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Educação Ambiental

A IMPORTÂNCIA DA VIGILÂNCIA
SANITÁRIA E DOENÇAS AMBIENTAIS
Saúde e ambiente ou saúde ambiental (termo
mais usual) é o campo da saúde pública que reúne
conhecimentos, políticas públicas e intervenções
(ações) relacionadas à interação entre saúde humana e
fatores ambientais (natural e antrópico) que
determinam, condicionam e influenciam a qualidade
de vida.
Qualidade de Vida
É a percepção do indivíduo sobre satisfação de
suas necessidades e oportunidades negadas para
atingir bem-estar, felicidade e auto realização no
contexto cultural e de valores em que vive.
Os critérios de valor para definir qualidade de vida
resultam da construção individual e histórica, o que
implica variações nos diferentes grupos sociais, em
cada tempo e lugar.
A relação do indivíduo com fatores ambientais
(fatores químicos, físicos e biológicos) influenciam em
sua saúde e está relacionada com aspectos do
desenvolvimento social, cultural e econômico. Fatores
como localização do domicílio, qualidade da moradia,
disponibilidade de meios de transporte interferem no
acesso a bens e amenidades ambientais e na exposição
a riscos ambientais , sendo desiguais entre os
segmentos sociais e as pessoas
A Constituição da República Federativa do
Brasil, em 1988 (CF), instituiu o Sistema Único de
Saúde (SUS) e definiu a articulação da saúde com o
ambiente no Artigo 200 ao estabelecer, como uma das
competências do sistema de saúde, “colaborar na
proteção do meio ambiente, nele compreendido o do
trabalho”.
Segundo a Organização Mundial da Saúde
(OMS), Saúde Ambiental são todos aqueles aspectos da
saúde humana, incluindo a qualidade de vida, que
estão determinados por fatores físicos, químicos,
biológicos, sociais e psicológicos no meio ambiente.
Também se refere à teoria e prática de prevenir ou
controlar tais fatores de risco que, potencialmente,
possam prejudicar a saúde de gerações atuais e futuras
(OMS, 1993).
O campo da saúde ambiental compreende a
área da saúde pública, afeita ao conhecimento
científico e à formulação de políticas públicas e às
correspondentes intervenções (ações) relacionadas à
interação entre a saúde humana e os fatores do meio
ambiente natural e antrópico que a determinam,
condicionam e influenciam, com vistas a melhorar a
qualidade de vida do ser humano sob o ponto de vista
da sustentabilidade.
De acordo com a Organização Pan-Americana da
Saúde (OPAS), em 2015, 5,9 milhões de crianças com
menos de cinco anos de idade morreram e as principais
causas de morte de crianças em todo o mundo foram
pneumonia, prematuridade, complicações relacionadas
com o parto, sepse neonatal, anomalias congênitas,
diarreia, traumatismos e malária. A maioria dessas
doenças e condições é causada, ao menos parcialmente,
pelo ambiente.
Em 2012, estimou-se que 26% das mortes e 25%
da carga de doença total em crianças menores de cinco
anos poderiam ser evitadas pela redução dos riscos
ambientais, como poluição do ar, contaminação da
água e a falta de acesso aos serviços de saneamento
básico, higiene e a exposição a substâncias químicas.
Vigilância em Saúde Ambiental
A VSA tem como objeto os fatores ambientais de risco à
saúde da população, o que significa antecipar e prever o processo
de adoecimento por meio de ações de inspeção, de controle, de
monitoramento, de intervenção e de comunicação. Nesse
processo, ela articula-se com serviços e unidades de saúde da
Rede de Atenção à Saúde do SUS (RAS-SUS), em especial com a
vigilância epidemiológica, a vigilância sanitária, a vigilância em
saúde do trabalhador, a rede de laboratórios e as unidades de
atenção básica.
Atua também em parceria com órgãos das
secretarias (estaduais e municipais) de meio
ambiente, de educação, de defesa civil e de
saneamento.
A finalidade precípua das ações de vigilância
em saúde ambiental é identificar e intervir nos
problemas de saúde relacionados aos fatores de
riscos ambientais do território com o propósito de
contribuir para a melhoria da qualidade de vida da
população.
Na identificação de problemas de saúde
relacionados a fatores ambientais, é necessário
investigar trajetórias sociais, contextos e interações
entre fluxos (fatores econômicos, políticos e
culturais) e fixos (prédios, rios, avenidas, por
exemplo) assim como as várias maneiras de atuação
e de relação dos indivíduos e dos grupos no
território .
O método de análise de situação dos problemas de
saúde relacionados aos fatores ambientais de riscos
implica a defi nição e a seleção de instrumentos que
potencializem o processo de informações e o de análise.
Um dos instrumentos – propostos pela OMS para os
países – é a Matriz de Indicadores de Saúde Ambiental
(Matriz de Corvalán), que permite identificar a rede de
causalidade envolvida nos problemas de saúde ambiental e
propor ações e indicadores para monitoramento e
avaliação.
Categorias da Matriz de Corvalán.
Como instrumento de análise da rede de causalidade, a Matriz de
Corvalán é um instrumento que permite:

• mapear fluxos e intercâmbios entre questões macro das políticas


públicas, dos sistemas de produção e repercussões para o
ambiente e para a saúde das pessoas;
• identificar problemas de saúde ambiental a partir da rede de
causalidade em determinado território; e
• definir indicadores de saúde ambiental.
Desafios para a Vigilância em Saúde
Ambiental no SUS

Vulnerabilidades - Conceito pluridimensional

Processos fundamentais: exposição ao risco/perigo,


diminuição da capacidade de reação e dificuldade de
adaptação.
Mapas de vulnerabilidades: identificação de territórios com
diferentes graus de vulnerabilidades
Desafios para a Vigilância em Saúde
Ambiental no SUS

Licenciamento Ambiental – Por que ?

Para limitar atividades econômicas potencialmente


lesivas socioambientalmente;
Processo administrativo com responsabilidade
interinstitucional, envolvendo Estado e sociedade
Vulnerabilidades: Conceitos e Definições
Vulnerabilidade: É a redução da capacidade de determinadas
populações para sobreviver, resistir ou recuperar-se de situações
ou eventos de risco ou doenças.
Populações vulneráveis: Relevância dos conceitos de risco a
saúde e exposição humana a situação de risco
Contextos vulneráveis: Expressam vulnerabilidades sociais
existentes: maior frequência e gravidade de situações de risco
devida à ausência da prevenção e aumento de incertezas e
consequências negativas para este grupos, territórios ou setores
econômicos
O que é a vigilância sanitária?
É o conjunto de ações que visa eliminar, diminuir ou
prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários
decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de
bens e da prestação de serviços de interesse da saúde,
abrangendo o controle de bens de consumo e o controle da
prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente
com a saúde. Essa definição é dada pela Lei 8.080 de 1990. Esta
lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de
saúde.
Qual é a importância da vigilância sanitária?
A Vigilância Sanitária exerce uma importante função para a
estruturação do Sistema Único de Saúde (SUS), principalmente no
que diz respeito às ações regulatórias e de monitoramento de
produtos e ações normativas e fiscalizatórias sobre os serviços
prestados à população, como por exemplo na assistência à saúde.
A vigilância sanitária também contribui com ações de
farmacovigilância, ou seja, a investigação de situações que
envolvem reações adversas a medicamentos, vacinas e outros
produtos para a saúde.
Quando se fala de ações para eliminar, diminuir ou
prevenir riscos à saúde, observa-se a magnitude do
campo de ação da vigilância sanitária e a sua
importância para a saúde da população, tendo o
objetivo primordial voltado para minimizar ou eliminar
os riscos que podem ser determinantes no processo
saúde-doença e podem impactar diretamente nas ações
governamentais.
Nesse contexto, não podemos dissociar a vigilância
sanitária das vigilâncias epidemiológica, ambiental e da
saúde do trabalhador, por que todas essas instâncias estão
direcionadas, envolvidas e tem seu foco principal na saúde
no seu aspecto mais amplo, no bem estar e manutenção da
integridade física e moral dos indivíduos.
Como a Vigilância Sanitária atua?
A Vigilância Sanitária possui uma estrutura complexa,
pois sua atuação envolve um enfoque multidisciplinar,
executando ações que são realizadas em diversas áreas,
como alimentos, medicamentos, água para consumo
humano, desastres naturais, postos de saúde e de interesse à
saúde, ações voltadas à saúde do trabalhador, entre outras
áreas.
Muitas vezes, a Vigilância Sanitária firma parcerias
com outras instituições a fim de obter maior resultado
quando diz respeito a assuntos que envolvem outras
instituições, como no caso da Vigilância Epidemiológica,
Defesa Civil, Ministério Público, entre outras
instituições.

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