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E c o n o m i a P o l i t i c a

ECONOMIA POLITICA E
COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
CURSO DE LICENCIATURA EM
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Docente: José António Fernandes
Mestre em Gestão de Empresas e em Economia Aplicada
POLÍTICA
• Relações de poder e de dominação no
Relações de poder e de dominação no
interior de uma sociedade humana.
• Relações políticas podem ser públicas
ou privadas. Devem se legitimar.
• As relações políticas privadas são as
relações entre os indivíduos.
• As relações políticas públicas são as da
esfera do Estado.
• rior de uma sociedade humana.
• Relações 2
ECONOMIA
• Na dimensão humana, a economia
pode ser entendida como as relações
de produção, distribuição e consumo
de bens e serviços.

• Normalmente, nas relações humanas


sociais, as relações políticas e
económicas são interligadas, também
com as relações sociais e culturais.
3
ESTADO E GOVERNO
 Estado pode ser caracterizado como uma fonte de
poder e de dominação, que impõe as regras e as
normas sociais e legais. Tem sob seu domínio:
1. Um povo (pode ser mais de um)
2. Território delimitado e ato de força para mantê-lo
3. Governo próprio
4. Instituições sociais e políticas (auxiliam na
governabilidade)
 Governo deve ser entendido como uma força
política legítima ou legitimada, que domina o
Estado, por um período de tempo delimitado ou
não.

4
DIFERENÇA ENTRE CRESCIMENTO E
DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO

Crescimento Económico é geralmente


medido pelo aumento do Produto Interno
Bruto (PIB), ou seja, a variação (positiva)
da produção de uma determinada região
ou país. Este indicador basicamente
soma todos os produtos e serviços dessa
região ou país num determinado período
(geralmente um ano).

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Desenvolvimento Económico”, por seu
lado, está relacionado com a melhoria do
bem-estar da população, sendo
geralmente medido através de indicadores
de educação, saúde, segurança, justiça,
rendimento, pobreza, entre outros.
Atualmente, o Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH) é o critério mais utilizado
para comparar o desenvolvimento de
diferentes economias.

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VETORES DE CRESCIMENTO
AÇÕES QUE VISAM A MELHORAR O DESEMPENHO
CRESCIMENTO INTENSO: DOS NEGÓCIOS EXISTENTES - PENETRAÇÃO DE
MERCADO /DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS /
DESENVOLVIMENTO DE MERCADOS

CRESCIMENTO INTEGRADO AÇÕES QUE INCORPORAM NOVAS ESTRUTURAS


: AOS NEGÓCIOS EXISTENTES (AMPLIAÇÃO DA
CADEIA DE VALORES) - INTEGRAÇÃO (PARA
A FRENTE / PARA TRÁS / LATERAL)

AÇÕES QUE INCORPORAM NOVOS NEGÓCIOS AO


CRESCIMENTO EMPREENDIMENTO – DIVERSIFICAÇÃO
CONCÊNTRICA / HORIZONTAL / CONGLOMERADA
DIVERSIFICADO
Teoria e Política Macroeconómica: Introdução
Definição: trata da evolução da economia como um todo, analisando
a determinação e o comportamento dos agregados económicos. Os
principais agregados são:
• Rendimento • Poupança
• Emprego • Taxa de Juros
• Produto Nacional • Consumo
• Desemprego • Balanço de Pagamentos
• Investimento • Nível Geral de Preços
• Estoque de Moeda • Taxa de Câmbio
Negligencia o comportamento das unidades económicas individuais, porém permite
estabelecer relações entre os agregados e melhor compreensão das interações entre
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estes.
Teoria e Política Macroeconómica: Introdução

Teoria macroeconómica trata de questões de curto prazo, como por


exemplo:
• Desemprego e estabilização do nível geral de preços

Teoria do desenvolvimento económico cuida de questões de logo


prazo, como:
• Progresso tecnológico e política industrial

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Teoria e Política Macroeconómica: Metas de Política
Macroeconómica
1. Crescimento económico sustentável (PIB)
- aumento do bem estar material
- aumento do nível de emprego
As políticas esconómicas procuram estimular o crescimento da
capacidade produtiva da economia, ou seja, o aumento da quantidade
de bens e serviços ofertados.
Importante:
Crescimento Económico  Desenvolvimento Económico
Crescimento económico: crescimento de rendimento nacional
Desenvolvimento económico: inclui melhoria nos indicadores sociais (pobreza,
desemprego, meio ambiente, moradia etc.)
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Teoria e Política Macroeconómica: Metas de Política
Macroeconómica

2. Estabilidade do nível geral de preços (controle da inflação)


- inflação controlada não significa inflação zero;
- inflação alta acarreta distorções, principalmente, sobre as
classes baixas e sobre as expectativas.

Tipos de inflação:
• demanda
• custos
• inercial

Inflação: aumento contínuo e generalizado do nível geral de preços.


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Teoria e Política Macroeconómica: Metas de Política
Macroeconómica

3. Equilíbrio Externo
Déficit externo mais forte, implica em perda de reservas, o que pode
levar a uma moratória;
Superávit externo mais prolongado, o governo deve emitir moeda
gerando inflação ou expansão da dívida interna (Risco).

4. Distribuição Equitativa de Rendimento


- política de longo prazo;
- aumento do poder de compra das classes mais baixas;
- desenvolvimento económico.

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Teoria e Política Macroeconómica: Metas de Política
Macroeconómica (Inter-relações e conflitos entre objetivos)

Os objetivos de política macroeconómica não são independentes,


podendo ser conflitantes.

Aumenta o rendimento dos


Renda Aumenta pobres, sem reduzir a dos ricos
Crescimento (abranda conflitos sociais).
Económico
e
Distribuição Em países Aumenta-se a parte dos lucros e da
de renda subdesenvolvidos poupança dos mais ricos na renda
(conflitante) nacional (Teoria do Bolo).

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Teoria e Política Macroeconómica: Metas de Política
Macroeconómica (Inter-relações e conflitos entre objetivos)

Reduz-se o desemprego.
Metas de Aproximando do pleno emprego,
Redução de os recursos tendem a escassear,
Emprego Com aumento provocando um aumento dos
e de compras custos de produção. Podendo
Estabilidade aumentar a inflação (exceto,
de quando estiver ocorrendo um
significativo aumento de
Preços produtividade).

O administrador público (policy-maker) tem de fazer escolhas quanto à ênfase a ser


dada a diferentes objetivos. Cada combinação afeta diferentes grupos na sociedade
de diferentes maneiras, e qualquer escolha estará sujeita à objeção política pelos
representantes dos grupos para os quais a escolha alternativa é pior. 14
Teoria e Política Macroeconómica: Estrutura da Análise
Macroeconómica

Mercados Var. Determinadas


Produto Nacional
Parte Real Mercado de Bens e Serviços Nível Geral de Preços
da Economia
Mercado de Trabalho Nível de Emprego
Salários Nominais
Parte Monetária Mercado Financeiro Taxa de Juros
da economia (monetário e títulos) Estoque de Moeda

Mercado de Divisas Taxa de Câmbio

O governo deve atuar em duas frentes: i) na capacidade produtiva (Produção


Agregada) e ii) nas despesas planeadas (Demanda Agregada) permitindo à economia
operar a pleno emprego, com baixas taxas de inflação e distribuição justa de
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rendimento.
Teoria e Política Macroeconómica: Instrumentos de
Política Macroeconómica

• Política Fiscal: decisões sobre a arrecadação e os gastos do


governo;

• Política Monetária: decisões sobre o volume de moeda na


economia, a taxa de juros e o crédito;

• Política Cambial e Comercial: combate a inflação x equilíbrio


externo, saldo do BP equilibrado;

• Política de Rendas: interferências na formação de Preços e


Salários, desenvolvimento econômico.
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Teoria e Política Macroeconómica: Instrumentos de
Política Macroeconómica (Política Fiscal)

Instrumentos Anti- Maior Melhor Dist.


disponíveis inflacionárias Crescimento de Rendimento
Controlo de Diminuição Gastos em
Aumento
suas despesas dos gastos setores/ regiões
dos gastos
(política de gastos) mais atrasados

Arrecadação de Aumento da Diminuição da Impostos


tributos (política carga tributária carga tributária progressivos
tributária)
Inibe Consumo Estimula consumo Benefício a
RESULTADO e Investimento e Investimento grupos menos
favorecidos
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Teoria e Política Macroeconómica: Instrumentos de
Política Macroeconómica (Política Monetária)

É a atuação do governo sobre a quantidade de moeda, de crédito e


das tx. de juros. É uma política de curto prazo com o objetivo de
estabilizar o nível geral de preços.

Os instrumentos:
• Emissões de moeda
• Reservas compulsórias (% sobre depósitos à vista dos bancos
comerciais junto ao Banco Central)
• Open market (compra/venda de títulos públicos)
• Redescontos (empréstimo do Bacen aos bancos comerciais)
• Regulamentação sobre crédito e tx. de juros. 18
Teoria e Política Macroeconómica: Instrumentos de
Política Macroeconómica (Política Monetária)

Instrumentos Anti- Maior Melhor Dist.


disponíveis inflacionárias Crescimento de Rendimento
stock Diminuir Aumento
monetário (Enxugar) do stock
Reservas Aumento da tx. Diminuição da tx.
compulsórias
Open Market Venda de Compra
títulos de títulos
Inibe Consumo Estimula consumo Solução mais
RESULTADO
e Investimento e Investimento complexa
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Teoria e Política Macroeconómica: Instrumentos de
Política Macroeconómica (Política Fiscal X Política Monetária)

Política Fiscal Política Monetária


Como política Combinação Combinação
económica pode...
Melhoria na Mais eficiente Mais difusa
distr. de renda (tributação e gastos) e genérica

Efeitos Não tem. Depende de Depende apenas de


imediatos mudança na Legislação e decisões diretas das
Princípio da anterioridade. autoridades monetárias.
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Teoria e Política Macroeconómica: Instrumentos de
Política Macroeconómica (Política Cambial e Comercial)

Política que atua sobre as variáveis relacionadas ao setor externo da


economia.

Controlo do Governo
Política Cambial Taxa de Câmbio (Fixo, flutuante etc.)

Instrumentos de incentivo às exportações


Política Comercial e/ou estímulo/desestímulo às importações,
sejam fiscais, creditícios, seja estabeleci-
mento de cotas etc.
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Teoria e Política Macroeconómica: Instrumentos de
Política Macroeconómica (Política de Rendas)

Os agentes económicos ficam proibidos de levar a cabo o


que fariam, em resposta a influências normais do mercado.

Normalmente, esses controles são utilizados como política


de combate a inflação.

Influenciam diretamente: salários, lucros, juros, aluguel.

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Sistema de Contas Nacionais

Contas Básicas:
• Produto Interno Bruto
• Renda Nacional Disponível
• Transações Correntes com o Resto do Mundo
• Capital
Conta Complementar:
• Conta Corrente das Administrações Públicas

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Sistema de Contas Nacionais
Definição: o objetivo do sistema de contas nacionais é permitir a
mensuração e a agregação em uma única conta, onde a agregação
é feita através dos preços.
Característica: não considera os chamados bens e serviços
intermediários (que são absorvidos na produção de outros
produtos), ou seja, esse sistema considera apenas os bens e
serviços finais.
Pressupostos:
1. As contas procuram medir a produção corrente. Não são considerados bens
produzidos em período anterior, apenas a remuneração do vendedor (que é
remuneração a um serviço corrente);
2. As contas referem-se a um fluxo (normalmente 1 ano. Os agregados correspondem
a variáveis fluxo (são consideradas ao longo de um período – dimensão temporal).
3. A moeda é neutra, no sentido de que é considerada apenas como unidade de
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medida e instrumento de trocas.
Principais Agregados Macroeconómicos (Fluxo Circular de
Renda)
Economia fechada, sem governo e sem formação de capital
Três óticas de mensuração: Produto = Despesa = Renda
Produto Nacional (PN): é o valor de todos os bens e serviços finais produzidos
em determinado período de tempo.
PN =  pi qi
Despesa Nacional (DN): é o valor de todas as despesas realizadas pelos agentes:
consumidores, empresas, governo e estrangeiros na compra de bens e serviços
finais.
DN = Despesas de Consumo (C)
Renda Nacional (RN): é a soma dos rendimentos pagos às famílias, que são
proprietárias dos fatores de produção, pela utilização de seus serviços, em um
período de tempo.
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RN = salários (w) + juros (j) + aluguéis (a) + lucros (l)
Principais Agregados Macroeconómicos (Fluxo Circular de
Renda)
Fluxo monetário
Mercado de Bens e Serviços Fluxo real
Despesas de Consumo de Bens e Serviços

Fornecimento de Bens e Serviços


PN = pi.qi

DN = C
Famílias RN = w + j + a + l Unid. Produtoras

Fornecimento dos Serviços dos Fatores de Produção

Remuneração aos Serviços dos Fatores de Produção


Mercado de Fatores de Produção 26
Principais Agregados Macroeconómicos (Fluxo Circular de
Renda)
Economia fechada, sem governo e sem formação de capital
Como não existem estoques, tudo que se produz, se vende.
PN = DN
Como no agregado, são excluídas as compras de bens
intermediários. A empresa gasta com pagamentos a fatores de
produção tudo o que recebe pela venda de bens e serviços (PN=DN).
Na prática (mede-se o PN) pelo conceito de Valor Adicionado
Consiste em calcular o que cada ramo da atividade adicionou ao
valor do produto final, em cada etapa do processo produtivo.

V. Adicionado = V. Bruto de Produção – Cons.de Prod. Intermed.


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(Receita de vendas)
Principais Agregados Macroeconómicos (Valor
Adicionado)

Valores (x Mil)
TRIGO FARINHA PÃO
a) Receita de Vendas (VBP) 100 400 1.000 PN=DN= 1.000
b) Compras Intermediárias 0 100 400
Valor adicionado (a-b) 100 + 300 + 600 = 1.000 = RN

Renda paga pelo setor de trigo aos fatores de produção (VA trigo)
Renda paga pelo setor de farinha aos fatores de produção (VA farinha)
Renda paga pelo setor de panificação aos fatores de produção (VA pão)

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Contabilidade Social: Principais Agregados
Macroeconómicos

Existem 04 formas diferentes de medir o resultado económico


de um país, todas conduzindo a um mesmo valor numérico:

Soma dos produtos finais das empresas produtoras (PN)


Soma das despesas dos agentes com o Produto Nacional (DN)
Soma de rendimentos de salários, juros, aluguéis e lucros (RN)
Soma de valores adicionados dos setores de atividade (RN)

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Principais Agregados Macroeconómicos

Economia fechada, sem governo e com formação de capital


Hipóteses:
• As Famílias além de consumir podem poupar;
• As Empresas além de produzir bens de consumo, produzem e investem em
bens de capital.

POUPANÇA (S): parcela da RN não consumida no período. Sendo assim:


S = RN – C
INVESTIMENTO (I): gasto com bens que aumentam a capacidade produtiva da
economia (Capacidade de gerar Rendas Futuras = Taxa de Acumulação de Capital).
I = PN – C
onde: PN = Bens de Consumo + Bens de Investimento
I = Ibk + E 30
Principais Agregados Macroeconómicos

Observações sobre o investimento:


1. E = Et – Et-1 (Variável fluxo, medida ao ano);
2. Não se deve confundir Investimento no sentido vulgar com investimento
no sentido econômico. Ex.: Investir em ações não representa aumento da
capacidade produtiva, a não ser que se esteja investindo, por exemplo, em
instalações.
3. O investimento em ativos de segunda mão (imóveis,...) não é
contabilizado como investimento agregado, sendo apenas uma
transferência de ativos, que se compensa: alguém “desinvestiu”. Esses
bens já foram computados no passado.
4. Os bens de consumo duráveis (TV, automóveis,...), embora não sejam
consumidos no presente e gerem fluxo de serviços no futuro, não são
considerados como investimento (há controvérsias).
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Principais Agregados Macroeconómicos

Economia fechada, sem governo e com formação de capital

DEPRECIAÇÃO (d): é o consumo de estoque (desgaste) de capital físico, em dado


período. Conseqüência: sucata ou obsolescência.

Investimento Bruto (IB) e Investimento Líquido (IL)


IL = IB - d
IL = Acumulação Líquida de Capital = Diferença entre novos inv. (IB) e
depreciação

PRODUTO NACIONAL BRUTO (PNB) E LÍQUIDO (PNL)


PNL = PNB - d

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Principais Agregados Macroeconómicos

A identidade S = I “ex-post”

Como: S = RN – C e I = PN – C e PN = RN

Logo: S=I

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Principais Agregados Macroeconómicos

Ex.: PN = RN = 100. Com a venda do produto (PN)


as empresas remuneram as famílias (RN). Se as
famílias decidem consumir apenas 80 (C = 80):
S = RN – C = 20
Parte de PN = 100 não foi comprada, pois as
famílias não gastaram tudo. Assim:

I= E = 20 e S = I = 20
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Principais Agregados Macroeconómicos

Ex.: PN = 100.
Sendo: Bens de Consumo = 70
Bens de capital = 30 (Investimento)
RN = 100 (As famílias receberam 100)
Sobraram para as famílias 30 (corresponde à Poupança)

S = I = 30

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Principais Agregados Macroeconómicos (Economia a três
setores: O Setor Público)

Receita Fiscal:

IMPOSTOS INDIRETOS (Ti): incidem sobre bens e serviços. Ex.: IVA, ICE –
Imposto sobre consumos especiais.

IMPOSTOS DIRETOS (Td): incidem sobre as pessoas (físicas e jurídicas). Ex.:


IUR, IRS, IPU.

CONTRIBUIÇÕES À PREVIDÊNCIA SOCIAL: encargos trabalhistas recolhidos


de empregados e empregadores.

OUTRAS RECEITAS: taxas (Ex.: Multas, aluguéis, ...)

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Principais Agregados Macroeconómicos (Economia a três
setores: O Setor Público)

Gastos do Governo:
Gastos com ministérios, secretarias e autarquias = Receitas
provêm de dotações orçamentárias.
Gastos das empresas e sociedades de economia mista
Provêm da venda de bens e serviços no mercado.
Gastos com transferências e subsídios

Gastos > Receita Fiscal Déficit Primário (Fiscal)


Se :
Gastos < Receita Fiscal Superávit Primário (Fiscal)
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Principais Agregados Macroeconômicos (Economia a três
setores: O Setor Público)

PRODUTO NACIONAL A PREÇOS DE MERCADO (PNpm): é


medido a partir dos valores pagos pelo consumidor.

PRODUTO NACIONAL A CUSTO DE FATORES (PNcf): é


medido a partir dos valores pagos que refletem os custos de
produção, a remuneração dos fatores (w + j + a + l). Como é medido
pela ótica dos rendimentos, é a própria RNcf.

PNpm = RNcf + Ti - Sub

Associa-se, normalmente, Renda Nacional à RNcf e Produto Nacional


à PNpm 38
Principais Agregados Macroeconómicos (Economia a três
setores: O Setor Público)

CARGA TRIBUTÁRIA BRUTA E LÍQUIDA

 Impostos Indiretos  Impostos Diretos 


Índice de Carga Tributária Bruta =  100
 PIBpm
 

  Imp. Ind.  Imp. Dir.   Transf. + Sub. 


Índice de Carga Tributária Líquida =  100
 PIB pm
 

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Principais Agregados Macroeconómicos (O Setor Externo)

EXPORTAÇÕES (X): são as compras dos estrangeiros de nossos bens e serviços.


São os gastos do setor externo com nossas empresas.

IMPORTAÇÃO (M): são as aquisições de bens do exterior. Parte da renda gerada


no país que “vaza” para fora.

RENDA ENVIADA AO EXTERIOR (RE): parte do que foi produzido


internamente não pertence aos nacionais (Ex.: capital e tecnologia). A remuneração
desses fatores vai para fora do país, na forma de remessa de lucro, royalties, juros.

RENDA RECEBIDA DO EXTERIOR (RR): recebemos renda devido à produção


de nossas empresas operando no exterior.

RLEE = RE – RR (No Brasil, RLEE > 0)


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Principais Agregados Macroeconómicos (O Setor Externo)

PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB): é a renda devida à produção


dentro dos limites territoriais do país.

PRODUTO NACIONAL BRUTO (PNB): renda que pertence


efetivamente aos nacionais, incluindo a renda recebida de nossas
empresas no exterior, e excluindo a renda enviada para o exterior
pelas empresas estrangeiras localizadas em Cabo Verde.
PIB = PNB + RLEE

Se : RE > RR RLEE > 0 PIB > PNB

RE < RR RLEE < 0 PIB < PNB


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Principais Agregados Macroeconómicos (Despesa Nacional
- DN)

DN = C + I + G + X – M
As importações (M) aparece devido ao fato de que elas estão
embutidas nas demais despesas agregadas (C, I, G, X).
A Despesa Agregada é apresentada a preços de mercado, já que são
valores finais. Em Cabo Verde, utiliza-se mais o conceito de Despesa
Interna que Nacional. Não é calculada a depreciação pois, são
utilizados os conceitos agregados em termos brutos.

DIBpm = C + I + G + X – M
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Principais Agregados Macroeconómicos (Valores Reais e
Nominais)

PN Nominal (ou PN Monetário): PN a preços correntes do ano


PN2000 =  pi2000 . qi2000 - produto de 2000, avaliado a preços de 2000.
PN2001 =  pi2001 . qi2001 - produto de 2001, avaliado a preços de 2001.

PN Real (ou PN deflacionado): PN a preços constantes de


determinado ano (chamado ano-base).
PNREAL 2000 =  pi2000 . qi2000 Preços permanecem constantes em
2000. Elimina-se a influência dos
PNREAL2001 =  pi2000 . qi2001 preços (Inflação). Com isso tem-se o
PNREAL2002 =  pi2000 . qi2002 crescimento real
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Principais Agregados Macroeconómicos (Valores Reais e
Nominais)

P/ deflacionar:

PNREAL = PN Nominal x 100


Índice de Preços

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Principais Agregados Macroeconómicos (Valores Reais e
Nominais)
PIB em dólares correntes: preços em dólares, à taxa de câmbio corrente.

PIBCabo Vrde =  PUS$ qCabo Verde


(P US$ = preços em escudos, convertidos em dólares pela taxa de câmbio corrente)

PIB em dólares PPP (Purchasing Power Parity): produção do país, medida


a preços das mercadorias nos USA (país base, ou de referência).

PIBPPP Cabo Verde =  PUS$USA qCabo Verde (preços em US$ nos USA)
PIBPPP China =  PUS$USA qChina
PIBPPP USA =  PUS$USA qUSA

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Principais Agregados Macroeconómicos (IDH - Índice de
Desenvolvimento Humano)

O IDH – Índice de Desenvolvimento Humano mede o grau de


desenvolvimento sócio-económico dos países. Constitui-se de uma média
aritmética de 3 índices, variando de 0 a 1 (quanto mais próximo de 1, maior o
padrão de desenvolvimento humano):

-Índice de Expectativa de Vida

-Índice do PIB per capita (em dólares PPP)

-Índice de Educação (média ponderada:


75% Índice de Alfabetização
25% Índice de Escolaridade de jovens entre 7 e 22 anos )

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O Mercado de Bens e Serviços: O Lado Real

Contabilidade Nacional: medição do produto efetivamente


realizado (ex-post).

Teoria Macroeconómica: refere-se ao produto potencial,


desejado, planeado. Análise dos agregados ex-ante. Estuda
as alternativas para levá-lo ao pleno emprego.

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O Mercado de Bens e Serviços: O Lado Real (Modelo
Keynesiano Básico)
Curva de Demanda Agregada de Bens e Serviços (DA): composta
pela demanda de quatro agentes macroeconómicos:

DA = C + I + G + (X – M)
onde:
C = consumo (famílias e empresas) Nível Geral Curva de Demanda
I = investimento (bens de capital) de Preços Agregada (DA)
G = gastos do governo (saúde, investimento, etc)
X = exportações (bens e serviços)
M = importações (bens e serviços)

Renda Nominal Y  Y
Renda Real = 
Nível de Preços  P  P
Q = PNREAL= y = Y/P
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O Mercado de Bens e Serviços: O Lado Real
Curva de Oferta Agregada de Bens e Serviços (OA): quantidade de
bens e serviços que os produtores estão dispostos a colocar no mercado.
OA = Renda Nacional = Produto Nacional Real
Nível Geral Curva de Oferta
de Preços Agregada (OA) A: aumenta Q, com P constante,
caso haja desemprego de recursos;

C B: situação intermediária;

B
YPLENOEMPREGO

A C: aumenta P, com Q constante,


caso os recursos estiverem
plenamente empregados.

Q = PNREAL= y = Y/P 49
O Mercado de Bens e Serviços: O Lado Real

Curva de Oferta Agregada de Bens e Serviços (OA)

Nível Geral
Curva de OA
de Preços
Simplificada
A: trecho Keynesiano (desemprego)

C: trecho Clássico (pleno emprego)


C
Desemprego: quando a DA é
A insuficiente para absorver a produção
agregada de pleno emprego.

Y
YPLENOEMPREGO
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O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico

Nível Geral Curva de OA 1ª. Desemprego de Recursos. A DA situa-


de Preços Simplificada se abaixo da OA de pleno emprego. Preços
constantes e as variáveis consideradas em
valores reais (deflacionadas). (A)

2ª. Curto Prazo. A curto prazo, o estoque


dos fatores de produção são considerados
A
constantes. Embora, a força de trabalho e a
capacidade produtiva instalada sejam fixas,
seus níveis de utilização variem.
Y
Y0 YPLENOEMPREGO

51
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico
3ª. A curva de OA é fixada (decorrência
Nível Geral da hipótese 2ª). OA = f(N,K,Tec). Como
de Preços esses fatores de produção são constantes a
curto prazo, a OA permanece fixa (não há
deslocamentos, apenas movimentos ao
DA0 DA1 longo da curva.

4ª. A curto prazo, apenas a demanda


agregada provoca variações no nível de
equilíbrio da renda nacional. (Corolário
das anteriores) Para tirar a economia de
Y uma situação de desemprego, a curto prazo,
Y0 YPLENOEMPREGO deve-se procurar elevar a DA. DA é mais
sensível a curto prazo que a OA.
52
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico

Nível Geral
de Preços
PRINCÍPIO DA
DEMANDA EFETIVA

DA0 DA1 A DA determina a produção (Keynes).


Inverte um dos principais postulados
da Teoria Clássica, a chamada Lei de
Say, pela qual a OA é que determina
a procura.
Y
Y0 YPLENOEMPREGO

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O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro)
Função consumo (C): o consumo agregado é função crescente do nível de renda
nacional (Y). O modelo mais simples supõe o consumo como uma função linear.
C  f Y 
C  a  by
onde: a = consumo autônomo (independe da renda)
b = propensão marginal a consumir (declividade da reta), onde 0 < b < 1
C

a
Y

A propensão marginal a consumir (PMgC) é o acréscimo de consumo, dado a um acréscimo


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na renda nacional.
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro)

Função poupança (S): é a parcela da renda nacional não


consumida, em dado período de tempo.
S=y–C
sabemos que C = a + by e portanto:
S = -a + (1 - b)y
onde (1 – b) = propensão marginal a poupar
S S  a  1  b  y
1  b 

y
a 55
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro)
Função investimento (I): bens e serviços que visam a aumentar a
produção futura. É também conhecido como Formação Bruta
de Capital Fixo. O investimento pode ser dividido em:
1. Investimento visto como elemento da demanda agregada: é a
fase que gasta apenas com instalações, equipamentos, etc, antes
do investimento maturar e resultar em acréscimos de produção;

2. Investimento visto como elemento da oferta agregada: ocorre


quando aumenta a capacidade produtiva, após a maturação do
investimento.
Hipóteses:
I. A curto prazo, o investimento afeta apenas a demanda agregada;
II. O investimento é autônomo ou independente da renda nacional.
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O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro)
Função gastos do governo (G): os gastos do governo são autônomos em
relação à renda nacional:
G = constante ou G  f(y)
Função impostos ou tributação (T): no modelo simplificado a tributação é
autônoma, ou seja, não é induzida pela renda nacional:
T = constante ou T  f(y)
Neste caso a nova função consumo será:
C = a + b (y – T) = a – byd
onde yd = renda disponível
Função exportação (X) e importação (M): são variáveis autônomas em relação a
renda nacional (modelo simplificado):
X = constante ou X  f(y*)
M = constante ou M  f(y) 57
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico (Teorias da Função Investimento)

a) O investimento depende da taxa de juros


I = f (taxa de retorno esperada, taxa de juros), I/ Y < 0
Eficiência Marginal do Capital (EMC): é a taxa de retorno esperada sobre o investimento.
É a taxa que iguala o valor presente dos retornos líquidos esperados que se pode obter com o
investimento, ao preço de aquisição do equipamento.
• EMC > 1  é vantagem a firma investir (compra de bens de capital)
• EMC < 1  não é vantagem a firma investir
b) Princípio do acelerador: o investimento é influenciado, basicamente, pela taxa
de crescimento do produto, não pelo nível de produto.

K
I t  v Yt  Yt 1   vy onde v 
y
onde v = relação capital-produto capital-produto 58
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico (Função Demanda por Investimentos)

Fatores determinantes da decisão de investir

Preço de Aquisição
do Ben de Capital

Eficiência Marginal
do Capital (EMC) Faturamento
Esperado
Valor Presente dos
Demanda de
Retornos Líquidos
Investimentos (I)
Esperados
Taxa de Juros Custos de Operação e
de Mercado (i) Manutenção do
Equipamento

59
O Lado Monetário: Moeda – Conceito e Funções

Definição de moeda: objeto de aceitação geral, utilizado na troca


de bense serviços. Aceitação garantida por lei.

Promove e facilita o intercâmbio de


Instrumento ou bens e serviços. Evita a chamada
Meio de Troca economia de trocas ou escambo.

Medida de Unidade de Conta. Permite apurar o


Valor valor Monetário.

Reserva de
Liquidez absoluta. Efeitos da Inflação.
Valor
60
O Lado Monetário: Moeda – Conceito e Funções

Reserva de Valor: o que determina a riqueza de um país é


sua produção global e não o montante de moeda existente
(Falácia da composição).

Não precisa ter valor intrínseco ou ser lastreada em metal


precioso, bastando ter a confiança (moeda fiduciária) e a
aceitação geral pelos agentes econômicos.

61
O Lado Monetário: Meios de Pagamento (Conceito e
Composição)
Meios de Pagamento (Oferta de Moeda): representam todos os
haveres com liquidez imediata em poder do público, exceto o setor
bancário. São uma medida do nível de liquidez do sistema econômico.

M = PMPP + DV
Onde:
M = meios de pagamento
PMPP = papel moeda em poder do público (ativo de maior liquidez)
DV = depósito a vista (moeda escritural ou moeda bancária), é o valor
que o correntista tem, não é o cheque.
62
O Lado Monetário: Meios de Pagamento (Conceito e
Composição)

Moeda em poder do Público


M1 = (+) Depósitos a Vista nos Bancos Comerciais

Conceito M1
(+) Depósitos Especiais Remunerados
M2 = (+) Depósitos de Poupança
(+) Títulos emitidos por Instituições Depositárias

Conceito M2
M3 = (+) Fundos de Renda Fixa
(+) Posição líquida de títulos SELIC(Sistema Especial de
Liquidação e Custódia)

Conceito M3
M4 = (+) Títulos Públicos de alta liquidez
63
O Lado Monetário: Meios de Pagamento (“Criação” e
“Destruição” de Moeda)

Setor Bancário: pode criar ou destruir moeda. É permitido aos


bancos comerciais manterem depósitos do público e emprestar uma
quantia superior a suas reservas monetárias (podem emprestar parte
de suas obrigações, que são os depósitos a vista).

Setor não Bancário: as unidades familiares, as empresas, o


Governo e o sistema financeiro não-monetário (BNDS, Banco de
Investimento). Não recebem depósitos à vista, apenas transferem
dinheiro dos emprestadores para os tomadores.

64
O Lado Monetário: Meios de Pagamento (“Criação” e
“Destruição” de Moeda)
BASE MONETÁRIA (B): total de moeda “física” injetada pelo Banco Central
na economia. Também chamada de Passivo Monetário do Banco Central ou ainda
High Powered Money (moeda de alta potência). Emissão Primária de Moeda,
corresponde ao Passivo Não-Remunerado da Autoridade Monetária.

B = PMPP + Reservas dos Bancos Comerciais

As Reservas Bancárias Totais (R) são compostas por Encaixe em moeda corrente
(R1), Reservas Voluntárias (R2) e Reservas Compulsórias (R3), dos bancos
comerciais junto ao Banco Central.
Assim:
R = R1 + R2 + R3 PME = PMPP + R1 B = PMPP + R1+R2+R3
onde: PME = papel moeda emitido
65
O Lado Monetário: Meios de Pagamento (“Criação” e
“Destruição” de Moeda)

Fatores que afetam a Base Monetária: o aumento ou diminuição


da base monetária se dá por variações do Ativo do Banco Central
não compensadas por variações do Passivo Não Monetário.
Exemplos:
• Operações com Câmbio: quando o BC compra (vende) USD do mercado para
as reservas internacionais há uma expansão (contração) da base monetária;
• Operações com Títulos Públicos: quando o BC compra (vende) títulos públicos
ao mercado há expansão (contração) da base monetária;
• Operações do Tesouro Nacional: pagamentos ao (recebimentos do) Tesouro
Nacional contraem (expandem) a base monetária;
• Operações com o Sistema Financeiro: a concessão de redesconto bancário
expande B e o recolhimento de compulsório sobre Depósitos a Prazo contrai
66 B.
O Lado Monetário: Oferta de Moeda pelos Bancos
Comerciais (O Multiplicador Monetário)
Mostra o grau de expansão da base monetária (B), (moeda primária emitida),
através dos empréstimos dos bancos comerciais, e conseqüente criação de meios de
pagamentos (M1). Ou seja, os meios de pagamento são um múltiplo da base
monetária:
M 1  mB

1
m
onde: c  d ( R1  R 2)
m = multiplicador da base monetária
c = taxa de retenção do público = PMPP / M
d = taxa de depósitos à vista = DV / M
R1 = taxa de encaixe dos bancos comerciais = R1 / DV
R2 = taxa de reservas dos bancos comerciais = R2 / DV
67
O Lado Monetário: Oferta de Moeda pelos Bancos
Comerciais (O Multiplicador Monetário)
Fatores que afetam o multiplicador:
• Taxa de reservas bancárias (% reservas dos bancos comerciais sobre os
depósitos à vista);
• Taxa de retenção de moeda pelo público (% de moeda em poder do público
sobre os meios de pagamento).
Um aumento dessas taxas diminui o valor do multiplicador). Por exemplo, dados
de dezembro de 2001, em milhões contos:

PMPP = 21.185 DV = 29.522 (R) = 15.018


M 1 PMPP  DV 21.185  29.522 50.707
m     1, 4
B PMPP  R 21.185  15.018 36.203
Portanto, um aumento de, por exemplo, 1 bilhão da base monetária, leva a um
aumento de 1,4 bilhões no saldo dos meios de pagamentos. 68
O Lado Monetário: Oferta de Moeda (Objetivos e
Instrumentos de Política Monetária)
Objetivos: a função da política monetária é regular o ritmo de crescimento da
demanda agregada da economia no curto prazo, de tal maneira a impedir um
crescimento mais rápido que o da oferta agregada, evitando assim preções no nível
geral de preços (pressões inflacionárias). Para tanto o Banco Central se utiliza de
alguns instrumentos:
1. Compulsório: é a parcela dos depósitos a vista que um banco deve manter
obrigatoriamente depositada no Bacen, sem remuneração.;
• Aumento do compulsório diminui a disponibilidade de recursos para
empréstimos e, assim, diminui a oferta de moeda.
2. Redesconto ou Empréstimo de Liquidez: é uma linha de empréstimos do BC
aos bancos comerciais em situações de falta temporária de liquidez (geralmente
esta linha é punitiva);
• Aumento da taxa de redesconto leva os bancos diminuirem a oferta de
moeda
69
O Lado Monetário: Oferta de Moeda (Objetivos e
Instrumentos de Política Monetária)
3. Operações de Open Market ou Mercado Aberto: são compras ou vendas
de títulos públicos realizadas pelo Bacen junto ao sistema bancário. É o
instrumento de maior eficência no mercado financeiro para ajustar a liquidez
do mercado monetário .
• Quando o Bacen compra títulos públicos do mercado ele injeta escudos,
elevando a liquidez da economia devido ao aumento da oferta de moeda.
• Quando o Bacen vende títulos públicos do mercado ele retira escudos,
diminuindo a liquidez da economia devido à redução da oferta de moeda
4. Controle do Crédito: a Autoridade Monetária pode afetar a disposição dos
bancos em conceder crédito ou tomar posições no mercado de títulos, de
câmbio ou futuros de acordo com:
• Regulação do crédito;
• Persuasão moral;
• Supervisão e Fiscalização bancária 70
Inflação: Conceito

Definição: inflação é o aumento contínuo e generalizado no nível


geral de preços.

Custos gerados pela inflação:

• a distribuição de renda (concetração de renda);


• o Balanço de Pagamentos (desequilíbrio interno e externo);
• as expectativas (perda das expectativas);
• o mercado de capitais (desestímulo a aplicação);
• ilusão monetária: ocorre principalmente quando a inflação é alta
e estável, levando os agentes econômicos a tomarem decisões
equivocadas.
71
Inflação: Distorções
Distribuição de Renda

• Os que mais perdem são os trabalhadores de baixa renda (não mantêm


aplicação financeira , pois tudo que ganham, gastam na subsistência).
• Os empresários, que conseguem repassar os aumentos de custos provocados
pela inflação, garantem os lucros.
• O governo ganha via correção de impostos e tarifas públicas.

Balanço de Pagamentos

• Elevadas taxas de inflação, em níveis superiores ao aumento de preços


internacionais, encarecem o produto nacional relativamente ao produzido no
exterior. Assim, provocam o estímulo às importações e desestímulo às
exportações, diminuindo o saldo da balança comercial.

72
Inflação: Distorções
Formação de Expectativas

• O setor privado, em particular o setor empresarial, são bastante sensíveis com


relação aos investimentos, dado a imprevisibilidade da economia e portanto
dos lucros.

Mercado de Capitais

• Em um processo inflacionário, o poder de compra da moeda deteriora-se e


portanto há um estímulo na aplicação de bens de raiz (Terra, imóveis). E
desestímulo na aplicação no mercado de capitais financeiros

73
Inflação: Tipos de inflação

I. Inflação de Demanda: excesso de demanda agregada em relação à


produção disponível. Ocorre principalmente quando a economia estiver em
pleno emprego. Abaixo do pleno emprego, um aumento na produção de bens
e serviços, pela maior utilização de recursos antes desempregados, não,
necessariamente, ocorrerá aumento generalizado de preços.
Nível Geral  M s  C  DA  OAcp  P
de Preços
OA
DA1 A curto prazo, a demanda agregada
DA0 é mais sensível à alterações de
P1 política econômica que a oferta
agregada (longo prazo). Assim, a
P0 política preconizada para combatela
seria a que provocasse redução
Y desta procura por bens e serviços.
Y0 Y1
74
Inflação: Tipos de inflação
II. Inflação de Custos: inflação de OFERTA. O nível de demanda permanece o
mesmo, mas os custos de certos insumos aumentam e são repassados aos
preços dos produtos. Está associada, também, ao monopólio e oligopólio
(de certas empresas) que conseguem elevar seus lucros acima da elevação
dos custos de produção.
 Pinsumos  Custos de produção  Pfinal
Nível Geral Também pode se causada por aumentos
OA1
de Preços
OA0 autônomos nos preços de matérias-
DA primas básicas, os chamados choques
P1
de matérias-primas (crise do petróleo,
P0 choques agrícolas). Política adotada:
Controle direto de preços (via política
salarial rígida, fiscalização sobre os
lucros dos oligopólios, controle de
Y
Y1 Y0 preços dos produtos).
75
Inflação: Tipos de inflação
III. Inflação de Inercial: provoca a perpetuação das taxas de inflação anteriores,
que são sempre repassados aos preços correntes.
IV. Inflação de Expectativas: estaria associada aos aumentos de preços
provocados pelas expectativas dos agentes de que a inflação futura tende a
crescer, e eles procuram resguardar suas margens de lucro.
V. Hiperinflação: os fatores que levam a uma hiperinflação são:
• Crise orçamentária;
• Governo não consegue se financiar via emissão de títulos;
• Neste caso o governo começa a se financiar via emissão de moedas.
Como acabar com uma hiperinflação?
• Fazer ajuste fiscal;
• Regras que acabem com a monetização do déficit;
• Reforma monetária;
• Âncora cambial
• Independência do BC (fim da monetização do déficit). 76
O Setor Externo: Fundamentos do Comércio Internacional

O que leva os países a comercializarem entre si ?


Teoria das Vantagens Comparativas: formulada por David Ricardo em 1817;
sugere que cada país deva especializar-se na produção daquela mercadoria em que é
relativamente mais eficiente (ou que tenha um custo relativamente menor).

Desvantagens: é uma teoria estática, não leva em consideração a evolução das


estruturas de oferta e demanda, nem as relações de preços entre os produtos
negociados.

