Cabergolina, Cetoconazol, Metirapona, Mitotano e Mifepristona.
- Insuficiência adrenal primária, ocorre ↓ cortisol e ↓ aldosterona.
Tratamento
ANTIDIABÉTICOS
COMPLICAÇÕES da diabetes: hipertensão arterial, microangiopatia (que por sua vez pode
Efeitos da INSULINA levar a AVC, enfarte do miocárdio, doença vascular periférica, diminuição da perfusão
placentária durante a gestação), insuficiência renal, polineuropatia, retinopatia, cataratas,
- Estimula: absorção de glucose; glicólise; glicogénese; síntese proteica; absorção de iões (K+ e úlceras mos pés, entre outras.
PO43-).
DIAGNÓSTICO DA DIABETES
- Inibe: lipólise; glicogenólise; gliconeogénese; proteólise; cetogénese.
• Glicemia de jejum ≥ 126 mg/dl (ou ≥ 7,0 mmol/l); ou
• Sintomas clássicos + glicemia ocasional ≥ 200 mg/dl (ou ≥ 11,1 mmol/l); ou
• Glicemia ≥ 200 mg/dl (ou ≥ 11,1 mmol/l) às 2 horas, na prova de tolerância à glicose oral
(PTGO) com 75 g de glicose; ou
• Hemoglobina glicada A1c (HbA1c) ≥ 6,5%.
Hemoglobina glicosilada ou glicada (HbA1C) Insulina e seus análogos
Insulina de ação rápida: - Administração por via subcutânea através de Associação de insulinas
Insulina aspártico injeção na coxa, na parte superior do braço ou na - Hipoglicemia
Insulina lispro parede abdominal. - ↓ número de injeções diárias → ↑ adesão à
Insulina glulisina - No entanto, numa emergência de hiperglicemia, terapêutica. - Lipodistrofia (lipohipertrofia e/ou lipoatrofia)
Insulina regular a insulina regular é administrada por via - 70% insulina NPH + 30% insulina regular.
intravenosa. - 50% insulina NPH + 50% insulina regular. - Reações de hipersensibilidade
- Os locais de injeção deverão ser sempre
Insulina de ação alternados dentro da mesma região a fim de - ↑ massa corporal
Insulinas e seus intermédia: reduzir o risco de lipodistrofia e amiloidose Tratamento padrão: 2 injeções diárias.
análogos Insulina neutra com cutânea. - Insulina bifásica (pré-mistura)
protamina Hagedorn - Em geral, não pode ser administrada por via
(NPH) ou insulina intravenosa, uma vez que pode originar uma Tratamento intensivo: 3 ou mais injeções diárias
isofânica hipoglicemia grave. com monitorização frequente da glicemia.
- Não pode ser administrada por via intramuscular, - Insulina bifásica (pré-mistura) + Insulina ação
uma vez que pode alterar a absorção. intermediária + Insulina ação rápida/curta
Insulina de ação longa: - Insulina ação intermédia ou Insulina ação
Insulina glargina prolongada + Insulina ação rápida/curta.
Insulina detemir
Classe Fármacos Indicações terapêuticas/Observações Efeitos adversos
Farmacológica
- Análogo sintético da amilina indicado como auxiliar da insulina na hora da refeição em pacientes com
Diabetes tipos 1 e 2.
- ↑ saciedade, ↓ esvaziamento gástrico e ↓ secreção pós-prandial de glucagon.
Análogo sintético Pramlintide - Administrada por via subcutânea antes das refeições. - Náuseas, anorexia e vómitos.
da amilina - A dose de insulina deve ser reduzida em 50% (↓ risco de hipoglicemia).
- Não pode ser misturada na mesma seringa com a insulina.
NOTAS:
Na diabetes tipo 2:
1. Como 1ª linha temos a metformina (esta é contraindicada em doentes com
→ Antidiabéticos orais secretagogos de insulina ( secreção de insulina): Sulfonilureias e
insuficiência – passar para uma sulfonilureia ou tiazolidinadiona.
Glinidas.
2. Se diabetes não estiver controlada (hemoglobina glicada > 8,5): metformina + outro
→ Antidiabéticos orais sensibilizadores à insulina ( resistência à insulina): Biguanidas AO ou aumentar a dose de metformina.
(Metformina) e Tiazolidinadionas. 3. Se doente faz 500mg de metformina e hemoglobina glicosilada não está controlada
→ A pesquisa de glucose na urina (glicosúria) é feita através de tiras reativas → Glicemia > → mudar a dose para 850mg, se não estiver controlada → 1000mg, se mesmo assim
180 mg/dl. Em condições fisiológicas normais, a glucose não é excretada na urina. não estiver controlada → adicionar sulfonilureia (estas são a 2ª opção).
→ Tratamento da hipoglicemia grave (glicemia ≤ 45 mg/dl): Glucagon (injeção subcutânea 4. A opção seguinte será a pioglitazona, se não funcionar passa-se para os outros
ou intramuscular) – Glucagen; Glucose (administração intravenosa). fármacos.
TRATAMENTO DE DISTÚRBIOS ÓSSEO
METABOLISMO ÓSSEO
DISTÚRBIOS ÓSSEOS
o Doença de Paget - Destruição do tecido ósseo, que volta a formar-se, mas com
- Osteoblastos – formam o osso (formação óssea). deformidades → Dor óssea, ossos deformados ou fraturas.
- Osteoclastos – degradam o osso (reabsorção óssea).
o Osteomalacia - Enfraquecimento e desmineralização de ossos (nas crianças, designa-se
Nas mulheres, ocorre um declínio muito acentuado do de raquitismo), provocando dor óssea, deformação espinal, fraturas e fraqueza muscular.
metabolismo ósseo aquando da menopausa (50-55 anos). Os Há uma deficiência de vitamina D (e Ca2+). O déficit em vitamina D → doenças mentais.
estrogénios mantêm uma homeostasia óssea na mulher,
contudo na menopausa há um declínio destes. o OSTEOPOROSE - • Caracteriza-se pela perda progressiva de massa óssea e fragilidade
esquelética. Há um ↑ risco de fraturas (p. ex., vertebrais e da anca) e ocorre em pessoas
A calcitonina é produzida pelas células parafoliculares (células idosas de ambos os sexos, mas é mais pronunciada na mulher após a menopausa (↓
C) da tiroide. Esta ↓Ca2+ plasmático; ↓ atividade dos estrogénio).
osteoclastos; ↓ absorção de Ca2+ intestinal; ↓ reabsorção de
Ca2+ pelas células dos túbulos renais; ↑ fixação de Ca2+ e PO3-
4 nos ossos. FISIOPATOLOGIA da osteoporose
- Tratamento da osteoporose em mulheres que têm pelo menos 5 anos de pós-menopausa. - Efeitos adversos da
Calcitonina - ↓ reabsorção óssea e alivia a dor associada com a fratura osteoporótica. formulação intranasal incluem
(de salmão) - Menos eficaz do que os bifosfonatos. rinite e outros sintomas nasais.
- Reservada para os pacientes intolerantes aos outros fármacos. - ↑ risco de malignidades.
- Disponível em formulações intranasal e parentérica (pouco usada).
- Anticorpo monoclonal que atua no recetor ativador do fator nuclear kappa-B e ↓ formação de osteoclastos e a - ↑ risco de infeções, reações
Outros sua função. dermatológicas, hipocalcemia,
fármacos Denosumab - Tratamento da osteoporose pós-menopáusica em mulheres com elevado risco de fraturas ou que não toleram osteonecrose da mandíbula e
ou não respondem aos outros tratamentos. fraturas atípicas.
- Administração subcutânea a cada 6 meses.
- Forma recombinante da paratohormona (PTH) humana que é administrada por via subcutânea, diariamente,
Teriparatida para o tratamento da osteoporose.
- É o primeiro fármaco aprovado para a osteoporose que estimula a formação óssea (os outros fármacos inibem
a reabsorção óssea) → ↑ atividade osteoblástica.
- Reservada para pacientes com elevado risco de fraturas e que não toleram os outros fármacos.
- Tratamento da deficiência alimentar do cálcio e da vitamina D para reduzir a perda óssea relacionada com a - Os principais efeitos
Cálcio + Carbonato de cálcio + colecalciferol idade e prevenir a ocorrência de fraturas. indesejáveis são anorexia,
Vitamina D - Colecalciferol (vitamina D3) → ↑ absorção intestinal do Ca2+. náuseas, vómitos, obstipação,
Fosfato tricálcico + colecalciferol - Contraindicação nas situações de hipercalcemia, hipercalciúria, insuficiência renal grave (depuração da diarreia, dor epigástrica,
creatinina inferior a 20 ml/min) e cálculos renais.
Gluconato de cálcio + - Interação com diuréticos tiazídicos (↑ risco de hipercalcemia), colestiramina (↓ absorção da vit. D), cefaleias, fraqueza, apatia e
hidrogenofosfato de cálcio + corticosteroides (↓ absorção do Ca2+), tetraciclinas e quinolonas (o Ca2+ ↓ absorção), e levotiroxina (o Ca2+ ↓ sonolência.
colecalciferol absorção).
NOTAS:
Fármacos que podem contribuir para a perda óssea ou aumentar o risco de fraturas
- Furosemida.
- Heparina.
- Acetato de medroxiprogesterona.
- Antiácidos de alumínio.
FÁRMACOS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DA OBESIDADE
OBESIDADE
O seguinte gráfico demonstra que o orlistato após 1 ano de utilização deixa de ser tão eficaz,
desenvolvendo uma resistência a este.
NOTA: Excesso de peso quando IMC≥ 25 Kg/m2 e perímetro abdominal é ≥ 80 cm nas mulheres
e ≥94 cm nos homens.
A utilização de fármacos não é a 1.ª linha no tratamento da obesidade, mas sim a terapêutica
não farmacológica (alteração do estilo de vida).
No caso de um indivíduo (que tem obesidade grau III ou obesidade grau II com comorbilidades)
que mudou de estilo de vida e iniciou a terapêutica farmacológica, não conseguindo, mesmo
assim, diminuir o peso, tem como última opção a cirurgia bariátrica.
Associação de X Esta associação não deve ser utilizada durante a gravidez ou em mulheres que estão a tentar engravidar, e durante a
fármacos amamentação.
- Uso prolongado no tratamento da obesidade.
- Topiramato → Agente antiepilético de 2.ª geração (anticonvulsivante) que causa ↓ massa corporal.
- Fentermina → Antagoniza a sedação do topiramato e promove perda de peso adicional.
- Descontinuar o tratamento se o paciente não reduz 5% de massa corporal após 12 semanas.
Fentermina + - O uso de diuréticos não poupadores de potássio com esta associação pode aumentar o risco de hipocalemia.
Topiramato - O topiramato é um inibidor fraco da anidrase carbónica → ↑ risco de cálculos renais com o uso de outros inibidores desta
enzima.
- O topiramato pode diminuir a eficácia dos contracetivos orais.
Eixo hipotálamo-hipófise-ovários
Excesso de estrogénios: Infertilidade (devido à diminuição de gonadotropinas – sem maturação
Hipotálamo produz GnRH, que vai atuar ao nível da adeno-
folicular e sem menstruação), trombose (tendência de coagulação aumenta), crescimento
hipófise, esta por sua vez produz LH e FSH que são
retardado (em crianças: maturação sexual e crescimento acelerados – fusão epifisária
gonadotropinas ou gonadotrofinas.
prematura).
As gonadotrofinas atuam ao nível dos ovários, que vão
Deficiência de estrogénios: infeções vaginais (devido à proliferação e descamação do epitélio
produzir estrogénios e progesterona. Estes têm efeito vaginal), osteoporose (formação de 25-OH-D3 diminui), estatura alta (em crianças: fusão
negativo ao nível do hipotálamo e da adeno-hipófise. Os epifisária retardada), aterosclerose (↓ HDL e ↑LDL-C, ↓ VLDL-C), amenorreia (sem maturação
ovários também produzem as inibinas e as ativinas. da mucosa uterina), sem características sexuais distintas (ductos na glândula mamária).
Etinilestradiol tem um efeito negativo, principalmente ao Excesso de progestagénios: diabetes mellitus (provoca uma resistência à insulina), natriurese
nível da adeno-hipófise (e também ao nível do hipotálamo) (devido a uma ação antimineralocorticoide), hiperventilação (devido ao aumento do
logo não vai haver ovulação ao 14º dia. metabolismo basal e da temperatura corporal).
Tamoxifeno → Tratamento do cancro da mama metastático. É utilizado também como adjuvante - Sensação de calor
após mastectomia ou radiação no cancro da mama. E ↓ risco de cancro da mama em pacientes - O tamoxifeno é (Tamoxifeno, Toremifeno,
de ↑ risco. Contudo, ↑ risco de cancro do endométrio, enquanto raloxifeno ↓ risco deste biotransformado por Raloxifeno, Clomifeno)
Bazedoxifeno cancro. várias isoenzimas do - Hiperplasia do endométrio e
Moduladores Clomifeno Raloxifeno → Tratamento e prevenção da osteoporose na mulher após a menopausa (a densidade citocromo P450 (↑ malignidades (Tamoxifeno)
seletivos do recetor Ospemifeno dos ossos da bacia aumenta na mulher na pós-menopausa). E↓ risco de cancro da mama em interações). É um - Cãibras nas pernas
do estrogénio Raloxifeno pacientes de ↑ risco. inibidor da CYP3A4 e (Raloxifeno)
(MSREs) Tamoxifeno Clomifeno → induz a ovulação, logo é utilizado no tratamento da infertilidade associada com da glicoproteína P. - Náuseas (Tamoxifeno,
Toremifeno ciclos anovulatórios. - A colestiramina pode Toremifeno, Clomifeno)
Ospemifeno → Tratamento da dispareunia (dor na relação sexual) na menopausa. diminuir - ↑ Risco de trombose
Toremifeno → Tratamento hormonal de primeira linha do cancro da mama metastático, significativamente a venosa profunda e de
hormono-dependente, nas pacientes pósmenopáusicas. absorção do raloxifeno embolismo pulmonar
(evitar uso (Raloxifeno)
Apresentam agonismo ou antagonismo seletivo do recetor do estrogénio. concomitante). - Cefaleias, distúrbios visuais,
crescimento dos ovários,
Risco de partos múltiplos
(duplos ou triplos) -
Clomifeno
Efeitos dos progestagénios ao nível:
• Mamas: ↑ desenvolvimento lobular e ↓ produção de leite. - Cefaleias, depressão, ↑
Noretisterona • Órgãos reprodutores: ↓ crescimento endometrial e ↑ secreções endometriais (as secreções massa corporal, alterações na
Desogestrel mucosas tornam-se mais espessas). libido.
Progestagénios Dienogest • Temperatura: ↑ temperatura interna.
Drospirenona
Etonogestrel Indicações terapêuticas:
Levonorgestrel - Contraceção: A associação de estrogénio com progestagénio proporciona uma contraceção
Medroxiprogesterona eficaz por via oral, transdérmica ou vaginal. O acetato de medoxiprogesterona → Contracetivo
Norelgestromina injetável.
Norgestimato - Tratamento de deficiência hormona (mulheres pós-menopausa, quando onúcleo está intacto).
Norgestrel - Sangramento uterino, dismenorreia, controlo da endometriose e infertilidade.
Progesterona
CONTRACETIVOS
Efeitos adversos graves (p. ex., tromboembolismo, EAM e AVC) são mais comuns em mulheres
com mais de 35 anos e fumadoras.
Erradicação da H. pylori
Se não se consegue fazer o teste, e é necessário instituir tratamento, de um modo geral dá-se
um antibiótico de largo espetro para bactérias Gram positivo e um antibiótico de largo espetro
para bactérias Gram negativo.
No tratamento da infeção refratária por H. pylori:
- Se tratamento falhar última opção é a rifabutina, que é uma rifamicina. Temos o exemplo do
PAR: Inibidor da bomba de protões + Amoxicicilina + Rifabutina.
- AINEs causam úlceras pépticas porque inibem a COX e, desta forma, não há produção de
prostaglandinas que iriam proteger a mucosa gástrica.
-Outra das razões, tem a ver com o pKa e o pH do estômago. Maioria dos fármacos são ácidos
fracos ou bases fracas. Um ácido fraco a pH 1-2 (pH do estômago, ácido) está na forma não
ionizada (forma que permeia a membrana). O ácido acetilsalicílico é um ácido fraco, a pH 2 está
na forma não ionizada, logo vai ser absorvido para a célula gástrica que tem um pH 7. O ácido
acetilsalicílico tem um pKa de 4,5, e a pH 7 vai estar na sua forma ionizada e, desta forma não
consegue sair da célula, acumulando-se na célula gástrica → causa lesão celular.
- Quando conteúdo gástrico sai do estômago e atinge áreas como por exemplo, o esófago,
causando úlceras esofágicas, e também pode chegar à boca, se for de modo crónico pode
causar lesões ao nível da boca.
- Inibem de modo potente (> 90%) a secreção gástrica ácida noturna, a estimulada por alimentos e - Cimetidina é um inibidor do
a basal. citocromo P450 - reduz - A cimetidina tem efeitos
Cimetidina - Não têm efeito nos recetores H1. metabolismo dos outros endócrinos (ginecomastia e
Antagonistas do Ranitidina - O uso destes fármacos diminuiu devido aos IBPs. fármacos, o que faz com que a galactorreia), e pode causar
recetor H2 Famotidina - Utilizados no tratamento de úlceras pépticas, úlceras de stress agudo e da DRGE. concentração destes aumente. confusão e alterações mentais
Nizatidina - As úlceras induzidas por AINEs devem ser tratadas com IBPs e não com estes fármacos (↓ - Interage com varfarina, em pacientes idosos ou após
eficácia na cura e prevenção). Diazepam, Fenitoína, Quinina, administração IV.
- Em geral, são bem tolerados. Carbamazepina, Teofilina,
- Podem ↓ eficácia de fármacos que exigem um ambiente ácido para a absorção (p. ex. Imipramina.
cetoconazol).
- Ligam-se de modo covalente à H+/K+-ATPase (bomba de protões) e suprimem a secreção de iões
hidrogénio para o lúmen gástrico.
- São pró-fármacos (bases fracas) → ↑ absorção no duodeno → ↓ secreção gástrica em mais de - Distúrbios gastrointestinais,
90%. - O omeprazol e o esomeprazol náuseas, diarreia, cefaleias,
- Os IBPs apresentam > eficácia do que os antagonistas H2 no bloqueio da produção de ácido e na podem inibir a eficácia do fraturas ósseas (↑ risco com o
cicatrização das úlceras. clopidogrel (pró-fármaco) uso prolongado (≥ 1 ano):
Dexlansoprazol - Fármacos de 1.ª linha no tratamento das úlceras pépticas, úlceras de stress, úlceras induzidas por porque inibem a CYP2C19. bacia, punho e vértebras),
Inibidores da Esomeprazol AINEs, DRGE e condições patológicas em que há hipersecreção de HCl (p. ex., síndrome de hipomagnesemia, > incidência
bomba de Lansoprazol Zollinger-Ellison). de pneumonia.
protões (IBPs) Omeprazol - Os antagonistas H2 ↓ atividade da bomba de protões (afastar as tomas).
Pantoprazol - Devem ser administrados 30 a 60 minutos antes do desjejum ou da principal refeição do dia.
Rabeprazol - Em geral, são bem tolerados.
- Pode ocorrer diarreia e colite por Clostridium difficile.
- Suplementação de Ca2+ → Utilizar citrato de cálcio porque a sua absorção não é afetada pelo pH
gástrico.
- seu uso prolongado (e dos antagonistas H2) pode resultar em carência de vitamina B12 (anemia
perniciosa) → ↓ fator intrínseco.
Vitamina B12 necessita do fator intrínseco para ser absorvido. Uma vez que os inibidores da bomba
de protões diminuem produção do fator intrínseco - absorção de vitamina B12 não ocorre.
- Análogo da prostaglandina E1 que está aprovado para a prevenção de úlceras pépticas (gástricas
ou duodenais) causadas por AINEs (2.ª opção) → Os IBPs são a 1.ª opção.
- Existe associado ao diclofenac (AINE eficaz no tratamento da artrite). O misoprostol ↓ - Diarreia e náuseas
Prostaglandinas Misoprostol complicações GI graves em pacientes com artrite reumatoide que utilizam AINEs.
- Utilizado na indução do trabalho de parto (↑ contrações uterinas).
- Também é utilizado na interrupção da gravidez de modo isolado ou em associação com a
mifepristona (antagonista da progesterona).
X Contraindicado na gravidez → ↑ contrações uterinas e pode causar aborto.
- Bases fracas que reagem com o ácido gástrico formando água e um sal (↓ acidez).
Hidróxido de - Utilizados para o alívio sintomático da úlcera péptica e da DRGE. - O bicarbonato de sódio pode
alumínio - Também podem promover a cicatrização de úlceras duodenais. causar alcalose metabólica
Hidróxido de - Para eficácia máxima devem ser administrados após a refeição. transitória (não usar de modo
Antiácidos magnésio - Carbonato de cálcio → Também é utilizado como suplementação de cálcio no tratamento da prolongado).
Carbonato de osteoporose. - Hidróxido de alumínio →
cálcio - Pode ocorrer acumulação dos catiões dos antiácidos (Mg2+, Al3+ e Ca2+) em pacientes com Causa obstipação como efeito
Carbonato de comprometimento renal adverso.
magnésio - Hidróxido de magnésio →
Bicarbonato de Causa diarreia como efeito
sódio adverso.
- Cria uma barreira física que protege a úlcera duodenal da pepsina e do ácido permitindo a
Protetores da cicatrização.
mucosa Sucralfato - Como requer um pH ácido para atuar, não deve ser administrado com IBPs, antagonistas H2 ou
(citoprotetores) antiácidos.
(↑ proteção da - Em geral, é muito bem tolerado.
mucosa, ↓ - Não previne as úlceras induzidas pelos AINEs e nem cicatriza úlceras gástricas.
lesões, ↓ - Utilizado no tratamento quádruplo para erradicar a Helicobacter pylori.
inflamação e ↑ Subsalicilato - Além da sua ação antimicrobiana, inibe a atividade da pepsina, ↑ secreção de muco e interage
cicatrização das de bismuto com glicoproteínas na mucosa necrótica, revestindo e protegendo a úlcera.
úlceras.) - Os compostos de bismuto podem causar coloração preta da língua.
1.ª geração
Ácido - 1.ª geração - Moderada atividade contra bactérias Gram negativo. Tratamento da infeção urinária - Diarreia, náuseas, cefaleias,
nalidíxico não complicada. tonturas, rotura de tendões.
2.ª geração - 2.ª geração - Boa atividade contra bactérias Gram negativo, bactérias atípicas (p. ex., Chlamydia - Interferência com o
Ciprofloxacina spp. e Legionella spp.) e limitada ação contra bactérias Gram positivo. desenvolvimento das
Quinolonas Ofloxacina cartilagens ósseas e por isso
Norfloxacina - 3.ª geração - Boa atividade contra bactérias Gram negativo, bactérias atípicas e boa ação contra não é recomendável a sua
Lomefloxacina bactérias Gram positivo. utilização em crianças,
grávidas e durante a lactação.
3ª geração - 4.ª geração - Boa atividade contra bactérias Gram negativo, muito boa atividade contra bactérias
Levofloxacina Gram positivo, contra bactérias atípicas e boa atividade contra anaeróbios estritos.
Gatifloxacina
Moxifloxacina Ou seja, à medida que aumentamos a geração, a atividade contra bactérias Gram negativas
Sparfloxacina aumenta.
4ª geração Mecanismo de ação: As quinolonas inibem a DNA girase (que é a topoisomerase II) e a
Trovafloxacina topoisomerase IV, que são enzimas que estão envolvidas na replicação do DNA da bactéria.
DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS
COLITE ULCEROSA
DOENÇA DE CROHN
- É uma doença inflamatória intestinal crónica, limitada ao intestino grosso (cólon) e ao reto.
- É uma doença inflamatória intestinal crónica que pode afetar qualquer parte do trato
gastrointestinal, desde a boca até ao ânus. - Em geral, começa no reto e no cólon inferior, mas também pode espalhar-se continuamente,
envolvendo o cólon na sua totalidade. A inflamação ocorre apenas na camada mais interna
- As zonas mais habitualmente envolvidas são a porção terminal do intestino delgado (íleo) e o
(mucosa) da região terminal do tubo digestivo.
intestino grosso. Pode não ser contínua, isto é, podem intercalar-se áreas inflamadas com áreas
saudáveis. Sendo que a inflamação pode estender-se a todas as camadas da parede digestiva, - Sintomas: há perda de sangue nas fezes (o que pode levar a uma anemia), caimbras
com formação de úlceras. abdominais, fadiga, febre (neste caso, administrar paracetamol).
- Sintomas mais frequentes são: diarreia, caimbras, dor abdominal e perda de peso. Contudo, - Fatores de risco: apendicite, idade, genética, dieta ocidental, associação com outras doenças.
pode haver também complicações extraintestinais. Neste caso, o tabagismo tem uma papel protetor contra a colite ulcerosa.
- Fatores de risco: tabagismo, apendicectomia, dieta pobre em vitamina D, utilização de
contracetivos orais, de AINEs e de antibióticos, stress psicossocial e depressão.
FARMACOTERAPIA
- Forma ligeira a moderada: Messalazina (5-ASA) (1.ª opção); Corticosteroides (2.ª opção; p.
FARMACOTERAPIA ex., budesonida, prednisona, hidrocortisona e metilprednisolona).
- Forma aguda e severa: Corticosteroides por via IV (1.ª opção; metilprednisolona); Infliximab
ou ciclosporina/tacrolímus (2.ª opção) ou antibióticos no caso de infeção.
- Potente agente imunossupressor, de modo a diminuir mediadores inflmatórios. - Nefrotoxicidade, tremor, hirsutismo, hipertensão
Ciclosporina - Tratamento da forma aguda e severa da colite ulcerosa. arterial, diarreia, anorexia, náuseas e vómitos.
(cápsula mole, solução oral) X Contraindicação em associação com produtos contendo hipericão ou erva de S. João.
- Antagonista do ácido fólico que pertence à classe dos agentes citotóxicos conhecidos como
antimetabolitos → Inibição competitiva da enzima di-hidrofolato redutase e, por conseguinte, inibe - As reações adversas mais graves incluem
Outros a síntese do ADN. mielossupressão, toxicidade pulmonar,
imunomoduladores - Tratamento da doença de Crohn moderada a severa, isoladamente ou em associação com hepatotoxicidade, nefrotoxicidade, neurotoxicidade,
Metotrexato corticosteroides em doentes adultos refratários ou intolerantes às tiopurinas. acontecimentos tromboembólicos, choque
(solução injetável) - Antídoto: folinato de cálcio (ácido fólico, via oral). anafilático e síndrome de Stevens-Johnson.
X Contraindicação em compromisso hepático grave, alcoolismo, compromisso renal grave,
discrasias sanguíneas (p. ex., leucopenia, trombocitopenia ou anemia significativa), infeções graves,
úlceras da cavidade oral e doença gastrointestinal ulcerativa ativa, gravidez e amamentação, e
inoculação concomitante com vacinas vivas.
Tacrolímus - Tremores, nefrotoxicidade, estados
(cápsula, cápsula de libertação - Imunossupressor altamente potente que inibe a calcineurina. hiperglicémicos, diabetes mellitus, hipercaliemia,
prolongada, comprimido de
libertação prolongada,
- Tratamento da colite ulcerosa refratária aos corticosteroides. infeções, hipertensão arterial e insónia.
concentrado para solução para
perfusão)
- Tratamento da doença de Crohn ativa, moderada a severa, em doentes adultos que não
apresentaram resposta mesmo após um ciclo completo e adequado de terapêutica com um - Infliximab: insuficiência cardíaca congestiva,
corticosteroide e/ou um imunossupressor; ou que apresentam intolerância ou contraindicações infeções graves, cefaleias, dor abdominal e náuseas.
para tais terapêuticas.
Infliximab - Tratamento da doença de Crohn ativa, com formação de fístulas, em doentes adultos que não - Adalimumab – infeções, reações no local da
Adalimumab apresentaram resposta mesmo após um ciclo completo e adequado de terapêutica com um injeção, cefaleias, dor musculosquelética.
Golimumab tratamento convencional (incluindo antibióticos, drenagem e terapêutica imunossupressora).
Inibidores do fator Certolizumab pegol - Tratamento da doença de Crohn ativa severa, em crianças e adolescentes com idades - Golimumab - infeções graves, leucopenia e anemia,
de necrose tumoral compreendidas entre os 6 e os 17 anos, que não apresentaram resposta à terapêutica reações alérgicas, tonturas, cefaleias e parestesia,
alfa (TNFα) (Pó para concentrado para convencional, incluindo um corticosteroide, um imunomodulador e terapêutica de nutrição hipertensão arterial.
solução para perfusão, solução
injetável, solução injetável em
primária, ou que apresentam intolerância ou contraindicações para tais terapêuticas.
(fármacos caneta pré-cheia, solução - Tratamento da colite ulcerosa ativa, moderada a severa, em doentes adultos que não - Certolizumab pegol – infeções, leucopenia,
biológicos) injetável em cartucho) responderam adequadamente à terapêutica convencional, incluindo corticosteroides e 6- cefaleias (incluindo enxaqueca), hipertensão arterial,
mercaptopurina (6-MP) ou azatioprina (AZA), ou que apresentam intolerância ou contraindicações hepatite.
para estas terapêuticas.
- Tratamento da colite ulcerosa ativa severa, em crianças e adolescentes com idades
compreendidas entre os 6 e os 17 anos, que apresentaram uma resposta inadequada à terapêutica
convencional, incluindo corticosteroides e 6-MP ou AZA, ou que apresentam intolerância ou
contraindicações para tais terapêuticas.
- Anticorpo monoclonal humanizado que se liga especificamente à integrina α4β7 (inibindo-a) → ↓
inflamação gastrointestinal. - Infeções (p. ex., nasofaringite, infeção do trato
Imunossupressor Vedolizumab - Tratamento de doentes adultos com colite ulcerosa ativa moderada a severa ou com doença de respiratório superior, bronquite, gripe e sinusite), dor
seletivo do (Pó para concentrado para Crohn ativa moderada a severa que apresentaram uma resposta inadequada, deixaram de de cabeça, náuseas, pirexia, fadiga, tosse e artralgia.
solução para perfusão, solução
intestino injetável em caneta pré-cheia)
responder ou demonstraram ser intolerantes à terapêutica convencional ou a um antagonista do
fator de necrose tumoral alfa (TNFα).
X Contraindicação em infeções graves ativas, como tuberculose, septicemia, citomegalovírus,
listeriose e infeções oportunistas, como leucoencefalopatia multifocal progressiva.
- Imunossupressor que inibe a bioatividade das IL-12 e IL-23 humanas → ↓ inflamação.
Inibidores da Ustecinumab - Tratamento de doentes adultos com doença de Crohn ativa moderada a severa ou com colite - Mais frequentes são nasofaringite e cefaleia.
interleucina (Concentrado para solução para ulcerosa ativa moderada a severa que apresentaram uma resposta inadequada, deixaram de - Mais graves são reações de hipersensibilidade,
perfusão, solução injetável)
responder ou demonstraram ser intolerantes à terapêutica convencional ou a um antagonista do incluindo anafilaxia.
TNFα ou têm contraindicações para essas terapêuticas.
X Contraindicação em infeção ativa clinicamente relevante (p. ex., tuberculose ativa).
- Imunossupressor que inibe as Janus cinase 1 (JAK1), JAK2 e JAK3 e, em menor extensão, a tirosina
Inibidor potente e Tofacitinib cinase 2 (TyK2) → ↓ inflamação intestinal. - Cefaleias, nasofaringite, náuseas e artralgia.
seletivo da família (Comprimido revestido por - Tratamento de doentes adultos com colite ulcerosa moderadamente a gravemente ativa que
película, comprimido de
JAK libertação prolongada, solução
tiveram uma resposta inadequada, perderam resposta ou que eram intolerantes a terapêutica
oral) convencional ou a um medicamento biológico.
X Contraindicação em tuberculose ativa e infeções graves (p. ex., septicemia ou infeções
oportunistas), compromisso hepático grave, gravidez e aleitamento.
NOTAS:
DIARREIA OBSTIPAÇÃO
- Alteração no volume e consistência das fezes. E ocorre um aumento do número de dejeções - Distúrbio intestinal caracterizado por um bloqueio do intestino, parcial ou completo.
diárias.
- Há um grande esforço para evacuar, baixa frequência de defecação, fezes duras ou uma
- Pode ser aguda (<3 dias) ou crónica (>14 dias), de acordo com o tempo de evolução. defecação incompleta.
- A diarreia pode ser contagiosa quando é de origem infeciosa. - Existe uma sensação de mal-estar e desconforto abdominal persistente, que afeta a qualidade
de vida. Afeta pessoas de qualquer idade, embora seja mais frequente em idosos e durante a
- As pessoas que se deslocam para o estrangeiro podem ter episódios de diarreia, gravidez.
denominando-se como diarreia do viajante.
FARMACOTERAPIA
- Ver se doente tem febre, sangue nas fezes, diarreia há mais de 4 ou 5 dias – é uma diarreia
infeciosa, em geral, uma infeção bacteriana por E.coli, salmonela, Vibrio cholerae (cólera,
provoca diarreia aquosa, leva a desidratação) ou infeções virais.
Causas
- A 2ª linha são os irritantes e estimulantes (ou faz-se uma associação destes com os laxantes
salinos e osmóticos).
- Os ativadores dos canais de cloreto são a última linha, no caso refratário ou obstipação
crónica.
ANTIDIARREICOS
Modificadores do
transporte de Subsalicilato de bismuto - Subsalicilato de bismuto → ↓ secreção de líquidos no intestino. - Língua escurecida e fezes pretas.
líquidos e - Utilizado na diarreia do viajante.
eletrólitos
Azitromicina
Vancomicina - Antimicrobianos são utilizados na diarreia infeciosa.
Ceftriaxona - Azitromicina – antibiótico macrólido, inibidor da síntese proteica. Vantagem de o tratamento ser 3
Cefotaxima dias, 1x por dia. Utlizado contra a Campylobacter.
Ciprofloxacina - Vancomicina – glicopeptídio, inibidor da parede celular.
Doxiciclina - Ceftriaxona (com maior t1/2) e Cefotaxima – cefalosporinas de 2ª geração.
Antimicrobianos Sulfametoxazol + - Ciprofloxacina – quinolona utilizada contra a Salmonella entérica.
Trimetoprim - Doxiciclina – tetraciclina, inibidor da síntese proteica. Contudo apresenta fototoxicidade. Utilizada
Fidaxomicina contra a bactéria Vibrio cholerae.
Ampicilina - Trimetoprim – inibe a diidrofolato redutase.
Aminoglicosídeos - Aminoglicosídeos – como a gentamicina, etc., são antibióticos de largo espetro. Causam
Metronidazol nefrotoxicidade e ototoxicidade.
Albendazol - Metronidazol – antimicrobiano e antiparasitário. Utilizado contra a Giardia.
Mebendazol - Albendazol, Mebendazol e Pirimetamina são antiparasitários.
Pirimetamina
NOTA: A diarreia também pode ser causada por fármacos, como por exemplo, os inibidores -
glicosidase, biguanidas (metformina), orlistato.
