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ECONOMIA POLITICA E
COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
CURSO DE LICENCIATURA EM
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Docente: José António Fernandes
Mestre em Gestão de Empresas e em Economia Aplicada
POLÍTICA
• Relações de poder e de dominação no
Relações de poder e de dominação no
interior de uma sociedade humana.
• Relações políticas podem ser públicas
ou privadas. Devem se legitimar.
• As relações políticas privadas são as
relações entre os indivíduos.
• As relações políticas públicas são as da
esfera do Estado.
• rior de uma sociedade humana.
• Relações 2
ECONOMIA
• Na dimensão humana, a economia
pode ser entendida como as relações
de produção, distribuição e consumo
de bens e serviços.
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DIFERENÇA ENTRE CRESCIMENTO E
DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO
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Desenvolvimento Económico”, por seu
lado, está relacionado com a melhoria do
bem-estar da população, sendo
geralmente medido através de indicadores
de educação, saúde, segurança, justiça,
rendimento, pobreza, entre outros.
Atualmente, o Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH) é o critério mais utilizado
para comparar o desenvolvimento de
diferentes economias.
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VETORES DE CRESCIMENTO
AÇÕES QUE VISAM A MELHORAR O DESEMPENHO
CRESCIMENTO INTENSO: DOS NEGÓCIOS EXISTENTES - PENETRAÇÃO DE
MERCADO /DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS /
DESENVOLVIMENTO DE MERCADOS
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Teoria e Política Macroeconómica: Metas de Política
Macroeconómica
1. Crescimento económico sustentável (PIB)
- aumento do bem estar material
- aumento do nível de emprego
As políticas esconómicas procuram estimular o crescimento da
capacidade produtiva da economia, ou seja, o aumento da quantidade
de bens e serviços ofertados.
Importante:
Crescimento Económico Desenvolvimento Económico
Crescimento económico: crescimento de rendimento nacional
Desenvolvimento económico: inclui melhoria nos indicadores sociais (pobreza,
desemprego, meio ambiente, moradia etc.)
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Teoria e Política Macroeconómica: Metas de Política
Macroeconómica
Tipos de inflação:
• demanda
• custos
• inercial
3. Equilíbrio Externo
Déficit externo mais forte, implica em perda de reservas, o que pode
levar a uma moratória;
Superávit externo mais prolongado, o governo deve emitir moeda
gerando inflação ou expansão da dívida interna (Risco).
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Teoria e Política Macroeconómica: Metas de Política
Macroeconómica (Inter-relações e conflitos entre objetivos)
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Teoria e Política Macroeconómica: Metas de Política
Macroeconómica (Inter-relações e conflitos entre objetivos)
Reduz-se o desemprego.
Metas de Aproximando do pleno emprego,
Redução de os recursos tendem a escassear,
Emprego Com aumento provocando um aumento dos
e de compras custos de produção. Podendo
Estabilidade aumentar a inflação (exceto,
de quando estiver ocorrendo um
significativo aumento de
Preços produtividade).
Os instrumentos:
• Emissões de moeda
• Reservas compulsórias (% sobre depósitos à vista dos bancos
comerciais junto ao Banco Central)
• Open market (compra/venda de títulos públicos)
• Redescontos (empréstimo do Bacen aos bancos comerciais)
• Regulamentação sobre crédito e tx. de juros. 18
Teoria e Política Macroeconómica: Instrumentos de
Política Macroeconómica (Política Monetária)
Controlo do Governo
Política Cambial Taxa de Câmbio (Fixo, flutuante etc.)
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Sistema de Contas Nacionais
Contas Básicas:
• Produto Interno Bruto
• Renda Nacional Disponível
• Transações Correntes com o Resto do Mundo
• Capital
Conta Complementar:
• Conta Corrente das Administrações Públicas
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Sistema de Contas Nacionais
Definição: o objetivo do sistema de contas nacionais é permitir a
mensuração e a agregação em uma única conta, onde a agregação
é feita através dos preços.
Característica: não considera os chamados bens e serviços
intermediários (que são absorvidos na produção de outros
produtos), ou seja, esse sistema considera apenas os bens e
serviços finais.