Teoria Moderna do Comércio Internacional (Modelo de Hecksher – Ohlin):


postula que as vantagens comparativas e, logo, a direção do comércio, estarão dadas
pela escassez ou abundância relativa dos fatores de produção.

77
O Setor Externo: Taxa de Câmbio e Regimes Cambiais
Taxa de câmbio nominal: é o preço da moeda (divisa) estrangeira em temos da
moeda nacional ou vice-versa. No caso de Cabo Verde é quanto se precisa em termos
da moeda nacional (esudos) para se comprar uma unidade de uma moeda estrangeira.
Seu preço é determinado pela oferta e demanda de divisas.

Oferta de Divisas: depende do volume de exportações e da entrada de capitais


externos;
Demanda de Divisas: depende do volume das importações e da saída de capitais
externos (amortização de empréstimos, remessa de lucros, pagamentos de juros,
etc.).

78
O Setor Externo: Taxa de Câmbio e Regimes Cambiais

OFERTA DE DIVISAS > DEMANDA DE DIVISAS

Aumenta a disponibilidade de moeda estrangeira


(valorização cambial)

OFERTA DE DIVISAS < DEMANDA DE DIVISAS

Diminui a disponibilidade de moeda estrangeira


(desvalorização cambial)
79
O Setor Externo: Taxa de Câmbio e Regimes Cambiais

Taxa Fixa de Câmbio: o Banco Central fixa a taxa de câmbio:


• Maior previsibilidade aos agentes do mercado.
• Evita aumentos de preços de produtos importados, sendo, portanto, útil
para controle da inflação.

Taxa de Câmbio Flutuante: a taxa é determinada pelo mercado de


divisas (oferta e de demanda):
• Dirty Floating: (mais adotado) regime de câmbio flutuante, mas com
intensa atuação do Banco Central, na venda e na compra, que procura
mantê-la em níveis relativamente estáveis;
• Minibanda cambiais: o regime é flutuante, porém dentro de limites
fixados pelo Banco Central.
80
O Setor Externo: Taxa de Câmbio e Regimes Cambiais
Câmbio Flutuante
Câmbio Fixo
(Flexível)

 BC fixa a taxa de câmbio;  O mercado determina a taxa de câmbio;


Características  BC é obrigado a disponibilizar  BC não é obrigado a disponibilizar reservas
reservas cambiais. cambiais.

 Maior controle da inflação (custo  Política monetária mais independente do


das importações). câmbio.
Vantagens
 Reservas cambiais mais protegidas de
ataques especulativos.

 Reservas cambiais vulneráveis a  A taxa de câmbio fica muito dependente da


ataques especulativos; volatilidade do mercado financeiro nacional e
internacional;
Desvantagens
 A política monetária (taxa de  Maior dificuldade de controle das pressões
juros) fica dependente do volume de inflacionárias, devido às desvalorizações
reservas cambiais. cambiais.
81
O Setor Externo: Organismos Financeiros Internacionais
Mudanças na economia após a Segunda Guerra Mundial levaram ao surgimento de
órgãos de fomento ao desenvolvimento econômico e financeiro.
I. Acordo de Bretton Woods
• Estabeleceu o padrão dólar-ouro, consagrando o dólar como moeda internacional,
baseando sua conversibilidade nas reservas de ouro;
• 1971 – rompimento do acordo pelos EUA e adoção de taxas de câmbio flutuantes.
II. Fundo Monetário Internacional
• Tem como objetivo promover a cooperação monetária entre as nações;
• Ajuda a problemas conjunturais no BP e estimula o comércio internacional.
III. Banco Mundial (Banco Mundial de Reconstrução e Desenvolvimento – Bird)
• Captador e fornecedor de crédito para investimentos produtivos em países
subdesenvolvidos.
IV. Acordo Geral de Tarifas e Comércio (Gatt)
• Regras e instituições que regulem o comércio internacional.
82
O Setor Externo: Globalização Produtiva e Financeira

Globalização Produtiva: produção e distribuição de valores dentro de


redes em escala mundial, com o acirramento da concorrência entre
grandes grupos multinacionais. Contribui para a melhoria do padrão
de vida em escala mundial.

Conseqüências Perversas:
• Aumento do desemprego estrutural em muitos países
• A tendência de desnacionalização do setor produtivo
• Concentração da produção e comércio em grandes empresas.

Necessidade de maior atuação do Estado (Regulamentação)

83
O Setor Externo: Globalização Produtiva e Financeira
Globalização Financeira: crescimento do fluxo financeiro
internacional, baseado mais no mercado de capitais que no sistema de
crédito. São afetados por expectativas e políticas cambiais e
monetárias.
Principais características:

• perda da importância do crédito bancário e crescimento dos mercados de


títulos;
• crescimento dos chamados investidores institucionais (fundos de pensão,
seguradoras, fundos mútuos etc.)
• processo de liberalização financeira;
• crescimento da participação dos países emergentes nos mercados internacional
de títulos (beneficiado pelas baixas taxas de juros nos países desenvolvidos);
• inovações financeiras: derivativos, modelos de risco etc.;
• progressos na tecnologia de comunicação.
84
O Setor Externo: Globalização Produtiva e Financeira
Vantagens:

• Eleva a liquidez internacional: maiores possibilidades de financiamento de


déficits em transações correntes;
• Em Cabo Verde, a entrada de capitais de curto prazo teve uma vantagem
adicional: ao possibilitar a valorização da taxa de câmbio, contribuiu para o
sucesso do Plano (âncora cambial).

Desvantagens:

• Eleva a vulnerabilidade externa do país frente a crises financeiras


internacionais. Exemplo: vulnerabilidade da economia caboverdiana nos anos
90;
• Taxas de câmbio e juros mais instáveis;
• Efeito contágio
• Conspira contra a globalização produtiva 85
Política Fiscal e Déficit Público: As Funções Económicas
do Setor Público

Função Alocativa do governo está associada ao fornecimento de bens


e serviços não oferecidos adequadamente pelo sistema de mercado
(chamados bens públicos).

Bens Públicos: são bens de uso coletivo

Característica: impossibilidade de excluir determinados indivíduos


de seu consumo, uma vez delimitado o volume à disposição do
público. Ex.: meteorologia, defesa nacional e serviços de despoluição.

86
Política Fiscal e Déficit Público: As Funções Económicas
do Setor Público
Função Distributiva: depende da distribuição de renda que dependerá da
produtividade de cada indivíduo no mercado de fatores de produção e também da
influência das diferentes dotações iniciais de patrimônio. A atuação do Governo
como agente redistribuidor se dá através:
• Tributação Progressiva
• Subsídios para consumidores de baixa renda
• Gastos públicos para áreas mais pobres

Função Estabilizadora: relacionada com a intervenção do Estado na economia,


para alterar o comportamento dos níveis de preços e emprego, já que o pleno
emprego e a estabilidade de preços não ocorrem de maneira automática na economia.

87
Política Fiscal e Déficit Público: Estrutura Tributária –
Princípios de Tributação
Princípio da Neutralidade: quando os tributos não alterarem os preços relativos,
minimizando sua interferência nas decisões econômicas dos agentes de mercado.
Princípio da Eqüidade: distribuição de maneira justa do ônus entre os indivíduos.
Pode ser dividida em dois tipos:
• Princípio do Benefício: o indivíduo pagaria o tributo para igualar o preço do
serviço recebido ao benefício marginal que ele recebe.
Problemas:
Identificação do benefício que cada um atribui a diferentes quantidades do
bem ou serviço público;
As pessoas não teriam motivo para revelarem suas preferências (poderia
aumentar sua contribuição), já que o bem é público.
Aplicação do Princípio: Taxas (transportes, energia)
88
Política Fiscal e Déficit Público: Estrutura Tributária –
Princípios de Tributação

Princípio da Eqüidade (continuação…)


• Princípio da Capacidade de Pagamento: os agentes devem
contribuir de acordo com a sua capacidade de pagamento.
Exemplo: Imposto de Renda.
• Medidas utilizadas: Renda, consumo e patrimônio.
 Renda: normalmente são impostos progressivos;
 Consumo: abrangência global, logo, são normalmente
regressivos;
 Património: tem o problema de serem formados por fluxos de
renda passados que já foram anteriormente tributados.
89
Política Fiscal e Déficit Público: Efeitos da Política
Tributária sobre a Atividade Económica
Um dos objetivos do sistema tributário é não ter impactos negativos sobre a
eficiência económica. Sendo adequados, os impostos podem ser utilizados na
correção de ineficiências do setor privado. Os impostos podem ser divididos em:
Diretos: incidem diretamente sobre a renda das pessoas;
Indiretos: incidem sobre o preços das mercadorias.
• Específicos: valor fixo, independente do valor do bem;
• Ad Valorem: alíquota fixa sobre o valor do bem.
Estrutura Tributária:
• Progressiva: alíquota aumenta com o aumento da renda. Ex: I.R - Progressivo,
logo, mais justo do ponto de vista fiscal);
• Regressiva: quanto maior a renda, menor a tributação, em proporção à renda.
Ex.: Impostos indiretos (vendas);
• Proporcional (Neutra): todos pagam a mesma alíquota. 90
Política Fiscal e Déficit Público: Conceitos de Déficit
Público e Formas de Financiamento
Déficit Primário = Gastos Públicos Correntes (G) – Receita Fiscal Corrente (T)
É medido excluindo, do Déficit Total, a correção monetária e os juros reais da dívida contraída
anteriormente (É considerado o melhor método de avaliação da política fiscal, um a vez que elimina do
déficit presente os efeitos dos déficits anteriores.

Déficit Operacional = (G – T) + juros reais da dívida


É medido pelo déficit primário acrescido dos juros reais da dívida passada. Ou seja, é o
déficit total ou nominal, excluindo a correção monetária e a cambial (É considerada a
medida mais adequada para refletir as necessidades reais de financiamento do setor público).

Déficit Nominal = (G – T) + juros reais + correção monetária e cambial da dívida


= juros nominais da dívida pública
Essa medida indica o fluxo líquido de novos financiamentos, obtidos ao longo de um ano pelo setor
público não financeiro em suas várias esferas: União, governos estaduais e municipais, empresas
estatais e Previdência Social. 91
Política Fiscal e Déficit Público: Medindo a dívida pública

“Ativos” (só ativos líquidos) “Passivos”

Dívida Bruta do Setor Público

Créditos do governo geral 72% do PIB

-21% do PIB
“Patrimônio Líquido”
Dívida Líquida do Setor Público

-51% do PIB

Dados referentes a junho/200692


Política Fiscal e Déficit Público: Financiamento do Déficit

G – T < 0  Déficit Primário  Financiado por:


1. Emissão de Moeda  Inflação de Demanda
O Tesouro pede emprestado ao BC. Forma Inflacionária (Imposto Inflacionário), mas não
aumenta o endividamento público no setor privado. Também chamado de Monetização da
dívida, ou seja, o BC cria moeda (base monetária) para financiar o Tesouro.

2. Aumento dos Impostos (T) e/ou Queda de (G)  Informalismo /


Queda no nível de produto
3. Emissão de Títulos Públicos  Aumento da Dívida Pública
Venda de Títulos da dívida pública ao setor privado (interno e externo). O governo troca
títulos (ativo financeiro não monetário) por moeda, o que não gera inflação. No entanto,
provoca elevação da dívida pública. E ainda, sim, precisa oferecer juros mais atraentes,
elevando ainda mais o endividamento
93
Noções de Crescimento e Desenvolvimento Económico

Crescimento Económico: é o crescimento contínuo da renda per


capita ao longo do tempo. Procura dar ênfase a questões de curto
prazo ou conjunturais, relacionadas com as chamadas políticas de
estabilização (Nível de atividade, o emprego e preços)

Desenvolvimento Económico: é um conceito qualitativo. Melhora


dos indicadores de bem-estar económico e social (pobreza,
desemprego, desigualdade, condições de saúde, nutrição, educação e
moradia).
Estratégias de longo prazo para crescimento econômico equilibrado e
auto-sustentado.
Dados internacionais indicam amplas diferenças de desempenho
econômico. Por que? Quais são as fontes de crescimento?
94
Noções de Crescimento e Desenvolvimento Económico
Teoria do Crescimento e do Desenvolvimento
Suposição:
Recursos estejam plenamente empregados
(Análise do produto potencial, ou de pleno emprego)

Fontes de Crescimento: elementos que constituem a Função de


Produção Agregada (Capital e Mão de Obra):
• Aumento da força de trabalho (crescimento demográfico/imigração);
• Aumento do estoque de capital (ou capacidade produtiva);
• Melhoria na qualidade da mão-de-obra (via educação/treinamento);
• Melhoria tecnológica, que aumenta a eficiência na utilização do capital;
• Eficiência organizacional (interação eficiente dos insumos).

95
Noções de Crescimento e Desenvolvimento Económico

Problema p/ países em desenvolvimento:

É extremamente difícil acumular fatores de produção, capital


humano ou físico, com baixos níveis de renda.
O crescimento está limitado ao tempo que os fatores de produção
levam para se acumularem.
• Poupança Interna (Doméstica)
• Poupança Externa

96
Noções de Crescimento e Desenvolvimento Económico:
Estratégias de Desenvolvimento

1. Industrialização

2. Estratégia de Substituição de importações (?) Década de 50/60

3. Abertura Comercial, poupança extremamente elevada,


investimento em educação e políticas fiscais bem cuidadosas, com
o orçamento do governo permanecendo relativamente pequeno em
relação ao PIB. (Ex.: Tigres Asiáticos – Coréia, Taiwan, Hong
Kong e Cingapura)

4. Restrição do elevado crescimento populacional ( renda per capita )


97
Variáveis econômicas que afetam o modelo

As três principais variáveis que se combinam no modelo são:

 Trabalho: é a mão de obra utilizada;

 Capital: é o nível de investimento que eleva a capacidade


produtiva da economia;

 Tecnologia: é o conjunto dos métodos de produção que


combinam trabalho e capital em uma determinada
proporção, gerando como resultado determinado produto
nacional. 98
99

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