TRATAMENTO DA OBSTIPAÇÃO
- Hidrolisado no intestino delgado a ácido ricinoleico (irrita o estômago e ↑ peristaltismo). - Pode originar cólicas fortes sobretudo em idosos.
Óleo de rícino X Contraindicado na gravidez (↑ contrações uterinas).
- Laxante de contacto utilizado no tratamento da obstipação.
- ↑ movimentos peristálticos ao nível do cólon e ↑ acumulação de água e eletrólitos no lúmen - Dor abdominal e diarreia.
Irritantes e
cólico (↑ defecação, ↓ tempo de trânsito e causa o amolecimento das fezes).
estimulantes
Bisacodilo - Também pode ser utilizado na preparação de meios auxiliares de diagnóstico, no tratamento pré
(Comprimido revestido, e pós-operatório e sempre que se requeira uma facilitação da evacuação.
comprimido gastrorresistente,
supositório)
- Bisacodilo + Sene → Laxante na obstipação simples e atonia intestinal.
X Contraindicação em doentes com íleo, oclusão intestinal, situações graves de cirurgia abdominal,
tais como apendicite aguda, doenças inflamatórias graves nos intestinos e dor abdominal grave
associada a náusea e vómitos que podem ser indicativos de patologias mais graves, e em casos de
desidratação grave.
Laxantes - Meticelulose, sementes de linho (Psyllium) e fibras.
expansores de Metilcelulose - Formação de geles no intestino grosso → ↑ retenção de água e ↑ distensão intestinal.
volume Psyllium - Devem ser utilizados com cautela em pacientes que se encontram imobilizados devido ao
potencial de causar obstrução intestinal.
Citrato de magnésio
Hidróxido de magnésio - Laxante osmótico → Tratamento da obstipação. - Os laxantes osmóticos podem causar desidratação e
(suspensão oral) - Antiácido (base fraca) → Tratamento de situações resultantes do refluxo gastroesofágico e da perturbações do equilíbrio hidroeletrolítico.
hiperacidez tais como azia, enfartamento e indigestão.
Salinos e osmóticos - Laxante osmótico utilizado no tratamento da obstipação crónica (em todos os casos).
(↑ retenção de - Dissacárido semissintético de galactose e frutose → ↑ propriedades osmóticas → ↑ peristaltismo - No início do tratamento poderá ocasionalmente
água no intestino intestinal. ocorrer flatulência, cólicas e desconforto abdominal
por osmose.) Lactulose - Também pode ser utilizada no tratamento da encefalopatia hepática (↓ níveis de amónia). como efeitos indesejáveis, que desaparecem
(Solução oral, pasta oral) X Contraindicação em galactosemia, intolerância à lactose, dieta sem galactose, obstrução rapidamente com a redução da dose.
intestinal ou suspeita de íleo paralítico. -Em doses elevadas, também podem ocorrer
diarreia, náuseas e vómitos como reações adversas.
- Lactulose + Parafina líquida + Vaselina branca (pasta oral) → Tratamento sintomático da
obstipação em adultos.
- Laxante osmótico utilizado no tratamento sintomático da obstipação em adultos e crianças a
partir dos 8 anos de idade. - Dor e/ou distensão abdominal, diarreia e náuseas.
- ↑ retenção de moléculas de água através de pontes de hidrogénio → ↑ volume dos fluidos
intestinais → ↑ peristaltismo intestinal.
- Aconselhar uma hidratação adequada durante o tratamento.
Macrogol X Contraindicação em doença intestinal inflamatória grave (p. ex., colite ulcerosa e doença de
(polietilenoglicol; PEG) Crohn) ou megacólon tóxico relacionado com estenose sintomática, perfuração digestiva ou risco
(Pó para solução oral, solução de perfuração digestiva, íleus ou suspeita de obstrução intestinal, e síndromes abdominais
oral)
dolorosas de causa indeterminada.
- Macrogol + Bicarbonato de sódio + Cloreto de potássio + Cloreto de sódio → Esvaziamento do
intestino antes da colonoscopia e tratamento da obstipação crónica.
- Macrogol + Bicarbonato de sódio + Cloreto de potássio + Cloreto de sódio (Laxido Mini®) →
Tratamento da obstipação crónica em crianças com idade entre 2 e 11 anos, e da impactação fecal
em crianças com mais de 5 anos, definida como obstipação refratária com carga fecal do reto e/ou
do cólon.
- Docusato de sódio e docusato de cálcio.
Amolecedores de Docusato - São laxantes emolientes ou surfactantes → Produzem fezes amolecidas.
fezes - Geralmente são usados na profilaxia, em vez do tratamento agudo.
- São considerados seguros durante a gravidez.
Laxantes Parafina líquida (óleo - Óleo mineral e glicerina (supositórios) → ↓ endurecimento das fezes.
lubrificantes mineral) - Óleo mineral → Deve ser ingerido por via oral em posição ereta (de pé) para evitar a aspiração e
Glicerina (supositórios) uma potencial pneumonia lipídica.
(Estes não são 1ª linha)
Ativadores de Lubiprostona - Lubiprostona → Ativa os canais de cloreto → ↑ secreção de líquidos no lúmen intestinal → ↑
canais de cloreto progressão das fezes.
- Utilizada no tratamento da obstipação crónica (ausência de intolerância ou dependência) ou no
caso refratário.