Pressupostos:
1. As contas procuram medir a produção corrente. Não são considerados bens
produzidos em período anterior, apenas a remuneração do vendedor (que é
remuneração a um serviço corrente);
2. As contas referem-se a um fluxo (normalmente 1 ano. Os agregados correspondem
a variáveis fluxo (são consideradas ao longo de um período – dimensão temporal).
3. A moeda é neutra, no sentido de que é considerada apenas como unidade de
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medida e instrumento de trocas.
Principais Agregados Macroeconómicos (Fluxo Circular de
Renda)
Economia fechada, sem governo e sem formação de capital
Três óticas de mensuração: Produto = Despesa = Renda
Produto Nacional (PN): é o valor de todos os bens e serviços finais produzidos
em determinado período de tempo.
PN = pi qi
Despesa Nacional (DN): é o valor de todas as despesas realizadas pelos agentes:
consumidores, empresas, governo e estrangeiros na compra de bens e serviços
finais.
DN = Despesas de Consumo (C)
Renda Nacional (RN): é a soma dos rendimentos pagos às famílias, que são
proprietárias dos fatores de produção, pela utilização de seus serviços, em um
período de tempo.
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RN = salários (w) + juros (j) + aluguéis (a) + lucros (l)
Principais Agregados Macroeconómicos (Fluxo Circular de
Renda)
Fluxo monetário
Mercado de Bens e Serviços Fluxo real
Despesas de Consumo de Bens e Serviços
DN = C
Famílias RN = w + j + a + l Unid. Produtoras
Valores (x Mil)
TRIGO FARINHA PÃO
a) Receita de Vendas (VBP) 100 400 1.000 PN=DN= 1.000
b) Compras Intermediárias 0 100 400
Valor adicionado (a-b) 100 + 300 + 600 = 1.000 = RN
Renda paga pelo setor de trigo aos fatores de produção (VA trigo)
Renda paga pelo setor de farinha aos fatores de produção (VA farinha)
Renda paga pelo setor de panificação aos fatores de produção (VA pão)
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Contabilidade Social: Principais Agregados
Macroeconómicos
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Principais Agregados Macroeconómicos
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Principais Agregados Macroeconómicos
A identidade S = I “ex-post”
Como: S = RN – C e I = PN – C e PN = RN
Logo: S=I
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Principais Agregados Macroeconómicos
I= E = 20 e S = I = 20
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Principais Agregados Macroeconómicos
Ex.: PN = 100.
Sendo: Bens de Consumo = 70
Bens de capital = 30 (Investimento)
RN = 100 (As famílias receberam 100)
Sobraram para as famílias 30 (corresponde à Poupança)
S = I = 30
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Principais Agregados Macroeconómicos (Economia a três
setores: O Setor Público)
Receita Fiscal:
IMPOSTOS INDIRETOS (Ti): incidem sobre bens e serviços. Ex.: IVA, ICE –
Imposto sobre consumos especiais.
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Principais Agregados Macroeconómicos (Economia a três
setores: O Setor Público)
Gastos do Governo:
Gastos com ministérios, secretarias e autarquias = Receitas
provêm de dotações orçamentárias.
Gastos das empresas e sociedades de economia mista
Provêm da venda de bens e serviços no mercado.
Gastos com transferências e subsídios
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Principais Agregados Macroeconómicos (O Setor Externo)
DN = C + I + G + X – M
As importações (M) aparece devido ao fato de que elas estão
embutidas nas demais despesas agregadas (C, I, G, X).
A Despesa Agregada é apresentada a preços de mercado, já que são
valores finais. Em Cabo Verde, utiliza-se mais o conceito de Despesa
Interna que Nacional. Não é calculada a depreciação pois, são
utilizados os conceitos agregados em termos brutos.
DIBpm = C + I + G + X – M
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Principais Agregados Macroeconómicos (Valores Reais e
Nominais)
P/ deflacionar:
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Principais Agregados Macroeconómicos (Valores Reais e
Nominais)
PIB em dólares correntes: preços em dólares, à taxa de câmbio corrente.
PIBPPP Cabo Verde = PUS$USA qCabo Verde (preços em US$ nos USA)
PIBPPP China = PUS$USA qChina
PIBPPP USA = PUS$USA qUSA
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Principais Agregados Macroeconómicos (IDH - Índice de
Desenvolvimento Humano)
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O Mercado de Bens e Serviços: O Lado Real
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O Mercado de Bens e Serviços: O Lado Real (Modelo
Keynesiano Básico)
Curva de Demanda Agregada de Bens e Serviços (DA): composta
pela demanda de quatro agentes macroeconómicos:
DA = C + I + G + (X – M)
onde:
C = consumo (famílias e empresas) Nível Geral Curva de Demanda
I = investimento (bens de capital) de Preços Agregada (DA)
G = gastos do governo (saúde, investimento, etc)
X = exportações (bens e serviços)
M = importações (bens e serviços)
Renda Nominal Y Y
Renda Real =
Nível de Preços P P
Q = PNREAL= y = Y/P
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O Mercado de Bens e Serviços: O Lado Real
Curva de Oferta Agregada de Bens e Serviços (OA): quantidade de
bens e serviços que os produtores estão dispostos a colocar no mercado.
OA = Renda Nacional = Produto Nacional Real
Nível Geral Curva de Oferta
de Preços Agregada (OA) A: aumenta Q, com P constante,
caso haja desemprego de recursos;
C B: situação intermediária;
B
YPLENOEMPREGO
Q = PNREAL= y = Y/P 49
O Mercado de Bens e Serviços: O Lado Real
Nível Geral
Curva de OA
de Preços
Simplificada
A: trecho Keynesiano (desemprego)
Y
YPLENOEMPREGO
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O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico
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O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico
3ª. A curva de OA é fixada (decorrência
Nível Geral da hipótese 2ª). OA = f(N,K,Tec). Como
de Preços esses fatores de produção são constantes a
curto prazo, a OA permanece fixa (não há
deslocamentos, apenas movimentos ao
DA0 DA1 longo da curva.
Nível Geral
de Preços
PRINCÍPIO DA
DEMANDA EFETIVA
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O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro)
Função consumo (C): o consumo agregado é função crescente do nível de renda
nacional (Y). O modelo mais simples supõe o consumo como uma função linear.
C f Y
C a by
onde: a = consumo autônomo (independe da renda)
b = propensão marginal a consumir (declividade da reta), onde 0 < b < 1
C
a
Y
y
a 55
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro)
Função investimento (I): bens e serviços que visam a aumentar a
produção futura. É também conhecido como Formação Bruta
de Capital Fixo. O investimento pode ser dividido em:
1. Investimento visto como elemento da demanda agregada: é a
fase que gasta apenas com instalações, equipamentos, etc, antes
do investimento maturar e resultar em acréscimos de produção;
K
I t v Yt Yt 1 vy onde v
y
onde v = relação capital-produto capital-produto 58
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico (Função Demanda por Investimentos)
Preço de Aquisição
do Ben de Capital
Eficiência Marginal
do Capital (EMC) Faturamento
Esperado
Valor Presente dos
Demanda de
Retornos Líquidos
Investimentos (I)
Esperados
Taxa de Juros Custos de Operação e
de Mercado (i) Manutenção do
Equipamento
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O Lado Monetário: Moeda – Conceito e Funções
Reserva de
Liquidez absoluta. Efeitos da Inflação.
Valor
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O Lado Monetário: Moeda – Conceito e Funções
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O Lado Monetário: Meios de Pagamento (Conceito e
Composição)
Meios de Pagamento (Oferta de Moeda): representam todos os
haveres com liquidez imediata em poder do público, exceto o setor
bancário. São uma medida do nível de liquidez do sistema econômico.
M = PMPP + DV
Onde:
M = meios de pagamento
PMPP = papel moeda em poder do público (ativo de maior liquidez)
DV = depósito a vista (moeda escritural ou moeda bancária), é o valor
que o correntista tem, não é o cheque.
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O Lado Monetário: Meios de Pagamento (Conceito e
Composição)
Conceito M1
(+) Depósitos Especiais Remunerados
M2 = (+) Depósitos de Poupança
(+) Títulos emitidos por Instituições Depositárias
Conceito M2
M3 = (+) Fundos de Renda Fixa
(+) Posição líquida de títulos SELIC(Sistema Especial de
Liquidação e Custódia)
Conceito M3
M4 = (+) Títulos Públicos de alta liquidez
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O Lado Monetário: Meios de Pagamento (“Criação” e
“Destruição” de Moeda)
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O Lado Monetário: Meios de Pagamento (“Criação” e
“Destruição” de Moeda)
BASE MONETÁRIA (B): total de moeda “física” injetada pelo Banco Central
na economia. Também chamada de Passivo Monetário do Banco Central ou ainda
High Powered Money (moeda de alta potência). Emissão Primária de Moeda,
corresponde ao Passivo Não-Remunerado da Autoridade Monetária.
As Reservas Bancárias Totais (R) são compostas por Encaixe em moeda corrente
(R1), Reservas Voluntárias (R2) e Reservas Compulsórias (R3), dos bancos
comerciais junto ao Banco Central.
Assim:
R = R1 + R2 + R3 PME = PMPP + R1 B = PMPP + R1+R2+R3
onde: PME = papel moeda emitido
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O Lado Monetário: Meios de Pagamento (“Criação” e
“Destruição” de Moeda)
1
m
onde: c d ( R1 R 2)
m = multiplicador da base monetária
c = taxa de retenção do público = PMPP / M
d = taxa de depósitos à vista = DV / M
R1 = taxa de encaixe dos bancos comerciais = R1 / DV
R2 = taxa de reservas dos bancos comerciais = R2 / DV
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O Lado Monetário: Oferta de Moeda pelos Bancos
Comerciais (O Multiplicador Monetário)
Fatores que afetam o multiplicador:
• Taxa de reservas bancárias (% reservas dos bancos comerciais sobre os
depósitos à vista);
• Taxa de retenção de moeda pelo público (% de moeda em poder do público
sobre os meios de pagamento).
Um aumento dessas taxas diminui o valor do multiplicador). Por exemplo, dados
de dezembro de 2001, em milhões contos:
Balanço de Pagamentos
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Inflação: Distorções
Formação de Expectativas
Mercado de Capitais
73
Inflação: Tipos de inflação
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O Setor Externo: Taxa de Câmbio e Regimes Cambiais
Taxa de câmbio nominal: é o preço da moeda (divisa) estrangeira em temos da
moeda nacional ou vice-versa. No caso de Cabo Verde é quanto se precisa em termos
da moeda nacional (esudos) para se comprar uma unidade de uma moeda estrangeira.
Seu preço é determinado pela oferta e demanda de divisas.
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O Setor Externo: Taxa de Câmbio e Regimes Cambiais
Conseqüências Perversas:
• Aumento do desemprego estrutural em muitos países
• A tendência de desnacionalização do setor produtivo
• Concentração da produção e comércio em grandes empresas.
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O Setor Externo: Globalização Produtiva e Financeira
Globalização Financeira: crescimento do fluxo financeiro
internacional, baseado mais no mercado de capitais que no sistema de
crédito. São afetados por expectativas e políticas cambiais e
monetárias.
Principais características:
Desvantagens:
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Política Fiscal e Déficit Público: As Funções Económicas
do Setor Público
Função Distributiva: depende da distribuição de renda que dependerá da
produtividade de cada indivíduo no mercado de fatores de produção e também da
influência das diferentes dotações iniciais de patrimônio. A atuação do Governo
como agente redistribuidor se dá através:
• Tributação Progressiva
• Subsídios para consumidores de baixa renda
• Gastos públicos para áreas mais pobres
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Política Fiscal e Déficit Público: Estrutura Tributária –
Princípios de Tributação
Princípio da Neutralidade: quando os tributos não alterarem os preços relativos,
minimizando sua interferência nas decisões econômicas dos agentes de mercado.
Princípio da Eqüidade: distribuição de maneira justa do ônus entre os indivíduos.
Pode ser dividida em dois tipos:
• Princípio do Benefício: o indivíduo pagaria o tributo para igualar o preço do
serviço recebido ao benefício marginal que ele recebe.
Problemas:
Identificação do benefício que cada um atribui a diferentes quantidades do
bem ou serviço público;
As pessoas não teriam motivo para revelarem suas preferências (poderia
aumentar sua contribuição), já que o bem é público.
Aplicação do Princípio: Taxas (transportes, energia)
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Política Fiscal e Déficit Público: Estrutura Tributária –
Princípios de Tributação
-21% do PIB
“Patrimônio Líquido”
Dívida Líquida do Setor Público
-51% do PIB
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Noções de Crescimento e Desenvolvimento Económico
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Noções de Crescimento e Desenvolvimento Económico:
Estratégias de Desenvolvimento
1. Industrialização