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Caroline FERNANDES
Engenheira Ambiental, Mestranda em Meio Ambiente e Recursos Hídricos –
UNIFEI/CERPCH.
Eliane MELLONI
Doutora em Solos e nutrição de plantas- Professora adjunta – UNIFEI.
Marcus PRADO
Graduando em Biologia – UNIVERSITAS.
RESUMO
Este estudo teve como objetivo analisar possíveis correlações entre composição
florística e solo, em um remanescente de Mata Atlântica, situado na área do entorno
da PCH Luiz Dias, Itajubá, MG. Foram delimitadas três parcelas de 6 x 20 m,
localizadas em gradiente de declividade, nas quais foram identificadas as espécies
arbóreas com circunferência a altura do peito (CAP) acima de 10 cm e analisados os
solos de acordo com atributos físicos e químicos. No levantamento florístico foram
encontradas 23 espécies, pertencentes a 20 gêneros e 15 famílias. O efeito borda e
a presença de cipós se refletiram no baixo índice de diversidade de Shannon (H’),
indicando que os cipós apresentam comportamento degradador, inibindo o
desenvolvimento de árvores adultas e não permitindo o aparecimento de novas
espécies. Os resultados mostraram que a distribuição das espécies nas três
parcelas está correlacionada com as variações da fertilidade, acidez e textura do
solo.
ABSTRACT
This study aimed to examine possible correlations between floristic composition and
soil, a remnant of the Atlantic Forest, located in the surroundings of the PCH Luiz
Dias, Itajubá, Brazil. We defined three instalments of 6 x 20 m, located on the slope
gradient, in which the tree species have been identified with the height of the chest
circumference (CAP) over 10 cm and analyzed the soil under physical and chemical
attributes. In floristic survey found 23 species, belonging to 20 genera and 15
families. The edge effect and the presence of vines is reflected in the low diversity of
Shannon (H '), indicating that the vines have degradador behaviour, inhibiting the
development of adult trees and not allowing the emergence of new species. The
results showed that the distribution of species in the three plots is correlated with the
variations in fertility, acidity and texture of the soil.
A Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Luiz Dias está localizada no rio Lourenço
Velho, no município de Itajubá – MG. A usina foi inaugurada em 1914, com o nome
de Usina Lourenço Velho, pelo capitão Luiz Dias, com o objetivo de atender a
demanda elétrica/têxtil da cidade de Itajubá e cidades circunvizinhas. Em 1942 foi
adquirida pela Companhia Sul Mineira de Eletricidade (CSME) e passou a se
chamar Usina Luiz Dias. Em 1969, passou a ser administrada pela Companhia
Energética de Minas Gerais (CEMIG) que a manteve em operação até 12 de março
de 1993. Neste mesmo ano iniciaram-se as negociações entre a CEMIG, a
Prefeitura Municipal de Itajubá e a Universidade Federal de Itajubá – UNIFEI (então
EFEI), para a assinatura do comodato que permitiria o uso da área da PCH pela
UNIFEI com o objetivo de aproveitar as potencialidades hidroenergéticas, oferecidas
pelo sítio hidrológico. Em 14 de julho de 1995, o acordo foi formalizado ficando a
operação e manutenção da usina a cargo da UNIFEI. Dessa forma, a usina Luiz
Dias representa um quadro único no Brasil: uma PCH operada comercialmente e
interligada ao sistema, por meio de uma escola de engenharia, funcionando como
um laboratório em escala real destinado a pesquisas.
Casa de
Máquinas
Barragem
Área de
estudo
1000
990
980
970
960
Altitude (m)
950
940
930
920
910
900
890
0 50 100 150 200 250
Distância (m)
Para a análise física, coletaram-se amostras de solo dos horizontes B e C (Figura 5),
no centro de cada parcela, utilizando-se o trado holandês. O solo foi coletado a cada
40 cm de profundidade, procurando-se obter uma amostra composta. Foi realizada
análise física de textura, pelo método da pipeta, no Laboratório de Solos da
Universidade Federal de Itajubá.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
CTC(T)
CTC(t)
P-rem
H+Al
Parcela
2+
2+
3+
MO
SB
pH
m
P
V
Mg
Ca
Nas três parcelas estudadas foi encontrado um baixo índice de diversidade devido
ao efeito borda e a presença de cipós.
A distribuição das espécies nas três parcelas está correlacionada com as variações
da fertilidade, acidez e textura do solo e da declividade.
5. PALAVRAS CHAVE
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS